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Sistema Digestório

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1 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
Sistema Digestório 
 
O sistema digestório apresenta inúmeras funções como: 
 Transporte de H2O e alimentos ingeridos 
 Esses alimentos ingeridos 
posteriormente precisam ser digeridos 
(quebrados) em micronutrientes para 
depois serem absorvidos ao longo do 
trato gastrointestinal 
 Secreção de substancias que participam do 
processo de digestão 
 Líquidos 
 Enzimas digestivas 
 Suco pancreático: destaque para o 
ácido clorídrico (HCI) secretado no 
estomago 
 Muco; Anticorpos 
 Digestão 
 Absorção 
 Os macronutrientes digeridos em 
micronutrientes são absorvidos, 
penetrando na circulação sanguínea e 
sendo então distribuídos para todas as 
células do nosso corpos 
 O intestino delgado e o intestino grosso 
são os responsáveis por essa função. 
 Excreção 
 O muco, bactérias, células 
descamadas e outras substancias que 
não foi digerido e absorvido, são 
eliminadas do organismo pelo processo 
de defecação 
Todo o trato gastrointestinal na sua superfície voltada 
para a luz do tubo digestivo apresenta um revestimento 
mucoso (mucosa) 
 A mucosa apresenta inúmeras funções, como: 
 Secreção: existem células presentes na 
mucosa ao longo do trato 
gastrointestinal que secretam essas 
diferentes substancias 
 Absorção: a nível de intestino delgado 
e grosso temos os enterócitos presentes 
nesse revestimento. 
 Barreira: impede a entrada de 
substancias nocivas ao nosso 
organismo, como antígenos ou diversos 
patógenos 
 Proteção imunológica: presente na 
mucosa existem vários tecidos linfoides 
que vão atuar como um primeira linha 
de defesa imune para o corpo 
 
Órgãos do Sistema Digestório 
O sistema digestório inicia-se na cavidade bucal e vai 
até o anus. 
Tubo digestivo: 
 Cavidade bucal 
 Faringe 
 Esôfago 
 Estomago 
 Intestino Delgado 
 Intestino Grosso 
 Anus 
Órgão anexos: 
 Língua 
 Dentes 
 Glândulas Salivares 
 Pâncreas 
 Fígado 
 Vesícula biliar 
 
Cavidade Oral (boca) 
Importantes regiões anatômicas da cavidade oral: 
 Lábio superior e inferior: apresenta três regiões 
importantes que são a superfície voltada para 
a cavidade oral, o vermelhão do lábio e a 
superfície voltada para a pele 
 Vestíbulo bucal superior e inferior: se localiza 
entre o lábio e o arco dental 
 
 
 
 
2 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 Dentes: se ligam ao osso maxilar e mandibular 
através do ligamento periodontal 
 Cavidade bucal: inicia-se na parte posterior aos 
arcos dentais e vai até o arco palatofaríngeo, 
na região conhecida como istmo das fauces. 
 
Componente da cavidade bucal | | 
Palato: é o limite superior, conhecido como céu da 
boca 
Palato duro: localizado anteriormente, essa região é 
inserida no osso maxila e palatino 
Palato mole: posteriormente, é desprovido de osso e a 
sua inserção é sobe o musculo estriado esquelético 
Úvula: projeção muscular 
Mucosa jugal: é o limite lateral da cavidade, conhecida 
como bochecha interna. 
Assoalho bocal: localiza-se abaixo da língua. Formada 
pelo músculos mio-hioide e gênio-hioide 
Língua: possui a porção dorsal (superior) e o ventre 
(parte inferior, voltada para o assoalho). A língua 
apresenta o corpo, que são os 2/3 anteriores, e a raiz 
que é o 1/3 posterior, voltada para orofaringe. 
Na cavidade bucal desembocam ductos provenientes 
de glândulas salivares maiores, como as parótidas, as 
sublinguais e submandibulares. Essas possuem a função 
de secretar a saliva, que desaguar diretamente na 
cavidade bucal. 
 
Funcoes da cavidade bucal | | 
A cavidade bucal apresenta funções importantes 
como: 
 Digestão: 
 Umedecimento: com o auxílio da saliva 
ocorre um umidificação do alimento, 
homogeneização e lubrificação 
 Homogeneização 
 Lubrificação 
 Ação mecânica: com auxílio dos 
dentes e os músculos da mastigação 
ocorre a ação mecânica sobre os 
alimentos, triturando-os 
 Ação química (amilase e lipase salivar): 
na saliva temos presente duas enzimas 
digestivas que em contato com o 
alimento gera uma ação química 
 Gustação 
 No dorso (1/3 posterior) da língua 
apresentamos papilas linguais 
gustativas, que auxiliam no sentido do 
paladar 
 Defesa 
 Essa função de defesa é executada 
pelas tonsilas palatinas (amigdalas), 
que se situa entre o arco palatoglosso 
e o arco palatofaríngeo 
bilateralmente, e pelas tonsilas linguais 
que ficam na porção dorsal da raiz da 
língua. 
 
 
caracteristicas histologicas da cavidade 
bucal | | 
Todo o trato gastrointestinal tem um revestimento por 
tecido epitelial, a mucosa. 
A mucosa oral apresenta algumas características que 
diferem de acordo com a região e localização na 
cavidade oral. Existem 3 tipos de mucosa, que são: 
 Mucosa mastigatória: é a mucosa presente no 
palato duro e na gengiva inserida no osso 
alveolar, na arcada superior e inferior. Essa é 
uma mucosa mastigatória que apresenta na 
sua última porção a camada córnea com 
queratina, essa é necessária para uma maior 
proteção pois essas regiões recebem muito 
atrito no processo mastigatório. 
 Mucosa de revestimento não queratinizada: 
presente no palato mole, bochecha, assoalho 
lingual, ventre de língua, mucosa alveolar e na 
superfície bucal do lábio. 
 Mucosa especializada dorso da língua (papilas 
linguais): presente no dorso da língua, é uma 
mucosa especializada pois nesse local estão 
inseridas as papilas linguais. 
 
 
 
 
 
3 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
Submucosa: localizado abaixo da mucosa, possui um 
tecido conjuntivo mais desenvolvido e em alguns 
lugares apresentam glândulas salivares menores. 
Túnica externa: é a mais externa. Em algumas regiões 
essa camada vai terminar em músculos estriado 
esquelético e em algumas a túnica externa vai ser 
compreendida por osso. 
 
Mucosa mastigatoria | | 
A mucosa mastigatória é queratinizada, sendo assim na 
porção superior da gengiva e no palato duro temos um 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
 Esse epitélio na última camada apresenta a 
camada córnea, rica em queratina. 
 Apresenta muitas papilas e cristas epiteliais, 
portanto a camada submucosa vai apresentar 
uma lamina própria papilar com um tecido 
conjuntivo mais frouxo e uma lamina própria 
reticular com o tecido conjuntivo mais denso. 
 Vale ressaltar que no palato duro e na gengiva 
inserida a submucosa, as células, fibras 
colágenas da submucosa vão ser conectadas 
diretamente ao osso 
 
 
Figura 1 - Nessa imagem é possivel observar com mais detalhes o 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A região mais 
clara é a camada córnea. 
O epitélio queratinizado da mucosa mastigatória pode 
apresentar-se paraqueratinizado. 
 Nesse caso as células da camada superficial 
não perdem os núcleos que são picnóticos. 
Esses núcleos só serão eliminados juntamente 
com a célula quando esfoliada. 
 Picnóticos: núcleos altamente 
condensados. 
O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da 
mucosa mastigatória é muito semelhante a epiderme 
da pele, porem esse não possui a presença do estrato 
lucido. 
 É possivel observar a camada granulosa, com 
células contendo granulo de querato-hialina e 
logo na sequencia temos o estrato córneo, 
sem a presença do estrato lucido 
Mucosa de revestimento | | 
Nas bochechas, palato mole, assoalho, lábio (sup. 
Interna), língua (sup. Ventral) e a mucosa alveolar (parte 
da gengiva livre de osso) temos uma mucosa de 
revestimento, onde essas células possui um epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado.Esse epitélio da mucosa de revestimento é mais espesso 
que o da mucosa mastigatória, porém não apresenta 
queratina. 
Abaixo desse epitélio, na lamina própria e na 
submucosa temos a presença de glândulas salivares 
menores 
Na camada submucosa temos grandes quantidade de 
fibras colágenas e elásticas que ligam esse epitélio a um 
musculo esquelético adjacente 
 
 
 
Mucosa mastigatória X 
Mucosa de 
revestimento 
Epitélio estratificado 
pavimento queratinizado 
ou paraqueratinizado 
Epitélio estratificado 
pavimentoso não 
queratinizado 
Reveste o palato duro. Na 
rafe palatina e na 
gengiva, não apresenta 
submucosa. 
Reveste o palato mole, 
possui submucosa em 
toda as regiões. 
 
 
 
 
 
4 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
O palato duro vai apresentar o osso maxila e o osso 
palatina. Na divisão desses ossos temos uma região 
central, conhecida como rafe palatina. 
 A rafe palatina e a gengiva inserida no osso 
alveolar são mucosas mastigatórias aderidas 
diretamente ao osso sem apresentarem 
camada submucosa. Sendo assim essas regiões 
apresentam o epitélio estratificado pavimento 
queratinizado, abaixo dele uma lamina própria 
e a mucosa já aderida ao osso adjacente 
 A metade direita e esquerda do palato duro, 
laterais a rafe palatina, apresentam zona que 
vão conter submucosa. 
 Zona adiposa: parte anterior, nesse 
local a camada submucosa é rica em 
tecido adiposo 
 Zona glandular: submucosa rica em 
glândulas salivares menores 
O palato mole apresenta uma mucosa de revestimento 
não queratinizado, sendo um epitélio estratificado 
pavimento não queratinizado, abaixo a lamina própria 
e logo depois a submucosa. 
 A submucosa do palato mole tem a presença 
de glândulas salivares menores, que serão 
continuas as glândulas salivares da zona 
glandular. 
 
