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O PODER JUDICIÁRIO: ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E AUXILIARES DA JUSTIÇA.
Resumo: O presente artigo tem por objetivo, apresentar a estrutura do Poder Judiciário, bem como sua composição, funções, órgãos, competência e principais características.
Palavras-chave: Justiça, jurisdição, organização judiciária.
1 O PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário, guardião das liberdades, dos direitos individuais e sociais, detentor também da função jurisdicional na prática das leis processuais, tem o poder de dizer e aplicar o direito, no âmbito nacional, assegurando assim a ordem jurídica e a paz social.
1.1 FUNÇÃO
O Poder Judiciário tem como função jurisdicional promover a pacificação de conflitos entre os cidadãos. O Estado tem por intermédio dos juízes o poder/ dever de dizer o seu direito.
_________________________
 Artigo apresentado como trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina, 3º semestre de Direito, disciplina de Teoria Geral do Processo. Profª. Elisângela Dandolini. Araranguá, 15 de junho de 2017.
O Estado também tem uma função atípica, a administrativa, que existe para viabilizar os seus objetivos. No exercício do Poder Judiciário, seus atos devem estar nos princípios constitucionais administrativos da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
 Em regra, a primeira instância corresponde ao órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário. As decisões por ela proferidas poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, composta por órgãos colegiados, dando oportunidade às partes conflitantes de obterem o reexame da matéria. É a garantia do duplo grau de jurisdição. 
Além dos recursos, cabe às instâncias superiores, em decorrência de sua competência originária, apreciar determinadas ações que, em razão da matéria ou dos cargos ocupados pelos envolvidos, lhes são apresentadas diretamente. 
1.2 ESTRUTURA
Figura 1 - Estrutura do Poder Judiciário
1.3 ORGÃOS
A Constituição Federal, no artigo 92, relaciona os órgãos que integram o Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A - o Conselho Nacional de Justiça (incluído pela EC n. 45/ 2004);
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais;
IV - os Tribunais e os Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e os Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e os Juízes Militares;
VII - os Tribunais e os Juízes dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.
2 A INDEPEDÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO 
A disposição do Poder Judiciário, como guardião das liberdades, dos direitos individuais e sociais, é mantida através da independência e imparcialidade, o qual é garantida pela Constituição Federal do Brasil.
Essas garantias correspondem à denominada independência política do Poder e de seus órgãos, a qual se manifesta no autogoverno da Magistratura, nas garantias da vitaliciedade, da inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos e na vedação do exercício de determinadas atividades, que garantem às partes a imparcialidade do juiz.
Existe ainda a Independência Jurídica dos Juízes, o qual o magistrado é subordinado apenas pela Lei, sendo livre na formação de seu convencimento.  
2.1 AS GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO
A Constituição Federal assegura ao Poder Judiciário as prerrogativas do autogoverno, auto-organização e de auto-regulamentação.
As garantias do art. 95 da Constituição Federal visam estabelecer a independência do Poder Judiciário em relação aos demais Poderes, observando sua independência ao desempenho de suas funções, mas não se pode dizer o mesmo no tocante à organização do Poder Judiciário, a qual depende frequentemente do Poder Executivo ou do Legislativo, quando não de ambos.
Para que o Judiciário possa atingir sua finalidade, que é a manutenção do ato de julgar, é necessário que lhe sejam asseguradas algumas garantias funcionais, afim de que possa atuar com independência e segurança. 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
          
3 ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA: CONCEITO, CONTEÚDO E COMPETÊNCIA LEGISLATIVA.
3.1 CONCEITO
Cabe às leis de organização judiciária estabelecer normas sobre a constituição dos órgãos encarregados do exercício da jurisdição. Estas leis são normas sobre a administração da justiça. Incumbe a elas indicar quais e quantos são os órgãos jurisdicionais, dispor sobre a superposição de uns a outros e sobre a estrutura de cada um, fixar os requisitos para a investidura e dizer sobre a carreira judiciária, determinar a época para o trabalho forense, dividindo o território nacional em circunscrições para o exercício da função jurisdicional.
3.2 CONTEÚDO
As competências referentes à administração da justiça são distribuídas em grupos fundamentais, as quais são: magistratura, duplo grau de jurisdição, composição dos juízos, divisão judiciária e épocas para o trabalho forense.
3.3 COMPETÊNCIAS LEGISLATIVA
As regras básicas da organização judiciária se encontram na Constituição Federal. Assim, cada Estado tem competência para legislar sobre sua própria organização judiciária, obedecendo às diretrizes dos artigos 93 a 97, bem como no Estatuto da Magistratura, previsto na CF.
 Continua parcialmente em vigor a lei complementar 35/1979, que estabelece normas relativas à organização, ao funcionamento, à disciplina, às vantagens, aos direitos e aos deveres da magistratura. Havendo conflitos de normas entre leis federais e estaduais em matéria de organização judiciária, estes serão resolvidos, não com base na hierarquia das leis, mas sim na discriminação de competências legislativas previstas constitucionalmente. 
No caso de competência legislativa concorrente, os estados exercerão com plenitude no caso de inexistir normas federais a respeito, sendo que a superveniência de Lei Federal sobre normas gerais suspende as normas estaduais.
4 CONTEÚDO DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA:
4.1 MAGISTRATURA
Magistratura é o conjunto de juízes que integram o Poder Judiciário. Apenas os Juízes togados são considerados magistrados.
Tem-se que a Magistratura é, por dispositivo constitucional, organizada em carreira, conforme artigo 93 da CF. Os juízes iniciam com o cargo de juiz substituto, por meio de concursos públicos e prova de títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil. Exige-se bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.
4.2 DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
 
 A fim de atender a natural inconformidade da parte vencida diante de julgamentos desfavoráveis, o ordenamento jurídico brasileiro é constituído pelo princípio do duplo grau de jurisdição: um direito de recurso para revisão da decisão por tribunal superior, o qual pressupõe ser tomada por juízes mais experientes e em regra de forma colegiada.
Mas ressaltando que não há entre juízos e tribunais qualquer hierarquia, as decisões dos órgãos inferiores podem ser revistas pelos órgãos superiores, mas cada juiz é livre ao proferir a sua sentença, ainda que contrarie a jurisprudência dos tribunais.
4.3 COMPOSIÇÃO DOS JUÍZOS
Os juízos de primeiro grau da justiça comum são monocráticos, ou seja, o julgamento é feito por um só juiz, e colegiados os órgãos superiores (tribunais). Existem órgãos colegiados de jurisdição inferior nas juntas eleitorais, nos conselhos de Justiça Militar, no Tribunal do Júri. Por outro lado, em casos raros o julgamento em grau de recurso é feito por um juiz só.
4.4 DIVISÃO JUDICIÁRIA
Tendo em vista a circunstância de que conflitos interindividuais surgem em todo território nacional, considerando que seria difícil o acesso à justiça, para as partes a existência de juízos e tribunais em um só ponto do país, surge à necessidadede dividi-lo para que as causas sejam conhecidas e solucionadas pelo Poder Judiciário em local próximo à sua própria sede. Assim, para efeitos da Justiça Federal, o país está dividido em tantas seções judiciárias quantos são os Estados, havendo também uma seção que corresponde ao Distrito Federal; nas Justiças Estaduais há a divisão de cada unidade federada em comarcas.
A comarca e a seção judiciária constituem o foro, podendo haver um ou mais juízos (varas).
4.5 ÉPOCAS PARA O TRABALHO FORENSE 
As Leis de organização judiciária discriminam as épocas do ano em que entram em recesso os juízos e os tribunais, são as chamadas férias forenses. 
As férias forenses acabam tendo influencia direta nos processos, pois os mesmos são suspensos nesse período.
O artigo 215 do Novo Código de Processo Civil traz:
Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
5 ORGÃOS NÃO JURISDICIONADOS 
 Os órgãos não jurisdicionados são órgãos que pertencem ao judiciário, porém não possuem competência jurisdicional para gerir o Estado. 
5.1 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)
Órgão de planejamento estratégico, criado por meio da emenda constitucional nº 45 de dezembro de 2004 e instalado em julho de 2005, durante a chamada ‘’reforma judiciária’’, sua principal função é preservar a transparência institucional e administrativa do poder Judiciário. Bem como, modernização tecnológica do judiciário, ampliação do acesso à justiça, pacificação e responsabilidade social, garantia de efetivo respeito às liberdades públicas e execuções penais. Tem o dever de assegurar que haja o cumprimento aos princípios constitucionais que integram a magistratura, como a necessidade da imparcialidade dos juízes e a sua total responsabilidade com os processos para que a justiça ocorra de forma eficaz e ágil. Tem como número de conselheiros 15 membros com um mandato de dois anos: O Presidente do Supremo Tribunal Federal, um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que será o Corregedor Nacional de Justiça; um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho; um Desembargador de Tribunal de Justiça; um Juiz Estadual; um Juiz do Tribunal Regional Federal; um Juiz Federal; um Juiz de Tribunal Regional do Trabalho; um Juiz do trabalho; um Membro do Ministério Público da União; um Membro do Ministério Público Estadual; dois advogados; dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada. Há também 247 servidores; 146 analistas e 101 técnicos. Além disso, integram o CNJ: o Plenário; a Presidência; a Corregedoria Nacional de Justiça; os Conselheiros; as Comissões; a Secretaria-Geral; o Departamento de Pesquisas Judiciárias -DPJ; Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas –DMF , a ouvidoria.
