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A Revolução 4 0 e os Desafios Profissionas e Organizacionais 2020 2

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
Luiana odrigues Tito
2034581
A REVOLUÇÃO 4.0 E OS DESAFIOS PROFISSIONAIS E ORGANIZACIONAIS
MACAÉ, 2020
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	2
2 DESENVOLVIMENTO	7
3 CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	13
1 INTRODUÇÃO
A chamada Indústria 4.0 surgiu nos países desenvolvidos na segunda década dos anos 2000 como uma resposta da política industrial a uma nova fase da revolução da tecnologia da informação e comunicação. O tipo de processo produtivo desenvolvido e ampliado desde então é baseado nos chamados sistemas “ciberfísicos”, nos quais os processos produtivos (físicos ou biológicos) são controlados ou monitorados por algoritmos integrados na Internet. Os novos sistemas ciberfísicos contam com a modelagem digital dos processos de produção e com a troca de dados gerados no próprio processo de fabricação (INDÚSTRIA 4.0, 2018).
Essa troca pode ocorrer entre produtos e máquinas (por exemplo, por meio de sensores que facilitam a rastreabilidade da produção), entre diferentes máquinas (por exemplo, entre máquinas e robôs que operam em estreita proximidade) ou entre diferentes atores na cadeia de produção (por exemplo Por exemplo, entre empresas e seus clientes por meio de plataformas de gerenciamento de compras e entrega que facilitam o controle de estoque e gerenciamento de suprimentos em tempo real (HERMANN et al., 2015). 
 As tecnologias que surgem neste contexto oferecem uma capacidade sem precedentes de reorganização dos processos produtivos. Eles também tendem a redefinir as fronteiras setoriais e modificar as formas de competição predominantes em um amplo espectro de setores. A velocidade com que essas transformações estão ocorrendo representa um desafio formidável para a política industrial e tecnológica (MANCINI, 2017).
A Indústria 4.0 é baseada nos chamados “sistemas ciber-físicos de produção”. Nestes, os processos de produção, sejam físicos ou biológicos, são controlados ou monitorados por algoritmos intimamente integrados à Internet. Para isso, contam com a modelagem digital dos processos de produção e com a troca de dados no processo de manufatura, entre produtos e máquinas e / ou entre diferentes atores da cadeia produtiva (LEE et al., 2015).
 Na interseção dos diferentes domínios, Big Data Analytics, computação em nuvem e inteligência artificial desempenham um papel central. Esta nova fase do paradigma tecno-produtivo das TIC oferece uma promessa de redução do tempo (e custos) de circulação para avançar nos tempos de produção, gerando um aumento da rentabilidade a partir da redução do tempo em que os meios de comunicação produção (matérias-primas, maquinários) que estão em estado latente (CHIEN, 2017).
O termo 4.0 entrou em uso no início desta década para descrever a próxima revolução industrial. A indústria tem se desenvolvido continuamente, de forma que a revolução industrial ocorreu no século XVIII e esteve relacionada com a transição da economia baseada na agricultura, manufatura e produção artesanal para a produção industrial mecânica em grande escala. O século 19 foi a era do vapor e da eletricidade, conhecida como Segunda Revolução Industrial. Os outros anos de intenso desenvolvimento foram o período posterior à Segunda Guerra Mundial, que continua até hoje, com desenvolvimento científico e técnico (LEE et al., 2015).
Os elementos mais importantes da Terceira Revolução Industrial incluem a informatização, o uso de novas fontes de energia, a automação dos processos de trabalho e a melhoria dos meios de telecomunicações e transporte. Uma das mudanças mais significativas nas fábricas no pós-guerra foi a implantação do planejamento de requisitos de materiais pela equipe de Joseph Orlicky, bem como a chamada Manufatura Enxuta, iniciada por Taiichi Ohno e Eiji Toyoda nas fábricas automotivas de Toyota (RÜßMANN et al., 2014).
No início do século XXI e lutando pela rápida superação de suas consequências e pela transição para um novo patamar e qualidade de crescimento econômico, surgiram ideias para melhorar a qualidade de vida como a indústria 4.0. Há uma opinião no meio científico e político de que a Indústria 4.0 deve se tornar um novo vetor de desenvolvimento da economia global para as próximas décadas, o que garantirá sua reforma após a recente crise mundial e permitirá prevenir novas crises (LEE et al., 2015).
