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Resumo neurologia completo

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FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o VIAS EFERENTES 
 Somáticas 
 Viscerais 
 
o Vias Somáticas: relacionadas a ativação da musculatura estriada, na parte de movimentos 
voluntários/automáticos e na regulação do tônus e postura – grande papel no controle dos 
movimentos, execução dos movimentos, então pega a musculatura estriada, controle dos 
movimentos voluntários, automáticos (transferência do sentado para de pé, marcha), além do ajuste 
tônico (não tem o tempo todo um tônus elevado ou um tônus reduzido, ajusta esse tônus, 
exemplo: está caminhando, tropeça e precisa levantar o tronco para não cair, estava num tônus 
basal e teve a necessidade de um ajuste tônico – feito pelas vias eferentes somáticas). Classificada 
como consciente e voluntária, precisa da consciência para fazer uma execução, porém, chega um 
momento que execução fica automática. 
o Vias Viscerais: relacionada a musculatura lisa (coração, movimento peristáltico), funcionam nas 
vísceras e nos vasos. Classificada como inconsciente e involuntária. 
o Essas duas vias possibilitam uma comunicação entre os centros do sistema nervoso com os órgãos 
efetuadores, possibilitando que esses órgãos atuem de forma efetiva, eficaz e funcional. 
o As vias eferentes são dívidas em duas (de forma didática e não de forma patológica): 
 Sistema Piramidal – tracto córtico espinhal, tracto córtico nuclear. 
 Sistema Extrapiramidal – tracto rubro espinal, tracto tecto espinal, tracto retículo espinal, tracto 
vestíbulo espinal. 
o Essas divisão é feita didaticamente, não é mais utilizada na literatura para classificação patológica. 
o O nome do tracto diz respeito do local da sua origem até sua inserção, ou seja, o tracto córtico 
espinhal se originou no córtex e foi até os núcleos motores da medula espinhal. 
 
 
 
o Tracto Córtico Espinhal 
 Ligação entre o córtex cerebral aos neurônios motores da medula. 
 Tracto Córtico Espinhal Anterior: se origina no córtex, desce em direção a medula, é 
HOMOLATERAL, ou seja, se origina no córtex e quando chega na decussação das pirâmides 
não vai para o lado contralateral, continua do mesmo lado. Ex: se origina do lado direito, se 
insere do lado direito. 
 
SISTEMA PIRAMIDAL 
NEUROFISIOLOGIA CLÍNICA 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 Tracto Coórtico Espinhal Lateral: se origina no córtex, desce até a medula, é 
CONTRALATERAL, ou seja, se origina no córtex e quando chega na decussação das pirâmides, 
ele cruza. Ex: se origina do lado esquerdo e vai para o lado direito. 
o Quando uma pessoa vai executar uma tarefa, realizar um movimento, precisa de uma ativação do 
córtex visual e o córtex pré motor preparando para a execução do movimento. Quando, por 
exemplo, o tenista vai bater a bola com a raquete, já tem o córtex motor executando essa tarefa, 
tem pouca atividade do córtex visual, pois já foi preparado para isso e ocorre a ativação do córtex 
parietal posterior (sensibilidade, propriocepção). Não tem apenas o tracto córtico espinhal para 
exercer essa função, precisou passar pelos núcleos da base e estes constituem o sistema 
extrapiramidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
FUNÇÃO DO TRACTO CÓRTICO ESPINHAL 
o Atuam como um sistema excitatório ou inibitório sobre os neurônios alfa e gama. 
o Número significativo de origem na área somestésica do córtex e terminam na coluna posterior 
(controle sensitivo) – HOMÚNCULO DE PENFIELD. 
o Controlam musculatura axial assim como apendicular. 
o Principal responsável pela motricidade voluntaria. 
 Tracto Rubro Espinhal: musculatura distal dos membros. 
 Tracto Retículo Espinhal: musculatura axial e proximal dos membros. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS APÓS A LESÃO NO TRACTO CÓRTICO ESPINHAL 
o Ex: lesão no hemisfério direito, tem um predomínio que o lado contralateral seja mais fraco, 
danificado, com alterações motoras, pois o tracto córtico espinhal lateral é maior que o tracto 
córtico espinhal anterior, quando o tracto córtico espinhal lateral cruza, significa que 80% do 
tracto córtico espinhal lateral foi cruzado e 20% continua anteriormente (homolateral), causando 
fraqueza no lado homolateral também. 
o O tracto córtico espinal lateral representa a maior parte do tracto córtico espinal. 
o Ex: um paciente hemiparético a esquerda – não irá realizar o tratamento apenas no membro 
esquerdo, pois no membro direito ele tem 20% de força a menos. 
o Fraqueza muscular 
o Dificuldade de recrutramento para contração muscular. 
o Incapacidade de realizar movimentos independentes de grupos musculares isolados – perda da 
capacidade de fracionamento. 
 Movimento de oponência entre o polegar e indicador. 
 Abotoar camisa. 
o Sinal de Babinski positivo: característico de uma lesão no sistema piramidal. Faz um estímulo na 
lateral do pé até o hálux, de forma NÃO PATOLÓGICA tem uma flexão dos dedos ou fica 
neutro. Na forma PATOLÓGICA, quando faz o estímulo, ocorre o sinal do leque (abdução e 
extensão dos dedos. 
 
TRACTO CÓRTICO NUCLEAR 
o Sistema Piramidal 
o Mesmo valor funcional que o tracto córtico espinal (controle de motoneurônios alfa gama, 
motricidade), porém, transmite impulsos para os motoneurônios do tronco encefálico (tem uma 
grande quantidade de inervações do tronco encefálico para a musculatura da face). 
o Executa controle voluntário dos neurônios motores situados nos núcleos dos nervos cranianos. 
o Muitas fibras terminam em núcleos sensitivos do tronco encefálico. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Grande parte das fibras são homolaterais – o lado acometido é o lado que vai ter a 
manifestação clínica. 
 
DIFERENÇA ENTRE A PARALISIA FACIAL CENTRAL E PARALISIA PERIFÉRICA (PARALISIA DE BELL) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARALISIA FACIAL CENTRAL 
As informações saem do hemisfério, cruza, tem 
a conexão com o motoneurônio e chega no 
quadrante inferior. 
Para ter o movimento da face, tem também 
informações homolaterais que faz conexão com 
o quadrante superior. 
O quadrante superior recebe informações 
contralaterais também. 
No caso do AVC, irá ter paralisia do quadrante 
inferior contralateral à lesão – AVC à direita, 
diminuição da função no quadrante inferior 
esquerdo (desvio de rima – boca fica caída, 
torta). 
Não atinge o quadrante contralateral superior. 
Há suprimento vindo do neurônio homolateral. 
Não acontece paralisia no quadrante superior, 
pois recebe informação homolateral, ao contrário 
do quadrante inferior, que recebe informação 
contralateral também. 
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA OU PARALISIA 
DE BELL 
Quando tem uma lesão periférica, tem o déficit 
de função é homolateral a lesão, acomete o 
quadrante superior e inferior. 
Nervos cranianos presentes na periferia, trazendo 
informações homolaterais. 
Na Paralisia Facial Periférica não tem a supressão 
do sistema nervoso central, então o quadrante 
superior e inferior estão deficitário. 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Vias Extrapiramidais 
o Constituída por 4 Tractos: 
 Tracto Rubro-Espinhal 
 Tracto Retículo-Espinhal 
 Tracto Tecto-Espinhal 
 Tracto Vestíbulo-Espinhal 
o Os tractos vindo dos núcleos vestibulares, ou seja, o tracto vestíbulo-espinhal, é o único tracto 
que não vai receber aferência cortical. 
o O tracto rubro espinhal vai ser tracto córtico rubro espinhal, e o mesmo é feito para os outros 
tractos (tracto córtico retículo espinhal e tracto córtico tecto espinhal). O tracto vestíbulo-espinhal 
não recebe o nome córtico, pois não recebe aferências corticais. 
o Dividido em dois grupos: um grupo que trabalha a musculatura axial e proximal e outro grupo que 
trabalha musculatura distal, intrínseca e extrínseca da mão.o Tracto tecto-espinhal: envolvidos com reflexos, nos quais, a movimentação da cabeça decorre 
de estímulos visuais. 
o Tracto vestíbulo-espinhal: manutenção do equilíbrio, ajustes no grau de contração muscular. 
Permitindo manutenção do equilíbrio mesmo após alterações súbitas do corpo e tônus. 
o Tracto retículo-espinhal: recebe várias informações vindas do cerebelo e do córtex motor; 
executa a parte de controle dos movimentos voluntários e automáticos dos músculos proximais 
e axiais do membro; determina o grau adequado de contração muscular, atua no tônus 
muscular, na marcha; manutenção da motricidade após a lesão do tracto córtico espinhal; age 
sobre os motoneurônios alfa-gama (tônus – marcha). Projeta o que vai ser feito e faz o ajuste, 
a preparação para executar o movimento. A importância clínica do tracto retículo-espinal é o 
sistema que projeta o que vai ser feito. (ex: levanta-se e vai até a porta caminhando – o tracto 
retículo-espinhal faz o ajuste da onde vai parar para conseguir abrir a porta). Quando tem uma 
lesão no tracto retículo-espinhal, perde essa antecipação/preparação do movimento. 
SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
GRUPO A 
Tracto tecto-espinhal, tracto vestíbulo-
espinhal, tracto retículo espinhal. 
Vão trabalhar as musculaturas proximais e 
axiais. 
 