 A corregedoria nacional tem atribuições específicas tipificadas na constituição federal (PARAGRAFO) 5º do art. 103-B e Art. 31 do Regimento Interno do CNJ, tais como: receber as reclamações e denúncias de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários auxiliares, serventias, órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializado; determinar o processamento das reclamações; realizar sindicâncias, inspeções e correições, quando houver fatos graves ou relevantes que as justifiquem; requisitar magistrados e servidores, delegando-lhes atribuições; elaborar e apresentar relatórios referentes ao conteúdo próprio de suas atividades de correição, inspeção e sindicância; designar, dentre os magistrados requisitados, juízes auxiliares da Corregedoria do Conselho, com competência delegada; expedir instruções, provimentos e outros atos normativos para o funcionamento dos serviços da Corregedoria; sugerir ao Plenário do Conselho a expedição de recomendações e atos regulamentares que assegurem a autonomia do Poder Judiciário e o cumprimento do Estatuto da Magistratura; executar e fazer executar as ordens e deliberações do Conselho relativas à matéria de sua competência; dirigir-se, relativamente às matérias de sua competência, às autoridades judiciárias e administrativas e a órgãos ou entidades, assinando a respectiva correspondência; promover reuniões e sugerir, ao Presidente, a criação de mecanismos e meios para a coleta de dados necessários ao bom desempenho das atividades da Corregedoria; manter contato direto com as demais Corregedorias do Poder Judiciário; promover reuniões periódicas para estudo, acompanhamento e sugestões com os magistrados envolvidos na atividade correcional; delegar atribuições sobre questões específicas aos demais Conselheiros. 
5.2 OUVIDORIA DE JUSTIÇA
A ouvidoria é um dos principais meios de garantir a democracia e cidadania com a participação do cidadão na política. Por meio desta, o cidadão pode fazer denúncias, manifestações e reclamações. O CNJ elaborou uma resolução que regulamentou a Ouvidoria de Justiça, a qual segue:
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições conferidas pela Constituição Federal e pelo Regimento Interno;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar as atribuições da Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça, instituída pelo artigo 41 do Regimento Interno;
CONSIDERANDO as informações levantadas sobre a inexistência de Ouvidorias no âmbito de diversos Tribunais e a necessidade de criação desse mecanismo de comunicação entre os cidadãos e os órgãos do Poder Judiciário;
CONSIDERANDO a necessidade de integração das Ouvidorias Judiciais para permuta de informações necessárias ao atendimento das demandas dos usuários e ao aperfeiçoamento dos serviços prestados pelo Poder Judiciário;
CONSIDERANDO o deliberado pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça na 99ª Sessão, realizada em 24 de fevereiro de 2010, nos autos ATO 0001122-29.2010.2.00.0000.
RESOLVE:
Art. 1º Esta Resolução regulamenta as atribuições da Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça e a sua articulação com as demais ouvidorias do Poder Judiciário.
Art. 2º A Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça tem por missão servir de canal de comunicação direta entre o cidadão e o Conselho Nacional de Justiça, com vistas a orientar, transmitir informações e colaborar no aprimoramento das atividades desenvolvidas pelo Conselho, bem como promover a articulação com as demais Ouvidorias judiciais para o eficaz atendimento das demandas acerca dos serviços prestados pelos órgãos do Poder Judiciário.
Art. 3º A função de Ouvidor do Conselho Nacional de Justiça será exercida pelo Conselheiro eleito pela maioria do Plenário, juntamente com o seu substituto, para período de um ano, admitida a recondução.
Parágrafo único. O Ouvidor do Conselho Nacional de Justiça exercerá a direção das atividades da Ouvidoria, podendo baixar regras complementares acerca de procedimentos internos, observados os parâmetros fixados nesta Resolução e na Resolução n. 79, de 9 de junho de 2009, deste Conselho.
Art. 4º Compete à Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça:
I - receber consultas, diligenciar junto aos setores administrativos competentes e prestar informações e esclarecimentos sobre atos, programas e projetos do Conselho Nacional de Justiça;
II - receber informações, sugestões, reclamações, denúncias, críticas e elogios sobre as atividades do Conselho e encaminhar tais manifestações aos setores administrativos competentes, mantendo o interessado sempre informado sobre as providências adotadas;
III - promover a interação com os órgãos que integram o Conselho e com os demais órgãos do Poder Judiciário visando o atendimento das demandas recebidas e aperfeiçoamento dos serviços prestados;
IV - sugerir aos demais órgãos do Conselho a adoção de medidas administrativas tendentes ao aperfeiçoamentodas atividades desenvolvidas, com base nas informações, sugestões, reclamações, denúncias, críticas e elogios recebidos;
V - promover a integração entre as Ouvidorias judiciais visando à implementação de um sistema nacional que viabilize a troca das informações necessárias ao atendimento das demandas sobre os serviços prestados pelos órgãos do Poder Judiciário.
VI - apresentar e dar publicidade aos dados estatísticos acerca das manifestações recebidas e providências adotadas;
VII - encaminhar ao Plenário do Conselho Nacional de Justiça relatório trimestral das atividades desenvolvidas pela Ouvidoria.
Art. 5º A Ouvidoria terá estrutura permanente e adequada ao cumprimento de suas finalidades e a coordenação das atividades será exercida por servidor indicado pelo Conselheiro Ouvidor.
Parágrafo único. À Coordenação da Ouvidoria compete organizar o atendimento aos usuários, acompanhar e orientar o atendimento das demandas recebidas, elaborar estatísticas e relatórios, sugerir providências e prestar auxílio ao Conselheiro Ouvidor no exercício de suas atribuições.
Art. 6º O acesso à Ouvidoria poderá ser realizado pessoalmente, na sede do Conselho, por carta, por ligação telefônica ou por meio de formulário eletrônico disponível na página do Conselho na internet.
Art. 7º Não serão admitidas pela Ouvidoria:
I - consultas, reclamações, denúncias e postulações que exijam providência ou manifestação da competência do Plenário ou da Corregedoria Nacional de Justiça;
II - notícias de fatos que constituam crimes, tendo em vista as competências institucionais do Ministério Público e das polícias, nos termos dos arts. 129, inciso I, e 144 da Constituição Federal;
III - reclamações, críticas ou denúncias anônimas;
§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos I e II, a manifestação será devolvida ao remetente com a devida justificação e orientação sobre o seu adequado direcionamento; na hipótese do inciso III a manifestação será arquivada.
§ 2º As reclamações, sugestões e críticas relativas a órgãos não integrantes do Poder Judiciário serão remetidas aos respectivos órgãos, comunicando-se essa providência ao interessado.
Art. 8º As unidades componentes da estrutura orgânica do Conselho Nacional de Justiça prestarão as informações e esclarecimentos solicitados pela Ouvidoria para atendimento às demandas recebidas.
Art. 9º Os Tribunais mencionados no artigo 92, incisos II a VII, da Constituição Federal, deverão criar suas Ouvidorias judiciais, no prazo de sessenta dias, com estrutura permanente e adequada ao atendimento das demandas dos usuários, atribuindo-lhes as seguintes competências dentre outras que entenderem compatíveis com a sua finalidade:
I - receber consultas, diligenciar junto aos setores administrativos competentes e prestar informações e esclarecimentos sobre os atos praticados no âmbito do respectivo tribunal;
II - receber informações, sugestões, reclamações, denúncias, críticas e elogios sobre as atividades do tribunal e encaminhar tais manifestações aos setores administrativos competentes, mantendo o interessado sempre informado sobre as providências adotadas;
III - promover a apuração das reclamações acerca de deficiências na prestação dos serviços, abusos e erros cometidos por servidores e magistrados, observados à competência da respectiva Corregedoria;
IV - sugerir aos demais órgãos do Tribunal a adoção de medidas administrativas tendentes à melhoria e ao aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas, com base nas informações, sugestões, reclamações, denúncias críticas e elogios recebidos;
V - apresentar e dar publicidade aos dados estatísticos acerca das manifestações recebidas e providências adotadas;
VI - encaminhar ao Presidente do Tribunal relatório das atividades desenvolvidas pela Ouvidoria, com a periodicidade fixada pelo respectivo tribunal.
§ 1º As Ouvidorias judiciais deverão ser dirigidas por magistrados escolhidos pelo Órgão Especial ou Tribunal Pleno, para período mínimo de um ano, permitida a recondução.
§ 2º Os Tribunais que já tenham instituído suas Ouvidorias deverão providenciar a adequação de seus atos aos parâmetros fixados nesta Resolução, no prazo de sessenta dias.
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
(Resolução Nº 103 de 24/02/2010).
Com isso, os tribunais brasileiros aderiram a Ouvidoria. É possível entrar em contato com estas através de formulários eletrônicos em seus sites, bem como em seus determinados endereços e telefones.