A Indústria 4.0 representa o próximo passo na evolução das fábricas tradicionais para fábricas realmente inteligentes, que são projetadas para serem mais eficientes em termos de gerenciamento de recursos e altamente flexíveis para se adaptarem aos requisitos de produção em constante mudança. Sob esse argumento, o autor sustenta que isso gerará grandes problemas internos (recursos humanos), uma vez que a força de trabalho humana será deslocada por maquinários inteligentes capazes de substituí-la (HERMANN et al., 2015). 
Lasi et al. (2014) expandiu essa visão para toda a cadeia de valor, do modelo de negócio para ofertas de serviços de baixo nível e trabalhos em processo, definindo I4.0 como “(...). As consequências resultantes também têm um efeito na cadeia de valor, os modelos de negócio, os serviços a jusante e os trabalhos em curso ”. 
A Indústria 4.0 cria novos sistemas cibernéticos, que ajudam a moldar a fábrica inteligente. Afirma que, em fábricas inteligentes, os sistemas cibernéticos excedem a capacidade humana. A comunicação e a cooperação entre esses sistemas cibernéticos tornam possíveis decisões descentralizadas, sobrecarregando o capital humano. Este fenômeno da indústria 4.0 pode ser uma grande vantagem a nível econômico, mas do ponto de vista do talento humano pode prejudicar o trabalhador, o emprego, por isso é importante conhecer o impacto da indústria 4.0 (RÜßMANN et al., 2014; DE OLIVEIRA MORAIS, DE MOURA, DENANI, 2018).
Agora que a 4ª revolução industrial nasceu na Alemanha em 2011, essa noção vem de um projeto do governo que visa promover a informatização dos processos de manufatura. Isso significa, que os dispositivos controlados centralmente se comunicam usando o princípio de operação das redes sociais. As máquinas e os materiais de produção organizam a fabricação por conta própria para garantir um desempenho ideal (LEE et al., 2015).
Com base no acima exposto, a abordagem da Indústria 4.0 permitiu a criação de um ambiente no qual todos os elementos se juntam continuamente e sem esforço. Destaca também que todos os dispositivos e suas funcionalidades se comunicam constantemente entre si, alcançando um alto nível de coordenação. Dessa forma, a habilidade de coordenar atividades é essencial para melhorar as áreas onde é necessária (por exemplo, a cadeia produtiva) (DO AMARAL AIRES, MOREIRA, DE SÁ FREIRE, 2017).
As tecnologias capacitadoras nas quais a Indústria 4.0 se baseia podem ser resumidas nos seguintes conceitos (BLANCHET, et al., 2014):
• IoT e IIoT. A Internet das Coisas ou IoT permite a conexão de dispositivos por meio de sistemas embutidos ou embutidos para se comunicar e interagir uns com os outros ou com dispositivos centralizados. E, por outro lado, IIoT se refere ao uso da tecnologia IoT no campo industrial (HERMANN et al., 2015).
• Sistemas ciberfísicos. Os sistemas ciberfísicos são dispositivos com recursos computacionais, de armazenamento e comunicação capazes de controlar um ou mais processos físicos. Eles se interconectam entre si ou com a rede global por meio da IoT (LEE et al., 2015).
• Big Data, Data Analytics e Data Mining. O grande volume de dados gerado por novas tecnologias baseadas em IIoT e Sistemas Ciberfísicos é utilizado com o objetivo de melhorar e otimizar processos (produção e logística) e serviços (vendas, pós-vendas, etc.), e por outro lado Por outro lado, pode nos fornecer uma ferramenta preditiva capaz de antecipar problemas que possam surgir em processos industriais por meio de medições anormais em sensores ou calcular a probabilidade de uma falha com base no comportamento da máquina (DO AMARAL AIRES, MOREIRA, DE SÁ FREIRE, 2017).
• Cloud Computing ou a nuvem. O Cloud Computingbaseia-se na utilização de serviços (software e armazenamento) na rede sem possuir fisicamente infraestruturas próprias para a oferta desses serviços, o que significa que são utilizadas outras infraestruturas que fornecem esses serviços a partir de outra localização geográfica (DE OLIVEIRA MORAIS, DE MOURA, DENANI, 2018).
• Realidade Aumentada ou Realidade Mista. Ao contrário da Realidade Virtual, onde o ambiente e as informações que nos são mostradas são gráficos processados ​​por um computador, a Realidade Aumentada ou Mista usa o ambiente físico real para nos fornecer dados e informações em tempo real. Esta tecnologia é uma ferramenta muito poderosa que pode ser utilizada para apoiar os processos de produção e que melhora a tomada de decisões com base nas informações que nos fornece (DO AMARAL AIRES, MOREIRA, DE SÁ FREIRE, 2017).
