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SEQUÊNCIA DIDÁTICA: O ENSINO DE ASTRONOMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL 
ANOS FINAIS COM FOCO NA OLÍMPIADAS BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E 
ASTRONAUTA -OBA 
 
 
 
 
PRODUTO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
Mestrando: Claudio Alexandre Gomes 
Orientador: Dr. Luis Juracy Rangel Lemos 
 
 
 
 
P
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A
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A
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Nível III (Ensino Fundamental- Anos finais) 
Mestrando: Claudio Alexandre Gomes 
Unidade 01- Origem e desenvolvimento da Astronomia. Ordenação 
do Sistema Solar: Modelos Geocêntrico e Heliocêntrico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta sequência didática trataremos de um subtópico sobre o desenvolvimento da Astronomia, vamos 
conhecer a controvérsias e debates sobre a ordenação do Sistema Solar para os defensores dos modelos 
Geocentrismo e Heliocentrismo ao longo da História. 
 
2 
 
SEQUÊNCIA DIDÁTICA-SD 01 
Unidade 01- Origem e desenvolvimento da Astronomia. Ordenação do Sistema Solar: 
Modelos Geocêntrico e Heliocêntrico 
1.0- Introdução 
Esta SD aborda a singularidade que existiu entre os dois modelos planetários: 
geocentrismo e heliocentrismo e como esse tema é sedutor para educadores e educandos, pois 
trata-se de um tema que desperta no público alvo em geral a evolução da Astronomia ao longo 
dos séculos. Astronomia é um elemento de motivação, pois atrai e desperta a curiosidade dos 
alunos, logo no começo da sua vida escolar. Assim, o ensino dessa temática desperta o interesse 
em aprender sobre as ciências, principalmente porque está no cotidiano de crianças e jovens. 
2.0 - Objetivo(s) 
a) Construir noções de astronomia, principalmente a base e a evolução de conhecimentos ao 
logo da história; 
b) Conhecer a evolução dos modelos geocêntrico e heliocêntrico; 
c) Explicar as diferenças e similaridades entre esses dois modelos; 
d) Reconhecer a teoria heliocêntrica como a atualmente aceita para o sistema solar; 
e) Desenvolver o senso crítico e capacidade de argumentação; 
f) Relacionar esses conceitos aplicados com a prova da OBA. 
 
3.0- Conteúdo(s) 
 
Origem e desenvolvimento da Astronomia: Evolução dos modelos dos Cosmo, Geocentrismo e 
Heliocentrismo. 
 
4.0- Nível 
Ensino Fundamental- Nível III (6º ao 9º). 
 
5.0 - Tempo estimado 
02 (dois) encontros de 120 minutos cada. 
 
6.0- Material necessário 
Material didático em anexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1.0 ONDE TUDO COMEÇA ... 
Desde a antiguidade, é imensa a 
importância dos astros na vida 
econômica e social da humanidade. 
A vida humana está ligada a 
fenômenos astronômicos e a ciclos 
naturais, como o dia e o ano, que 
proporcionaram a confecção de 
calendários civis e religiosos, nos 
quais as grandes festas universais, 
como a Páscoa, o Natal, dentre 
outras, como aponta Rooney 
(2018). 
 
 O homem sempre se encantou ao olhar 
para o alto e deslumbrar o céu estrelado. 
Rooney (2018), nos lembra que diariamente 
somos contemplados com o nascer e o 
desaparecer do Sol no horizonte. As estrelas 
não ficam estáticas no céu noturno (nem de 
dia!), dando a impressão que estão girando 
em torno de um ponto fixo no céu. Que esses 
pontos quando ligados formaram figuras 
imaginárias dando origem a todas as 
constelações, devido sua presença em 
posições praticamente idênticas foi possível 
usa-las como referência definir trajetórias de 
deslocamento, épocas de plantação, definir 
estações e um calendário, conforme ilustra a 
figura 2. 
Para Mourão (2016), desde então, povos como chineses, babilônicos, maias, gregos, 
árabes e muitos outros mapearam o céu, observaram a Lua, as estrelas e outros astros 
luminosos, para tentar compreender o funcionamento do mundo em que habitam. A partir daí o 
conhecimento sobre o céu foram se acumulando até que descobriram um jeito de enxergar além 
do que o olho pode ver. 
Na instigante busca de compreender e explicar todos esses fenômenos, o homem 
procurou produzir modelos para o cosmo1, isto é, modelos para o Universo, de modo que ele 
pudesse explicar de forma clara os movimentos dos astros os fenômenos peculiar de cada um 
deles. No início de nossa jornada, na escola, assimilamos que o modelo mais aceito para 
compreender os movimentos celestes é o heliocêntrico, em que o Sol ocupa o centro do 
 
1 Cosmo ou cosmos: é um termo que designa o universo em seu conjunto, toda a estrutura universal em sua 
totalidade, desde o microcosmo ao macrocosmo. 
Figura 1. Ilustra fascínio pelo céu 
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/historia-
astronomia.htm 
Figura 2. A constelação de Touro num globo 
astronômico alemão da década de 1530. 
Fonte: Rooney, 2018, pag. 7 
 
4 
 
Universo. No entanto, ao longo da história esse não foi o único modelo proposto. Em épocas 
passadas sugiram outros modelos igualmente aceitos pela sociedade. Agora vamos conhecer a 
evolução dos modelos mais debatidos para o cosmo e sobre a maneira como a Ciência da 
Astronomia é construída. 
1.1 O MODELO GEOCÊNTRICO 
Na Grécia Antiga, começaram a se desenvolver tradições cosmológicas separadas das 
mitológicas. O surgimento de determinados fenômenos passou a ser visto pelos gregos de forma 
mais racional. Começaram a formular uma descrição advinda de filósofos de mente científica que 
não tinha nenhuma raiz no sobrenatural. Deve aos gregos o denominado Modelo geocêntrico do 
cosmo, no qual considera que o planeta Terra estaria fixo no Centro do Universo, com os outros 
corpos celestes girando ao seu redor, inclusive o Sol. 
Rooney (2018) em seu livro A História Da Astronomia, aponta que o astrônomo 
Anaximandro2 (c.610-546 a.C), foi primeiro a formalizar o pensamento especulativo para tentar 
explicar o funcionamento do cosmo. Partindo de uma observação elementar, ele concluiu que a 
Terra na verdade era um cilindro. Ele estabeleceu três pontos básicos, conforme descrito por 
Rooney (2018, p. 42): 
1º) os corpos celestes se movem em círculos completos, e passam sob a terra além de cima 
dela; 
2º) a Terra flutua no espaço sem suporte; 
3º) os corpos celestes não estão todos no mesmo plano esférico e ficam uns atrás dos outros. 
 
A explicação das estrelas, dos planetas, 
da Lua e do Sol apresentadas por Anaximandro 
era bem imaginaria. Ele propôs que os corpos 
celestes eram como roda de um carro (Fig. 3), 
cada um com um aro feito de vapor opaco, mas 
cheio de fogo. Há lacunas no aro, pelas quais a 
luz brilha. Enquanto a lua e o sol têm uma roda 
cada, as estrelas, presumivelmente, têm várias, 
cada uma com mais de uma lacuna (uma roda 
para cada estrela deixaria tudo muito lotado). 
As rodas ficam a distâncias fixas da terra, 
produzindo um modelo do universo com uma 
Terra central cercada por círculos concêntricos 
formados por essas rodas celestes. As rodas 
não se movem todas na mesma velocidade. 
 
 
2 Anaximandro, (a.C. 610 — 546 a.C.) foi um geógrafo, matemático, astrônomo, político e filósofo pré-Socrático; 
discípulo de Tales. Os relatos doxográficos nos dão conta de que escreveu um livro intitulado "Sobre a Natureza"; 
contudo, essa obra se perdeu. Confeccionou o mais antigo mapa-múndi conhecido. 
 
Fonte: Rooney (2018, p 43). 
 
Figura 3. O modelo do universo de Anaximandro, com 
as distancias entre os corpos marcados em múltiplos do 
diâmetro da Terra. 
 
5 
 
Com o passar do tempo e com a disseminação da noção grega clássica de que a esfera 
é a forma geométrica mais perfeita, a Terra passou a ser considerada uma esfera, teoria que 
predominou desde então, ao menos entre os mais estudiosos. 
Embora Anaximandro tenha estabelecido o primeiro modelo científico em torno de uma 
Terra central (cilíndrico). Foi com Eudoxo de Cnido que formulou um modelo geocêntricodo 
Universo, dando um tratamento esféricos para os planetas que se moviam em órbitas circulares 
com a Terra no Centro e as estrelas estavam fixas numa esfera externa. Segundo Nogueira 
(2009, p.31), Eudoxo formulou em seu modelo, conforme (Fig. 4), estabeleceu: 
[....] O Universo com a Terra no centro, 
esférica e imóvel, envolta por diversas outras 
esferas que explicavam o movimento das 
estrelas fixas, já mencionado, e dos sete 
“planetas” (na concepção geocêntrica do 
mundo, esse termo incluía também o Sol e a 
Lua), que se posicionavam, a cada dia, 
ligeiramente diferentes em relação às estrelas e 
algumas vezes pareciam fazer ziguezagues 
difíceis de explicar. 
Uma esfera, é evidente, não era 
suficiente para explicar todos os movimentos 
dos astros conhecidos na época. Assim, 
Eudoxo teve que atribuir 4 esferas para o Sol, 4 
para a Lua, e 3 para os demais planetas 
conhecidos (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e 
Saturno), mais 1 para as estrelas fixas – a última 
camada do cosmos, visto então como finito. No 
total, 27 esferas participavam do modelo. 
 
Como Eudoxo na época não era muito conhecido e seu modelo, nunca foi capaz de 
explicar satisfatoriamente todas as observações astronômicas. Seu trabalho foi aperfeiçoado 
gradativamente por Aristóteles, mas mantendo ainda suas premissas iniciais. 
Entra em cena o maior dos filósofos gregos.... 
Aristóteles3 é reconhecido como um dos maiores pensadores de todos os tempos, mas na 
Astronomia não era seu ponto forte. Ele formulou seu modelo em que o planeta Terra estava fixo 
e inerte no centro do Universo e todos os demais corpos celestes giravam em movimento circular 
ao redor dela. A palavra geocêntrica exprime exatamente essa ideia: a Terra (Geo) no centro. 
 
