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TRANSTORNOSPSICOTICOS

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Espectro da 
esquizofrenia e 
outros transtornos 
psicóticos
Msc. Priscila Tomasi Torres
TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Inclui esquizofrenia, outros transtornos psicóticos e transtorno 
(da personalidade) esquizotípica. Esses transtornos são definidos 
por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a seguir: 
delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado, 
comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal 
(incluindo catatonia) e sintomas negativos
Transtornos 
psicóticos
Dalgalarrondo, 2019
Não há consenso pleno, 
entretanto, sobre a definição precisa de 
“psicose” (Nielsen et al., 2008). Os 
autores de orientação psicodinâmica, 
assim como muitos psicólogos clínicos, 
tendem a dar ênfase à perda de contato 
com a realidade e/ou a distorções 
muito marcantes na percepção e na 
relação com a realidade. O “teste de 
realidade”, que é a função do ego em 
avaliar e julgar de modo objetivo o 
mundo externo, estaria gravemente 
prejudicada na psicose.
Transtornos psicóticos
É consensual que pacientes psicóticos geralmente têm insight muito 
prejudicado (precária consciência da doença) em relação aos seus 
sintomas e a sua condição clínica geral. Além disso, a condição é um 
transtorno quase sempre muito grave e profundamente perturbador para o 
indivíduo e pessoas próximas.
Características Essenciais que
Definem os Transtornos Psicóticos
● Delírios;
● Alucinações;
● Desorganização do pensamento;
● Comportamento Motor Grosseiramente Desorganizado ou 
Anormal (Incluindo Catatonia);
● Sintomas negativos;
Delírios
Os delírios são crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de 
evidências conflitantes. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas 
(p. ex., persecutório, de referência, somático, religioso, de grandeza). 
● Delírios persecutórios (i.e., crença de que o indivíduo irá ser 
prejudicado, assediado, e assim por diante, por outra pessoa, 
organização ou grupo) são mais comuns. 
● Delírios de referência (i.e., crença de que alguns gestos, comentários, 
estímulos ambientais, e assim por diante, são direcionados à própria 
pessoa) também são comuns. 
Delírios
● Delírios de grandeza (i.e., quando uma pessoa crê que tem habilidades 
excepcionais, riqueza ou fama) e delírios erotomaníacos (i.e., quando o 
indivíduo crê falsamente que outra pessoa está apaixonada por ele) 
são também encontrados. 
● Delírios niilistas envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande 
catástrofe, e delírios somáticos concentram-se em preocupações 
referentes à saúde e à função dos órgãos.
Delírios
Delírios são considerados bizarros se claramente implausíveis 
e incompreensíveis por outros indivíduos da mesma cultura, não se 
originando de experiências comuns da vida. Um exemplo de delírio 
bizarro é a crença de que uma força externa retirou os órgãos 
internos de uma pessoa, substituindo-os pelos de outra sem deixar 
feridas ou cicatrizes. Um exemplo de delírio não bizarro é acreditar 
que a pessoa está sob vigilância da polícia, apesar da falta de 
evidências convincentes. 
Delírios
Os delírios que expressam perda de controle da mente ou do corpo 
costumam ser considerados bizarros; eles incluem a crença de que os 
pensamentos da pessoa foram “removidos” por alguma força externa 
(retirada de pensamento), de que pensamentos estranhos foram colocados 
na mente (inserção de pensamento) ou de que o corpo ou as ações do 
indivíduo estão sendo manipulados por uma força externa (delírios de 
controle). Distinguir um delírio de uma ideia firmemente defendida é 
algumas vezes difícil e depende, em parte, do grau de convicção com que a 
crença é defendida apesar de evidências contraditórias claras ou razoáveis 
acerca de sua veracidade.
Alucinações
Alucinações são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um 
estímulo externo. São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções 
normais, não estando sob controle voluntário. Podem ocorrer em qualquer 
modalidade sensorial, embora as alucinações auditivas sejam as mais comuns na 
esquizofrenia e em transtornos relacionados. Alucinações auditivas costumam ser 
vividas como vozes, familiares ou não, percebidas como diferentes dos próprios 
pensamentos do indivíduo. As alucinações devem ocorrer no contexto de um sensório 
sem alterações; as que ocorrem ao adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar 
(hipnopômpicas) são consideradas como pertencentes ao âmbito das experiências 
normais. Em alguns contextos culturais, alucinações podem ser elemento normal de 
experiências religiosas.