 
 
Língua 
A língua é um órgão muscular que apresenta fibras 
musculares estriadas esqueléticas extrínsecas e 
intrínsecas. Essas estão dispostas em feixes, em 3 planos 
de diferentes direções, possibilitando uma enorme 
flexibilidade e precisão nos movimentos da língua, 
favorecendo e auxiliando na fala, na digestão e na 
deglutição. 
A língua apresenta um superfície dorsal e uma superfície 
ventral. 
 Superfície ventral: apresenta uma mucosa de 
revestimento, ou seja, mucosa cujo o epitélio é 
estratificado pavimentoso não queratinizado 
 Superfície dorsal: é dividida em duas 3 porções, 
sendo os 2/3 anteriores o corpos da língua e o 
1/3 posterior a raiz da língua 
 Porção anterior: apresenta uma 
mucosa especializada que possui 
irregularidade e elevações conhecidas 
como papilas linguais. 
 Porção posterior: apresenta uma 
mucosa de revestimento, com o 
epitélio estratificado pavimentoso não-
queratinizado 
Abaixo das mucosas de revestimento do dorso e do 
ventre da língua, entremeado as fibras musculares, 
pode existir uma quantidade variável de tecido adiposo 
e de glândulas salivares linguais. 
Na raiz da língua encontramos as tonsilas linguais. 
 
superficie dorsal | | 
A superfície dorsal da língua é dividida em 2/3 anteriores 
conhecidos como corpo da língua e 1/3 posterior que é 
a raiz da língua. 
Corpo da língua (2/3 anteriores): 
 Tem a presença de um sulco terminal em forma 
de V. 
 Essa região é revestida pela mucosa 
especializada 
 Onde se localiza as papilas linguais, que são: 
 Filidormes 
 Fungiformes 
 Foliadas 
 Valadas 
 Algumas dessas papilas apresenta botões 
gustativos, que possuem a função do paladar 
 
 
 
 
5 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
Raiz da língua (1/3 posterior): 
 Onde se localiza as tonsilas linguais 
 As tonsilas linguais são recobertas por uma 
mucosa de revestimento, ou seja, um epitélio 
estratificado pavimento não queratinizado. 
Abaixo desse epitélio temos localizadas as 
tonsilas linguais 
 
 
o 
 
As papilas filiformes são distribuídas por toda a superfície 
dorsal anterior da língua. 
São bem pequenas porém muito numerosas na espécie 
humana, sendo então as mais frequentes 
Apresentam projeções crônicas e bastante alongadas 
de tecido conjuntivo, recoberto por um epitélio 
estratificado pavimentoso altamente queratinizado. 
Essas papilas não apresentam botões gustativos, sendo 
assim não possui função de paladar. Essas papilas 
auxiliam no papel mecânico da digestão, auxiliando na 
apreensão do alimento e no processo mastigatório. 
 
 
 
o 
 
As papilas fungiformes recebem esse nome por ter um 
formato de cogumelo 
São bem menos frequentes e se localizam entremeadas 
as papilas filiformes 
Essas papilas fungiformes apresentam alguns botões 
gustativos. 
 
 
o 
 
As papilas folhadas são numerosas cristas baixas, 
intercaladas por fendas mucosas bem profundas. Essas 
fendas estabelecem um ângulo reto com o longo eixo 
da língua. 
Abaixo das papilas folhadas podemos observar 
glândulas serosas, cujo os ductos desembocam nas 
fendas. 
Essas papilas são pouco desenvolvidas e frequentes nos 
seres humanos. 
Se situam na região dorsolateral da língua 
Apresentam botões gustativos, porem em números 
muito mais abundantes do que as papilas fungiformes 
 
 
 
 
 
 
6 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
o 
 
As papilas valadas situam-se anteriormente ao V lingual, 
ficam imediatamente anteriores ao sulco terminal. 
Apresentam em número de 8 a 12 papilas nos seres 
humanos 
São estruturas grandes, possuem o formato de cúpula. 
Cada papila é circundada por uma invaginação, 
semelhante a uma vala, conhecida como sulco anular. 
Essa invaginação é revestido por um epitélio 
estratificado pavimentoso, cuja a superfície voltada 
para o sulco apresenta numeroso botões gustativos 
 
 
Figura 2 - Nessa imagem é possivel observar o sulco anular dos dois 
lados da papila e no revestimento epitelial voltado para o sulco 
anular mas presente na papila é possivel observar numerosas 
estruturas esféricas e claras que são os botões gustativos. 
 Próximo ao suco anular e as papilas circunvaladas 
encontramos glândulas salivares linguais serosas, 
conhecidas como Glândulas de Von Ebner. Essas 
glândulas apresentam ductos que vão desembocar no 
sulco anular. 
Botoes gustativos | | 
 Os botões gustativos são estruturas ovoides que 
apresentam uma coloração mais pálida, que ficam 
situadas entre as células do epitélio que reveste a papila 
valada. 
Os botões gustativo apresentam na sua superfície 
apical, voltada para o sulco anular, uma abertura 
pequena conhecida como poro gustativo. 
Os botões gustativos apresentam 3 tipos de células, que 
são: as células neuroepiteliais (ou sensitivas), células de 
sustentação e células basais. 
 Células neuroepiteliais ou sensitivas: 
 São mais numerosas 
 São células mais alongadas que se 
estendem da lamina basal até a 
superfície do poro gustativo. 
 Na superfície do poro gustativo emite 
microvilosidades que se concentram 
dentro dessa pequena abertura do 
poro. 
 Na base essas células se conectam a 
neurônios sensitivos aferentes e 
portanto são chamadas de células 
sensitivas, pois fazem sinapse com esses 
neurônios. 
 O alimento ingerido penetra no sulco 
anular na papila valada, as substancias 
que emitem sabores vão ativar os 
receptores de superfície nas células 
neuroepiteliais. Essa informação 
sensitiva, vai fazer sinapse com esses 
neurônios aferente sensitivos levando 
essa informação sensorial até o sistema 
nervoso central 
 Células de sustentação: 
 Menos numerosas 
 Possui uma forma semelhante as 
células neuroepiteliais, também são 
alongadas, indo desde a lamina basal 
até a superfície do poro onde possuem 
microvilosidades. 
 O seu diferencial é que essascélulas de 
sustentação não fazem sinapse com os 
neurônios aferentes sensitivos 
 Células basais: 
 Situam-se na base do botão gustativos 
 São células tronco, sendo assim dão 
origem as outras duas células 
 
 
 
 
 
7 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
glandulas linguais | | 
Na língua temos glândulas salivares com secreções 
serosas (von Ebner) e com secreções mucosas (de 
Weber). 
 
o 
 
Localizada próximas as papila valadas 
São glândulas cuja a secreção é serosa. 
Desembocam no sulco anular da papila valada 
A secreção serosa tem alto teor enzimático de lipase 
 Lipase: impede a retenção de partículas 
hidrofóbicas no sulco anular ou sobre os botões 
gustativos 
O fluxo de saliva remove partículas da superfície dos 
botões, permitindo que esses fiquem disponíveis para os 
outros alimentos que penetrar façam a estimulação 
neuronal. 
Resumindo as glândulas de von Ebner tem a função de 
fazer a limpeza do sulco anular, para que outro alimente 
possa penetrar e estimular os botões gustativos. 
 
 
o 
 
São puramente mucosas 
É tipo mais numeroso de glândulas salivares linguais 
Se localizam posteriormente às papilas valadas, na 
região faríngea da língua (raiz lingual), se estendendo 
para frente e se misturando com as glândulas de Von 
Ebner 
Os ductos se abrem nas tonsilas linguais 
Essas glândulas tem como função lavar as criptas 
tonsilares 
Devido a esse mecanismo de limpeza, dessa saliva 
mucosa mais musipara que é desalojada nas tonsilas 
linguais, raramente há infecção nas tonsilas linguais 
 
Raiz da lingua | | 
o 
 
As tonsilas linguais se localizam na lamina própria da raiz 
da língua 
 A raiz da língua inicia no sulco terminal e ela vai 
possuir uma mucosa de revestimento, um 
epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado, que irá invaginar para a lamina 
própria formando as criptas. 
 São nessas criptas que os ductos das glândulas 
de von Weber vão desaguar suas secreções 
para auxiliar na limpeza das tonsilas linguais 
 Abaixo da mucosa de revestimento da lamina 
própria se localizam as tonsilas linguais que vão 
conter tecido linfoide difuso e alguns até 
formando nódulos linfoides com centros 
germinativos 
As tonsilas linguais são considerados órgãos linfoides 
secundários. 
 
 
Figura 3 - Nessa imagem aumentada é possivel vê a regiões das 
criptas (C), a mucosa de revestimento(E), na lamina própria é 
possivel observar os folículos linfoides com os centros germinativos 
(F) e tecido linfoide difuso (L) formando a região das tonsilas 
linguais. 
 
 
 
 
8 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
Musculatura e revestimento ventral | | 
O revestimento dorsal é um revestimento com uma 
mucosa especializada, com papilas filiformes 
 
O revestimento ventral é um revestimento mucosa, com 
epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado 
 
No eixo conjuntivo muscularas fibras musculares da 
língua são fibras musculares estriadas esqueléticas que 
apresentam diferentes direções. Temos eixos 
longitudinais (A), eixo perpendicular (B) e fibras 
circulares (C). 
 
 
Labios 
 
O lábio é a estrutura que compreende a região do 
musculo orbicular do lábio 
O lábio compreende um revestimento de mucosa, 
sendo um epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado na sua superfície voltada para a 
cavidade oral. 
Na superfície voltada para a face temos a pele com 
presença de folículos pilosos, glândulas sebáceas e 
sudoríparas. 
 
Figura 4 – Superfície externa – pele pilosa (pelos e glândulas). Possui 
um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. 
 
Figura 5 – Borda livre, é a borda do vermelhão do lábio. É um 
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado pequeno, bem fino 
com pouca queratina. Esse não possui anexos, mas é uma região 
super vascularizada e por isso o epitélio possui a cor avermelhada. 
 
Figura 6 –Superfície interna – mucosa labial (glândulas labiais – 
salivares menores mucosas). Possui um epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado. 
 
