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1 LPUOS: Projeto de Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de Bauru Bauru SP AGOSTO 2021 2 SUMÁRIO TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ......................................................... 4 TÍTULO II DO ZONEAMENTO URBANO ................................................................. 5 CAPÍTULO I DAS ZONAS URBANAS ..................................................................................... 6 Seção I - Da Zona Central (ZC) ........................................................................................... 6 Seção II - Da Zona Centro Expandido (ZCE) ....................................................................... 7 Seção III - Da Zona Corredor Urbano 1 (ZCOR.1) .............................................................. 7 Seção IV - Da Zona Corredor Urbano 2 (ZCOR.2) .............................................................. 8 Seção V - Da Zona Centro de Bairro (ZCB) ........................................................................ 8 Seção VI - Da Zona Residencial 1 (ZR.1) ............................................................................ 8 Seção VII - Da Zona Residencial 2 (ZR.2) ........................................................................... 9 Seção VIII - Da Zona Residencial 3 (ZR.3) .......................................................................... 9 Seção IX - Da Zona de Indústria, Comércio e Serviços - A (ZICS.A) .................................... 9 Seção X - Da Zona de Indústria, Comércio e Serviços B (ZICS.B) ....................................... 9 Seção XI - Da Zona Urbana em Estruturação (ZUE) ......................................................... 10 Seção XII – Da Zona de Ocupação Dirigida (ZODI) ........................................................... 10 Seção XIII - Da Zona de Contenção Urbana (ZCO) ........................................................... 10 Seção XIV - Da Zona de Qualificação de Paisagem (ZQP) ................................................ 10 Seção XV - Da Zona de Interesse Histórico-Cultural (ZIHC) ............................................. 11 Seção XVI - Da Zona de Uso Especial (ZUESP) ................................................................. 11 Seção XVII - Da Zona de Urbanização Controlada (ZUC) ................................................. 11 Seção XVIII - Da Zona Núcleo Urbano Isolado 1 (ZNUI.1) ................................................ 11 Seção XIX - Da Zona Núcleo Urbano Isolado 2 (ZNUI.2) .................................................. 12 Seção XX - Da Zona de Desenvolvimento e Ocupação Sustentáveis (ZDOS) ................... 12 Seção XXI - Da Zona Unidades de Conservação do Cerrado Paulista (ZUCON) ............... 12 Seção XXII - Da Zona Urbana Distrito de Tibiriçá (ZUT) ................................................... 13 TÍTULO III DO USO DO SOLO ............................................................................... 13 CAPÍTULO I DO USO RESIDENCIAL (R) .............................................................................. 14 CAPÍTULO II DO USO NÃO RESIDENCIAL (NR).................................................................... 14 CAPÍTULO III DOS USOS POR ZONA ................................................................................... 16 Seção I – Dos Usos Não Conformes ................................................................................ 17 Seção II - Do Funcionamento de Empresas Internamente às Residências ...................... 17 Seção III - Dos Empreendimentos de Baixo Risco ........................................................... 18 Seção IV - Da Comissão Técnica de Zoneamento CTZO .................................................. 19 TÍTULO IV DA OCUPAÇÃO DO SOLO .................................................................... 19 CAPÍTULO I DOS PARÂMETROS BÁSICOS DE OCUPAÇÃO DO SOLO ................................... 19 Seção I - Das Áreas Não Computáveis ............................................................................. 20 TÍTULO V DAS CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DOS USOS E ATIVIDADES ................ 21 CAPÍTULO I DAS CONDIÇÕES RELACIONADAS À ACESSIBILIDADE ..................................... 22 Seção I - Da Definição do Número de Vagas ................................................................... 22 Seção II - Da Circulação Interna de Veículos ................................................................... 24 Seção III - Do Acesso ao Lote .......................................................................................... 24 3 TÍTULO VI DO LICENCIAMENTO, DA FISCALIZAÇÃO E DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................. 25 CAPÍTULO I DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES E USOS INSTALADOS ...................................... 27 CAPÍTULO II DO LICENCIAMENTO DAS ATIVIDADES .......................................................... 28 CAPÍTULO III DA FISCALIZAÇÃO ......................................................................................... 30 Seção I - Dos Usos Irregulares ......................................................................................... 30 Seção II - Do desrespeito aos parâmetros de incomodidade .......................................... 31 Seção III - Dos Parcelamentos Irregulares ....................................................................... 33 Seção IV - Do Procedimento ........................................................................................... 34 TÍTULO VII DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO ............................................. 35 CAPÍTULO I DOS PARÂMETROS BÁSICOS DE PARCELAMENTO DO SOLO ........................... 35 CAPÍTULO II DAS MODALIDADES URBANÍSTICAS DE PARCELAMENTO DO SOLO ................ 38 Seção I - Do Loteamento Residencial .............................................................................. 38 Seção II - Do Loteamento de Industria, Comércio e Serviço ou Misto ............................ 38 Seção III - Do Loteamento com Controle de Acesso ....................................................... 39 Seção IV - Do Reloteamento ........................................................................................... 40 Seção V - Do Condomínio de Lotes ................................................................................. 40 Seção VI - Do Condomínio Empresarial ........................................................................... 41 Seção VI - Do Condomínio Edilício em Gleba .................................................................. 41 Seção VII - Do Desmembramento ................................................................................... 42 Seção VIII - Do Desdobro e Unificação ............................................................................ 42 CAPÍTULO III DOS PROCEDIMENTOS .................................................................................. 43 CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DO PARCELAMENTO DO SOLO .............................. 46 TÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .......................................... 46 4 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº ___________, DE ____ DE _____________ DE 2021 INSTITUI A LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE BAURU E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A PREFEITA MUNICIPAL DE BAURU, NOS TERMOS DO ART. 31 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BAURU, FAZ SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL APROVOU E ELE SANCIONA E PROMULGA A SEGUINTE LEI: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta lei disciplina o uso, a ocupação e o parcelamento do solo urbano, em conformidade com as diretrizes e determinações do Plano Diretor Participativo do Município de Bauru. Parágrafo Único. Os conceitos adotados no presente texto legal estão reunidos em glossário que constitui o Quadro 1, Anexo I destaLei. Art. 2º A legislação de uso, ocupação e parcelamento do solo urbano tem como objetivos: I. definir parâmetros e mecanismos de parcelamento e ocupação do solo relacionados às condições de drenagem das águas pluviais, evitando a sobrecarga das redes, os alagamentos e as enchentes; II. reconhecer, consolidar e estruturar as centralidades, inclusive aquelas lineares, ao longo das vias arteriais e coletoras; III. adequar os parâmetros de uso do solo aos modos de transporte não motorizados, em especial à adoção de instalações que incentivem o uso da bicicleta; IV. condicionar a instalação de empreendimentos de médio e grande porte às condições urbanísticas do seu entorno, de modo a proporcionar melhor equilíbrio entre áreas públicas e privadas, melhor interface entre o logradouro público e o edifício, compatibilidade entre densidade demográfica e a infraestrutura existente e maior continuidade, capilaridade e conectividade do sistema viário; V. incentivar construções sustentáveis, visando reduzir emissões de gases de efeito estufa, o consumo de água e de energia, assim como otimizar a utilização do espaço público de forma a contribuir para a melhoria das condições ambientais; VI. estimular a reabilitação do patrimônio arquitetônico da área central, criando regras e parâmetros que facilitem a reciclagem das edificações para novos usos; VII. definir normas para a regularização de edificações, de forma a garantir sua utilização com a devida estabilidade e segurança, e 5 VIII. simplificar o texto desta lei para facilitar sua compreensão, aplicação e fiscalização. Art. 3º Os parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo adotados