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CCJ0008-WL-AV1-Sociologia Jurídica e Judiciária -Trabalho-04 para AV1 _29-08-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
004 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
1 de 4 
Data: 
29/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-02/CCJ0008/Trab-004-Trabalho/WLAJ/DP 
 
TRABALHO PARA AV1 
 
Questões sobre a CNJ (Conselho Nacional de Justiça) 
 
1) Conceito de CNJ? 
 
Resposta: Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o órgão do Poder Judiciário brasileiro encarregado de 
controlar a atuação administrativa e financeira dos demais órgãos daquele poder, bem como de supervisionar o 
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
2) Localização na Constituição de 1988 (Poder Judiciário): 
 
Art.92 - São órgãos do Poder Judiciário: 
 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A - o Conselho Nacional de Justiça; (Acrescentado pela EC-000.045-2004) 
obs.dji.grau.3: Art. 5º, Reforma do Judiciário e Súmulas Vinculantes - EC-000.045-2004 
obs.dji.grau.4: Conselho (s) 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
obs.dji.grau.4: Constituição Federal; Juízes do Trabalho; Organização Judiciária 
Federal. 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais 
Superiores têm sede na Capital Federal. (Alterado pela EC-000.045-2004). 
obs.dji.grau.4: Supremo Tribunal Federal; Tribunais Superiores. 
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o 
território nacional. (Acrescentado pela EC-000.045-2004) 
 
Obs.: se estende até o artigo 100. 
 
3) Composição do CNJ, quem compõe? 
 
Resposta: Definida pela Constituição, a composição do CNJ é formada por quinze membros, com mandato de 
dois anos, com direito a recondução, cada um dos empossados, ou seja, podem assumir mais um mandato no 
CNJ. Integram a formação do corpo gerencial do órgão: 
 
 o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que preside também o Conselho (EC 61/2009); 
 um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado pelo respectivo tribunal e que atua como 
Corregedor Nacional de Justiça; 
 um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), indicado pelo respectivo tribunal; 
 um desembargador de Tribunal de Justiça (TJ), indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
 um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
004 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
2 de 4 
Data: 
29/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período--02/CCJ0008/Trab-004-Trabalho/WLAJ/DP 
 um juiz de Tribunal Regional Federal (TRF), indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 um juiz de Tribunal Regional do Trabalho (TRT), indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
 um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
 um membro do Ministério Público da União (MPU), indicado pelo procurador-geral da República; 
 um membro do Ministério Público estadual (MP), escolhido pelo procurador-geral da República dentre os 
nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; 
 dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); 
 dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e 
outro pelo Senado Federal. 
4) Competência / Atribuições do CNJ. 
 
Resposta: É da competência do CNJ manter o bom funcionamento da Justiça brasileira e, para isso, o órgão 
desenvolve ferramentas eletrônicas e promove parcerias para garantir agilidade e transparência nas atividades. 
Todas as ações promovidas pelo Conselho são destinadas a instruir o cidadão, para que ele conheça seus direitos 
perante a Justiça e possa fiscalizar o cumprimento deles. 
5) Qual o papel da Corregedoria? 
 
Resposta: O papel institucional da Corregedoria Nacional de Justiça é atuar na orientação, coordenação e 
execução de políticas públicas voltadas à atividade correcional e ao bom desempenho da atividade judiciária dos 
mais diversos tribunais e juízos do país, em conjunto com as demais Corregedorias de Justiça ou isoladamente, 
em busca da maior efetividade da prestação jurisdicional, dos serviços judiciários auxiliares, bem como dos 
serviços notariais e de registro público, com especial observância dos princípios insculpidos no art. 37 da 
Constituição da República: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
6) Casos práticos: atuação do CNJ. 
 
