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Brasil de 1946 a 1964

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BRASIL – de 1946 a 1964 
 
Governo Dutra 
(1946 – 1951) 
Quem foi 
Eurico Gaspar Dutra, de carreira militar, general, nasceu na cidade de Cuiabá 
(MT) em 18/05/1883. Faleceu no Rio de Janeiro 
(RJ), aos 91 anos, em 1974. 
 
Eleição 
Dutra foi eleito presidente da República em 
2 de dezembro de 1945, pelo Partido Social 
Democrático (PSD) em coligação com o Partido 
Trabalhista Brasileiro (PTB). Seu vice-presidente 
foi Nereu Ramos. 
 
Principais realizações e acontecimentos ocorridos no governo Dutra: 
- Rompimento das relações com a União Soviética e alinhamento com os 
Estados Unidos da América; 
- Fechamento do Partido Comunista Brasileiro e cassação dos mandatos dos 
parlamentares deste partido; 
- Fechamento de sindicatos e prisão de sindicalistas que faziam oposição ao 
governo; 
- Criação da Escola Superior de Guerra voltada para a formação de oficiais 
militares; 
- Criação de incentivos que favoreceu a instalação no país de grandes 
empresas estrangeiras; 
- Criou o Plano SALTE (focado nas áreas de Saúde, Alimentação, 
Transportes e Energia). Com falta de recursos para investimentos, poucas 
ações do plano viraram realidade; 
- Construção da rodovia ligando São Paulo ao Rio de Janeiro (atual rodovia 
Presidente Dutra). Construção da rodovia ligando a Bahia ao Rio de Janeiro; 
- Visitou os Estados Unidos em 1950, onde tratou de questões diplomáticas, 
políticas e econômicas; 
- Instalação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco; 
- Durante seu governo foi criado o Estatuto do Petróleo, voltado para a criação 
de refinarias e aquisição de navios petroleiros; 
- Em abril de 1946, seu governo proibiu os jogos de azar em território 
nacional. 
 
Constituição de 1946 
Durante o governo do presidente Dutra foi elaborada a Constituição de 
1946. De caráter democrático, reafirmou as liberdades da Constituição de 
1934. Tinha as seguintes características: 
- Restabelecimento das eleições diretas para presidente, governadores e 
prefeitos. Foram mantidas as eleições diretas para senadores, deputados 
federais, estaduais e vereadores; 
- Garantiu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei; 
- Concedeu liberdade de associação com fins permitidos pelas leis do país; 
- Estabeleceu a liberdade de manifestação de pensamento. A censura só 
poderia ocorrer em espetáculos voltados para a diversão pública; 
- As correspondências dos cidadãos não poderiam ser violadas; 
- Liberdade de crença e de realização de cultos e outras atividades religiosas; 
- Garantia ampla de defesa jurídica da pessoa acusada. 
 
 
Governo Vargas 
(1951 – 1954) 
O novo governo e as tensões políticas 
Em 1951, Getúlio Vargas retornou ao posto de Presidente da República. 
Para voltar ao poder, o político gaúcho optou por deixar sua imagem política 
afastada dos palcos do poder. Entre 1945 e 
1947, ele assumiu, de forma pouco atuante, o 
cargo de senador federal. Nas eleições de 
1950, ele retornou ao cenário político utilizando 
de alguns dos velhos bordões e estratagemas 
que elogiavam o seu antigo governo. 
Querendo buscar amplas alianças 
políticas, Getúlio abraçou setores com 
diferentes aspirações políticas. Em um período 
de Guerra Fria, onde a polarização ideológica 
era pauta do dia, Vargas se aliou tanto aos 
defensores do nacionalismo quanto do liberalismo. Dessa maneira, ele 
parecia querer repetir o anterior “Estado de Compromisso” que marcou seus 
primeiros anos frente à presidência do Brasil. 
Por um lado, os liberalistas, representados pelo empresariado nacional, 
e militares, defendiam a abertura da economia nacional ao capital estrangeiro 
e adoção de medidas monetaristas que controlariam as atividades 
econômicas e os índices inflacionários. Por outro, os nacionalistas, que 
contavam com trabalhadores e representantes de esquerda, eram favoráveis 
a um projeto de desenvolvimento que contava com a participação maciça do 
Estado na economia e a rejeição ao capital estrangeiro. 
Dada essa explanação, perceberemos que liberalistas e nacionalistas 
tinham opiniões diferentes sobre o destino do país e, até mesmo, 
antagonizavam em alguns temas e questões. Dessa forma, Vargas teria a 
difícil missão de conseguir se equilibrar entre esses dois grupos de orientação 
política dentro do país. Mais uma vez, sua função mediadora entre diferentes 
setores político-sociais seria colocada à prova. 
 