nesta Lei observam os seguintes critérios e finalidades: I. Quanto ao parcelamento do solo: a) Dimensões máximas de lotes e quadras: adequar a inserção de empreendimentos de médio e grande porte em relação ao entorno, melhorar a oferta de áreas públicas e evitar a descontinuidade do sistema viário. II. Quanto ao uso do solo: a) A classificação dos usos visa definir categorias, subcategorias e grupos de atividades para estabelecer os usos e atividades permitidos em cada zona, bem como suas condições de instalação; b) Os parâmetros de incomodidade estabelecem limites quanto à interferência de atividades não residenciais em relação ao uso residencial; c) As condições de instalação dos usos estabelecem referências e condicionantes conforme usos e atividades não residenciais para a adequação das edificações, inclusive a largura da via. III. Quanto à ocupação do solo: a) O Coeficiente de Aproveitamento controla as densidades construtivas e demográficas em relação aos serviços públicos e à infraestrutura urbana existentes e planejados; b) A Taxa de Ocupação e Recuos disciplinam as condições mínimas de ventilação e iluminação; c) A Taxa de Permeabilidade mínima promove a qualificação ambiental, em especial a melhoria da retenção e infiltração da água nos lotes, a melhoria do microclima e a ampliação da vegetação. TÍTULO II DO ZONEAMENTO URBANO Art. 4º O disciplinamento do uso e da ocupação do solo é feito com base no Zoneamento Urbano, compreendendo a Macrozona Urbana e os seguintes loteamentos e nucleações urbanas existentes em macrozonas rurais: I- Distrito de Tibiriçá, localizado na MR1; II- loteamento Águas Virtuosas, localizado na MR2, e III- loteamentos Chácaras Bauruenses e Vale do Igapó, localizado na MR3. Art. 5º O Macrozoneamento Rural seguirá zoneamento, usos e atividades permitidas em seus respectivos Planos de Manejo. 6 Art. 6º Nas macrozonas rurais localizadas em regiões fora de APA, observar usos compatíveis com Zonas Rurais ou legislação específica. Parágrafo único. São elas: Macrozona Rural 3 e Macrozona Rural 4. CAPÍTULO I DAS ZONAS URBANAS Art. 7º O zoneamento urbano de Bauru é composto pelas seguintes zonas: I. Zona Central (ZC); II. Zona Centro Expandido (ZCE); III. Zona Corredor Urbano 1 (ZCOR1); IV. Zona Corredor Urbano 2 (ZCOR.2); V. Zona Centro de Bairro (ZCB); VI. Zona Residencial 1 (ZR.1); VII. Zona Residencial 2 (ZR.2); VIII. Zona Residencial 3 (ZR.3); IX. Zona de Indústria, Comércio e Serviços A (ZICS.A); X. Zona de Indústria, Comércio e Serviços B (ZICS.B); XI. Zona Urbana em Estruturação (ZUE); XII. Zona do Ocupação Dirigida (ZODI); XIII. Zona de Contenção Urbana (ZCO); XIV. Zona de Qualificação de Paisagem (ZQP); XV. Zona de Interesse Histórico-Cultural (ZIHC); XVI. Zona de Uso Especial (ZUESP); XVII. Zona de Urbanização Controlada (ZUC); XVIII. Zona Núcleo Urbano Isolado 1 (ZNUI.1); XIX. Zona Núcleo Urbano Isolado 2 (ZNUI.2); XX. Zona de Desenvolvimento e Ocupação Sustentáveis (ZDOS); XXI. Zona Unidades de Conservação do Cerrado Paulista (ZUCON), e, XXII. Zona Urbana Distrito de Tibiriçá (ZUT). Parágrafo único. O Zoneamento Urbano está representado nos Mapas 2 e 2A, que compõem o Anexo II desta Lei. Seção I - Da Zona Central (ZC) Art. 8º A Zona Central, que corresponde ao núcleo urbano original, caracteriza-se pelo predomínio dos usos comerciais e de serviços, sendo a principal referência de comércio popular de Bauru. 7 Art. 9º São objetivos da Zona Central: I- propiciar a retomada do caráter de centralidade principal da zona, por meio de projeto estratégico que integre revitalização do espaço, proteção ao patrimônio histórico-cultural, incentivo a alternativas de desenvolvimento econômico, criação e retomada de espaços para atividades e manifestações culturais; II- exigir o cumprimento da função social da propriedade dos imóveis vazios e subutilizados; III- incentivar o uso misto, de modo a ampliar a vitalidade urbana, e IV- otimizar a utilização da infraestrutura existente, com adensamento populacional. Seção II - Da Zona Centro Expandido (ZCE) Art. 10- A Zona Centro Expandido compreende o entorno da Zona Central, onde há tendência de espraiamento das atividades comerciais e de serviços. Art. 11- São objetivos da Zona Centro Expandido: I- favorecer a tendência de ampliação da Zona Central, renovando os padrões de uso e ocupação do solo e requalificando a paisagem urbana; II- estimular o uso misto e o adensamento construtivo e demográfico do seu território, aproveitando a disponibilidade de infraestrutura ociosa, de modo a aproximar moradia e trabalho, e III- estabelecer conexões entre o centro principal e o seu entorno, superando as barreiras físicas representadas pelas avenidas, viadutos e rodovia. Seção III - Da Zona Corredor Urbano 1 (ZCOR.1) Art. 12- A Zona Corredor Urbano corresponde aos corredores de comércio e serviços que cortam o tecido urbano consolidado, nos quais são desenvolvidas atividades com raio de abrangência ampliado e potencial de atendimento da população em geral. Art. 13- São objetivos da Zona Corredor Urbano 1 (ZCOR.1): I- potencializar o desenvolvimento econômico local por meio da requalificação e diversificação das atividades de comércio e serviços; II- admitir atividades de comércio e serviços com nível de incomodidade 3, incômodas ao uso residencial (R) e fomentar a transformação urbana; III- estimular o uso residencial, aproveitando a disponibilidade de infraestrutura de mobilidade, e 8 IV- estimular novas tipologias construtivas, com base na verticalização, ganhando espaços livres e garantindo a permeabilidade do solo. Parágrafo único. As vias componentes da ZCOR.1 estão relacionadas no Quadro 2, Anexo I. Seção IV - Da Zona Corredor Urbano 2 (ZCOR.2) Art. 14- A Zona Corredor 2 compreende os corredores secundários de comércio e serviços, existentes ou em formação, localizados em vias coletoras das zonas ZR2, ZR3, ZUE e ZCO, onde podem ser desenvolvidas atividades com potencial de atendimento da população local. Art. 55- São objetivos da Zona Corredor 2 (ZCOR 2): I. fomentar o desenvolvimentoeconômico local, em especial as atividades de comércio e serviços que atendam às necessidades imediatas de abastecimento da população; II. admitir atividades com nível de incomodidade 2, toleráveis pelo uso residencial (R), e fomentar a transformação urbana §1º As vias componentes da ZCOR 2 estão relacionadas no Quadro 2, Anexo I; §2º Para possibilitar consolidação do corredor na Avenida José Vicente Aiello, é obrigatório a preservação de faixa de domínio com 15 metros, em toda extensão da via não duplicada/urbanizada, pelo lado oeste. Seção V - Da Zona Centro de Bairro (ZCB) Art. 66- A Zona Centro de Bairro compreende o espaço de encontro e local de referência para a população nos bairros, em função da concentração de atividades de comércio e serviços ou da presença de equipamentos públicos ou áreas de lazer. Art. 77- São objetivos da Zona Centro de Bairro: I- reconhecer, consolidar e estruturar as centralidades de bairro, oferecendo atividades de comércio e serviços que atendam às necessidades imediatas da população, e II- diversificar o uso do solo. Seção VI - Da Zona Residencial 1 (ZR.1) Art. 18- A Zona Residencial 1, formada por parte dos bairros Estoril II e Estoril III, mais os loteamentos com controle de acesso, tem como objetivo a manutenção do uso do solo, sendo este o residencial unifamiliar. 9 Seção VII - Da Zona Residencial 2 (ZR.2) Art. 89- A Zona Residencial 2 caracteriza-se pela predominância do uso residencial, sendo formada por bairros localizados nas proximidades das Zonas Central (ZC) e Centro Expandido (ZCE). Art. 20- São objetivos da Zona Residencial 2: I- estimular a diversidade de usos, preservando os miolos de bairro, e II- admitir potencial construtivo que permita verticalização. Seção VIII - Da Zona Residencial 3 (ZR.3) Art. 21- A Zona Residencial 3 caracteriza-se pela predominância do uso residencial, em localização relativamente distante da diversidade de usos e atividades oferecida pela Zona Central. Art. 22- São objetivos da Zona Residencial 3: I- qualificar o uso residencial existente, e II- estimular a diversidade de usos, preservando os miolos de bairro. Seção IX - Da Zona de Indústria, Comércio e Serviços - A (ZICS.A) Art. 23- A Zona de Indústria, Comércio e Serviços A é caracterizada por distritos industriais e áreas destinadas exclusivamente a atividades industriais, comerciais e de serviços incompatíveis com o uso residencial. Art. 94- A Zona de Indústria, Comércio e Serviços A tem por objetivo garantir áreas para o desenvolvimento do Uso Não Residencial incompatível com o Uso Residencial. Seção X - Da Zona de Indústria, Comércio e Serviços B (ZICS.B) Art. 105- A Zona de Indústria, Comércio e Serviços B é formada por áreas lindeiras às rodovias, com potencial de atração de atividades industriais, comerciais e de serviços, em razão da localização e facilidade de acesso. Art. 116- A Zona de Indústria, Comércio e Serviços B tem por objetivo estimular a instalação de atividades industrial, comercial e de serviços cujos níveis de incomodidade permitam sua localização próxima às zonas que admitem usos residenciais. 