GRUPO B 
Tracto rubro-espinhal. 
Irá trabalhar a musculatura distal e 
intrínseca e extrínseca da mão. 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
LESÕES DAS VIAS MOTORAS SOMÁTICAS 
 
 
o Acometimento da capsula interna e/ou área motora do córtex 
 
 
o Fase aguda – paralisia flácida (dependente do grau da lesão). 
o Hipertonia. 
o Hiperreflexia. 
o Sinal de Babinski positivo. 
 
 
o Lesão na coluna anterior da medula ou em núcleos motores de nervos cranianos. 
o Destruição do neurônio motor inferior. 
 
 
o Paralisia flácida – não apenas na fase aguda, perdura durante a vida do indivíduo. 
o Perda de reflexos. 
o Hipertrofia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome do neurônio motor superior 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Síndrome do neurônio motor INFERIOR 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o O indivíduo com lesão no cerebelo entra na classificação de transtornos do movimento. 
o A principal função do cerebelo é fazer o planejamento e coordenação de atividades motoras 
complexas - exemplo: quando está caminhando, o cerebelo auxilia no planejamento e 
coordenação para executar o caminhar. Quando quer pegar um copo d’água, o cerebelo realiza 
o planejamento e a coordenação. O cerebelo faz o ajuste tônico para conseguir moldar o 
movimento de acordo com a situação desejada. 
o Influência os movimentos, principalmente pela modificação dos padrões de atividade dos NMS 
(neurônio-motor superior) através de projeções significativas a quase todos os circuitos que 
governam. 
o Diferença entre neurônio-motor superior e neurônio-motor inferior 
 NMS: hipertonia, hiperreflexia, babinsk positivo. 
 NMI: paralisia flácida, perda de reflexos, hipotrofia. 
o O cerebelo está presente na grande maioria das execuções de movimento. 
o Tem como função básica detectar “erro motor’ – exemplo: se está andando, pisa num buraco 
e desequilibra, o cerebelo é ativado para ter esse controle/correção. 
o As correções podem ser realizadas durante o movimento em curso ou também como forma de 
aprendizagem motora quando a correção é armazenada. 
o O cerebelo faz os ajustes do movimento até que se torne um movimento efetivo e esses erros 
cometidos antes, irão ficar armazenados para quando o movimento não for efetivo. Quando esse 
movimento fica efetivo, com performance de menor gasto energético e melhor velocidade, o 
cerebelo entendeu sua função e começou a reproduzir o movimento outras vezes, dessa forma, 
o movimento foi armazenado nos núcleos da base. Então, quando o movimento for efetivo, essa 
função fica armazenada nos núcleos da base e executam o movimento na sua melhor 
performance. Se vai fazer o movimento e tem uma falha, um erro, então o cerebelo é ativado 
e realiza a sua função de correção. 
o O cerebelo fica mais ativo no processo de aprendizagem do movimento, depois que esse 
movimento já ficou efetivo, ocorre uma diminuição da ativação do cerebelo para essa tarefa e 
uma maior ativação dos núcleos da base. 
o O cerebelo possui organizações para execução de movimentos: 
 Cerebelo Cortical – regulação de movimentos que exigem grande habilidade, de modo 
especial, no planejamento e na execução de complexas sequencias de movimentos 
temporais e espaciais. 
 
CONTROLE DO MOVIMENTO 
CEREBELO 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 Espinocerebelo – região mediana: a única parte que recebe aferências diretamente da medula 
espinhal, as informações que chegam na medula se conectam direto com o cerebelo, quando 
chega a informação medula cerebelo, a resposta é muito rápida. Região lateral: relacionada 
ao controle dos movimentos dos músculos distais. 
 Verme – movimentos dos músculos proximais e regula alguns movimentos oculares. Quando 
o indivíduo tem uma lesão no cerebelo, tem uma tendência a apresentar nistagmo, alteração 
dos movimentos oculares. 
 Vestíbulocerebelos – recebe aferências dos núcleos vestibulares do tronco encefálico e está 
relacionado com a regulação dos movimentos envolvidos com a manutenção da postura e 
do equilíbrio. 
o As informações chegam ao cerebelo de vários setores do sistema nervoso central: chega da 
medula, do sistema vestibular e da área cortical. Essas informações assim que chegam ao cerebelo, 
irão passar pelos núcleos cerebelares (cada um tem uma função), de onde enviam as respostas 
eferentes do cerebelo. Esses núcleos são modulados pela ação inibitória das Células de Purkinji 
(células profundas do cerebelo). Esse sistema é chamado CIRCUITO CEREBELAR. 
o Conexões extrínsecas 
 Aferentes – informações que chegam no cerebelo, terminam no córtex motor como fibras 
trepadeiras – distribuem-se por todo cerebelo e fibras musgosas (fibras profundas e 
conexões no cerebelo para essas áreas) que distribuem em áreas especificas. 
 Núcleos vestibulares: informação sobre posição da cabeça. 
 Medula espinhal: trazem sinais motores que chegam a medula através do tracto cortico-
espinhal e impulsos proprioceptivo. 
 Núcleos pontinos: informações quanto a intenção dos movimentos voluntários. 
 Eferentes – são vias executadoras, saem do cerebelo e vai para algum lugar, influenciam 
neurônios motores da medula de forma indireta através do tronco encefálico, tálamo ou das 
próprias áreas motoras do córtex cerebral. 
 Zona medial: levam impulsos motores à musculatura axial e proximal, sentindo em manter 
equilíbrio e postura. 
 Zona intermediária: controle dos músculos distais, responsável por movimentos delicados. 
 Zona lateral: atividade motora distal. 
 
 
 
o Perturbam a modulação e a coordenação dos movimentos em curso – inervação de sistemas 
sensoriais. 
o Dificuldade em produzir movimentos suaves e bem coordenados. 
o Apresentando movimentos espasmódicos e imprecisos – Ataxia Cerebelar (doença cerebelar 
mais comum). 
o Nistagmo – dificuldade em manter os olhos fixos. 
LESÕES E DOENÇAS CEREBELARES 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
o Diminuição do tônus (núcleos vestibulares) 
o Distúrbios nas sequências mais elaboradas de movimentos aprendidos. 
o A manifestação da incoordenação sempre ocorre do mesmo lado da lesão do cerebelo – se 
tem um tumor ou AVC no cerebelo, a lesão é homolateral 
 
 
 
 
Essas estruturas, através de suas conexões, estão envolvidas em vários processos, inclusive a 
modulação do controle motor – são responsáveis pelo movimento com maior controle, maior 
precisão. 
Transtornos dos movimentos 
o Cerebelo – organiza o tempo necessário para executar asatividades motoras, controla da 
intensidade da carga muscular e interação entre grupos agonistas e antagonistas. 
o Função: correção do erro – para corrigir, precisa organizar tempo, intensidade. 
o O cerebelo sequência, monitora, refina as atividades motoras e terminam os movimentos, mas 
não inicia os movimentos diretamente – após a ativação do movimento, o cerebelo ajusta para 
corrigir o erro, se for necessário. 
 
 
 
RELAÇÃO ANATÔMIA E CONTROLE DO MOVIMENTO 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
o Tálamo – funciona como “conector”, integrando diferentes estruturas do sistema extrapiramidal 
com o córtex motor. 
o Função: “secretária” – faz uma conexão com as estruturas do sistema extrapiramidal. Quando 
quer realizar algum movimento, o córtex pré motor envia uma informação para o tálamo sobre 
qual movimento realizar, o tálamo sabe onde está armazenado a informação nos núcleos da base, 
pega essa informação e manda para o córtex motor executar. 
o O tálamo sabe onde está armazenado a melhor performance do movimento. 
o Localizado no diencéfalo e constituído fundamentalmente por sustância cinzenta. 
 
o Núcleos da Base – responsáveis pela execução de padrões da atividade motora, controle cognitivo 
das sequências de padrões motores e auxiliam na alteração da cronologia e gradação da 
intensidade de movimentos. 
o Fica armazenado os movimentos em sua melhor performance, o que aprendeu de forma correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o Hipotrofia – diminuição do volume. 
o Normotrofia. 
o Hipertrofia – aumento do volume. 
 
HIPERTRÓFICO 
o Aumento do volume da fibra muscular. 
o Conforme os estímulos e o uso diário, podendo ter aumento de massa/volume muscular. 
o Observando no tecido muscular quando este é submetido a uma carga de exercício físico. 
o Hipertrofia Patológica 
 Hipertrofia do miocárdio. 
 Hipertrofia da musculatura esquelética. 
 Hipertrofia de musculatura lisa. 
 Hipertrofia de células nervosas. 
 Pseudo-Hipertrofia – distrofia muscular de duchenne – aumento de volume de fibra falso, é 
acúmulo de gordura. 
 
OBS: paciente hemiplégico pode treinar fortalecimento – quanto para trofismo e tônus, tem que 
fortalecer – melhora a funcionalidade. 
 
 
 
 
Corresponde ao 
volume de massa 
muscular existente 
no corpo. 
Quantidade de fibra 
muscular. 
Relacionado com o 
diâmetro, o volume e 
o tamanho muscular 
e consequentemente 
com a força muscular. 
Propedêutica neurológica 
TROFISMO 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
HIPOTROFIA 
o Diminuição da carga de trabalho – ex: não mexe tanto o braço direito, terá menos massa muscular 
no braço direito. 
o Perda da inervação – ex: lesão no plexo braquial, tem menor volume muscular. 
o Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia). 
o Nutrição inadequada das células. 
o Perda da estimulação endócrina. 
o Envelhecimento. 
 
