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1 Sgt GREGÓRIO CURSO PREPARATÓRIO CH QAO DISCIPLINA: HISTÓRIA / SGT GREGÓRIO MÓDULO I – BRASIL COLÔNIA Domínio espanhol Invasões Holandesas. ASSUNTO: O DOMÍNIO ESPANHOL E O BRASIL HOLANDÊS A UNIÃO IBÉRICA (1580 – 1640) Em 1578, durante a batalha contra os mouros marroquinos em Alcácer-Quibir, o rei português dom Sebastião desapareceu. Esse evento iniciou uma das mais complicadas crises sucessórias do trono português, tendo em vista que o jovem rei não teve tempo suficiente para deixar um descendente. Nos dois anos seguintes, o cardeal Dom Henrique, seu tio-avô, assumiu o trono português, mas logo morreu sem também deixar herdeiros. Imediatamente, Filipe II, rei da Espanha e neto do falecido rei português D. Manuel I, se candidatou a assumir a vaga no trono português. Para assumir o poder em Portugal, além de se valer do seu grau de parentesco com a dinastia de Avis, Felipe II ameaçou os portugueses com seus exércitos, utilizando dinheiro e força militar. Com isso, é estabelecida a chamada União Ibérica, ou União Peninsular, a união das Coroas de Espanha e Portugal, sob a centralização de um mesmo governo. Dominando Portugal, o governo espanhol passou a controlar também todas as colônias sob domínio português, ampliando seu império, ou seja, o território e as riquezas do Brasil passavam para o domínio espanhol. O imperador espanhol, durante os 60 anos de existência da União Ibérica, manteve uma significativa parcela dos privilégios e posições ocupadas por comerciantes e funcionários portugueses, além de manter o idioma nos domínios portugueses. No Tratado de Tomar, assinado em 1581, Filipe II assegurou que os navios portugueses controlassem o comércio com a colônia, a manutenção das autoridades lusitanas na colônia brasileira e o respeito das leis e costumes brasileiros. A RESTAURAÇÃO Em 1640 ocorre a chamada Restauração que se refere à vitória Fonte: http://www.culturabrasil.org/holanda.htm 2 Sgt GREGÓRIO portuguesa contra a dominação espanhola, recuperando a autonomia portuguesa e o consequente fim da União Ibérica. O Duque de Bragança recuperava a Coroa portuguesa. Ao fim do conflito, a dinastia de Bragança, iniciada por dom João IV, passou a governar Portugal. CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO IBÉRICA PARA O BRASIL Mesmo preservando aspectos fundamentais da colonização portuguesa, a União Ibérica também foi responsável por algumas mudanças. Com a junção das coroas, as nações inimigas da Espanha passaram a ver na invasão do espaço colonial lusitano uma forma de prejudicar a Coroa espanhola. Desta maneira, no tempo em que a União Ibérica foi vigente, ingleses, holandeses e franceses atacaram e tentaram invadir o Brasil. Desse modo, alguns fatos relacionados com a política externa espanhola vão se refletir diretamente no Brasil, devido à União Ibérica. No século XVI, territórios do norte da Europa, entre os quais a Holanda, eram domínios do rei da Espanha. No entanto, em 1581 esses territórios conquistaram a independência, tornando-se a República das Províncias Unidas, com capital na cidade de Amsterdã, importante centro comercial europeu no período. Felipe II, em represália à Independência das Províncias Unida, proibiu os produtores e comerciantes de suas colônias de comerciar com os holandeses, pretendendo impor um bloqueio econômico, o que ficou conhecido como Embargo Espanhol. Afetando as relações comerciais entre Portugal e Holanda, esse bloqueio causou grandes prejuízos aos holandeses. No Brasil, eles participavam do negócio açucareiro, controlando as operações de transporte, refino e distribuição comercial do açúcar no mercado europeu, parte mais lucrativa da empresa. Participavam também de outras atividades produtivas no Brasil, como o pau-brasil, algodão e couro. A OCUPAÇÃO DO NORDESTE BRASILEIRO Como reação ao bloqueio espanhol, os holandeses investiram militarmente contra algumas regiões pertencentes à União Ibérica. Dessa forma, em 1595 pilharam a costa africana dominada