3 Aristóteles, filósofo grego, nasceu em 384 a.C. em Estagira, Macedônia, e morreu em Cálcis, em 322 a.C. 
Desenvolveu quase todos os ramos de conhecimentos existentes no seu tempo, criou os fundamentos da lógica, da 
crítica literária e da meteorologia. Sistematizou a astronomia, adotando e desenvolvendo a teoria das esferas 
concêntricas de Eudóxio.( Nogueira, 2009, p.31) 
 
Figura 4. Modelo geocêntrico de Eudoxo de Cnido 
para os corpos celestes. 
Fonte: https://pt.slideshare.net/ifuspescola/est-
disss 
 
6 
 
Para fundamentar sua própria visão 
cosmológica, Aristóteles adotou o modelo de 
Eudoxo, mas fez seus próprios aperfeiçoamentos, 
de forma ampliar seu poder de preditivo, dando 
ideia a grosso modo, descrito como uma “cebola”, 
com diversas camadas concêntricas, conforme a 
figura 5. Fato que acarretou no aumento do 
número total de esferas para 56, ante a de 
Eudoxo que continha 27. 
Nesse modelo cosmológico de Aristóteles 
continha até esferas sem nenhum astro nelas, 
denominadas de anastros. E a interpretação 
aristotélica também tornava a ideia da “cebola” 
mais precisa, agora as esferas que comandavam 
o movimento dos astros não eram apenas um 
artifício matemático, mas algo real, palpável, que 
ele chamou de orbes. 
O modelo de Aristóteles, embora hoje esteja totalmente ultrapassado, para época ele 
esclarecia e explicava diversos fenômenos. Admitindo-se que a Terra é o centro do Universo 
justificava-se por exemplos a coexistência de dias e das noites, o Sol ao girar em torno da Terra, 
nasce em um lado do horizonte e desaparece no lado oposto. 
Mas havia um problema com esse modelo, segundo Rooney (2009, p.48), aponta que: 
[...] esse modelo não explicava o movimento retrógrado dos planetas. Para os gregos, o 
movimento perfeito era circular e os cinco planetas conhecidos na época (Mercúrio, Vênus, 
Marte, Júpiter e Saturno) pareciam não se mover em movimento circular. Se observados ao longo 
do tempo, esses planetas pareciam interromper sua trajetória e voltar atrás em seu movimento 
(Fig. 6). Por isso, eles receberam o nome de planetas (que, em grego, significa errante), pois 
pareciam “errar o caminho”. 
 
Figura 5. Ilustra o modelo geocêntrico proposto por 
Aristóteles. 
Fonte: https://aluatristonha.wordpress.com 
/2013/ 02/18/heliocentrismo-x-geocentrismo-x-
egocentrismo/ 
Fonte: http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/Retrogrado/retrogrado.html. 
 
Figura 6. Movimento aparente de Marte, quando observado da Terra, tomando como referência a esfera 
celeste. 
https://aluatristonha.wordpress.com/
 
7 
 
Para tentar solucionar o problema dos 
planetas no modelo aristotélico, surgiu o 
matemático e astrônomo grego Apolônio de Perga 
(262-190 a.C). Segundo Nogueira (2009), cita que 
ele propôs que a trajetória de cada planeta é 
definida por dois círculos. Cada planeta está numa 
pequena orbita circular chamada “epiciclo”. Esse 
epiciclo está na orbita da Terra. O círculo maior 
traçado em torno da terra é chamado de 
“deferente”, como ilustra a figura 7. 
Mas nem isso explicava direito o 
movimento, porque as voltas retrógradas não são 
igualmente espacejadas nem têm tamanho 
angular igual. O passo seguinte foi deslocar a 
deferente, para que a Terra não ficasse no centro 
do círculo. Isso acrescentava um novo problema 
filosófico: se os planetas não orbitavam a Terra, 
seu movimento não era uniformemente circular. 
 Então para contornar essa situação, entra em cena o 
astrônomo Claudius Ptolomeu4, que viveu em Alexandria, no século II 
d. C., propôs uma alteração no modelo até então existente. A figura 8 
ilustra a imagem de Ptolomeu. 
 Ele acrescentou um ponto a mais que permitia pelo menos a 
ilusão de movimento uniforme e imaginou uma explicação matemática 
para os movimentos dos corpos celestes em torno da Terra. Essa 
mudança relativamente pequena assegurou a supremacia do modelo 
geocêntrico nos séculos seguintes. 
De acordo com Nogueira (2009), com o deferente deslocado da 
Terra, seu foco central é um ponto do espaço chamado “excêntrico”. 
Ptolomeu acrescentou outro ponto, oposto a Terra e equidistante do excêntrico, que chamou de 
“equante”. A velocidade do planeta era uniforme em relação ao equante. Isso significa que, se 
pudéssemos ficar no equante e observar, o centro do epiciclo do planeta sempre se moveria com 
a mesma velocidade angular (cobriria o mesmo ângulo de arco no mesmo período). Em qualquer 
outro lugar, inclusive na Terra e no excêntrico, o planeta seria visto indo mais depressa em 
algumas partes da órbita do que em outras. Isso restaurava o movimento circular uniforme de 
Aristóteles exigia e, ao mesmo tempo, explicava os movimentos aparentes dos planetas quando 
cisto da Terra, conforme ilustra a figura 9. 
 
 
4 Cláudio Ptolomeu foi um astrônomo, geógrafo e matemático alexandrino que viveu entre 90 e 168 Sua principal 
obra é o grande sistema astronômico, em grego, que ficou conhecido como Almagesto na versão árabe. 
(NOGUEIRA, 2009, p. 33). 
 
Figura 7. Modelo matemático de Apolônio de Perga, 
para representar o movimento dos planetas. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Apol%C 
3%B4nio_de_Perga, acesso 18 de fev. 2018. 
Fonte: Nogueira, 2009, 
p. 31 
 
Figura 8. Ilustra a imagem 
de Cláudio Ptolomeu. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apol%25C
 
8 
 
De acordo do Rooney (2018, p.50), descreve que: 
[...] Ptolomeu pôs cada um dos corpos 
celestes em sua própria esfera ou orbe, com a 
Lua mais perto da Terra, seguida por Mercúrio, 
Vênus, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno. 
Finalmente, as estrelas fixas dividiam a esfera 
mais externa. Não havia nenhum modo seguro 
de determinar a sequência, a não ser no caso 
da Lua, que tinha de estar mais próxima porque 
pode encobrir todos os outros, e das estrelas 
fixas, que têm de ficar mais longe porque os 
outros podem se mover na frente delas. A 
sequência Marte, Júpiter e Saturno seguem o 
período sideral progressivamente mais longo, o 
tempo que leva para se deslocar por toda a 
sequência zodiáca. No caso de Mercúrio, 
Vênus e o Sol, todos com período sideralde um 
ano, não há nenhum modo óbvio de escolher. 
Vale dizer que não se consideravam que 
planetas propriamente ditos se movessem; eles 
estavam fixos em orbes, e os orbes se moviam. 
Em consequência, havia mais de um orbe por 
planeta, já que ele tinha que fazer mais de um tipo de movimento. 
Assim com os movimentos planetários explicados, não havia mais razão para questionar 
o modelo, e a versão de universo centrado na Terra de Ptolomeu dominou a astronomia até o 
século XVI. Assim, durante 2000 anos o modelo preferido de Aristóteles praticamente não foi 
questionado. A terra estava imóvel no centro de uma sucessão de esferas concêntricas 
transparentes que giravam em velocidades diferentes em torno dela. 
2.0 O Modelo Heliocêntrico 
Após cerca de 2.000 anos surge uma nova teoria a do 
heliocentrismo. Onde coloca o Sol estacionário no centro do Universo 
é os planetas orbitando em seu redor. Ou seja, agora o Sol é o centro 
do universo. Para Nogueira (2009), destaca que o aumento da 
exatidão das observações, foi inevitável que alguma modificação 
drástica do modelo ptolomaico se tornasse necessária. A principal 
mudança ocorreu em 1543, o astrônomo Nicolau Copérnico5 (1473-
1543) ilustrado na figura 10, reconfigurou o universo em torno sol. Hoje 
seria difícil avaliar como foi revolucionário. 
 
5 Nicolau Copérnico foi um astrônomo polonês nascido em Torum (hoje Thorn) às margens do Vístula, em 19 de 
fevereiro de 1473, e falecido em Frauenburg, em 24 de maio de 1543. Escreveu “Sobre a Revolução dos Orbes 
Celestes”. (Nogueira, 2009, p. 36). 
Fonte: Rooney, 2018, p. 49 
Figura 9. Esquema explicativo do sistema ptolomaico, 
em que o planeta se move ao longo de um pequeno 
círculo chamado epiciclo, cujo centro se move em um 
círculo maior chamado deferente. Equante é um ponto 
ao lado do centro do deferente oposto à posição da 
Terra, em relação ao qual o centro do epiciclo se move a 
uma taxa uniforme. 
Figura 10. Ilustra a imagem 
de Nicolau Copérnico. 
Fonte: Nogueira, 2009, p. 
36. 
 
9 
 
O modelo ptolomaico já predominava durante 1700 anos é era totalmente apoiado pela 
Igreja. Questionar o modelo aceito era perigoso. Arrancar a Terra de sua posição central, fazer 
dela um dentre vários planetas que orbitam o Sol, era um grave desafio a essa posição especial. 
No entanto, Copérnico que não só ousou colocar o Sol no centro do universo, como também 
mostrou ter uma capacidade intelectual à frente de seu tempo para que seu modelo 
prevalecesse. A única exceção era a Lua, que continuava orbitando em torno da Terra. 
Copérnico apresentou pela primeira vez suas ideias heliocêntricas no folheto 
commentariolus, que nunca foi impresso, mas circulou sob forma escrita entre 1508 e 1514. 
Esse folheto propunha sete axiomas que serviam de anúncio de suas ideais, como ilustra a figura 
11: 
1º. Não há um único centro de todos os orbes ou 
esferas celestes. 
2º. O centro da Terra é o centro da esfera lunar, 
a órbita da lua em torno da Terra. 
3º. O Sol está perto do centro do universo, todos 
os corpos celestes giram em torno dele. 
4º. A distância entre a Terra e Sol é apenas uma 
fração minúscula da distância entre as estrelas e 
a Terra o Sol. 
5º. As estrelas não se movem; parece mover-se 
porque a própria Terra está em movimento. 
6º. A Terra orbita o Sol, fazendo parecer que o 
Sol percorre um ciclo anual. 
7º. O aparente movimento dos planetas, com 
movimento que se alterna entre progressivo e 
retrógrado, é uma ilusão produzida pelo 
movimento da Terra em torno do Sol. 
Segundo Nogueira (2009), lembra que Copérnico levou décadas para provar 
matematicamente sua teoria necessárias para sustentar essas afirmações. Somente em 1543 
com a publicação da obra De revolutionibus orbium coelesttium que sua teoria totalmente 
articulada foi conhecida. Sendo que a Igreja baniu essa obra até o ano de 1758. Mesmo que 
quase completo o modelo de Copérnico muitos astrônomos não correram para adotar, pois suas 
previsões para os movimentos planetários não eram mais exatos do que o modelo ptolomaico; 
ele ainda exigia equantes e epiciclos para se igualar ao que era visto no céu. 
 Tudo isso, pois ele considerava que as órbitas dos planetas eram circunferências 
perfeitas. Então para corretamente os movimentos observados eram necessários artifícios 
geométricos, exatamente como acontecia com o modelo geocêntrico de Ptolomeu. 
 