As ações polêmicas do governo 
Entre as principais medidas por ele tomadas, podemos destacar a 
criação de duas grandes estatais do setor energético: a Petrobrás, que viria a 
controlar toda atividade de prospecção e refino de petróleo no país; e a 
Eletrobrás, empresa responsável pela geração e distribuição de energia 
elétrica. Além disso, Vargas convocou João Goulart para assumir o Ministério 
do Trabalho. Em um período de intensa atividade grevista, João Goulart 
defendeu um reajuste salarial de 100%. 
Todas essas medidas tinham forte tendência nacionalista e foram 
recebidas com tamanho desagrado pelas elites e setores do oficialato 
nacional. Entre os principais críticos do governo, estava Carlos Lacerda, 
membro da UDN, que por meio dos órgãos de imprensa acusava o governo 
de promover a “esquerdização” do Brasil e praticar corrupção política. Essa 
rixa entre Vargas e Lacerda, ganhou as páginas dos jornais quando, em 
agosto de 1954, Carlos Lacerda escapou de um atentado promovido por 
Gregório Fortunato, guarda pessoal do presidente. 
 
O suicídio de Vargas 
A polêmica sob o envolvimento de Vargas no episódio serviu de 
justificativa para que as forças oposicionistas exigissem a renúncia do 
presidente. Mediante a pressão política estabelecida contra si, Vargas 
escolheu outra solução. Na manhã de 24 de agosto de 1954, Vargas atentou 
contra a própria vida disparando um tiro contra o coração. Na carta-
testamento por ele escrita, Getúlio denunciou sua derrota perante “grupos 
nacionais e internacionais” que desprezavam a sua luta pelo “povo e, 
principalmente, os humildes”. 
Depois dessa atitude trágica, a população entrou em grande comoção. 
Vargas passou a ser celebrado como um herói nacional que teve sua vida 
ceifada por forças superiores à sua luta popular. Com isso, todo grupo 
político, jornal e instituição que se pôs contra Getúlio Vargas, sofreu intenso 
repúdio das massas. Tal reação veio a impedir a consolidação de um possível 
golpe de estado. Dessa forma, o vice-presidente Café Filho assumiu a vaga 
presidencial. 
 
 
Governo Juscelino Kubitschek 
(1956-1961) 
 
Quem foi 
Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu na cidade de Diamantina, em Minas 
Gerais, no dia 12 de 
setembro de 1902. Médico, 
ingressou na vida pública 
como deputado federal. 
Eleito presidente em 1955. 
Faleceu em acidente 
automobilístico, no dia 22 
de agosto de 1976. 
 
Eleições 
 Na eleição presidencial de 1955, o Partido Social Democrático (PSD) e 
o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) se aliaram, lançando como candidato 
Juscelino Kubitschek para presidente e João Goulart para vice-presidente. A 
União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Democrata Cristão (PDC) 
disputaram o pleito com Juarez Távora. 
Também concorreram os candidatos Adhemar de Barros e Plínio 
Salgado. Juscelino Kubitschek venceu as eleições. O vice-presidente Café 
Filho havia substituído Getúlio Vargas na presidência da República. 
Porém, antes de terminar o mandato, problemas de saúde provocaram 
o afastamento de Café Filho. Quem assumiu o cargo foi o presidente da 
Câmara dos Deputados, Carlos Luz. 
 
A ameaça de golpe 
Rumores de um suposto golpe, tramado pelo presidente em exercício 
Carlos Luz, por políticos e militares pertencentes a UDN contra a posse de 
Juscelino Kubitschek fez com que o ministro da Guerra, general Henrique 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u61.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u63.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/adhemar-de-barros.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/biografias/plinio-salgado.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/plinio-salgado.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u57.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u57.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u79.jhtm
Teixeira Lott, mobilizasse tropas militares que ocuparam importantes prédios 
públicos, estações de rádio e jornais. 
O presidente em exercício Carlos Luz foi deposto. Foi empossado 
provisoriamente no governo o presidente do Senado, Nereu Ramos, que se 
encarregou de transmitir os cargos a Juscelino Kubitschek e João Goulart, a 
31 de janeiro de 1956. A intervenção militar assegurou, portanto, as condições 
para posse dos eleitos. 
 