pelos portugueses, e em 1604 a cidade de Salvador. Os holandeses criaram, em 1602, a Companhia das Índias Orientais, empresa privada encarregada de controlar o comércio holandês com Oriente, e em 1621 fundaram a Companhia das Índias Ocidentais, que recebeu o monopólio do comércio com regiões da África atlântica e da América, incluindo o Brasil. Os dirigentes da Companhia das Índias Ocidentais planejaram a ocupação do nordeste brasileiro, rompendo o embargo espanhol na região r reativando as rotas comerciais entre algumas possessões da costa atlântica da África e da América com a Europa. Apoderar-se do nordeste brasileiro significava, para os holandeses, a possibilidade de manter o controle sobre os lucrativos negócios do açúcar e do tráfico negreiro. 3 Sgt GREGÓRIO INVASÕES HOLANDESAS: A GUERRA DO AÇÚCAR Além de exercer a atividade comercial, a Companhia das Índias Ocidentais também tinha autorização do governo holandês para organizar tropas e estabelecer colônias. E foi o que tentaram fazer no Brasil em duas investidas. 1ª INVASÃO HOLANDESA: BAHIA (1624- 1625) A primeira investida ocorreu em 8 de maio de 1624 na Bahia, capital da colônia e sede do governo-geral, que serviria também de base naval para o ataque a galeões espanhóis que transportavam os metais preciosos de Potosi. Embora tenham ocupado Salvador, com um ataque que contava com 26 navios e 3300 homens, os holandeses não conseguiram permanecer na cidade por muito tempo. Utilizando táticas de guerrilha, baseada no Arraial do Rio Vermelho. Um reforço de tropas luso- espanholas (A Jornada dos Vassalos) era preparada pelo rei espanhol. Contando com 52 navios e cerca de 13000 homens sob o comando de D. Fradique de Toledo Osório, além do apoio, no Brasil, de guerreiros indígenas, as tropas luso-brasileiras impediram a ocupação da Bahia. Cercado por terra e mar, os holandeses se rederam em 1625. Com essa derrota, a Companhia das Índias Ocidentais teve grande prejuízo financeiro, compensado com o assalto a uma frota espanhola carregada de ouro, prata e outros artigos americanos, lucro que possibilitou à Companhia das Índias Ocidentais o preparo de um novo ataque ao Brasil. 2ª INVASÃO HOLANDESA E O BRASIL HOLANDÊS: PERNAMBUCO (1630-1654) Na segunda investida, os holandeses armaram uma poderosa esquadra para invadir Pernambuco, capitania mais lucrativa do Brasil na época devido à produção açucareira. Os holandeses chegaram à Pernambuco em 14 de fevereiro de 1630 com uma frota de 56 navios, 3500 soldados e 3780 colonos. O governador da capitania, Matias de Albuquerque, sem contar com forças suficientes para enfrentar a invasão dos holandeses, refugiou-se no interior do território, onde fundou o Arraial do Bom Jesus. O arraial tornou-se o principal foco da resistência contra os holandeses, e novamente a tática empregada foi a de guerrilha. Durante cinco anos a resistência não permitiu que os holandeses dominassem totalmente a região dos engenhos de açúcar. Esse quadro se modificou quando Domingos Fernandes Calabar, grande conhecedor da região, passou a ajudar os holandeses, atuando como guia e negociador para conseguir o apoio de grupos indígenas. Matias de Albuquerque desistiu do comando das tropas de resistência após sofrer uma série de derrotas para os holandeses. No entanto, antes de abandonar a luta, Albuquerque conquistou, em 1635, Porto Calvo (atual Alagoas), cidade natal de Calabar que estava sob domínio holandês. Nesse local, Calabar foi preso e enforcado sob a acusação de traição por ter ajudado os holandeses. 