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QUESTÕES Victor Hugo A União Soviética e outros países criaram programas nucleares ao final da Segunda Guerra Mundial, dando início a uma “corrida armamentista”. Na política do período do pós-Guerra, a União Soviética e os Estados Unidos dividiram o mundo em zonas de influência. Dois modelos políticos e econômicos contrários se rivalizavam: o socialismo e o capitalismo. Como os dois países eram detentores de armas nucleares, criou-se um equilíbrio de forças entre eles, iniciando um grande conflito “indireto” que ficou conhecido como Guerra Fria. As armas nucleares passaram a cumprir um papel cada vez maior na geopolítica global. Para não ficar para trás, inúmeros outros países também construíram armamentos nucleares, criando um seleto grupo de potências e subpotências atômicas. Mesmo com o fim da União Soviética, em 1991, a sua sucessora, a Rússia, e demais outros países, continuam com grande arsenal atômico. As armas nucleares passaram a significar poder para os países que a possuem, como uma forma de intimidar os demais e persuadir qualquer ataque de rivais, tudo isso para garantir os interesses estratégicos desses países. Segundo o Jornal El País, em matéria publicada no dia 06 de outubro de 2017: “As armas nucleares estão em poder de nove países. Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, China, Israel e Coreia do Norte armazenavam no começo de 2017 quase 15.000 dispositivos desse tipo, de acordo com dados do Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (SIPRI)” https://brasil.elpais.com/tag/armas_nucleares/a https://brasil.elpais.com/tag/estados_unidos/a https://brasil.elpais.com/tag/rusia/a https://brasil.elpais.com/tag/francia/a https://brasil.elpais.com/tag/reino_unido/a https://brasil.elpais.com/tag/india/a https://brasil.elpais.com/tag/pakistan/a https://brasil.elpais.com/tag/china/a https://brasil.elpais.com/tag/israel/a https://brasil.elpais.com/tag/corea_del_norte/a Por qual motivo os países usam das armas nucleares para fazer política? Acham essa a melhor forma? Muitos de nós pensam que a política deveria ser resolvida somente através do diálogo e da conversa, da resolução pacífica de nossos problemas e que os países deveriam ter uma postura semelhante. O filósofo alemão do século XVIII, Emanuel Kant, pensava assim também. Segundo ele, em um futuro incerto, a humanidade resolveria tudo de maneira diplomática, através de um organismo político internacional que mediaria os conflitos entre os países. Esse seria o momento em que ocorreria o fim das guerras e dos conflitos, seria a época da “Paz Perpétua”. Porém, a realidade política e mundial está bastante distante disso. Hoje, os países mais ricos do mundo possuem armas nucleares e tentam impedir outros de as terem, conforme vemos o controle sobre o programa nuclear iraniano. O fato é que o armamento nuclear está presente na política mundial. A disputa por mercados, por controle das matérias primas, por zonas de influência, continua a colocar a questão nuclear no centro da geopolítica mundial. Muitos cientistas, intelectuais, artistas e ativistas têm realizado movimentos em todo o mundo inteiro contra os armamentos nucleares, dizendo que a sua existência representa a instabilidade e a constante possibilidade de novas guerras catastróficas. Portanto, essa é uma questão que precisa ser compreendida por todos nós, pois faz parte da realidade do mundo atual. O que você pensa de toda essa discussão sobre a energia e o armamento nuclear? Acordo nuclear com Irã enfrenta sérias dificuldades na reta final Seis grandes potências conseguiram fechar, há um ano, um histórico acordo nuclear com o Irã, que resultaria no fim de seu isolamento internacional. Os detalhes vêm sendo negociados desde então e, a três dias para o fim do prazo estipulado, as principais questões ainda precisam ser resolvidas. “Queremos chegar a um acordo, mas não pode ser qualquer um, mas um que funcione”, afirmou na quinta-feira o secretário de Estado norte- americano, John Kerry, depois de se reunir com o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que acrescentou: “Importantes pontos de divergência persistem” […]. El País - Internacional, 21 nov. 2014. Adaptado. O debate a respeito do programa de energia nuclear do Irã diz respeito, em termos geopolíticos, a) à possível fabricação de armas nucleares que mudaria as configurações de poder no Oriente Médio. b) ao risco iminente de vazamento e contaminação generalizada em função do pouco domínio do país sobre esse tipo de tecnologia. c) à possibilidade de o Irã tornar-se uma potência energética e iniciar uma troca de eletricidade por petróleo com os países da OPEP. d) às restrições internacionais sobre a utilização de energia atômica para abastecimento elétrico dos países, em função da pressão das organizações ambientais. a) à possível fabricação de armas nucleares que mudaria as configurações de poder no Oriente Médio. O Irã vem, ao longo dos últimos anos, desenvolvendo uma tecnologia nuclear que, segundo o país, é para fins pacíficos. No entanto, os Estados Unidos e outros países impuseram sanções econômicas ao país, alegando que os iranianos estariam desenvolvendo armas nucleares para fins bélicos na região do Oriente Médio. (UERJ/2009) Gráfico da utilização da energia nuclear no mundo entre 1955 e 2004 Adaptado de L' Atlas du Le Monde Diplomatique. Paris: Armand Colin, 2006. O uso da energia nuclear ainda é considerado uma opção polêmica. Pela análise do gráfico, pode-se identificar o período em que os investimentos nessa forma de gerar energia alcançaram o seu auge. As duas conjunturas que explicam os altos investimentos nesse período são: a) política da Detente e crise ambiental b) integração europeia e Guerra do Golfo c) crise do petróleo e corrida armamentista d) enfraquecimento da OPEP e Guerra Fria c) crise do petróleo e corrida armamentista
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