• Fabricação aditiva ou impressão 3D. A manufatura aditiva com impressoras 3D permite fabricar peças complexas em tempo recorde a um custo competitivo, pois os custos de logística são reduzidos e, por outro lado, facilita a produção de pequenas séries ou protótipos (HERMANN et al., 2015).
• Ciber segurança. Devido à introdução de novas tecnologias no ambiente industrial baseadas na utilização da Internet e de software livre, são necessários sistemas de informação e comunicação (TIC) mais fiáveis ​​e robustos para garantir a protecção, privacidade e segurança das empresas. É por isso que as empresas e grandes multinacionais estão levando esse assunto muito a sério (LEE et al., 2015).
• Robôs Colaborativos (Cobots). Embora os robôs industriais realizem tarefas complexas e repetitivas nas linhas de produção por anos, eles evoluíram dramaticamente nos últimos anos, tornando-se muito mais autônomos e flexíveis, mas sem dúvida o que marcará uma tendência no campo. da robótica industrial é a inserção dos robôs colaborativos nas cadeias produtivas. Esses robôs de última geração são capazes de interagir uns com os outros e cooperar com os humanos sem a necessidade das restrições de segurança que foram aplicadas até agora (DO AMARAL AIRES, MOREIRA, DE SÁ FREIRE, 2017).
• Inteligência Artificial (IA). Embora atualmente existam diferentes tipos de inteligência artificial, a necessidade de implementar tecnologias e ferramentas capazes de processar em tempo real a enxurrada de dados que serão processados ​​no campo industrial da quarta revolução industrial, tem levado a uma investigação da implementação de sistemas de Inteligência Artificial para esse fim (DE OLIVEIRA MORAIS, DE MOURA, DENANI, 2018).
Estes sistemas têm que ser capazes de processar e aprender com as informações que recebem e agir em conformidade de forma totalmente autônoma para poder prever resultados, comportamentos e tendências futuras sem ter sido explicitamente programado anteriormente (HERMANN et al., 2015).
• Simulação 3D. A simulação 3D de linhas de produção ou operações logísticas já está sendo usada hoje como ferramenta de design e análise de resultados em muitas empresas que desejam abrir novos centros de produção ou logística, ou que desejam expandir ou otimizar as operações dos centros existentes (DE OLIVEIRA MORAIS, DE MOURA, DENANI, 2018).
• Drones. Essa tecnologia está se tornando cada vez mais oca na indústria. Já está incorporado nos processos de fabricação e logística onde se realizam tarefas como inspeções de manutenção em máquinas ou instalações, depósitos de estoque, busca de produtos ou transporte de parcelas (LEE et al., 2015).
• Integração horizontal e vertical. Neste novo paradigma da Indústria 4.0, os sistemas informáticos terão de estar mais integrados e ligados do que estão actualmente, o que significa que todas as áreas de negócio desde a produção, passando pela cadeia de abastecimento, distribuidores e Até chegar ao cliente final, eles precisarão de total integração e vínculo para poderem oferecer um melhor serviço e qualidade ao longo da cadeia de valor do ciclo de vida de seus produtos (SHROUF et al., 2014).
No entanto, espera-se que essas ferramentas sejam fundamentais no projeto e na otimização das operações das fábricas do futuro, de modo que sejam capazes de projetar o mundo físico em um modelo virtual a partir de dados em tempo real.
De acordo com Hermann et al. (2015), o uso de novas tecnologias, como Quantum Encryption ou Blockchain, está sendo investigado e desenvolvido como alternativa à tecnologia atual utilizada em Cibersegurança, que já demonstrou em mais de uma ocasião que ela não é impenetrável. Pode-se dizer que esse é um dos pontos que mais preocupa as empresas e grandes multinacionais na hora de embarcar no caminho da transformação digital.