4 Sgt GREGÓRIO O GOVERNO DE MAURÍCIODE NASSAU (1637-1644) Com o fim das lutas de resistência em Pernambuco, a Companhia das Índias Ocidentais pôde se concentrar na tarefa de reorganizar a administração da região conquistada. Os anos de confrontos haviam causado grande desorganização na produção de açúcar e um relaxamento no controle sobre os escravos, resultando em grande número de fugas. Por esse motivo, tanto os senhores de engenho quanto os holandeses queriam ordem e paz para poder dedicar-se à atividade açucareira. A Companhia das Índias Ocidentais enviou para o Brasil o conde João Maurício de Nassau Siegen, nomeando-o governador-geral do Brasil holandês. Chegando à Pernambuco em 1637, Nassau, pretendendo pacificar a região e governar com a colaboração dos luso- brasileiros, com sua administração apresentando as seguintes características: Reativação econômica – Nassau concedeu créditos, através da Companhia das Índias Ocidentais, aos senhores de engenho para o reaparelhamento das propriedades, a recuperação dos canaviais e a compra de escravos. O objetivo era reativar a produção açucareira. Tolerância religiosa – as diversas religiões (catolicismo, judaísmo, protestantismo etc.) foram, de certo modo, toleradas pelo governo de Nassau, tendo em vista que os holandeses não tinham como objetivo expandir sua fé religiosa, o calvinismo. Este, no entanto, foi incentivado, tornando-se a religião oficial do Brasil holandês. Reforma urbanística – Nassau investiu em obras de urbanização na cidade do Recife, com a construção de casas, pontes, obras sanitárias, calçamento das ruas e praças. Criou também a cidade Maurícia, hoje um bairro do Recife. Estímulo à vida cultural – sob o patrocínio do governo de Nassau, Pernambuco recebeu artistas, médicos, astrônomos e naturalistas holandeses. Entre os pintores estavam Frans Post e Albert Eckhout, que retrataram muitas paisagens brasileiras. Nas ciências, o destaque é de George Marcgrave, que realizou estudos sobre a fauna e a flora no Brasil, e de Willen Piso, médico de Maurício de Nassau que pesquisou as doenças mais frequentes da região e as plantas medicinais já utilizadas pelos habitantes locais. Fonte: http://drummerman.sites.uol.com.br/ocupacao.htm 5 Sgt GREGÓRIO Maurício de Nassau ganhou prestígio como administrador, mas surgiram desentendimentos entre o governador e a Companhia das Índias Ocidentais. Os líderes da Companhia chegaram a acusá-lo de furtar dinheiro e quiseram limitar seus poderes. Nassau acusava a Companhia de não entender os problemas locais e de agir com excessiva ganância. Esses desentendimentos levaram à sua saída do cargo de governador-geral em 1644. A EXPULSÃO DOS HOLANDESES Quando Portugal reconquistou sua independência, em 1640, acabando com o domínio espanhol, os portugueses negociaram um acordo de paz de dez anos com os holandeses (trégua de dez anos – 1641-1651), que ainda ocupavam a capitania de Pernambucana. Esse acordo, entretanto, seria rompido antes do prazo estipulado. Com a saída de Nassau do Brasil, em 1644, a administração holandesa intensificou a busca de lucros. Os dirigentes da Companhia das Índias Ocidentais passaram a pressionar os senhores de engenho para aumentar a produção de açúcar, pagassem mais impostos e liquidassem as dívidas atrasadas. Ameaçavam confiscar os engenhos de seus proprietários, caso as exigências não fossem cumpridas. Além disso, limitaram a tolerância religiosa, proibindo os católicos de praticar livremente sua religião. INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645- 1654) Reagindo a essas pressões, grupos de luso-brasileiros iniciaram, em 1645, uma luta pela expulsão dos holandeses, conhecida como Insurreição Pernambucana. Diversos setores da colônia, como senhores de engenho, grupos de indígenas e africanos uniram-se momentaneamente para combater os holandeses. Entre as principais lideranças estavam o senhor de engenho João Fernandes Vieira, o negro Henrique Dias, o índio Antônio Felipe Camarão, e André Vidal de Negreiros. Várias batalhas foram travadas, como as Batalhas dos Guararapes (em 1648 e 1649), com vitórias dos luso- brasileiros. A Companhia das Índias Ocidentais não estava em condições de enviar reforços militares ao Brasil, devido às Guerras de Navegação entre a Holanda e a Inglaterra, e pelo envolvimento dos holandeses na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) na Europa. Os holandeses no Brasil tentavam se manter com seus próprios recursos. Depois de sucessivas derrotas, os holandeses renderam-se em 1654, na