AVALIAÇÃO DO TROFISMO 
o Exame físico – perimetria, inspeção. 
 
 
 
o Nem todos os pacientes irão responder a testes de força muscular (grau 0 a 5), então realiza as 
manobras deficitárias. 
o As manobras deficitárias não trazem apenas informações sobre função muscular, mas traz 
também informações sobre o tônus (se venceu a gravidade ou não), percepção corporal. 
 
MANOBRA DE MINGAZZINI – MEMBRO SUPERIOR 
o Para membros superiores. 
o Manobra dos braços estendidos. 
o Paciente fica sentado, com flexão de ombro à 90º por 30 segundos. Se aparecer uma falha 
(o membro cair ou ficar assimétrico), o teste é positivo. 
o Essa manobra mostra se o paciente tem fraqueza de flexores de ombro e extensores de 
cotovelo. 
 
MANOBRAS DEFICITÁRIAS 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
MANOBRA DE MINGAZZINI – MEMBRO INFERIOR 
o Para membros inferiores. 
o Paciente irá ficar em decúbito dorsal, com quadril, joelhos e tornozelos fletidos. Se acontecer uma 
falha (o membro cair ou ficar assimétrico), o teste é positivo. 
o Quando tem a queda do quadril – fraqueza de iliopsoas 
o Quando tem a queda do joelho – fraqueza de quadríceps e isquiotibiais. 
 
MANOBRA DE RAIMISTE 
o Manobra de membro superior. 
o Mãos e cotovelos. 
o Muito utilizada no exame neurológico na fase aguda, no período hospitalar. 
o Paciente fica deitado em decúbito dorsal, com os cotovelos fletidos à 90º e próximo ao corpo, 
os dedos devem ficar em abdução e extensão, o paciente deve manter a posição por 30 
segundos. Se acontecer uma falha (o membro cair ou ficar assimétrico), o teste é positivo. 
o Se o membro cair em rotação interna, pode mostrar uma hipertonia de rotadores internos ou 
uma fraqueza de rotadores externos. 
o Se o membro cair em rotação externo, pode mostrar uma hipotonia/fraqueza do membro. 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
MANOBRA DE BARRÉ 
o Para membros inferiores. 
o Paciente fica deitado em decúbito ventral e com os joelhos fletidos à 90º. 
o Avalia fraqueza de isquiotibiais. 
o Se o membro cai em direção a maca/colchão, o teste é positivo, mostrando uma fraqueza de 
isquiotibiais. 
o Se ocorrer a queda da perna para a lateral, mostra fraqueza de musculatura estabilizadora de 
quadril. 
 
 
MANOBRA DE WATEMBERG 
o Para membros inferiores. 
o Paciente deitado em decúbito dorsal, ficará com o quadril e joelhos fletidos e apoiará os dois pés 
na maca/colchão, deixando os joelhos e pernas juntos. A abertura da perna deve ficar até a altura 
do ombro, se a perna abrir mais, o teste é positivo, mostrando fraqueza de adutores de quadril. 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
FUNÇÃO MUSCULAR 
GRAU PORCENTAGEM CONTRAÇÃO DESCRIÇÃO 
0 0% Nula Ausência completa de movimento. 
1 10% Esboço Presença de contração muscular, sem 
deslocamento articular (palpação). 
2 25% Fraca Apresenta movimento do segmento sem 
ação da gravidade. 
3 50% Regular Movimento ativo contra ação da gravidade. 
4 75% Boa Movimento vencendo resistência mínima. 
5 100% Normal Movimento completo com resistência 
máxima 
o Quando tem um paciente que não consegue responder a comandos, irá ver na neurofuncional 
o quanto de porcentos falta para a ADM completa. 
 
AMPLITUDE DE MOVIMENTO 
o Classificação da amplitude de movimento passivo 
o Se o indivíduo faz o movimento e não consegue completar toda sua ADM, o fisioterapeuta 
continua o movimento e vê se tem alguma restrição, se o fisioterapeuta conseguir fazer o 
movimento de forma passiva, significa uma fraqueza da musculatura. 
o Se o indivíduo faz o movimento e não consegue completar toda sua ADM, o fisioterapeuta 
continua o movimento e vê se tem alguma restrição, se o fisioterapeuta não conseguir fazer o 
movimento de forma passiva, significa uma restrição articular. 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o O sistema nervoso central tem funções executoras (eferentes – que irão enviar as informações 
para que o corpo responda) e funções aferentes (informações que chegam da periferia para a 
compreensão do sistema nervoso central). 
o O tônus é uma manifestação clínica comumente avaliada na fisioterapia neurofuncional, tanto no 
adulto quanto na criança. 
o Tônus é definido como resistência muscular sentida/encontrada pelo examinador durante o 
movimento articular passivo imposto a um membro voluntariamente relaxado. 
o Resistência – componentes biomecânicos e morfológicos, como ligação fraca entre as proteínas 
contráteis musculares e a titina. 
o A alteração de tônus não se refere apenas a uma alteração que ocorre pela lesão no sistema 
nervoso central – pode ter uma alteração de tônus postural (tem pessoas que nasceram com 
isso). 
o Quando realiza o movimento, o fisioterapeuta observa uma resistência ao tentar realizaresse 
movimento, de forma passiva. 
o O tônus é neurologicamente modulado pelo centros controladores durante o planejamento do 
movimento. 
o O tônus responde de acordo com a necessidade, com a demanda que o movimento exige. 
o Espasticidade é uma das manifestações mais comuns de alteração do tônus. 
o Um segmento corporal suficientemente relaxado a resistência sentida pelo examinador é 
resultante somente do componente passivo, ou seja, das propriedades elásticas das articulações, 
vasos sanguíneos, músculos, etc. 
o Alteração do tônus, observadas na prática clínica, muitas vezes são causadas por fraqueza 
muscular ou contração ativa do paciente, quando este não consegue relaxar o suficiente. 
o POR QUE AVALIAR O TÔNUS? 
 Grande parte dos distúrbios do movimento são acompanhados por alterações no tônus 
muscular. 
 Normotonia – tônus normal. 
 Hipertonia – aumento do tônus. 
 Hipotonia – diminuição do tônus. 
 Distonia – tônus flutuante (é leve e reduz). 
 
 
 
 
TÔNUS 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
FISIOPATOLOGIA 
o Existe o sistema inibidor e o sistema facilitador para o movimento. 
o Relação dos núcleos superiores com o reflexo miotático. 
o Quando tem uma lesão no sistema inibidor, está inibindo quem bloqueia, então o paciente terá 
hipertonia, o membro fica firme. 
o Quando tem uma lesão no sistema facilitador, o que facilita foi lesado, então paciente terá uma 
hipotonia, o membro fica flácido. 
o A hipertonia tem duas classificações – conhecida também como hipertonia neural (precisa ter 
uma lesão no sistema nervoso central para ser espástica ou rígida) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Se não tem lesão no sistema nervoso central, então tem uma hipertonia não neural – não é 
patológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espástica 
Hipertonia elástica. 
Fenômeno de canivete (abre e 
volta) 
Sistema piramidal. 
Acometimento de musculatura 
gravitacional – por isso a tendência 
de indivíduos com AVC ficarem 
com a mão dobrada ou ficar com 
pé equino. 
Reflexos tendíneos aumentados. 
Pode levar a contraturas. 
Ex: AVC 
 
Rígida 
Hipertonia plástica. 
Cano de chumbo/roda denteada 
(não volta). 
Sistema extrapiramidal. 
Grupos musculares acometidos 
igualmente – testar tônus axial. 
Reflexos tendíneos normais. 
Pode apresentar tremor adicional. 
Ex: Parkinson 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
AVALIAÇÃO DO TÔNUS 
o Avaliação do tônus é subjetiva – o comum é avaliação manual. O que foi validado (cotovelo, 
joelho) tem uma melhor evidência, concordância entre os examinadores. 
o Exame físico 
 O paciente estará deitado/sentado, relaxado, o fisioterapeuta segura a mão do paciente e 
posiciona um apoio no cotovelo e irá fazer o movimento de flexão e extensão do cotovelo. 
Faz com velocidade dependente – começa fazendo movimento devagar e ve se tem 
resistência (hipertonia – podendo ser roda denteada ou canivete), quando fez umas 5 vezes 
e viu que tem uma resistência, aumenta a velocidade, se aumenta a velocidade e o tônus 
some (não tem mais a resistência), é um tônus não neural – não foi uma lesão no sistema 
nervoso central que levou a alteração no tônus. Se faz os movimentos lentos, percebe a 
resistência e quando aumenta a velocidade dos movimentos, a resistência ainda está ali, é 
um tônus neural – teve lesão no sistema nervoso central. 
 Quando faz o teste de velocidade, irá identificar se é um tônus neural ou não neural. 
 O tônus não neural tem maior potencial de melhora – a maioria dos pacientes possuem 
esse tônus. 
 