O Congresso Nacional de Justiça trás elencado em seu site a importância deste órgão para a sociedade: 
A Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça é um canal de comunicação direta entre você e o Conselho. Nosso objetivo é orientar, transmitir informações e colaborar no aprimoramento das atividades desenvolvidas pelo Conselho e pelo Poder Judiciário. A Ouvidoria é um espaço de participação social e de construção da democracia, e permite a cooperação ativa dos cidadãos no controle da qualidade dos serviços públicos. Os relatos recebidos na Ouvidoria CNJ serão analisados individualmente e respondidos conforme o caso. Se a questão apresentada se encontrar dentro do âmbito de atuação da Ouvidoria/CNJ, a demanda será tratada e encaminhada de forma a permitir a sua solução. A participação registrada pelo cidadão na Ouvidoria, considerada em conjunto com outras manifestações, servirá de base para a adoção de medidas e implementação de ideias que ajudarão na melhoria do Poder Judiciário brasileiro. A Ouvidoria do CNJ também é responsável pelo Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) no Conselho Nacional de Justiça, a fim de garantir o efetivo direito constitucional à informação e interagir com as demais unidades do órgão pela ampliação da transparência do CNJ, em cumprimento à Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação).
Além disso, é especificado como o cidadão poderá acionar o CNJ. O cidadão deverá formular uma petição, obedecendo aos requisitos previstos no regime interno do CNJ. É dispensável a presença de um advogado, porém o peticionante deverá identificar-se e apresentar endereço. Em sua petição, o cidadão deverá retratar a denúncia ou reclamação e dizer que de forma ele espera que o CJN solucione o problema. 
Ainda no site do CNJ é demonstrado como o cidadão deverá encaminhar sua petição:
O peticionamento ao CNJ foi disciplinado pela Portaria nº 52, de 20 de abril 2010, e pode ser feito de forma eletrônica e em papel:
- Requerimento eletrônico: É necessário o certificado digital para acessar o Processo Judicial Eletrônico (PJe). São obrigados a peticionar eletronicamente magistrados, advogados, Tribunais, órgãos e instituições públicas e pessoas jurídicas em geral.O peticionamento eletrônico (via PJe) também exige que o requerimento esteja acompanhado, obrigatoriamente, de cópias do documento de identidade, do CPF e do comprovante ou declaração de residência do requerente, salvo impossibilidade expressamente justificada no requerimento inicial (conforme Portaria 174, de 26 de setembro de 2007, publicada no DJ, seção 1, do dia 2.10.2007). 
- Requerimento em papel: deverá ser utilizado por pessoas que não estão obrigadas a peticionar eletronicamente (partes/interessados não inseridos no grupo acima), conforme rege a Portaria n.º 52, de 20 de abril de 2010). O requerimento em papel poderá ser enviado pelos Correios para o Protocolo do CNJ (Endereço: SEPN 514, lote 9, Bloco D - Brasília/DF CEP: 70.760-544) ou mediante comparecimento pessoal do interessado. O requerimento deve ser assinado e conter, obrigatoriamente, cópias do documento de identidade, do CPF e do comprovante ou declaração de residência do requerente, salvo impossibilidade expressamente justificada no requerimento inicial (conforme Portaria 174, de 26 de setembro de 2007). 
Caso o peticionante não tenha meios para digitalizar sua petição:
O Conselho Nacional de Justiça disponibiliza em suas dependências equipamentos de digitalização e de acesso à internet aos interessados para encaminhamento, quando apresentadas perante a Seçãode Protocolo do CNJ, peças processuais e documentos em meio físico. A Seção de Protocolo fica localizada no SEPN 514, lote 9, Bloco D - Brasília/DF.
	
Com a superlotação de processos no poder judiciário é visível a necessidade de novos meios que busquem resolver as lides de maneira simples e eficaz. Analisando esta questão, foi criado um projeto denominado ''Ouvidorias de Justiça: Agentes potencializadores da Mediação e Conciliação''. De iniciativa do CNJ e dos tribunais, o projeto visa diminuir os conflitos da sociedade. 
Para Allemand:
Nossa intenção é fazer que as ouvidorias possam instigar o cidadão a liquidar o conflito de maneira mais rápida e simples, por meio dos mecanismos disponíveis no próprio Judiciário.
A ideia visa capacitar os servidores, por meio de palestras e cursos para que eles possam encaminhar o cidadão a uma solução mais simples e eficaz de sua lide. 
5.3 ESCOLAS DE MAGISTRATURA
Órgão não jurisdicionado, as escolas de magistratura servem para capacitar o bacharel em direito na futura profissão de juiz, além de regulamentar os concursos para ingresso. Foi regulamentada por meio da Resolução Nº 3, de 30 de novembro de 2006:
Dispõe sobre a instituição da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados e dá outras providências.
O PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições
legais e considerando o decidido na Sessão Plenária de 29 de novembro de 2006,
RESOLVE:
Art. 1º Fica instituída, junto ao Superior Tribunal de Justiça, a Escola Nacional de
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM, com o objetivo de
regulamentar, autorizar e fiscalizar os cursos oficiais para ingresso e promoção na
carreira da Magistratura, nos termos do art. 105, parágrafo único, inciso I, da
Constituição Federal.
Art. 2º Compreendem-se no objetivo estabelecido no artigo anterior as seguintes
atividades:
I - definir as diretrizes básicas para a formação e o aperfeiçoamento de Magistrados;
II - fomentar pesquisas, estudos e debates sobre temas relevantes para o
aprimoramento dos serviços judiciários e da prestação jurisdicional;
III - promover a cooperação com entidades nacionais e estrangeiras ligadas ao ensino,
pesquisa e extensão;
IV - incentivar o intercâmbio entre a Justiça brasileira e a de outros países;
V - estimular, diretamente ou mediante convênio, a realização de cursos relacionados
com o objetivo da ENFAM, dando ênfase à formação humanística;
VI - habilitar, para os efeitos do art. 93, inciso II, alínea “c”, e inciso IV, da
Constituição da República, cursos de formação e aperfeiçoamento de magistrados
oferecidos por instituições públicas ou privadas;
VII - formular sugestões para aperfeiçoar o ordenamento jurídico.
Art. 2º Compreendem-se no objetivo estabelecido no artigo anterior as seguintes
atribuições:
V – promover, diretamente ou mediante convênio, a realização de cursos relacionados
com os objetivos da Enfam, dando ênfase à formação humanística;
VI – habilitar e fiscalizar, nos termos do art. 93, II, 'c', e IV, e 105, parágrafo único, da
Constituição da República, os cursos de formação para ingresso na magistratura e,
para fins de vitaliciamento e promoção na carreira, os de aperfeiçoamento;
VIII – definir as diretrizes básicas e os requisitos mínimos para a realização dos
concursos públicos de ingresso na magistratura estadual e federal, inclusive
regulamentar a realização de exames psicotécnicos;
IX - apoiar, inclusive financeiramente, a participação de magistrados em cursos no
Brasil ou no exterior indicados pela Enfam;
X – apoiar, inclusive financeiramente, as escolas da magistratura estaduais e federais
na realização de cursos de formação e de aperfeiçoamento. 
Fonte: Diário da Justiça, 4 dez. 2006. Seção 1, p. 158.
Parágrafo único. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados
gozará de autonomia didática, científica e pedagógica, bem como de autonomia
administrativa e financeira, observado o disposto no § 2º do art. 3º desta resolução.
(Redação dada pela Resolução n. 5 de 19 de junho de 2008)
Art. 3º Compõem a estrutura orgânica da ENFAM o Conselho Superior, o Diretor-Geral
e o Vice-Diretor.
§ 1º O Conselho Superior, dirigido pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça, é
integrado pelos membros do Conselho de Administração do Tribunal.
§ 2º O Conselho Superior é o órgão máximo da ENFAM, responsável pela formulação
das diretrizes básicas do ensino, pelo planejamento anual e pela supervisão
permanente das atividades acadêmicas e administrativas.
§ 3º Junto ao Conselho Superior, atuarão, sem direito a voto, dois Magistrados de
segundo grau, designados, respectivamente, pela Associação dos Magistrados
Brasileiros e pela Associação dos Juízes Federais do Brasil.
§ 4º O Diretor-Geral e o Vice-Diretor, ambos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
serão eleitos por seus pares (Tribunal Pleno) para mandato de dois anos, proibida a
recondução, e exercerão suas funções sem prejuízo das atividades judicantes.
§ 5º Compete ao Diretor-Geral gerir as atividades administrativas e técnicas da
ENFAM.
Art. 3º Compõem a estrutura orgânica da Enfam o Conselho Superior e a DireçãoGeral.
§ 1º Integram o Conselho Superior:
I - o Diretor-Geral da Enfam, que o presidirá;
II - o Vice-Diretor da Enfam;
III - o Diretor do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal;
IV - dois Ministros do Superior Tribunal de Justiça membros efetivos do Conselho da
Justiça Federal;
V - quatro magistrados, representando a Justiça Estadual e a Justiça Federal
eqüitativamente, sendo dois eleitos pelo Tribunal Pleno do Superior Tribunal, um
indicado pela Associação dos Juízes Federais e outro pela Associação dos Magistrados
do Brasil, todos para mandato de dois anos.