Pensamento desorganizado (discurso)
A desorganização do pensamento (transtorno do pensamento formal) costuma 
ser inferida a partir do discurso do indivíduo. Este pode mudar de um tópico a outro 
(descarrilamento ou afrouxamento das associações). As respostas a perguntas 
podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação alguma (tangencialidade). Raras 
vezes, o discurso pode estar tão gravemente desorganizado que é quase 
incompreensível, lembrando a afasia receptiva em sua desorganização linguística 
(incoerência ou “salada de palavras”). Uma vez que o discurso levemente 
desorganizado é comum e inespecífico, o sintoma deve ser suficientemente grave a 
ponto de prejudicar de forma substancial a comunicação efetiva. A gravidade do 
prejuízo pode ser de difícil avaliação quando a pessoa que faz o diagnóstico vem de 
um contexto linguístico diferente daquele de quem está sendo examinado. Pode 
ocorrer desorganização menos grave do pensamento ou do discurso durante os 
períodos prodrômicos ou residuais da esquizofrenia.
Comportamento Motor Grosseiramente 
Desorganizado ou Anormal 
Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou 
anormal pode se manifestar de várias formas, desde o 
comportamento “tolo e pueril” até a agitação imprevisível. Os 
problemas podem ser observados em qualquer forma de 
comportamento dirigido a um objetivo, levando a dificuldades na 
realização das atividades cotidianas.
Comportamento catatôtico
Comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade 
ao ambiente. Varia da resistência a instruções (negativismo), passando por 
manutenção de postura rígida, inapropriada ou bizarra, até a falta total de 
respostas verbais e motoras (mutismo e estupor). Pode, ainda, incluir 
atividade motora sem propósito e excessiva sem causa óbvia (excitação 
catatônica). Outras características incluem movimentos estereotipados 
repetidos, olhar fixo, caretas, mutismo e eco da fala. Ainda que a catatonia 
seja historicamente associada à esquizofrenia, os sintomas catatônicos são 
inespecíficos, podendo ocorrer em outros transtornos mentais (p. ex., 
transtornos bipolar ou depressivo com catatonia) e em condições médicas 
(transtorno catatônico devido a outra condição médica).
Sintomas Negativos
Sintomas negativos respondem por uma porção substancial da morbidade 
associada à esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos 
psicóticos. Dois sintomas negativos são especialmente proeminentes na esquizofrenia: 
expressão emocional diminuída e avolia. Expressão emocional diminuída inclui 
reduções na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala 
(prosódia) e nos movimentos das mãos, da cabeça e da face, os quais normalmente 
conferem ênfase emocional ao discurso. A avolia é uma redução em atividades 
motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade. A pessoa pode ficar sentada por 
períodos longos e mostrar pouco interesse em participar de atividades profissionais ou 
sociais. Outros sintomas negativos incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade. 
A alogia é manifestada por produção diminuída do discurso. A anedonia é a 
capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na 
lembrança do prazer anteriormente vivido. A falta de sociabilidade refere-se à 
aparente ausência de interesse em interações sociais, podendo estar associada à 
avolia, embora possa ser uma manifestação de oportunidades limitadas de interaçõessociais.
Transtorno delirante
297.1 (F22)
Critérios diagnósticos
A.A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou mais.
B.O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido.
Nota: Alucinações, quando presentes, não são proeminentes e têm relação 
com o tema do delírio (p. ex., a sensação de estar infestado de insetos 
associada a delírios de infestação).
C.Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus desdobramentos, o 
funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o comportamento 
não é claramente bizarro ou esquisito.
Critérios diagnósticos
D.Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram breves em 
comparação com a duração dos períodos delirantes.
E.A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância 
ou a outra condição médica, não sendo mais bem explicada por outro 
transtorno mental, como transtorno dismórfico corporal ou transtorno 
obsessivo-compulsivo.
Critérios diagnósticos
Determinar o suptipo:
Tipo erotomaníaco: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio é o 
de que outra pessoa está apaixonada pelo indivíduo.