 
o Hipotonia 
 Descrita como flacidez. 
 Resistência anormal muito baixa à movimento passivo. 
 Diminuição ou abolição dos reflexos miotáticos – hiporreflexia ou arreflexia. 
 Pode apresentar fasciculações. 
 Associada a lesões cerebelares. 
 Imediatamente após lesão NMS. 
 Exemplo: bebê com síndrome do down é hipotônico. 
 Para conseguir um aumento do tônus, não pode fazer exercícios deitados, pois qualquer 
pessoa que deita tem o tônus diminuído. 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
o Escala de Ashoworth Modificada 
 Classifica o tônus de 0 a 4. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
 Teste do pêndulo – o paciente fica com um aparelho na lateral do joelho e fica com a perna 
estendida, o fisioterapeuta solta a perna do paciente e esse membro fica se movimentando, 
então calcula o quanto teve de espasticidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o A sensibilidade está intimamente ligada com o controle do movimento – não consegue ter um 
movimento adequado, coordenado, ajustado, se tiver uma alteração de sensibilidade. 
o Se tem uma alteração motora, provavelmente não terá movimentos com destreza, que exigem 
sensibilidade, pois fica grosseiro. 
o A sensibilidade influência na execução motora assim como a execução motora influência na 
sensibilidade. 
o A sensibilidade auxilia na execução dos movimentos; controla a força e pressão aplicada ao objeto 
manipulado; realiza o reconhecimento de objetos sem utilizar a visão; o déficit sensorial altera a 
volição para a utilização daquela estrutura em uma ação particular; fornece o reflexo necessário 
para evitar traumas e lesões. 
o A sensibilidade não tem uma via até o encéfalo, tem uma via medular também. Exemplo: para 
pisar num prego e tirar rapidamente, o reflexo é medular (mais rápido). 
o O exame de sensibilidade é subjetivo – é necessário perguntar antes do início do exame se há 
alguma região com anestesia (ausência total de sensibilidade) ou parestesia (redução da 
sensibilidade). 
o POR QUE AVALIAR O SENSORIAL? 
 A recuperação motora e participação funcional depende do retorno sensorial para conseguir 
uma melhor resposta perante ao estímulo, desafio, ambiente e sociedade. 
 Trabalhar o sensorial antes da tarefa motora, pois precisa dar a informação sensorial para 
que tenha o movimento. 
 Estereognosia – motricidade + sensibilidade – inervação eferente e inervação aferente. 
o A conexão motora e sensorial se dá devido ao reconhecimento dos dermátomos e miótomos. 
Precisa ter o reconhecimento de onde palpa, estimula, para conseguir identificar lesões de medula 
ou lesões encefálicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENSIBILIDADE 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
o HEAD 
 Protopática – profunda, grosseira, rápida, imprecisa. 
 Epicrítica – superficial, fina, delicada, precisa. 
o SHERRINGTON 
 Exteroceptiva – superficial, estímulos somáticos externos (algodão, ponto de pressão). 
 Proprioceptiva – profunda, posição do corpo no espaço (propriocepção – exemplo: levanta 
um braço e pede para o paciente repetir o movimento com o outro braço). 
 Enteroceptiva – visceroceptiva, estímulos originados no próprio organismo. 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE 
o Não é uma avaliação fácil, pois o profissional pode interferir muito – perguntas que interferem: 
sentiu ou não sentiu? 
o O terapeuta deve ter paciência no momento da avaliação e solicitar atenção e colaboração do 
paciente. 
o O terapeuta não deve sugerir respostas e não se iludir com as respostas. 
o Respostas podem ser influenciadas por baixo nível intelectual do paciente. 
o Refazer o teste se for necessário. 
o Pegar algo quente com cheiro, pode interferir na resposta do paciente. Exemplo: pegar um copo 
de café, o paciente irá sentir o cheiro e já saberá que é quente. 
o Avaliação superficial (exteroceptiva) – tátil superficial, térmica, dolorosa. 
 
o Avaliação proprioceptiva – vibratória, cinético-postural, barestésica (compressão). 
 
o Avaliação proprioceptiva profunda – dolorosa profunda, discriminação de dos pontos,estereognosia (da um objeto na mão do paciente e pedir para que ele identifique). 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
SÍNDROMES SENSITIVAS 
o Podem estar comprometidos o sistema nervoso central ou o sistema nervoso periférico. 
o O envolvimento distal de todas as extremidades é sugestivo de resultante da lesão periférica ou 
de uma alteração metabólica. 
o Queixas sensoriais de curta duração podem ser indicativos de: epilepsia, isquemia cerebral ou 
alterações metabólicas. 
o Nas síndromes sensitivas, tem um acometimento em bota e luva – mãos e pés/pernas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Capacidade de usar de forma mais eficiente o corpo, resultando em uma ação global mais eficaz, 
adaptável e com redução do gasto energético. Expondo assim a habilidade de executar respostas 
motoras com precisão, controle e fluidez. 
o A coordenação depende do sistema neuromuscular – precisa do sistema nervoso e do sistema 
musculoesquelético. 
 
CARACTERÍSITICAS DO MOVIMENTO COORDENADO 
o Como que vai avaliar, o que vai fazer, se é coordenado ou incoordenado. 
o Pegar medidas quantitativas – exemplo: velocidade, distância e direção – quanto tempo demora 
para percorrer 10 metros? – demorou 20 segundos, depois fez em 10/12 segundos, isso mostra 
que a coordenação melhorou, está tendo seu melhor desempenho com menor gasto energético. 
o Tensão muscular apropriada – como está o controle de tônus para executar uma função – o 
tônus está ativo na hora correta? Está tendo um controle neuromuscular para fazer o 
movimento? 
o Influências sinérgicas adequadas. 
o Fácil reversão entre grupos musculares – trabalha muito dinâmico na neurofuncional (contrai, 
relaxa, muda de direção). 
o Fixação proximal para movimento distal – precisa avaliar, pois o paciente pode se fixar no tronco, 
para ter grande mobilidade de mão, mas o tronco é dinâmico e a mão tem que ter alcançar 
objetos para conseguir ter um alcance anterior. Então, fixar o tronco não é uma boa estratégia 
para desenvolver uma coordenação efetiva. 
o Manutenção da postura – controle dinâmico. 
o Para ter um movimento coordenado e efetivo, utiliza muitas áreas do cérebro – exemplo: pegar 
um copo de água – as informações saem do giro pré-central, isso é enviado até o tálamo 
(secretária do SNC), o tálamo joga a informação para os núcleos da base, pega uma informação 
de D1 (via direta de movimento) e manda a informação para a área motora e essa executa a 
informação, enviando para a medula. Se tiver algum erro, o cerebelo corrige. 
o O estímulo sensorial que chega na medula, exige uma coordenação rápida – exemplo: se pisa 
prego com a planta do pé direita, a perna esquerda tem que estender para conseguir puxar a 
direito – é rápido, reflexo medular. 
o O reflexo postural (equilíbrio), precisa do cerebelo e do tronco encefálico, para que corrija esse 
movimento durante o ato e conseguir se alinhar. 
o Tarefas mais específicas (movimentos voluntários), as informações chegam do córtex motor, vão 
para o tálamo e núcleos da base, para poder executar o movimento. 
COORDENAÇÃO 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
o Index: ponta do dedo. 
o Index – Nariz. 
o Index – Index. 
o Index – Dedo do Terapeuta. 
o Index – Nariz Alternado. 
o Oposição dos dedos. 
o Prono – Supinação. 
o Calcanhar – Joelho. 
o Desenha um círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Index - Nariz 
 
Oposição dos dedos e Prono - Supinação 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
o Teste de Romberg 
 Solicitar ao paciente permanecer em pé com os pés juntos, mãos ao lado do corpo e olhos 
fechados por um minuto. 
 O examinador deve permanecer perto do paciente por precaução, já que este pode cair. 
 Considerado positivo quando se observa o paciente balançar. 
 Avalia a coordenação para postura bípede. 
 Faz os testes 30 segundos com os olhos abertos e observa se tem alguma alteração, 
depois faz 30 segundos com os olhos fechados e observa se tem alguma alteração. 
 
 Romberg SemiTandem Tandem 
 
o Teste de Fukuda 
 Mostra possível alteração cerebelar ou de labirinto. 
 Movimento de marcha, elevando os joelhos aproximadamente 45º sem deslocar-se. 
 Aproximadamente 60 passos e olhos fechados. 
 Atenção do terapeuta – risco de queda. 
 Avaliar deslocamento e rotações. 
 Deslocamento maior do que 1 metro e/ou superior a 30º. 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
o Teste de Babinski Weil 
 Durante 1 minuto, anda em uma linha reta. 
 Sempre com os olhos fechados. 
 O teste é positivo quando o paciente se desloca o lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
o AVC é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico que persiste 
por pelo menos 24 horas, refletindo no envolvimento focal do SNC como resultado de um 
distúrbio na circulação sanguínea cerebral. 
o A persistência por 24 horas ou mais, diferencia o AVC do Ataque Isquêmico Transitório (AIT). 
o O Ataque Isquêmico Transitório (AIT) tem como sintomas o déficit neurológico focal de 
instalação súbita, com duração igual ou inferior a 24 horas. 
 