O Plano de Metas 
O governo de Juscelino Kubitschek entrou para história do país como a 
gestão presidencial na qual se registrou o mais expressivo crescimento da 
economia brasileira. Na área econômica, o lema do governo foi "cinquenta 
anos de progresso em cinco anos de governo". 
Para cumprir com esse objetivo, o governo federal elaborou o Plano de 
Metas, que previa um acelerado crescimento econômico a partir da expansão 
do setor industrial, com investimentos na produção de aço, alumínio, metais 
não-ferrosos, cimento, álcalis, papel e celulose, borracha, construção naval, 
maquinaria pesada e equipamento elétrico. 
O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no transcurso da gestão 
governamental a economia brasileira registrou taxas de crescimento da 
produção industrial (principalmente na área de bens de capital) em torno de 
80%. 
 
Desenvolvimento e dependência externa 
A prioridade dada pelo governo ao crescimento e desenvolvimento 
econômico do país recebeu apoio de importantes setores da sociedade, 
incluindo os militares, os empresários e sindicatos trabalhistas. O acelerado 
processo de industrialização registrado no período, porém, não deixou de 
acarretar uma série de problemas de longo prazo para a econômica brasileira. 
O governo realizava investimentos no setor industrial a partir da 
emissão monetária e da abertura da economia ao capital estrangeiro. A 
emissão monetária (ou emissão de papel moeda) ocasionou um agravamento 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u80.jhtm
do processo inflacionário, enquanto a abertura da economia ao capital 
estrangeiro gerou uma progressiva desnacionalização econômica, porque as 
empresas estrangeiras (as chamadas multinacionais) passaram a controlar 
setores industriais estratégicos da economia nacional. 
O controle estrangeiro sobre a economia brasileira era preponderante 
nas indústrias automobilísticas, de cigarros, farmacêutica e mecânica. Em 
pouco tempo, as multinacionais começaram a remeter grandes remessas de 
lucros (muitas vezes superiores aos investimentos por elas realizados) para 
seus países de origem. Esse tipo de procedimento era ilegal, mas as 
multinacionais burlavam as próprias leis locais. 
Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados 
esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo 
extremamente dependente que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em 
torno da política desenvolvimentista. 
 
O programa de obras públicas e a construção de Brasília 
A gestão de Juscelino Kubitschek também foi marcada pela 
implementação de um ambicioso programa de obras públicas com destaque 
para construção da nova capital federal, Brasília. Em 1956, já estava à 
disposição do governo a lei nº 2874 que autorizada o Executivo Federal a 
começar as obras de construção da futura capital federal. 
Em razão de seu arrojado projeto arquitetônico, a construção da cidade 
de Brasília tornou-se o mais importante ícone do processo de modernização e 
industrialização do Brasil daquele período histórico. A nova cidade e capital 
federal foi o símbolo máximo do progresso nacional e foi considerada 
Patrimônio Cultural da Humanidade. 
O responsável pelo projeto arquitetônico de Brasília foi Oscar Niemeyer, 
que criou as mais importantes edificações da cidade, enquanto o projeto 
urbanístico ficou a cargo de Lúcio Costa. Por conta disso, destacam-se essas 
duas personalidades, mas é preciso ressaltar que administradores ligados ao 
presidente Juscelino Kubitschek, como Israel Pinheiro, Bernardo Saião e 
Ernesto Silva também foram figuras importantes no projeto. As obras de 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u422.jhtm
construção de Brasília duraram três anos e dez meses. A cidade foi 
inaugurada pelo presidente, a 21 de abril de 1960. 
 
Denúncias da oposição 
A gestão de Juscelino Kubitschek, popularmente chamado de JK, em 
particular a construção da cidade de Brasília, não esteve a salvo de críticas 
dos setores oposicionistas. No Congresso Nacional, a oposição política ao 
governo de JK vinha da União Democrática Nacional (UDN). 
A oposição ganhou maior força quando as crescentes dificuldades 
financeiras e inflacionárias (decorrentes principalmente dos gastos com a 
construção de Brasília) fragilizaram o governo federal. A UDN fazia um tipo de 
oposição ao governo baseada na denúncia de escândalos de corrupção e uso 
indevido do dinheiro público. A construção de Brasília foi o principal alvo das 
críticas da oposição. No entanto, a ação de setores oposicionistas não 
prejudicou seriamente a estabilidade governamental na gestão de JK. 
 