10 Seção XI - Da Zona Urbana em Estruturação (ZUE) Art. 127- A Zona Urbana em Estruturação corresponde às regiões situadas nas bordas do tecido urbano, que apresentam déficit de infraestrutura e saneamento. Art. 138- A Zona Urbana em Estruturação tem por objetivo estruturar o território, reduzindo as desigualdades intraurbanas, por meio da garantia de acesso à infraestrutura e ao saneamento ambiental. Seção XII – Da Zona de Ocupação Dirigida (ZODI) Art. 29- A Zona de Ocupação Dirigida é caracterizada pela presença de loteamentos fechados e com controle de acesso, em meio a grandes vazios urbanos, localizada no extremo sudoeste da Macrozona Urbana, nas proximidades da Bacia do Rio Batalha. Art. 30- A Zona de Ocupação Dirigida tem por objetivo promover a estruturação do tecido urbano, com diversificação de usos e baixa densidade, de modo a garantir a interação entre espaços públicos e privados. Seção XIII - Da Zona de Contenção Urbana (ZCO) Art. 14- A Zona de Contenção Urbana é caracterizada pela ocupação urbana, predominantemente residencial, que se projeta para fora da Bacia do Rio Bauru sobre as APA’s do Água Parada, e, do Rio Batalha. Art. 15- São objetivos da Zona de Contenção Urbana: I. limitar a ocupação existente, evitando seu espraiamento, e II. orientar e compatibilizar desmembramentos e desdobros à infraestrutura existente. Seção XIV - Da Zona de Qualificação de Paisagem (ZQP) Art. 16- A Zona de Qualificação de Paisagem compreende a área do aeroclube e seu entorno imediato. Art. 17- O objetivo da Zona de Qualificação de Paisagem é valorizar a paisagem natural e cultural de Bauru, por meio de tratamento paisagístico adequado ao entorno do aeroclube de modo a preservar a visão panorâmica do meio urbano, e transformar a área em centro de atividades comerciais e de serviços, favorecendo a instalação de atividades de interesse turístico, esporte e lazer, recreação, alimentação e compras. 11 Seção XV - Da Zona de Interesse Histórico-Cultural (ZIHC) Art. 18- A Zona de Interesse Histórico-Cultural corresponde à área ocupada pelo pátio e edifícios ferroviários localizados na região central, objetos de tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru – CODEPAC. Art. 19- A Zona de Interesse Histórico-Cultural tem por objetivo preservar e recuperar o patrimônio, reurbanizar o entorno das edificações tombadas e estimular usos relacionados ao turismo histórico-cultural. Seção XVI - Da Zona de Uso Especial (ZUESP) Art. 20- A Zona de Uso Especial corresponde a usos institucionais de grande porte ou relevância que são referências locais, tais como cemitérios, áreas de exposição, indústrias antigas que foram incorporadas à área urbana ao passar dos anos, centro de detenção, entre outros. Art. 38- A Zona de Uso Especial compreende ainda, a área do atual aterro sanitário do município, em processo de encerramento, com área adjacente para implantação de novo sistema de disposição e tratamento de resíduos sólidos Art. 39- A delimitação da Zona de Uso Especial tem por objetivo destacar tais usos como marcos no território urbano, incluindo sua gestão sustentável e recuperação ambiental, quando for o caso. Seção XVII - Da Zona de Urbanização Controlada (ZUC) Art. 40- A Zona de Urbanização Controlada corresponde a porções do território não urbanizados ou com urbanização incipiente, junto às divisas intermunicipais, incluindo o loteamento Chácaras Bauruenses. Art. 41- A Zona de Urbanização Controlada tem por objetivo orientar o parcelamento e a ocupação do solo, mantendo baixa densidade, e criando espaços de transição entre o tecido urbano em consolidação e a zona rural. Seção XVIII - Da Zona Núcleo Urbano Isolado 1 (ZNUI.1) Art. 42- A Zona Núcleo Urbano Isolado 1 (ZNUI.1) compreende o loteamento Vale do Igapó, parcialmente implantado, localizado em área com a vegetação significativa, deficitário em infraestrutura e saneamento ambiental. Art. 213- São objetivos da Zona Núcleo Urbano Isolado 1: I. Limitar a ocupação existente, evitando seu espraiamento; 12 II. Coibir o adensamento, compatibilizando desmembramentos e desdobros com infraestrutura existente, e, III. Prover infraestrutura e saneamento ambiental adequados, com a devida proteção ambiental. Seção XIX - Da Zona Núcleo Urbano Isolado 2 (ZNUI.2) Art. 44- A Zona Núcleo Urbano Isolado 2 (ZNUI.2) compreende o loteamento Águas Virtuosas, parcelamento do solo em chácaras que permitem o convívio de atividades rurais e urbanas. Art. 45- A Zona Núcleo Urbano Isolado 2 tem por objetivo manter o padrão de ocupação atual, impedindo desmembramentos e desdobros. Seção XX - Da Zonade Desenvolvimento e Ocupação Sustentáveis (ZDOS) Art. 22- A Zona de Desenvolvimento e Ocupação Sustentáveis corresponde aos fundos de vale que cortam a Macrozona Urbana, abrangendo as Áreas de Preservação Permanente – APP e áreas lindeiras, além de áreas de transição da ZUCON para a malha urbana. Art. 47- A Zona de Desenvolvimento e Ocupação Sustentáveis tem como objetivos: I- proteger e recuperar as APP por meio da implantação de parques lineares; II- garantir que as áreas lindeiras às APP´s, dentre outras indicadas, funcionem como faixas de transição, admitindo atividades não incômodas com baixa densidade construtiva. Seção XXI - Da Zona Unidades de Conservação do Cerrado Paulista (ZUCON) Art. 238- A Zona Unidades de Conservação do Cerrado Paulista compreende as áreas do Mosaico, que abrange o Refúgio da Vida Silvestre Aimorés e a Área de Relevante Interesse Ecológico Leopoldo Coutinho, instituídas por legislação estadual, integradas à área do Zoo Botânico de Bauru. Art. 249- A Zona Unidades de Conservação do Cerrado Paulista tem por objetivo reforçar as condições específicas para uso e ocupação dZPo local, definidas por legislações estadual e municipal. (https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/area-de-relevante-interesse-ecologico-leopoldo-magno-coutinho/) Art. 25- São objetivos da Zona Unidades de Conservação do Cerrado Paulista: I- proteger e conservar os ecossistemas naturais; II- propiciar o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, e 13 III- possibilitar a realização de pesquisa cientifica na área ambiental. Seção XXII - Da Zona Urbana Distrito de Tibiriçá (ZUT) Art. 51- A Zona Urbana Isolada do Distrito de Tibiriçá corresponde ao distrito de mesmo nome, que se caracteriza como núcleo urbano em área rural. Art. 52- São objetivos da delimitação da Zona Urbana Isolada do Distrito de Tibiriçá: I- qualificar o ambiente urbano, por meio de melhoria da infraestrutura e do saneamento e ampliação de espaços verdes e permeáveis, visando uma melhor integração com o meio rural; II- urbanizar e regularizar o assentamento precário existente com padrões ambientalmente sustentáveis, e III- proteger o patrimônio cultural. TÍTULO III DO USO DO SOLO Art. 53- Para efeito desta Lei, o uso do solo no município será classificado em função de: I - Categoria; II - natureza, e III - nível de incomodidade. Art. 26 Ficam definidas as seguintes categorias e subcategorias de uso do solo: I - Residencial (R); II - Não Residencial (NR), dividido nas subcategorias: a) Comercial e de Serviços (CS); b) Industrial (IND); e, c) Infraestruturas Urbanas Específicas (INFRA). §1º Sempre que os usos forem compatíveis nas respectivas Zonas, será permitida a implantação de usos mistos na mesma edificação ou lote. §2º Entende-se por uso misto a combinação, na mesma edificação ou lote, guardada independência de acesso entre eles, de: I- Uso Residencial (R) com Uso Não Residencial (NR), e II- duas ou mais subcategorias diferentes de Usos Não Residenciais. 14 CAPÍTULO I DO USO RESIDENCIAL (R) Art. 27 A categoria Uso Residencial (R) compreende a moradia de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos e divide-se nas seguintes subcategorias: I- Residencial Unifamiliar (R1), corresponde a uma unidade habitacional por imóvel, com acesso à via pública oficial; II- Residencial Multifamiliar Horizontal (R2), sendo: a) R2.1, correspondente ao conjunto de unidades habitacionais agrupadas horizontalmente no mesmo lote, sendo todas as casas geminadas com frente e acesso independente para a via oficial de circulação; b) R2.2, correspondente a duas unidades habitacionais agrupadas verticalmente no mesmo lote, possuindo as casas sobrepostas a frente e o acesso independente para a via oficial de circulação, e c) R2.3, correspondente a conjunto residencial horizontal, constituído por unidades autônomas, com acesso independente por via particular de circulação de veículos ou de pedestre internas ao conjunto, vedado o acesso direto pela via oficial de circulação. III- Residencial Multifamiliar Vertical (R3), correspondente a edifícios de apartamentos e a conjuntos residenciais verticais. IV- Chácaras de recreio e lazer. §1º As subcategorias e tipologias do Uso Residencial (R) constam do Quadro 3, Anexo I desta Lei. §2º As subcategorias de Uso Residencial permitidos em cada uma das Zonas são aquelas informadas no Quadro 8, Anexo I desta Lei. CAPÍTULO II DO USO NÃO RESIDENCIAL (NR) Art. 56- O Uso Não Residencial (NR) compreende diferentes atividades, organizadas em categorias conforme sua natureza e grau de incomodidade em relação ao Uso Residencial. Art. 28 Os usos não residenciais podem ser classificados: I- Quanto à natureza da atividade, e II- quanto ao grau de incomodidade. Art. 29 Os usos não residenciais, quanto à natureza da atividade, podem ser classificados como: 15 I- Comerciais e de Serviços (CS); II- Industriais (IND); e, III- Infraestruturas urbanas específicas (INFRA). Art. 59- Os usos não residenciais, quanto ao nível de incomodidade, considerando fatores ambientais, e porte da atividade, se classificam como: I- Nível 1, compatível com a vizinhança residencial; II- Nível 2, tolerável pela vizinhança residencial; III- Nível 3, incômodo à vizinhança residencial, e IV- Nível 4, incompatível com a vizinhança residencial. Art. 60- A combinação de natureza de uso das categorias CS e IND aos níveis de incomodidade gera os seguintes grupos de atividades: I. Atividades de Comércio e Serviços - CS a. Atividades de Comércio e Serviços 1 – CS.1 b. Atividades de Comércio e Serviços 2 – CS.2 c. Atividades de Comércio e Serviços 3 – CS.3 II. Atividades Industriais - IND a. Atividades Industriais 1 – IND.1 