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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS - CMPF BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA ANTONIO JERFFESON LIMA ARAUJO PAU DOS FERROS – RN 2021 ANTONIO JERFFESON LIMA ARAUJO NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA Relatório de aula prática apresentado à Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Centro Multidisciplinar de Pau dos Ferros – CMPF, como requisito parcial para a obtenção de créditos do Componente Curricular Fundamentos de Analise Química, período 2020.2 Prof. Drª. Kyteria Sabina Lopes de Figueredo PAU DOS FERROS – RN 2021 SUMÁRIO 1. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 4 2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 5 3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................... 6 3.1 Riscos Químicos ............................................................................................................................ 6 3.1.1 Riscos relacionados aos produtos químicos ........................................................................... 6 3.1.1.1 Por inalação ..................................................................................................................... 6 3.1.1.2 Por absorção cutânea ....................................................................................................... 6 3.1.1.3 Por ingestão ..................................................................................................................... 7 3.1.2 Medidas de Controle .............................................................................................................. 7 3.2 Regras básicas de segurança em laboratórios................................................................................ 7 3.3 Equipamentos de proteção individual (EPIs) ................................................................................ 9 3.3.1 Luvas ...................................................................................................................................... 9 3.3.2 Máscaras ............................................................................................................................... 10 3.3.3 Óculos .................................................................................................................................. 10 3.3.4 Jaleco .................................................................................................................................... 10 3.3.5 Calçados ............................................................................................................................... 10 3.4 Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) ................................................................................ 10 3.4.1 Capela ................................................................................................................................... 11 3.4.2 Chuveiro de Emergência ...................................................................................................... 11 3.4.3 Lava olhos ............................................................................................................................ 12 3.4.4 Extintores de incêndio .......................................................................................................... 12 3.5 Eliminação de resíduos químicos ................................................................................................ 14 3.6 Vidrarias e equipamentos ............................................................................................................ 14 3.7 Balanças ...................................................................................................................................... 16 3.7.1 Balança analítica .................................................................................................................. 16 3.7.2 Balança analítica .................................................................................................................. 17 4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 18 5. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 19 NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 4 1. OBJETIVOS O trabalho em laboratório de Química tem como principais objetivos à aquisição de conhecimentos fundamentais sobre as operações práticas e o relacionamento das experiências com os conceitos teóricos. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 5 2. INTRODUÇÃO A ocorrência de acidentes em laboratório de química, infelizmente, não é tão raro como se possa supor. Com a finalidade de reduzir a frequência e a gravidade desses acidentes, torna- se absolutamente imprescindível que, durante os trabalhos realizados, se observe uma série de normas de segurança (SILVA, 2021). No entanto, ao se iniciar o trabalho em um laboratório, é fundamental conhecer-se os procedimentos de segurança que irão permitir uma atuação com um mínimo de risco. A segurança no trabalho depende da ação de todos, e não apenas das pessoas encarregadas especificamente de promovê-la (SILVA, 2021). Contudo, o primeiro cuidado que se deve ter em um laboratório é com a grande concentração das tarefas a serem executadas. Qualquer distração, especialmente durante a manipulação dos produtos químicos e materiais do laboratório, pode resultar em acidentes e imprevistos que afetam a saúde e a integridade física das pessoas (ALAGO, 2020). Assim sendo, dentre os acidentes mais comuns, é possível listar: intoxicações, queimaduras, choques e incêndios. As principais causas são instruções não adequadas e uso incorreto dos equipamentos para laboratório ou reagentes para laboratório de características desconhecidas (SPLABOR, 2017). Portanto, é nítido que, utilizar Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva (EPIs e EPCs) são necessários, além de seguir as normas de boas práticas de laboratório. São essas medidas que podem atenuar a possibilidade de acidente no laboratório. Mesmo utilizando todas as precauções necessárias, não há risco zero. Algumas atividades envolvem mais riscos de acidentes do que outras. Porém, a simples manipulação ou contato diário com agentes perigosos é suficiente para a exposição de risco. Dessa forma, a falta de conhecimento ou treinamento com relação ao trabalho ou aos riscos podem levar a acidentes graves (CAVALLI, 2015). NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 6 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 Riscos Químicos O contato e a manipulação de produtos químicos no local de trabalho podem ocasionar acidentes e problemas de saúde, sendo conhecidos como riscos químicos. Eles são causados por agentes, como substâncias, produtos ou compostos, que entram no organismo por meio da via respiratória (sob as formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores), contato com a pele ou por ingestão (SAFE, 2018). 3.1.1 Riscos relacionados aos produtos químicos Após penetrar no organismo, os agentes químicos podem provocar uma variedade de efeitos tóxicos, incluindo efeitos imediatos (agudos) ou os efeitos a longo prazo (crônicos), dependendo da naturezado produto químico e da via de exposição. As partes do corpo mais afetadas são os pulmões, a pele, o sistema nervoso (cérebro e nervos), a medula óssea, o fígado e os rins (EHS, 2021). 3.1.1.1 Por inalação Constitui a principal via de intoxicação. A absorção de gases, vapores, poeiras e aerossois pelos pulmões e a sua distribuição pelo sangue, que os leva às diversas partes do corpo, é extremamente facilitada pela elevada superfície dos alvéolos pulmonares. A equivocada cultura de que “laboratórios têm naturalmente odor de produtos químicos” com frequência leva a atitudes negligentes, provocando efeitos crônicos à saúde, com danos muitas vezes permanentes ou irreversíveis (FARMACOGNOSIA, 2021). 3.1.1.2 Por absorção cutânea A pele e a gordura protetora são barreiras bastante efetivas, sendo poucas as substâncias que podem ser absorvidas em quantidades perigosas. Os efeitos mais comuns da ação de substâncias químicas sobre a pele são as irritações superficiais e sensibilizações decorrentes da combinação do contaminante com as proteínas. Como decorrência destes fatos, o agente químico pode penetrar pela pele, atingindo a corrente sanguínea. Neste sentido é necessário NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 7 especial cuidado quando houver danos à integridade da pele – feridas expostas devem ser devidamente protegidas (FARMACOGNOSIA, 2021). 3.1.1.3 Por ingestão Pode ocorrer de forma acidental, ou ao ingerir partículas que estejam retidas no trato respiratório, resultantes da inalação de pós ou fumos. Os riscos de ingestão por contaminação das mãos e alimentos serão inexistentes se houver a devida atenção e higiene no trabalho (FARMACOGNOSIA, 2021). 3.1.2 Medidas de Controle Sempre que forem identificados riscos potenciais à saúde, deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos químicos existentes nos ambientes de trabalho. Medidas de proteção devem ser adotadas sempre que a concentração dos agentes químicos no ar atinja a metade do valor recomendado como LT (Limite de Tolerância), valor esse denominado “nível de ação”, de acordo com a NR- 15 da Portaria 3214/78. As ações devem incluir a adoção de medidas de proteção coletiva e individual, além da realização periódica de avaliações ambientais (medições) para o monitoramento da exposição, o controle médico sistemático e a informação aos trabalhadores (EHS, 2021). 