Governabilidade e sucessão presidencial 
Em comparação com os governos democráticos que antecederam e 
sucederam a gestão de JK na presidência da República, o mandato 
presidencial de Juscelino apresenta o melhor desempenho no que se refere à 
estabilidade política. A aliança entre o PSD e o PTB garantiu ao Executivo 
Federal uma base parlamentar de sustentação e apoio político que explica os 
êxitos da aprovação de programas e projetos governamentais. 
O PSD era a força dominante no Congresso Nacional, pois possuía o 
maior número de parlamentares e o maior número de ministros no governo. O 
PSD era considerado um partido conservador, porque representava 
interesses de setores agrários (latifundiários), da burocracia estatal e da 
burguesia comercial e industrial. 
O PTB, ao contrário, reunia lideranças sindicais representantes dos 
trabalhadores urbanos mais organizados e setores da burguesia industrial. O 
êxito da aliança entre os dois partidos deveu-se ao fato de que ambos 
http://educacao.uol.com.br/cidadania/ult4490u11.jhtm
evitaram radicalizar suas respectivas posições políticas, ou seja, 
conservadorismo e reformismo radicais foram abandonados. 
Na sucessão presidencial de 1960, o quadro eleitoral apresentou a 
seguinte configuração: a UDN lançou Jânio Quadros como candidato; o PTB 
com o apoio do PSB apresentou como candidato o marechal Henrique 
Teixeira Lott; e o PSP concorreu com Adhemar de Barros. 
A vitória coube a Jânio Quadros, que obteve expressiva votação. 
Naquela época, as eleições para presidente e vice-presidente ocorriam 
separadamente, ou seja, as candidaturas eram independentes. Assim, o 
candidato da UDN a vice-presidente era Milton Campos, mas quem venceu foi 
o candidato do PTB, João Goulart. Desse modo, João Goulart iniciou seu 
segundo mandato como vice-presidente. 
 
Governo Jânio Quadros 
(1961) 
Quem foi 
Jânio da Silva Quadros (Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 — São Paulo, 
16 de fevereiro de 1992) foi um advogado, 
professor e político brasileiro. Foi prefeito e 
governador de São Paulo nos anos 1950. Em 
seguida, presidente do Brasil, entre 31 de 
janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961, data 
em que renunciou. 
 
Eleições 
Na eleição presidencial de 1960, a vitória 
coube a Jânio Quadros. Naquela época, as 
regras eleitorais estabeleciam chapas 
independentes para a candidatura a vice-
presidente, por esse motivo, João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro 
(PTB) foi reeleito. 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u62.jhtm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_Grandehttps://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_janeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1917
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_fevereiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1992
https://pt.wikipedia.org/wiki/Advogado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Professor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/31_de_janeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/31_de_janeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1961
https://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_agosto
https://pt.wikipedia.org/wiki/1961
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u62.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u63.jhtm
A gestão de Jânio Quadros na presidência da República foi breve, 
durou sete meses e encerrou-se com a renúncia. Neste curto período, Jânio 
Quadros praticou uma política econômica e uma política externa que 
desagradou profundamente os políticos que o apoiavam, setores das Forças 
Armadas e outros segmentos sociais. 
A renúncia de Jânio Quadros desencadeou uma crise institucional sem 
precedentes na história republicana do país, porque a posse do vice-
presidente João Goulart não foi aceita pelos ministros militares e pelas 
classes dominantes. 
 
A crise política 
O governo de Jânio Quadros perdeu sua base de apoio político e social 
a partir do momento em que adotou uma política econômica austera e uma 
política externa independente. Na área econômica, o governo se deparou com 
uma crise financeira aguda devido a intensa inflação, déficit da balança 
comercial e crescimento da dívida externa. O governo adotou medidas 
drásticas, restringindo o crédito, congelando os salários e incentivando as 
exportações. 
Mas foi na área da política externa que o presidente Jânio Quadros 
acirrou os ânimos da oposição ao seu governo. Jânio nomeou para o 
ministério das Relações Exteriores Afonso Arinos, que se encarregou de 
alterar radicalmente os rumos da política externa brasileira. O Brasil começou 
a se aproximar dos países socialistas. O governo brasileiro restabeleceu 
relações diplomáticas com a União Soviética (URSS). 
As atitudes menores também tiveram grande impacto, como as 
condecorações oferecidas pessoalmente por Jânio ao guerrilheiro 
revolucionário Ernesto "Che" Guevara (condecorado com a Ordem do 
Cruzeiro do Sul) e ao cosmonauta soviético Yuri Gagarin, além da vinda ao 
Brasil do ditador cubano Fidel Castro. 
 
