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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA (COMERCIO EXTERIOR)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINSTRAÇÃO
DISCIPLINA: COMERCIO EXTERIOR 
PROFESSORA: FELIPE CESAR DA SILVA BRITO
ALUNO: 
LUIZ CLAUDIO SILVA PIMENTEL
MATHEUS DOS SANTOS
AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO CONSUMIDOR INTERNACIONAL: UMA ABORDAGEM DOS PRODUTOS BRASILEIROS
PATOS, 28 NOVEMBRO 2019
QUAIS FATORES AFETAM A DEMANDA?
Definimos demanda como a quantidade de algum produto que um consumidor está disposto e pode adquirir a cada preço. Isso sugere que pelo menos dois fatores além do preço afetam a demanda. Disposição a comprar sugere um desejo, baseado no que economistas chamam de gostos e preferências. Se você não precisa ou deseja algo, você não vai comprar. Capacidade de compra sugere que renda é importante. 
Os professores são normalmente capazes de obter melhor habitação e transporte do que os alunos porque eles têm uma renda maior. Preços de bens relacionados podem afetar a demanda também. Se você precisa de um carro novo, o preço de um Honda pode afetar sua demanda por um Ford. Finalmente, o tamanho ou a composição da população podem afetar a demanda. Quanto mais crianças uma família tiver, maior será sua demanda por roupas. Quanto mais jovens com idade para dirigir uma família tiver, maior será sua demanda por seguro de carro, e menor para fraldas e leite em pó.
COMO A RENDA AFETA A DEMANDA?
Digamos que temos uma curva de demanda inicial por um certo tipo de carro. Agora imagine que a economia se expandiu de tal forma que aumentou a renda de diversas pessoas, tornando os carros mais acessíveis. Um produto cuja demanda aumenta quando a renda aumenta, e vice-versa, é chamado de bem normal. 
No entanto, existem algumas exceções a esse padrão. À medida que a renda aumenta, muitas pessoas passam a comprar menos mercadorias de marcas genéricas e mais mercadorias de marcas conhecidas. Elas estão menos propensas a comprar carros usados e mais propensas a comprar carros novos. Elas estão menos propensas a alugar um apartamento e mais propensas a comprar uma casa, e assim por diante. Um produto cuja demanda cai quando a renda aumenta, e vice-versa, é chamado de um bem inferior. A renda não é o único fator que causa uma mudança na demanda.
 Outras coisas que mudam a demanda incluem gostos e preferências, a composição ou tamanho da população, o preço de bens relacionados, e até mesmo as expectativas. Uma mudança em qualquer um dos fatores subjacentes que determina qual quantidade as pessoas estão dispostas a comprar a um determinado preço irá causar uma mudança na demanda.
PAÍSES QUE MAIS IMPORTAM DO BRASIL
OS 5 PAÍSES QUE MAIS IMPORTAM DO BRASIL
1)China
Entre janeiro e setembro de 2019, o volume importado do Brasil pela China movimentou um total de US$ 46,2 bilhões. O valor representa uma queda de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O país asiático representa uma fatia de 27,6% entre as exportações brasileiras.
Principais produtos:
· Soja mesmo triturada - 35%
· Óleos brutos de petróleo - 24%
· Minérios de ferro e seus concentrados - 21%
2) Estados Unidos
O saldo total de importações feitas pelos Estados Unidos entre janeiro e setembro de 2019 atingiu um total de US$ 21,8 bilhões – um crescimento de 5,6% em comparação anual. O país liderado por Donald Trump é o destino de 13% das exportações feitas pelo Brasil.
Principais produtos:
· Aviões - 6,1%
· Demais produtos manufaturados - 5,4%
· Máquinas e aparelhos para terraplanagem, perfuração, etc - 4,2%
3) Holanda
Com 4,83% de participação, a Holanda é o terceiro país que mais importa produtos brasileiros. O comércio com destino ao país europeu movimentou um volume de US$ 8,07 bilhões nos nove primeiros meses de 2019, uma variação de -9,1% na comparação anual.