2 DESENVOLVIMENTO
A nova era digital traz inúmeras mudanças na forma como trabalhamos. Por um lado, a economia digital precisa de técnicos, gestores e todos os tipos de profissionais que entendam este novo paradigma. Por outro lado, as decisões das empresas vão depender da tecnologia nos próximos anos. Conforme explicamos há algumas semanas, os novos tempos implicam em um mercado de trabalho 4.0, com novos postos para preencher e mudanças nas funções mais tradicionais. Portanto, gestores cumprirão um fator crucial: os trabalhadores terão que se desenvolver em um ambiente muito mutável, com novas tecnologias e processos capazes de abrir novos mercados nesta nova economia digital (PEREIRA, DE OLIVEIRA SIMONETTO, 2018; FERNANDES, 2019). Não é surpreendente, então, que as competências que mais o valor também mudará conforme muda o ecossistema de TIC. Dentre estas compentências, estão:
Empatia Digital: A lacuna entre a empresa e o cliente diminuiu desde que o uso da Internet se generalizou. Existe a situação de gerar relacionamentos online que se movem offline e vice-versa, portanto, saber fazer comunicação nas duas áreas já é uma habilidade essencial (LUCCHESI, 2020).
Criatividade: Os profissionais de TI poderão dedicar mais tempo e esforço ao treinamento dessa habilidade, entregando as tarefas mais tediosas e rotineiras às máquinas. A criatividade será uma característica importante para encontrar novas soluções para problemas complexos e fazer correlações de ideias que as máquinas não são capazes de fazer. A indústria atual está comprometida com a introdução de novos produtos no mercado de forma a substituir aqueles que já se tornaram obsoletos. Essas mudanças às vezes ocorrem em uma velocidade alarmante, o que o obriga a se reinventar continuamente, inventando novas maneiras de surpreender o usuário. Por esse motivo, habilidades como a criatividade são muito valorizadas (FERNANDES, 2019).
Programação: em um ambiente rodeado de máquinas e computadores, saber manusear a linguagem que utilizam será uma mais-valia para poder trabalhar com eles. A utilização de linguagens de programação está em constante evolução, por isso será importante que as empresas apostem na formação dos seus colaboradores nesta área (PEREIRA, DE OLIVEIRA SIMONETTO, 2018).
Segurança: O avanço da tecnologia digital e o grande e crescente número de dispositivos de todos os tipos conectados à rede aumentaram os perigos aos quais as informações confidenciais são expostas. Sem ir mais longe, as preocupações com Ransomware ou Pishing já são uma realidade. Saber como se proteger e agir contra um ataque dessas características será fundamental para os profissionais digitais (LUCCHESI, 2020).
Gestão da Informação: os dados serão o ativo mais valioso para as empresas, com a crescente explosão no uso de Big Data e soluções em nuvem. Poder acessar dados a qualquer hora e em qualquer lugar é cada vez mais comum. Saber aproveitar os dados é uma habilidade que influencia todos os aspectos de uma empresa e por isso será muito valorizada (TESSARINI, SALTORATO, 2018).
Competências STEM: Estas iniciais se referem a Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática em inglês. Quando fala-se em competências STEM, queremos dizer saber aplicar os conceitos destes quatro campos em qualquer trabalho que os requeira. Isso será necessário, por exemplo, para o desenvolvimento da robótica eda impressão 3D, onde é necessário colocar em prática conceitos da matemática, da eletrônica, da física ou da informática (FERNANDES, 2019).
Cultura de metodologia Ágil: A aplicação das chamadas metodologias ágeis tem se tornado muito importante no setor de tecnologia, pois permitem desenvolver projetos com rapidez e colaboração em uma equipe de trabalho. Isso permite o desenvolvimento contínuo, enfrentando mudanças ou problemas que surgem com mais facilidade e garantindo que o produto ou serviço que está sendo desenvolvido chegue mais cedo ao mercado, o que o torna altamente competitivo (PEREIRA, DE OLIVEIRA SIMONETTO, 2018).
Convertendo marcas em pessoas: as teorias centradas no cliente insistem continuamente na importância da proximidade das marcas em relação aos clientes. Para isso, os gestores têm dois caminhos: treinar sua equipe em uma cultura de trabalho que estimule o tratamento próximo ou apostar em novas tecnologias como a Inteligência Artificial para atender esse atendimento de forma automatizada, sempre que necessário (FERNANDES, 2019).
 A importância da comunicação: Sob esta mesma premissa, buscamos trabalhar mais a comunicação interna por meio de pessoas mais comunicativas e, acima de tudo, mais empáticas. O gerente 4.0 deve se esforçar para entender as necessidades e mudanças que ocorrem em seu ambiente para poder antecipá-las. Da mesma forma, deve ser capaz de gerar oportunidades de negócios diante do que podem ser ameaças (LUCCHESI, 2020).