b. Atividades Industriais 2 – IND.2 c. Atividades Industriais 3 – IND.3 d. Atividades Industriais 4 – IND.4 Parágrafo único. Os Grupos de Atividade das categorias de uso CS e IND são aqueles constantes do Quadro 4, Anexo I desta Lei. Art. 61- A implantação de atividades do grupo Infraestruturas Urbanas Específicas (INFRA) não são baseadas em critérios de incomodidade e dependem de análise prévia quanto ao impacto, na forma do regulamento. Art. 62- Os grupos e subgrupos das atividades de Uso Não Residencial obedecem à Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), na forma seguinte: I- Atividades de Comércio e Serviços - CS a) Atividades de Comércio e Serviços 1 - CS.1, são aquelas compatíveis com o Uso Residencial, conforme Quadro 5, Anexo I desta Lei; b) Atividades de Comércio e Serviços 2 - CS.2, são aquelas toleráveis com o Uso Residencial, conforme Quadro 5, Anexo I desta Lei, e c) Atividades de Comércio e Serviços 3 - CS.3, são aquelas incompatíveis com o Uso Residencial, conforme Quadro 5, Anexo I desta Lei. II- Atividades Industriais - IND 16 a) Atividades Industriais 1 - IND.1, compatíveis com o Uso Residencial, conforme Quadro 6, Anexo I desta Lei; b) Atividades Industriais 2 - IND.2, toleráveis pela vizinhança residencial, conforme Quadro 6, Anexo I desta Lei; c) Atividades Industriais 3 - IND.3, Atividades industriais incômodas à vizinhança residencial, conforme Quadro 6, Anexo I desta Lei, e d) Atividades Industriais 4 - IND.4, Atividades industriais incompatíveis com a vizinhança residencial, conforme Quadro 6, Anexo I desta Lei. III- Atividades de Infraestruturas urbanas específicas (INFRA), são aquelas descritas no Quadro 7, Anexo 1 desta Lei. § 1º Os grupos de atividade obedecem à Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e serão detalhados por ato do Executivo. § 2º Atividades não listadas nos Quadros 05, 06 e 07, do Anexo I desta Lei, poderão ter sua implantação autorizada mediante análise e enquadramento realizado pela Secretaria de Planejamento, ouvida aComissão Técnica de Zoneamento - CTZO, com base nos requisitos abaixo: a) análise quanto ao porte, o processo operacional e o controle efetivo de risco ambiental; b) obediência às exigências federais, estaduais, municipais e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e demais normas pertinentes, com relação à emissão poluidora de qualquer natureza; c) análise de localização e de exigências sanitárias municipais; d) análise quanto ao impacto urbanístico; e) análise quanto aos impactos gerados ao trânsito e tráfego; e, f) análise quanto à segurança pública. CAPÍTULO III DOS USOS POR ZONA Art. 30 Nas (ZICS A) serão admitidas as seguintes atividades CS.1 complementares e correlatas ao uso IND: I. serviços profissionais, científicos e técnicos, como serviços de contabilidade, cartórios, arquitetura, engenharia, pesquisa e outros; II. serviços administrativos e complementares; III. serviços de correios e atividades de entrega; IV. serviços de alimentação como restaurantes, lanchonetes, cantinas e estabelecimentos de fornecimento de alimentos preparados; V. serviços de informação e comunicação; 17 VI. serviços financeiros, de seguros e serviços relacionados; VII. serviços da Administração Pública, exceto os relativos à defesa, justiça, defesa civil, segurança e ordem pública; VIII. atividades esportivas e de recreação e lazer, desde que diretamente relacionadas à unidade industrial; IX. atividades de organizações associativas limitadas a entidades sindicais, profissionais e patronais; X. serviços de estacionamento. Art. 31 As casas noturnas serão permitidas apenas na Zona Central, Zona Central Expandida, Zona Corredor Urbano 1, Zona Qualificação de Paisagem e ZICS B. Art. 65- Nas zonas cuja incomodidade se restrinja ao nível 1 não admitirão o uso de máquinas e equipamentos que gerem ruídos, vibrações, emissão de partículas e gases ou quaisquer outros fatores que causem impacto ao uso residencial e que não sejam passiveis de mitigação. Art. 32 Nas edificações ou lotes ocupados por mais de uma atividade não residencial, deverão ser atendidas as condições de instalação da atividade mais restritiva, quando não for possível diferenciar os parâmetros aplicáveis a cada uso. Art. 33 As subcategorias de Uso Residencial permitidos em cada uma das Zonas são aquelas informadas no Quadro 8, Anexo I desta Lei. Art. 68- Será permissível o uso misto residencial na ZICS.B mediante aplicação de Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo, conforme legislação específica, Lei 7.066 de 2018, ou a que vier substitui-la. (https://sapl.bauru.sp.leg.br/pysc/download_norma_pysc?cod_norma=12022&texto_original=1). Seção I – Dos Usos Não Conformes Art. 69- Os usos e atividades regulares preexistentes que se encontrem em desacordo com esta Lei serão considerados não conformes e tolerados até que ocorra encerramento ou alteração do uso ou da atividade, admitindo-se: I- a alteração da atividade não residencial dentro do mesmo subgrupo de atividades, e II- a reforma da edificação com acréscimo de, no máximo, 20% (vinte porcento) da área construída existente. Seção II - Do Funcionamento de Empresas Internamente às Residências 18 Art. 70- Fica permitido o funcionamento de empresas em residências de seus titulares e sócios, em qualquer das categorias de Uso Residencial (R), admitindo-se a utilização do mesmo acesso da unidade residencial, desde que: a) a atividade econômica desenvolvida, seja compatível com o Uso R, não gere circulação de pessoas e não exista estoque de mercadorias no local; b) não sejam exercidas atividades poluentes ou que possam causar riscos ou incômodos à vizinhança, e c) quando se tratar de R2-3 e R3, exista previsão expressa na convenção do Condomínio ou consentimento unânime dos demais condôminos. Parágrafo único. A publicidade identificando local da atividade, estabelecimento e/ou profissional que dele faz uso, deverão estar de acordo com legislação específica, ou regulamentação de associados em assembleia no caso de R2.2 e R2.3; Seção III - Dos Empreendimentos de Baixo Risco Art. 71- O Executivo poderá editar norma específica para as atividades consideradas de baixo risco, com base nos seguintes critérios: I - nível de perigo potencial de ocorrência de danos à integridade física, à saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio em decorrência de exercício de atividade econômica; II - grau de incomodidade conforme o porte, natureza e lotação das atividades, a partir dos parâmetros estabelecidos nesta lei; III - potencial de geração de viagens e de tráfego das atividades; IV - interferência potencial das atividades na fluidez do tráfego. Parágrafo único. O Ministério da Economia deverá ser notificado sobre a edição da norma específica de que trata o caput do art. 126, na forma do Art. 3º, I, §1º, III da Lei Federal nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, que institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica. Art. 72- As atividades consideradas de baixo risco independem de licenciamento prévio, mas ficam submetidas à fiscalização posterior em caso de desrespeito aos parâmetros de incomodidade, de ofício ou como consequência de denúncia encaminhada à Municipalidade. Parágrafo único. A atividade/CNAE realizada no local, estando em discordância com o informado no Cadastro Tributário/Inscrição Municipal, implicará em multa conforme Quadro 13 Anexo I desta Lei, reincidente a cada 30 dias, até que a situação esteja regularizada. 19 Seção IV - Da Comissão Técnica de Zoneamento CTZO Art. 73- Fica criada a Comissão Técnica de Zoneamento - CTZO - como órgão deliberativo de composição mista entre representantes do Poder Público e da Sociedade Civil, para tratar de casos omissos e adequações/conciliações que se fizerem necessárias referente a CNAE/usos/decretos e alvarás; Art. 74- A CTZO funcionará vinculada à SEPLAN e será composta de 8 (oito) membros, sendo os representantes do Poder Público nomeados pelo Secretário(a) de Planejamento, e os representantes da Sociedade Civil, eleitos ou indicados, conforme o caso, sendo: a) 2 representantes do DUOS – Departamento de Uso e Ocupação do Solo, inclusive responsável pelo Licenciamento e Alvará; b) 1 representante do DEPLAN; c) 1 técnico da SEMMA; d) 1 fiscal da SEMMA; e) 1 representante da SEDECON; f) 2 representantes sociedade civil, sendo um da SINDUSCON e um do CMB. Art. 75- Ficará a Comissão responsável por elaborar o Regimento que determinará funcionamento, procedimentos e atribuições dos membros e da Comissão. Art. 76- Compete à CTZO: I. propor normas e instruções sobre procedimentos decorrentes da legislação urbanística; II. propor modificações na legislação urbanística, bem como nos procedimentos administrativos visando à aplicação da LUOS; III. analisar e deliberar sobre casos omissos e os não definidos na LUOS, submetendo-os ao titular do DUOS; IV. outras atribuições que lhe forem conferidas pela Seplan; TÍTULO IV DA OCUPAÇÃO DO SOLO CAPÍTULO I DOS PARÂMETROS BÁSICOS DE OCUPAÇÃO DO SOLO Art. 34 São parâmetros básicos de ocupação do solo urbano: I. Coeficiente de Aproveitamento (CA): correspondente ao potencial construtivo do lote em função de sua área total, sendo subdividido em: 20 a) Coeficiente de Aproveitamento Básico (CAbas): indica a área máxima que poderá ser construída, em função da área total do lote, sem contrapartidas; b) Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAmax): indica a área máxima que poderá ser construída, mediante pagamento de contrapartida financeira. II. Taxa de Ocupação máxima (TO): representa o percentual máximo de terreno que poderá ser ocupado por edificações III. Taxa de Permeabilidade (TP): determina o percentual mínimo da área do