Fonte: Nogueira, 2009, p. 36. 
Figura 11. Modelo simplificado do Cosmos de 
formulado por Nicolau Copérnico. 
 
10 
 
Rooney (2018), enfatiza que o modelo de Copérnico não era completamente original, ou 
seja, ele não foi o primeiro a desenvolver um sistema heliocêntrico. Segundo o autor Na Índia 
teve seu protagonismo com Astrônomo, matemático Ariabata (c. 476- c. 550 a.C), que propôs 
uma teoria Heliocêntrica gravitacional, com cerca de 1000 anos antes de Copérnico. Ainda 
conforme Rooney (2018), aponta que Ariabata descreveu em livro "Ariabatiia" um modelo em 
que aparecia a Terra girando em seu próprio eixo e os períodos dos planetas eram dados em 
referência ao Sol. Propôs que os brilho advindos da Lua e dos planetas eram decorrentes da 
reflexão da luz do Sol. Ainda, ele acreditava que as órbitas dos planetas seriam elípticas. Foi o 
primeiro astrônomo a explicar como acontece os fenômenos dos eclipses solar e lunar com 
precisão. 
Na Grécia, Rooney (2018) relata que Aristarco de Samos (c. 310- c. 230 a.C.) defendeu 
um sistema quase idêntico ao coperniciano, onde propôs que a Terra gira diariamente no próprio 
eixo e percorre uma órbita de um ano em torno do Sol. Os outros planetas e as estrelas fixas 
também ocupam círculos ou esferas concêntricas em torno sol, além disso Aristarco formulou 
que as estrelas são sóis, mas distantes umas das outras. No entanto, apesar de sua teoria está 
avançada para época o modelo de Aristarco não pegou, não havia provas convincentes de 
nenhum dos modelos, faltaram tratamento matemático, o que só foi realizado por Copérnico. 
 
2.1 Rumo as órbitas elípticas .... 
Tudo isso foi resolvido pelo astrônomo alemão Johannes Kepler6 (1571-1630), aluno, 
assistente e sucessor de Tycho Brahe. Ilustrado na figura 12. 
Para Nogueira (2009), relata que o maior erro de Copérnico 
foi supor que os planetas percorriam órbitas circulares em torno do 
Sol. A partir dos dados meticulosos e abrangentes das observações 
de Brahe, Kleper deduziu em 1605 que as órbitas planetárias são 
elípticas7 e não circulares. Ele não foi primeiro a propor isso. Tanto 
o astrônomo indiano Ariabata (476-550) quanto o astrônomo 
muçulmano Abu Ma’ shar al-Balkhi (787-886) já tinham descrito a 
Terra numa órbita elíptica em torno do Sol. Mas nenhum deles tinha 
influência e apoio matemático suficientes para que a ideia fosse 
amplamente aceita. 
Nesta mesma linha temos Rooney (2018), onde cita que Kepler adotou o modelo 
heliocêntrico de Copérnico como dado, mas se perguntou por que haveria seis planetas e por 
que estavam onde estavam. Por acreditar que o movimento dos planetas era determinado pela 
matemática e por meio dela poderia ser descoberto, ele abordou o problema usando geometria. 
Isso levou a um modelo cosmológico estranho, conforme ilustra a figura 13. 
 
6 Johannes Kepler (1571 -1630) foi um astrônomo, astrólogo e matemático alemão. Considerado figura-chave da 
revolução científica do século XVII. Célebre por ter formulado as três leis fundamentais da mecânica celeste, 
denominadas por Leis de Kepler. 
7 Elipse: conjunto de todos os pontos cujas somas das distâncias a dois dados pontos (chamados focos) é uma 
constante. O círculo é o caso particular da elipse quando os dois focos estão no mesmo lugar. (NOGUEIRA, 2009, 
p. 40). 
Fonte: Nogueira, 2009, p. 38. 
Figura 12. Ilustra a imagem de 
Johannes Kepler. 
 
11 
 
De acordo com Rooney (2018),cita que a 
concepção de esferas concêntricas de Ptolomeu, 
Kepler também imaginou as órbitas de cada planeta 
fixa numa esfera, mas dessa vez em torno do Sol e 
não da Terra. Mas as esferas não eram as únicas 
formas tridimensionais envolvidas. A partir do 
planeta mais esterno (Saturno), ele descobriu que, 
se definisse a órbita de Saturno como uma esfera e 
depois desenhasse dentro dela um cubo que apenas 
a tocasse e depois desenhasse outra esfera dentro 
desse cubo, a esfera menor definiria a órbita de 
Júpiter, o planeta seguinte. 
A forma seguinte, conforme citado por 
Rooney (2018) foi usar o tetraedro, um sólido de 
base triangular. Se desenharmos um tetraedro 
dentro de esfera da órbita de Júpiter e outra esfera 
dentro do tetraedro, a esfera inferior define a órbita 
de marte. Entre as órbitas de marte e da Terra e da 
Terra e Vênus e, finalmente, um octaedro entre 
Vênus e Mercúrio. Isso respondia à questão de 
Kepler: só poderia haver seis planetas porque, de 
acordo com Euclides, só há cinco sólidos convexos regulares, e havia um deles entre cada par 
de planetas. 
Por mais improvável que pareça, o modelo de sólidos concêntricos de Kepler dava 
distâncias entre as órbitas planetárias que era extraordinariamente próximas das medições de 
Copérnico, baseadas na observação, a diferença nunca era maior do que 10%. Foram esses 
10% que levaram à comunicação com Tycho Brahe e a uma frutífera parceria. (ROONEY, 2018, 
p. 63). 
2.2 CONHECENDO O ASTRÔNOMO TYCHO BRAHE 
 
O dinamarquês Tycho Brahe8 (1546-1601), ilustrado na figura 
14. Em 1572, Brahe avistou uma nova estrela e, em 1577, viu um 
cometa brilhante. Que segundo Rooney (2018) aponta que as 
descrições e explicações que publicou foram um desafio importante 
para à astronomia. Os dois fenômenos discordavam da noção 
proposta por Aristóteles e pela Igreja de que o céu é eternamente 
imutável. A supernova e o cometa estavam claramente além da Lua, 
provavelmente entre as estrelas fixas. 
 
 
8 Tycho Bhahe (1546-1601) foi um astronômo dinamarquês. Sua primeira e mais importante observação foi a 
descoberta de uma estrela nova em novembro de 1572, na constelação de Cassiopéia, exposta no livro “Sobre a 
Estrela Nova”, de 1576. Foi quem primeiro corrigiu suas observações de refração e redigiu um catálogo de estrelas. 
As observações do movimento do planeta Marte (dez oposições) efetuadas por Brahe permitiram o estabelecimento 
das três leis de Kepler, que reformularam toda a astronomia.(NOGUEIRA, 2009, p.49). 
Figura 13. Modelo de esferas concêntricas de 
Kepler, imaginado antes que ele determinasse a 
órbita elíptica dos planetas. 
Fonte: Rooney, 2018, p. 63 
Figura 14. Ilustra o 
astrônomo Tycho Brahe. 
Fonte: Nogueira, 2009, p.49 
 
12 
 
Brahe demostrou que o cometa definitivamente não estava na atmosfera da Terra. Ele fez 
isso, segundo Nogueira (2009), comparando suas observações do cometa perto de Copenhague 
com as de Tadeas Hajek, em Praga, ao mesmo tempo. Essas observações de Tycho dessa 
estrela nova estrela e de um cometa traria como consequência a questionamentos do modelo 
aristotélico-ptolomaico. Mesmo assim, o dinamarquês era resistente em ir até o final na revolução 
e dispensar o modelo geocentrismo. 
No entanto, Bhahe não se dispunha a 
renunciar totalmente do modelo ptolomaico. Em 
vez disso, ele desenvolveu um tipo de esquema 
intermediário ao de Aristóteles e Ptolomeu, o 
modelo ticônico, conforme ilustra a figura 15. 
Por esse modelo, segundo Rooney (2018), 
todos os planetas, com exceção da Terra, 
orbitavam o Sol, e o Sol e Lua orbitavam a Terra. 
A esfera das estrelas fixas também girava em 
torno da Terra. Tycho Brahe estava comprometido 
com a ideia de Terra estacionária e reclamava que 
o modelo coperniciano “atribui à Terra, esse corpo 
volumoso e preguiçoso, inadequado para o 
movimento, um movimento tão rápido quanto o 
das tochas etéreas”, o que ele considerava 
implausível. Ele pôs o cometa recém-descoberto 
na órbita do Sol, entre Vênus e Marte. 
Ainda assim, segundo Nogueira (2009) 
Tycho tomou o passo decisivo que colocou a 
humanidade no caminho do heliocentrismo, ao 
contratar o jovem e promissor Kepler, em 1600, 
para trabalhar com ele no castelo de Benátky, para 
onde sua equipe havia se mudado dois anos antes. 
 
2.3 As leis de Kepler 
Por meio das observações realizadas sobre o movimento do planeta Marte realizadas por 
Tycho Brahe, proporcionou a Kepler a formular três leis que reformularam toda a astronomia. 
Segundo Nogueira (2009), ao explicar esses dados, primordialmente os da órbita de Marte, que 
não eram explicado com o modelo de Copérnico com suas órbitas circulares. 
Então ele propôs três leis que descrevem corretamente os movimentos planetários: as 
Leis de Kepler. As duas primeiras foram apresentadas em 1609, decorrentes do resultado de 
sua tentativa de descrever corretamente os movimentos dos planetas. A última lei foi publicada 
muito depois, em 1619. Ela surgiu do trabalho posterior de Kepler com dados de Brahe e foi 
chamada de lei das harmonias. Com essas obras, Kepler finalmente concluiu a busca instigante 
que desde do início dos tempos motivou vários astrônomos, que era explicar os movimentos 
vistos no céu. 
 
Fonte: Nogueira, 2009, p. 39. 
Figura 15. Modelo alternativo do cosmo proposto por 
Tycho Brahe, com a Terra no centro do Universo e 
os planetas girando ao redor do Sol. 
 