Tipo grandioso: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio é a 
convicção de ter algum grande talento (embora não reconhecido), insight ou ter 
feito uma descoberta importante.
Tipo ciumento: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio do 
indivíduo é o de que o cônjuge ou parceiro é infiel.
Tipo persecutório: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio 
envolve a crença de que o próprio indivíduo está sendo vítima de conspiração, 
enganado, espionado, perseguido, envenenado ou drogado, difamado 
maliciosamente, assediado ou obstruído na busca de objetivos de longo prazo.
Critérios diagnósticos
Tipo somático: Esse subtipo aplica-se quando o tema central do delírio 
envolve funções ou sensações corporais.
Tipo misto: Esse subtipo aplica-se quando não há um tema delirante 
predominante.
Tipo não especificado: Esse subtipo aplica-se quando a crença delirante 
dominante não pode ser determinada com clareza ou não está descrita nos 
tipos específicos (p. ex., delírios referenciais sem um componente 
persecutório ou grandioso proeminente).
Critérios diagnósticos
Especificar se:
Com conteúdo bizarro: Os delírios são considerados bizarros se são 
claramente implausíveis, incompreensíveis e não originados de 
experiências comuns da vida (p. ex., a crença de um indivíduo de que um 
estranho retirou seus órgãos internos, substituindo-os pelos de outro sem 
deixar feridas ou cicatrizes).
Critérios diagnósticos
Especificar se:
Os especificadores de curso a seguir devem ser usados somente após um ano de 
duração do transtorno:
Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo: Primeira manifestação do 
transtorno preenchendo os sintomas diagnósticos definidores e o critério de tempo. 
Um episódio agudo é um período de tempo em que são satisfeitos os critérios de 
sintomas.
Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial: Remissão parcial é o período de 
tempo durante o qual uma melhora após um episódio prévio é mantida e em que os 
critérios definidores do transtorno estão preenchidos apenas parcialmente.
Primeiro episódio, atualmente em remissão completa: Remissão completa é um 
período de tempo após episódio prévio durante o qual não estão presentes sintomas 
específicos do transtorno
Critérios diagnósticos
Episódios múltiplos, atualmente em episódio agudo.
Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial.
Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa.
Contínuo: Os sintomas que satisfazem os critérios para o diagnóstico do 
transtorno persistem durante a maior parte do curso da doença, com 
períodos de sintomas abaixo do limiar muito breves em relação ao curso 
geral.
Desenvolvimento 
e curso
Transtorno delirante:
Em média, a função global é 
geralmente melhor que a 
observada na esquizofrenia. 
Embora o diagnóstico costume ser 
estável, parte das pessoas evolui 
no sentido de desenvolver 
esquizofrenia. O transtorno 
delirante tem uma relação familiar 
significativa com a esquizofrenia e o 
transtorno da personalidade 
esquizotípica. Embora possa 
ocorrer em grupos mais jovens, a 
condição pode ser mais prevalente 
em indivíduos mais velhos.
Transtorno psicótico 
breve 298.8 (F23)
Critérios diagnósticos
Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um deles 
deve ser (1), (2) ou (3):
1.Delírios.
2.Alucinações.
3.Discurso desorganizado (p. ex., descarrilamento ou incoerência 
frequentes).
4.Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.
Nota: Não incluir um sintoma que seja um padrão de resposta 
culturalmente aceito.
Critérios diagnósticos
B.A duração de um episódio da perturbação é de, pelo menos, um dia, mas 
inferior a um mês, com eventual retorno completo a um nível de 
funcionamento pré-mórbido.
C.A perturbação não é mais bem explicada por transtorno depressivo maior 
ou transtorno bipolar com características psicóticas, por outro transtorno 
psicótico como esquizofrenia ou catatonia, nem se deve aos efeitos 
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a 
outra condição médica.
Critérios diagnósticos
Especificar se:
Com estressor(es) evidente(s): (psicose reativa breve): Se os sintomas ocorrem em 
resposta a eventos que, isoladamente ou em conjunto, seriam notadamente 
estressantes a quase todos os indivíduos daquela cultura em circunstâncias similares.