lote a ser preservado com solo permeável IV. Recuo Mínimo: correspondeà distância entre a face externa da edificação e os do lote, cujo objetivo é o de garantir condições adequadas de ventilação, iluminação e harmonia na volumetria das edificações em relação ao seu entorno, sendo subdividido em: a) Recuo Frontal (RFro); b) Recuo Lateral (RLat); c) Recuo de Fundo (RFun). V. Gabarito da Edificação (G): corresponde à altura máxima que a edificação pode alcançar, independentemente das dimensões do lote. §1º Os parâmetros básicos de ocupação do solo urbano por Zona são fixados no Quadro 10, Anexo I desta Lei, ou, na falta destes, aplicam-se os parâmetros definidos no Código de Obras; §2º Na falta de regulamentação de contrapartida financeira ou instrumento urbanístico para aplicação do CAbas, segue permitido a utilização do CAmax. Seção I - Das Áreas Não Computáveis Art. 35 Para fins de cálculo do potencial construtivo do imóvel são consideradas áreas não computáveis no coeficiente de aproveitamento: I. as áreas cobertas, em qualquer pavimento, ocupadas por circulação, manobra e estacionamento de veículos, desde que o número de vagas, exceto as especiais, motocicletas e bicicletas, não ultrapasse: a) nos usos Residenciais, uma vaga por unidade habitacional, observada a cota de garagem máxima igual a 32m² por vaga; b) nos usos Não Residenciais, uma vaga para cada 70m² (setenta metros quadrados) de área construída computável, desprezadas as frações, excluídas as áreas ocupadas por circulação, manobra e estacionamento de veículos, observada a cota de garagem máxima igual a 32m² (trinta e dois metros quadrados) por vaga; 21 II. as áreas ocupadas por vagas especiais destinadas a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e idosos, vagas de motocicletas, vagas de bicicletas e vagas para carga e descarga, até o limite mínimo exigido; III. as áreas ocupadas por vestiário de usuários de bicicletas; IV. as áreas cobertas nos usos residenciais, em qualquer pavimento, destinadas às áreas comuns de circulação, incluindo a circulação vertical, e V. as áreas não computáveis previstas na legislação edilícia. Art. 79- A Taxa de Ocupação (TO) máxima do lote não será aplicada à parte do subsolo utilizada para estacionamento de veículos. Art. 80- Na Zona Central, na Zona Centro Expandido e na Zona de Interesse Histórico- Cultural não será exigido recuo frontal quando, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da face de quadra em que se situa o imóvel esteja ocupada por edificações no alinhamento do logradouro. Art. 36 Com relação ao nível do pavimento térreo da edificação, deve ser observado: I- Se o desnível da testada for menor ou igual a dois metros, o nível do pavimento térreo não poderá exceder a cota de um metro acima do nível médio entre as cotas das extremidades da testada do lote II- Se o desnível da testada for superior a dois metros, o nível do pavimento térreo poderá corresponder a qualquer cota intermediária entre os níveis mais elevado e mais baixo, sendo aplicável aos terrenos com desníveis superiores a dois metros em relação à profundidade. Parágrafo único. Serão objeto de análise especial os terrenos com declive ou aclive superior a 50% em relação ao logradouro ou aos imóveis contíguos. TÍTULO V DAS CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DOS USOS E ATIVIDADES Art. 82- Os usos residenciais e não residenciais deverão atender aos parâmetros de incomodidade relativos à: I. Geração de sons e ruídos; II. Emissão de odores; III. Emissão de efluentes; IV. Geração de poluição atmosférica, tanto emissão de gases, vapores e material particulado, como emissores de fumaça; § 1º Os parâmetros referidos neste artigo poderão variar conforme a zona e horários diurno e noturno, conforme Quadro 11 Anexo I desta Lei; 22 § 2º Poderão ser definidos parâmetros especiais de incomodidade por lei municipal específica, em especial aqueles que busquem a redução de ruído no uso no solo conforme especificidades locais, de determinados usos e grandes equipamentos de infraestrutura geradores de ruído. Art. 37 Para a instalação dos usos e atividades devem ser atendidas, no mínimo, as seguintes condições: I- avaliação do impacto da atividade, empreendimento ou intervenção urbanística, por meio do Estudo de Impacto de Vizinhança, quando for o caso; II- avaliação das questões relacionadas à acessibilidade e ao tráfego de pessoas e cargas, com a previsão de: a. vagas de estacionamento de automóveis e motocicletas; b. vagas de carga e descarga; c. vagas de embarque e desembarque; d. vagas para pessoas portadoras de deficiência; e. circulação interna ao empreendimento; f. regras de acesso ao lote; g. condições especiais para empreendimentos e atividades que se caracterizem como polos geradores de tráfego. III- condições relativas ao horário de funcionamento dos usos NR. CAPÍTULO I DAS CONDIÇÕES RELACIONADAS À ACESSIBILIDADE Seção I - Da Definição do Número de Vagas Art. 84- Os Empreendimentos de Uso Residencial Multifamiliar R2-3 e R3 deverão dispor de, no mínimo, os seguintes números de vagas de estacionamento de veículos: I - Unidades com área útil de até 80,00m² (oitenta metros quadrados), mínimo de 1 (uma) vaga por unidade; e II - Unidades com área útil acima de 80,00m² (oitenta metros quadrados), mínimo de 2 (duas) vagas por unidade; §1º Empreendimentos de Uso Residencial Multifamiliar R2-3 e R3 deverão prever: I - Vagas para visitantes, correspondentes a 5% (cinco por cento) do número total de vagas dos moradores e, mínimo, duas vagas; II - 1 vaga para Carga e Descarga a cada 100 unidades habitacionais e 1 vaga para Embarque e Desembarque na mesma proporção; 23 III - área equivalente a, no mínimo, 2% (dois porcento) da área total de garagem ou estacionamento para a instalação de bicicletário ou paraciclo. §2º O bicicletário ou paraciclo de que trata o inciso III, poderá ser instalado em local diferente da garagem ou do estacionamento de veículos, inclusive nos recuos frontal, lateral e de fundos, respeitada a proporção da área. Art. 85- Na Zona Central não será exigido vagas de estacionamento ou garagem para novos empreendimentos residenciais ou de uso misto, ficando a decisão de projetá-las ou não, a cargo do empreendedor. Parágrafo único. Para se enquadrar ao uso misto estabelecido no caput, considerar-se-á utilização mínima de 50% da área construída para uso residencial. Art. 86- A instalação de atividades de Uso Não Residencial (NR) deverá atender às disposições do Quadro 12, Anexo I, com relação ao número de vagas de estacionamento de veículos, de carga e descarga e de embarque/desembarque. Art. 38 Os empreendimentos ou estabelecimentos com mais de 30 (trinta) vagas de estacionamento para automóveis deverão prever vagas para motocicletas equivalentes a 4% (quatro por cento) daquele total. Art. 39 Nos Usos R2-3 e R3 e as atividades de Uso NR, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoa com deficiência com comprometimento de mobilidade, as quais devem equivaler a 2% (dois por cento) do total de vagas do empreendimento ou estabelecimento, garantida, no mínimo, 1 (uma) vaga devidamente sinalizada e com as especificações de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes de acessibilidade. Art. 40 Todo empreendimento servido por veículo fretado para transporte de pessoas deverá prever número de vagas compatível com o tipo de veículo e o número de usuários. Art. 41 Admite-se o cômputo de vagas bloqueadas, quando destinadas a veículos de passeio e atenderem às seguintes condições: I – No Uso Residencial, quando ambas as vagas, bloqueante e bloqueada, forem destinadas à mesma unidade residencial; II- No Uso Não Residencial, quando justificado no RIT e a justificativa for aceita pelo GAE. Parágrafo único. Não é admitidoo cômputo de vagas bloqueadas se a manobra de veículos se fizer diretamente na via pública. Art. 42- O dimensionamento mínimo das vagas para automóveis será de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) de largura, e área total de 12,50 m2. 24 Art. 43 As vagas para carga e descarga terão área mínima de 30,00m² (trinta metros quadrados), a ser reservada no interior dos lotes. Parágrafo Único. As dimensões das vagas de carga e descarga poderão ser reduzidas a 16,25m² (dezesseis metros e vinte e cinco decímetros quadrados), se comprovada a utilização de veículo urbano de carga (caminhão de menor porte), salvo, no mínimo, uma vaga, que deverá ter o dimensionamento previsto no caput deste artigo. Art. 44 Os estacionamentos com capacidade superior a trinta vagas e dotados de rampa de acesso de saída deverão possuir uma área de acomodação interna junto ao alinhamento interno da calçada de pelo menos um veículo com declividade inferior a cinco por cento. Art. 45- Todas as vagas de estacionamento deverão ser demarcadas em projeto e no local, e, oferecida de forma gratuita. Parágrafo único. Em local visível aos usuários do estabelecimento de Uso NR deverá ser afixada placa informativa acerca da exclusividade e da gratuidade das vagas de estacionamento. Seção II - Da Circulação Interna de Veículos Art. 46 As vias de circulação interna aos empreendimentos exclusivamente residenciais deverão ser dotadas de faixas de tráfego com largura de, no mínimo, 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) para automóveis e de 3 m (três metros) para empreendimentos mistos ou comerciais, por sentido de direção. Seção III - Do Acesso ao Lote Art. 47- O acesso de veículos ao imóvel, compreendido como o trecho entre a guia da via pública e o alinhamento do lote, deve ser independente do acesso de pedestres. Art. 48- O acesso de veículos ao imóvel não poderá ser feito diretamente na esquina, devendo ser respeitado um mínimo de 6m (seis metros) a partir do Ponto de Concordância (PC) das vias. §1º O uso residencial unifamiliar (R1) em área de terreno igual ou inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados excepciona-se do disposto no caput. §2º As aberturas para acesso ao lote deverão ter largura mínima de 3m (três metros) para automóveis e de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) para veículos comerciais. Art. 49- Os acessos de entrada e saída de veículos em empreendimentos de Uso NR devem ser separados, exceto quando o número de vagas for igual ou inferior a 30 (trinta). 