 
 
o EUA: 3ª causa de morte (500.000 novos casos por ano). 
o BRASIL: 1ª causa de morte (156 novos casos em cada 100.000 habitantes. 
 São registradas cerca de 68 mil mortes anualmente. 
 Representa a primeira causa de incapacidade. 
o De acordo com a OMS, as doenças cerebrovasculares são a 2ª causa de morte no mundo (2004). 
Tem uma estimativa que para 2030, continue sendo a 2ª causa de morte. 
o Um em cada 4 indivíduos terá AVC ao longo da vida. 
o Relação com a faixa etária – indivíduos acima de 50 anos tem uma chance maior de desenvolver 
AVC (1/100). 
o O AVC pode ocorrer em qualquer faixa etária (crianças, adolescentes, adulto, idoso). 
o Em 2035, a população estará mais velha, então terá uma grande chance de aumentar os casos 
de AVC. 
o Os indivíduos que sobrevivem ao AVC, 70% a 80% vão apresentar hemiplegia ou hemiparesia. 
 Hemiplegia: ausência total de movimento no hemicorpo acometido. 
 Hemiparesia: diminuição do movimento funcional – tem esboço de movimento, contração, 
mas não tem o movimento funcional. 
 AVC do lado direito, a lesão será contralateral, ou seja, do lado esquerdo e vice versa. 
 O tracto córticoesinal lateral é dominante no AVC. 
 
 
 
 
Doenças cerebrovasculares: etiologia, quadro clínico e tratamento fisioterapêutico 
Acidente vascular cerebral 
incidência 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
o Onze fatores de risco, sendo modificáveis ou não modificáveis. 
FATORES MODIFICÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORES NÃO MODIFICÁVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de risco 
4. Hipertensão 
 
3. Cigarro 
 
 
2. Acúmulo de gordura 
abdominal 
 
 
1. Sedentarismo 
 
 
 
5. Alimentação rica em 
gorduras e carboidratos 
 
 
 
6. Alto índice de gorduras no 
sangue 
 
 
 
 
7. Diabetes 
 
 
 
 
 
9. Consumo excessivo de 
álcool 
 
 
 
 
 
 
8. Estresse e Depressão 
 
 
 
 
 
 
 
11. Doenças Cardíacas 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Anticoncepcional 
 
 
 
 
 
 
 
 
Idade 
 
 
 
 
 
 
Cor/Raça – negros tem 
mais chances. 
 
 
 
 
 
 
Sexo – feminino/masculino 
 
 
 
 
 
 
 
Fator hereditário 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
o O encéfaloé altamente dependente de glicose e oxigênio, essas duas substâncias são 
transportadas pelo fluxo sanguíneo. Quando tem a interrupção do fluxo sanguíneo, terá uma falta 
de glicose e O2, quando acontece essa redução de glicose e O2, o encéfalo pre isa fazer algumas 
alterações do metabolismo para prevenir um comprometimento maior (se for possível) e então, 
ocorre a diminuição (parada) da atividade funcional. 
o O tempo é um fato importante para a melhoria do indivíduo, quanto mais precoce for o 
atendimento para o indivíduo que apresentou um déficit neurológico súbito agudo, melhor a 
chance de evoluir para recuperação total ou grande parte. 
o Existem dois tipos de AVC: isquêmico e hemorrágico. 
o 80% é AVC isquêmico e 20% é hemorrágico. 
AVC ISQUÊMICO 
o Ocorre devido a uma obstrução da artéria cerebral. 
o É provocado por coágulos formados em depósitos de gordura nas artérias ou no coração. Os 
sintomas surgem de repente e dependem da área afetada. No acidente isquêmico transitório, os 
sintomas são passageiros. 
AVC HEMORRÁGICO 
o Extravasamento de sangue, a artéria se rompe. 
o A artéria se rompe e forma um hematoma. Seus sintomas incluem dor de cabeça muito forte, 
que surge de repente, perda de força e sonolência. Metade dos indivíduos que sofrem grandes 
hemorragias, morrem em apenas alguns dias. 
o Ocorre o aumento da pressão intracraniana, alterando a homeostase cerebral. 
o Mais grave que o isquêmico. 
 
 
fisiopatologia 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
o Processos patológicos que acometem os vasos cerebrais. 
 Embolias. 
 Tromboses. 
 Hemorragias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Lobo Frontal: processamentos complexos (cognição, planejamento e iniciação dos movimentos 
voluntários). 
o Lobo Parietal: área de projeção e processamento somestésico. 
o Lobo Temporal: área de projeção e processamento auditivo. 
o Lobo Occipital: área de projeção e processamento auditivo. 
o Se tem uma lesão na artéria, as alterações vão depender de qual área essa artéria irriga – relação 
de lesão primária, não quer dizer que o indivíduo não vai ter outras alterações. 
 
 
Importância da vascularização do snc 
Interrompem a circulação de 
determinadas áreas encefálicas 
Necrose. 
Amolecimento do tecido 
nervoso. 
ACOMPANHADAS DE 
Alterações motoras 
Alterações sensitivas 
Alterações psíquicas 
neuroanatomia 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Obstrução de artéria cerebral importante: média, posterior e anterior. 
o Basilar e vertebral menos comum. 
o Pode ocorrer de 3 formas: lacunar, trombótico e embólico. 
o A artéria mais comum de ser lesada é a artéria média. 
 AVC Isquêmico Trombótico 
 Doença aterosclerótica – obstrução por ateromas que vão diminuir o fluxo sanguíneo 
cerebral. 
 Afeta as artérias intra e extra cranianas de maior porte. 
 AVC Isquêmico Embólico 
 Êmbolos secundários (coágulo de sangue – se deslocam até o SNC) em locais grandes 
mais comuns de êmbolos: coração e artéria carótida. 
 Ocorre de modo súbito. 
 Quase não há perda de consciência. 
 Dor de cabeça aguda. 
 Grave incapacidade. 
 
 AVC Isquêmico Lacunar 
 Infarto na região das artérias mais profundas que irrigam: cápsula interna, núcleos da base, 
tálamo. 
 Causas de AVC isquêmico lacunar – causas mais comuns: hipertensão arterial crônica e 
diabetes melitus; causas menos comuns: estenose do tronco da artéria cerebral média e 
microembolia. 
o Incidência de AVC Isquêmico afetando cada artéria cerebral 
 Artéria cerebral média – 69%. 
 Artéria cerebral anterior – 2%. 
 Artéria cerebral posterior – 2%. 
 Artéria vertebral extracraniana – 7%. 
 Artéria vertebral intracraniana – 5%. 
 Artéria basilar – 7%. 
 Ramos isolados da artéria cerebral média e artéria cerebral anterior – 7%. 
 Outra circulação posterior – 2%. 
Avc isquêmico 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
o Tríade: vômitos, cefaleia e rigidez de nuca. 
o 60% dos indivíduos que apresentam um AVC hemorrágico, tiveram os sintomas da tríade. 
o Hemorragia nas partes mais profundas do cérebro. 
o Hipertensão. 
o Paredes arteriais enfraquecidas, pequenas Herniações ou microaneurismas, hematomas. 
o Pode apresentar outros sintomas: cefaleia sentinela (30%), rigidez na nuca (75%), alteração do 
nível de consciência (50%), déficit neurológico (60%), convulsões (25%). 
o O sangue extravasado começa a deslocar a massa encefálica e o cérebro começa a ficar apertado 
na caixa craniana e então, começa a acometer regiões adjacentes. 
o Hemorragia Subaracnóide 
 Visível nas artérias mais escuras, mais proeminentes na região do tronco encefálico. 
o Hemorragia Intraparenquimatoso 
 Núcleos da base, tálamo, lobar, ponte cerebelo. 
 Tem uma representação muito grande nos AVCs hemorrágicos e muitas das vezes, no 
período inicial, não sei sabe se é um AVC ou uma síndrome parkinsoniana. 
 Nos AVCs hemorrágicos, 45,2% acontecem nos núcleos da base. 
 
 
 
o Tem representação importante nas doenças cerebrovasculares, pois cada uma das artérias faz 
a irrigação de áreas especificas do encéfalo. 
 
 
Avc hemorrágico 
Polígono de willis 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
o ARTÉRIAS CEREBRAIS 
 Artéria Cerebral Anterior 
 Irriga o lobo frontal e um pouco o lobo parietal. 
 Alterações de personalidade 
 Hemiplegia contralateral. 
 Perda hemissensorial. 
 A falta de irrigação para os ramos profundos resulta em disfunções motora por lesão do 
putâmen anterior e de axônios fronto pontinos na capsula interna. 
 Artéria Cerebral Média 
 Ramo principal da carótida interna, percorre o sulco lateral. 
 Este território compreende áreas corticais importantes: área motora, área somestésica, 
o centro da palavra falada e outras. 
 Obstrução: quando não são fatais, determinam paralisia e diminuição da sensibilidade do 
lado oposto do corpo. 
 Artéria Cerebral Posterior 
 Ramo da bifurcação da artéria basilar, contornam o pedúnculo cerebral e a face inferior 
do lobo temporal, ganham o lobo occipital. Irriga a área visual situada no lobo occipital. 
 Obstrução: causa cegueira em uma parte do campo visual. 
 Irriga o pedúnculo cerebral na fase inferior do corpo temporal e o lobo occipital. 
 