Principais produtos:
· Plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, etc - 19%
· Tubos flexíveis, de ferro ou aço - 10%
· Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes e partes - 4,9%
4) Argentina
A vizinha Argentina é o quarto país que mais importou do Brasil entre janeiro e setembro de 2019, com uma participação de 4,47%. O valor movimentado no período foi de US$ 7,48 bilhões – uma queda de 39% em comparação com os mesmos meses de 2018.
Principais produtos:
· Automóveis de passageiros - 21%
· Partes e peças para veículos automóveis e tratores - 7,9%
· Demais produtos manufaturados - 5,3%
5) Chile
Completando o ranking, o Chile é o quinto país que mais importa do Brasil. O volume movimentado entre janeiro e setembro deste ano foi de US$ 3,83 bilhões – o que representa uma participação de 2,29%. Na variação anual, houve queda de 17,4%.
Principais produtos:
· Automóveis de passageiros - 5,6%
· Chassis com motor e carroçarias para veículos automóveis - 5,6%
· Veículos de carga - 3,9%
PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL
A exportação é uma das principais operações econômicas de um país, por meio dela é possível compreender a situação econômica. As Exportações no Brasil são regidas pelo órgão MDIC, que é o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, agora SECINT. 
O que você irá ver hoje:
· O que é a Exportação;
· Como Funciona a Exportação no Brasil;
· Novo Processo de Exportação; e
· Principais Produtos Exportados pelo Brasil.
Vamos lá!
Principais produtos exportados pelo Brasil
1. Soja
2. Petróleo
3. Minério de ferro
4. Carne de frango
5. Farelo de soja
6. Carne bovina
7. Grão de café
8. Aviões
9. Milho
10. Automóveis
A exportação no Brasil começou 2019 a todo vapor, só em janeiro, o país exportou o valor de US$ 18,579 bilhões. Com um crescimento registrado de 9,1% nas exportações realizadas no Brasil,  esse é um dos melhores resultados das Exportações Brasileiras, de acordo com dados do Ministério da Economia.
Mas, se você acha que a Exportação no Brasil, é movimentada apenas pelo café, você se engana. Os produtos exportados para fora do país é ampla e abaixo separamos os 10 produtos brasileiros mais exportados, segundo o MDIC, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Confira a lista:
1) Soja
A soja conta com uma participação de 13% no total de exportações realizadas pelo Brasil entre janeiro e abril de 2019. O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O grão é cultivado e exportador pelo Brasil e até agora, ele gerou uma receita de US$ 9,51 bilhões. Saiba como é a exportação de granel no Portal Único. 
2) Petróleo
Em segundo lugar fica o petróleo entre os itens mais exportados pelo Brasil. Ele gerou uma receita de US$ 8,2 bilhões, até abril de 2019.
3) Minério de ferro
O item que garante a terceira posição na lista é o minério de Ferro, que está presente em variados países e garante à Exportação no Brasil uma receita de US$ 5,7 bilhões, totalizando o equivalente a 7,9%.
4) Carne de frango
Com participação de 2,6% nas exportações realizadas no Brasil, a carne de frango aparece na lista. Gerando uma receita de US$ 1,88 bilhões aos cofres brasileiros.
5) Farelo de soja
O farelo da Soja também é um produto bastante exportado no Brasil para o exterior. Ele gera uma receita de aproximadamente US$ 1,85 bilhões. Representando o total de 2,6% das exportações no Brasil, juntamente com a Carne de Frango.
6) Carne bovina
Ao contrário do que muitos pensam, que a exportação no Brasil de Carne Bovina é um dos principais produtos, a carne bovina aparece na 6º posição da lista dos produtos mais exportados. E exportação pelo brasil da Carne bovina, representou um total de 2,3%, até agora, do valor das exportações do país, sendo equivalente a US$ 1,67 bilhão em receita.
7) Grão de café
O nosso queridinho de todos os dias, o Café, se encontra na 7º posição da lista dos produtos Exportação pelo Brasil. Ele gerou até agora, uma receita de US$ 1,56 bilhão entre janeiro e abril deste ano. Equivalente a 2,2% das exportações realizadas no Brasil.