13 
 
As três leis de Kepler, são conceituadas de acordo com Oliveira Filho (2014), da seguinte 
forma: 
1. Lei das órbitas elípticas (1609): a órbita de cada planeta é uma elipse, com o Sol em 
um dos focos. Como consequência da órbita ser elíptica, a distância do Sol ao planeta 
varia ao longo de sua órbita, conforme ilustrado na figura 16. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Lei da áreas (1609): a reta unindo o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos 
iguais. O signicado físico dessa lei é que a velocidade orbital não é uniforme, mas varia 
de forma regular: quanto mais distante o planeta está do Sol, mais devagar ele se 
move. Dizendo de outra maneira, essa lei estabelece que a velocidade areal é 
constante, ilustrada na figura 17. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Lei harmônica (1619): o quadrado do período orbital dos planetas é diretamente 
proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol. Essa lei estabelece que planetas 
com órbitas maiores se movem mais lentamente em torno do Sol e, portanto, isso 
implica que a força entre o Sol e o planeta decresce com a distância ao Sol. 
Onde: T = período orbital, D = raio e K= constante 
 
 
Figura 16. Ilustra a 1ª lei de Kepler 
Fonte: Rooney, 2018, p.64. 
Figura 17. A 2ª lei de Kepler 
Fonte: Rooney, 2018, p.64. 
 
14 
 
2.4- As observações de Galileu 
Mas foi com um contemporâneo de Kepler, Galileu Galilei9 
(1564-1642) ilustrado na figura 18, que deu novo direcionamento à 
Astronomia. Ao observar o céu pela primeira vez com instrumento o 
Telescópio. Para Nogueira (2009), esse foi o grande divisor de águas 
da história da Astronomia. A passagem da observação a olho nu para 
o uso do telescópio em 1609 revolucionou e redefiniu a ciência. Ao 
observar o planeta Júpiter, Galileu descobriu, que o mesmo era 
orbitado por quatro pequenos satélites, assim ficou afastado de vez 
que nem tudo orbitava nosso planeta Terra, como acreditavam 
Aristóteles e Ptolomeu. 
É extraordinário que a verdadeira natureza do sistema solar e 
sua relação com as estrelas fixas já fossem conhecidas, ainda que não 
universalmente aceitas. A Astronomia ainda tinha muito a avançar, 
mas o reconhecimento importantíssimo de que os planetas orbitam o Sol em trajetórias elípticas 
e que a matemática e não as deidades guarda o segredo de seu movimento já existia. De acordo 
com Rooney (2018), cita que a era do telescópiotraria muito mais conhecimentos sobre o que 
há no universo. 
Ainda segundo o autor, contudo, 
que apenas 400 anos se passaram desde 
a revelação da órbita elíptica por Kepler e 
menos de 500 anos desde da publicação 
da obra De revolutionibus de Corpénico. O 
modelo aristotélico-ptolomaico reinou 
pelos menos por cerca de 2000 anos. E, 
embora a comunidade científica se 
sentisse cada vez mais atraída pelo 
modelo coperniciano, a Igreja Católica 
ficou cada vez mais hostil e ele no decorrer 
do século XVII. De revolutionibus foi 
banido em 1613, e Galileu foi 
excomungado em 1633 por ensinar o 
modelo coperniciano a figura 19 ilustra 
esse julgamento, em seu livro também foi 
banido (“diálogo sobre os dois principais 
sistemas do mundo”). Havia muito 
caminho a percorrer. 
 
 
9 Galileu Galilei (1564-1642), Físico, astrônomo e filósofo florentino. Galileu melhorou significativamente o telescópio 
refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites 
de Júpiter os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. 
 
Figura 18. Ilustra a imagem 
de Galileu Galilei. 
Fonte: Nogueira, 2009, p. 
44. 
Figura 19. Ilustra o julgamento de 1633, Galileu foi 
considerado culpado de ensinar que a Terra se move em 
torno do Sol. Foi excomungado e passou o resto da vida em 
prisão domiciliar. 
Fonte: Rooney, 2018, p. 67. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Astr%C3%B4nomo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fil%C3%B3sofo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ducado_de_Floren%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_refrator
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_refrator
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
 
15 
 
2.5 Newton põe os corpos celestes em seu lugar 
Apesar que desde Kepler os movimentos planetários tenham se tornado razoavelmente 
determináveis, o principal enigma do estudo do céu ainda não havia sido desvendando: o de que 
as leis físicas que operavam lá, fossem quais fossem, não correspondiam às leis que operavam 
aqui na Terra. De um ponto de vista prático, céu e Terra continuavam tão distantes quanto 
estavam na época de Aristóteles. 
Nesse cenário já aparentemente tão preditível em definir os 
movimentos planetários, surge em 1666, o físico e matemático inglês 
Isaac Newton10 (1643-1727) imagem ilustrada na figura 20, que 
concebeu a ideia de que a gravidade da Terra influenciava a Lua, 
contrabalançando a força centrífuga que faria sair girando pelo. Esse 
foi o começo de uma abordagem do universo nova e revolucionária, 
denominada pela mecânica. 
Com a publicação da obra Principia em 1687 Newton resolveria 
de vez esse enigma dos movimentos dos corpos celestes. De acordo 
com Nogueira (2009), cita que nessa obra ele explorou o impacto das 
forças sobre os corpos em movimento e trata das órbitas, projéteis, 
pêndulos e objetos em queda. Ou seja, Newton mostrou que todos os corpos celestes são 
atraídos uns pelos os outros e explicou que o Sol mantém os planetas em órbitas com a força 
Gravitacional, que funciona no espaço vazio. 
A partir de sua lei da força centrífuga, que explica a força que age sobre um corpo em 
movimento circular uniforme, e da terceira lei de Kepler, Newton elaborou a lei do inverso do 
quadrado da distância, que explica que a força que age entre dois corpos é inversamente 
proporcional às distâncias entre eles, de modo que, quando a distância dobra, a força reduz a 
um quarto. Ele provou por que a trajetória dos corpos em órbita é elíptica e aplicou isso a 
planetas, satélites e cometas. 
Assim, conforme aponta Rooney (2018), Newton com suas teorias uniram fenômenos 
diferentes, como as marés, a órbitas dos cometas, a trajetória da Lua e a precessão axial, e 
explicaram o movimento de todos os corpos celestes, dentro e fora do Sistema Solar. Desde 
modo, com todo esse conjunto de ideias, evidências e proposições acabou por levar os cientistas 
a adotarem o modelo heliocêntrico do cosmo como o mais adequado. 
 
 
 
 
 
10 Isaac Newton (1642-1727) é tido como o pai da física moderna. Excêntrico e genial, ele só pode ser comparado 
a Albert Einstein no quesito façanhas individuais. Formulou a Lei da Gravitação Universal, criou uma teoria da luz 
que a via como partículas, fez grandes avanços em óptica e inventou a técnica matemática conhecida como cálculo. 
(NOGUEIRA, 2009, p. 43). 
Figura 20. Ilustra a imagem 
de Isaac Newton. 
Fonte: Nogueira, 2009, 
p.43. 
 
16 
 
3.0 Sugestão para trabalhar essa sequência didática: 
Tempo sugerido: 10 minutos. 
Sistematização: 
Sugerimos ao colega professor a elaborar um quadro (como da imagem abaixo). Em 
seguida junto dos os alunos preeche-lo enumerando as caracteriticas mais marcates de cada 
modelo, bem como citar como foi a transição de um para o outro? 
 
Orientações: Divida a lousa em duas partes: heliocentrismo e geocentrismo. Junto com 
com a turma elabore, no formato de tópicos, um quadro resumo sobre as principais 
características e formações sociais da época em que esses modelos planetários foram 
discutidos. 
Depois convide os alunos para acrescentar suas próprias ideias no quadro. É importante 
que apareçam nesses itens pontos que representam a evolução histórica das teorias, 
como foram disseminadas e de que forma passaram a ser aceitas. 
Por fim, sugira que a turma registre nos cadernos este resumo resumo. 
Como sugestão, você pode elaborar esse quadro em um papel madeira/cartolina, assim, 
poderá deixá-lo exposto na sala pelo tempo que julgar necessário. 
Fonte: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2585/geocentrismo-e-heliocentrismo, 
acesso 15 de fev. 2018. 
 
 
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2585/geocentrismo-e-heliocentrismo
 
17 
 
4.0- Modelos de questões abordadas na Olimpiadas Brasileira de Astronomia - OBA 
 
Questão 01) Antes do século XVII já tinham sido propostos dois modelos sobre a posição da 
Terra no Universo. Atribua a cada uma das afirmações, uma das letras chaves. 
 Chaves 
A- Modelo heliocêntrico; 
B- Modelo geocêntrico; 
C- Galileu Galilei; 
D- Cláudio Ptolomeu; 
E- Nicolau Copérnico. 
 Afirmações: 
1- A Terra é o centro do Universo........ 
2- O Sol é imóvel. ............. 
3- Todos os planetas giram em torno do planeta Terra. ...... 
4- Todos os planetas giram em torno do Sol. ....... 
5- O Sol é o centro do Universo. ......... 
6- Astronômo polaco de Alexandria defensor do modelo geocêntrico. ...... 
7- Astronômo polaco defensor do modelo Heliocêntrico. ..... 
8- Físico e astronômo italiano que por defender o modelo heliocêntrico foi condenado pela 
Igreja católica romana. ...... 
Fonte: https://pt.scribd.com/document/89982754/exercicios-de-preparacao-para-teste-intermedio-de-ciencias-
naturais, Acesso em 18 de fev. 2018. 
 
Questão 02) Com as suas descobertas, Galileu ficou mais feliz do que você 
quando ganha medalha na OBA! Em 1609 ele começou a usar lunetas e 
1610 já publicou suas descobertas num livro chamado Sidereus Nuncius. 
Veja a capa do livro na figura ao lado. Pergunta-se: 
a) Em que país viveu Galileu Galilei? Quantos anos tinha Galileu (1564-
1642) quando publicou o livro Sidereus Nuncius? 
 
b) Na época de Galileu estava em discussão 
se o Sol ou a Terra era o centro do Universo. 
Ele observou ass fazes de Vênus durante um 
ano todo e colocou no livro Sidereus Nuncius 
o desenho ao lado no qual argumentava que, 
pelas observações que fez, as fases de Vênus 
só seriam explicadas se o Sol estivesse no 
centro do Universo. Pinte o Sol no desenho 
que representa o Heliocentrismo (= Sol no 
centro). Observação: Sun = Sol e Earth = 
Terra. 
Fonte: http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/provas_gabaritos/2009/Prova%20nivel%203%20da%20XII%20OBA_2009.pdf, Acesso em 18 de fev. 2018. 
 