 
 
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u11.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u445.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u286.jhtm
Independência e isolamento 
De acordo com estudiosos do período, o presidente Jânio Quadros 
esperava que a política externa de seu governo se traduzisse na ampliação 
do mercado consumidor externo dos produtos brasileiros, por meio de 
acordos diplomáticos e comerciais. 
Porém, a condução da política externa independente desagradou o governo 
norte-americano e, internamente, recebeu pesadas críticas do partido a que 
Jânio estava vinculado, a UDN, sofrendo também veemente oposição das 
elites conservadoras e dos militares. 
Ao completar sete meses de mandato presidencial, o governo de Jânio 
Quadros ficou isolado política e socialmente. Jânio Quadros renunciou a 25 
de agosto de 1961. 
 
Política teatral 
Especula-se que a renúncia foi mais um dos atos espetaculares 
característicos do estilo de Jânio. Com ela, o presidente pretenderia causar 
uma grande comoção popular, e o Congresso seria forçado a pedir seu 
retorno ao governo, o que lhe daria grandes poderes sobre o Legislativo. Não 
foi o que aconteceu, porém. A renúncia foi aceita e a população se manteve 
indiferente. 
Vale lembrar que as atitudes teatrais eram usadas politicamente por 
Jânio antes mesmo de chegar à presidência. Em comícios, ele jogava pó 
sobre os ombros para simular caspa, de modo a parecer um "homem do 
povo". Também tirava do bolso sanduíches de mortadela e os comia em 
público. No poder, proibiu as brigas de galo e o uso de lança-perfume, criando 
polêmicas com questões menores, que o mantinham sempre em evidência, 
como um presidente preocupado com o dia a dia do brasileiro. 
 
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u66.jhtm
 
Governo João Goulart 
(1961-1964) 
Quem foi 
João Belchior Marques Goulart, conhecido como Jango, nasceu em São 
Borja, RS, no dia 1 de março 
de 1919. Eleito em 1961, 
governou sob um regime 
populista sendo deposto 
pelo golpe militar de 1964. 
João Goulart faleceu em sua 
estância de La Vella, perto de Mercedes, na Argentina, no dia 6 de dezembro 
de 1976. 
 
Sucessão de Jânio Quadros 
 Com a renúncia de Jânio Quadros, a presidência caberia ao vice João 
Goulart, popularmente conhecido como Jango. No momento da renúncia de 
Jânio Quadros, Jango se encontrava na Ásia, em visita a República Popular 
da China. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu 
o governo provisoriamente. 
Porém, os grupos de oposição mais conservadores representantes das 
elites dominantes e de setores das Forças Armadas não aceitaram que Jango 
tomasse posse, sob a alegação de que ele tinha tendências políticas 
esquerdistas. Não obstante, setores sociais e políticos que apoiavam Jango 
iniciaram um movimento de resistência. 
 
Campanha da legalidade e posse 
O governador do estado do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, 
destacou-se como principal líder da resistência ao promover a campanha 
legalista pela posse de Jango. O movimento de resistência, que se iniciou no 
Rio Grande do Sul e irradiou-se para outras regiões do país, dividiu as Forças 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u62.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u63.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u63.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u81.jhtm
Armadas impedindo uma ação militar conjunta contra os legalistas. No 
Congresso Nacional, os líderes políticos negociaram uma saída para a crise 
institucional. 
A solução encontrada foi o estabelecimento do regime parlamentarista 
de governo que vigorou por dois anos (1961-1962) reduzindo enormemente 
os poderes constitucionais de Jango. Com essa medida, os três ministros 
militares aceitaram, enfim, o retorno e posse de Jango. Em 5 de setembro 
Jango retorna ao Brasil, e é empossado em 7 de setembro. 
 