Campina da Taborda. A rendição holandesa só se consolidou, entretanto, com acordos posteriores, assinados entre Portugal e Holanda, que buscaram estabelecer a paz definitiva, como a Paz de Haia de 1661. Quadro encomendado por Mauríco de Nassau - Frans Post Fonte: http://www.disketenha.com/pernambuco.htm 6 Sgt GREGÓRIO Pelo último acordo, de 1669, Portugal, em troca do nordeste brasileiro (e de possessões na África), comprometeu-se a pagar aos holandeses uma elevada indenização em dinheiro, equivalente ao preço de 63 toneladas de ouro. CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO IBÉRICA Durante o período da dominação espanhola, Portugal, que dependia em grande medida do comércio colonial, acabou perdendo parte de suas colônias para os holandeses, franceses e ingleses. Isso, somado a todas as guerras que teve de enfrentar contra espanhóis e holandeses e à queda dos preços do açúcar no mercado internacional, conduziu o país a uma grave crise econômica. Procurando solucionar os problemas econômicos, o governo português recorreu aos ingleses e assinou diversos tratados, a fim de dinamizar de imediato a economia portuguesa, principalmente por meio de empréstimos. Além disso, adotou uma política rigorosa em relação ao Brasil, uma das poucas colônias que ainda lhe restavam. TRATADOS ECONÔMICOS ENTRE PORTUGAL E INGLATERRA Pelos tratados assinados com a Inglaterra, os soberanos portugueses receberiam proteção político-militar, e os comerciantes portugueses poderiam comprar produtos manufaturados ingleses em troca de vantagens na exploração colonial concedidas aos ingleses. Entre esses tratados, destaca-se o de Methuen, de 1703 (também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos), pelo qual o rei de Portugal se comprometia a admitir em seu reino os tecidos de lã fabricados na Inglaterra, que, em troca, compraria os vinhos portugueses. Na época, a assinatura desse tratado satisfez aos interesses de grupos econômicos de ambos os lados, mas suas consequências foram desastrosas para Portugal: contribuiu para a estagnação industrial portuguesa e levou à canalização de parte do ouro brasileiro para a Inglaterra. DECADÊNCIA ECONÔMICA Mergulhado na crise econômica, o governo português buscou explorar ao máximo as riquezas do Brasil, com destaque para o açúcar. Porém, os holandeses, expulsos do Brasil, levaram mudas de cana-de-açúcar para as Antilhas e passaram a produzir, eles próprios o açúcar, acabando com o monopólio brasileiro. Essa concorrência provocou a queda de 50% nos preços do açúcar brasileiro nos mercados internacionais entre 1650 e 1700. A empresa açucareira nordestina entrou, então, em declínio, passando por um período de readaptação, em busca de aprimoramentos técnicos tanto no sistema de produção como na mão-de-obra. Apesar do esforços, foi somente no final do século XVIII que o açúcar brasileiro recuperou parte da importância que tinha antes no comércio mundial do produto. GUERRA DOS MASCATES (1710) Devido à queda do preço do açúcar brasileiro no mercado europeu, causada pela concorrência do açúcar antilhano, os 7 Sgt GREGÓRIO ricos senhores de engenho de Olinda,principal cidade de Pernambuco na época, viram-se arruinados. Começaram, então, a pedir empréstimos aos comerciantes do povoado do Recife, que cobravam juros bastante elevados. Isso fez com que os senhores de engenho (em geral, luso-brasileiros) ficassem cada vez mais endividados, enquanto os comerciantes de Recife (em geral, portugueses) enriqueciam. Por isso, foram surgindo hostilidades entre eles. Os comerciantes portugueses, inclusive importantes atacadistas, eram conhecidos como mascates. Convencido de sua relevância social, esse grupo pediu ao rei de Portugal, D. João V, que seu povoado fosse elevado à categoria de vila. Queriam, dessa forma, que Recife fosse independente de Olinda e, assim, não ter que pagar-lhe impostos ou submeter-se às suas ordens. O pedido foi atendido pelo rei de Portugal. Não aceitando a decisão real, os senhores de engenho organizaram uma rebelião e