8) Aviões
Para o espanto de muitos, a exportações de aviões pelo Brasil representa quase 1,8% nas operações brasileiras. Os aviões são itens de destaque nas exportações brasileira. Nosquatro primeiros meses de 2019, o país obteve receita de US$ 1,29 bilhão com a venda deste produto.
9) Milho
O milho gerou uma receita de US$ 1,23 bilhão na exportação no Brasil, até abril deste ano. A participação do item nas exportações brasileiras foi, equivalente ao total  de 1,7%.
10) Automóveis
O ramo do automobilístico brasileiro obteve uma receita nas exportações no brasil, equivalentes a US$ 1,24 bilhão até abril deste ano. O setor teve participação de 1,7% nas exportações realizadas pelo Brasil. De forma geral, os produtos do agronegócio obtiveram uma receita de US$ 36,2 bilhões, segundo o MDIC, distribuídos em diversos itens. Junto a outros produtos exportados pelo Brasil, as mercadorias movimentaram a economia nacional, resultando em pontos positivos e sendo visto como um incentivo para empresas que buscam ampliar a atuação no mercado internacional.
O que é exportação?
Exportação é um termo que possui origem Latim Exportatio e representa a ação e efeito de exportar que representa a venda de mercadorias para outro país. Ou seja, a exportação é referente ao tráfego de mercadoria e serviço que sai de uma país com destino à outro. Os formatos de como realizar as exportações são realizados pelas legislações do país emissor, que é o qual está exportando.
Sendo assim, a exportação é a atividade de venda, envio de produtos, bens e serviços de um determinado de um país para outro. Ela significa a saída de um item ou serviço nacional com destino a outro país. A Exportação no Brasil conta o órgão legislador MDIC, que é Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
COMO FUNCIONA A EXPORTAÇÃO NO BRASIL
Recentemente, o Governo Federal lançou uma série de mudanças do Novo Processo de Exportação. Este processo trouxe mais agilidade nos processos oportunizando que a exportação no brasil, tenha mais efetivação e rapidez nos processos. O Brasil é conhecido como um país que possui relativa burocracia nos processos de exportações do país. Antigamente o tempo médio de exportação era de 13 dias e com este novo Processo de Exportação adotado no Brasil, ele passou para 8 dias.
NOVO PROCESSO DE EXPORTAÇÃO
O Novo Processo de Exportação é baseado na Declaração Única de Exportação, conhecida, pelos profissionais de Comex como DU-E, processo esse que viabiliza as diversas exportações no brasil. Hoje as exportações pelo Brasil, são realizadas por meio da DU-E e consiste na prestação pelo declarante ou seu representante das informações necessárias ao controle da operação de exportação, de acordo com:
1. A forma de exportação escolhida pelo exportador;
2. Os bens integrantes da DU-E; e
3. As circunstâncias da operação.
Nas hipóteses de exportação com base em nota fiscal em papel ou sem nota fiscal, todos os dados necessários à elaboração da DU-E deverão ser fornecidos pelo declarante.
A DU-E é formada por uma parte comum, que conta com informações que servem a todos os seus itens e informações específicas de cada item. Os dados que são exigidos para o preenchimento da DU-E são semelhantes aos requeridos no RE – Registro de Exportação, na Declaração de Exportação e na DSE – Declaração Simplificada de Exportação.
PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DO MERCADO INTERNACIONAL, PARA IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS BRASILEIROS
EUROPA: questão sanitária e ambiental.
CHINA: exigências de menor dificuldade por importar muito minérios e óleos derivados do petróleo.
MERCOSUL: por importa mais tecnologia brasileiras do que produtos primários tem menores exigências internacionalmente falando.
ESTADOS UNIDOS: importa muita carne brasileira, exigência muito forte na aréa sanitária.
ORIENTE MEDIO: exigências sanitárias e de certificados internacionais.