Sem estressor(es) evidente(s): Se os sintomas não ocorrem em resposta a eventos 
que, isoladamente ou em conjunto, seriam notadamente estressantes a quase todos 
os indivíduos daquela cultura em circunstâncias similares.
Com início no periparto: Se o início é durante a gestação ou em quatro semanas após o 
parto.
Características associadas
Pessoas com transtorno psicótico breve costumam vivenciar 
turbulência emocional ou grande confusão. Podem apresentar mudanças 
rápidas de um afeto intenso a outro. Ainda que a perturbação seja breve, o 
nível de prejuízo pode ser grave, podendo haver necessidade de supervisão 
para garantir o atendimento às necessidades nutricionais e higiênicas e 
para que a pessoa fique protegida das consequências de julgamento 
insatisfatório, prejuízo cognitivo ou atos baseados em delírios. Parece haver 
risco aumentado de comportamento suicida, particularmente durante o 
episódio agudo.
Desenvolvimento e curso
O transtorno psicótico breve pode aparecer na adolescência e no início 
da fase adulta, podendo ocorrer durante a vida toda, com idade média de 
início situando-se aos 30 anos. 
Por definição, um diagnóstico de transtorno psicótico breve exige 
remissão completa de todos os sintomas e eventual retorno completo ao 
nível de funcionamento pré-mórbido em um mês do aparecimento da 
perturbação. Em algumas pessoas, a duração dos sintomas psicóticos pode 
ser muito breve (p. ex., alguns dias).
Esquizofrenia 295.90 
(F20.9)
Critérios diagnósticos
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade 
significativa de tempo durante um período de um mês (ou menos, se tratados com 
sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3):
1.Delírios.
2.Alucinações.
3.Discurso desorganizado.
4.Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.
5.Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).
Critérios diagnósticos
B.Por período significativo de tempo desde o aparecimento da perturbação, o nível de 
funcionamento em uma ou mais áreas importantes do funcionamento, como trabalho, 
relações interpessoais ou autocuidado, está acentuadamente abaixo do nível alcançado 
antes do início (ou, quando o início se dá na infância ou na adolescência, incapacidade de 
atingir o nível esperado de funcionamento interpessoal, acadêmico ou profissional).
C.Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis meses. Esse período 
de seis meses deve incluir no mínimo um mês de sintomas (ou menos, se tratados com 
sucesso)que precisam satisfazer ao Critério A (i.e., sintomas da fase ativa) e pode incluir 
períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou 
residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos 
ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A presentes em uma forma atenuada (p. 
ex., crenças esquisitas, experiências perceptivas incomuns).
Critérios diagnósticos
D.Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar com 
características psicóticas são descartados porque 1) não ocorreram episódios 
depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com os sintomas da fase ativa, 
ou 2) se episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração 
total foi breve em relação aos períodos ativo e residual da doença.
E.A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. 
ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.
F.Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da 
comunicação iniciado na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é realizado 
somente se delírios ou alucinações proeminentes, além dos demais sintomas exigidos 
de esquizofrenia, estão também presentes por pelo menos um mês (ou menos, se 
tratados com sucesso).
Esquizofrenia
Os sintomas característicos da 
esquizofrenia envolvem uma gama de 
disfunções cognitivas, 
comportamentais e emocionais, mas 
nenhum sintoma é patognomônico do 
transtorno. O diagnóstico envolve o 
reconhecimento de um conjunto de 
sinais e sintomas associados a um 
funcionamento profissional ou social 
prejudicado. Indivíduos com o transtorno 
apresentarão variações substanciais na 
maior parte das características, uma vez 
que a esquizofrenia é uma síndrome 
clínica heterogênea.
Desenvolvimento e curso
As características psicóticas da esquizofrenia costumam surgir entre o 
fim da adolescência e meados dos 30 anos; início antes da adolescência é 
raro. A idade de pico do início do primeiro episódio psicótico é entre o início 
e a metade da faixa dos 20 anos para o sexo masculino e fim dos 20 anos 
para o feminino. O início pode ser abrupto ou insidioso, mas a maioria dos 
indivíduos manifesta um desenvolvimento lento e gradativo de uma 
variedade de sinais e sintomas clinicamente importantes.