18 
 
Questão 03) Considere os modelos planetários, representados nas figuras 1-A e 1-B 
disseminados ao longo da história, que representam a posição do Sol e de alguns planetas, 
a) identifique os modelos 
representados nas figuras 1-A e 1-B. 
 
b) qual o modelo (1-A ou 1-B) que 
perdurou desde a Antiguidade até a 
Idade Média. 
 
Fonte: https://pt.scribd.com/document/89982754/exercicios-de-preparacao-para-teste-intermedio-de-ciencias-
naturais, Acesso em 18 de fev. 2018. 
 
Questão 04) Lê com atenção o seguinte texto: 
“Graças ao uso do telescópio com fins científicos, Galileu realizou numerosas observações do 
Sistema Solar que o levaram a apoiar publicamente o modelo proposto por Copérnico, com uma 
Terra móvel...” 
a) Indique o nome do modelo proposto por Copérnico, que se encontra descrito no texto. 
 
b) Quais eram as ideias aceitas para organização do Universo na época de Galileu? 
 
Fonte: http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/provas_gabaritos/2009/Prova%2 0nivel%203%20da 
%20XII%20OBA_2009.pdf 
 
Questão 05) O modelo Ticónico híbrido propõe que o Sol gira em torno da Terra ao longo de 
um período de 365 dias. Enquanto isso, os demais planetas giram ao redor do Sol. Essa tese, 
que tenta alicerçar o modelo geocêntrico, foi proposto por: 
a) Issac Newton b) Cláudio Ptolomeu c) Johannes Kepler 
d) Tycho Brahe e) Galileu Galilei 
Fonte:https://pt.scribd.com/document/89982754/exercicios-de-preparacao-para-teste-intermedio-de-ciencias-
naturais, acesso 18 de fev. 2018. 
 
 
 
http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/provas_gabaritos/2009/Prova%252
 
19 
 
Questão 05) Coloque CERTO ou ERRADO na frente de cada uma das afirmações abaixo: 
a) ___Galileu observou que a Lua tinha montanhas e crateras, e o Sol tinha manchas escuras. 
b) ___ Galileu descobriu que a Via Láctea era construída por uma infinidade de estrelas. 
c) ___ Galileu descobriu que Júpiter tinha quatro satélites. 
d) ___ Galileu inventou a luneta astronômica. 
e) ___ Galileu observou as fases de Vênus. 
Fonte: http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/provas_gabaritos/2009/Prova%2 0nivel%203%20da%20 
XII%20OBA_2009.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/provas_gabaritos/2009/Prova%252
 
20 
 
5.0 Referencias bibliograficas 
Apolônio de Perga. pt.wikipedia.org, 2018. Disponível em: < 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apol%C3%B4nio_de_Perga>. Acesso em: 18, fev. 2018. 
BUFFON, Fábio. Plano de aula - Geocentrismo e Heliocentrismo. Nova escola, 2018. 
Disponível em:< https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2585/geocentrismo-e-heliocentrismo 
#atividade-sistematizacao>. Acesso em: 18, fev. 2018. 
Exercícios de preparação para teste intermédio de Ciências Naturais. pt.scribd.com, 2018. 
Disponível https://pt.scribd.com/document/89982754/exercicios-de-preparacao-para-teste-
intermedio-de-ciencias-naturais. Acesso em: 18, fev. 2018. 
História da astronomia. Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponivel em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_astronomia> Acesso em 20 fev. 2018. 
História da Astronomia. Brasil escola, 2018. Disponível em: < 
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/historia-astronomia.htm> Acesso em 18, fev. 2018. 
Johannes Kepler. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponivel em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Kepler> Acesso em 20 fev 2018. 
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. O livro de ouro do Universo. 2ed. Rio de Janeiro: 
Harpercollins Brasil, 2016. 
NOGUEIRA, Salvador. Astronomia: ensino fundamental e médio / Salvador Nogueira, João 
Batista Garcia Canalle. Brasília: MEC, SEB; MCT; AEB, 2009. 
OBA-Olimpíadas Brasileira de Astronomia. Provas e gabaritos. Disponível em: < 
http://www.oba.org.br/site/?p=conteudo&idcat=9&pag=conteudo&m=s/> Acesso em: 23 de fev. 
de 2018. 
OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza: Saraiva, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e 
astrofísica. Porto Alegre: Ed. Universidade /UFRGS, 2000. 
ROONEY, Anne. A História da Astronomia: Dos planetas aos pulsares e buracos 
negros/Anne Rooney. São Paulo: M. Books do Brasil Editora ltda, 2018. 
UFRGS, Movimento dos Planetas, Tycho, Kepler e Galileu, disponível em : 
http://astro.if.ufrgs.br/movplan2/movplan2.htm, acesso fev. de 2018. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apol%C3%B4nio_de_Perga
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2585/geocentrismo-e-heliocentrismo#atividade-sistematizacao
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/2585/geocentrismo-e-heliocentrismo#atividade-sistematizacao
https://pt.scribd.com/document/89982754/exercicios-de-preparacao-para-teste-intermedio-de-ciencias-naturais
https://pt.scribd.com/document/89982754/exercicios-de-preparacao-para-teste-intermedio-de-ciencias-naturais
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/historia-astronomia.htm
http://astro.if.ufrgs.br/movplan2/movplan2.htm
 
 
 
 
 
 
Nível III- (Ensino Fundamental – Anos Finais) 
Mestrando: Claudio Alexandre Gomes 
 
Unidade 02- Sistema Solar: Origem, Sol, Lua, Planetas e planetas anões, 
Movimentos (translação e rotação) de alguns astros do sistema solar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Sequência Didática -SD 02 
Unidade 02- Sistema Solar: Origem, Sol, Lua, Planetas e planetas anões, 
Movimentos (translação e rotação) de alguns astros do sistema solar 
1.0- Introdução 
Esta sequência aborda a importância do Ensino de Astronomia na Escola. Astronomia é um 
elemento motivador, uma vez que atrai e desperta a curiosidade dos alunos, logo no começo da 
sua vida escolar. Assim, o ensino dessa temática desperta o interesse em aprender sobre as 
ciências, principalmente porque está no cotidiano das crianças. 
2.0 - Objetivo(s) 
a) Entender conceitos básicos de Astronomia, como rotação e translação; 
b) Identificar todos os planetas do sistema solar e o satélite da Terra (a Lua); 
c) Estabelecer as características que definem os planetas em categorias: rochosos, gasosos e anões; 
c) Relacionar esses conceitos aplicados com a prova da OBA. 
 
3.0- Conteúdo(s) 
a) Componentes do Sistema Solar: Origem, Sol, Lua, Planetas e planetas anões; 
b) Movimentos (translação e rotação) de alguns astros do sistema solar. 
 
4.0- Público alvo 
Ensino Fundamental- Nível III (6º ao 9º ano). 
 
5.0 - Tempo estimado 
02 (dois) encontro de 120 minutos. 
 
6.0- Material necessário 
Material didático em anexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
1.- DESCRIÇÃO 
Durante quase 2000 anos, tinha-se que nosso planeta Terra ocupava centro do Universo. 
Que todos os copos celestes, inclusive o Sol, girava na órbita de nosso planeta. Mais tarde, com 
Nicolau Copérnico, foi levantada que seria o Sol o centro do Universo. 
O tempo passou e o homem passou cada vez mais a evoluir no seu vasto conhecimento 
sobre o espaço, se apropriando de resposta antes impensáveis como a existência de um imenso 
infinito, tais como galáxias, estrelas maiores e menores, mais quentes e mais frias do que o Sol, 
existência de outros planetas, buracos negros, etc. Por fim, hoje sabemos que o Sol influência 
de forma direta nas órbitas dos planetas de nosso sistema solar, entre eles, nosso planeta Terra. 
O sistema solar é o nome dado ao sistema planetário constituído do Sol e o conjunto de 
corpos celestes que se encontra girando a sua volta: os oitos planetas, os seus 166 satélites 
naturais conhecidos (geralmente chamado de “luas”), os cinco planetas anões e milhões de 
pequenos corpos (asteroides, objetos gelados, cometas, meteoroides, poeira interplanetária 
etc.). (Mourão, 2016, p.144). 
Mourão (2016) aponta, que esquematicamente, o sistema solar é composto pelo Sol, 
quatro planetas terrestres internos, um cinturão de asteroides composto de pequenos corpos 
rochosos, quatro gigantes gasosos e um segundocinturão externo chamado Cinturão Kuiper, 
composto por objetos gelados. Para além deste cinturão encontra-se um disco de objetos 
dispersos, nomeados de nuvem de Oort. 
Os planetas do sistema Solar, segundo aponta Oliveira Filho (2014), do mais próximo ao 
mais distante do Sol são denominados Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e 
Netuno. Seis desses planetas têm satélites em órbita e cada planeta exterior está rodeado por 
um sistema de anéis de poeira e outras partículas. A figura 1, ilustra esquematicamente a 
organização do sistema solar. 
 
Figura 1: ilustra esquematicamente a organização do sistema solar 
Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/2016/07/14/jupiter-pos-mercurio-na-linha/ 
 
23 
 
2. - ORIGEM DO SISTEMA SOLAR 
A hipótese moderna, conforme aponta Oliveira Filho (2014), mais aceita dentro da 
comunidade científica, é a que diz que há 4,6 bilhões de anos existia uma nuvem de poeira e 
gás – uma nebulosa1, que começou a se contrair devido a autogravidade. A explosão de uma 
estrela, uma supernova2, pode ter acabado com o equilíbrio gravitacional da nuvem, iniciado a 
contração, mas o colapso gravitacional pode ter surgido de maneira espontânea também. 
Daí infere-se que a origem do sistema solar é baseada na HIPÓTESE NEBULAR, 
conforme ilustrado na figura 2. Essa hipótese foi sugerida em 1755 pelo filósofo alemão 
Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-Simon de 
Laplace (1749-1827). Segundo Oliveira Filho (2014) foi Laplace, que desenvolveu a teoria das 
probabilidades, calculou que como quase em todos os planetas estão no mesmo plano, giram 
em torno do Sol na mesma direção, e giram em torno de si mesmo na mesma direção (com 
exceção de Vênus), só poderiam ter se formado de uma mesma grande nuvem discoidal de 
partículas em rotação, a nebulosa solar. 
 