 Formação contínua: Em um ambiente como o atual, em que milhares de empregos são criados e outros são reduzidos, os altos funcionários devem promover e comungar com uma atitude de aprendizagem contínua. Por quê? A velocidade dessas mudanças e a evolução e vantagens das novas tecnologias definem o ritmo a seguir nos ambientes de trabalho. Esse aspecto é um desafio muito estimulante para novos profissionais, e também um elo que não pode faltar na fundação de uma empresa (TESSARINI, SALTORATO, 2018).
Trabalho em equipe e colaboração: apesar de não ser uma habilidade nova para o gestor 4.0, é sempre necessário enfatizar a importância desta qualidade no novo ambiente. A hiperconectividade que é proporcionada por todos os novos canais de comunicação existentes, hoje, permite aos profissionais estarem em contacto com todos os elos da cadeia produtiva de uma empresa. O que essa hiperconectividade significa? Ser capaz de lidar com todas essas informações, comunicar-se com escalões inferiores e superiores e certificar-se de que todos estão trabalhando com as mesmas informações (PEREIRA, DE OLIVEIRA SIMONETTO, 2018).
Liderança: A capacidade de gerir uma empresa e a equipa que a constitui é uma competência que se trabalha continuamente. Os executivos e funcionários seniores devem marcar o caminho a seguir e também ser capazes de motivar as pessoas que os acompanham ao longo do caminho (TESSARINI, SALTORATO, 2018).
Empreendedorismo: As características da Indústria 4.0, cuja base é baseada na automação de processos, muitas vezes confundem os modelos organizacionais hierárquicos. Isso gera um modelo de negócios no qual o poder geralmente tende a ser distribuído horizontalmente. É aqui que se destacam as figuras empreendedoras que vão impulsionar as empresas (LUCCHESI, 2020).
São inúmeras as vantagens competitivas que essa economia 4.0 traz, como eficiência produtiva e aumento dos benefícios econômicos, sociais e ambientais. A isto acresce, no domínio da prevenção, o grande potencial que as novas tecnologias apresentam em termos de eliminação e redução dos riscos ocupacionais. Entre muitas outras, a redução de tarefas repetitivas, perigosas e de menor valor agregado quando realizadas por robôs ou cobot; a menor exposição a ambientes poluentes; a maior disponibilidade de dados para objetivar e tomar decisões; a redução de incidentes como consequência da manutenção preditiva das equipes de trabalho; e maior proteção pessoal graças aos dispositivos de proteção inteligentes que alertam sobre situações de risco e emitem alertas, os chamados ‘EPIs inteligentes’ (TESSARINI, SALTORATO, 2018; FERNANDES, 2019).
Mas, além das vantagens, é na esfera organizacional e psicossocial que a Indústria 4.0 terá maior impacto. Mudanças nas condições de trabalho ocasionadas por taxas de trabalho exigentes, extensão de jornada, trabalho nômade, alterações nas relações pessoais e hierarquias profissionais, ou novas formas de contratação, geram um cenário de risco psicossocial , organizacional, segurança, higiene e cibersegurança (PEREIRA, DE OLIVEIRA SIMONETTO, 2018).
Assim, a rejeição do desconhecido frente às novas tecnologias e suas mudanças, o surgimento do techno-stress, a tecnofobia ou a tecnoadição, a vulnerabilidade, o isolamento social devido à virtualização das comunicações, a invasão da esfera pessoal ou o sentimento de insegurança devido à possível precariedade do emprego (TESSARINI, SALTORATO, 2018).
Diante de todos esses riscos identificados, as estratégias devem ser pensadas de forma personalizada em cada empresa com a aplicação de códigos éticos que contemplem o teletrabalho e o direito de desligamento, ações na área de liderança, protocolos de gestão de conflitos, sistemas de reconhecimento e recompensa, técnicas de tutoria, jogo de negócios para adquirir conhecimento em ambientes descontraídos, workshops sobre emoção e gestão do stress, análise de risco, promoção da participação, organização coerente do tempo de trabalho e gestão da idade e envelhecimento ativos que vão desde o pessoal de meia-idade, chamados de imigrantes digitais, até os idosos que precisam de ações de adaptação mais exclusivas, como técnicas de coaching intergeracional (LUCCHESI, 2020).
Esta mudança de era e transformação digital passa também pelo surgimento de novos empregos, novos perfis tecnológicos profissionais, analistas de dados, programadores, especialistas em robótica, cibersegurança, dos quais atualmente existe uma grande carência no mercado de trabalho. Mas, simultaneamente, surgem demandas por novos perfis com competências transversais voltadas para áreas inacessíveis às máquinas, como pensamento crítico, análise e resolução de problemas complexos, criatividade, influência social, inteligência emocional, liderança e consciência social, entre outras (TESSARINI, SALTORATO, 2018).
