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Visita Domiciliar MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE → (MFC) é definida como a especialidade médica que presta assistência à saúde, de forma continuada, integral e abrangente, às pessoas, às suas famílias e à comunidade SAÚDE NA ATENÇÃO DOMICILIAR • 2011: Política de Atenção Domiciliar • Equipe integrada com a Atenção Básica A VISITA DOMICILIAR • As visitas domiciliares são reconhecidas como uma prática de inquestionável importância não apenas na descoberta, como também na abordagem de problemas, no diagnóstico, na busca ativa, na prevenção de agravos e na promoção da saúde UM POUCO DE HISTÓRIA... GRÉCIA • Hipócrates, no século V a.C., descreveu a eficiência de atender a pessoa no domicílio. • Samuel Hanneman, criador da homeopatia, no final do século XVII, visitava as pessoas enfermas, permanecendo junto aos leitos, no domicílio, a maior parte do tempo possível. Fim do séc IXI - Início do séc XX • O médico atendia a domicílio. Era um frequentador da casa da família e compartilhava parte dos momentos significativos da vida familiar, acompanhando o ciclo vital. • A carência dos recursos terapêuticos exigia escuta, compreensão e apoio no enfrentamento de dificuldades e perdas 1930- 1940 • Desenvolvimento tecnológico e aumento da expectativa de vida. • Valorização das especialidades e fragmentação da atenção • Hospital passa a ser centro essencial de cuidados, mudando completamente o processo de trabalho e a formação na área da saúde 1970 • Crise do modelo econômico. • Passa a existir um tipo de atenção domiciliar ambulatorial, profissionalizada e treinada Início da década de 1990 • Tendência mundial serviço organizado na forma de cuidado domiciliar (home care) • Empresas privadas e grandes centros urbanos. • Secretarias municipais de saúde, junto a algumas iniciativas estaduais, surgiriam as primeiras experiências de SADs Década de 90 • Criação do programa de ACS - 1990. • Estratégia de Saúde da Família (ESF) – 1994 O DOMICÍLIO - Traz informações valiosas (forma de viver, circular e respeitar os limites de privacidade) - Adentrar o domicílio e o quarto da pessoa é estar no lugar do outro, em que está o âmbito da máxima autonomia do sujeito em relação ao serviço de saúde, embora também seja um lugar onde se lide com a falta dela RELAÇÕES SOCIAIS E FAMILIARES: • Fortalecer o potencial de saúde • Contribuir para o processo de adoecimento VD - estratégia de reconhecimento de fragilidades, riscos, potencialidades e possibilidades REQUER AO MÉDICO: As habilidades de comunicação, diálogo, desenvolvimento de vínculo e confiança. OS CICLOS FAMILIARES • casamento, o nascimento do filho, a presença de um idoso ou de um familiar dependente de cuidados. • Novos ajustes e conformações no que diz respeito à estrutura da família REQUER AO MÉDICO: Entender a dinâmica CRITÉRIOS - Pode ser realizada como FIM e/ou como MEIO. FIM- objetivos específicos de atuação na AD terapêutica e visita a pessoas restritas ao domicílio, temporária ou permanentemente. MEIO- busca ativa, demanda reprimida, da vigilância em saúde relacionada aos programas prioritários QUEM E QUANDO VISITAR? VD estratégia importante na: - prevenção de institucionalização de crianças, - na abordagem de famílias de risco e multiproblemáticas, - nos casos de violência, - adolescentes delinquentes ou usuários de drogas ORGANIZAÇÃO DA VD EVOLUÇÃO E FATORES DE MUDANÇAS O QUE É FAMÍLIA? → Um sistema organizado onde os membros interagem entre si e se integram tendo como ferramenta chave a comunicação que liga seus integrantes e sustenta sua organização → Formando uma unidade social dinâmica, onde há relação entre seus membros e o meio externo, na qual desempenham perante a sociedade papéis fundamentais de educação, socialização e reprodução CICLO DE VIDA FAMILIAR TIPOS DE FAMÍLIA FAMÍLIAS NO CONTEXTO DE