invadiram Recife. Sem condições de resistir, os comerciantes mais ricos fugiram para não ser capturados. Esse confronto ficou conhecido como Guerra dos Mascates. Em 1711, o governo português interveio na região, reprimindo duramente os revoltosos. Porém, decretou ao mesmo tempo a anistia das dívidas dos senhores de engenho junto aos comerciantes de Recife. Os principais líderes foram presos, tiveram seus bens confiscados e condenados ao exílio. Os mascates reassumiram suas posições, e Recife tornou-se a capital de Pernambuco. OUTRAS INVASÕES ESTRANGEIRAS Franceses França Equinocial (1612-1615) - O Maranhão ainda não havia sido colonizado pelos portugueses; - Missão chefiada por Daniel de La Touche, com autorização da Coroa francesa; - Fundaram o forte de São Luís, com apoio de grupos indígenas locais; - Foram expulsos por luso-brasileiros de Pernambuco, chefiados por Jerônimo de Albuquerque e Diogo Campos, e depois reforçados por tropas de Alexandre Moura; Ataques corsários na cidade do Rio de Janeiro no início do século XVIII. Tentativas de invasão em vários pontos da costa nordestina. Ingleses Ataques piratas e corsários às cidades de Santos, Salvador e Recife. - 1583 – ataque à Santos, sendo derrotados por naus espanholas que realizaram o contra-ataque; - 1587 – saques e pilhagens em Salvador, principalmente na região de Itaparica; - 1591 – ataque e saque em Santos na noite de Natal. Depois Santos foi atacada mais uma vez, este último fracassou; - 1595 – ataque a Recife e roubo de grande quantidade de açúcar. 8 Sgt GREGÓRIO EXERCÍCIOS EM SALA 01. (FATEC) Em relação ao período da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, afirma-se: I. A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes holandeses pelo açúcar produzido na região, interesses esses que foram prejudicados devido à União Ibérica (1580-1640). II. Foi, também, uma consequência dos conflitos econômicos e políticos que envolviam as relações entre os chamados Países Baixos e o Império espanhol. III. As medidas econômicas de Nassau garantiam os lucros da Companhia das Índias Ocidentais e os lucros dos senhores de engenho, já que aumentaram a produção do açúcar. IV. A política adotada por Nassau para assentar os holandeses na Bahia acabou por deflagrar sua derrota e o fim da ocupação holandesa, graças à resistência dos índios e portugueses expulsos das terras que ocupavam. São verdadeiras as proposições: a) I e II. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, III e IV; e) II e IV. 02. (FGV) A administração de Maurício de Nassau sobre parte do Nordeste do Brasil, no século XVII, caracterizou-se a) por uma forte intolerância religiosa, representada, principalmente, por meio do confisco das propriedades dos judeus e dos católicos. b) pela proteção às pequenas e médias propriedades rurais, o que contribuiu para o aumento da produção de açúcar e tabaco em Pernambuco. c) por uma ocupação territorial limitada a Pernambuco, em função da proteção militar efetuada por Portugal nas suas colônias africanas. d) por inúmeras vantagens econômicas aos colonos e pela ausência de tolerância religiosa, representada pela imposição do calvinismo. e) pela atenção aos proprietários luso- brasileiros, que foram beneficiados com créditos para a recuperação dos engenhos e a compra de escravos. 03. (PUC) As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, estavam relacionadas à necessidade de os Países Baixos manterem e ampliarem sua hegemonia no comércio do açúcar na Europa, que havia sido interrompido a) pela política de monopólio comercial da Coroa Portuguesa, reafirmada em represália à mobilização anticolonial dos grandes proprietários de terra. b) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio entre o Brasil e Portugal. c) pela política pombalina, que objetivava desenvolver o beneficiamento do açúcar na própria colônia, com apoio dos ingleses. d) pelos interesses comerciais dos franceses, que estavam presentes no Maranhão, em relação ao açúcar. e) pela Guerra de Independência dos Países Baixos contra a Espanha, e seus consequentes reflexos na colônia portuguesa, devido à União Ibérica. 