 
 
o O indivíduo com AVC terá alterações de movimento (classificar se é plégio ou parético), alterações 
cognitivas, alterações de sensibilidade, alteração de percepção; podem apresentar sintomas 
depressivos (emoção), diminui a independência e qualidade de vida. 
o O indivíduo com AVC sofreu uma neuroplasticidade, pode ser interpretada como adaptativa 
(plasticidade positiva) ou mal adaptativa (plasticidade negativa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 conclusão 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
o É a facilitação de aprendizagem adaptativa. 
o FEEDBACK FEEDFORWARD 
 
 
 
 
o Encontrar estratégias que irão facilitar a aprendizagem desse indivíduo para uma neuroplasticidade 
adaptativa. 
o A experiência possibilita uma aprendizagem, essa aprendizagem pode ser positiva ou negativa. 
o O papel do fisioterapeuta com esse paciente será de possibilitar o maior número de experiências 
para que ele possa ter uma aprendizagem e com isso uma neuroplasticidade adaptativa. 
o Neuroplasticidade, plasticidade cerebral, plasticidade neural – capacidades adaptativas do SNC. 
o Existe neuroplasticidade medular também. 
o A neuroplasticidade nem sempre é bem-vinda, a neuroplasticidade mal adaptativa não é benéfica 
para o paciente. Exemplo: mão em flexão de punho, pé equino, deslocar todo o peso de um 
lado. 
o A neuroplasticidade mal adaptativa será trabalhada para que o paciente reaprenda e tenha uma 
neuroplasticidade adaptativa. 
o FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL: o tratamento é para a função,não para o movimento isolado 
ou para o tônus. 
o A plasticidade tem seu máximo na infância, mas ocorre no adulto também, um pouco mais retida. 
 
Identificar problemas e 
necessidades.
Relacionar os 
problemas aos fatores 
modificáveis e 
limitantes. 
Definir probçemas e 
mediadores alvos; 
selecionar as medidas 
adequadas. 
Planejar, implementar 
e coordenar 
intervenções. 
Avaliar efeitos. 
Fisioterapia após acidente vascular cerebral 
neuroreabilitação 
O que o paciente traz de limitação 
Estratégias para 
resolução dos problemas 
e necessidades 
Traçar um objetivo e buscar as 
melhores alternativas. Buscar na 
literatura a prática para 
reabilitação desse indivíduo. 
Planejar a terapêutica, 
implementar e ver se 
está tendo efeito 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
o Desempenho – rápido – Exemplo: paciente se queixa de transferência de sentado para em pé 
(apoia as duas mãos para ficar de pé), o fisioterapeuta faz a sessão e então termina a sessão e 
aí pede para o paciente levantar-se novamente e dessa vez ele levanta sem apoio. ELE TEVE 
UMA MELHORA DO DESEMPENHO. 
o Funcionalidade – lenta – acontece depois de um longo período de reabilitação. Só pode falar que 
o paciente teve uma melhora funcional, quando ele consegue reproduzir em casa, no seu dia a 
dia. 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão primária
Diminuição da 
atividade do SNC e 
motora
Menos movimento
Diminuição da zona 
de representação 
cortical
Insucessos nas 
tentativas motoras
Punição
Supressão 
comportamental e 
habilidade 
massacrada
Padrões 
comportamentais 
compensatórios
Reforço positivo
Comportamento 
menos efetivo 
reforçado
NÃO USO 
APRENDIDO
Hipótese do não uso aprendido 
Homúnculo de Penfield. A 
representação cortical é 
alimentada pelos movimentos 
 
O insucesso de não conseguir fazer os 
movimentos, faz o indivíduo ter um 
sentimento de punição, que irão levando a 
alterações comportamentais A punição pode 
ser intrínseca ou extrínseca, vir do próprio 
individuo (intrínseca) ou do cuidador, família 
(extrínseca). 
1. Use ou Perca – se para de fazer uma função, um movimento, tem uma 
tendência a perder, apresenta mais dificuldade. 
2. Use e Melhore – quanto mais treina uma função, melhor a função fica. 
3. Especificidade – quanto mais específico for o treinamento, melhor. 
4. Repetição – ter variabilidade do movimento, quantas formas de fazer existem. 
5. Intensidade – precisa ser desafiador para o paciente, tirar ele da zona de 
conforto. 
6. Tempo – quanto mais tempo executa a tarefa direcionada, melhor a chance 
de desenvolver uma plasticidade. 
7. Manutenção – as tarefas que faz durante a sessão, precisa de uma 
manutenção em casa. 
8. Idade – não é determinante para os indivíduos idosos, mesmo a 
neuroplasticidade sendo maior na infância, nos adultos ela também ocorre 
9. Transferência – usar as atividades do tratamento no dia a dia. 
10. Interferência – quando começar a interferir no dia a dia do paciente, significa 
que teve uma neuroplasticidade adaptativa. Atingir isso leva a melhora 
funcional 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
o Um estudo mostrou que o exercício aeróbico aumenta o BDNF. 
o O BDNF (fator neuroplástico) facilita a aprendizagem motora. 
o Treino cognitivo + Exercício aeróbico. 
o O treino cognitivo auxilia no processo de neuroplasticidade do indivíduo com AVC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Task Pratice – tarefa 
direcionada a prática. 
SPP – suporte parcial 
de peso. 
TCI – terapia de 
contenção induzida. 
Hipertonia não é 
significado de força. 
Neuroreabilitação – prática clínica com evidência 
TRATAMENTO 
• 30 minutos BDNF 
• Residência
• < Sedentarismo
• Alteração do tipo 
de fibras
AERÓBICOS
• Terapia do Espelho
• Indução do 
movimento
• Eletroterapia
• Cinesioterapia
• TBA
FACILITADORES
• Tarefa específica
• Variabilidade
• Focada no indivíduo
• Neuromodulação
FUNCIONAL
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
Informações complementares 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o Definição curta: doença degenerativa do sistema nervoso central encefálico, que ocorre na forma 
crônica e progressiva, devido a redução do neurotransmissor dopaminérgico. 
o Definição longa: definida como uma doença degenerativa do sistema nervoso central (encéfalo), 
é uma doença crônica, não acontece de forma súbita, a degeneração acontece por anos. É uma 
doença progressiva, provavelmente o indivíduo com a doença de Parkinson irá ter outras 
comorbidades, leva a limitações progressivamente. No primeiro momento de diagnóstico da 
doença, o indivíduo ao decorrer dos anos, vai tendo alguns comprometimentos. Exemplo: 
diagnosticou a doença com 60 anos e tinha tremores e lentidão, com o passar do tempo pode 
ocorrer dificuldade na deglutição, a voz ficar mais baixa. Isso tudo ocorre, pois tem a redução da 
dopamina (neurotransmissor), a dopamina tem uma influência nas vias diretas e indiretas do 
movimento (D1 e D2). 
 
 
 
 
o A síndrome é a manifestação de um ou mais sinais de uma doença. Para você ter uma doença, 
você precisa ter todos os sinais apresentados na literatura, se não tem todos os sinais (tem um 
ou mais), tem-se uma síndrome. 
o Para que o indivíduo apresente o diagnóstico da doença de Parkinson, ele precisa apresentar a 
tríade (tremor, bradicinesia e rigidez). Se não tem essas três manifestações, o indivíduo é 
diagnosticado com a síndrome de Parkinson. 
Doenças cerebrovasculares: etiologia, quadro clínico e tratamento fisioterapêutico 
parkinson 
Síndrome de parkinson 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o Manifestação típica da síndrome, mas não é utilizada para o diagnóstico é a instabilidade postural. 
90% a 95% dos indivíduos com Parkinson apresentam instabilidade postural, porém, a instabilidade 
postural não entrou como classificatória para a doença. Faz os testes, vê se tem instabilidade ou 
não, mas não entra como critério para determinar se tem a doença de Parkinson. Aplica o teste 
do puxão – o terapeuta fica atrás do paciente, coloca as mão sobre os ombros e puxa o paciente 
sem avisá-lo. É esperado que os pacientes com Parkinson de uns três passos para trás, para 
conseguir se equilibrar. 
 
 
 
Tremor 
Bradicinesia
Rigidez T
RÍ
A
D
E 
D
O
 P
A
RK
IN
SO
N
 Tremor em repouso – tremor da mão, queixo ou língua. O tremor pode reduzir quando o 
paciente começa a andar, mas não some/desaparece. Com a progressão da doença, esse tremor 
começa estar presente durante o movimento. 
Bradicinesia – lentidão em executar o movimento, o indivíduo com Parkinson leva um tempo 
maior para executar o movimento, mas não quer dizer que ele não saiba executar. Algumas 
vezes, a progressão da doença pode apresentar alterações cognitivas e vai perdendo essa 
capacidade de resolução de problemas. Precisa que chegue informações positivas (estimuladoras) 
no tálamo, para que ele envie para o córtex motor, na doença de Parkinson tem uma redução 
da via que estimula o tálamo, então chega menos estímulos no tálamo, fazendo com que o início 
do movimento leve um pouco mais de tempo. 
Rigidez – o Parkinson didaticamente, entra numa síndrome extrapiramidal. No Parkinson, tem 
uma hipertonia plástica, que é classificada como uma rigidez, pode ser uma roda denteada: resistir 
e soltar (solta e resiste) durante todo o arco de movimento ou cano de chumbo: resistir durante 
todo o arco de movimento. 
 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Os núcleos da base não tem apenas função e atividade motora, que são: cortar alimentos, 
levantar-se, sentar-se, correr. Os núcleos da base também tem atividades não motoras, 
relacionadas ao cognitivo, resolução de problemas, emocional. 
oA doença de Parkinson irá ter alterações em atividades motoras e atividades não motoras. 
o Na doença de Parkinson irá trabalhar dupla tarefa, ou seja, irá fazer atividades motoras e não 
motoras. 
o Por exemplo: pode fazer um circuito, na estação 1 o paciente tem que sair de sentado para de 
pé e vai até a estação 2 que é colocar as argolas de cores que está a frente, vai até a estação 
3 que tem que fazer alternância de degraus e volta para estação 1. Apresenta isso para o paciente 
uma vez e pede para ele realizar a sequência – atividade cognitiva de lembrar qual é a sequência. 
o Exemplo 2: paciente andando na esteira e o fisioterapeuta pergunta para o paciente, por exemplo, 
“quanto é 2 + 3?”. Pode colocar um tablet e fazer ele jogar jogo da velha. 
o Os indivíduos com Parkinson apresentam uma redução da substância negra e então mostra uma 
redução da dopamina. 
 
 
o VIAS DIRETA E INDIRETA DE MOVIMENTO 
A degeneração da substância negra leva a redução dopaminérgica nas vias D1 e D2, essa redução 
dopaminérgica faz com que o estriado (formado por putâmen e caudado) tenham uma diminuição da 
sua função, que é inibitória tanto de globo pálido interno quanto de globo pálido externo. Se diminui o 
inibidor do globo pálido interno, automaticamente continua inibindo o tálamo, então não chega movimento. 
Se diminui o inibidor do globo pálido externo, irá ocorrer a inibição do núcleo subtalamico, que é 
estimulador do globo pálido interno, que por sua vez é inibidor do tálamo. 
 