PRODUTOS BRASILEIROS, GANHOS, PERDAS E DESAFIOS
MERCOSUL
O Mercosul foi formado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O objetivo do Mercosul é promover uma ampla integração regional entre os países-membros. Dessa forma, um cidadão brasileiro não precisa de visto para cruzar a fronteira até a Argentina, por exemplo. Do ponto de vista comercial, por meio da redução de tarifas alfandegárias, ficou mais barato importar trigo da Argentina e exportar veículos para o Uruguai, expandindo as trocas comerciais dentro do bloco – desde a criação do Mercosul, o comércio entre os países membros aumentou em mais de dez vezes.
O Mercosul é considerado uma “união aduaneira imperfeita”. Isso porque não existe uma zona de livre circulação de mercadorias plena entre os seus membros. Ainda que tenha havido reduções significativas das tarifas comerciais em muitos setores, muitos produtos uruguaios, paraguaios, argentinos não estão livres de barreiras para ingressar no Brasil – e vice-versa.
Mercosul e União europeia concluíram um acordo para formar uma área de livre-comércio entre os dois blocos. Ele prevê que, em até dez anos, 90% dos produtos exportados pelo Brasil entrarão no bloco europeu livre de tarifas de importação. Hoje, somente 24% das mercadorias enviadas aos europeus têm alíquota zero. Com isso, o Brasil e seus parceiros – Argentina, Paraguai e Uruguai – esperam ter vantagens frente a outros rivais e aumentar as vendas para o bloco.
UNIÃO UROPEIA 
As exportações do Brasil para UE. Para que as negociações sejam promissoras e haja o fortalecimento do comércio, principalmente com a União Europeia, o caminho tende a ser longo. As barreiras impostas pelos principais importadores do mundo estão cada vez mais rigorosas. 
Hoje, para você exportar alimentos, você tem que enfrentar barreiras, que não são aquelas velhas barreiras de tarifas ou cotas tarifárias. Hoje, para você exportar o agribusiness, você tem que ficar muito mais preocupado não só com medidas sanitárias e fitossanitárias, mas com uma série novíssima de barreiras que são os chamados padrões privados de sustentabilidade”, a discussão na Europa é fundamental e está totalmente baseada no princípio de precaução. Nos Estados Unidos, você precisa ter ciência para provar que faz mal, na Europa não, por precaução eu já não deixo mais importar.
O acordo entre UE e Mercosul, Entre os principais benefícios do acordo, destaca-se a possibilidade de incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões a US$ 125 bilhões em 15 anos.  O aumento do investimento no Brasil da ordem de US$ 113 bilhões em 15 anos. Segundo ele, as exportações brasileiras apresentarão US$ 100 bilhões de ganhos até 2035. O acordo removerá, gradualmente, as tarifas aduaneiras de 92% dos bens exportados pelo Mercosul para a UE e de 91% dos produtos exportados da UE para o Mercosul. As tarifas de importação e exportação deverão ser zeradas no prazo máximo de dez anos, e o restante das exportações contará com acesso preferencial por meio de quotas exclusivas e reduções parciais de tarifas. Atualmente, apenas 24% das exportações brasileiras entram no mercado europeu livre de entraves tributários.
ESTADOS UNIDOS
Em 2008, um ano antes de a crise financeira derrubar em 25% o volume total de importações dos Estados Unidos, o Brasil exportava cerca de US$ 27 bilhões para os americanos. Uma década depois, estamos praticamente no mesmo patamar: no ano passado, vendemos US$ 28,7 bilhões em produtos básicos e manufaturados para nosso segundo maior parceiro comercial, as razões apontadas para a estagnação são várias - desde a perda de competitividade da indústria brasileira e o foco preferencial no Mercosul até a dificuldade de acesso ao mercado americano - o país é bastante protecionista em algumas áreas. 
Hoje, os principais produtos da pauta de exportações brasileira para o país são semimanufaturados de ferro e aço, petróleo, celulose e café. Juntos, esses produtos responderam por quase 30% dos embarques para os EUA em 2018, de acordo com os dados do Ministério da Economia referentes a 2018. Do total das exportações, 6,8% foram aviões, refletindo a atuação - e a importância - da Embraer.