25 Art. 50- Os acessos a estacionamentos ou garagens para o Uso Residencial deverão observar as larguras mínimas abaixo estipuladas: I - 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) para unidades de uso residencial unifamiliar R1 e multifamiliar R2; II - 3,00m (três metros) para o uso residencial multifamiliar (R3) quando apresentarem até 30 (trinta) vagas num único nível; e III - 5,00m (cinco metros) para o uso residencial multifamiliar (R3), com mão de direção dupla, quando ultrapassarem 30 (trinta) vagas ou quando estas estiverem distribuídas em mais de 1 (um) nível, independentemente do número de vagas. Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso III, os acessos de entrada e saída poderão ser distintos, obedecendo, cada um deles, a largura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros). Art. 51 O rebaixamento de guias de calçadas deverá obedecer a legislação específica, Lei Municipal nº 7.181 de 2019, ou a que vier substitui-la. (https://www2.bauru.sp.gov.br/arquivos/sist_juridico/documentos/leis/lei7181.pdf) Parágrafo único. Casos não enquadrados neste artigo serão objeto de análise especial pela Comissão Técnica de Zoneamento CTZO, órgão gestor competente, de acordo com as respectivas justificativas técnicas. Art. 52 As atividades comerciais, industriais, institucionais, educacionais e similares deverão dispor de área de acumulação. Parágrafo único. Entende-se como área de acumulação aquela destinada à espera de veículos para acessar o empreendimento, antes do dispositivo de controle de acesso, portão ou portaria, garantindo livres os passeios públicos. Art. 53 Os espaços para acesso, circulação e guarda de caminhões e ônibus, deverão ser dimensionados em razão do tipo e porte dos veículos utilizados nas atividades desenvolvidas no imóvel. TÍTULO VI DO LICENCIAMENTO, DA FISCALIZAÇÃO E DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS Art. 103- A edificação, para fins da disciplina do uso e ocupação do solo, classifica-se em conforme ou não conforme. § 1º Edificação conforme é aquela que atende às características de parcelamento, uso e ocupação do solo dispostas nesta lei. 26 § 2º Edificação não conforme é aquela que não atende a qualquer uma das características de parcelamento, uso e ocupação do solo dispostas nesta lei. Art. 104- As edificações serão consideradas em situação regular nas hipóteses previstas pela legislação edilícia. Art. 105- O uso de imóveis, para fins da disciplina de uso e ocupação do solo, classifica-se em permitido ou não permitido e em conforme ou não conforme. § 1º Uso permitido no local é aquele passível de ser implantado ou instalado no imóvel em função da zona e da largura da via. § 2º Uso não permitido no local é aquele não passível de ser implantado ou instalado no imóvel em função da zona e da largura da via. § 3º Uso conforme é aquele permitido no local e que atende também a todos os parâmetros de incomodidade e condições de instalação dos usos constantes dos Quadros 8 e 11, do Anexo I desta lei. § 4º Uso não conforme é aquele que não é permitido no local ou, no caso de uso não residencial – NR, aquele que, mesmo permitido, não atende a qualquer um dos parâmetros de incomodidade ou a qualquer uma das condições de instalação constantes dos Quadros 8 e 11, do Anexo I desta lei. Art. 106- O ‘uso conforme’ poderá instalar-se em ‘edificação em situação regular, ainda que não conforme’. § 1º Os usos não residenciais - NR serão considerados irregulares quando ocuparem ou utilizarem imóveis irregulares de acordo com as definições constantes da legislação edilícia, ressalvado o disposto no art. 107 desta lei. § 2º Os usos não residenciais também serão considerados em situação irregular quando a licença ou alvará tenha perdido a eficácia em função de alterações de utilização, de incomodidade ou de instalação ocorridas em relação às condições anteriores regularmente aceitas pelo Executivo. Art. 107- O uso poderá ser instalado em ‘edificação não regular’ de acordo com as definições da legislação edilícia, nos casos das atividades consideradas de baixo risco referidos no art. 71 desta lei, desde que asseguradas as condições de higiene, segurança de uso, estabilidade, habitabilidade da edificação, assim como as condições de instalação e os parâmetros de incomodidade. § 1º O disposto no “caput” deste artigo não exime o proprietário da edificação dos procedimentos e penalidades decorrentes da legislação edilícia; § 2º Como condições de higiene, entende-se a edificação que atenda integralmente às exigências previstas pela Vigilância Sanitária, com instalações de acordo com as Normas Técnicas vigentes, para pleno funcionamento da atividade; http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-16402-de-22-de-marco-de-2016#anexos 27 § 3º Por segurança e estabilidade, entende-se a edificação concluída, com paredes erguidas, instalações hidrossanitárias e de energia elétrica finalizadas, e cobertura totalmente executada; § 4º As instalações necessárias para funcionamento da atividade não poderão ocorrer em caráter provisório, mas sim, com todas as obras necessárias concluídas; § 5º Mesmo atividades de baixo risco terão de observar os parâmetros de incomodidade dispostos no Quadro 11 do Anexo I desta Lei, dentre outros definidos por normas técnicas brasileiras em vigor,para mitigar qualquer incômodo que possa produzir. CAPÍTULO I DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES E USOS INSTALADOS Art. 108- O uso comprovadamente instalado através de autorização emitida até a data de publicação desta lei, permitido para o local na legislação vigente quando de sua instalação, que tenha se tornado não permitido ou não conforme nos termos desta lei, será tolerado, desde que: I - A edificação possa ser considerada em situação regular nos termos da legislação edilícia; II - No caso do uso não residencial - NR, sejam atendidos os parâmetros de incomodidade, dispostos no Quadro 11 do Anexo I desta lei. § 1º O Executivo poderá, com objetivo de possibilitar a adequação aos novos parâmetros desta lei, conceder prazo proporcional aos ajustes necessários ao atendimento de cada parâmetro de incomodidade, desde que apresentados cronograma de execução de obras e respectiva anotação de responsabilidade técnica; I - Exceto exigências relativas a horário de carga e descarga, e emissão de ruídos, que devem ser imediatamente atendidas. II - Que o prazo proporcional não seja maior que 360 (trezentos e sessenta) dias. § 2º Nas edificações de que trata o § 2º do art. 103 desta lei, não serão permitidas ampliações, sendo admitidas somente reformas essenciais à segurança e higiene dessas edificações e a instalação de equipamentos necessários, definidos nos parágrafos 2º, 3º e 4º do artigo 107; § 3º Nas edificações regulares em razão de habite-se expedido de acordo com as disposições anteriores a esta lei, poderá ser instalado o uso declarado na respectiva aprovação ou regularização, ainda que este não seja considerado permitido nos termos desta lei. 28 CAPÍTULO II DO LICENCIAMENTO DAS ATIVIDADES Art. 109- Todas as atividades econômicas exercidas em solo urbano deverão estar licenciadas, ressalvadas as disposições em contrário dispostas na Lei Federal nº 13.874/2019. § 1º A expedição da licença a que se refere o “caput” deste artigo dependerá do uso permitido na zona, da regularidade da edificação e do atendimento das condições de instalação e dos parâmetros de incomodidade previstos nos Quadros 8 e 11 do Anexo I desta lei; Art. 110- A emissão de alvarás, licenças de funcionamento ou suspensão de atividades enquadradas no licenciamento ambiental municipal, certificados de conclusão e outras situações específicas referentes ao uso e à ocupação do solo em áreas públicas ou privadas consideradas potencialmente contaminadas, suspeitas de contaminação, contaminadas ou em monitoramento ambiental, fica condicionada à manifestação favorável do órgão ambiental competente, respeitada a legislação aplicável em vigor. § 1º O Executivo estabelecerá os critérios de classificação das atividades potencialmente contaminadas ou suspeitas de contaminação capazes de alterar a qualidade do solo e das águas subterrâneas. § 2º O Executivo poderá exigir, a qualquer momento, ao responsável pela área a que se refere o “caput” deste artigo a apresentação de investigação ambiental do terreno para o uso instalado ou pretendido, assinada por profissional habilitado, e outros documentos julgados necessários, que serão submetidos à apreciação do órgão municipal competente. § 3º Até a publicação, por ato do Executivo, dos critérios de classificação das atividades mencionadas no § 1º deste artigo, os imóveis que tenham abrigado qualquer das seguintes atividades abaixo serão considerados suspeitos de contaminação, para fins de aplicação do disposto no “caput”: I - Indústria química; II - Indústria petroquímica; III - Indústria metalúrgica; IV - Indústria farmacêutica; V - Montadoras; VI - Indústria têxtil/tinturaria; VII - Depósitos de resíduos; VIII - Depósito de materiais radioativos; IX - Depósito de materiais provenientes de indústria química e petroquímica; X - Aterro