§ 2º O Conselho Superior é o órgão responsável pela formulação das diretrizes básicas
do ensino, pelo planejamento anual e pela supervisão permanente das atividades
acadêmicas e administrativas.
§ 3º O Conselho reunir-se-á por convocação de seu Presidente, na forma que dispuser
o Regimento, exigindo-se, sempre, a presença de, pelo menos, cinco de seus
integrantes.
§ 4º Caberá ao Conselho Superior aprovar a estrutura orgânica da Escola com as
atribuições dos respectivos cargos.
§ 5º A Direção-Geral é composta pelo Diretor-Geral e pelo Vice-Diretor, ambos
Ministros do Superior Tribunal de Justiça, eleitos por seus pares (Tribunal Pleno) para
mandato de dois anos.
§ 6º O Diretor-Geral terá direito a voto em todas as matérias submetidas à apreciação
do colegiado.
§ 7º Compete ao Diretor-Geral gerir as atividades administrativas e técnicas da Enfam,
cabendo-lhe, entre outras funções, as seguintes:
I – dirigir, coordenar e fiscalizar as atividades da Escola;
II – autorizar a realização de despesas;
III – cumprir e fazer cumprir as disposições estatutárias relativas à organização e
funcionamento da Escola, bem como as deliberações tomadas pelo Conselho Superior; 
Fonte: Diário da Justiça, 4 dez. 2006. Seção 1, p. 158.
IV – indicar servidores para ocupar os cargos comissionados e exercer as funções
comissionadas do quadro administrativo da Escola;
V – designar representantes para eventos nacionais ou internacionais organizados quer
por entidades congêneres ou afins, quer por entidades às quais a Enfam seja associada
ou filiada.
§ 8º Compete ao Vice-Diretor:
I – substituir o Diretor-Geral em suas ausências ou impedimentos;
II - colaborar com o Diretor-Geral na administração da Escola.
(Redação dada pela Resolução n.5 de 19 de junho de 2008)
Art. 4º A ENFAM contará com um Secretário-Executivo, com quadro próprio de pessoal
e recursos contemplados em Unidade Orçamentária específica vinculada ao Superior
Tribunal de Justiça.
Parágrafo único. O Diretor-Geral indicará o Secretário-Executivo e lhe delegará
atribuições.
Art. 4º A Enfam disporá de Secretaria-Executiva, cujas atribuições serão definidas em
Regimento.
§ 1º O Diretor-Geral indicará o Secretário-Executivo e lhe delegará atribuições.
§ 2º A Enfam contará com quadro próprio de pessoal, cujos cargos serão providos por
concursopúblico, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, declarados em
lei, de livre nomeação e exoneração.”
(Redação dada pela Resolução n.5 de 19 de junho de 2008)
Art. 5º O Superior Tribunal de Justiça prestará apoio à ENFAM para executar sua
gestão administrativa, mediante protocolo de cooperação a ser firmado entre as
partes.
§ 1º O Superior Tribunal de Justiça designará funcionários para servir na ENFAM, até
que esta conte com quadro próprio.
§ 2º Serão supridas pelo Superior Tribunal de Justiça as necessidades de recursos
materiais, financeiros e patrimoniais da ENFAM, enquanto não houver créditos
específicos a ela consignados como Unidade Orçamentária do STJ.
Art. 6º Cabe ao Diretor-Geral, ou ao Secretário-Executivo, por delegação:
I - solicitar formalmente à Secretaria do STJ apoio técnico e administrativo para seu
funcionamento;
II - assinar contratos firmados em nome da ENFAM e atuar como gestor e ordenador
de despesa, quando houver orçamento próprio;
III - gerir recursos humanos e materiais colocados à sua disposição.
Art. 7º A ENFAM terá seu Regimento Interno aprovado pelo Tribunal Pleno do Superior
Tribunal de Justiça.
Art. 8º Enquanto não tiver sido aprovado o Regimento Interno, caberá ao Diretor-Geral
conduzir os misteres que envolvam a efetiva aplicação da presente resolução.
Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
(Resolução nº 3, de 30 de novembro de 2006.)
A ENFAM (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados) é o órgão oficial responsável por habilitar e fiscalizar as escolas de magistraturas que desempenham a função de capacitação de juízes de direito e federais do Brasil. Ela é responsável por regulamentar e autorizar os cursos para ingresso, vitaliciamento e promoção na carreira de magistratura. 
A estrutura orgânica da Enfam é formada pelo conselho superior e a direção-geral. 
O conselho superior é assessorado pelo comité Técnico de formação e Pesquisa (CTAF), que é composta por juízes de primeiro grau indicados pela escola. Fazem parte do Conselho Superior:
· o diretor-geral, que o preside;
· o vice-diretor;
· o diretor do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF);
· dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e
· quatro magistrados, representando a Justiça Estadual e a Federal equitativamente, sendo dois eleitos pelo Pleno do Tribunal, um pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e um pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB)
O vice-diretor e o diretor-geral são ministros do STJ e são eleitos por seus pares para mandato de dois anos. 
Conforme o capítulo II, do regime interno da EFAM, compete à escola
Art. 2º Nos termos do inciso II, alínea “c”, incisos IV e VIII-A do art. 93, e do parágrafo único, inciso I, do art. 105 da Constituição Federal cabe à Enfam regulamentar,
habilitar, autorizar e fiscalizar cursos oficiais para ingresso, vitaliciamento, promoção e
formação continuada na carreira da magistratura, e ainda:
I – definir as diretrizes básicas para a formação e aperfeiçoamento de magistrados;
II – fomentar pesquisas, estudos e debates sobre temas relevantes para o
aprimoramento dos serviços judiciários e da prestação jurisdicional;
III – promover a cooperação com entidades nacionais e estrangeiras ligadas ao
ensino, pesquisa e extensão;
IV – incentivar o intercâmbio entre a Justiça Brasileira e a de outros países;
V – promover, diretamente ou mediante convênio, a realização de cursos
relacionados aos objetivos da Enfam, de caráter profissional ou humanístico;
VI – formular sugestões e propostas para aperfeiçoar o sistema jurídico do País;
VII – definir as diretrizes básicas e os requisitos mínimos para a realização dos
concursos públicos de ingresso na magistratura estadual e federal, inclusive regulamentar
a realização de exames psicotécnicos;
VIII – apoiar, inclusive financeiramente, a participação de magistrados em cursos
no Brasil ou no exterior;
IX – apoiar as Escolas Judiciais e da Magistratura na realização de eventos,
pesquisas e cursos;
X – realizar eventos nas áreas de seu interesse;
XI – fixar as bases do modelo didático-pedagógico de ensino profissional e
humanístico para magistrados, na modalidade presencial, semipresencial e a distância;
XII – regulamentar os cursos oficiais para o ingresso, a formação inicial e o
aperfeiçoamento de magistrados e de formadores, bem como a coordenação das Escolas
Judiciais e de Magistratura, estas últimas quando em atuação delegada;
XIII – analisar o planejamento anual elaborado pelas Escolas Judiciais e da
Magistratura;
XIV – repassar ao Conselho Nacional de Justiça o relatório consolidado das ações
desenvolvidas, no seu âmbito de atuação, para fins de registro e divulgação com os
demais dados estatísticos do Poder Judiciário;
XV – elaborar, anualmente, tabela com os valores mínimos e máximos de
remuneração de professores e membros de bancas examinadoras de concurso, quando
integrantes do Poder Judiciário, observados os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade.
As escolas de magistratura são diversas pelo país. Em Santa Catarina temos a Cejur - Academia Judicial. Criado em 9 de outubro de 1991, coforme seu plano de desevolvimento, sua missão institucional é: ''Contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento de servidores e magistrados, em suas respectivas áreas de atuação, oportunizando a qualificação e a pesquisa, em prol da melhoria na prestação da atividade jurisdicional, bem como a efetivação da educação profissional no âmbito do Poder Judiciário catarinense.''
6 JUSTIÇA COMUM 
Composta pela justiça federal que é formado pelos 5 Tribunais Regionais Federais (TRFs), pelos juízes federais e juizados federais; Pela justiça comum estadual ou ordinária, fazem parte os 27 tribunais de justiça dos Estados, também pelos juízos de primeiro grau de jurisdição; Pela justiça do distrito federal e territórios, que são organizados e mantidos pela União. 
7 JUSTIÇA ESPECIAL 
Composta pela Justiça do Trabalho (não tem competência penal, apenas cabe à ela julgar conflitos individuais e coletivos proveniente das relações trabalhistas), Justiça Eleitoral, Justiça Militar da União e Justiça militar dos Estados. 
