Buscar

Resumo básico sobre infortunística

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Infortunística 
Material escrito e resumido por Leonardo Wallau Fontana, acadêmico do curso de medicina da Universidade 
de Santa Cruz do Sul (UNISC). 
1 
Conceito 
Infortunística é a parte da Medicina Legal que estuda os acidentes do trabalho, as doenças 
profissionais e as doenças do trabalho. O primeiro se refere aquele que ocorre pelo exercício de uma 
atividade, a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução da 
capacidade de trabalhar permanente ou temporariamente. 
Consideram-se também amparadas pelo acidente do trabalho as doenças profissionais 
produzidas ou desencadeadas pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade (tecnopatias) 
que resultem sequelas permanentes com redução da capacidade de trabalho. Caracterizam-se também 
essas doenças por apresentarem uma síndrome típica encontrada em outros trabalhadores de mesma 
situação, tendo como causa um fator conhecido. Citam-se, como exemplos, o saturnismo e a silicose. 
Consideram-se ainda equivalentes ao acidente do trabalho as doenças do trabalho adquiridas 
ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se 
relacionam diretamente (mesopatias). Têm de semelhança com as doenças profissionais os fatos de 
serem lentas e graduais e de terem sua origem no desempenho de uma profissão. Todavia diferem 
dessas por não apresentarem um risco específico, por se instalarem devido a certas condições 
biológicas do indivíduo e pelo fato de o trabalho em si não ter uma significação fundamental na sua 
existência. Nem sempre a diferença é fácil entre essas doenças. Como exemplo de doença do trabalho 
podem-se citar os distúrbios osteomusculares relacionados com o trabalho (DORT). 
Devemos citar também os acidentes de trajeto ou in itinere, ocorrem no percurso da residência 
para o trabalho ou deste para aquela, independente do meio de transporte e desde que não tenha havido 
alterações relevantes do itinerário para cumprimento de interesses meramente pessoais 
As causas dos altos índices dos acidentes do trabalho entre nós são o sucateamento do 
maquinário utilizado nas empresas, o não cumprimento das Normas Regulamentadoras (NR), a falta 
de uma fiscalização mais efetiva por parte do Ministério do Trabalho e a ausência de uma política de 
conscientização da classe trabalhadora. 
As lesões de acidentes de trabalho podem ser classificadas em tendo 1. Ação direta do trabalho: 
É capaz de levar ao acidente-tipo como às doenças profissionais ou às doenças produzidas em 
condições especiais ou excepcionais em que o trabalho seja realizado; ou 2.Ação indireta do trabalho: 
São também considerados acidentes aqueles produzidos de forma indireta, no local e no horário de 
trabalho, tais como: ato de agressão, de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive 
companheiro de trabalho. 
 
Risco profissional 
Atualmente, é na conceituação do risco profissional que as legislações de acidentes do trabalho 
se fundamentam. Essa doutrina defende o ponto de vista de que todo trabalho, por mais simples que 
seja, traz sempre consigo um risco próprio independente de culpa do patrão ou do empregado. Tem, 
ainda, um sentido humanitário, qual seja o de amparar o acidentado sem maiores interesses de 
caracterizar o culpado, levando em conta o aspecto social acarretado pela impossibilidade de o 
trabalhador manter-se financeiramente. 
Infortunística 
Material escrito e resumido por Leonardo Wallau Fontana, acadêmico do curso de medicina da Universidade 
de Santa Cruz do Sul (UNISC). 
2 
O risco profissional é específico e inerente ao próprio trabalho, não se tendo a preocupação de 
apurar a culpabilidade do patrão, do operário, de terceiros ou atribuí-la a causas estranhas. 
 
Riscos ocupacionais da equipe de saúde 
Os profissionais de saúde, como os demais trabalhadores, estão sujeitos aos riscos profissionais 
genérico, específico e genérico agravado e, por isso, expostos aos acidentes do trabalho, às doenças 
profissionais e às doenças do trabalho. 
Essa categoria profissional está adstritas principalmente a cinco tipos de doenças profissionais 
e do trabalho: 1. doenças infecciosas e parasitárias; 2. dermatites por contato; 3. enfermidades 
decorrentes de radiações ionizantes; 4. enfermidades por inalação de gases irrespiráveis; 5. 
enfermidades por vícios ergonômicos. 
Mesmo que certos agentes biológicos patógenos se localizem de preferência no ambiente de 
trabalho hospitalar ou ambulatorial, existentes nos pacientes ou em certos materiais contaminados que 
determinam processos infecciosos variados, há quem conteste tais possibilidades, alegando a incerteza 
da prova do nexo etiológico ou afirmando que são de ocorrências raras e não acometem todos os que 
exercem ali suas atividades. 
Recomenda-se a todos os profissionais atentar para a imunização com vacinas. Recomenda-se 
também que, na assistência de todos os pacientes onde se manipulam sangue, secreções, excreções, 
mucosas e pele não íntegra, faça-se o uso de equipamentos de proteção individual (máscaras, gorros, 
óculos de proteção, luvas, capotes e botas) e os cuidados com materiais perfurocortantes, mesmo os 
estéreis. 
 
Síndrome de Burn – Out 
A síndrome do burn-out ou síndrome do esgotamento profissional pode surgir no final da vida 
laborativa, principalmente das ocupações liberais. Quando presente manifesta-se por depressão, apatia, 
esgotamento físico, retraimento, atitude negativa em relação a si mesmo, cansaço emocional e falta de 
perspectiva levando a perda de motivação e tendência para sentimentos de inadequação e fracasso. 
Ocorre em torno de 40 a 50 anos e atinge cerca de 4 a 5% da população, sendo mais comum entre as 
mulheres. Aparece de modo silencioso e progride lentamente, caracterizando-se por três manifestações 
típicas: (1) esgotamento emocional, (2) despersonalização, e (3) sensação de fim da realização pessoal.

Continue navegando