Entre os produtos que importamos dos americanos, pouco mais de 26% são combustíveis - óleo diesel e fuel-oil (18%), gás propano liquefeito (3,2%), gasolina (2,9%) e etanol (2,6%), levandoem consideração os dados fechados de 2018.
Entre eles estão o comércio de produtos como açúcar, algodão, alumínio, carne bovina in natura, carne de frango, etanol, lácteos, soja, tabaco e siderúrgicos como aço. Todos são itens nos quais o Brasil tem vantagens competitivas, e que esbarram em limitações impostas pelos EUA. A grande maioria é de produtos básicos. Não adianta pleitear acesso ao mercado de alta tecnologia. Nós não temos muito futuro a não ser mais acesso ao mercado de produtos básicos.
CHINA
O volume de exportações brasileiras para a China é mais que o dobro do que para os EUA. Em 2018, vendemos US$ 64,2 bilhões aos chineses, alta de 35% em relação a 2017, com superávit US$ 29,4 bilhões na balança comercial. A pauta das vendas do Brasil para os chineses, no entanto, é bem menos diversificada do que com os EUA - a soja representa 43% dos embarques, o petróleo, 22%, e o minério de ferro, 17%. Não apenas pela questão da balança comercial em si - afinal, metade do superávit de 2018 veio da China -, mas por sua atuação como investidor.
O Brasil deve ficar em estado de alerta para outros mercados.
Assim, entre as diversas opiniões existentes, pode ser destacada a declaração dada pela presidente da Gro Intelligence, Sara Menker, que, no ano de 2017, disse que o país asiático tem um papel “desproporcional” na balança comercial brasileira, e destacou a existência de diversos mercados em que o Brasil ainda não está participando como deveria. Dado o exposto, as exportações para China são muito importantes para a economia brasileira e colaboram para aumentar ainda mais a relação entre os dois países, além de serem lucrativas para o Brasil. Logo, apesar da necessidade de se manter em alerta para as mudanças no mercado internacional e as novas oportunidades no mesmo, o Brasil passa por um bom momento no comércio com o gigante asiático, que promete se manter forte.
Há um ano, em outubro de 2018, Bolsonaro, ainda candidato à Presidência, subiu o tom contra o país asiático e ganhou manchetes no mundo inteiro ao dizer: "A China não compra no Brasil. A China está comprando o Brasil". Há uma diferença normal entre o discurso eleitoral e o de governo. O eleitoral usa um apelo popular, exageros, uma retórica para ganhar um eleitorado que não conhece a China ou o comércio internacional. É o que ganha voto".
Depois que assume, o presidente é imediatamente pressionado pelo lobby do agronegócio, pelas confederações de indústria. Ele se dá conta que quase 30% da pauta de exportações se refere à China. E percebe que não fazer negócios com chineses em 2019 é inconcebível para qualquer país".
ORIENTE MÉDIO
Em visita oficial aos Emirados Árabes Unidos, o presidente Jair Bolsonaro firmou oito atos bilaterais com o país do Oriente Médio em várias áreas como paz e segurança, cooperação econômica, inteligência artificial, meio ambiente e defesa. A comitiva brasileira foi recebida, neste domingo (27), em Abu Dhabi, pelo príncipe herdeiro do país, Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
Bolsonaro está em visita a três países da região. Depois dos Emirados Árabes, visita o Catar e a Arábia Saudita, que são grandes compradores de produtos do agronegócio brasileiro e compradores promissores de produtos de defesa. Os dois países são donos de grandes fundos soberanos em busca de oportunidades de investimento em países emergentes. “O Brasil mudou de verdade, os números da economia comprovam o que estou falando, e o fato de estarmos reconquistando a confiança do mundo todo faz com que cada vez mais países queiram firmar negócios com o Brasil”, disse em entrevista à Agência de Notícias dos Emirados Árabes, antes de deixar o país rumo ao Catar.
Acordos
Para despertar o interesse das companhias em expandir as atividades no Brasil, foi firmado entendimento com os Emirados Árabes para a troca de informação sobre o ambiente de negócio e oportunidades de investimentos nos dois países, por meio de compartilhamento de experiências e de melhores práticas empresariais. Na área de defesa, os dois países pretendem constituir um fundo para expansão da capacidade produtiva do setor no Brasil. O objetivo é financiar projetos considerados prioritários pelos dois países.