8 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, o qual é composto pelos seguintes orgãos: Conselho Nacional de Justiça; Superior Tribunal de Justiça; Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Tribunal Superior do Trabalho; Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho; Tribunal Superior Eleitoral; Tribunais Regionais Eleitorais e Juízes Eleitorais; Superior Tribunal Militar; Tribunais e Juízes Militares; e Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
. A estrutura do Supremo Tribunal Federal é composta por onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco (35) e menos de sessenta e cinco ( 65) anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 12, § 3º, IV, e art. 101, da Constituição Federal). Além disso, não podem ter assento, simultaneamente, no Tribunal, parentes consangüíneos ou afins na linha ascendente ou descendente, e na colateral, até o terceiro grau, inclusive (art. 18 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 
O cargo de Ministro do STF é vitalício (art. 95 da Constituição Federal c.c art. 16 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). O processo de nomeação, descrito no art. 101 da Constituição Federal, inicia-se com indicação pelo Presidente da República, observada a satisfação dos pré-requisitos constitucionais. Em seguida, o indicado deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal, cuja deliberação é precedida de argüição pública pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa Legislativa mencionada. Aprovado pelo Senado, o escolhido é nomeado pelo Presidente da República e está habilitado a tomar posse no cargo, em sessão solene do Plenário do Tribunal.
O Ministro então, apenas perderá o cargo por renúncia, aposentadoriacompulsória (aos 70 anos de idade) ou impeachment. É atribuição do Senado Federal a competência para processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade, segundo a Constituição Federal, em seu art. 52, II. O mesmo dispositivo, em seu parágrafo único, estabelece que a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, limitar-se-á à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
São órgãos do Tribunal: o Plenário, as duas Turmas e o Presidente. O Plenário é composto pelos onze Ministros e é presidido pelo Presidente do Tribunal. As Turmas são constituídas, cada uma, de cinco Ministros. O Ministro mais antigo preside a Turma..
Os Ministros do Supremo Tribunal Federal se reúnem, ordinariamente, três vezes durante a semana para o julgamento de processos. Às terças-feiras, ocorrem as sessões das duas Turmas de julgamento, composto por cinco Ministros cada, excluído o Presidente do Tribunal. Às quartas e quintas-feiras os onze Ministros reúnem-se nas sessões do Tribunal Pleno.
O Presidente do Tribunal é a pessoa que conduz as sessões de julgamento. Após a leitura, pelo Ministro relator do processo, do relatório descritivo da controvérsia constitucional, e das sustentações orais dos advogados e do representante do Ministério Público, abre-se a oportunidade para que cada Ministro profira seu voto. Nos processos de controle abstrato de constitucionalidade, é exigido um quorum mínimo de 8 ministros. A questão constitucional será decidida se houver pelo menos 6 votos no sentido da procedência ou da improcedência da ação. Os votos são revelados, em caráter público, apenas na sessão de julgamento. Por isso, é comum que os votos produzam intensos debates entre os Ministros da Corte. Se houver necessidade de refletir sobre o tema debatido, ante os argumentos levantados na ocasião do debate, é facultado aos Ministros fazerem pedido de vista do processo. O que está previsto no Código de Processo Civil, no art. 555, § 2º. O pedido de vista é corolário da democracia, pois visa à qualificação do debate, ao incremento da argumentação, ao aperfeiçoamento do raciocínio.
Da finalização do julgamento, o relator do processo, ou o condutor do voto vencedor, deverá redigir o acórdão, que será publicado no Diário da Justiça, publicação diária, de circulação nacional, da imprensa oficial brasileira.
9 JUSTIÇA ESTADUAL
	 
A Justiça Estadual integra a jurisdição comum, em oposição à jurisdição especial, desempenhada pela Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.
São constituídas de dois tipos de órgãos correspondentes a dois órgãos de jurisdição. 
Os órgãos de 1º grau são Juízes de Direito, que são monocráticos, salvo em tribunais de júri, que são colegiados, pois são formados com a participação popular.
Os órgãos de 2º grau são Tribunais de Justiça e Tribunais de Alçada, que são órgãos de composição colegial, integrados por desembargadores. Tem sede na capital do respectivo Estado, e tem jurisdição sobre seu território. 
O território do Estado é dividido em comarcas, e cada comarca é sede de um ou mais juízes de direitos.
9.1 JUIZ DE DIREITO	
O Juiz de Direito ou Juiz Estadual, tua na Justiça comum estadual e é responsável por decidir conflitos de interesses entre pessoas físicas, empresas e o poder público, assegurando a dignidade humana e prezando por uma solução pacífica dos impasses. Como citado anteriormente, os órgãos de 1º grau são monocráticos, compostos de um juiz singular, e são distribuídos por comarca. As comarcas são classificadas em entrância, segundo os critérios da Lei de Organização Judiciária.
9.2 TRIBUNAIS DE JUSTIÇA
Tribunais de Justiça são o órgãos de 2º grau do Estado. É composto por desembargadores, escolhidos 4/5 entre os Juízes de Direito e 1/5 entre advogados e membros do Ministério Público. Os Tribunais são divididos em seções civis e criminais, câmaras civis e criminais.
A competência dos Tribunais de Justiça é originária ou recursal. A competência originária é disciplinada na Constituição Estadual e respectivas leis de organização judiciária. A competência recursal trata-se do julgamento dos recursos interpostos das decisões proferidas pelos Juízes de Direito.
10 JUSTIÇA DA UNIÃO
A Justiça da União é constituída por órgãos isolados ou por conjuntos unitários de órgãos, que são mantidos e estruturados pela União. 
Não podemos confundir Justiça da União com função jurisdicional do Estado. As Justiças da União e Estaduais exercitam a mesma função juridicional, e não há qualquer dependência entre elas. 
Para Rocha (2005):
A divisão das Justiças em Justiças da União e dos Estados membros decorre da forma federativa do Estado brasileiro, dizendo respeito à organização e manutenção dessa Justiças, umas pela União, outras pelos Estados-Membros, nada tendo a ver com sua essência de órgão do Judiciário, predisposto ao exercício da mesma função jurisdicional do Estado, essência que é comum a todas elas.
11 JUSTIÇA FEDERAL
A Justiça Federal é composta por vários órgão do 2º grau, os Tribunais Regionais Federal, de juízes federais e de juizados especiais federais.
11.1 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Composto por cinco locais, sendo localizados em Recife, Brasília, Riod de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Os juízes são nomeados pelo presidente, são escolhidos dentro do possível no próprio local de jurisdição, sendo esses brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco. A escolha se dá 1/5 entre advogados com mais de dez anos de atuação na área, e membros do Ministério Público Federal também com mais de dez anos de serviços. O restante se dá conforme promoção de juízes federais com mais de cinco anos de serviços, conforme antiguidade e merecimento.
A competência dos tribunais regionais federais Está no artigo 108, I e II da Constituição Federal sendo esta originária e recursal. A competência recursal é para recursos nas causas decididas por juízes federais e estaduais, sendo estes da competência Federal na área de sua jurisdição.
11.2 JUÍZOS FEDERAIS
São compostos por um juiz, são órgãos do primeiro grau da Justiça Federal. Como forma de administração da Justiça Federal, o território nacional é dividido em seções judiciárias, sendo que cada estado constitui uma seção judiciária, tendo por sede sua capital. Segundo o artigo 110 da Constituição Federal os juízes federais estão nas capitais dos estados e do Distrito Federal, em cidades do interior. A competência esta em julgar os que tramitam na justiça federal comum, tendo esta competência para julgar as causas que envolvem a união e seus entes federais. O 1° grau da Justiça Federal é composto por varas cíveis, varas de execução fiscal, criminais e juizados especiais federais cíveis e criminais.
11.3 JUIZADOS ESPECIAIS DA JUSTIÇA FEDERAL
São órgãos da Justiça Federal, assim como acontece nos juizados especiais da justiça dos estados e do Distrito Federal, que são órgãos dessas justiças. Com estes juizados a dificuldade de acesso à justiça federal vem decaindo, a lei 10.219 de 2001 foi que instituiu os juizados especiais cíveis e criminais da Justiça Federal.
12 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O Superior Tribunal de Justiça trata da constitucionalidade das leis. É composto de 33 ministros, aprovados pelo Senado Federal e nomeado pelo Presidente da República. São escolhidos 1/3 juízes do Tribunais Regionais Federais, 1/3 desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice, elaborado pelo Superior Tribunal de Justiça, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual e do Distrito Federal e Territórios, indicados em lista sêxtupla, elaborado pelos órgãos de representação das respectivas categorias.
O STJ tem competência originária (art. 105, I, CF) e recursal podendo ser ordinária (art.105, II), e especial (art.105, III). 
Conforme Rocha (2005):
O que releva na competência do Superior Tribunal de Justiça é o seu poder de conhecer orecurso especial tendente a assegurar a vigencia e uniformidade da lei federal quando a decisão recorrida for proferida pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.
O recurso especial é meio de impugnação estritamente de direito e não de fato, por isso, resguarda a exata observância e a uniforme interpretação da lei federal. Ou seja, na apreciação do recurso especial, o STJ verificará apenas se há violação à vigência ou validade da lei federal, ou divergência de interpretação da lei federal entre a decisão recorrida e o outro Tribunal.
Administrativamente, o Conselho de Justiça Federal funciona junto ao Superior Tribunal de Justiça, cabendo-lhe, previsto em lei, supervisão administrativa e orçamentária.
