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Infarto Agudo do Miocárdio O diagnóstico de SCA (síndrome coronariana aguda)/IAM envolve:: sintomas de isquemia (principalmente dor torácica); alterações eletrocardiográficas; elevação de marcadores de necrose miocárdica. ● O paciente, normalmente, possui sintomas como dor torácica ou alguma manifestação atípica de angina, gerando uma suspeita de SCA. Através do ECG, abre-se duas possibilidades: infarto com supra de ST (diagnóstico clínico e com o ECG) ou uma síndrome coronariana aguda sem supra de ST (na qual pode ter anormalidades no segmento ST e na onda T). ○ O segmento ST e a onda T são regiões do ECG que podem apresentar alterações compatíveis com isquemia miocárdica. ● Há a possibilidade de o paciente possuir uma síndrome coronariana aguda, porém sem alteração do ECG. ● No caso de uma síndrome coronariana aguda sem supra de ST, os marcadores de necrose miocárdica podem ser úteis. Caso tenha alterações de marcadores é sinal de infarto sem supra ou é uma angina instável. Porém em ambos o tratamento é o mesmo, porém as alterações de marcadores é um pior prognóstico. Normalmente tem-se uma placa aterosclerótica, geralmente com um conteúdo lipídico abundante. Essa disfunção endotelial leva a uma ruptura de uma placa aterosclerótica, iniciando um processo de aterotrombose (formação de trombo sob placa). Quando isso acontece e não se tem uma oclusão total da luz da artéria, o ECG manifesta-se com ultrassons isquêmicos não supra de ST. Caso essa aterotrombose leve a oclusão total da luz da artéria há uma manifestação de supra de ST. Infarto com supradesnivelamento de ST na parede inferior A parede está sofrendo uma corrente de lesão aguda. Infarto com supra de ST na parede lateral alta É uma lesão miocárdica em fase hiperaguda. A topografia do IAM pelo ECG tem uma concordância com a anatomia coronária importante para saber qual parede ventricular esquerda foi acometida pelo infarto. Geralmente o infarto respeita a anatomia coronária. ● Através da cineangiocoronariografia é possível visualizar os vasos e encontrar possíveis obstruções. No caso de encontrar alguma obstrução é possível fazer a intervenção coronária percutânea na SCA. Independente de o infarto ser com supra ou sem de ST, normalmente faz o diagnóstico invasivo e se for necessário será promovida a revascularização miocárdica (método mais comum é pela via percutânea, em casos mais complexos intervém com cirurgia). Infarto tipo 2 Causado mais comumente por um desbalanço entre oferta e demanda de oxigênio para o músculo cardíaco. ICP (intervenção coronariana percutânea) primária Recebe esse nome no contexto de infarto com supra de ST. Tem prioridade no atendimento, pois o músculo cardíaco pode rapidamente necrosar, tornando-se inviável, então é feito um cateterismo de urgência seguido de um ICP. ● Procedimentos comuns na ICP primária: recanalização mecânica, aspiração de trombo, restabelecimento do fluxo coronário, implante do stent. ● O tempo da chegada do paciente da emergência até o balão na sala de hemodinâmica (tempo porta-balão) deve ser no máximo 90 minutos. ● O tempo de primeiro contato com o médico (por exemplo, paciente chega em um serviço, é atendido, porém precisa ser transportado para um outro serviço mais adequado) até o balão deve ser de 120 minutos. ● Quando se sabe que não é possível fazer a transferência no tempo adequado, vendo que será feita uma ICP tardia, é melhor fazer reperfusão química com trombolítico (tempo porta-agulha deve ser no máximo 30 min). ● Estratégia fármaco invasiva: salvar o miocárdio em tempo hábil, reduzir mortalidade, permitir ICP em momento oportuno. No IAM com supra de ST, o tempo para reperfusão é mais importante do que o tipo de reperfusão. A mortalidade tende a dobrar se passar de 3 horas retardando a ICP primária. ● Quanto mais se demora em iniciar o procedimento de reperfusão, maiores as chances de óbitos e futuras sequelas. Etapas de atendimento ao IAMCSST Diagnóstico ABCDE/ ECG (prioridade) e suporte por telemetria. Diagnóstico é clínico + ECG. Terapia de reperfusão coronária Decidir estratégia, intenção é salvar o miocárdio, não retardar a terapia. Medicações adjuntas MONABICHE (série de medicações nas primeiras 24 horas, sendo eles morfina, oxigênio, nitrato, aspirina, betabloqueador, captopril, clopidogrel, heparina e estatina); de imediato é o CHA (AAS, heparina, clopidogrel são obrigatórias junto com a reperfusão coronária). ● As doses de medicação podem ser alteradas de acordo com o tipo de reperfusão escolhida. ● MONABICHE são medicações consideráveis para um paciente com SCA, não é necessário dar todas essas medicação, deve depender da indicação. Barreiras para o tratamento eficaz de IAMCSST Há muitas barreiras para o tratamento eficaz do IAMCSST, como acesso, informação, disponibilidade, comunicação, geográficas, organizacionais, culturais e socioeconômicas. ● O acesso ao tratamento depende muito do reconhecimento pré-hospitalar, disponibilidade de recursos e tratamento, agilidade de diagnóstico, qualidade assistencial. ● Mesmo com todo o sistema funcionando, o retardo ainda é grande, e o acesso universal ao tratamento imediato do IAM no Brasil não é o ideal.
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