 
 
 
 
9 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
Faringe 
A faringe é um órgão comum ao sistema respiratório e 
digestório. 
A faringe é dividida em três porções: 
 Nasofaringe: comunica com a cavidade nasal 
 Orofaringe: comunica com a cavidade oral 
 Laringofaringe: comunica com a laringe 
 
Nasofaringe | | 
A mucosa da nasofaringe é uma continuidade da 
mucosa das vias respiratórias vindo da cavidade nasal 
Na parede superior e posterior da nasofaringe temos a 
presença das tonsilas faríngeas, também conhecida 
como adenoide. Sendo este um órgão linfoide 
secundário. 
Oro e laringofaringe | | 
A região da orofaringe e laringofaringe é uma região 
que participa do processo de deglutição, sendo assim é 
parte do sistema digestório e sofre bastante atrito. 
Camada Mucosa: semelhante mucosa oral de 
revestimento 
Camada Submucosa: pouco definida (paredes laterais 
com glândulas mucosas) 
Camada Muscular: musculo estriado esquelético 
(controle somático) e musculatura autonômica 
(localizado nas porções mais inferiores, controle 
autônomo involuntário) 
Camada Adventícia: camada de tecido adventício 
que continua com a camada de conjuntivo das demais 
camadas conectadas as porções da oro e 
laringofaringe 
 
 
 
 
Tubo Digestivo 
O tubo digestivo se inicia no esôfago e vai até o anus. 
Possui um plano estrutural que é geral para todas as 
porções desse tubo digestivo: 
 Camada mucosa: voltada para a luz do tubo 
digestivo 
 Camada submucosa 
 Camada muscular externa 
 Camada de conjuntivo (serosa ou adventícia): 
voltada para a cavidade torácica e/ou 
cavidade abdominal 
 Porção do esôfago voltada para a 
cavidade torácica: camada 
adventícia 
 Porção do esôfago que atravessa o 
diafragma e se localiza na cavidade 
abdominal: camada serosa 
Camada adventícia: é uma camada de tecido 
conjuntivo que está em continuidade com outros 
conjuntivos próximos a região. 
 A porção do esôfago voltada para a cavidade 
torácica, a última camada de conjuntivo está 
ligada ao conjuntivo de outros órgãos que 
estão passando na região do mediastino 
Camada serosa: é a camada mais externa do tubo 
digestivo. Ela tem um revestimento de um epitélio 
simples pavimentoso conhecido como mesotelio e 
abaixo desse temos um pouco de tecido conjuntivo. A 
camada serosa está presente em todas as porções do 
tubo digestivo que tem continuidade com o peritônio 
 No tubo digestivo voltado para a cavidade 
abdominal, as regiões do tubo que não vão ter 
revestimento seroso serão as porções que 
estão em contato íntimo com a parede 
abdominal. 
 
inervacao intrinseca | | 
O sistema digestório possui uma inervação que está 
localizado em determinadas camadas dentro da 
parede do tubo digestivo. 
 Esses sistema vai esta intrínseca a parede de 
todos os órgãos do tubo digestório. 
Deglutição: movimentos voluntários e 
involuntários 
 
 
 
 
10 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
É uma inervação intrínseca que possui o controle 
através do sistema nervoso autonômico na sua maior 
parte. 
A camada mucosa apresenta três camadas 
especificas: revestimento epitelial, a lamina própria e 
uma muscular. 
Camada submucosa: localizada abaixo da camada 
mucosa. É constituída de um tecido conjuntivo denso. 
Entremeado a esse tecido temos fibras nervosas 
autonômicas simpáticas e parassimpáticas e corpos de 
neurônios, formando o plexo submucoso. 
 O plexo submucoso quando acionado para 
contrair ou para relaxar, vai movimentar 
constrição, a camadamucosa, o lumen dessa 
mucosa e as suas vilosidades. Sendo assim ele 
possui uma relação que vai estimular a 
mucosa. 
Camada muscular externa: localizada abaixo da 
camada submucosa. Apresenta no tubo digestivo duas 
camadas: 
 Camada interna: uma camada onde os feixes 
de fibra se organizam de forma circular e 
quando contrais fazem a constrição da luz do 
intestino 
 Camada externa: as fibras musculares se 
dispõe de forma longitudinal, quando essas se 
contraem elas auxiliam na propulsão dos 
alimentos presentes na luz 
 As fibras circulares promovem o movimento do 
alimento dentro da luz do tubo e as fibras 
longitudinais promovem a propulsão desse 
alimento ao longo do tubo, sendo assim, esse 
plexo, as camadas musculares funcionam 
auxiliando no movimento peristáltico 
 Essas fibras são reguladas através de outro 
plexo do sistema nervoso, que o plexo 
mioentérico (também conhecido como plexo 
de auerbach). Os corpos dos neurônios 
parassimpáticos desse plexo e de muitas 
dessas fibras estão situadas entre essas duas 
camadas musuclares. 
 A maior parte do trato digestório possui na 
camada muscular essas duas distribuições de 
fibras, exceto o estomago que possui uma 
terceira disposta de forma obliqua 
 
A inervação intrínseca (estimulação) possui o controle 
do sistema nervoso autonômico onde as fibras 
parassimpáticas vão fazer o estimulo para os 
movimentos, aumentando e estimulando as atividades 
gastrointestinais (movimento peristáltico). As fibras 
simpáticas faz o movimento do controle inverso, 
diminuindo essa atividade. 
No sistema nervoso parassimpático as fibras pré-
ganglionares são longas e as pós-ganglionares estão na 
intimidade do órgão, por esse motivo na camada entre 
a muscular externa e na submucosa encontramos os 
corpos dos neurônios no gânglio, entre a fibra pré-
sináptica e pós-sináptica da divisão parassimpática. 
No sistema nervos simpático, a fibra pré-ganglionar é 
curta ficando mais próxima a coluna vertebral e a fibra 
pós-ganglionar chega ao plexo. 
 
Figura 7 - Os axônios mielínicos simpáticos e parassimpáticos estão 
presentes no plexo. 
 
Esôfago 
O esôfago possui a função de conduzir o alimento 
deglutido até o estomago, tendo em torno de 25cm de 
comprimento. 
O terço superior possui na camada muscular externa 
algumas fibras somáticas musculares estridas 
esqueléticas entremeado a musculo liso 
O terço médio possui um pouco de fibras somáticas 
musculares estiadas esqueléticas porem com uma 
quantidade muito maior de musculatura lisa, com 
envolvimento e controle autonômico exclusivo. 
O terço inferior inicia-se após o musculo diafragma no 
hiato esofágico, em que 1 ou 2cm do esôfago adentra 
a cavidade abdominal até que continue como 
estômago. Nessa porção a parte externa deixa de ser 
adventícia e passa a ser serosa. 
 
 
 
 
11 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 
Figura 8 –Esse é um corte transversal do esôfago. 
Mucosa: 
 Epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado 
 Lamina própria: tecido conjuntivo e glândulas 
esofágicas mucíparas da cárdia (próximo ao 
estômago) 
 O muco produzido nessa região possui 
a função de neutralizar o pH ácido 
caso o conteúdo ácido do estomago 
refluir para o esôfago. 
 Quando esse muco não é suficiente 
para neutralizar esse conteúdo, o 
paciente apresenta casos de azia ou 
até mesmo úlcera (quando agride a 
mucosa esofagiana) 
 Muscular da mucosa descontinua 
 Constituída de tecido muscular liso 
 Controlada pelo plexo submucoso, 
presente na camada submucosa 
Submucosa: 
 Tecido conjuntivo com glândulas esofágicas 
profundas 
 As glândulas esofágicas secretam 
muco na superfície do epitélio voltado 
para a luz. Esse possui a função de 
lubrificar o esôfago para auxiliar no 
deslocamento do alimento deglutido 
 Nessa região está situado o plexo submucoso 
ou plexo de Meissner 
Muscular externa: circular interna e longitudinal externa 
Adventícia 
 Sua maior parte (torácica) é revestida pela 
camada adventícia 
 Apenas a parte presente na cavidade 
abdominal possui a camada serosa 
 
Mucosa e submucosa | | 
A mucosa se localiza durante toda a extensão da seta 
preta, nessa área temo um epitélio estratificado 
pavimento não queratinizado 
Os locais arredondados da imagem são cortes 
transversais dos feixes musculares lisos descontínuos 
que formam a muscular da mucosa no esôfago. Sendo 
este o limite da mucosa. 
A região representada pela seta vermelha é a 
submucosa, onde temos um tecido conjuntivo com 
glândulas esofágicas profundas e o plexo de Meisser 
 
 
Muscular externa | | 
Na muscular externa temos internamente as fibras 
musculares lisas em uma disposição circular(CI) e a 
disposição das fibras de forma longitudinal (LE). 
Entre os dois feixes de fibras musculares temos o plexo 
miontérico. 
 
 
 
 
 
12 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 
Plexos nervosos | | 
Submucoso (Meissner): fibras musculares lisas da 
muscular da mucosa. Entremeada a esse tecido 
conjuntivo frouxo temos corpos de neurônios dos 
gânglios parassimpáticos. 
 Plexo de Meisser: as células possuem núcleo 
ovoides, cromatina frouxa, nucléolo evidente. 
(Apontado pela seta preta ao centro). Da 
estímulos autonômicos simpático ou 
parassimpático para muscular da mucosa 
tendo a função de movimentar a camada 
mucosa. 
 
Mioentérico (Auerbach): temos a disposição das fibras 
circulares e das longitudinais, entre elas se encontra o 
plexo de Auerbach. 
 Plexo de Auerbach: Corpos de neurônio com o 
nucléolo evidente entremeados a um 
conjuntivo frouxo. Da o estimulo autonômico 
simpático ou parassimpático para a muscular 
externa, auxiliando no movimento peristáltico. 
 
Junção Gastroesofágica 
No terço inferior temos o músculo diafragma, em que 1 
a 2 cm do esôfago adentram a cavidade abdominal. 
Nessa região a camada externa é serosa, pois possui 
uma continuidade com o peritônio. 
Nesse local temos a existência do esfíncter esôfago 
gástrico 
Essa região é o local de transição muito acentuada da 
camada mucosa, onde a camada mucosa deixa de ser 
um epitélio estratificado pavimento não queratinizado 
se tornado um epitélio simples colunar muco secretor a 
partir do esfíncter, cuja células são secretoras de várias 
substancias sintetizadas pelas células da mucosa 
gástrica. 
 