Transtorno 
esquizofreniforme 295.40 
(F20.81)
Critérios diagnósticos
Os sintomas característicos do transtorno esquizofreniforme são 
idênticos aos da esquizofrenia (Critério A). O transtorno 
esquizofreniforme se distingue por sua diferença na duração: a duração 
total da doença, incluindo as fases prodrômica, ativa e residual, é de pelo 
menos um mês, mas inferior a seis meses.
A exigência de duração para transtorno esquizofreniforme é 
intermediária entre aquela para transtorno psicótico breve, que dura mais 
de um dia e remite em um mês, e aquela para esquizofrenia, que dura pelo 
menos seis meses. 
Critérios diagnósticos
O diagnóstico de transtorno esquizofreniforme é feito em duas 
condições: 1) quando um episódio da doença dura entre 1 e 6 meses, e a 
pessoa já se recuperou; 2) quando um indivíduo está sintomático por 
menos de seis meses, tempo necessário para o diagnóstico de 
esquizofrenia, mas ainda não se recuperou. Nesse caso, o diagnóstico deve 
ser registrado como “transtorno esquizofreniforme (provisório)”, porque 
ainda não há certeza se o indivíduo irá se recuperar da perturbação no 
período de seis meses. Se a perturbação persistir por mais de seis meses, o 
diagnóstico deve ser mudado para esquizofrenia.
Trnastorno 
esquizoafetivo
Critérios diagnósticos
A.Um período ininterrupto de doença durante o qual há um episódio depressivo maior 
ou maníaco concomitante com o Critério A da esquizofrenia.
Nota: O episódio depressivo maior deve incluir o Critério A1: humor deprimido.
B.Delírios ou alucinações por duas semanas ou mais na ausência de episódio 
depressivo maior ou maníaco durante a duração da doença ao longo da vida.
C.Os sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de humor estão presentes 
na maior parte da duração total das fases ativa e residual da doença.
D.A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos de uma substância (p. ex., droga 
de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.
Critérios diagnósticos
Determinar o subtipo:
● 295.70 (F25.0) Tipo bipolar: Esse subtipo aplica-se se um episódio 
maníaco fizer parte da apresentação. Podem também ocorrer 
episódios depressivos maiores.
● 295.70 (F25.1) Tipo depressivo: Esse subtipo aplica-se se somente 
episódios depressivos maiores fizerem parte da apresentação.
Critérios diagnósticos
O diagnóstico de transtorno esquizoafetivo baseia-se em uma avaliação de um 
período ininterrupto da doença durante o qual o indivíduo continua a exibir sintomas 
ativos ou residuais da doença psicótica. Embora não necessariamente, o diagnóstico 
costuma ser feito durante o período da doença psicótica. Em algum momento durante 
o período, deve apresentar dois ou mais sintomas, sendo pelo menos um deles deve 
ser (1), (2) ou (3):
1.Delírios.
2.Alucinações.
3.Discurso desorganizado.
4.Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.
5.Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).
Diagnóstico diferencial
Além de satisfazer o Critério A para esquizofrenia, há um episódio 
depressivo maior ou maníaco. Para separar o transtorno esquizoafetivo de 
um transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características 
psicóticas, devem estar presentes delírios ou alucinações durante pelo 
menos duas semanas na ausência de um episódio de humor (depressivo ou 
maníaco) em algum momento ao longo da duração da doença na vida 
Desenvolvimento 
e curso
ESQUIZOAFETIVO
A idade habitual de início do 
transtorno esquizoafetivo é o 
começo da fase adulta, embora 
possa ocorrer a qualquer momento 
da adolescência até mais adiante 
na vida. Uma quantidade 
significativa de indivíduos 
diagnosticados com outra doença 
psicótica inicialmente, receberá 
diagnóstico de transtorno 
esquizoafetivo mais tarde, quando 
o padrão dos episódios de humor 
tornar-se mais aparente.
Transtorno psicótico 
induzido por 
substância/medicamento
Critérios diagnósticos
A.Presença de pelo menos um dos sintomas a seguir:
1.Delírios.
2.Alucinações.
B.Existe evidência na história, no exame físico ou nos achados laboratoriais de (1) e 
(2):
1.Os sintomas do Critério A se desenvolveram durante ou logo após intoxicação por 
uma substância ou abstinência ou após exposição a um medicamento.