 
 
 
neuroanatomia 
Indivíduo normal Indivíduo com Parkinson 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 VIA D1 (facilitatória) 
 
 
 
O putâmen e o caudado mesmo recebendo estímulos, não é o suficiente para conseguir inibir o globo 
pálido interno. Dessa forma, ocorre a diminuição da inibição do globo pálido interno, este por sua vez 
tem como função inibir o tálamo, como não está sendo inibido, essa função é aumentada, ocasionando 
na diminuição de função do tálamo. 
 
 VIA D2 
 
 
Estimulação do 
córtex pré motor 
Manda informação 
para o estriado
O estriado tem a 
função de inibir o 
globo pálido 
interno
Quando inibi o 
globo pálido 
interno, o tálamo 
faz a função de 
executar o 
movimento 
CONDIÇÕES 
NORMAIS
Estimulação do 
córtex pré motor
Mesmo estimulando 
o estriado, ele vai 
diminuir a sua 
função de inibir o 
globo pálido interno 
O globo pálido 
interno inibi o 
tálamo
Não chega o 
comando de 
movimento até o 
tálamo
Estimulação do córtex 
pé motor
Manda informação para 
o estriado
O estriado tem a função 
de inibir o globo pálido 
externo
O globo pálido externo 
inibi o núcleo 
subtalâmico, que tem 
como função estimular 
o globo pálido interno
Com a inibição do 
núcleo subtalâmico, 
consequentemente 
ocorre a inibição do 
globo pálido interno
Quando inibi o globo 
pálido interno, o tálamo 
recebe os estímulos e 
executa sua função
CONDIÇÕES NORMAIS
REDUÇÃO DA DOPAMINA 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Ocorre comprometimento da substância negra compacta. 
o Levando a uma redução da atividade do neoestriado sobre as vias de saída direta e indireta. 
o Promovem intensificação da atividade inibitória consequentemente, uma redução da estimulação 
cortical – chega menos informações ao córtex para executar o movimento. 
o Pela bradicinesia, rigidez e tremores, o parkinson é uma síndrome hipocinética. 
o Síndrome hipocinética – síndrome com pouco movimento. 
 
Estimulação do 
córtex pré motor
Mesmo estimulando 
o estriado, ele vai 
diminuir sua função 
de inibir o globo 
pálido externo
O globo pálido externo tem a função de 
inibior o núcleo subtalâmico, este estimula o 
globo pálido interno, porém, o globo pálido 
externo inibido, ele não consegue executar a 
sua função inibitória do núcleo subtalâmico
O núcleo subtalâmico estimula 
o globo pálido interno
O globo pálido interno sendo 
estimulado, impede que chegue 
estímulos ao tálamo, e este não 
consegue executar a sua função.
REDUÇÃO DA DOPAMINA 
SÍNDROME HIPOCINÉTICA 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Manifestação clínica a partir dos 60 anos (+/.-) – não significa que a doença começou aos 60 
anos, só irá ter manifestações clínicas quando tiver o acometimento de 60% a 70% da substância 
negra.. 
o Aumenta com a idade e afeta um em cada mil habitantes, predominando a partir dos 55 anos de 
idade (2% dos indivíduos acima de 65 anos). 
o Acomete ambos os sexos – 3 homens para 2 mulheres. 
o Parkinsonismo de início precoce: com menor incidência, que se inicia na faixa dos 30 a 40 anos. 
o No brasil o número é estimado entre 150 mil a 200 mil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
etiologia 
Circuito básico do movimento 
Ajuda na habilidade de 
produzir movimento 
Redução de dopaminérgicos 
em substância negra e 
tronco encefálico 
Ocasionada pela degeneração 
da substância negra e do 
tronco encefálico. 
Em indivíduos normais, o neurônio 
consegue liberar bastante dopamina 
para os receptores, para que essa 
dopamina liberada consiga chegar de 
uma forma efetiva no córtex, 
estimulando o tálamo e executando o 
movimento. 
Em indivíduos com Parkinson, tem uma 
redução da dopamina, ou seja, tem 
pouco estímulo e chega pouco 
estímulo no tálamo, então tem 
problemas motores, pois não chega 
tanto estímulo cortical via talâmica. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Caminhar apresenta-se com hipometria (passos pequenos) e bradicinesia (andar mais lento). 
o Escrita tende a diminuir o tamanho, fica lenta e desalinhada. 
o Movimentos repetitivos, ficam afetados. 
o Movimentos automáticos ficam reduzidos ou perdidos (expressão facial e a oscilação normal do 
braço na marcha). 
o Propensos a quedas, devido a incapacidade de gerar correções posturais. 
o Máscara Parkinsoniana – perde a expressão, a mímica facial. 
o Hipertonia da musculatura do pescoço – dificuldade na deglutição. 
o Tremores (hipercinesias) 
 O tremor típico afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça 
ou os pés. 
 Pode ocorrer em um lado ou nos dois, podendo ser mais forte em um lado que no outro. 
 Tremor de repouso. 
o Instabilidade postural – protrusão da cabeça, cifose torácica, alteração no centro da gravidade – 
leva alterações na postura, equilíbrio. 
 
 
 
A estimulação do SN causa a contração constante do
músculo, aumentando a resitência ao movimento.
Resistência aumentada do arco completo do movimento.
Decorre da facilitação direta dos neurônios motores alfa
por parte dos neurônios motores superiores
Resistência em "cano de chumbo" - resistência plástica.
Resistência em "roda denteada" - resistência é intermitente
Hipertonia no parkinsoniano 
Manifestações clínicas 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE 
PARKINSON
Sinais e sintomas característicos do 
parkinsonismo
Sintomática
Secundários a outros transtornos (drogas, 
encaflite viral, arteriosclerose, traumas, 
isquemia dos núcleos da base)
DOENÇA DE 
PARKINSON
Patologia degenerativa primária
IdiopáticaOcorre na segunda metade da vida com 
curso progressivo
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Escala de estadiamento de Hoehn e Yahr – classifica os acometimentos da doença de Parkinson. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o Farmacoterapia 
 O tratamento é destinado, portanto, a repor a dopamina, administrando-se a levedopa 
percussora da dopamina e reduzir a acetilcolina com fármacos anticolinérgicos, como o 
benzexol ou a oxfenadrina. 
 Tratamento bem específico. Se tem uma redução da dopamina, irá tomar medicamentosque promovem o aumento da dopamina. 
o Procedimentos cirúrgicos 
 Palidotomia: visa precisamente atingir uma pequena região no globo pálido. A destruição 
destas células consideradas hiperativas no processo da doença, pode ter bons resultados 
funcionais. Faz a destruição das células inibitórias do tálamo, faz uma microlesão no globo 
pálido interno e então, para de ser inibitório do tálamo. Reduz a bradicinesia, o tremor em 
repouso. 
 Tratamento com estimulação encefálica profunda: para tratar os tremores, eletrodos são 
implantados no tálamo. Estimulação elétrica contínua de alta frequência inibe a descarga dos 
neurônios talâmicos hiperativos. Implantam placas de eletrodos que ficam na região do tálamo, 
esses eletrodos no tálamo são estimulados por meio de uma corrente elétrica de alta 
frequência, então a descarga talâmica ocorre e deixa mais hiperativo. 
 