3 CONCLUSÃO
O conceito de indústria 4.0 é uma abordagem que toca a realidade atual das organizações em todo o mundo, a transformação industrial derivada do extenso desenvolvimento tecnológico que ocorre diariamente hoje é evidente. Este estudo propõe uma análise focada no impacto que esse conceito tem causado nos processos enquadrados na gestão do capital humano, porém, e para pesquisas futuras, novas questões surgem, por exemplo, entender como tem sido um país como o Brasil e suas grandes indústrias, ser tocado por esta nova realidade, ou gerar pesquisas voltadas para o impacto psicológico que essas mudanças têm derivado na força de trabalho. São questões que podem contribuir amplamente para entender e encerrar a sustentabilidade organizacional em torno dessa nova realidade.
Esta quarta revolução industrial é tão grande e afeta tantas áreas da vida das pessoas que somos obrigados a possibilitar uma revolução tecnológica inclusiva, pois para além da dimensão técnica interessa o jurídico, o ético e o social. Em outras palavras, os trabalhadores, as formas de emprego e as condições de trabalho devem ser revistos e protegidos. Portanto, as instituições públicas e privadas também têm grandes desafios pela frente. Entre eles, o desafio legislativo para enfrentar os riscos ocupacionais das novas realidades de flexibilidade e conectividade, bem como para integrar novas tecnologias em marcos regulatórios. E também, o desafio da formação, para acabar com a obsolescência dos actuais planos de formação, dando lugar à adaptação e integração no novo ambiente de trabalho e, assim, evitar o desemprego tecnológico.
Portanto, pode-se concluir que as novas tecnologias em si não implicam efeitos positivos ou negativos. É amaneira como são usados ​​que determina os resultados benéficos ou prejudiciais. Portanto, trabalhemos com eles e não contra eles.
Concluindo, é importante enfatizar que o mundo está se movendo rapidamente e que o conceito da Indústria 4.0 permite que o talento humano use melhor sua criatividade e capacidade de inovação, e os robôs e outros sistemas técnicos podem assumir trabalhos rotineiros e repetitivos. As transformações planejadas mudarão fundamentalmente o conceito de empresa onde se estabelecerão outras formas de relacionamento. A fusão entre o homem e a máquina se tornará cada vez mais pronunciada e será algo para o qual a psicologia e as ciências humanas deverão estar preparadas.
REFERÊNCIAS
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CHIEN, C. F.; HONG, T. Y.; GUO, H. Z. An empirical study for smart production for TFT-LCD to empower Industry 3.5. J. Chin. Inst. Eng. 40, 552–561. 2017.
DO AMARAL AIRES, Regina Wundrack; MOREIRA, Fernanda Kempner; DE SÁ FREIRE, Patricia. Indústria 4.0: desafios e tendências para a gestão do conhecimento. SUCEG-Seminário de Universidade Corporativa e Escolas de Governo, v. 1, n. 1, p. 224-247, 2017.
DE OLIVEIRA MORAIS, Marcos; DE MOURA, Ilma; DENANI, André Luís. A integração entre conhecimento, inovação e indústria 4.0 nas organizações/Integration between knowledge, innovation and industry 4.0 in organizations. Brazilian Journal of Development, v. 4, n. 7, p. 3716-3731, 2018.
FERNANDES, Felipe Rodrigues. As mudanças provocadas pela Indústria 4.0 no mercado de trabalho. Trabalho de conclusão submetido ao Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. Porto Alegre. 2019.
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PEREIRA, Adriano; DE OLIVEIRA SIMONETTO, Eugênio. Indústria 4.0: conceitos e perspectivas para o Brasil. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 16, n. 1, 2018.
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SHROUF, F., ORDIERES, J., MIRAGLIOTTA, G. Smart factories in industry 4.0: a review of the concept and of energy management approached in production based on the Internet of things paradigm. Industrial Engineering and Engineering Management (IEEM), 2014 IEEE International Conference on(pp. 697-701). IEEE. 2014.
TESSARINI, Geraldo; SALTORATO, Patrícia. Impactos da indústria 4.0 na organização do trabalho: uma revisão sistemática da literatura. Revista Produção Online, v. 18, n. 2, p. 743-769, 2018.

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