1 Nebulosa – uma nuvem de poeira ou gás que ao sofrer uma instabilidade. Está instabilidade pode ser gerada 
devido eventos externos como a explosão de uma estrela ou interno de origem da própria nuvem. Esses eventos 
podem resultar em três consequências: pode se expandir e dispersar, ou pode contrair. E apenas nesta última 
possibilidade que pode formar uma ou várias estrelas. 
2 Supernova – são o “último suspiro” de uma estrela agonizante. São explosões tão poderosas que mesmo que 
ocorressem bem longe de nós, faria um grande estrego na Terra. 
Fonte: Oliveira Filho, 2014, p. 160. 
Figura 2: Hipótese de formação do Sistema Solar- Nebulosa Solar 
 
24 
 
3. - O SOL 
O Sol é o principal corpo celeste do sistema solar, 
detém 99,8% da massa desse sistema. Segundo Horvvath 
(2008), o Sol como toda estrela tem o formato de uma esfera 
de gás ionizado brilhante, que se encontra em equilíbrio 
hidrostático é mantido por sua própria gravidade e por foças 
geradas por fusões nucleares. Ele é composto principalmente 
por hidrogênio (74%) e hélio (24%), além de outros 
elementos químicos (oxigênio e carbono). Sua estrutura 
interna é composta por 8 camadas, sendo as principais o 
Núcleo, a Zona de radiação e Zona de convecção, conforme 
ilustra a figura 3. 
 
3.1 - Dimensionando nosso astro-rei 
O Sol é aproximadamente 1,3 milhões de vezes maior 
que a Terra, ou seja, caberia aproximadamente 1,3 milhões 
de Terras dentro do Sol. A distância da Terra ao Sol é de 
cerca de 150 milhões de Km, ou seja 1 Unidade Astronômica 
(UA). A luz emitida pelo Sol leva cerca de 8 minutos para 
chegar até nosso planeta. Sua temperatura nas camadas 
externas pode chega a 6.000ºC. De acordo com Horvath 
(2008), a cor Sol é branca, e o enxergamos como amarelo 
devido a dispersão da luz na nossa atmosfera. 
 
3.2 - Evolução 
De acordo com Horvath (2008), aponta que Sol possivelmente tenha se formado há cerca 
4,57 bilhões de ano. É considerado uma estrela de sequência principal e está próximo da metade 
da etapa de vida desse tipo de astro, pois, cerca de 50% do hidrogênio do núcleo solar já foi 
queimado. Assim, como acontece na natureza onde todo ser vivo nasce, cresce e morre, o 
mesmo destino vale para as estrelas, mas com um “pouquinho” mais de tempo. O Sol ainda tem 
combustível para queimar por menos de 4 a 5 bilhões de anos. A figura 4 mostra o ciclo de vida 
do Sol. 
 
Figura 3: Estrutura do Sol 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/ 
wiki/Sol 
Figura 4: Ilustra o ciclo de vida do Sol. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sol 
https://pt.wikipedia.org/
 
25 
 
4. - A LUA: SATÉLITE NATURAL DA TERRA 
A Lua é o satélite natural da Terra, é o lugar 
mais distante para o qual o homem já viajou. Oliveira 
Filho (2014), afirma que a Lua não tem atmosfera, 
não emite luz própria e sua superfície é marcada por 
impactos de corpos celestes, nos dois lados no 
visível e não visível, na verdade planícies basálticas 
formadas por antigas erupções vulcânicas a figura 
5, ao lado ilustra a parte visível da Lua. 
A rotação da Lua é sincronizada com a da 
Terra, fato que vemos sempre a mesma face, ou 
seja, a lua apresenta um período de translação igual 
ao período rotação em torno de seu próprio eixo. 
Portanto, a Lua tem rotação sincronizada com a 
translação. 
 
4.1 - Dimensionando a Lua 
 De acordo com Fressin (2018), destaca que a nossa Lua é o 5º (quinto) maior satélite do 
sistema solar. Possui um diâmetro que mede 3.478 km. Seu tamanho representa cerca de 25% 
do tamanho do planeta Terra. A distância da Terra à Lua é cerca de 384 mil km. Foi formada a 
cerca de 4,53 bilhões anos. 
 
4.2 - Hipótese da criação da Lua 
A hipótese mais aceita sobre a 
formação da Lua é a Teoria do Grande 
Impacto, que aponta que a Lua teria sido 
arrancada do planeta Terra cerca de 100 
milhões de anos depois que o Sistema 
Solar começou a se formar, dando à Lua 
uma idade de 4,53 bilhões anos (contra 
4,54 bilhões de anos da Terra). Para 
essa teoria, um corpo do tamanho do 
planeta Marte, chamado de Theia teria se 
chocado com a recém-formada Terra, 
lançando no espaço uma grande 
quantidade de material que se juntou e 
formou a Lua, a figura 6 ilustra a 
simulação dessa teoria (HORVATH, 2008, p.61). 
Essa teoria é sustentada por pesquisas realizadas por Rooney (2018), das rochas e da 
poeira trazidas da Lua pelas missões Apolo nas décadas de 1960 e 1970 constataram que essas 
as amostras possuíam composição semelhante à da Terra, mas não idênticas. Parece que a Lua 
combinou partes de Theia e da Terra. 
 
Figura 5: Ilustra a Lua 
Fonte: Fressin, 2018, p.21 Ilustra a Lua 
Figura 6: Ilustra os eventos da Teria do Grande Impacto, Theia 
colidindo com a Terra e dando origem a Lua. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lua 
 
26 
 
4.3 – Influência da Lua sobre as marés 
 A influência mais notável da Lua sobre a Terra é a força de maré, que faz os oceanos do 
nosso planeta apresentarem uma expansão na direção do satélite, graças à força gravitacional 
mais forte que afeta a parte da Terra que está mais próxima da Lua e, em menor escala, da 
atração gravitacional exercida pelo Sol sobre a Terra. 
A ideia básica da maré provocada pela Lua, por exemplo, é que a atração gravitacional 
sentida por cada ponto da Terra devido à Lua, depende da distância do ponto à Lua. Assim, a 
atração gravitacional sentida no lado da Terra que está mais próximo da Lua é maior do que a 
sentida no centro da Terra, e a atração gravitacional sentida no lado da Terra que está mais 
distante da Lua é menor do que a sentida no centro da Terra. Portanto, em relação ao centro da 
Terra, um lado está sendo puxado na direção da Lua, e o outro lado está sendo puxado na 
direção contrária. Como a água flui muito facilmente, ela se “empilha” nos dois lados da Terra, 
que fica com um bojo de água na direção da Lua e outro na direção contrária (OLIVEIRA FILHO, 
2014, p. 115). 
A figura 7, ilustra esse movimento de marés decorrente da força gravitacionalexercida 
reciprocamente por esses dois corpos celestes. 
 
 
 
4.4 - Fases da Lua 
 
A Lua ao executar sua trajetória em torno da Terra sofre uma gradual mudança de fases. 
As fases referem-se na verdade na mudança aparente da parte visível iluminada da Lua, pois, a 
Lua durante este ciclo vai tendo uma variação de sua posição em relação à Terra e ao Sol. O 
ciclo completo é conhecido como lunação e dura um em torno de 29,5 dias para se completar. 
Essa gradual mudança de fases é classificada em quatro fases mais características desse 
ciclo, os quais são: Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante. 
Oliveira Filho (2014, p.79), conceitua cada uma dessas fases de forma objetiva, como 
sendo: 
Figura 7: A força gravitacional da Lua cria um bojo de maré no lado da Terra mais próximo 
do satélite. 
 
Fonte: Stuart, 2018, p. 83. 
 
 
27 
 
Lua Nova: É quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois os dois astros estão 
na mesma direção. Nessa face, a Lua está no céu durante o dia, nascendo e se pondo 
aproximadamente junto com o Sol. Durante os dias subsequentes, a Lua vai ficando cada vez 
mais a leste do Sol, e portanto o lado oeste da face visível vai ficando crescentemente mais 
iluminado, até que, aproximadamente uma semana depois, temos o Quarto-Crescente, com 50% 
da face iluminada. 
Lua Quarto-Crescente: É quando a metade oeste da face voltada para a Terra está 
iluminada. Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de aproximadamente 90º. A Lua nasce 
aproximadamente ao meio-dia e sepõe aproximadamente à meia-noite. Após esse dia, a fração 
iluminada da face visível continua a crescer pelo lado oeste, pois a Lua continua a leste do Sol, 
até que atinge a fase Cheia. 
Lua Cheia: 100% da face visível está iluminada. A Lua está no céu durante toda a noite, 
nasce quando o Sol se põe e se põe ao nascer do Sol. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em 
direções opostas, separados de aproximadamente 180º, ou 12h. Nos dias subsequentes a 
porção da face iluminada passa a ficar cada vez menor à medida que a Lua cada vez mais a 
oeste do Sol, que a ilumina pelo lado leste. Aproximadamente 7 (sete) dias depois, a fração 
iluminada já se reduziu a 50%, e temos o Quarto-Minguante. 
Lua Quarto-Minguante: A Lua está aproximadamente 90º a oeste do Sol, e vemos 
iluminada a metade leste de sua face visível. A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se 
põe aproximadamente ao meio-dia. Nos dias subsequentes a Lua continua a minguar, até atingir 
o dia 0 (zero) do novo ciclo. 
Essas fases da Lua estão ilustradas na figura 8, abaixo. 
 
 
 
 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lua. 
 
28 
 
5. - ECLIPSE 
Eclipse é um evento astronômico que ocorre no céu, quando a posição de um corpo 
celeste em circulação, que normalmente é visível, fica momentaneamente impedido de ser visto. 
Existem dois tipos principais de eclipse: o solar e o lunar. 
 