Os dois países também estabeleceram as diretrizes para a parceria no desenvolvimento, produção e comercialização de produtos de defesa. Também foi assinado ato para o desenvolvimento de iniciativas de alto nível nas áreas de paz e segurança; de cooperação econômica, especialmente em comércio, investimento, indústria, infraestrutura, agricultura, transporte e espaço exterior; de cooperação energética e articulação de mecanismos conjuntos nos setores do turismo, cultura e esportes.
O Brasil e os Emirados Árabes ainda se comprometeram à troca e proteção mútua de informações. O acordo assinado estabelece, entre outros assuntos, equivalência dos níveis de classificação, medidas de proteção, regras de acesso e transmissão de informações classificadas, bem como providências relacionadas ao vazamento de dados sigilosos. Um outro memorando de entendimento prevê parceria entre instituições tecnológicas na área de inteligência artificial por meio do desenvolvimento de programas de pesquisas básicas e aplicadas, realização de projetos conjuntos e participações em eventos.
Na área aduaneira, os dois países deverão prestar assistência mútua na prevenção, combate e investigação de infrações aduaneiras para garantir segurança e fluidez na cadeia logística do comércio. Além disso, haverá troca de informações sobre assuntos de sua competência, tais como valoração aduaneira, regras de origem e classificação tarifária.
Os órgãos de meio ambiente também vão cooperar nas áreas de conservação ambiental e de espécies ameaçadas e desenvolver iniciativas em ecoturismo, gestão de zonas úmidas, entre outros.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não basta ao Brasil angariar novos parceiros internacionais e elevar os níveis positivos de nossa balança comercial em busca de crescimento sustentável, sem que, para tanto, deixe de manter e respeitar os seus relacionamentos com os atuais parceiros. Ainda não é possível projetar a velocidade com a qual essa abertura comercial se dará. O governo teve uma agenda cheia esse ano de 2019, mas está claro que o comércio internacional é uma das suas grandes prioridades.
Acordos Internacionais por si só não resolvem os problemas mas é preciso haver em conjunto: investimentos financeiros e tecnológicos, que exigem melhorias constantes na produção do que se comercializa; redução de custos, tanto no aspecto logístico, tributário e produtivo; mão de obra qualificada, para isso é necessário uma melhor gerência na capacitação das operações industriais e, consequentemente, redução dos níveis atuais de desemprego. Isso para ficarmos somente nessas três perspectivas de melhoria que tanto iniciativa privada e governo entendem como prioritários. Com essa perspectiva para 2019, é certo pensar que 2020 será o ano do início da guinada do comércio exterior brasileiro?
REFERENCIAS
Quais fatores afetam a demanda?; Brasil Escola. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/economics-finance-domain/microeconomics/supply-demand-equilibrium/demand-curve-tutorial/a/what-factors-change-demand. Acesso em 10 de novembro de 2019.
Comex Vis: Continentes e Blocos Disponível em: http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame bloco?bloco=asia_exclusive_oriente_medio. Acesso em 09 de novembro de 2019.
Saiba mais sobre o MERCOSUL.Disponível em: http://www.mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul. Acesso em 09 de novembro de 2019.
TODA MATERIA ,União Europeia;  . Disponível em: https://www.todamateria.com.br/uniao-europeia/. Acesso em 09 de novembro de 2019.
Comércio exterior: Brasil e Oriente Médio. GAZETADIGITAL Disponível em: https://www.gazetadigital.com.br/colunas-e-opiniao/colunas-e-artigos/comrcio-exterior-brasil-e-oriente-mdio/591342. Acesso em 08 de novembro de 2019.
Comércio do Brasil com a China bate recorde e relação deve se fortalecer; DCI. Disponívelem: https://www.dci.com.br/economia/comercio-do-brasil-com-a-china-bate-recorde-e-relac-o-deve-se-fortalecer-1.677816. Acesso em 08 de novembro de 2019.

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