Estômago 
O estomago anatomicamente inicia-se após o esfíncter 
esofagogastro e é divido em 4 zonas, que são a 
cárdica, o fundo, o corpo e a antropilorica. Separando 
o duodeno do estomago temos o esfíncter pilórico. 
 
Na vista interna do estomago, voltada para a cavidade 
gástrica, temos uma mucosa repleta de pregas 
longitudinais conhecidas como pregas gástricas. Essa 
compreendem a camada mucosa e submucosa 
 
A camada muscular externa (ou própria) apresenta 3 
camadas musculares com diferentes disposições da 
suas fibras. 
 Camada interna: próxima a submucosa, essa 
camada possui uma disposição das fibras de 
forma obliqua 
 Camada média: possui uma disposição da 
células de forma circular 
 
 
 
 
13 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 Camada externa: as fibras possui uma 
disposição longitudinal. 
 Entre as fibras circulares e longitudinais temos o 
plexo de Auerbch, que fornece sinalização e 
controle autonômico para essas fibras 
musculares 
No estomago temos os movimentos peristálticos, que 
propulsiona o alimento até o duodeno, e os movimentos 
de mistura, esse são feitos durante todo o tempo de 
permanência do alimento deglutido no interior do 
estomago. 
 A terceira camada muscular com fibras obliqua 
auxilia no movimento de mistura 
Principais funcoes| | 
É um órgão importante para estocagem do alimento 
deglutido. Dentro da cavidade desse órgão temos a 
mistura desse bolo alimentar através das fibras 
musculares e a homogeneização por meio das 
secreções produzidas pelas células secretoras. Entre as 
secreções temos enzimas que iniciam o processo 
digestório, principalmente das proteínas. 
 Dentre os produtos de secreção que vão ser 
homogeneizado ao bolo alimentar, temos: 
 Secreção exócrina: substancias secretadas 
pelas glândulas gástricas, sendo liberadas 
diretamente na luz da cavidade do estomago. 
 Enzimas digestivas (pepsinogênio; 
lipase gástrica) 
↪ Pepsinogênio: importante precursor 
da pepsina que é uma enzima 
proteolítica. Para que esse 
pepsinogênio de converta ele precisa 
do HCl 
 Ácido clorídrico (HCl) 
 Íon bicarbonato (HCO3-): esse íon é 
secretado e se adere ao muco 
 Muco: protege o epitélio da acidez 
estomacal 
 Fator intrínseco (absorção VB12) → 
anemia perniciosa 
↪ É uma glicoproteína importante que 
se acopla a vitamina B12 e a nível de 
ílio, a junção dessas substancias são 
absorvidas 
↪ Quando o indivíduo não tem FI ou 
seja deficientemente produzido, a 
absorção da VB12 fica comprometida. 
↪ Lembrando que essa vitamina é um 
substrato que é importante na 
produção dos glóbulos vermelhos. 
 Secreção endócrina: 
 Gastrina 
 Somatostatina 
 Ghrelina 
 O sistema digestório (estomago, 
intestino e ilhota pancreáticas) vão 
possuir células enteroendocrinas 
dispostas nas glândulas. Essas são 
secretoras de hormônios. 
Organizacao histologica | | 
O estomago é composto de quatro camadas, que são 
a mucosa, submucosas, muscular externa e serosa. 
Mucosa: 
 Epitélio simples colunar muco-secretor 
 As células colunares desse 
revestimento secretam muco, este 
forma uma barreira de proteção 
contra o pH ácido do lúmen estomacal 
 Esse epitélio invagina para a lamina 
própria 
 Lamina própria: 
 Tecido conjuntivo frouxo rico em vasos 
sanguíneos, em células residentes do 
conjuntivo e migratórias. 
 Possui a presença de glândulas 
gástricas retilíneas compostas 
↪ As invaginações formam as criptas 
(ou fossetas), a partir delas temos as 
ramificações em glândulas gástricas 
↪ Essas glândulas são constituídas de 
células especificas 
 Muscular da mucosa 
 Localizada ao final da mucosa 
Submucosa: tecido conjuntivo mais denso, entremeado 
é possivel observar o Plexo de Meissner que inerva a 
muscular da mucosa e a mucosa. 
Muscular externa: nessa região temos três camadas de 
musculo sendo a mais interna com disposição obliqua, 
a intermediaria disposição circular e a externa 
longitudinal. O plexo de mioentérico situa-se nessa 
região 
Serosa: a camada mais externa é constituído de um 
tecido conjuntivo revestido por um epitélio simples 
pavimentoso, conhecido como mesotelio 
 
GEP 
(gastroenteropancreatico) 
 
 
 
 
14 
Histologia 
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Tipo celulares da mucosa | | 
A mucosa possui tipos celulares diferentes. 
O epitélio de revestimento que é simples e colunar, 
invagina para a lamina própria formando a fosseta (ou 
fovéola). Nesse local temos as células mucosa 
superficial, que secretam um muco alcalino e viscoso. 
Essas células são renovadas de 3 a 5 dias, tendo um 
tempo de vida muito pequeno 
Nas glândulas temos a região do istmo, do colo e a 
basal. 
 Na região do istmo, que se localiza entre o 
epitélio de revestimento com o início das 
glândulas gástricas. Nesse local temos as 
células tronco, essas dão origem as células do 
epitélio de revestimento e do epitélio glandular 
 No colo encontramos as células mucosas do 
colo, que possui uma secreção menos alcalina 
e mais solúvel. Temos também as células 
parietais, que são especializadas em secreção 
de ácido clorídrico e fator intrínseco 
 Na base dessa glândula temos as células 
principais, são responsáveis pela secreção do 
pepsinogênio e da lipase gástrica. Outra célula 
presente nesse local são as células 
enteroendócrinas que vão produzir os 
hormônios gastrina, grelina e somatostatina. 
 
o 
 
São as células que pertencem ao epitélio simples 
colunar 
Possuem a superfície apical voltada para o lúmen da 
fosseta ou para luz do estomago 
Essas células possuem um formato colunar, onde na sua 
superfície apical é possivel observar a presença dos 
grânulos de mucinogênio. 
 Muco alcalino: possui a função de proteger o 
epitélio da acidez do suco gástrico. 
Na membrana plasmática dessas celulas temos muitas 
zonas de oclusão para proteger e evitar a penetração 
do ácido clorídrico (HCl) entre elas 
 
Figura 9 - Na última imagem temos a coloração PAS (positiva), 
nessa coloração temos que o corante possui uma filia muito forte 
com o muco, deixando-o bem corado. Nesse local de cor bonina 
temos a concentração de células muciparas, essas se apresentam 
muito no epitélio colunar. 
o 
 
São células grandes, muito numerosas e possuem o 
núcleo ovoide. 
Localizam na região do colo das glândulas gástricas 
São as células responsáveis pela produção do ácido 
clorídrico e pelo fator intrínseco 
 HCl é importante para agir com o 
pepsinogênio e converter ele em pepsina 
 O fator intrínseco é importante para se acoplar 
a vitamina B12, para que ela possa ser 
absorvida 
As células parietais apresentam na sua membrana 
plasmática três tipos diferentes de receptores de 
substancias, esses possuem a função de ativar a 
secreção do ácido clorídrico em maior quantidade. 
Essas células possuem receptores para: gastrina, 
histamina e acetilcolina (ACh) 
 
Figura 10 - O nervo vago possui as fibras nervosas parassimpáticas 
que vão liberar na fenda o neurotransmissor acetilcolina e uma vez 
que essas células apresentam esse receptor na sua membrana, esse 
acoplamento da acetilcolina é um estimulante para a produção do 
HCl. Isso ocorre também com as outras substancias. 
 
 
 
 
15 
Histologia 
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A produção do HCl possui as seguintes etapas: 
1. A produção do H+, dela participa a enzima CA 
(anidrase carbônica) que hidrolisa o ácido 
carbônico em H2CO3 
 Dentro do citoplasma da célula 
parietal existe o gás carbônico que 
veio através dos capilares por difusão. 
2. O H2CO3 é dissociado em H+ e em HCO3- (íon 
bicarbonato) 
3. O íon bicarbonato vai entrar na corrente 
sanguínea dos capilares sanguíneos da lamina 
própria 
4. O H+ vai ser transportado para o lúmen da 
lamina gástrica através de uma bomba de 
prótons, em que entra o K+ e sai H+, essa troca 
possui gasto de energia uma vez que ocorre 
contra o gradiente 
5. O Cl- é transportado para dentro da célula 
parietal em um co-transporte, onde sai o HCO3- 
e entra o Cl-. O íon cloreto através de canais 
iônicos chega até a luz da glândula gástrica. 
6. Na luz da glândula o H+ e o Cl- vão reagir 
formando o ácido clorídrico 
As células parietais para produzir o ion H+, ela libera o 
bicarbonato para o capilar localizado na glândula 
própria. O capilar leva essa substancia por toda sua 
extensão, chegando próximo ao endotélio alguns 
desses HCO3- vão se difundir para essa camada, se 
aderindo ao muco para aumentar o pH 
 O epitélio muciparo superficial possui o pH 7 e o 
da luz gástrica é entre 1 e 2. 
Essas células também secretam o fato intrínseco, sua 
secreção é estimulada pelos mesmo receptores que 
estimulam o ácido gástrico. Esse forma um complexo 
com a vitamina B12 no estomago e no duodeno, para 
depois ser absorvido no ilio. 
 Fatores que podem diminui a quantidade de 
VB12 absorvida ou que diminua o FI, podendo 
causar uma anemia perniciosa: 
 Cirurgia bariátrica: em algumas 
cirurgias ocorre a remoção da parte de 
fundo de corpo do estomago, com isso 
é levado as célulasparietais. Ao 
diminuir a quantidade dessas células, 
reduz a secreção de fator intrínseco. 
 Gastrite autoimune: nesse caso a uma 
destruição do epitélio de revestimento 
e das glândulas gástricas, ou seja, da 
mucosa e pregas gástricas. Essa 
situação compromete a quantidade 
de células parietais com sua secreção 
de FI 
 Vagotomia: o nervo vago possui 
receptores de acetilcolina na mucosa 
das células parietais, uma redução da 
estimulação do nervo vago pode a 
estimulação da célula parietal em 
produzir HCl e o FI 
 Via Medicamentosa: a istamina possui 
os receptores de superfície que 
estimulam a secreção de HCl e FI, 
porem alguns paciente precisam 
utilizar medicamentos que são 
antagonistas do H2 e inibem a 
estamina. 
 