3.2 Regras básicas de segurança em laboratórios A seguir estão relacionadas algumas normas básicas de segurança que, se seguidas, minimizarão os riscos de acidentes (FARMACOGNOSIA, 2021). Não trabalhe sozinho no laboratório. Um companheiro, ao menos, sempre será uma ajuda ou testemunha em caso de acidente; Use o guarda-pó ou avental para proteger a roupa; Use sapato fechado (nunca sandálias!); Não fume no laboratório; Evite brincar no laboratório; Se algum ácido ou outro produto químico for derramado, lave local com bastante água; NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 8 Não jogue material sólido na pia; Observe a limpeza dos materiais antes de utilizá-los; Não gaste reagentes e soluções inutilmente, utilize somente o necessário para o experimento; Nunca pese material diretamente sobre o prato da balança; use béquer, vidro de relógio ou papel toalha; Não ingira ou beba qualquer alimento no laboratório; Não recoloque nos frascos soluções restantes, podem contaminar o conteúdo do recipiente; Só use água destilada nos experimentos; Não trabalhe com material defeituoso, principalmente o de vidro; Não deixe sobre a mesa a lamparina acesa com chama forte; Não deixe vidro quente em lugar que possam pegá-lo inadvertidamente; Não prove ou engula drogas ou reagentes do laboratório; Não trabalhe com inflamáveis próximos a chamas; Não aqueça tubos de ensaio com a boca virada para si ou para outra pessoa. Habitue-se a aquecer o tubo de ensaio de forma intermitente; Não aqueça substâncias inflamáveis ou voláteis em chama direta, use banho-maria; Feche direito os frascos das soluções e regentes, principalmente os que forem voláteis e inflamáveis; Evite jogar líquidos inflamáveis na pia, se o fizer abra bastante a torneira; Lave bem as mãos ao deixar o laboratório; NUNCA pipete com a boca soluções ou líquidos puros; NUNCA adicione água a uma solução de ácido ou base concentrada para diluí-los. Sempre adicione essas soluções concentradas à água; Substâncias como vapores tóxicos tais como: bromo, cloro, ácido clorídrico e nítrico concentrados, solução concentrada de amônia entre outras devem ser manipuladas na capela; Consulte o professor quando tiver dúvidas e avise-o de qualquer acidente que ocorra por menor que pareça. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 9 3.3 Equipamentos de proteção individual (EPIs) Os equipamentos de proteção individual, conhecidos por EPIs, destinam-se a proteger o trabalhador ou o analista em operações em que a proteção coletiva não é suficiente para garantir a saúde e integridade física da pessoa (SANTOS et al., 2021). O uso de EPIs no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria nº 3214/1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. Na Figura 1, são demonstrados os tipos de EPIs importantes para o uso em laboratórios. Figura 1: Equipamentos de proteção individual (EPIs). Fonte: (SANTOS et al., 2021). É importante frisar que devemos procurar obter as melhores condições possíveis no laboratório no que diz respeito às instalações (iluminação, ventilação, uso de capelas etc.), para que o uso obrigatório de EPIs se dê em último caso. Por outro lado, os EPIs, quando necessários, devem ser de boa qualidade e proporcionar o máximo conforto possível. Deve-se também realizar a inspeção dos equipamentos de proteção segundo os prazos estabelecidos de acordo com as normas técnicas de segurança (SANTOS et al., 2021). 3.3.1 Luvas As luvas também são EPIs de uso bem frequente nos laboratórios, afinal, os profissionais estão sempre manipulando materiais que podem ser tóxicos, corrosivos ou mesmo infectantes. Elas podem ser tanto descartáveis como também laváveis e reutilizáveis, sendo que para cada atividade desempenhada é importante se certificar sobre qual é a luva mais adequada para se usar (VOLK, 2020). NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 10 3.3.2 Máscaras Sua principal função é proteger o trabalhador contra contaminações que se iniciam pelo sistema respiratório, tanto no que diz respeito a substâncias químicas como também agentes biológicos (VOLK, 2020). 3.3.3 Óculos São bastante utilizados em manipulação de reagentes químicos que liberem vapores ou espirrem produtos químicos, quando se trabalha com reagentes em pó, materiais particulados diversos ou proteção contra projéteis, radiações ultravioleta e infravermelho, e a própria proteção da face; há também os protetores faciais que podem atuar como óculos de segurança (SANTOS et al., 2021). 3.3.4 Jaleco É muito importante devido ser denominado como uma barreira que ajuda a proteger a pele. Existem vários modelos no mercado, mas aqueles mais eficientes são as versões compridas e também com as mangas longas, protegendo desde os membros superiores até a região dos joelhos (VOLK, 2020). 3.3.5 Calçados O calçado é um EPI destinado à proteção dos pés contra umidade, respingos de substâncias químicas ou material biológico, derramamento de líquidos quentes e solventes, impacto de objetos diversos, cacos provenientes da quebra de vidrarias, materiais perfuro cortantes, etc (CÂMARA, 2012). 