sanitário; XI - Cemitério; XII - Mineração; 29 XIII - Hospital; XIV - Posto de abastecimento de combustível. § 4º Os bens classificados como áreas contaminadas, nos termos desta lei, poderão ser objeto de desafetação e alienação, por meio de venda ou permuta, devendo os recursos ou imóveis recebidos em contraprestação ser obrigatoriamente destinados à implantação de equipamentos sociais ou de áreas verdes. Seção I - Eventos Temporários Art. 111- A realização de eventos públicos temporários sem prévia autorização, acarretará multa no valor estabelecido no Quadro 13, anexo I desta lei. Parágrafo único. Também será exigida autorização para realização de eventos públicos temporários sem atividade econômica, igualmente passíveis de multa, com valor estabelecido no Quadro 13, anexo I desta lei. Art. 112- Será exigido um plantão de saúde preventiva, constituído no mínimo de uma ambulância equipada com componentes de primeiros socorros, um motorista e um enfermeiro, em eventos públicos de qualquer natureza com frequência prevista igual ou superior a 1.500 pessoas. (revogar Lei 4418/99) Parágrafo único. Quando o evento referido for promovido por particulares com fins lucrativos, a ambulância e os profissionais responsáveis deverão ser providenciados pelos organizadores do evento. Art. 113- A lista de documentação mínima para solicitar alvará para eventos temporários está disponível no sítio da Prefeitura Municipal, junto ao Requerimento padrão. Parágrafo único. O Requerimento e todos os documentos listados deverão ser apresentados até 5 dias antes do evento. Seção II - Atividades com produção de ruídos Art. 114- É proibida a emissão de sons, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais, recreativas, inclusive as de propaganda, que perturbe o sossego e o bem- estar públicos, ultrapassando os níveis previstos nesta lei para as diferentes Zonas de Uso e horários no Quadro 11 Anexo I desta lei, em conformidade ao estabelecido pelas Normas Técnicas vigentes. Art. 115- Para funcionamento noturno de bares, boates, lanchonetes ou similares, com música, próximos num raio de 100 (cem) metros de clínicas médicas com atendimento noturno com internações, hospitais, casas de repouso e hotéis, será exigido o fechamento http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-16402-de-22-de-marco-de-2016#anexos 30 completo do local, além do necessário preparo acústico para mitigação de incomodidade sonora. § 1º É vedada a utilização de música no ambiente externo dos estabelecimentos mencionados no “caput”. § 2º Não se aplicará o disposto deste artigo aos bares, boates, lanchonetes ou similares com alvarás expedidos com data anterior aos das clínicas, hospitais, casas de repouso e hotéis. CAPÍTULO III DA FISCALIZAÇÃO Seção I - Dos Usos Irregulares Art. 116- Para os efeitos desta lei, considera-se infrator o proprietário, o possuidor ou seu sucessor, ou locatário, a qualquer título e a pessoa física ou jurídica responsável pelo uso irregular ou não conforme, de acordo com as definições desta lei e o tipo de infração cometida. Art. 117- A licença a que se refere o art. 109 deverá estar afixada, permanentemente, em posição visível para o público, no acesso principal dos imóveis de uso não residencial – NR, exceto para os casos de atividades econômicas de baixo risco. Art. 118- Constatado a falta de licença a que se refere o art. 109, o funcionamento da atividade será considerado irregular, será lavrado o Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM), conforme tabela 13, anexo I desta Lei. Art. 119- Será expedida a Intimação para regularização ou encerramento da atividade conforme a situação constatada, nos seguintes prazos: I - 30 (trinta) dias, para a atividade considerada conforme e permitida; II - 30 (trinta) dias, para a atividade considerada permitida no local e não conforme; III - 5 (cinco) dias úteis, para a atividade considerada não permitida no local. Parágrafo único. Os prazos estabelecidos nesteartigo poderão ser prorrogados mediante comprovação técnica da necessidade, através da apresentação de projeto, cronograma, ART/RRT e demais documentos que justifiquem a prorrogação. Art. 120- O desatendimento da Intimação de que trata o artigo anterior desta lei implicará em nova lavratura de Multa, concomitantemente com a interdição da atividade e lacre. § 1º A interdição da atividade, a critério da fiscalização, também poderá ser efetivada utilizando meios físicos que criem obstáculos ao acesso, tais como emparedamento 31 dos acessos, colocação de defensas de concreto, tubos de concreto, dentre outros obstáculos. § 2º Os custos de colocação e retirada dos obstáculos físicos estarão determinados no Quadro 14, Anexo I desta Lei, acrescidos de taxa adicional de 100% (cem por cento) a título de taxa de administração, e serão cobrados do infrator. § 3º Para a interdição da atividade, deverão ser adotados meios compatíveis, cuidando-se para que não seja impedida a retirada de documentos, pertences pessoais e produtos perecíveis. Art. 121- Constatada a desobediência da ordem de interdição, será lavrado Auto de Constatação, bem como a aplicação de nova Multa, sendo o fato noticiado à autoridade policial competente para a instauração de inquérito por crime de desobediência. § 1º A multa por desobediência à interdição será renovada automaticamente a cada 15 (quinze) dias, até que o efetivo encerramento da atividade seja comunicado, por escrito, ao órgão municipal competente. Art. 122- Persistindo o funcionamento irregular após a interdição e requerida a instauração do inquérito policial, serão adotadas as providências necessárias ao ajuizamento das medidas judiciais cabíveis, mantidas as multas em sua periodicidade até o encerramento da atividade com a desocupação do imóvel. Art. 123- As atividades não permitidas, objeto de ação fiscal, serão publicadas em Diário Oficial, indicando a respectiva fase da fiscalização, atualizada de acordo com a periodicidade pertinente. § 1º Da publicação deverá constar o nome do estabelecimento, nome fantasia, local do estabelecimento e a fase da ação fiscal detalhada, entre outros dados, inclusive no momento de encerramento do funcionamento do estabelecimento com a desocupação do imóvel. § 2º Quando da digitalização da fiscalização, as informações poderão estar disponíveis no sítio da Prefeitura Municipal, sincronizadas aos equipamentos utilizados, que alimentarão o sistema em tempo real. Seção II - Do desrespeito aos parâmetros de incomodidade Art. 124- As medições dos ruídos deverão ser efetuadas pelos agentes competentes na forma da legislação aplicável, por meio de decibelímetros devidamente aferidos, de acordo com as normas técnicas em vigor. Parágrafo único. A fiscalização de ruído proveniente de veículos automotores seguirá o disposto em legislação própria. 32 Art. 125- Não estarão sujeitos às proibições desta lei os sons produzidos pelas seguintes fontes: a) aparelhos sonoros usados durante a propaganda eleitoral, conforme o disposto na legislação própria; b) sirenes ou aparelhos sonoros de viaturas quando em serviços de socorro ou de policiamento; c) detonações de explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras e rochas ou nas demolições, desde que em horário e com carga previamente autorizados por órgão competente; d) manifestações em festividades religiosas, comemorações oficiais, reuniões desportivas, festejos ou ensaios carnavalescos e juninos, passeatas, desfiles, fanfarras, bandas de música, desde que se realizem em horário e local previamente autorizados pelo órgão competente ou nas circunstâncias consagradas pela tradição; e) sinos de templos, desde que os sons tenham duração não superior a 60 segundos, e apenas para a assinalação das horas e dos ofícios religiosos; e carrilhões, desde que os sons tenham duração não superior a 15 (quinze) minutos, a cada 4 (quatro) horas e somente no período diurno das 7h às 19h. Art. 126- Os estabelecimentos que comercializem bebida alcoólica e que funcionem com portas, janelas ou quaisquer vãos abertos, ou ainda, que utilizem terraços, varandas ou espaços assemelhados, bem como aqueles cujo funcionamento cause prejuízo ao sossego público, não poderão funcionar entre 1h e 5h. § 1º A fiscalização da infração ao disposto no “caput” deste artigo independe de medição por sonômetro. § 2º A abertura de estabelecimento para lavagem ou limpeza não é considerada infração, desde que tais atos não gerem incomodidade. § 3º O estabelecimento poderá funcionar no horário referido no “caput” deste artigo, desde que providencie adequação acústica e não gere nenhuma incomodidade. Art. 127- Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal e estadual em vigor, aos responsáveis pelo uso não residencial serão aplicadas as seguintes penalidades pelo descumprimento do disposto nos arts. 114 e 115 desta lei: I - na primeira autuação, multa e intimação para cessar a irregularidade; II - na segunda autuação, multa, no dobro do valor da primeira autuação, e nova intimação para cessar a irregularidade; III - na terceira autuação, multa, no triplo do valor da primeira autuação, e fechamento administrativo; 33 IV - desobedecido o fechamento administrativo, será requerida a instauração de inquérito policial, com base no art. 330 do Código Penal, e realizado novo fechamento, com auxílio policial, se necessário, e, a critério da fiscalização, poderão ser utilizados meios físicos que criem obstáculos ao acesso, tais como emparedamento, defensas de concreto, tubos de concreto, dentre outros, com custas revertidas ao infrator, nas condições previstas pelo Quadro 14, Anexo I desta lei. Parágrafo único. A ação fiscalizatória relativa ao uso irregular, nos casos em que não houver a licença