 
o 
 
Essas células ficam na região de fundo das glândulas 
gástricas 
São mais basofilicas, se corando bastante pela 
hematoxilina 
Apresentam uma abundância de reticulo 
endoplasmático rugoso (RER) no seu citoplasma 
Na região apical é possivel observar os grânulos 
pepsinogênicos, que contém o pepsinogênio e a lipase 
gástrica 
 Pepsinogênio: é um precursor da enzima 
proteolítica pepsina. 
 Enzima pepsina: possui a função de clivar as 
ligações peptídicas das proteínas. 
 Esses peptídeos ainda serão digeridos 
para virar aminoácido a nível de 
intestino delgado, porem já começam 
a primeira quebra no estomago 
 Para que haja a conversão do pepsinogenio 
em pepsina é necessário que tenha a presença 
do HCl secretado pelas células parietais 
 
 
 
 
 
16 
Histologia 
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o 
 
Essas são células produtoras de hormônios que atuam 
em vários alvos no TGI, como: 
 Gatrina: aumenta a produção de HCl e 
pepsinogênio 
 Somatostatina: hormônio que controla as 
secreções (HCl, pepsinogenio e ghrelina), inibe 
a estimulação 
 Ghrelina: estimula a secreção do hormônio de 
crescimento 
 Glucagon: é um hormônio hiperglicemiante, 
pois estimula a liberação de insulina. Tem ação 
sobre as células parietais e principais reduzindo 
a secreção do suco gástrico, além de possuir 
ação de inibir o esvaziamento estomacal 
 Serotonina: hormônio que tem ação de 
estimular a motilidade gástricas 
São células mais fáceis de serem identificadas por ter 
uma coloração mais basofilicas, porem as marcações 
são mais eficiente através de colorações histológicas 
com reações imunohistoquímicas 
As células enteroendócrinas do estomago são 
chamadas de células G 
 
Muscular da mucosa | | 
Localiza-se abaixo da camada de revestimento epitelial 
e das glândulas temos a camada muscular da mucosa 
A camada muscular é sensibilizada e comandada pelo 
plexo de Meissner. 
Essa camada muscular tem a função de movimentar a 
mucosa e comprimir as glândulas auxiliando secreção 
e liberação dos seus produtos 
 
submucosa | | 
Não temos presença de glândula 
É um tecido conjuntivo fibroso 
Onde localiza-se o Plexo de Meissner 
 O plexo de Meissner age regulando a 
contração da musculatura lisa na muscular da 
mucosa e na túnica média dos vasos 
sanguíneos dessa região 
 Esse plexo também auxilia na compressão das 
glândulas gástricas presentes na camada 
mucosa 
 
Muscular externa ou propria | | 
Localiza-se abaixo da submucosa 
É dividida em três regiões que se diferem pela direção 
das fibras: 
 Interna: obliquas 
 Intermediaria: circulares 
 Externa: longitudinal 
Entre a camada circular e longitudinal encontramos o 
Plexo de Mioentérico (de Auerbach). 
 Possui um controle autonômico da 
movimentação das fibras musculares da 
camada muscular externa 
 
 
 
 
 
17 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
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Serosa | | 
É a camada mais externa 
Possui uma camada de epitélio simples pavimentoso 
voltado para a cavidade abdominal. Abaixo dessa 
temos uma fina e delicada camada de tecido 
conjuntivo frouxo 
Essa camada é continua com peritônio parietal da 
cavidade abdominal e com o peritônio visceral do 
fígado 
 
diferenca regionais da mucosa | | 
Fundo/Corpo: 
 Possui fossetas revestidas por um epitélio 
colunar secretor. As fossetas nessas regiões são 
curtas. 
 As glândulas fúndicas são longas e retilíneas. 
Essas glândula é constituída por células 
secretoras de muco do colo, células parietais, 
principais e enteroendocrinas 
 
Cárdia: 
 Possui fossetas curtas 
 A lamina própria se encontra entre as glândulas 
 As glândulas cárdicas se organizam de forma 
enovelada, sendo a que a grande maioria das 
suas células são secretoras de muco 
(mucíparas) 
 A função é aumentar a quantidade de 
muco nessa região fazendo uma maior 
produção e lubrificação, tornando a 
cárdia mais básica caso haja refluxo. 
 
Piloro: 
 Possui fossetas longas 
 As glândulas pilóricas são enoveladas e com 
células mucíparas 
 A secreção mucosa nessa região é 
muito importante para que o quimo 
quando propulsionado para o 
duodeno, leve parte dele para 
neutralizar o pH a nível duodenal. 
 
As glândulas secretora de HCl, pepsinogenio e fator 
intrínseco estão mais presentes nas glândulas fundicas 
(presente na região de fundo). 
As glândulas cárdicas e pilosas possuem uma maior 
quantidade de células mucosas 
 
Helicobacter pylori | | 
Conhecida como H Pylori, essa é uma bactéria muito 
presente na população. 
Essas bactérias são pouco resistentes ao pH ácido. 
A H Pylori apresenta alguns fatores de virulência, sendo 
um deles a resistência ao pH ácido estomacal. Isso 
ocorre porque essas bactérias apresentam na sua 
membrana plasmática e citoplasma uma grande 
quantidade de uréase 
 Urease: enzima que hidrolisa a ureia e possui 
como resultado a amônia (NH3) 
 A amônia neutraliza o pH ácido, basificando 
esse meio 
 Através dessa basificação, essa região se torna 
propicia para que mais bacterias entre e 
colonize. 
 A região “atacada” pelas H Pyloris vai sendo 
destruída, tendo a redução da barreira de 
muco. 
 O pH ácido do estomago começa a agredir a 
mucosa gástrica 
A reação inflamatória estabelecida gera uma 
destruição da mucosa gástrica, desencadeando um 
quadro de gastrite que pode evoluir para uma úlcera. 
 A diferença de gastrite para ulcera é em 
relação a profundida da destruição tecidual. 
 
 
 
 
18 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 Gastrite: se encontra apenas na 
camada mucosa. Gera dor, azia e 
queimação. 
 Ulcera: a destruição atinge as 
camadas mais profundas, inicia-se no 
conjuntivo. O maior risco desse quadro 
é o seu aprofundamento, podendo se 
tornar uma ulcera perfurada 
 
o 
 
Para conter o avanço da infecção utilizamos 
antibióticos que são passiveis para a destruição dessa 
bactéria 
Para que o diagnostico seja conclusivo, é necessário 
realizar o teste Helicobacter Pylori 
Esse teste consegue detectar ou não a presença da 
bactéria na mucosa gástrica. Isso pode ser feito no 
momento em que o paciente está fazendo uma 
endoscopia. 
 Durante o procedimento retira-se um 
fragmento da parede gástrica, esse é 
colocado dentro de um frasco contendo ureia 
e uma substancia indicadora de pH (vermelho 
de fenol) 
 Quando o pH dessa substancia está mais acida 
o conteúdo se torna amarelo, quando esse 
meio é basificado ele se torna rosa. 
 Resumo: retira-se um fragmento da parede 
gástrica coloca dento de um frasco que 
contenha ureia e vermelho de fenol, se houver 
a presença da bactéria teremos a uréase 
decompondo a ureia. Essa reação resulta na 
liberação de amônia que basifica o meio 
tornando-o rosa. 
 
 
Junção Gatro-Duodenal 
No local de transição entre o estomagoe o duodeno 
temos o esfíncter pilórico. 
 Este esfíncter abre com a onda peristáltica para 
a passagem do quimo. 
Nessa região pode-se observa um espessamento da 
camada muscular interna, que faz com que nessa 
região a camada muscular externa seja mais espessa e 
a abertura do lúmen fique mais constrito. 
 
Intestinos 
Principais funcoes | | 
As principais funções compreendem a digestão dos 
alimentos, a absorção, eliminação de resíduos da 
digestão (nível de intestino grosso) e a função 
endócrina (responsável pelas células 
enteroendócrinas). 
Digestão: 
1. Secreções intrínsecas (suco entérico) 
2. Secreções extrínsecas (bile, suco pancreático) 
 Auxiliam no processo digestório, essas 
secreções vem do fígado, da vesícula 
biliar e do pâncreas exócrino. 
3. Movimentos musculares de mistura 
Absorção: a maior parte da absorção dos 
micronutrientes se dá a nível de intestino delgado 
Eliminação de resíduos da digestão 
 Formação e eliminação das fezes 
 Ocorre a nível de intestino grosso. Nessa região 
a absorção dos micronutrientes se tornam 
bastante diminuída, sendo absorvido sais 
minerais e agua. Consequentemente ocorre a 
solidificação do bolo fecal e em nível de colon 
sigmoide e reto fica este fica armazenado até 
o momento da defecação. 
Função endócrina (GEP - Gastro Entero Pancreaticas): 
são as células enteroendócrinas que estão presente ao 
longo de toda a mucosa intestinal. Essas são secretoras 
de hormônios 
 
 
 
 
19 
Histologia 
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Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
Todo o tubo digestivo – do esôfago ao anus - apresenta 
a camada mucosa (epitélio, lamina própria e muscular 
da mucosa), submucosa, muscular externa e camada 
serosa ou adventícia. 
Uma das principais características que modificam ao 
longo do trajeto e dos órgão é a camada mucosa. 
 A nível de intestino delgado é possivel observar 
projeções da lamina própria e do epitélio de 
revestimento, formando as vilosidades. Essas 
possuem como função aumentar a absorção. 
 No intestino grosso as vilosidade se tornam 
ausentes. 
Na lamina própria temos a presença de nódulos 
linfáticos. 
A muscular externa no estomago possui três camadas 
de distribuição de feixes de fibras musculares, já no 
intestino delgado e grosso temos apenas duas (circular 
e longitudinal) 
 
