Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sinais e Sintomas Gastrointestinais A anorexia nervosa também é um transtorno alimentar que se caracteriza por uma perturbação profunda da percepção da imagem corporal, com busca incessante de se tornar magro(a), resultando em acentuada perda de peso, que pode chegar à inanição. A melhor análise dos sinais e sintomas de doenças do sistema digestivo é a feita para cada órgão separadamente. Polifagia: significa comer em excesso devido a fome excessiva ou apetite elevado. Hiperorexia: aumento anormal do apetite Bulimia: distúrbio do apetite caracterizado por episódios incontroláveis, chamados de acessos de hiperfagia. Inapetência: ausência de apetite. Anorexia: é um distúrbio alimentar que leva a pessoa a ter uma visão distorcida de seu corpo, que se torna uma obsessão por seu peso e aquilo que come. Pica: também conhecida como alotriofagia ou alotriogeusia, é uma afecção rara entre seres humanos, de apetite por coisas ou substâncias não alimentares Malacia: consiste no desejo de ingerir comidas de sabor ácido ou picante, extravagantes. Geofagia: prática de comer substâncias terrestres, como barro ou outro tipo de terra. Apetite: Alterações de Apetite Ana Caroline Mascarenhas de Almeida Medicina Bulimia nervosa É um transtorno alimentar que consiste em episódios repetidos de ingestão exagerada de alimentos que se acompanha de sentimento de perda do controle alimentar, podendo haver mecanismos compensatórios, tais como vômito autoinduzidos, jejuns e exercícios intensos, uso de laxantes ou diuréticos. Os tratamentos incluem terapia, medicamentos e educação nutricional. Introdução Anorexia Nervosa Inclui: Maxila, mandíbula, cavidade bucal, complexo dentoalveolar, articulação temporomandibular, músculos da mastigação, cavidades paranasais e glândulas salivares. Os principais sinais e sintomas das doenças que acometem essa região são: dor, limitação da abertura bucal, disfunção da articulação temporomandibular (ATM), halitose, xerostomia, sangramento gengival. Dor na região bucomaxilofacial: uma das mais comuns na cavidade bucal é a dor de dente (odontalgia). Síndrome de ardência bucal: Alguns pacientes com distúrbios emocionais relatam sensação de dor na língua sem nenhuma evidência objetiva de inflamação como, por exemplo, na síndrome da ardência bucal (SAB). A SAB deve ser considerada no diagnóstico das queixas de queimação e ardência bucal. Neste caso, as queixas geralmente são de ocorrência contínua durante o dia, sem interferir no sono, que persistem por pelo menos 4 meses, especialmente na língua, em que não se observam alterações na mucosa e nenhuma causa local ou sistêmica é identificada. A SAB pode estar associada a xerostomia, parestesia e disgeusia. Sua possível gênese multifatorial pode ter a participação de constituintes salivares, distúrbios hormonais, alterações nervosas periféricas e centrais e fatores psicogênicos como ansiedade e depressão. Região Bucomaxilofacial Limitação da abertura da boca (trismo): Consiste na dificuldade ou impossibilidade temporária ou permanente de abertura da boca, que pode ter causa intra ou extra-articular (ATM). Disfunção temporomandibular (DTM): É um termo genérico para designar um conjunto de sintomas dos músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigóideos lateral e medial, digástrico). O sintoma mais frequente é a dor, que pode estar associada a restrição do movimento mandibular. Halitose (mau hálito): É a expressão usada para definir um odor bucal desagradável, geralmente percebido pelos circunstantes e, menos frequentemente, pelo próprio paciente. Xerostomia: A xerostomia, também conhecida como boca seca, pode ou não estar relacionada à falta de saliva, ou seja, nem sempre este sintoma indica uma real falta ou diminuição na produção de saliva. Dor esofágica: A dor espontânea, que se distingue da odinofagia por não depender do ato de deglutir, mas que pode com ela coexistir, pode ser causada por mudança do pH intraluminal decorrente de refluxo gastresofágico, atividade motora anormal e processos inflamatórios ou neoplásicos da parede esofágica. Regurgitação: Entende-se por regurgitação o retorno do alimento ou de secreções contidas no esôfago ou estômago à cavidade bucal, sem antecedentes de náuseas nem a participação dos músculos abdominais. Eructação: A eructação não constitui sintoma próprio das doenças do esôfago e ocorre, na maioria das vezes, em consequência da ingestão de maior quantidade de ar durante as refeições, ou em situações de ansiedade. Soluço: O soluço também não constitui sintoma específico das doenças do esôfago, nem do aparelho digestivo. O soluço, que é causado por contrações espasmódicas do diafragma. Sialose: A sialose, também denominada sialorreia ou ptialismo, caracteriza-se pela produção excessiva de secreção