2.A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os sintomas do Critério A.
Critérios diagnósticos
C.A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno psicótico não induzido 
por substância/medicamento. Essas evidências de um transtorno psicótico 
independente podem incluir:
Os sintomas antecederam o aparecimento do uso de substância/medicamento; os 
sintomas persistem por um período de tempo substancial (p. ex., cerca de um mês) 
após o término da abstinência aguda ou intoxicação grave; ou há outras evidências de 
um transtorno psicótico independente não induzido por substância/medicamento (p. 
ex., história de episódios recorrentes não relacionados a substância/medicamento).
D.A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.
E.A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo.
Critérios diagnósticos
As características essenciais do transtorno psicótico induzido por 
substância/medicamento são delírios e/ou alucinações proeminentes, que são 
considerados como devidos aos efeitos fisiológicos de uma substância/medicamento 
(i.e., droga de abuso, medicamento ou exposição a toxina). As alucinações que o 
indivíduo percebe que são induzidas por substância/medicamento não são incluídas 
aqui, devendo ser diagnosticadas como intoxicação porsubstância ou abstinência de 
substância acompanhada do especificador “com perturbações da percepção” 
(aplicável a abstinência de álcool; intoxicação por Cannabis; abstinência de sedativo, 
hipnótico ou ansiolítico e intoxicação por estimulante).
Transtorno psicótico 
devido a outra condição 
médica
Critérios diagnósticos
A.Alucinações ou delírios proeminentes.
B.Há evidências da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a 
perturbação é a consequência fisiopatológica direta de outra condição médica.
C.A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.
D.A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.
E.A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo.
Características diagnósticas
As características essenciais do transtorno psicótico devido a outra 
condição médica são delírios e alucinações proeminentes atribuídos aos 
efeitos fisiológicos de outra condição médica, não sendo mais bem 
explicados por outro transtorno mental.
Características diagnósticas
Podem ocorrer alucinações em qualquer modalidade sensorial (i.e., visual, 
olfativa, gustativa, tátil ou auditiva), mas alguns fatores etiológicos provavelmente 
evocam fenômenos alucinatórios específicos. 
Alucinações olfativas sugerem epilepsia do lobo temporal. As alucinações 
podem variar de simples e informes a altamente complexas e organizadas, 
dependendo de fatores etiológicos e ambientais. Transtorno psicótico devido a outra 
condição médica não costuma ser diagnosticado se o indivíduo tem o teste de 
realidade preservado para alucinações e avalia que elas resultam da condição médica. 
Delírios podem ter uma variedade de temas, incluindo somático, de grandeza, 
religioso e, mais comumente, persecutório. Em geral, porém, as associações entre 
delírios e condições médicas particulares parecem ser menos específicas do que no 
caso das alucinações.
Marcadores diagnósticos
O diagnóstico de transtorno psicótico devido a outra condição médica depende 
da condição clínica de cada pessoa, e os exames diagnósticos irão variar conforme 
essa condição. Uma variedade de condições médicas pode causar sintomas psicóticos. 
Incluem condições neurológicas (p. ex., neoplasias, doença cerebrovascular, doença 
de Huntington, esclerose múltipla, epilepsia, lesão ou prejuízo nervoso visual ou 
auditivo, surdez, enxaqueca, infecções do sistema nervoso central), condições 
endócrinas (p. ex., hiper e hipotireoidismo, hiper e hipoparatireoidismo, hiper e 
hipoadrenocorticismo), condições metabólicas (p. ex., hipoxia, hipercarbia, 
hipoglicemia), desequilíbrios hídricos e eletrolíticos, doenças hepáticas ou renais e 
distúrbios autoimunes, com envolvimento do sistema nervoso central (p. ex., lúpus 
eritematoso sistêmico).
Outros transtornos
➔ Catatonia Associada a Outro Transtorno Mental (Especificador de 
Catatonia) - 293.89 (F06.1);
➔ Transtorno Catatônico Devido a Outra Condição Médica - 293.89 
(F06.1);
➔ Catatonia Não Especificada;
➔ Outro Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno 
Psicótico Especificado - 298.8 (F28);
➔ Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno Psicótico 
Não Especificado - 298.9 (F29);

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