VULNERABILIDADE 1. ESTRUTURA 2. HISTÓRIA PROGRESSA 3. AMBIENTE FORMAS DE VIOLÊNCIA • FÍSICA • MORAL • SEXUAL • PSICOLÓGICA • GÊNERO • INSTITUCIONAL • PATRIMONIAL • ABUSO SEXUAL VIOLÊNCIA NA FAMÍLIA - IDENTIFICAÇÃO E ACOLHIMENTO - REGISTRO EM PRONTUÁRIO E NOTIFICAÇÃO - ORIENTAÇÃO E ACOMPANHEMENTO GENOGRAMA Informações demográficas − data de nascimento e de mortes, profissão, grau de escolaridade. As idades devem ser colocadas junto às figuras. Informações sobre o funcionamento − anotar os dados a respeito do estado de saúde, qualidade das relações, comportamentos e emoções. Eventos críticos − eventos marcantes na família, como morte, nascimento, casamento, doenças graves, separação, mudança de cidade, entre outros ECOMAPA - Representação gráfica da rede social da família. - Complementa o genograma na compreensão da relação da família com o meio que a cerca. CICLOS DE VIDA QUEM É A CRIANÇA? - A criança é um ser humano em pleno desenvolvimento. - As experiências vividas nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do adulto que ela será - O ambiente deve ser saudável, com afeto e com liberdade para brincar. A CRIANÇA E SEUS DIREITOS A INFÂNCIA E OS PROBLEMAS QUE OS CERCAM • MORTALIDADE INFANTIL• QUALIDADE DA PUERICULTURA (riscos e vulnerabilidades ) • OBESIDADE INFANTIL POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA CRIANÇA (PNAISC) REDES DE ATENÇÃO A CRIANÇA ÊNFASE NA PRIMEIRA INFÂNCIA Criança: faixa etaria de 0 a 9 anos Primeira infancia: faixa etária de 0 a 5 anos RISCO SOCIAL Classificação do Desenvolvimento e Conduta A MULHER A MULHER E OS PROBLEMAS QUE A CERCAM • RELAÇÃO DESIGUAL DE GÊNERO • DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS (violência obstétrica, mortalidade materna planejamento familiar, aborto, violência doméstica e sexual) • HIV/AIDS • DCNT • CÂNCER DE COLO E MAMA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER (PNAISM) – HISTÓRICO • Ações a saúde da mulher eram limitadas e reduzidas ao período gravídico- puerperal para controle de natalidade • Mulheres restritas ao papel de mães e donas de casa • Em 1983 – criado um Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) OBJETIVOS GERAIS DA PNAISM ATENDIMENTO A MULHER NA VISITA DOMICILIAR: DEVEMOS OBSERVAR E IDENTIFICAR: - Situação conjugal: número de filhos, constituição familiar e relações familiares (forte, conflito, etc) - Identificar histórico sócio demográfico e de saúde geral (renda, lazer, alimentação, medicação, trabalho, realização de preventivo, uso de contraceptivos). - Identificar situações de violência. O HOMEM POR QUE OS HOMENS NÃO PROCURAM OS SERVIÇOS DE SAÚDE? • Por vergonha/orgulho, dificuldade em verbalizar, medo de exposição, acham que nunca vão adoecer, medo de descobrir uma doença, não liberação no trabalho POR QUE OS HOMENS MORREM MAIS DO QUE AS MULHERES? • Estão envolvidos na maioria das situações de violência • Não praticam atividade física com regularidade • Utilizam álcool e outras drogas com maior frequência • Estão mais expostos aos acidentes de trânsito/ trabalho • Não se alimentam adequadamente • Estão mais susceptíveis a infecção de IST/AIDS • Não seguem os tratamentos recomendados PNAISH • Em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde e em seguida, instituída pela Portaria 1944 DIRETRIZ- Promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreeder a realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios. LINHAS DE AÇÃO DA PNAISH: - Criar estratégias para sensibilizar e atrair por meio de ações ampliadas (em diferentes espaços da comunidade) e da reconfiguração de estruturas e práticas da ESF/APS, com especial foco na sensibilização e capacitação da equipe de saúde - Definir estratégias contextualizadas com base no reconhecimento da diversidade (idade, condição socioeconômica, moradia, diferenças regionais/raça/etnia, deficiência física/mental, orientação