3.4 Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) São denominados EPCs osequipamentos que, quando utilizados de forma correta, permitem executar operações em boas condições de salubridade para o operador e as demais pessoas no laboratório. Estes equipamentos permitem também eliminar ou reduzir o uso de alguns Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) (SANTOS et al., 2021). O uso de EPCs no Brasil é regulamentado pela Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria nº 3214/1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. Dentre os Equipamentos de proteção coletiva estão os seguintes tipos. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 11 3.4.1 Capela A capela é um bom exemplo de EPC. Seu revestimento interno deve ser resistente aos produtos com os quais se vai operar. O sistema de exaustão deve ter potência suficiente para promover a exaustão dos gases. Deve haver um sistema de iluminação adequado. Os equipamentos elétricos e interruptores devem ser à prova de explosão (SANTOS et al., 2021). Na Figura 2, ilustra-se a capela. Figura 2: Capela. Fonte: (SANTOS et al., 2021). No entanto, só deve-se operá-la com os sistemas de exaustão e iluminação ligados e em perfeito funcionamento. Aconselha-se remover vidrarias e frascos desnecessários ao trabalho. Deve-se manter a janela (guilhotina) com a menor abertura possível. Ao terminar o trabalho, é necessário deixar o exaustor funcionando de 10 a 15 minutos, depois, então, desocupar e limpar a capela, se necessário (SANTOS et al., 2021). 3.4.2 Chuveiro de Emergência O chuveiro de emergência auxilia o laboratorista nos primeiros socorros, principalmente em casos de derramamento de ácidos ou outras substâncias que provoquem queimaduras. Ele deve estar bem identificado e disposto em local de fácil acesso. Devem ser alimentados com água de boa qualidade e de fonte ininterrupta (SANTOS et al., 2021). Na Figura 3, demonstra- se esse tipo de equipamento. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 12 Figura 3: Chuveiro de Emergência. Fonte: (SANTOS et al., 2021). 3.4.3 Lava olhos O lava olhos, assim como o chuveiro de emergência, auxiliam o laboratorista em primeiros socorros. No caso de queimaduras nos olhos com agentes corrosivos, lavar o olho durante 10 a 15 minutos e consultar um médico imediatamente (SANTOS et al., 2021). Na Figura 4, se tem a demonstração desse utensilio. Figura 4: Lava olhos. Fonte: (SANTOS et al., 2021). 3.4.4 Extintores de incêndio Os extintores de incêndio são equipamentos indispensáveis. Têm a finalidade de extinguir ou controlar incêndios em casos de emergência. Em geral estão dispostos na forma de um cilindro que pode ser carregado até o local do incêndio, contendo um agente extintor sob pressão (SANTOS et al., 2021). Na Figura 5, ilustra-se os extintores mais utilizados. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 13 Figura 5: Extintores de incêndio. Fonte: (SANTOS et al., 2021). Segundo Santos et al. (2021), o agente extintor mais apropriado para cada tipo de incêndio depende do material que está em combustão. Em alguns casos, alguns agentes extintores não devem ser utilizados pois colocam em risco a vida do operador do equipamento. Os extintores trazem em seu corpo as classes de incêndio para as quais é mais eficiente, ou as classes para as quais não devem ser utilizados: Classe A: Incêndio em materiais sólidos cuja queima deixa resíduos ocorrendo em superfície e em profundidade, como madeira, papel, tecidos, borracha. Para esta classe é recomendado o uso de extintores contendo água ou espuma. Classe B: Incêndio em líquidos e gases cuja queima não deixa resíduo e ocorre apenas na superfície, como a gasolina, o álcool, o GLP (gás liquefeito de petróleo). Para esta classe é recomendado o uso de extintores contendo espuma, dióxido de carbono e pó químico. Classe C: Incêndio que envolva materiais condutores que estejam potencialmente conduzindo corrente elétrica. Neste caso o agente extintor não pode ser um condutor para não eletrocutar o operador. Para esta classe devem ser utilizados apenas os extintores contendo dióxido de carbono e pó químico. Classe D: Incêndio que envolva metais pirofóricos (combustão que se inicia espontaneamente no ar) como, por exemplo, potássio, alumínio, zinco ou titânio. Requerem extintores com agentes especiais que extinguem o fogo por abafamento, como os de cloreto de sódio. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 14 3.5 Eliminação de resíduos químicos A gestão dos resíduos químicos laboratoriais é de fundamental importância para proteger o meio ambiente e a saúde do homem sob os efeitos nocivos do resíduo. Os resíduos químicos laboratoriais devem ser separados, armazenados e destinados de acordo com suas características físico-químicas e de periculosidade. O laboratório deve seguir procedimentos adequados para segregação, identificação, armazenamento, transporte e coleta de resíduos químicos laboratoriais (VG RESÍDUOS, 2019). 