 Intestino Delgado 
Anatomicamente: o intestino delgado apresenta em 
média de 6m de comprimento. 
 Duodeno: primeira porção. É uma continuação 
do estomago, tendo o esfíncter pilórico entre 
eles. Temos o duodenos descendente e 
horizontal, abraçando a cabeça do pâncreas. 
Termina na flexura jejuno duodena, nesse 
percurso ele possui em torno de 20 a 25cm, 
sendo a menor porção. 
 Jejuno: segunda porção. Compreende 2/5 do 
restante do intestino delgado. Tem 
continuidade com o íleo 
 Íleo: terceira porção. Compreende 3/5 da 
porção do intestino delgado, terminando no 
ostio ileocecal. 
O intestino delgado apresenta características 
histológicas diferentes ao longo das suas regiões. 
 Duodeno: 
 Mucosa apresenta vilosidade longas 
voltadas para o lúmen intestinal, 
aumentando a superfície de absorção. 
 Na camada submucosa temos 
glândulas muciparas (Glândulas de 
Brunner) que secretam um muco bem 
alcalino. Drenam esse muco nas 
criptas, caindo direto na luz intestinal 
 
 Jejuno: 
 O jejuno não apresenta glândulas 
muciparas 
 Possui vilosidades longas 
 
 Íleo: 
 As vilosidades se tornam curtas e largas 
 Existem regiões do íleo que os nódulos 
linfáticos se organizam pareados um do 
lado do outro, formando as Placas de 
Payer 
 
Organizacao histologica | | 
Mucosa: 
 Vilosidades: são projetadas a partir de eixos de 
lamina própria. É revestida por um epitélio 
simples colunar. Possui células absortivas 
 Glândulas ou criptas de Lieberkuhn: são 
invasões da vilosidade na lamina própria. Possui 
células secretoras. 
 Lâmina Própria 
 Muscular da mucosa 
Submucosa: formada por um tecido conjuntivo denso, 
é bastante vascularizada. Possui o Plexo de Meissner. E 
dependendo da região encontra-se glândulas 
muciparas. 
Muscular externa: possui fibras com disposição circular 
internamente e externamente longitudinal. Entre elas 
temos o Plexo Mioentérico 
Serosa (peritônio) 
 
 
 
 
 
20 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
o 
 
Macroscopicamente, o intestino delgado voltado para 
a luz intestinal possui pregas circulares (ou semi-
circulares ou válvulas de Kerckring). 
Essas pregas são observadas fazendo uma projeção 
para luz do intestino. 
A submucosa no local das pregas são mais espessadas. 
A camada mucosa acompanha a superfície da 
submucosa, projetando as suas microvilosidades. 
Essas pregas auxiliam na absorção do intestino delgado, 
por isso são mais frequentes a nível de duodeno e 
jejuno. 
 
o 
 
As vilosidades apresentam um epitélio simples colunar 
que é entremeado por células caliciformes, ou seja, 
células glandulares exócrinas unicelulares. 
 Essas células vão liberar o conteúdo secretor 
muciparo para a luz intestinal 
Na superfície de cada uma das células pertencentes a 
essas vilosidades, na parte apical, temos as 
microvilosidades. 
As vilosidades e microvilosidades possuem como função 
aumentar a superfície absortiva do intestino delgado 
Lamina própria: está presente no eixo da vilosidade e na 
região das glândulas intestinais 
 Contem numerosos tipos de células, como 
células musculares lisas, linfócitos, plasmócitos, 
eosinófilos, macrófagos, etc 
 Possui rede de capilares sanguíneos fenestrados 
 Apresenta um capilar linfático central que 
possui um fundo cego, conhecido como ducto 
galactófaro 
 Na altura das glândulas intestinais, temos a 
presença de numerosos nódulos linfoides. 
 
 
Figura 11 – As células em claro são as células caliciformes 
entremeadas aos enterócitos. As microvilosidades da superfície 
apical forma a borda estriada. 
O epitélio intestinal das vilosidades se continua 
formando glândulas intestinais ou criptas de Lieberkuhn 
 A glândula intestinal apresenta células 
caliciformes entremeadas a enterócitos 
 Possui algumas células troncos que vão sofrer 
mitose e se diferencial em diversos tipos 
celulares de epitélio 
 Possui também células de Paneth 
 
 
Tipos celulares | | 
 
O intestino delgado possui 5 tipos celulares diferentes: 
 Enterócitos: células mais presentes na superfície 
das vilosidades. Principal função a absorção de 
micronutrientes 
 Caliciforme: possui como função secretar muco 
 Paneth: presente na região das glândulas 
intestinais, mais ao fundo. Possui a função de 
manter a integridade nata da mucosa. 
 
 
 
 
21 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
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 Tronco: são células regenerativas 
 Enteroendócrinas: células especializadas em 
produzir hormônios parácrinos (atuam 
diretamente no local próximo) ou endócrinos 
(lançados na circulação sanguínea) 
Recobrindo os nódulos linfoide e as placas de Payer 
temos as células M, são especializadas no epitélio de 
revestimento. Possui a função de apresentadora de 
antígenos 
o 
 
1. Células absortivas ou enterócitos 
Células colunares altas (prismáticas), com núcleo oval 
na porção basal. 
Presença de microvilosidades (projeção da membrana 
plasmática) – Borda em escova – aumento da superfície 
de absorção. 
 As microvilosidades são estruturadas por 
filamentos de actina 
 
Principais funções: 
 Absorção de micronutrientes do lumen 
intestinal para o sistema circulatório 
 Síntese de enzimas (participam do processo 
digestório): 
 Dipeptidases 
 Dissacaridases Enteroquinase 
Essas enzimas são sintéticas por essas células, 
secretas e pertecem ao glicocalix (superfície) 
das microvilosidades 
Dipeptidases e dissacaridades completam a 
digestão dos açucares e das proteínas em 
glicose e aminoácidos, para que esses possam 
ser absorvidos 
A enteroquinase é importante a nível de 
duodeno, pois essa enzima converte o 
tripsinogênio em tripsina que é a substancia 
responsável por fazer a conversão das pro-
enzimas pancreáticas inativas em enzimas 
ativas. 
 
Figura 12 - Entre as células absortivas, temos a presença de zonas 
de oclusão que possui a função de impedir a passagem de 
substancias entre os enterócitos para que elas sejam absorvidas por 
processos de transportes pela membrana plasmáticas dessas 
células. 
Doença Celíaca: enteropatia de caráter autoimune ao 
glúten 
 Glúten é uma proteína encontrada em alguns 
alimentos como trigo, aveia, cevada, centeio 
 Os indivíduos que começa a desenvolver essa 
doença, o glúten desencadeia uma reação 
inflamatória na mucosa intestinal. Essa 
inflamação resulta em uma perda das 
vilosidades e comprometimento dessa 
superfície absortiva 
 O indivíduo possui como resultado dessa perda 
das vilosidades uma má absorção de 
nutrientes, sais minerais e agua. 
 Sintomas: diarreia, dor abdominal, fadiga, 
perda de peso, desnutrição, anemia 
 Essa doença pode ser diagnosticada através 
do exame de sangue ou a partir de uma biopsia 
feita através do exame de endoscopia 
digestiva alta 
 
 
Giardíase: parasita é a G. lamblia. 
 Na sua forma de parasita, esse possui a 
tendência de se aderir a mucosa duodeno e 
inicio do jejuno. 
 Essa adesão resulta em uma reação 
inflamatória com perda das microvilosidades, 
apoptose das células dos enterocitos, distúrbios 
nas zônulas de oclusão e aumento da 
permeabilidade epitelial 
 Como consequência dessa infecção temos a 
má absorção de nutrientes 
 
 
 
 
 
 
 
22 
Histologia 
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2. Células Caliciformes 
Células globosas, com núcleo basal 
Produção de muco (mucina) glicoproteínas acidas 
hidratadas (PAS positivas) 
 Apresenta na sua região apical uma 
abundância de vesículas de secreção 
contendo mucina. 
Menos abundante no duodeno e aumentam em 
direção ao íleo 
Lubrifica e protege o epitélio do intestino 
 
o 
 
 
1. Células absortivas 
2. Células caliciformes 
 
3. Células de Paneth 
Células exócrinas (grânulos grandes, acidófilos) 
 Possui grânulos eosinófilos na superfície apical 
 Na superfície basal se localiza o núcleo. 
Controle da microbiota intestinal. 
Na vesículas de secreção temos substancias 
antibacterianas como: 
 Lisozima: digere a parede celular de alguns 
grupos de bactéria 
 Defensinas: as α-defensinas são mediadoras 
para os linfócitos citotóxicos (TCD8) que jogam 
substancias na células bacterianas 
 Anticorpo IgA 
 
 
4. Células-tronco (células indiferenciadas) 
Renovação do epitélio intestinal 
São células que possuem a capacidade de divisão e de 
se diferencias nos diferentes tipos de célula da mucosa 
intestinal 
 As células do epitélio intestinal (enterócitos e 
caliciformes) possuem vida curta, renovando-se 
a cada 6 dias 
Essas células se localizam em maior frequência na 
metade inferior das glândulas intestinais, porem podem 
esta mais próximas da base também. 
Essas células não são possivel distinguir em uma 
histologia normal, sendo marcadas através de 
imunomarcação. 
 