13 JUSTIÇA DO TRABALHO
É formada por órgãos do terceiro segundo e primeiro grau. Órgão do terceiro grau é o Tribunal Superior do Trabalho que fica em Brasília, o de segundo grau os tribunais regionais do trabalho e de primeiro grau os juízos do trabalho, os locais onde não tiver juízos do trabalho os Juízos de Direito da Justiça dos Estados substituem. A justiça do trabalho é organizada para julgar e regular como também processar as desavenças entre patrão e empregado. Cada estado deve ter ao menos um Tribunal Regional do Trabalho CF Art. 112. Resolver os conflitos é o objetivo da Justiça do Trabalho, aplicando aquilo de que é direito, corrigindo desequilíbrios entre os trabalhadores e seus empregadores.
O artigo 114 da CF, compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangendo os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados Federados e dos municípios; As ações que envolvam exercício do direito de greve; As ações sobre representação sindical entre sindicatos entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores; Os mandados de segurança habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição; Os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista ressalvados os dispostos no art. 102 & I.
Compete também processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho; as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; a execução de ofício das contribuições sociais previstas no Artigo 195 e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir; outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho na forma da lei.
13.1 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
É composto de 17 juízes (ministros) é o órgão mais alto da Justiça do Trabalho, tem sede em Brasília sua jurisdição em todo território nacional. Os ministros são nomeados pelo presidente da república depois de aprovados pelo Senado Federal. Desses 17, 3 são escolhidos entre membros do Ministério Público do Trabalho, três entre advogados em efetivo serviço, e 11 entre magistrados dos tribunais regionais do trabalho que integram a carreira da magistratura trabalhista.
Funcionamento se dá em plenário ou em turmas, os ministros devem ser brasileiros entre mais de 35 e menos de 65 anos. A competência originária e recursal e as turmas do Tribunal Superior do Trabalho estão no artigo 702 da consolidação das leis do trabalho. Funcionam junto ao TST a escola nacional de formação e a profissão de magistrados no trabalho cabendo-lhe dentre outras funções regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.
O conselho superior da Justiça do Trabalho cabe exercer na forma da lei a supervisão administrativa orçamentária financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo grau como órgão central do sistema cujas decisões terão efeito vinculante
13.2 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
São escolhidos entre os juízes do trabalho, advogados e membros do Ministério Público. O Número de representantes varia conforme a composição de cada tribunal. O Presidente da República que nomeia os juízes dos tribunais regionais do trabalho. No Brasil há pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada estado e no Distrito Federal. Primeira e segunda regiões são obrigados a se dividir em turmas. Os tribunais regionais do trabalho com 12 ou mais membros podem ou não adotar a divisão em turmas, os demais só em plenário possuem também competência originária e recursal.
A sua estrutura de composição é de 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício observado o disposto no artigo 94. Os demais vale dizer 4/5 mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento. Em busca da efetividade do processo e do acesso à ordem jurídica justa, a reforma do Judiciário estabeleceu que os TRTS, instalarão a Justiça Itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários, podendo ainda funcionar descentralizadamente, constituindo câmeras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado a justiça em todas as fases do processo. (Art. 115, &1° e2° Ec n. 45/2004).
13.3 JUÍZOS DO TRABALHO
Nas comarcas que não possuem juízos do trabalho, as funções passam aos juízes de direito. A competência dos juízes dos trabalhos está em processar, conciliar, julgar, e executar todos os conflitos trabalhistas, esses definidos na consolidação das leis do trabalho. São órgãos do primeiro grau da Justiça do Trabalho. Nas varas do trabalho a jurisdição será exercida por um juiz singular, lembrando que as varas de trabalho serão instituídas por lei podendo nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição atribuí-la aos juízes de Direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho Art. 112 da CF.
14 JUSTIÇA ELEITORAL
Destinada a regulamentar os procedimentos eleitorais, organizar, monitorar, apurar eleições, decretar perda de Mandato eletivo federal estadual e julgar toda a regularidade que possa ocorrer nas eleições.O território nacional é dividido em circunscrições eleitorais e essas em zonas eleitorais, cada Estado e o Distrito Federal possui uma circunscrição, para administração da justiça eleitoral.
Em primeira instância e nos tribunais regionais eleitorais TRE atuam os juízes eleitorais, e os ministros atuam no sul no Tribunal Superior Eleitoral TSE.
14.1 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL.
Com sede em Brasília e com jurisdição em todo território nacional, composto por sete juízes, esse é o órgão mais alto da justiça eleitoral. A forma de escolher os juízes, também chamados de ministros obedeceram ao Art 119 da CF, que mediante eleição pelo voto secreto, três juízes, entre os ministros do STF e dois juízes entre os membros do STJ.
O presidente nomeia 2 Entre seis advogados com conhecimentos elevados indicados pelo STF. Dois anos é o mandato dos juízes do Tribunal Superior Eleitoral, a competência segundo o código eleitoral Art 22 e 23 é originária e recursal, cabe julgar os recursos impostos das decisões dos tribunais regionais eleitorais.
São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, a não ser que essas venham a ferir a Constituição Federal como também os remédios constitucionais como habeas corpus ou mandado de segurança, sendo assim cabe recurso ao STF. O presidente e vice-presidente do TSE serão eleitos pelo TSE e ministros do STF. Corregedor Eleitoral do TSE será eleito pelo TSE e entre ministros do STJ.
14.2 TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS
Em cada capital de cada estado e do Distrito Federal há um Tribunal Regional Eleitoral sendo este órgão de segundo grau de justiça eleitoral. Possui sete juízes e a escolha se faz por voto secreto. 2 são escolhidos entre os juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça; dois juízes entre os desembargadores do Tribunal de Justiça; um juiz do Tribunal Federal com sede na capital ou caso nãotenha juiz federal seja escolhido pelo Tribunal Federal respectivo; entre seis advogados são escolhidos 2, nomeados pelo presidente da república, daqueles indicados pelo Tribunal da Justiça.
A competência dos tribunais regionais eleitorais é originária e recursal, no código eleitoral funcionam em plenário, por maioria dos votos. Os juízes dos tribunais regionais atuam por dois anos. Somente caberá recurso das decisões do TRF se forem proferidas contra disposição expressa da constituição ou de lei; Ocorrer divergência na interpretação da Lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; Anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; ou denegar em habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.
14.3 JUÍZOS ELEITORAIS
É monocrático, órgão ocupado por um juiz sendo este da Justiça do estado em que se localiza. Órgãos do primeiro grau da justiça eleitoral. Cabe aos juízes eleitorais atuação nas suas zonas eleitorais de sua circunscrição. Os juízes eleitorais são os próprios juízes de direito em efetivo exercício, sendo na falta destes os seus substitutos legais da própria organização judiciária do Estado ou do DF que gozam das prerrogativas do artigo 95 da CF, cabendo a eles a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais em que é dividida a circunscrição eleitoral, e com as competências expressas no art. 35 do código eleitoral.
14.4 JUNTAS ELEITORAIS
Criados para apurar as eleições em cada zona eleitoral. Um juiz com duas ou 4 pessoas que são indicadas pelo Juiz Eleitoral ao presidente do Tribunal Eleitoral, que aprovara essas pessoas. Quando termina às eleições, encerra as juntas. Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 dias antes da eleição depois de aprovação do Tribunal Regional pelo presidente deste, a quem cumpre também designar a sede.
Até 10 dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão Oficial do Estado podendo qualquer partido no prazo de três dias em petição impugnar a indicação. Compete a junta eleitoral apurar no prazo de 10 dias as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob sua jurisdição; resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem da apuração; expedir os boletins de apuração mencionados no artigo 178 e expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
15 JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO
Sua função é processar e julgar os crimes militares, civis ou militares do exército Marinha e aeronáutica. Composta por juízes militares que atuam em Primeira instancia, e Segunda instância por ministros que julgam no Superior Tribunal militar STM. O órgão jurisdicional é um conselho de justiça, composto por um juiz e 4 oficiais militares de posto superior ao acusado.O presidente do conselho é o Militar de posto mais elevado. Se todos forem do mesmo posto, o mais antigo será o presidente.
A acusação compete ao Ministério Público militar. A justiça militar julga e processa crimes militares definidos no código penal militar. O território nacional é dividido em circunscrições, abrangendo um ou mais estados conforme o caso, para efeito de administração da justiça militar. Todos os órgãos são colegiados, deles participam obrigatoriamente representantes das Forças Armadas.
15.1 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
É o órgão mais alto da justiça militar. Tem sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional. É composto de 15 ministros vitalícios nomeados pelo presidente da república, depois da aprovação por maioria simples pelo Senado Federal (Artigo 123 CF.) Desses 15, 3 são escolhidos entre oficiais Generais da Marinha, 4 dentre oficiais Generais do exército e 3 da Aeronáutica de igual patente. Os 5 restantes são escolhidos entre civis. Os ministros civis são também o Presidente da República que escolhe, sendo três advogados com mais de 10 anos de atividade, e dois ministros restantes escolhidos a partir dos juízes auditores e membros do Ministério Público militar.