3.6 Vidrarias e equipamentos Algumas vidrarias e equipamentos são bastante utilizadas no ambiente do laboratórios. Segundo Denise (2012), dentre eles os mais importantes são listados conforme a Figura 6. Figura 6: Vidrarias e Equipamentos. Fonte: DENISE, 2012. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 15 1. Becker: utilizado para realizar reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. 2. Erlenmeyer: utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções. 3. Bastão de vidro: utilizado para agitação ao dissolver sólidos e auxiliar na transferência de líquidos. 4. Tela de Amianto: suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de bunsen. 5. Tripé: sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto. 6. Bico de Bunsen: é a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas mantas e chapas de aquecimento. 7. Pisseta: utilizada para acondicionamento de água, bem como lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes. 8. Balão Volumétrico: possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório. 9. Balão de Fundo Chato: utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto. 10. Estante de Madeira: É usada para suporte de os tubos de ensaio. 11. Tubo de Ensaio: empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do bico de bünsen. 12. Pipeta Graduada: utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida. 13. Proveta: serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida. 14. Bureta: aparelho utilizado em análises volumétricas. 15. Haste Universal e Garras: utilizados em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral. 16. Pipeta Volumétrica: usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida pois possui grande precisão de medida. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 16 17. Dessecador: usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade. 18. Condensador de Liebig: Utilizado na destilação simples, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. 19. Condensador de Allihn:Utilizado na destilação fracionada, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. 20. Funil de Buchner: utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de filtro em conjunto com o kitassato. 21. Pinça Metálica: usada para manipular objetos aquecidos. 22. Kitassato: utilizado em conjunto com o funil de buchner em filtrações a vácuo. 23. Vidro de Relógio: peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações. Não pode ser aquecida diretamente. 24. Almofariz e Pistilo: usado na trituração e pulverização de sólidos. 25. Pêra: usada em conjunto com a pipeta para sucção de líquidos. 26. Pipetador: usada em conjunto com a pipeta para sucção de líquidos. 3.7 Balanças 3.7.1 Balança analítica A balança analítica é um modelo que tem como característica principal fornecer uma pesagem exata e específica em relação ao peso de um objeto ou determinado componente. É projetada para medir pequenas massas com grande precisão. São extremamente sensíveis, capazes de medir quatro casas decimais à direita do ponto decimal (0,0001g) e capazes de medir amostras de até 320g (KASVI, 2020). Por conta de sua alta sensibilidade, a balança analítica deve ser sempre utilizada em um ambiente totalmente fechado e neutro. Isso porque variações de temperatura, umidade, correntes de ar e vibração podem alterar significativamente os resultados de leitura. Sua principal característica é uma espécie de capela/porta de vidro que evita a turbulência do ar e garantindo os resultados mais rápidos e precisos (KASVI, 2020). NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 17 3.7.2 Balança analítica As balanças de precisão, também conhecidos como balanças de carga superior, são capazes de medir até 5kg. São consideradas semi-analíticas, uma vez que são um pouco menos precisas que uma balança analítica padrão, com uma legibilidade de até três casas decimais à direita do ponto decimal (0,001gr). Usadas para a medição de amostras pequenas, as balanças de precisão fornecem uma maneira exata, rápida e simples de determinar o peso de itens como material particulado. Por serem menos sensíveis às flutuações de temperatura e correntes de ar, as balanças de precisão não necessitam de salas controladas (KASVI, 2020). NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 18 4. CONCLUSÃO Em virtude do que foi mencionado, é notório a importância dessa temática no meio acadêmico laboratorial, uma vez que, o presente trabalho apresentou-se de maneira sintetizada as normas de segurança em laboratórios de química, delimitando-se os pontos