CNJ enfrenta esquemas de corrupção nos Estados 
 
Desvios de verbas, vendas de sentenças, contratos irregulares, nepotismo e favorecimento na liberação de 
precatórios são problemas comuns no Judiciário em todas as regiões do país. Há desde tribunais que usam 
dinheiro público para contratar serviços de degustação do café tomado pelos juízes até saques de milhões em 
sentenças negociadas pelos próprios magistrados. Em pouco mais de dois anos de inspeções realizadas nos 
Estados, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descobriu casos de pagamento de 13º salário a servidores 
exonerados, desvio de verbas de tribunal para a maçonaria, pagamento de jeton a médico de tribunal, 
associações de mulheres de magistrados administrando serviços judiciais, esquemas de empréstimos consignados 
fraudulentos envolvendo juízes e até sorteios de relatores de processos totalmente direcionados, com apenas um 
juiz concorrendo. 
"Há muitos problemas no Judiciário e eles são de todos os tipos e de todos os gêneros", afirmou ao Valor a 
ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça. 
A investigação de irregularidades e desvios cometidos por magistrados é função das corregedorias dos 
tribunais. Porém, formadas pelos próprios desembargadores, nem sempre funcionam. Houve casos em que o juiz 
acusado de desvio recebeu o próprio processo e os autos desapareceram. Também há tribunais com mais de 120 
representações contra juízes e nenhuma condenação. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
004 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
3 de 4 
Data: 
29/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período--02/CCJ0008/Trab-004-Trabalho/WLAJ/DP 
Punir magistrados que cometem desvios e determinar o fim de irregularidades nos tribunais é, hoje, o maior 
desafio da Corregedoria do CNJ, que enfrenta grandes focos de contestação. O primeiro está no Supremo 
Tribunal Federal (STF), que recebe recursos de magistrados contra o CNJ e suspendeu algumas condenações por 
entender que o Conselho não pode entrar no mérito das decisões tomadas pelos juízes, nem substituir o papel das 
corregedorias dos tribunais nos Estados. O segundo está no Congresso Nacional, onde tramitam dois projetos de 
emenda à Constituição para mudar a composição do CNJ e tornar mais difícil a votação de casos de corrupção no 
Judiciário. 
Em entrevista ao Valor, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, defendeu que as investigações contra 
juízes sejam feitas de maneira reservada, sem revelar o nome do envolvido. Ele negou que essa postura seja 
corporativista e pediu punições exemplares para os que cometeram irregularidades. 
 
CNJ traça mapa da corrupção na Justiça 
 
Judiciário: Desvios de verbas, vendas de sentenças e contratos irregulares são alguns dos problemas apurados. 
 