A CF prevê de forma expressa requisitos para os ministros civis tendo que ser brasileiro nato ou naturalizado; Ter mais de 35 anos; Para os ministros civis escolhidos entre advogados, de notório saber jurídico com mais de 10 anos de serviço; Para os oficiais-generais a constituição prevê o requisito de serem brasileiros natos de acordo com artigo 12. Ao STM compete o julgamento em Segunda instância, julgamento em processo dos oficiais Generais, podendo decretar perda de posto e patente dos oficiais que foram considerados culpados nos processos administrativos.
15.2 CONSELHOS DE JUSTIÇA
Órgão do primeiro grau de jurisdição da justiça militar, exercido por conselhos de Justiça com atuação do juiz auditor que julga crimes militares, juntamente com juízes militares que são oficiais da força que pertence o autor, ou seja, o militar que praticou infração. São três as espécies de conselhos da Justiça. O Conselho permanente da Justiça, que processa e julga os Praças que incorre em crime militar, constituído do juiz auditor, de um oficial superior como presidente e de três oficiais até o posto de Capitão.
Conselho especial de Justiça que processa os oficiais, exceto os generais que são processados pelo Superior Tribunal militar. Constituído por um juiz vitalício e quatro juízes militares de posto de oficial superior, de posto mais elevado. O conselho de justiça que julga a deserção de Praças é constituído por um Capitão como presidente, e dois oficiais de menor posto. Através de sorteio são escolhidos os juízes militares, entre os Oficiais do Exército, Marinha e aeronáutica.
16 JUSTIÇA MILITAR DOS ESTADOS
A justiça militar dos Estados compete processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei, e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do Júri quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal competente Decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças. Diante dessa regra, percebe-se que a justiça militar Estadual não julga civil, já que lhe compete processar e julgar os militares. Quando um civil praticar um crime de furto em um quartel da polícia militar do Estado, por exemplo, e será processado e julgado pela justiça comum e com fundamento no CPC no CPP.
Então sendo a justiça militar dos Estados que passa a julgar ato disciplinar, sendo esses atos administrativos por meio do qual a administração pública impõe uma sanção ao militar infrator, que foi acusado da prática de uma transgressão disciplinar, contravenção disciplinar, de natureza leve, média ou grave, prevista no regulamento disciplinar, ou no código de ética e disciplina. Se a vítima for civil a competência será do júri popular. Mas se a vítima for militar, o crime doloso contra a vida, praticado por outro militar Estadual, continua sendo da justiça militar. Importante destacar que a emenda constitucional confirmou a competência da justiça comum, mas não alterou as disposições da lei federal n 9.299/1996, que determina que o inquérito policial que apura a prática do crime doloso contra a vida praticado por militar contra civil é o inquérito policial militar IPM.
Assim concluído o inquérito este deverá ser remetido à justiça militar, para ser distribuído a um dos promotores de justiça que atua perante aquela Justiça especializada. Após a manifestação do promotor, caber ao juiz-auditor remeter os autos à justiça comum, vara do Júri, para que o acusado seja processado e julgado na forma das disposições do Código de Processo Penal. A composição da justiça militar Estadual em primeiro grau é pelos juízes de direitos e pelos conselhos de justiça, e em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça TJ, ou por tribunal de justiça militar TJM nos Estados em que o efetivo militar seja superior a 20.000 integrantes como São Paulo por exemplo.
Da decisão do TJM ou TJ caberá recurso para o STJ ou STF, ou para ambos a depender da matéria, devese deixar bem claro então, que o Superior Tribunal Militar, não aprecia matéria proveniente da justiça militar Estadual restringindo-se apenas a justiça militar Federal. Sendo assim materializando o verdadeiro juízo hierárquico a possibilidade de julgamento monocrático da justiça militar estadual. Ao conselho da Justiça permanente compete processar e julgar as Praças (soldados, cabos, Sargentos e subtenentes) e praças especiais (aspirante oficial e aluno oficial) da polícia militar e do Corpo de Bombeiros Militar nos crimes militares definidos em lei, em quanto ao conselho da Justiça especial, Os oficiais tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis da polícia militar e do Corpo de Bombeiros Militar, nos delitos previstos na legislação penal militar.
O Juiz de Direito do juízo militar Estadual julgara singularmente, todo crime militar cometido pelo militar contra civil, exceto crime o doloso contra vida, que já nos termos do artigo 125 &4°, fica ressalvada a competência do Júri quando a vítima for civil, e como novidade e já estudado, julgará também os atos disciplinares praticados pelos militares. Em relação à justiça militar da união essa competência continua ao conselho de Justiça especial ou permanente, não tendo sido atribuída ao juiz-auditor, embora a previsão na PEC paralela da reforma do Judiciário ainda esteja pendente de apreciação pelo Conselho Nacional. Nesses casos de crime militares cometidos contra civil os militares e integrantes do Conselho, especial ou permanente não poderão participar dos atos introdutórios. 
A matéria a ser analisada exclusivamente pelo juiz independente do grau hierárquico do militar acusado, praça ou oficial, a competência em atendimento a norma Constitucional não mais se estabelece pelo posto ou graduação do agente, mas em razão da vítima ser um civil e suportar uma infração Penal em tese praticado por um militar. Os demais crimes militares definidos em lei serão julgados pelo conselho de justiça que formado pelo juiz togado e por 4 juízes militares, oficiais, sorteados e temporários para o exercício da função específica, será por aquele Juiz de Direito presidido. Na justiça militar Estadual órgão recursal é o TJ ou TJM onde houver contribuições também originárias nos termos da lei.
No caso então da justiça militar estadual ela não julga civil em nenhuma hipótese; o crime militar definido em lei praticado por militar Estadual contra militar, julgamento pela justiça militar, conselho de Justiça especial permanente sobre a presidência do juiz de direito; Crime militar definido em lei praticado por militar Estadual contra civil, justiça militar, Juiz de Direito e não conselho artigo 125 & 5°ressalvada a competência do júri popular se a vítima for civil; Crime doloso contra vida praticado por militar contra militar, a competência para processar e julgar é do Conselho de Justiça, presidido pelo Juiz de Direito da justiça militar estadual; O órgão recursal que Aprecia decisão da Primeira Instância, auditorias militares estaduais, além de possuir competência originária é o TJ ou oTJM onde houver, e não o STM.
É necessário dizer que dependerá sempre da análise dos casos concretos para afirmar a competência da justiça militar da União no julgamento de crimes militares, os que são cometidos contra o civil. A competência da justiça militar foi estabelecida pelo texto constitucional de 1988, sua competência, funcionamento e composição em atendimento ao princípio da legalidade que deve reger as relações entre o estado e os jurisdicionados. No direito militar existem situações que na prática divergem as interpretações dadas pela corte interamericana de direitos humanos, que entende existir o dever de vigorar o princípio da especialidade que atribui jurisdição militar apenas aos crimes cometidos em relação com a função tipicamente militar.
Para Cesar (2009)
Por fim espera-se que no momento em que ocorrer o controle de convencionalidade, que se trata de analisar se a legislação de um país está de acordo com os tratados e Convenções internacionais de direitos humanos, aqui o estado se comprometeu a cumprir que o Brasil esteja desempenhando suas funções, observando o que outrora fora pactuado.
17 SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA 
A expressão Auxiliares da Justiça designa uma categoria de sujeitos que ao longo do trâmite processual colaboram com o órgão jurisdicional para que o mesmo conceda a tutela jurisdicional. Podem ser servidores do Poder Judiciário ou particulares chamados a contribuir com a Jurisdição. Segundo o Art. 149, são auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
17.1 ÓRGÃOS PRINCIPAIS E AUXILIARES DA JUSTIÇA
 O órgão principal da justiça é o juiz, nele é que se concentra a junção jurisdicional, mas cuja atividade isolada seria insuficiente para a atuação da jurisdição, e a competência é dele também de dirigir os serventuários (escrivãos, oficiais de justiça, escreventes, técnicos e etc.) a fim de atingir os objetivos da justiça. Todo juízo independente de grau de jurisdição tem em sua formação o juiz e os órgãos auxiliares que são formados pelos serventuários.
17.1.1 Dos poderes, deveres e responsabilidades do juiz. 
Encontramos no Código de Processo Civil as atribuições, os deveres e responsabilidades do juiz, a partir do art.125, onde ele deve dirigir o processo, e observar alguns preceitos.
Art. 125:
I – Assegurar as partes igualdade de tratamento;
II – Vela pela rápida solução do litígio;
III – Prevenir ou reprimir a qualquer tempo ato contrário à dignidade da justiça;
IV – Tentar a qualquer tempo conciliar as partes.
Conforme Montenegro(2011)
No campo dos deveres, destacamos a obrigação de assegurar tratamento igualitário às partes, em respeito ao primado constitucional estampado no art. 5º da CF, relativo à isonomia processual. Já anotamos em outras passagens desta obra que a igualdade não pode ser vista de forma absoluta, mas apenas princípio lógica.
Ao juiz no processo civil é proibido conhecer de questões que não foram suscitadas pelas partes, cabendo a ele tão somente decidir por equidade.