mais relevantes que podem ser utilizados para a elaboração de uma prática. No entanto, as características supracitadas neste trabalho, mostraram diversas formas de se proteger de incidentes em uma determinada pratica em um laboratório, além de evidenciar os cuidados precisos de seus empregos durante a realização dessa pratica. Portanto, apresentar os métodos utilizados de cuidados de manuseios em um laboratório, assim como, suas respectivas funções perante o ambiente de trabalho, dará ao pesquisador possibilidades para a realização de uma pesquisa experimental segura. Para isso, é de suma importância fortalecer que o pesquisador siga as normas de segurança para que possa ocorrer o desenvolvimento do seu trabalho livremente de ocorrência de incidentes, e até mesmo de acidentes. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 19 5. REFERÊNCIAS 1. ALAGO, Iride; Como manter a segurança em laboratórios químicos e fazer a gestão de perigos, 2020. Disponível em: <https://www.chemicalrisk.com.br/seguranca-em- laboratorios-quimicos/>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 2. CÂMARA, Brunno; EPIs – Calçado, 2021. Disponível em: <https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/08/epis-calcado.html. Acesso em 22 de Maio de 2021. 3. CAVALLI, Lissandra Souto; Como prevenir acidentes em laboratórios de pesquisa biológicos e biomédicos, 2015. Disponível em: <https://posgraduando.com/prevencao- acidentes-laboratorios-biologicos- biomedicos/#:~:text=Utilizar%20Equipamentos%20de%20Prote%C3%A7%C3%A3o %20Individual,possibilidade%20de%20acidente%20no%20laborat%C3%B3rio.&text =Mesmo%20utilizando%20todas%20as%20precau%C3%A7%C3%B5es%20necess% C3%A1rias%2C%20n%C3%A3o%20h%C3%A1%20risco%20zero.>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 4. DENISE; Química - vidrarias de laboratório, 2012. Disponível em: < http://bicien.blogspot.com/2012/03/quimica-vidrarias-de-laboratorio.html>. Acesso em 23 de Maio de 2021. 5. EHS – Segurança do Trabalho; Riscos Químicos, 2021. Disponível em: <https://ehsseguranca.com.br/riscos-quimicos/>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 6. FARMACOGNOSIA; Regras de segurança em laboratórios, 2021. Disponível em: < https://docs.ufpr.br/~cid/farmacognosia_I/Apostila/seguranca.pdf>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 7. KASVI; Balanças de Laboratório: Quais são os tipos e diferenciais, 2020. Disponível em: < https://kasvi.com.br/balancas-de-laboratorio-quais-sao-os-tipos-e-diferenciais/>. Acesso em 23 de Maio de 2021. 8. Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria nº 3214/1978; PORTARIA Nº 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978. Disponível em: < http://www.ctpconsultoria.com.br/pdf/Portaria-3214-de-08-06-1978.pdf>. Acesso em 23 de Maio de 2021. NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE QUÍMICA 20 9. SAFE; Riscos químicos – o que são e como preveni-los, 2018. Disponível em: <https://blog.safesst.com.br/o-que-sao-riscos-quimicos-e-como-melhorar-as- condicoes-de-trabalho/>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 10. SANTOS, F. K. G. D.; GOMES, K. K. P.; SILVA, M. L. P. D.; Laboratório de Química Geral e Química Básica; Universidade Federal Rural do Semi-Árido, 3º edição, 2021. Disponivel em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/37934650/apostila-de- quimica-e-laboratorio-de-quimica-geral>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 11. SILVA, André Luis Silva da; Segurança em Laboratórios de Química, 2021. Disponível em: <https://www.infoescola.com/quimica/seguranca-em-laboratorios-de-quimica/>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 12. SPLABOR; Segurança no laboratório – Principais causas de acidentes ocorrem por uso incorreto de equipamentos, 2017. Disponível em: < http://www.splabor.com.br/blog/cabine-de-seguranca-biologica/seguranca-no- laboratorio-principais-causas-de-acidentes-ocorrem-por-uso-incorreto-de- equipamentos/#:~:text=Dentre%20os%20acidentes%20mais%20comuns,para%20labo rat%C3%B3rio%20de%20caracter%C3%ADsticas%20desconhecidas.>. Acesso em 22 de Maio de 2021. 13. VG RESÍDUOS; Resíduos químicos laboratoriais: como separar e destinar adequadamente?, 2019. Disponível em: <https://www.vgresiduos.com.br/blog/residuos-quimicos-laboratoriais-como-separar- e-destinar-adequadamente/#:~:text=nocivos%20do%20res%C3%ADduo.- ,Os%20res%C3%ADduos%20qu%C3%ADmicos%20laboratoriais%20devem%20ser %20separados%2C%20armazenados%20e%20destinados,coleta%20de%20res%C3% ADduos%20qu%C3%ADmicos%20laboratoriais.>. Acesso em 23 de Maio de 2021. 14. VOLK; EPI para uso em laboratório químico: quais são os principais?, 2020. Disponível em: < https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/epi-para-uso-em-laboratorio-quimico/>. Acesso em 22 de Maio de 2021.
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