O retorno ao presidencialismo 
Em janeiro de 1963, Jango convocou um plebiscito para decidir sobre a 
manutenção ou não do sistema parlamentarista. Cerca de 80 por cento dos 
eleitores votaram pelo restabelecimento do sistema presidencialista. A partir 
de então, Jango passou a governar o país como presidente, e com todos os 
poderes constitucionais a sua disposição. Porém, no breve período em que 
governou o país sob regime presidencialista, os conflitos políticos e as 
tensões sociais se tornaram tão graves que o mandato de Jango foi 
interrompido pelo Golpe Militar de março de 1964. 
Desde o início de seu mandato, Jango não dispunha de base de apoio 
parlamentar para aprovar com facilidade seus projetos políticos, econômicos e 
sociais, por esse motivo a estabilidade governamental foi comprometida. 
Como saída para resolver os frequentes impasses surgidos pela ausência de 
apoio político no Congresso Nacional, Jango adotou uma estratégia típica do 
período populista, recorreu a permanente mobilização das classes populares 
a fim de obter apoio social ao seu governo. 
Foi uma forma precária de assegurar a governabilidade, pois limitava ou 
impedia a adoção por parte do governo de medidas antipopulares, ao mesmo 
tempo em que seria necessário o atendimento das demandas dos grupos 
sociais que o apoiavam. Um episódio que ilustra de forma notável esse tipo de 
estratégia política ocorreu quando o governo criou uma lei implantando o 13º 
salário. O Congresso não a aprovou. Em seguida, líderes sindicais ligados ao 
http://educacao.uol.com.br/cidadania/ult4491u4.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u14.jhtm
governo mobilizaram os trabalhadores que entraram em greve e pressionaram 
os parlamentares a aprovarem a lei. 
 
As contradições da política econômica 
As dificuldades de Jango na área da governabilidade se tornaram mais 
graves após o restabelecimento do regime presidencialista. A busca de apoio 
social junto às classes populares levou o governo a se aproximar do 
movimento sindical e dos setores que representavam as correntes e ideias 
nacional-reformistas. 
Por esta perspectiva é possível entender as contradições na condução 
da política econômica do governo. Durante a fase parlamentarista, o 
Ministério do Planejamento e da Coordenação Econômica foi ocupado por 
Celso Furtado, que elaborou o chamado Plano Trienal de Desenvolvimento 
Econômico e Social. O objetivo do Plano Trienal era combater a inflação a 
partir de uma política de estabilização que demandava, entre outras coisas, a 
contenção salarial e o controle do déficit público. 
Em 1963, o governo abandonou o programa de austeridade econômica, 
concedendo reajustes salariais para o funcionalismo público e aumentando o 
salário-mínimo acima da taxa pré-fixada. Ao mesmo tempo, Jango tentava 
obter o apoio de setores da direita realizando sucessivas reformas ministeriais 
e oferecendo os cargos a pessoas com influência e respaldo junto ao 
empresariado nacional e os investidores estrangeiros. 
 
Polarização direita-esquerda 
Ao longo do ano de 1963, o país foi palco de agitações sociais que 
polarizaram as correntes de pensamento de direita e esquerda em torno da 
condução da política governamental. Em 1964 a situação de instabilidade 
política agravou-se. O descontentamento do empresariado nacional e das 
classes dominantes como um todo se acentuou. Por outro lado, os 
movimentos sindicais e populares pressionavam para que o governo 
implementasse reformas sociais e econômicas que os beneficiassem. 
Atos públicos e manifestações de apoio e oposição ao governo eclodem 
por todo o país. Em 13 de março, ocorreu o comício da estação da Estrada de 
Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro, que reuniu 300 mil trabalhadores 
em apoio a Jango. Uma semana depois, as elites rurais, a burguesia industrial 
e setores conservadores da Igreja realizaram a "Marcha da Família com Deus 
e pela Liberdade", considerado o ápice do movimento de oposição ao 
governo. 
Em 31 de março de 1964, tropas militares lideradas pelos generais Luís 
Carlos Guedes e Olímpio Mourão Filho desencadeiam o movimento golpista. 
Em pouco tempo, comandantes militares de outras regiões aderiram ao 
movimento de deposição de Jango. Em 1 de abril, João Goulart praticamente 
abandonou a presidência, e no dia 2 se exilou no Uruguai. 
O movimento que depôs Jango da presidência reuniu os mais variados 
setores sociais, desde as elites industriais e agrárias (empresários e 
latifundiários), banqueiros, Igreja Católica e os próprios militares, todos 
temiam que o Brasil caminhasse para um regime socialista.

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