São prerrogativas do juiz:
a) proferir sentença obstando os objetivos das partes quando o fazem praticando ato simulado ou para obter fim proibido por lei;
b) de ofício ou a requerimento determinar a coleta ou a produção de provas necessárias ao processo e indeferir as diligências inúteis ou protelatórias;
c) apreciar livremente as provas (CPC, art.131);
d) mandar repetir as provas já produzidas se achar necessário (CPC, art. 132, Parágrafo único);
e) declarar-se suspeito (CPC, art.135, par[ágrafo único) por motivo íntimo.
17.2 DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
 São auxiliares da justiça aquelas pessoas a quem o Código de Processo Civil atribui o encargo de realizar os serviços complementares ao exercício da jurisdição sob a autoridade do juiz. 
 Os auxiliares da justiça são responsáveis, pelos demais atos necessários ao desfecho da causa que não sejam de responsabilidade exclusiva do juiz, eles existem em todos os órgãos judiciários, e também em todos os graus de jurisdição, desde as varas, onde os juízes exercem a jurisdição de primeiro grau ou de base até os tribunais superiores.
Como servidores públicos, os auxiliares da Justiça devem realizar suas atividades com impessoalidade assim como o juiz, e estão também sujeitos as regras de impedimento e suspeição igualmente ao magistrado.
17.3 AUXILIARES PERMANENTES DA JUSTIÇA
17.3.1 O escrivão
O escrivão é um dos mais importantes elementos que compõe o juízo. Sua função recebe o nome de Ofício da Justiça. O cartório é o estabelecimento por ele dirigido, no qual podem servir outros funcionários subalternos, como por exemplo, os escreventes, cuja função é regulada pelasnormas de organização judiciária. 
São variadas as funções do escrivão, sendo algumas autônomas, como, por exemplo, a certificação, documentação, movimentação dos autos etc. e outras vinculadas à ordem judicial, tais como as citações e as intimações.
O escrivão e os auxiliares estão sujeitos à responsabilidade administrativa por eventuais faltas que cometerem e, são civilmente responsáveis quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos legalmente a eles impostos ou que o juiz os tenham incumbido ou, ainda, quando praticarem atos nulos com dolo ou culpa.
17.3.2 O Oficial de justiça
Faz-se indispensável a existência do oficial de justiça, responsável pela execução dos procedimentos que tenham repercussão externa ao juízo. É encarregado das diligências externas do juízo como:
a) atos de comunicação processual (citação, intimação)
b) atos de constrição judicial (penhora, arresto, sequestro, prisão)
 Incumbe-lhe também "estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem", são os mensageiros e executores de ordens judiciais.
 Deve o oficial de justiça atender eventuais ordens do juiz a que estiver subordinado, que podem ser as mais variadas. O oficial de justiça goza de fé pública e responde civilmente por seus atos na conforme o artigo 144 e incisos do Código de Processo Civil.
17.3.3 O Distribuidor
É responsável pelo registro e repartição das causas entre os juízos (quando houver mais de um em uma mesma comarca), podendo sua função ser fiscalizada pelas partes e pelos procuradores.
17.3.4 O Contador
Tem a incumbência de calcular o quantum correspondente a qualquer direito ou obrigação, seja em favor do juízo ou em favor das partes, faz também o cálculo das custas do processo, bem como dos impostos a pagar nos inventários.
17.3.5 O Depositário público
Sua função é a guarda e conservação de bens que estejam sob a sujeição do juízo (penhorados, arrestados, apreendidos).
17.3.6 O Partidor 
 Tem sua atuação diretamente ligada aos processos onde haja partilha de bens, em especial nos inventários. 
17.4 AUXILIARES EVENTUAIS DA JUSTIÇA
 Os auxiliares eventuais são pessoas que não ocupam cargo algum na administração da justiça, sendo nomeados ad hoc pelo juiz. Na categoria de servidores temos o perito, o intérprete, o depositário particular, o administrador, o síndico, o comissário e o inventariante. 
17.4.1 O Perito 
É o profissional que, face aos seus conhecimentos técnicos e científicos, é chamado para auxiliar o juiz no descobrimento da verdade sobre determinado fato. 
Uma vez nomeado pelo juízo, o perito investe-se de função pública, devendo cumprir seu ofício dentro do prazo legal. Poderá esquivar-se da atribuição alegando motivo legítimo, que deverá ser apresentado no prazo máximo de cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.
 Na categoria de perito temos: o avaliador, o arbitrador, e também segundo a doutrina: “São peritos todos os engenheiros, médicos, contadores etc. que venham trazer ao juízo cooperação de seus trabalhos especializados.” (CINTRA, GRINOVER, DINAMARCO, 2006)
 O perito, uma vez nomeado, assume formalmente o compromisso de desempenhar fielmente o munus, respondendo civil e penalmente pelos prejuízos que, através de informações inverídicas, vier a causar á parte.
17.4.2 O Intérprete
É o profissional que traduz para o vernáculo, de modo que todos os interessados no pleito entendam, o que a parte, assistente, testemunha ou outra pessoa exprimiu no processo. Tem natureza semelhante à do perito, pois auxilia o juiz quando este julgar necessário e que não possa fazê-lo ele próprio em face de limitações de ordem técnica.
17.4.3 O depositário particular
Tem as mesmas funções e obrigações do depositário público, nas hipóteses do art. 666 do Código de Processo Civil.
"O próprio executado, proprietário do bem penhorado, se recebe em depósito o bem, será, a partir desse momento, um auxiliar eventual da justiça (na qualidade de depositário)."
17.4.4 O administrador
Tem as funções que lhe dão os arts. 148-150 e 716-729 do Código de Processo Civil.
Nos casos de falência, concordata e inventário, o juiz designa três espécies de a auxiliares: o sindico, o comissário e o inventariante, já o administrador judicial e o inventariante são designados (nomeados) pelo juiz em recuperação judicial de empresa, falência, e extraordinariamente para execução por quantia.
17.5 ÓRGÃOS EXTRAVAGANTES EVENTUAIS 
Algumas vezes se faz necessária a cooperação de outros órgãos (públicos ou privados) para que os objetivos jurisdicionais sejam alcançados, como por exemplo:
1) A ECT – quando o juízo necessita expedir cartas citatórias e precatórias;
2) Imprensa Oficial do Estado e empresas jornalísticas particulares – publicação de editais;
3) A Policia Militar – casos de resistência a Oficial de justiça;
4) Órgãos pagadores de entidades públicas e privadas, encarregadas de descontar em folha a prestação de alimentos devida pelo funcionário empregado.
Tais órgãos, que não são em si mesmos auxiliares da justiça, funcionam como tais no momento em que prestam sua cooperação ao desenvolvimento do processo.
18 A FÉ PUBLICA
Referem-se à presunção de verdade dada os atos de um servidor, afirma a certeza e a verdade dos assentamentos que o Tabelião e o Oficial do Registro praticam e das certidões que expedem nessa condição.
Em outras palavras, a fé pública é uma autenticação e dentre os documentos objeto de fé pública, estão às certidões de casamento, de nascimento, óbito, de inexistência de feitos ajuizados em face do vendedor, de tributos imobiliários, de débitos, conjunta negativa de débito relativo aos tributos federais e a dívida ativa da União, negativa de débitos da receita federal, de débitos rurais e previdenciários, imposto inter vivos e causa mortis, além de guias de pagamentos e recolhimentos de várias taxas e impostos.
19 ORGANISMOS ESSENCIAIS A JUSTIÇA 
19.1 MINISTÉRIO PÚBLICO
Tem por função proteger o equilíbrio entre os poderes e atuar como defensor da sociedade, através da ação penal pública e da ação civil pública. 
“O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” segundo a Constituição Federal definido no caput do art. 127. É na sociedade a instituição destinada à preservação dos valores fundamentais do estado enquanto comunidade.
O estado social de direito se caracteriza fundamentalmente pela proteção ao fraco (fraqueza que vem de diversas circunstâncias, como estado intelectual, a idade, inexperiência, pobreza, impossibilidade de compreender ou agir) e aos direitos e situações de abrangência comunitária e, portanto transindividual, de difícil preservação por iniciativa dos particulares. O estado contemporâneo assume por missão garantir ao homem, como categoria universal e eterna a preservação de sua condição humana, mediante o acesso aos bens necessários a uma existência digna, e um dos organismos de que dispõem para realizar essa função é o ministério público, tradicionalmente apontado como instituição de proteção aos fracos e que hoje desponta como agente estatal predisposto a tutela e á tutela de bens e interesses difusos ou coletivos. 
 A definição constitucional do ministério público coloca- o como "instituição permanente e essencial á função jurisdicional do estado". O MP é tratado no Brasil como instituição autônoma, que não integra o poder judiciário embora desenvolva as suas funções essenciais, primordialmente, no processo e perante os juízos e tribunais. 
A constituição vigente apresenta o Ministério Público da união integrado por vários outros ministérios e não existe mais cada um desses corpos como intuição autônoma. Autônomo é o Ministério Público de cada estado, oficiando perante a justiça.
 A constituição oferece algumas

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