sexual...) - Desenvolver campanhas sobre a importância dos homens cuidarem da saúde, tendo como público alvo, homens, mulheres e profissionais de saúde. - Incluir os homens como sujeitos nos programas de saúde/direitos sexuais e reprodutivos, especialmente no que se refere às ações de contracepção, pré-natal e puericultura e cuidados familiares; - Promover articulação entre os diferentes níveis de atenção, especialmente entre a emergência e a atenção primária, para que possam receber, além de atendimento humanizado em prontos-socorros, a garantia de continuidade da assistência - Apoiar ações de promoção de saúde para facilitar o acesso da população masculina aos serviços de saúde; LEGISLAÇÃO-PATERNIDADE E CUIDADO EIXOS DA PNAISH ESTRATÉGIAS DE APROXIMAÇÃO DO HOMEM COM A EQUIPE DE SAÚDE O IDOSO • São idosas todas as pessoas a partir de 60 anos de idade TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL EVOLUÇÃO DA ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA (PNSPI) Senescência - somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal. Senilidade - caracterizada por modificações determinadas por afecções que frequentemente acometem o idoso Autonomia - exercício de autogoverno; ser responsável por si mesmo, ter liberdade de tomar decisões e ter sua privacidade respeitada Independência - habilidade de executar funções relacionadas à vida diária/autocuidado, viver independentemente na comunidade com alguma ou nenhuma ajuda de outros. → O indivíduo pode ter autonomia e não ser independente - sequela de AVC; E ao contrário: demências CAPACIDADE FUNCIONAL E COGNITIVA - Definida como a manutenção da capacidade de realizar Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD), necessárias e suficientes para uma vida independente e autônoma. - A funcionalidade global é a base do conceito de saúde do idoso, que e considerado saudável quando e capaz de realizar suas atividades sozinho, de forma independente e autônoma, mesmo que tenha doenças → Manutenção da Cognição ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA-AVDs→ São as relacionadas ao autocuidado e que, no caso de limitação de desempenho, necessitam a presença de um cuidador para auxiliar (Alimentar-se, Banhar-se, Vestir-se, Mobilizar-se, Deambular, Ir ao banheiro, Manter controle sobre suas necessidades fisiológicas) ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA - AIVDs→ São aquelas relacionadas à participação do individuo em seu entorno social e indicam a capacidade do mesmo em levar uma vida independente dentro da comunidade (Utilizar meios de transporte, Manipular medicamentos, Realizar compras, Realizar tarefas domésticas leves e pesadas, Utilizar o telefone, Preparar refeições, Cuidar das próprias finanças) O QUE DEVO OBSERVAR NA VISITA DOMICILIAR? ASPECTOS DA AVALIAÇÃO GLOBAL • Alimentação e nutrição; • Acuidade visual e auditiva;• Alterações na fala e comunicação; • Alterações na mobilidade, transferência e independência; • Relato de quedas / risco de quedas; • Alterações na cognição, coerência e compreensão. • AVD e AIVD HISTÓRICO CLÍNICO E BUSCA POR SERVIÇOS DE SAÚDE • Doenças / Condições Pré Existentes; • Medicamentos prescritos / utilizados; • Adesão ao tratamento indicado; • Busca por serviços de saúde – primário e secundário; • Hábitos de vida e relação com processo saúde e doença. SUPORTE SOCIAL /REDE DE APOIO • Situação conjugal; • Vínculo e constituição familiar; • Relações familiares; • Redes de suporte social e familiar; • Atividades de lazer; • Fonte de renda mensal familiar SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E NECESSIDADE DE CUIDADO • Situação de violência (física, moral, psicológica, patrimonial, negligência, etc.); • Situação de risco social; • Situação de dependência de cuidados; • Necessidade de cuidador formal ou informal; • Autopercepção de saúde.
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