5. Células enteroendócrinas (GEP) 
Liberação de grânulos de secreção por exocitose – 
hormônios que terão ações: 
 Parácrina: atuando localmente em células 
vizinhas 
 Endócrino: em direção a corrente sanguínea, 
atuando em outros locais do TGI (trato gastro 
intestinal) 
Célula que possui núcleo globoso e basal, com vesículas 
de secreção de hormônios. 
As células enteroendócrinas produz a maioria dos 
hormônios que são produzidos no estomago e as suas 
ações incluem a regulação da secreção pancreática, 
indução da digestão e da absorção de nutrientes, 
homeostase enérgica. 
Hormonios secretados: 
 Colecistoquinina (intestino delgado): possui a 
atividade de aumentar a ação do pâncreas e 
da vesícula biliar, além de diminuir a função 
secretora e de motilidade gástrica 
 
 
 
 
23 
Histologia 
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 Cecretina 
 GIP (Polipeptídio inibidor gástrico): estimula a 
liberação de insulina pelo pâncreas endócrino 
 Motilina: tem a função de iniciar a motilidade 
gástrica intestinal 
 
o 
 
Presente no íleo, na mucosa e submucosa 
Associação de vários nódulos linfáticos próximos uns 
dos outros. Esses emitem projeções para a mucosa, 
formando os domos. 
Na região dessas placas temos a redução das 
vilosidades, pois o seu revestimento é feito pelo epitélio 
de revestimento 
Funcionam como órgão linfoide secundário, sendo uma 
primeira barreira de linfócitos aos patógenos. 
 
o 
 
 
Associado aos folículos e nódulos linfoides temos as 
células M 
No interior dessa células temos uma bolsa repleta de 
linfócitos intraepiteliais. 
 As células M possuem uma morfologia onde se 
desenvolvem um recesso profundo, que se 
conecta ao espaço extracelular por onde os 
linfócitos migram para essa região 
As células M atuam como transportadoras de 
antígenos, para que esses alcem os linfócitos e 
desencadeie uma resposta imune 
 
 
Lamina propria e muscular da mucosa | | 
 
A camada mucosa que possui a lamina própria e 
muscular da mucosa é semelhante no duodeno, jejuno 
e íleo. 
 
A camada submucosa é formada por um tecido 
conjuntivo denso que dá suporte a região. Possui vários 
vasos sanguíneos, nervos e gânglios do plexo de 
Meissner. 
 Na região de duodeno, jejuno e íleo (menor 
quantidade) temos as pregas circulares, nessa 
região a camada submucosa é mais espessada 
 
 Camada submucosa do Duodeno: 
 Possui todas as estruturas citadas + as 
glândulas de Brunner 
 Glândulas duodenais (glândulas de 
Brunner – mucosas): secretam muco 
alcalino, rico em íon bicarbonato. Seu 
pH está entre 8/9. 
 O objetivo desse muco é neutralizar o 
quimo ácido proveniente do 
estomago, sendo assim o pH diminui e 
se torna neutro, que é ótimo para as 
enzimas pancreáticas. 
 
 
 
 
24 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 
A camada muscular externa se localiza abaixo da 
submucosa, possui uma faixa de fibras musculares lisas 
disposta de forma circular e mais externamente de 
forma longitudinal. 
 Entre essas faixas temos o plexo mioentérico (de 
Auerbach) 
 
 As fibras circulares de forma isolada fazem 
movimentos segmentares e em conjunto com 
as fibras longitudinais vai fazer com que haja os 
movimentos peristálticos propulsionando o 
alimento ao longo de todo o intestino delgado. 
 
A camada mais externa do intestino delgado, o 
peritônio, é constituída de serosa. Possui um epitélio 
simples pavimento no mesotélio. 
 
Intestino Grosso 
Anatomicamente: 
1. Ceco e apêndice cecal 
2. Cólon 
 Ascendente 
 Transverso 
 Descendente 
 Sigmoide 
3. Reto 
4. Ânus 
 
O intestino grosso apresenta as quatro camadas 
características das suas paredes: camada mucosa, 
submucosa, muscular externa e serosa adventícia. 
Diferenças macroscópica do intestino grosso e delgado: 
 Presença das tênias: presentes a nível de cólons 
e ceco 
 Saculações: são as dilatações visíveis entre as 
tênias, presente apenas no ceco e cólons 
 Apêndices omentais: são projeções adiposas 
da serosa, que ficam localizadas na superfície 
externa do colon. 
 
Estrutura histologica | | 
No intestino grosso a camada mucosa não apresenta 
vilosidades e passam a ter uma superfície regular com 
invaginações para a lamina própria, formandonumerosas glândulas intestinais tubulares retas (ou 
Criptas de Lieberkuhn). 
 Essas glândulas ocupam toda a extensão da 
superfície mucosa e entremeadas a elas temos 
a lamina própria 
 Essas glândulas são constituídas de uma epitélio 
simples colunar entremeadas por células 
caliciformes (que são mais numerosas) 
 A mucosa no intestino grosso perde as suas 
pregas circulares 
Na camada submucosa temos o Plexo de Meissner 
A camada muscular externa possui nas fibras internas 
uma disposição mais circular e nas externas uma 
disposição mais longitudinal. Entre elas temos o plexo 
mioentérico. 
Externamente temos a camada serosa ou adventícia. 
 
 
 
 
25 
Histologia 
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 Se as estruturas do intestino grosso estiverem em 
contato com a parede abdominal temos uma 
camada adventícia, caso estejam em contato 
com o peritônio temos uma camada serosa. 
 
o 
 
Revestida por um epitélio de superfície que invagina 
para a lamina própria formando as glândulas intestinais. 
As glândulas intestinais apresentam as seguintes células: 
 Células absortivas: mais baixas e com bordas 
estriadas menos desenvolvida. Tem a função 
de absorção de agua e íons 
 Células caliciformes: mais numerosas e com 
produção de muco lubrificante. 
 Essa lubrificação é extremamente 
importante, pois a medida que ocorre 
a reabsorção de agua do conteúdo 
fecal temos a solidificação desse. 
Sendo assim é necessário a lubrificação 
para facilitar o transito desse conteúdo 
 Células endócrinas: menos numerosas 
 Células troncos: são as células regenerativas 
indiferenciadas 
A nível de intestino grosso a lamina própria apresenta 
poucos vasos linfáticos e um maior desenvolvimento dos 
nódulos linfáticos que muitas vezes se estendem até a 
submucosa. 
 
 
Cólera: processo patológico que ocorre a partir da 
bactéria Vibrio cholerae. 
 Essa é uma doença bacteriana infecciosa, que 
pode contaminar o intestino do indivíduo 
através da ingestão de agua e alimentos 
contaminados 
 Essas bactérias produz toxinas que vão ter ação 
de fixar em receptores específicos de canais de 
cloreto (CFTR) presentes na superfície dos 
enterócitos. Como consequência temos a 
excreção de água e eletrólitos 
 Temos um quadro agudo de diarreia e 
desidratação. 
 
o 
 
 A camada submucosa é semelhante a presente no 
intestino delgado (exceção da parte duodenal) 
É nessa região que se encontra o Plexo de Meissner que 
inerva toda a mucosa. 
 
o 
 
Anatomicamente o intestino grosso apresenta uma 
área de espessamento muscular que são as tênias. 
 A tênia é vista nos cortes histológicos como um 
espessamento da camada de musculatura 
externa com disposição longitudinal. 
Externamente temos a muscular externa longitudinal, 
que possui a camada serosa quando ligada ao 
peritônio e é adventícia nas regiões em que o intestino 
grosso está em contato com a parede da cavidade 
abdominal 
 
Apendice vermiorme | | 
Na região do ceco a uma projeção, uma bolsa de 
fundo cego, que é o apêndice vermiforme 
O apêndice vermiforme histologicamente apresenta 
uma citologia semelhante a do ceco, onde temos as 
Camada submucosa 
 
 
 
 
26 
Histologia 
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camadas (mucosa, submucosa, muscular externa e 
serosa) 
 Nesse caso a muscular externa é mais uniforme 
na porção longitudinal e circular 
Possui a presença de grande número de nódulo 
linfáticos que se estende da mucosa até a submucosa 
Apendicite: este é um processo inflamatório agudo que 
pode gerar um necrose tecidual dos constituintes da 
parede do apêndice e como consequência uma 
complicação grave que é a sua supuração. 
 Supurar: essa inflamação grave com destruição 
tecidual chega a romper o apêndice e o 
conteúdo fecal adentra a cavidade 
abdominal. 
 
doenca de chron | | 
É uma doença de origem idiopática 
Acredita-se que haja um predisposição genética mas 
também está muito associada a uma resposta 
imunológica anormal a vírus e bactérias 
Essas doença inflamatória pode afetar qualquer parte 
do intestino delgado ou grosso, porem possui uma maior 
frequência nas regiões de íleo distal e cólon 
Essa inflamação se torna crônica, resultando em 
edemas, fibrose e espessamento da parede intestinal 
levando a uma estenose, uma diminuição da luz 
intestinal. Esse processo pode se agravar levando a 
formação de ulceras, fistulas ou perfuração intestinal. 
Os paciente apresentam como sinais clínicos diarreia, 
dor abdominal, fadiga, perda de peso e desnutrição 
 
Reto, canal anal e anus | | 
Essa é a porção mais distal do tubo digestivo, onde 
apresenta uma porção superior que possui pregas 
transversais do reto e na sua porção mais distal possui 
uma porção dilatada conhecida como ampola do reto 
A mucosa do reto é semelhante a mucosa do restante 
do intestino grosso, porem com muita produção de 
muco pelas células caliciformes 
Abaixo do reto encontramos o canal anal, que é uma 
região que apresenta em torno de uns 4cm de 
comprimento desde o reto até o anus. Apresenta 
pregas longitudinais, conhecidas como colunas anais. 
Entre as colunas anais temos os seios anais que são 
áreas de depressão. 
 A região do canal anal possui 3 zonas diferentes 
que apresentam constituintes teciduais 
semelhantes, porem possuem o epitélio de 
revestimento da mucosa modifica de acordo 
com as zonas. Elas são: 
 Zona Colorretal: mais proximal. 
Apresenta um epitélio simples colunar 
 Zona Anal de Transição (ZAT): 
intermediaria. Possui um epitélio 
estratificado pavimentoso, com a 
perda da muscular da mucosa 
 Zona Pavimentosa: mais distal. Todo o 
epitélio é estratificado pavimentoso e 
continua com o epitélio pele perianal. 
Nessa região não existe tênias, possuindo os folhetos 
musculares uniformes. 
A musculatura externa à medida que chega no canal 
anal se espessa formando o esfíncter interno do anus. Já 
o esfíncter externo é formado a partir de musculo 
estriado esquelético proveniente de musculo do 
assoalho pélvico 
 