salivar, sendo observada nas esofagopatias obstrutivas de modo geral e, em particular, no megaesôfago chagásico. Hematêmese: A hematêmese ou vômito com sangue caracteriza a hemorragia digestiva alta, assim entendida aquela em que a sede do sangramento se localiza desde a boca até o ângulo de Treitz (ângulo formado na junção entre o duodeno e o jejuno). Esôfago Disfagia: Define-se disfagia como dificuldade à deglutição. A disfagia que ocorre nas duas primeiras fases da deglutição é chamada de orofaríngea ou alta, e a da terceira fase da deglutição, de disfagia esofágica ou baixa. Odinofagia: Corresponde à dor que surge com a ingestão de alimentos. Pode ocorrer como sintoma isolado, porém comumente está associada à disfagia. Pirose: Comumente relatada pelo paciente como “azia”, “queimor” ou “queimação”, a pirose é um sintoma considerado altamente sugestivo de refluxo gastresofágico. Ana Caroline Mascarenhas de Almeida Medicina Estômago Dispepsia tipo refluxo: o principal sintoma é o desconforto ou pirose retroesternal Dispepsia tipo úlcera: o sintoma predominante é a dor epigástrica Dispepsia tipo dismotilidade: nela prevalece a sensação de plenitude gástrica. Dor: O sintoma mais frequente das doenças do estômago é a dor epigástrica. Dispepsia: Dispepsia é a designação empregada para um conjunto de sintomas relacionados com a parte alta do abdome. Embora cada um desses sintomas possa manifestar-se isoladamente, frequentemente eles ocorrem juntos, o que torna o emprego do termo dispepsia mais apropriado para denotar o conjunto do que qualquer um dos sintomas em particular. Síndrome dispéptica: A síndrome dispéptica, portanto, compõe-se de dor ou desconforto epigástrico, seu elemento básico, acompanhado de empanzinamento, sensação de distensão do abdome por gases, pirose, saciedade precoce, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e eructações. Conforme o quadro clínico, classifica-se a dispepsia em três tipos: Náuseas e vômitos: Manifestações comuns de doenças do estômago e do duodeno são as náuseas e os vômitos. Pirose: Pirose é a sensação de queimação retroesternal. É a expressão da inflamação ou irritação da mucosa esofágica causada pelo refluxo gastresofágico, que pode ocorrer independentemente de qualquer doença gástrica. Aumento da pressão osmótica do conteúdo intraluminal (diarreia osmótica): ocorre quando há acúmulo de substâncias não absorvíveis no lúmen do intestino delgado, que retardam a absorção de água e eletrólitos ou promovem a passagem de líquido para o lúmen intestinal. Aumento da secreção de água e eletrólitos pela mucosa intestinal (diarreia secretora): é consequência do estímulo para a síntese de AMP cíclico intracelular, do que resulta secreção ativa de água e eletrólitos pela mucosa do delgado. Aumento da permeabilidade da mucosa intestinal (diarreia exsudativa): é observado quando o acometimento da mucosa por alterações inflamatórias, neoplásicas ou isquêmicas resulta em passagem anormal de líquidos para o lúmen do intestino delgado. Alteraçõesda motilidade do intestino delgado (diarreia motora): decorre de modificações do trânsito nesse segmento do intestino. Diarreia Aguda: Infecções virais, bacterianas e parasitárias, Intoxicação alimentar, Retocolite ulcerativa, Medicamentos, Laxativos, Diarreia de origem psicogênica. Diarreia Crônica: Cólon irritável, Câncer do cólon, Parasitoses intestinais, Doença inflamatória do intestino (doença de Crohn), Retocolite ulcerativa, Síndrome de má absorção, Uso abusivo de laxativos, Diabetes, Hipertireoidismo, Intolerância à lactose, Síndrome de Zollinger-Ellison e Medicamentos. Diarreia: A diarreia, o sintoma mais comum nas doenças do intestino delgado, é definida como a diminuição da consistência das fezes e da quantidade de evacuações (mais de três por dia). Pode ser decorrente de vários mecanismos: Causas da diarreia: Intestino Delgado Ana Caroline Mascarenhas de Almeida Medicina Distensão das paredes do intestino delgado: ocorre estimulação das terminações nervosas, em consequência do acúmulo do conteúdo intraluminal, quando há má absorção de nutrientes ou secreção ou exsudação anormal para o lúmen intestinal. Aumento da tensão muscular das paredes do intestino: ocorre excitação das terminações nervosas intraparietais decorrente de contrações vigorosas ou espasmódicas da musculatura do delgado. Este mecanismo pode ocorrer nos distúrbios funcionais por ação local de agentes tóxicos, químicos, biológicos ou metabólicos, na intoxicação por chumbo, na porfiria, ou na cetoacidose diabética. Alterações inflamatórias ou congestivas do intestino delgado: liberam mediadores químicos, como as cininas e as prostaglandinas, quando há inflamação ou congestão da mucosa ou de toda a parede do delgado. Isquemia intestinal: resulta, também, na liberação de mediadores químicos, os quais, juntamente