a que se refere o art. 109 desta lei, seguirá o disposto na Seção I deste Capítulo, sem prejuízo das sanções previstas neste artigo. Seção III - Dos Parcelamentos Irregulares Art. 128- Aqueles que executarem parcelamento do solo, em qualquer de suas modalidades, sem prévia aprovação do respectivo projeto pela Prefeitura do Município de Bauru, ou em desacordo com o projeto aprovado e não lograrem comprovar sua regularização, ficam sujeitos às seguintes sanções: I - multa, aplicada no momento da vistoria inicial, no valor estabelecido no Quadro 13, Anexo I desta lei; II - intimação, lavrada simultaneamente à imposição da multa, para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresentem a documentação que comprove a regularidade do parcelamento do solo. § 1º A multa pelo não atendimento à intimação prevista no inciso II do “caput” deste artigo será renovada automaticamente a cada 30 (trinta) dias, até que seja comunicada pelo responsável, por escrito, ao órgão municipal competente, a comprovada regularização ou paralisação total da execução do loteamento e das obras ou edificações nele localizadas. § 2º Na falta de documento no local das obras que comprove a sua regularidade, além da multa e da intimação, serão adotadas as seguintes medidas: I - apreensão de máquinas, veículos e equipamentos que estejam sendo utilizados na implantação do parcelamento; II - apreensão ou inutilização de materiais de construção. § 3º No caso das edificações não autorizadas, serão aplicadas as seguintes penalidades: I - multa e embargo de cada edificação, nos termos do Código de Obras vigente na época da constatação da irregularidade; II - apreensão ou inutilização dos materiais de construção; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-16402-de-22-de-marco-de-2016#anexos 34 III - intimação dos responsáveis para desfazerem voluntariamente as obras, ampliações ou edificações em parcelamento não consolidados, no prazo de 2 (dois) dias. § 4º Onão atendimento à intimação prevista no inciso III do § 3º deste artigo acarretará a demolição das obras, ampliações ou edificações, que deverá ser previamente autorizada pelo Secretário de Planejamento mediante despacho fundamentado proferido no processo administrativo correspondente. § 5º A qualquer tempo, poder ser apreendido todo material utilizado para promoção de venda e compra de lotes, tais como plantas, propostas de venda e compra, faixas e papéis de propaganda. § 6º Para efeito do disposto neste artigo, considera-se: I - infrator o proprietário ou seu sucessor a qualquer título, o possuidor do imóvel, ou, ainda, as associações, cooperativas ou imobiliárias que promoverem a ocupação irregular; II - Parcelamento Consolidado aquele que apresenta vias dotadas de iluminação pública, guias e sarjetas, e que tenha suas edificações dotadas de redes de água encanada, esgoto e eletricidade implantados oficialmente pelas empresas concessionárias de serviços públicos. Seção IV - Do Procedimento Art. 129- O infrator será notificado a respeito do cadastramento do AIIM, para, no prazo especificado no Quadro 13 do Anexo I, pagar ou apresentar defesa dirigida ao Diretor de Fiscalização, sob pena de subsequente inscrição na dívida ativa. § 1º Após apresentação da defesa e análise do Diretor de Fiscalização, a respectiva decisão será oficiada ao infrator por meios legais; § 2º Diante do indeferimento da defesa, o infrator poderá ainda solicitar nova análise ao Diretor de Departamento, última instância para apresentação de recurso; § 3º A respectiva decisão será oficiada por meios legais, e, em caso de indeferimento, junto ao boleto com vencimento prorrogado para o pagamento. Art. 130- As notificações e as intimações serão dirigidas, por meios oficiais, ao infrator ou seu representante legal, como tal considerados os sócios da empresa, o mandatário, o administrador ou o gerente. Art. 131- A aplicação das multas pecuniárias estabelecidas nesta lei não afasta as sanções imputadas ou medidas judiciais cabíveis. 35 Art. 132- Os procedimentos administrativos iniciados antes da data da publicação desta lei, deverão prosseguir com observância à lei revogada, por até 180 dias. Após este prazo, adequar conforme normas estabelecidas nesta lei. TÍTULO VII DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO CAPÍTULO I DOS PARÂMETROS BÁSICOS DE PARCELAMENTO DO SOLO Art. 133- A disciplina do parcelamento do solo regula a divisão ou redivisão do solo, objetivando o equilíbrio entre áreas públicas e privadas e seu adequado aproveitamento urbanístico. Art. 134- Nas Macrozonas Rurais, o parcelamento do solo somente será permitido para fins compatíveis e em conformidade com a regulamentação e autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - (INCRA). Art. 135- Na Macrozona Urbana, o parcelamento do solo será permitido em áreas definidas, conforme legislação específica, Lei Federal 6.766 de 1979, ou a que vier substitui-la. Parágrafo único. Além do disposto na Lei 6.766/1979, não será permitido o parcelamento do solo: I. em áreas com potencial ou suspeitas de contaminação, em áreas contaminadas e em monitoramento ambiental, sem que haja manifestação favorável do órgão ambiental competente para sua reutilização conforme o uso pretendido; II. em áreas com restrições previstas no Plano Diretor ou nos Planos de Manejo de áreas de Proteção Ambiental Art. 136- Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas áreas inclusas no perímetro urbano. Parágrafo único. Consideram-se fins urbanos: a) residenciais (R) b) comerciais e de serviços (CS) c) industriais (IND) d) infraestrutura urbana (INFRA) Art. 137- Os parcelamentos do solo deverão atender, no mínimo, aos seguintes requisitos: 36 § 1º Da área total da gleba objeto de parcelamento deverá ser doado percentual mínimo para o Município para a implantação de área verde, sistema de lazer, área institucional e sistema viário de acordo com o Quadro 10, Anexo 1 desta lei. I. Não estão sujeitos ao atendimento dos índices urbanísticos de área verde, sistema de lazer e área institucional, estabelecidos no Quadro 10, os seguintes usos: a) os classificados nos grupos de atividade de serviços públicos; b) os classificados como equipamentos públicos urbanos e comunitários; c) forças de segurança pública; d) cemitérios; e) clubes esportivos e clubes de campo; f) estádios; g) centros de convenções; h) hospitais e estabelecimentos de ensino; i) regularizações fundiárias de interesse social. II. A mudança de uso em gleba para atividade não relacionada no inciso acima implicará na obrigatoriedade de aplicação de índices urbanísticos previstos no Quadro 10. § 2º respeitar as faixas marginais não edificantes de cursos d’água naturais perenes e intermitentes e as áreas no entorno de lagos, lagoas naturais e de nascentes, respeitando as legislações estaduais e federais vigentes sendo no mínimo: Rios, córregos, lagos e lagoas 30 metros Áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais 30 metros Nascentes 50 metros § 3º as vias, quando exigidas, deverão articular-se com as principais vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, integrando-se com o sistema viário da região, e harmonizar-se com a topografia local; § 4º o parcelamento do solo não poderá gerar encravamento de áreas lindeiras ou remanescentes; § 5º respeitar as faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, e estradas municipais sendo reservada uma faixa não edificante de 15m (quinze metros) de cada lado, salvo exigências mais restritivas definidas em lei específica; § 6º Todas as interferências sobre área de terceiros como servidões de passagens, interferências com redes de infraestrutura existentes e faixas não edificantes deverão estar claramente delimitadas nos projetos e memoriais descritivos acompanhadas de anuências dos proprietários e/ou empresas concessionárias, averbadas nas matrículas dos imóveis afetados, sem ônus para o Município. 37 Art. 138- O empreendimento em lote resultante de parcelamento do solo fica isento de doação de áreas públicas, exceto quando houver necessidade de ampliação de sistema viário por interesse público Art. 139- As áreas permeáveis deverão atender às seguintes disposições: I. a localização das áreas será definida na Diretriz Urbanística, formando, sempre que possível, um bloco único, e, respeitando os seguintes requisitos: a) Estar localizada em áreas que, por sua configuração topográfica não apresentem declividade superior a 30% (trinta por cento), exceto as APP’s; b) ter acesso para a via oficial de circulação, mesmo que não implantada; c) podem ser computadas as APP’s d) podem ser computadas áreas sob linhas de transmissão. e) reservatórios de detenção em conformidade com a legislação estadual vigente; II. áreas verdes e sistema de lazer, com raio mínimo circunscrito de 8 metros e área mínima de 300 m2; III. demais áreas computadas como áreas permeáveis onde não seja possível formar um bloco único deverão ter dimensão mínima de um círculo com diâmetro de 2m (dois metros), não sendo aceitos canteiros centrais de avenidas e rotatórias; IV. Áreas Verdes e APP’s poderão ser urbanizadas conforme legislação estadual e federal vigentes. Art. 140- As áreas institucionais deverão atender às seguintes exigências: I. situadas junto a uma via oficial de circulação de veículos contidas em um único bloco ou fragmentadas conforme diretriz urbanística; II. possuir frente mínima de 10 (dez) metros para a via oficial de circulação com infraestrutura completa; III. apresentar relação de 1/3 (um terço) entre a frente e qualquer de suas demais faces; IV. situadas em área com declividade de até 10% (dez por cento). V. taludes, faixas de servidão
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