O Judiciário convive com casos de desvios de verbas, vendas de sentenças, contratos irregulares, 
nepotismo e criação de entidades vinculadas aos próprios juízes para administrar verbas de tribunais. Esse retrato 
de um Poder que ainda padece de casos de corrupçãoe de irregularidades foi identificado pelo Conselho Nacional 
de Justiça (CNJ) a partir de inspeções realizadas pela sua Corregedoria em quase todos os Estados brasileiros. 
"Há muitos problemas no Judiciário e eles são de todos os tipos e de todos os gêneros", afirmou ao Valor a 
ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça. Para ela, diante de tantas irregularidades na Justiça é 
difícil identificar qual é o Estado com problemas mais graves. Há centenas de casos envolvendo supostos desvios 
de juízes, entre eles, venda de sentenças, grilagem de terras e suspeita de favorecimento na liberação de 
precatórios. Além disso, o Conselho identificou dezenas de contratos irregulares em vários tribunais do país. 
No Espírito Santo, a contratação de serviços pelo Judiciário chegou ao cúmulo quando o TJ adquiriu os 
serviços de degustação de café. O CNJ mandou cancelar o contrato de "análise sensorial" da bebida, que vigorou 
até junho de 2009. O Conselho também descobriu casos de nepotismo e de servidores exonerados do TJ que 
recebiam 13º salário. 
Em Pernambuco e na Paraíba, associações de mulheres de magistrados exploraram diversos serviços, 
como estacionamento e xerox, dentro do prédio do TJ. Na Paraíba, o pagamento de jeton beneficiou não apenas 
os juízes, mas a Junta Médica do tribunal. 
Pernambuco ainda teve casos de excessos de funcionários contratados sem concurso público nos 
gabinetes. O CNJ contou 384 funcionários comissionados no TJ, a maioria nos gabinetes dos desembargadores, 
onde são tomadas as decisões. 
No Ceará, a Justiça local contratou advogados para trabalhar no TJ. É como ter agentes interessados em 
casos de seus clientes diretamente vinculados a quem vai julgá-los. Ao todo, 21 profissionais liberais trabalharam 
no TJ de Fortaleza e custaram R$ 370 mil aos cofres do Estado. 
No Pará, o CNJ determinou o fim de um contrato com empresa de bufê que chegou a fazer 40 serviços por 
ano para o TJ - em ocasiões como posses, inaugurações, confraternização natalina e na tradicional visita da 
imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Além disso, o Conselho identificou sorteios direcionados de 
juízes para decidir casos. Num desses sorteios, participou um único desembargador. 
Decisões que levam à liberação de altas quantias de dinheiro também estão sob investigação do CNJ. No 
Maranhão, sete juízes de São Luís foram afastados após o Conselho verificar que eles estavam liberando altas 
somas em dinheiro através da concessão de liminares em ações de indenização por dano moral. Uma delas 
permitia a penhora on-line de R$ 1,9 milhão e sua retirada, se necessário, com apoio de força policial. 
No Mato Grosso, dez juízes foram aposentados compulsoriamente pelo CNJ, após acusação de desvio de 
R$ 1,5 milhão do TJ para cobrir prejuízos de uma loja maçônica. 
Um sistema de empréstimos contraídos por magistrados do Distrito Federal levou o CNJ a abrir 
investigação contra a Associação dos Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer). De acordo com as denúncias, um 
magistrado da Ajufer usava o nome de outros juízes para fazer empréstimos bancários para a entidade. Sem 
saber, muitos juízes se endividaram em centenas de milhares de reais. Os conselheiros Walter Nunes e Felipe 
Locke Cavalcanti identificaram que o esquema da Ajufer era, em tese, criminoso, pois indica a prática de fraude e 
de estelionato. 
Mas o caso da Ajufer está longe de ser o mais conhecido esquema de administração de verbas por 
magistrados. Entre as entidades ligadas a juízes que gerenciaram recursos e serviços no Judiciário, a mais 
famosa foi o Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj), que funcionou por mais de 20 anos na 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Sociologia Jurídica e Judiciária 
Profa.: Maria Cristina Figueiredo Soares da Silva 
Disciplina: 
CCJ0008 
Trab: 
004 
Aluno: 
Waldeck Lemos de Arruda Júnior 
Folha: 
4 de 4 
Data: 
29/08/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período--02/CCJ0008/Trab-004-Trabalho/WLAJ/DP 
Bahia e foi fechado pelo CNJ. O Ipraj cuidou da arrecadação de recursos para o Judiciário baiano e administrou 
tanto dinheiro que chegou a repassar R$ 30 milhões para a Secretaria da Fazenda da Bahia. 
Casos de favorecimento na liberação de verbas de precatórios também chamam a atenção. Ao inspecionar 
o TJ do Piauí, o CNJ concluiu que não havia critério para autorizar o pagamento desses títulos para determinados 
credores. No TJ do Amazonas, foram identificados "indícios veementes da total falta de controle sobre as 
inscrições e a ordem de satisfação dos precatórios." 
Situação semelhante foi verificada no Tocantins. A ex-presidente do TJ Willamara Leila e dois 
desembargadores foram afastados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), após operação da Polícia Federal que 
identificou um suposto esquema de venda de sentenças e de favorecimento no pagamento de precatórios. O TJ 
tocantinense também padece de investigação de empréstimos consignados em excesso para desembargadores. 
Um magistrado chegou a ter 97% de sua remuneração comprometida. 
Em Alagoas, a equipe do CNJ identificou dezenas de problemas na administração da Justiça local. 
"Verificamos situações inadmissíveis, como a de um magistrado que, em 2008, recebeu 76 diárias acumuladas, de 
diferentes exercícios", diz o relatório feito pelo Conselho. Outro caso considerado grave envolveu o pagamento 
em duplicidade para um funcionário que ganhava como contratado por empresa terceirizada para prestar serviços 
para o mesmo tribunal em que atua como servidor. 
A troca de favores entre os governos dos Estados, as assembleias legislativas e os TJs é outro problema 
grave. Depois que o CNJ mandou cancelar o jeton na Paraíba, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei para 
torná-lo válido. Há uma troca constante de funcionários entre os três Poderes na Paraíba. Ao todo, 34,3% da força 
de trabalho da Justiça vem do Executivo Estadual e Municipal, fato que, para o CNJ, "se configura como desvio 
da obrigatoriedade de realização de concurso público". 
Essa situação chegou ao extremo no Amazonas, onde um juiz de Parintins reclamou que não tinha 
independência para julgar porque praticamente todos os servidores eram cedidos pelo município. "Quando profere 
uma decisão contra o município o prefeito retira os funcionários", diz o relatório do CNJ 
Das 3,5 mil investigações em curso no CNJ, pelo menos 630 envolvem magistrados. Entre abril de 2008 
até dezembro de 2010, o Conselho condenou juízes em 45 oportunidades. Em 21 deles, foi aplicada a pena 
máxima: o juiz é aposentado, mas recebe salário integral. Simplesmente, para de trabalhar. 
 
 
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Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
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