5.1- Eclipse solar 
Nesse tipo de eclipse a sombra da 
Lua é projetada em nosso planeta, ou 
seja, o disco lunar oculta o disco solar total 
ou parcialmente e ficamos impedidos de 
ver o Sol momentaneamente. Esse tipo de 
eclipse acontece durante a fase da lua 
nova, pois nessa fase a Lua encontra-se 
entre o Sol e a Terra. (Oliveira Filho, 2014, 
p. 57) 
A sombra da Lua projetada sobre a 
superfície da Terra e dividida em duas 
zonas principais: a umbra e a penumbra, 
conforme ilustra a figura 9. A partir destas 
duas regiões podemos observar dois tipos 
de eclipse solar: o total e o parcial. 
O eclipse total do Sol ocorre quando todo disco do Sol está atrás da Lua e 
consequentemente a umbra da Lua é projeta na Terra. Caso contrário temos o eclipse parcial, 
quando a penumbra da Lua atinge a Terra, conforme ilustra a figura 9. 
Para Stuart, a forma mais espetacular de eclipse é o eclipse solar total, onde comenta que 
em qualquer localidade da Terra sob o ponto de vista do observador, são acontecimentos raros, 
mas um eclipse total ocorre em nosso planeta a cada 18 meses mais ou menos. A rápida 
passagem da Lua pelo céu faz com que o espetáculo nunca consiga durar mais que 7 minutos e 
32 segundos (STUART, 2018, p. 18). 
5.2- Eclipse lunar 
Eclipse lunar é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua entra na sombra do 
Planeta Terra. Nesse tipo de eclipse a Lua pode ficar ocultada total ou parcialmente pela sombra 
da Terra. Esse tipo de eclipse ocorre sempre durante a fase da lua cheia. De acordo com a 
posição da Lua na sombra projetada pela Terra temos três tipos básicos de eclipse lunar: total, 
parcial e penumbral (OLIVEIRA FILHO, 2014, p.52). 
Ainda segundo Oliveira Filho (2014), no eclipse lunar total a Lua fica totalmente imersa na 
umbra da Terra. O eclipse parcial acontece quando parte da Lua passa na intersecção entre a 
umbra e a penumbra. Já o eclipse penumbral a Lua passa somente sobre a penumbra. 
Figura 09: Ilustra o eclipse solar total e parcial. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eclipse_solar 
 
29 
 
Diferentemente dos eclipses solares, que são mais raros, os eclipses lunares são 
razoavelmente mais frequentes e duram mais tempo. A duração máxima de um eclipse lunar, 
incluindo as fases de parcialidade, é 3,8 horas. Em contraste com um eclipse do Sol, que só é 
visível em uma pequena região da Terra, um eclipse da Lua é visível por todos que possam ver 
a Lua, ou seja, por todo o hemisfério da Terra onde é noite. Devido a isso, os eclipses da Lua 
são vistos com maior frequência que eclipses do Sol, de um dado local na Terra. A figura 10 
ilustra esse tipo de eclipse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.- PLANETAS DO SISTEMA SOLAR 
 De acordo do Stuart (2018), conceitua que planetas são corpos celestes que orbitam uma 
estrela ou remanescente de estrela e não têm ou nunca tiveram reações nucleares. Em nosso 
sistema solar, orbitam em torno do Sol oito planetas. Na ordem de proximidade com sol, temos 
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, conforme ilustra a figura 11. 
Lembrando que Plutão até 2006, era tido como o 9º (nono) planeta do sistema solar, mas foi 
rebaixado para planeta-anão. 
Figura 10: Ilustra os tipos de eclipse lunares 
Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/eclipse.htm 
Fonte: https://super.abril.com.br/ciencia/por-dentro-dos-planetas/. 
Figura 11: Ilustra os planetas do nosso sistema solar na sequência a partir do Sol. 
 
30 
 
6.1- O que define um planeta 
Um corpo celeste para merecer o título de planeta quando apresentar três características 
definidas pela União Astronômica Internacional- UAI, segundo Stuart (2018) esses três requisitos 
são: 
1º) orbitar ao redor de uma estrela; 
2º) tem forma determinada pelo equilíbrio hidrostático (arredondada) resultante do fato de que 
sua força de gravidade supera as forças de coesão dos materiais que o constituem; e 
3º) ter a sua órbita livre, ou seja, não receber a influência direta da gravidade de outros planetas 
que modifique os seus movimentos. 
6.2 - Tipos de planetas 
Os planetas se dividem em dois grupos: Os telúricos ou terrestres e os gasosos, 
conforme ilustrado na Figura 12. 
6.2.1- Planetas telúricos/terrestres ou internos 
Nessa classificação são enquadrados os planetas mais densos dos ditos rochosos. Suas 
principais características é que orbitam mais próximo do Sol, são menores, sua principal 
composição e de metal e rochas e apresentam uma estrutura interna composta de três camadas 
(crosta, manto e núcleo). 
Pertencem a esse grupo os planetas: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. 
6.2.1 - Planetas gasosos/jovianos ou externos 
Nessa divisão entram os maiores planetas do sistema solar, também chamados de planetas 
gigantes ou jovianos. Sua provável composição são os gases (hidrogênio, hélio, metano), mas 
assumem diferentes estados físicosdependendo de temperatura e pressão. Estão localizados 
em órbitas mais afastado do Sol. Os planetas desse grupo possuem vários satélites naturais ao 
seu redor, também é comum a presença de sistema de anéis. 
 Nesse grupo temos os planetas: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. 
Figura 12: Ilustra os tipos de planetas do sistema solar. 
Fonte: próprio autor. 
 
31 
 
6.3 - Características dos planetas 
 Agora iremos abordar as características dos planetas do sistema solar: Mercúrio, Vênus, 
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. 
 6.3.1- Mercúrio 
De acordo com Stuart (2018), destaca que 
Mercúrio é o menor planeta do sistema solar, possui 
diâmetro de 4.879 km. Mesmo sendo o planeta mais 
próximo do Sol, ele não é mais quente, essa proeza 
fica para o planeta Vênus. A temperatura em sua 
superfície estima-se que pode chagar ao absurdo 
de 450ºC. Devido à ausência de atmosfera para 
reter todo esse calor, a noite em Mercúrio a 
temperatura cai para menos de 170ºC negativos, ou 
seja, uma variação de mais de 600º graus. Seu 
movimento de rotação dura 59 dias terrestres, já seu 
movimento de translação dura 88 dias terrestres. 
Mercúrio possui uma superfície 
provavelmente sólida e repleta de crateras, bem 
similar a Lua. Seu núcleo é formado basicamente 
por ferro e níquel que ocupa cerca de 75% do 
planeta, a figura 13 ilustra a estrutura interna desse 
planeta. 
 6.3.2 – Vênus 
O planeta Vênus é o segundo planeta 
partindo do Sol, orbitando região inferior da Terra. 
Assim como a Terra, possui uma atmosfera, mas 
ela é quente, densa, e consiste principalmente em 
dióxido de carbono. Vênus possui um núcleo 
metálico envolto por um manto de mais 3 mil km 
de rochas derretidas, coberto por uma crosta que 
é composta basicamente por basalto, ver a figura 
14. Vênus é o planeta mais quente do Sistema 
Solar, a temperatura na superfície pode chegar a 
470º, quente suficiente para derreter o Zinco. 
Vênus não possui satélite natural. A pressão 
atmosférica em Vênus é superintensa. Vênus 
possui um diâmetro de 12.102 km, seu movimento 
de rotação equivale a 243 dias terrestres, já o 
movimento de translação leva 224 dias terrestres 
para completar (STUART, 2018, p. 104). 
Figura 13: Ilustra a formação interna do planeta 
Mercúrio. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-
dentro-dos-planetas 
Figura 14: Ilustra a estrutura interna do planeta Vênus. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-
dentro-dos-planetas 
 
32 
 
 6.3.3-Terra 
O planeta Terra é o 3º planeta mais próximo do Sol e possui uma atmosfera ideal para a 
existência e proteção da vida trataremos sobre nosso planeta na SD 03. 
 
6.3.4 - Marte 
O planeta Marte é o 4º (quarto) planeta mais 
próximo do Sol. É conhecido também como o 
planeta vermelho, tem essa acunha devido à cor 
avermelhada de sua superfície, proveniente do 
óxido de ferro presente em seu solo. Possui uma 
atmosfera rarefeito, sua temperatura varia entre 
143º negativo até 35º positivo. Nesse planeta que 
encontramos o maior vulcão conhecido do sistema 
solar, o Monte Olimpo, com 27 km de altura e 600 
de diâmetro. Marte possui dois satélites naturais 
(Luas), chamadas de Phobos e Deimos. Ele tem 
6.794 km de diâmetro, seu movimento de rotação 
dura cerca de 24 horas e 37 minutos terrestres, tem 
movimento de translação que dura 687 dias. 
Segundo Stuart (2018), o planeta Marte 
apresenta uma estrutura interna composta por uma 
crosta de rochas sólidas, seu núcleo é formado por 
ferro e enxofre, seu manto é formado por rochas 
derretidas, conforme ilustra a figura 15 ao lado. 
6.3.5 – Júpiter 
O planeta Júpiter é o maior planeta do 
Sistema Solar, fica 5 vezes mais longe do Sol do 
que da Terra. É o 5º planeta a partir do Sol. Júpiter 
quebra todos os recordes de grandeza entre os 
planetas do Sistema Solar. Tem um raio de 71.492 
km, 11 vezes maior que o raio do nosso planeta. 
Seu movimento de translação leva quase 12 anos 
terrestres para completar sua órbita. Só para 
dimensionar, se Júpiter fosse oco, caberia de 1.321 
Terras dentro dele (STUART, 2018, p.116). 
Júpiter, segundo Mourão (2016), acredita-se 
que sua atmosfera é composta principalmente pelo 
hidrogênio, sendo 25% de sua massa composta de 
hélio. Sua estrutura interna possui um núcleo denso 
formado por uma mistura de elementos, embora, 
como os outros planetas gasosos, não possua uma 
superfície sólida bem definida. A figura 16 ilustra a 
possível estrutura interna desse planeta. 
Figura 15: Ilustra a estrutura interna do planeta 
Marte. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-
dentro-dos-planetas 
Figura 16: Ilustra a estrutura interna do gigante 
planeta Júpiter. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-
dentro-dos-planetas 
 
33 
 
Esse gigante gasoso, de acordo com Stuart (2018), possui 69 satélites naturais (Luas) 
confirmados ao redor em sua órbita. Dentre esses satélites quatro se destaca pelo tamanho é 
são chamados satélites galileanos, pois foram observados pela primeira vez por Galileu Galilei, 
em 1610. Eles são: Io, Europa, Ganímedes e Calisto. Sendo que Ganímedes é a maior Lua do 
Sistema Solar seu diâmetro é maior que o do planeta Mercúrio. Júpiter também possui um 
sistema de anéis, mas não são tão evidentes como os anéis de Saturno. 
 6.3.6 - Saturno 
O planeta Saturno é o 2º maior planeta 
do sistema solar, segundo Stuart (2018), 
caberia nele mais de 750 Terras, em tamanho 
só perde para Júpiter. O movimento de 
translação desse planeta dura cerca de 30 anos 
terrestres. Saturno possui a menor densidade 
entre todos os planetas, menor que a da água 
da Terra. Sua atmosfera é composta 
principalmente por hidrogênio e hélio e 
provavelmente tem um núcleo rochoso, 
circundado por uma espessa camada de 
hidrogênio metálico e hélio, como ilustra a 
figura 17. 
 