9 Sgt GREGÓRIO 04. (PUC) Em 1640, com o fim da União Ibérica, Portugal se defronta com vários problemas e desafios para administrar o Brasil Colonial e desenvolver a sua economia. Entre esses problemas, NÃO pode ser arrolada a) a expulsão dos holandeses da região açucareira do Nordeste. b) a destruição do Quilombo de Palmares, que desafiava a ordem escravista. c) a escassez de metais preciosos e a queda dos preços do açúcar. d) a expulsão dos jesuítas que dificultavam a escravização dos indígenas no estado do Grão-Pará. e) a reorganização administrativa da colônia e de sua defesa. 05. (UFPE) União Ibérica durou 60 anos e teve influência na colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre Portugal e Espanha, o Brasil: a) atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais espanhóis. b) foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar. c) conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio espanhol. d) registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a instabilidade econômica. e) conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus. 06. (EsFCEx-2003) Analise as afirmativas abaixo sobre as Invasões Holandesas no Brasil: I- Enquanto Portugal teve soberania, foi bom parceiro comercial da Holanda. II- Além do açúcar do Brasil, a Companhia das Índias Ocidentais visava, também, as minas de prata do México e do Perú. III- A tática das guerrilhas no Brasil se iniciou na Bahia. IV- Com a Insurreição Pernambucana os brasileiros não conseguiram expulsar os holandeses. Com base na análise, pode-se afirmar que: a) somente a I está correta. b) somente a II e a IV estão corretas. c) somente a III e a IV estão corretas. d) a I, a II e a III estão corretas. e) todas estão corretas. 07. (EsSA-2010) As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à expulsão do território brasileiro os invasores a) ingleses. b) franceses. c) holandeses. d) portugueses. e) espanhóis. 10 Sgt GREGÓRIO 08. (UFPE) Em relação às consequências do domínio espanhol sobre Portugal, que durou 60 anos - de 1580 a 1640 - analise as proposições a seguir: 1) A França, inimiga da Espanha, ocupou Pernambuco, área de atuação dos portugueses; 2) As relações comerciais dos portugueses com a Ásia sofreram grandes perdas; 3) Portugal, para enfrentar a crise, tornou- se dependente da Holanda, assinando com esta o tratado da Paz de Holanda; 4) A marinha portuguesa foi quase aniquilada e Portugal subordinou-se à Inglaterra assinando com esta nação vários tratados; 5) Portugal centralizou a administração coloniale estabeleceu monopólios na economia. Estão corretas: a) 2, 3 e 4. b) 3, 4 e 5. c) 1, 2 e 3. d) 2, 4 e 5. e) 1, 3 e 5. 09. (UFMG) O interesse dos holandeses em ocupar áreas no Brasil está relacionado com: a) a conquista territorial de pontos estratégicos visando quebrar o monopólio da rota da prata. b) as barreiras impostas pela Espanha à participação flamenga no comércio açucareiro. c) os contratos comerciais preferenciais firmados entre Portugal e Inglaterra. d) as solicitações dos senhores-de- engenho, insatisfeitos como o supermonopólio metropolitano. e) a instalação de técnicas mais avançadas, visando à elevação da produtividade. 10. (Mackenzie-SP) Durante a União Ibérica, Portugal foi envolvido em sérios conflitos com outras nações europeias. Tais fatos trouxeram como consequências para o Brasil Colônia: a) as invasões holandesas no Nordeste e o declínio da economia açucareira após a expulsão dos invasores. b) o fortalecimento político e militar de Portugal e colônias, devido ao apoio espanhol. c) a redução do território colonial e o fracasso da expansão bandeirante para além de Tordesilhas. d) a total transformação das estruturas administrativas e a extinção das Câmaras Municipais. e) o crescimento do mercado exportador em virtude da paz internacional e das alianças entre Espanha, Holanda e Inglaterra.
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