Prévia do material em texto
O VIRUS HIV Fisiopatologia • Infecção de células dendríticas e macrófagos incialmente; • Subsequente infecção do linfócito T helper (CD4). Fases da infecção Infecção aguda • Elevada carga viral e queda de CD4; • Síndrome retroviral aguda (mononucleose-like); • Soroconversão em 4 a 10 semanas. Latência clínica • Setpoint viral (vírus replica menos e CD4 se mantém vivo); • Assintomático ou com linfonodomegalia generalizada persistente. Sintomática • Pode ser dividida em precoce ou AIDS; Fase precoce: Candidíase oral ou vulvovaginal;TB pulmonar;Herpes-zóster;EBV (leucoplasia pilosa);Displasia e CA cervical in situ;Anemia e PTI. Fase AIDS: Candidíase esofágica/via aérea;Pneumocistose;Micoses disseminadas;Tuberculose extrapulmonar;CMV (exceto fígado, baço e linfonodo);Vírus JC (LMP);Encefalo, nefro e cardiopatia;CA invasivo cervical;Sarcoma de Kaposi;Linfoma não- Hodgkin;Neurotoxoplasmose;Ch agas reativado. • Associada a doenças relacionadas ao HIV. Diagnóstico Pacientes ≤ 18 meses: • Detecção do vírus: HIV-RNA ou DNA pró-viral. Pacientes > 18 meses: • Anticorpo: Imunoensaio (IE) ou Teste Rápido (TR1 + TR2) - o preferencial é o IE; • Confirmatório: Vírus: HIV-RNA • Testes discordantes: Western blot e imunoblot (mais específicos). Situações: • IE ou TR1 (-): Amostra não reagente; • IE ou TR1 (-), mas suspeito: repete em 30 dias. • IE e HIV-RNA (+): Nova amostra só com IE. Tratamento: "Para quem?! Todos que contém o vírus" Prioritários (quem mais se beneficia): • Sintomáticos; • Assintomáticos com CD4 < 350; • Gestantes; • TB ativa (quem mais mata pacientes HIV no brasil); • Hepatite B ou C; • Risco cardiovascular elevado (>20%). Sítios de ação dos fármacos: • Fusão viral; • CCR5; • Transcriptase reversa (mais importante); • Integrase (mais importante); • Protease. Inibidores da transcriptase reversa (ITR): • Tenofovir (TDF); • Lamivudina (3TC); • Efavirenz (EFV); • Entricitabina (FTG). Inibidor de inteGRAse: • DoluteGRAvir; • RalteGRAvir. Inibidor de protease: • "navir" - Ritonavir. Inibidor de fusão: • Enfuvirtida. Antagonista do CCR5: • Maraviroque. Esquemas: • 1ª linha: Tenofovir + lamivudina + Dolutegravir; TDF: nefrotoxicidade e osteoporose;DTG: interage com anticonvulsivantes (fenitoína, feno e carba). • Coinfecção TB-HIV: TDF + 3TC + Efavirenz; • TB grave ou gestante: TDF + 3TC + Raltegravir; TB grave: CD4 < 100;Associada a outra infecção oportunista;Internação;Dissemin ada. Falha virológica: • Carga viral detectável após 6 meses de TARV; • Rebote após supressão. Fazer genotipagem. Prevenção combinada: • Profilaxia pré-exposição (PrEP); Populações de risco: Gays ou homens que fazem sexo com homens (HSH);Pessoas trans;Profissional do sexo;Parceria sorodiscordante. Associada a comportamento de risco: Relação anal ou vaginal sem preservativos por 06 meses;Episódios recorrentes de DST's;Uso repetido de profilaxia pós-exposição. Qual a combinação?! Tenofovir + Entricitabina. Relação anal: 7 dias antes;Relação vaginal: 20 dias antes. • Profilaxia pós-exposição (PEP) Exposição de risco até 72h (ideal até 2h). O que é infectante?! Sangue;Secreção genital;Líquidos (serosa, liquor...). Exposição de risco: Percutânea;Mucosa;Pele não íntegra;Mordedura com sangue. Situações: Exposto (+) ou fonte (-): não fazer;Exposto (-) e fonte (+ ou desconhecido): 28 dias de TDF + 3TC + DTG. Transmissão vertical Pré-natal: • TDF + 3TC + RAL para todas a partir da 14ªsem Parto: • Principal momento de transmissão! • AZT IV + Cesárea eletiva (38ª sem/dilatação 3-4cm/bolsa íntegra); • > 34sem: Carga viral indetectável: sem AZT;Carga viral < 1.000: parto por indicação obstétrica. Puerpério: • Mãe: manter anti-retroviral e contra-indicar o aleitamento materno; • RN: AZT por 4 semanas + Nevirapina em 3 doses (48h - 48h - 96h); Indicações da Nevirapina: Mãe sem medicação na gestação;CV > 1.000 ou desconhecida no 3º trimestre;Má adesão/uso irregular;DST's na mãe(principalmente sífilis);HIV reagente no parto. • RN: Bactrim de 4 semanas à 1 ano.