Juncao retal-anal | | 
 
 
 
 
 
 
27 
Histologia 
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Glândulas Anexas 
Fígado 
funcoes gerais | | 
O fígado apresenta várias funções, como: 
 Exócrina: responsável por secretar a bile, que é 
secretada através do sistema ductal que vão 
compreender as vias biliares 
 Exócrina (bile) → Vias biliares 
 A bile produzida e secretada pelos 
hepatócitos, chegam ao duodeno 
com a função de emulsificar as 
gorduras para que essas sejam 
digeridas pela lipase pancreática. 
 Endócrina: secreta proteína, lipoproteínas, 
glicose, etc. Essas secreções passam pelo 
capilares sinusoides que transitam entre os 
cordões de hepatócitos no interior dos lóbulos 
hepáticos. 
 Endócrina → Capilares sinusoides 
 Metabólica: para que ocorra essa função é 
necessário que participe o sistema porta-
hepático. O fígado metaboliza, armazena, 
neutraliza as substancias vinda do tubo 
digestivo, pâncreas e baço. 
 Metabólica → Sistema porta-hepático 
 No sistema porta-hepático os vasos 
portais possuem contato com o 
intestino, o baço e pâncreas. Sendo 
assim esse sistema conduz os 
micronutrientes e as substancias 
absorvidas até o fígado. 
 
formacoes conjuntivas | | 
O fígado apresenta um envoltório de tecido conjuntivo 
denso, conhecido como Cápsula de Glisson. 
 Essa capsula compreende externamente o 
peritônio visceral e na profundidade os septos 
de tecido conjuntivo denso 
 Os septos separam esse órgão em lóbulos 
hepáticos 
 
As formações conjuntivas vão estaenvolvendo todo o 
fígado, que é um órgão grande, lobulado, 
macroscopicamente possui o lóbulo direito, quadrado, 
esquerdo e caudado. 
A região portal do Hilo é o local onde ocorre a entra e 
saída dos vasos e ductos. É nessa região que temos a 
entrada da veia porta, da artéria hepática e inervações 
e a saída dos ductos hepáticos direito e esquerdo, os 
vasos linfáticos e inervações 
A capsula do Hilo emite septos que envolvem os lóbulos 
hepáticos, formando a bainha perivasculobiliar. 
 Os lóbulos hepáticos na extremidade, nos 
vértices dos hexáculos, temos ramos dos vasos 
sanguíneos, dos vasos linfáticos e dos ductos 
biliares, formando a tríade portal. Envolvendo 
essas tríades temos a bainha de conjuntivo, a 
perivascular. 
 
Vale ressaltar a existência da rede de fibras reticulares 
que vão sustentar, constituindo o estroma das células 
dos hepatócitos. 
 
lobulacao hepatica | | 
Anatomicamente o fígado possui lóbulo direito, 
esquerdo, quadrado e caudado. A vesícula fica situada 
inferiormente. 
Os septos vindo da capsula divide esse órgão em 
septos, tornando-o lobulado microscopicamente 
 
 
 
 
28 
Histologia 
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Cada lóbulo possui uma conformação próxima a um 
hexágono, possuindo no centro a veia centrolobular. 
 Os hepatócitos se organizam em fileiras, conhecidas 
como cordões de hepatócitos que são situados 
perpendicularmente a veia centroglobular se dirigindo 
ao septo do lóbulo. 
 Os hepatócitos são células poliédricas que 
possuem núcleo esférico. 
Entre os hepatócitos transitam os capilares sinusoides e 
os canalículos biliares. Nesses dois compartimentos 
circulam substancias diferentes em sentidos distintos. 
 A veia porta entra pelo hilo e se ramifica 
percorrendo entre os septos, esses ramos da 
veia porta dão origem aos capilares sinusoides. 
 O sangue chega do hilo, é difundido 
pelos ramos da veia porta e desses 
surgem os capilares sinusoides. 
 O fluxo sanguíneo segue do ramo da 
veia porta em direção a veia 
centroglobular. 
 Fluxo sangue: Veia Porta → Veia 
centroglobular 
 A bile vai ser secretada pelos hepatócitos e vai 
ser lançada nos canalículos biliares, seguindo 
um fluxo inverso do fluxo sanguíneo. 
 Os hepatócitos secretam a bile, lança 
nos canalículos que se confluem em 
ductos biliares, que por sua vez formam 
ductos ainda maiores transitando pelos 
septos, até saírem pelo hilo como 
ducto hepático direito e esquerdo. 
 Fluxo biliar: Veia centroglobular → 
Tríade Portal 
Nas extremidades dos lóbulos temos o espaço porta 
com a tríade portal, nesse local encontramos ramo da 
veia portal, ramo da artéria hepática e ducto biliar 
interlobular. Esse espaço é sustentado por uma bainha 
perivasculobiliar constituída de tecido conjuntivo. 
 
triade porta | | 
A tríade é composta por um ramo da veia porta, um 
ramo da artéria hepática e um ducto biliar interlobular. 
Ao seu redor encontramos a bainha perivasvulobiliar. 
Para diferenciar histologicamente esses componentes 
observamos as características morfológicas de cada 
uma. 
As veias possuem um lúmen dilatado, a parede vascular 
fina e o revestimento na intima é de um epitélio simples 
pavimentoso. 
As artérias possuem a camada de revestimento 
endotelial, a camada media preenchida por tecido 
muscular liso e o lumen é mais bem delimitado. 
Os ductos com calibre menor são revestidos por um 
epitélio simples cubico e ductos com calibre maior 
pode ser bi cúbico. 
 
Vascularizacao hepatica | | 
A veia porta conduz os sangues vindo do intestino, 
pâncreas e baço diretamente para o fígado, sendo 
assim todos os micronutrientes absorvidos passam 
primeiramente pelo fígado, na porção venosa, através 
do sistema porta hepático pela veia portal. 
 O fluxo sanguíneo nesse local possui pouco 
oxigênio, pois a maior quantidade de gás 
solubilizado é o CO2 
 O ramo da veia porta se ramifica por capilares 
menores (vênulas) e a partir de cada uma delas 
temos os capilares sinusoides que passam entre 
os cordões de hepatócitos 
 Os hepatócitos recebem os micronutrientes 
absorvidos e os produtos de excreção do 
pâncreas ou do baço para a metabolização. 
Após esse processo essas substancias são 
devolvidas aos canalículos para ser desaguado 
na veia centrolobular. 
 O fluxo sanguíneo venoso não oxigenam esses 
hepatócitos para que eles possam fazer a 
respiração aeróbica e produzir ATP para 
cumprir suas funções. Sendo por isso necessário 
os ramos da artéria aorta. 
Da artéria aorta surgem ramos hepáticos que penetram 
no hilo hepático, esses por sua vez se ramificam até que 
cheguem a tríade portal. Esses ramos se “fusiona” com 
os ramos da veia porta e formam os capilares sinusoides. 
 O sangue circulando pelos hepatócitos 
possui oxigênio através da arteira hepática 
 A artéria hepática leva esse oxigênio, que 
será transportado para os hepatócitos. Esses 
 
 
 
 
29 
Histologia 
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por sua vez devolvem CO2 para o sangue 
venoso que desagua na veia centroglobular. 
Os capilares que oxigenam e nutrem os hepatócitos 
estão menos oxigenados que outros órgãos, porem as 
células que estão mais próximos do septo são melhores 
oxigenados. Os hepatócitos mais próximos da veia 
centroglobular possuem uma oxigenação menor. 
 Caso haja algum processo patológico no 
fígado, onde o fluxo de oxigênio seja diminuído. 
Os primeiros locais que começam a ter 
hepatócitos sofrendo lesão estão localizados 
próximos a veia centroglobular. 
 
Os ductos biliares interlobulares se ramificam formando 
os canalículos que se localizam entre os hepatócitos. O 
fluxo da bile é contrário ao fluxo dos capilares sinusoides, 
saindo da veia centrolobular em direção ao ducto biliar. 
 
Resumindo: 
Veia porta → vênulas distribuidoras → vênulas de 
entrada → fusionam com as arteríolas → capilares 
sinusoides 
Artéria hepática → arteríolas distribuidoras → arteríolas 
de entradas → fusionam com as vênulas → capilares 
sinusoides 
 
parenquima hepatico | | 
O parênquima hepático 
possui os lóbulos 
hepáticos e as vias biliares 
intra-hepaticas 
 
 
 
o 
 
Os lóbulos hepáticos são constituídos por: 
 Cordões de hepatócitos: fileiras de uma única 
célula 
 Labirinto hepático: 
 Veia centrolobular 
 Capilares sinusoide 
 Espaço perissinusoidal (de Disse): 
localizado no espaço entre os capilares 
sinusoides e os cordões de hepatócitos 
 
Os hepatócitos são células que apresentam muito 
reticulo endoplasmático rugoso, liso e mitocôndrias. Essa 
célula possui a capacidade de fazer a gliconeogenese, 
ou seja, captar a glicose e transforma-la em glicogênio 
para armazena-lo dentro do citoplasma, como uma 
reserva energética. 
 
Figura 13 - Por apresentar uma reserva de glicogênio temos uma 
coloração de PAS positiva, marcando de bonina o local onde se 
encontra glicogênio. 
No labirinto hepático temos os capilares sinusoides (CS), 
os cordões de hepatócitos e entremeado a eles o 
espaço de Disse (não é possivel vê na histologia) 
 
 
 
 
30 
Histologia 
Isadora Lessa Chaves 
Notas de Aula da Prof. Juliana Massote 
 
Figura 14 - Na parede dos capilares temos os núcleo célula 
endotelial e, compondo, temos a célula de Kupffer que é o 
“macrófago” do fígado. Esse possui a função de fagocitar 
microorganismos (veia porta), hemácias senescentes 
(hemocaterese), restos celulares e secretar proteínas de resposta 
imune. A célula de Kupffer também é muito difícil de ser observada 
dentro dos capilares sinusoides, porém ela corresponde a 15% da 
população células do hepatócito 
O espaço de Dissel 
é possivel ser 
observado em 
uma microscopia 
eletrônica. 
 
 
 
Nesse espaço

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