com outros metabólitos, como o ácido láctico, ocasionam estimulação das terminações nervosas intraparietais. Alterações inflamatórias do peritônio: terminações nervosas sensoriais estão presentes nos folhetos visceral e parietal do peritônio e são sensíveis à ação dos mediadores químicos da inflamação. Esteatorreia: É definida como o aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes, as quais se tornam volumosas, amareladas ou acinzentadas, fétidas e, algumas vezes, espumosas. Dor: A dor abdominal é um sintoma comum nas doenças do intestino delgado. Junto com a diarreia ou outro sintoma, pode compor um quadro clínico cuja análise dirige o raciocínio diagnóstico para o delgado. A dor abdominal originada no intestino delgado pode decorrer dos seguintes mecanismos: Cólica intestinal: A dor com características de cólica apresenta início relativamente abrupto, com agravamento rápido e progressivo da sua intensidade que, ao atingir o seu acme, frequentemente se associa a manifestações autonômicas. Em seguida, a dor diminui gradualmente até que se torne pouco intensa ou desapareça completamente. O reconhecimento da cólica permite atribuir a dor à distensão das paredes do intestino ou à contração de sua musculatura. Distensão abdominal, flatulência e dispepsia: Um grande número de doenças do intestino delgado, em especial naquelas em que ocorre má absorção, pode surgir um conjunto de sintomas indicativos de aumento do conteúdo gasoso do tubo digestivo. Nesses casos, observa-se distensão abdominal associada à flatulência. Sintomas dispépticos constituem manifestação comum das afecções do intestino delgado. São sensações desagradáveis, que incluem pirose, eructações, desconforto no epigástrio, saciedade precoce, plenitude ou empachamento pós-prandial e náuseas, acompanhadas ou não de vômitos Hemorragia digestiva: A hemorragia digestiva é definida pela passagem de sangue do continente intravascular para o lúmen do tubo gastrintestinal, sendo eliminado pelo vômito ou por defecação. É a referência a melena o que mais sugere hemorragia no nível do intestino delgado, uma vez que há tempo para digestão do sangue extravasado entre o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal. As fezes tornam-se enegrecidas, mas podem guardar uma leve tonalidade avermelhada A hemorragia no intestino delgado pode expressar-se também por enterorragia, ou seja, eliminação de sangue vivo pelo ânus. Isto pode ocorrer em função de uma ou mais das seguintes condições: local de sangramento próximo à válvula ileocecal, perda sanguínea rápida e intensa e existência de fatores que aceleram a velocidade do trânsito intestinal. Ana Caroline Mascarenhas de Almeida Medicina Cólon, Reto e Ânus Os principais sintomas das doenças do cólon, reto e ânus são dor, diarreia, obstipação ou constipação intestinal, sangramento anal (enterorragia), prurido anal, distensão abdominal, náuseas e vômitos e anemia e emagrecimento. Dor: A dor é o sintoma mais frequente nos processos inflamatórios da glândula (pancreatite). Náuseas e vômitos: Náuseas e vômitos estão presentes na maioria dos pacientes com processo inflamatório do pâncreas. Os vômitos geralmente são de difícil controle, podendo levar, rapidamente, a um desequilíbrio hidreletrolítico. Icterícia: A icterícia é um sintoma comum nas doenças pancreáticas. Ela poderá ser discreta e fugaz na pancreatite aguda, principalmente na forma edematosa, sendo causada por: Diarreia e esteatorreia: Na vigência de insuficiência pancreática a diarreia caracteriza-se por fezes volumosas, pastosas, brilhantes, de odor rançoso, coloração pálida, deixando traços ou camada oleosa sobre a água do vaso sanitário. Fígado, Vesícula e Vias Biliares Os principais sintomas do fígado, da vesícula e das vias biliares são dor, icterícia e náuseas e vômitos. Dor: A dor originária no fígado, na vesícula e nas vias biliares localiza-se no quadrante superior direito do abdome e apresenta diferentes características, conforme a afecção que a provoca Icterícia: Icterícia consiste em uma coloração amarelada da pele e das mucosas, devida à impregnação dos tecidos por pigmentos biliares, quando os níveis de bilirrubina são maiores que 2 mg/dℓ Náuseas e vômitos: As náuseas frequentemente precedem os vômitos, mas algumas vezes ocorrem de forma isolada e o próprio paciente provoca o vômito na tentativa de obter alívio. Os vômitos são manifestações frequentes das doenças hepatobiliares, ocorrendo na fase inicial da hepatite infecciosa, juntamente com anorexia, nas colecistites e na colelitíase, muitas vezes relacionados com a ingestão de alimentos gordurosos. Pâncreas Os principais sintomas das doenças pancreáticas são dor, náuseas e vômitos, icterícia, diarreia e esteatorreia e os que constituem a síndrome de má absorção. Ana Caroline Mascarenhas de Almeida Medicina
Compartilhar