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Leitura e Escrita na Alfabetização

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http://mestrechassot.blogspot.com.br/
 ATIVIDADE 2 
Envie até 26/8 para que tenha a correção antes da prova. 
http://mestrechassot.blogspot.com.br/
Caro aluno(a),
Na aula 2, tratamos sobre o processo da escrita. Para praticar, você deverá fazer um resumo, de 12 a 15 linhas, do artigo a seguir. Lembre-se de que o resumo é uma atividade que exige leitura, compreensão do que leu e escrita. O resumo deve ser feito com suas palavras. Não deve acrescentar informações nem emitir opiniões ou fazer comentários. Copiar trechos do artigo zera a atividade.
 O valor total da atividade é 10. Envie as respostas no prazo determinado, por meio do Portfólio - ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, deixe recado no quadro de avisos.
A correção da escrita é parte da avaliação.
Bons estudos!
NOME:
RGM:
POLO:
A leitura e a escrita no processo de alfabetização
Flávia Lima Ciríaco
Doutoranda em Ciência da Educação (Unigrendal)
[...]
O processo de leitura e escrita emprega uma série de estratégias, isto é, um amplo esquema para obter, avaliar e utilizar informação. A leitura e a escrita, como qualquer atividade humana, são uma conduta inteligente. As pessoas não respondem simplesmente aos estímulos do meio; encontram ordem e estrutura no mundo de tal maneira que podem aprender com base em suas experiências, antecipá-las e compreendê-las. Os leitores desenvolvem estratégias para trabalhar com o texto, construindo significado ou compreendendo-o. Usam-nas tanto na leitura, quando podem se modificar e se desenvolver durante tal processo. É óbvio que isso só ocorre se houver leitura.
Algumas considerações fundamentais sobre a leitura e a escrita: são atividades construtivas e criativas com quatro características fundamentais: objetiva, que lê-se por uma razão, com uma finalidade; a seletiva, presta-se atenção naquilo que é relevante aos objetivos que se tem; a antecipatória, os objetivos definem as expectativas diante do texto; e a baseada na compreensão, em que a compreensão é a base e não a consequência da leitura.
Conhecimentos especiais que as crianças devem possuir para aprender a ler e não considerar o ensino da leitura absurdo são: a escrita é significativa, e a linguagem escrita não é a mesma coisa que a fala (apesar da relação estreita entre ambas).
Ler é extrair sentido dos textos. O objetivo principal da leitura é compreender um texto e, por ela, o que propõe, sugere ou instiga. A compreensão implica conhecer a intenção do autor, identificar mensagens explícitas e implícitas, cotejar o que está no texto com o que o leitor já sabe ou pensa a respeito do assunto. Em outras palavras: ler é um processo permanente, ativo e interativo de análise e síntese.
A leitura envolve diversos níveis. O nível mais elementar é o fonológico, o nível de identificação pura e simples da palavra. Ouvimos mentalmente o som da palavra escrita e identificamos em nosso dicionário mental a palavra lida. A rápida identificação da palavra depende de uma série de fatores. Numa leitura, interessa não apenas identificar rapidamente uma palavra, mas identificar rapidamente todas as palavras que compõem uma frase, um parágrafo ou mesmo um conjunto de parágrafos. Daí a importância da fluência, que desempenha papel muito importante para a compreensão até atingir certo limite.
A leitura e a escrita são práticas que se relacionam e complementam a formação de um leitor competente, o objetivo maior da escola, pois a leitura e a escrita são os maiores instrumentos para a construção do conhecimento. Despertar no aluno o interesse pela leitura é o maior legado de uma prática constante da leitura de textos variados.
O ser humano é capaz de refletir sobre a linguagem e analisá-la, e a linguagem é o próprio instrumento para essa reflexão.
Para Kleiman (1993), a linguagem funcionaria, segundo essa perspectiva, como um “repositório” de mensagens. Ao leitor seria dada a tarefa de extraí-las pelo domínio de palavras, numa atitude passiva. Exercícios como os de substituição de palavras do texto por sinônimos ou as famosas questões de compreensão explorando apenas informações óbvias estariam, segundo a autora, fundamentados nessa teoria, que vê a língua como um instrumento de comunicação.
O conceito de leitura mais completo está fundamentado nos estudos reconhecidos genericamente como Linguística Pragmática, os quais, de acordo com Koch (1995), tratam das manifestações linguísticas produzidas por indivíduos concretos em situações concretas, sob determinadas condições de produção. Nessa perspectiva, ler seria igual a construir sentido.
Para Fulgênio (1992), a leitura e a escrita são resultados das interações entre informações visuais e não visuais, ou seja, quem lê e escreve constrói significados unindo todo o seu conhecimento de mundo, seus esquemas mentais relacionados ao conteúdo tratado no texto, às informações oferecidas pelo autor, expressas no papel.
Conforme afirma Solé (1998), uma estratégia poderia ser considerada um procedimento, tendo em vista que um procedimento seria um conjunto de ações ordenadas e finalizadas, isto é, dirigidas à consecução de uma meta.
Por outro lado, existem vários tipos de procedimento: uns que exigem ações mais automatizadas, como o ato de amarrar o cadarço do sapato, e outras que exigem capacidade de pensamento estratégico. As estratégias usadas na compreensão de um texto estão enquadradas no segundo tipo, ou seja, constituem um conjunto de ações mentais desenvolvidas pelo leitor para construir o sentido.
[...] A leitura e a escrita constituem símbolos externos de uma nação, e esta é a razão pela qual os tesouros escritos são o principal alvo de destruição dos conquistadores. Cortez, ao conquistar o México, queimou os livros astecas que podiam trazer à população nativa recordações de seu passado glorioso. A inquisição espanhola queimou os judeus e seus livros talmúdicos em fogueiras. Os nazistas, para destruir ideologias contrárias à sua, queimaram os livros dos inimigos. Os Aliados, vitoriosos na Segunda Guerra Mundial, ordenaram a queima de toda a literatura contaminada pelo nazismo.
Jesualdo (1993) aponta quatro elementos que poderão despertar o interesse das crianças: o caráter imaginoso, o dramatismo, uma boa técnica de desenvolvimento e uma linguagem em que se detectem as marcas da literalidade.
Sabe-se que ter imaginação é algo muito importante na vida da criança, pois é com essa faculdade que a consciência infantil elabora aquilo que vai captando de forma intuitiva no mundo que a cerca. As descobertas do mundo surgem para a criança como fantasia, como algo extraordinário, embora não se possa dizer que ela confunda os elementos do real com o do mundo irreal.
[...]
Referências
ARIÈS, Phillippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1961.
CAGUARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba-be-bi-bo-bu. São Paulo: Scipione, 1998.
GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa. Curitiba: Ibpesc, 2007.
KLEIMAN, Ângela B. et al. Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1995.
OLIVEIRA, João Batista Araújo e. ABC do Alfabetizador. Belo Horizonte: Alfa Educativa, 2003.
TEBEROSKY, Ana et al. Aprender a ler e a escrever. Porto Alegre: Artmed, 2013.
______. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004.          
Publicado em 28 de janeiro de 2020
Como citar este artigo (ABNT)
CIRÍACO, Flávia Lima. A leitura e a escrita no professo de alfabetização. Educação Pública, v. 20, nº 4, 28 de janeiro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/4/a-leitura-e-a-escrita-no-processo-de-alfabetizacao

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