Ele tem ainda, um sistema de anéis que são visíveis até por uma luneta, esses anéis são 
compostos de pedaços de gelo e rocha, possivelmente os detritos de uma pequena lua 
despedaçada por forças gravitacionais há cerca de 100 milhões de anos atrás. 
Esse planeta possui mais de 80 satélites naturais já catalogados a maioria sendo corpos 
menores capturados por sua força gravitacional. As Luas mais conhecidas desse gigante são; 
Titã, Encélado, Mimas, Tétis, Febe e Japeto. Titã é o maior dos satélites naturais de Saturno, 
que é um pouco maior que o planeta Mercúrio e é a 2ª maior Lua do sistema solar, ficando atrás 
apenas de Ganímedes, uma lua de Júpiter (STUART, 2018, p. 123). 
 
Figura 17: Ilustra a estrutura interna do planeta Saturno 
e de seus anéis. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-dentro-
dos-planetas 
 
34 
 
6.3.7 -Urano 
 
De acordo com Stuart (2018) o planeta 
Urano é terceiro maior do sistema solar e o 
sétimo planeta a partir do Sol. É uma esfera 
gigante de líquido e gás. Urano possui uma cor 
azulada devido à presença do gás metano em 
sua superfície. A atmosfera de Urano é 
composta possivelmente por hidrogênio e 
hélio. Sua estrutura interna acredita-se que 
seja composta por gelo e rachas, conforme 
ilustra a figura 18. 
A temperatura mínima nesse planeta 
pode chegar aos 220ºC negativos é um planeta 
de frio extremo. Esse planeta possui 27 luas 
conhecidas, sendo que o satélite chamado de 
Titânia a maior delas. 
 
Urano tem uma inclinação Axial muito acentuada, fato que realiza sua rotação 
parcialmente de lado, seus polos são quase que totalmente virado para o Sol. A singularidade, 
que faz com seu período orbital (translação) dure cerca de 84 anos terrestres, permitindo que os 
polos de Urano tenham 42 anos de dias sempre iluminados, seguidos de outros 42 anos de total 
escuridão. Urano também apresenta um conjunto de anéis, comum neste tipo de planeta gasoso 
(STUART, 2018, p. 125). 
 
6.3.8 –Netuno 
Netuno é um planeta gasoso é o oitavo do 
sistemasolar e o último a partir do Sol. De acordo 
com Mourão (2006), aponta que o diâmetro desse 
planeta é 50 mil km, Netuno efetua seu movimento 
de translação em torno do Sol em cerca de 164 
anos. Possui 17 vezes a massa da Terra e 58 
vezes seu volume. 
É constituído basicamente por hidrogênio e 
hélio em sua densa atmosfera, possuem uma 
porcentagem mais alta de camadas de água, 
amônia e metano, elementos que acabam 
contribuído para a sua cor azulada. Seu núcleo e 
formado por rochas e gelo, conforme ilustra a 
figura 19. 
Uma característica marcante de Netuno, 
segundo Stuart (2018), são seus ventos fortes, 
que chegam a enormes velocidades, cerca de 
2.000 km/h. A temperatura nesse planeta chega 
aos 218ºC negativos. De acordo Schwarza (2018), aponta que Netuno tem 14 satélites naturais 
conhecidos. O maior recebe o nome de Trintão. Um fato curioso e que Trintão orbita Netuno na 
direção oposta se comparadas às outras luas e é a única Lua esférica que orbita Netuno. 
Figura 18: Ilustra a estrutura interna do planeta Urano, 
descoberto em 1781. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-dentro-
dos-planetas 
Figura 19: Ilustra a estrutura interna do planeta 
Netuno. 
Fonte: https://super.abril.com.br/tecnologia/por-
dentro-dos-planetas 
 
35 
 
7.- SATÉLITES NATURAIS 
Oliveira Filho (2014), define um satélite natural como sendo um corpo celeste que orbita 
em torno de um planeta ou outro corpo celeste. No Sistema Solar existem vários desses corpos 
orbitando planetas. Quase todos os planetas possuem uma ou mais luas, as exceções são 
Mercúrio e Vênus. Alguns se assemelham a pequenos planetas enquanto outros possuem 
apenas algumas dezenas de metros de diâmetro. 
Entre os maiores satélites destacam-se a Lua (satélite da Terra), Io, Europa, Ganimedes 
e Calisto (os quatro maiores satélites de Júpiter, chamados coletivamente de satélites 
Galileanos), Titã (satélite de Saturno), e Tritão (satélite de Netuno). A figura 20, ilustra as 
principais luas de cada planeta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. - PLANETAS ANÕES 
Segundo Stuart (2016), Planeta anão é uma definição proposta pela União Astronómica 
Internacional (UAI), para definir um novo grupo de corpos celestes do nosso Sistema Solar, para 
essa organização engradar-se como planeta-anão todo corpo celeste que: orbite em torno do 
Sol, que tenha formato esférico devido a sua própria gravidade, que não possua fusão nuclear 
interna e cuja órbita esteja localizada em uma região do Sistema Solar que possua outros corpos 
orbitando em torno do Sol. Com a definição desses pré-requisitos para se definir um planeta 
como anão, Plutão que foi rebaixado em 2006 para planeta anão pela UAI. 
Figura 20: Ilustra as luas mais importantes do sistema solar e seu respectivo planeta. 
Fonte:http://www.observatoriodumont.com.br/2018/04/os-10-maiores-satelites-do-sistema-
solar.html . 
 
36 
 
Pela essa classificação temos hoje seis corpos celestes no sistema solar nomeados como 
planetas anões que são: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake, Éris e Sedna. Com exceção de 
Ceres, todos os outros têm suas órbitas localizadas além da órbita de Netuno. A figura 21, ilustra 
a localização dos Planetas anões no sistema solar. 
 
8.1 - Características dos planetas anões 
8.1.1 Plutão 
De acordo com Stuart (2016), Plutão pertence 
agora ao grupo dos planetas anões. Ele foi 
descoberto em 18 de fevereiro de 1930 por Clyde 
Tombaugh, e desde da sua descoberta não deu uma 
volta ao redor do Sol, já que um ano em Plutão dura 
248 anos terrestres. Plutão tem apenas cerca de 2/3 
dois terços do diâmetro da Lua terrestre e sua massa 
corresponde a apenas um sexto da massa do 
satélite, a figura 22, ilustra esse planeta anão. 
Platão faz parte do cinturão de Kuipe, uma 
área do sistema solar que está localizada além da 
orbita de Netuno. Ainda conforme Stuart (2016) 
destaca que esse Cinturão abriga milhares de outros 
corpos celestes. Plutão está muito longe do Sol, só 
para ter uma ideia a luz do Sol demora cerca de 5 
horas para chegar nele. Seu movimento de rotação 
dura mais de 6 dias terrestres. Plutão tem cinco 
satélites naturais conhecidos: Caronte, Nix, Hidra, Cérbero e Estige. Sendo que Caronte é a 
maior delas, tendo a metade do tamanho de Plutão. 
 
Figura 21: Ilustra na ordem a partir do Sol a localização dos planetas anões do nosso sistema solar 
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/1401483-telescopio-ve-agua-no-planeta-anao-ceres.shtml 
Figura 22: Fotografia em cores de Plutão, obtida 
pela sonda New Horizons em 14 de julho de 
2015, de uma distância de 450 mil quilômetros. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/ 
Plut%C3%A3o. 
 
37 
 
8.1.2 Ceres 
Ceres foi descoberto em 1801. De acordo com Stuart (2016), aponta que Ceres maior 
corpo celeste do cinturão de asteroides, localizado entre Marte e Júpiter. Ceres tem um formato 
arredondado, sua superfície é cheia de crateras. Ele tem cerca 1000 km de diâmetro e massa 
de um centésimo da Lua. Seu núcleo possivelmente é rochoso, envolto em um manto de gelo. 
O período orbital de Ceres é de 4,6 anos terrestres, para girar em torno seu próprio eixo leva 9 
horas e 4 minutos. 
8.1.3- Haumea 
O planeta anão Haumea é membro de um grupo de objetos que orbitam em uma zona 
semelhante a um disco além da órbita de Netuno chamada cinturão de Kuiper, localizado a 43,3 
UA (Unidade Astronômica) do Sol, ou seja, um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao 
Sol. 
Para Stuart (2016), aponta que Haumea possui dois pequenos satélites naturais, Hiʻiaka 
e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga 
colisão. Apesar de ter sido descoberto em 2004, só em 2008 é que se confirmou pertencer à 
categoria de planeta anão, recebendo o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade. 
8.1.4 - Makemake 
Makemake é o terceiro maior planeta anão do sistema solar e o maior objeto 
transnetuniano, com um diâmetro de cerca de 2/3 (dois terços) ao de Plutão. Possui um satélite 
conhecido, MK2. Sua superfície é possivelmente coberta por metano, etano e nitrogênio. Sua 
temperatura média de cerca de -243,2°C (MAKEMAKE, 2018). 
Makemake foi descoberto em 2005 no Observatório Palomar, por uma equipe liderada por 
Michael Brown, e anunciado em julho de 2005. Recebeu o nome do deus rapanui Makemake. 
Foi formalmente classificado como plutoide e planeta anão em julho de 2008 (STUART, 2016, p. 
132). 
8.1.5 - Éris 
Éris é um planeta anão, localizado na periferia do sistema solar, além do Cinturão de 
Kuiper. É o astro natural, situado no sistema solar, mais distante que os astrônomos já 
localizaram. A descoberta deste planeta anão foi confirmada por astrônomos norte-americanos 
em 2005. Sua distância do Sol é cerca de 13.500.000.000 km (cerca de 90 UA). Possui um 
satélite natural conhecido, chamado Disnomia. Apresenta uma temperatura média em torno de 
-230°C. Seu diâmetro é cerca de 2.325 quilômetros. Possui um Período orbital de 560 anos 
terrestres (ÉRIS (PLANETA ANÃO), 2018). 
 
 
 
38 
 
8.1.6 - Sedna 
Sedna foi descoberto em 2003, está cerca de três vezes mais longe do Sol que Netuno. 
Sua órbita é extremamente excêntrica, com um afélio3 de cerca de 937 UA (31 vezes a distância 
de Netuno), tornando-o um dos objetos mais distantes conhecidos no sistema solar além de 
cometas de longo período. Mesmo com aproximadamente 1.000 km de diâmetro, sua distância 
do Sol dificulta a determinação de sua forma, então não se sabe se está em equilíbrio 
hidrostático. Análises espectroscópicas revelaram que a composição da superfície de Sedna é 
parecida à de outros objetos transnetunianos, sendo principalmente uma mistura de gelo de 
água, metano e nitrogênio com tolinas. Sua superfície é uma das mais vermelhas no sistema 
solar (SEDNA, 2018).

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