 
 
o A classificação HY dá uma ideia para o tratamento. 
o Manter ou aumentar a amplitude de movimento em todas as articulações. 
o Impedir contraturas. 
o Corrigir as posturas defeituosas. 
o Impedir a atrofia por desuso e a fraqueza. 
o Melhorar o equilíbrio estático e dinâmico, em pé ou sentado. 
o Manter ou aumentar a independência funcional. 
o Treino de marcha. 
OBS: como já tem bradicinesia, a tendência é que o indivíduo comece a ficar parado, não se movimento 
tanto. 
Fisioterapia no Parkinson – prática baseada em evidências 
Tratamento da doença de Parkinson 
fisioterapia 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
Áreas centrais
Postura Respiratória Manejo da Dor
Fazer um programa terapêutico com esses 3 itens 
ao lado e depois desenvolve um programa 
terapêutico com os itens citados abaixo (marcha, 
capacidade física, transferência, atividades manuais, 
equilíbrio). 
A dor está presente em 70% da população com 
Parkinson. 
O fisioterapeuta não trabalha tanto o movimento fino do paciente 
com parkinson, isso é uma função da T.O, mas pode colocar o 
paciente para transferir objetos de um lado para o outro. Exemplo: 
andando na esteira, pegar um objeto e colocar do outro lado. 
Movimento de sentado para de pé, pega o prendedor de roupa e 
prende na corda. 
Tratamento de acordo com a classificação da Escala de Hoehn e Yahr 
O indivíduo com Parkinson precisa se 
movimentar, então no tratamento 
fisioterapêutico pensar em exercícios de 
esteira, bicicleta, pois mostra ao paciente 
que ele é capaz de andar, de realizar os 
exercícios. Porém, não pode deixar o 
paciente apenas na esteira ou bicicleta. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
o No paciente com Parkinson, pode-se realizar exercícios de mobilização torácica, para ter a 
expansão pulmonar; alongamentos assistidos; exercícios de rotação e dissociação de tronco; 
exercícios de mobilização torácica, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
Definir metas para esses 
pacientes é importante. 
Azul – condutas terapêuticas com 
maior evidência. 
Verde – condutas terapêuticas com 
média evidência. 
Amarelo – condutas terapêuticas 
com moderada evidência. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa (de fácil transmissão) viral 
aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. 
o A criança para de movimentar as pernas e tem uma flacidez. 
o Agente etiológico: poliovírus pertencente ao gênero enterovírus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Transmissão: contato direto pessoa a pessoa 
 Via fecal-oral (a principal), alimentos e água contaminados com fezes de doentes. 
 Via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (falar, tossir, espirrar). 
o Período de incubação: 7 a 12 dias, podendo várias de 2 a 30 dias. 
 
Doenças neuromusculares: etiologia, quadro clínico e tratamento fisioterapêutico 
Síndrome pós pólio 
Doenças neuromusculares 
Grupo de afecções que comprometem a unidade motora, ou seja, o corpo do 
neurônio motor inferior (NMI), o seu prolongamento, a junção neuromuscular ou o 
tecido muscular. 
Por ser neurônio motor inferior é paralisia flácida, se fosse neurônio 
motor superior poderia ter uma tendência a hipertonia ou espasticidade. 
poliomielite 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Cefaléia, febre e sintomas gastrointestinais, seguidos de comprometimentos motores da medula 
espinhal – paralisia, em geral: 
 Dos membros inferiores de forma assimétrica/desproporcional. 
 Flacidez muscular. 
 Arreflexia no segmento atingido. 
o A progressão da paralisia cessa em 5 a 7 dias. 
o Depois, há um período de estabilidade e, nos meses sequentes, pode haver reinervação (parcial) 
para os músculos que paralisaram. 
o Doença encontra-se erradicada no país desde o início dos anos 90. 
 
 
 
 
o Não tem flacidez, não é paralisante. Tem os sintomas, mas não fica sem os movimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dor de cabeça Dor de garganta Espirross Fraqueza
Mal estar geral Vômitos
Dor/rigidez no 
tronco = MMSS e 
MMII
sintomas 
Poliomielite não paralítica 
Poliomielite paralítica 
Período inicial 
Dor de cabeça. 
Dor de garganta. 
Fraqueza. 
Dor muscular. 
Rigidez na nuca. 
Período grave 
Dificuldade de locomoção brusca. 
Dificuldade de respirar. 
Dificuldade de deglutição. 
Espasmos musculares. 
Fadiga muscular. 
EVOLUI 
Leva a uma paralisia 
 
 
Acomete membros 
inferiores, membros 
superiores, músculos 
respiratórios, músculos 
do tronco. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Foi descrita pela primeira em 1875, pelo Dr. Jean Marin Charcot. 
o É uma desordem do sistema nervoso que se manifesta em indivíduos por volta dos 40 anos de 
idade que tiveram poliomielite há pelo menos 15 anos. Os pacientes melhoram da poliomielite e 
ai passa um tempo e começa a ter sintomas parecidos, então ficou conhecida como uma 
síndrome pós pólio 
o Acredita-se que tenha uma degeneração progressiva da unidade motora, causando uma 
diminuição da capacidade funcional. 
 
 
 
o Disfunção das unidades motoras devido ao “overwork” (trabalho por um longo tempo de um 
neurônio na junção muscular). 
o Envelhecimento prematuro das unidades motoras afetadas. 
o Uso excessivo dos neurônios motores ao longo dos anos. 
 
o Quando tem esse déficit de até 95% nos neurônios motores do corno anterior da medula é uma 
degeneração muito excessiva. O corpo tem um fator plástico, então faz essa neuroplasticidade 
no início da poliomielite para superar a necessidade da morte dos neurônios. Depois que tem a 
morte, os neurônios motores começam a ficar sem inervação, leva a perda de função muscular, 
levando a paralisia e atrofia. 
O vírus pode danificar até 
95% dos neurônios motores 
do corno anterior da medula, 
matando pelo menos 50% 
deles. 
Neurônios motores →
músculos de sua área de 
atuação ficam sem 
inervação → paralisia e 
atrofia. 
Embora danificado, os 
neurônios remanescentes 
→ ramificações para ativar 
esses músculos órfãos 
(compensação). 
Com isso, a função 
neuromuscular é recuperada 
parcial ou totalmente, 
dependendo do número de 
neurônios envolvidos na 
"adoção".
Assim, um neurônio inerva 
um número muito maior de 
fibras neuromusculares do 
que normalmente faria, 
restabelicdo a função 
motora.
Porém, sobrecarregadi após 
muitos anos de estabilidade 
funcional, começa a se 
degenerar, surgindo o novo 
quadro sintomatológico. 
Desgaste proveniente da 
utilização excessiva dos 
neurônios motores próximos 
daqueles que foram 
destruídos pelo poliovírus. 
SÍNDROME PÓS POLIOMIELITE 
fisiopatologia 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
o Corno posterior – sensorial. 
o Corno anterior – motor. 
o O indivíduo com poliomielite não pode fazer exercícios com carga,pois irá aumentar o trabalho 
dos neurônios para que consiga fazer a função. 
o O vírus se estabiliza na forma inicial da poliomielite e faz com que o corpo se ajuste, para conseguir 
fazer as funções, porém, ao decorrer do tempo o corpo começa a sofrer com isso. 
 
o O neurônio se ramificando, ele divide os seus 25% entre a sua função e a função da parte não 
inervada, então fica 12,5% para cada área, fazendo ter um excesso de atividade neural. 
o Os neurônios que continuaram vivos, ramificam-se e dividem a função para onde não tem mais 
inervação. Ocorre o aumento neural para que o músculo funcione, isso ao longo prazo é chamado 
de overwork (trabalho excessivo), causando uma fraqueza nos neurônios e então esses neurônios 
que estavam suprindo a parte não inervada, não conseguem mais suprir, por isso ocorre a 
síndrome pós pólio. 
 
 
 
Situação normal Neurônios 
mortos 
Cada neurônio trabalha 
25%, resultando em 
100% no total. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Não existe tratamento específico – multidisciplinar. 
o A fisioterapia é um recurso essencial para ajudar a manter a função muscular. 
o Aeróbicos leves, alongamento, hidroterapia, órteses, resistência com pouca carga, controle da dor 
e da ansiedade. 
o Quando os neurônios dividem a função, não melhora 100%, mas consegue melhor uns 60% e 
isso se perdura por anos. Quando passar 15 anos, em média, tem uma perda da função do 
neurônio, pois entra em overwork e essa perda vai aumentando cada vez mais, até chegar a 
uma parada respiratória, uma disfagia e até o indivíduo vir a óbito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
tratamento 
5 anos 
10 anos 
15 anos 
Idade com 
poliomielite 
Tempo 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
 
o A esclerose múltipla é uma das principais doenças de incapacidade neurológica em adultos, jovens 
de meia idade, com manifestações multiformes (várias formas de manifestações podem ocorrer). 
o É um doença crônica, que perdura ao longo da vida. 
o Alterações autoimune como agressoras ao SNC. A esclerose múltipla tem um aumento de citocina 
que irá destruir as células brancas, principalmente em bainha de mielina. As manifestações podem 
ser desde um simples déficit neurológico transitório (parestesia, formigamento, déficit de função 
muscular, desequilíbrio, diplopia – visão dupla) até a forma mais grave, incapacitante (locomoção, 
deglutição, comunicação, dor). 
o O controle emocional está envolvido na produção de citocina no corpo. 
o O paciente que chegou na avaliação com um déficit leve, pode ser exposto a uma situação de 
estresse, ansiedade, depressão e na próxima sessão ele pode chegar de cadeira de rodas. 
o As manifestações começam por volta dos 35 anos. 
 
 
 
 
Doença 
desmielinizante
Destruição da 
Bainha de mielina 
Medida pela 
sistema 
imunulógico
Aumento de 
citocina
Relativa 
preservação de 
outros elementos 
do SN
Doenças neuromusculares: etiologia, quadro clínico e tratamento fisioterapêutico 
Esclerose múltipla 
Doença progressiva, 
degenerativa 
Essa degeneração da bainha de 
mielina faz com que os impulsos 
chegue de uma forma mais lenta 
nos seus devidos lugares. 
Alterações do sistema imunológico 
faz com que ocorra a 
desmielinização. 
Citocina – estrutura protetora do corpo. Em 
excesso começa a degenerar a bainha de mielina 
e com isso tem a desmielinização, os impulsos 
saltatórios não ocorrem de forma efetiva, 
diminuindo a função muscular, respiratória, etc. 
Cognitivo e preservado 
na maioria das vezes. 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
o Aumento da citocina, começa a desmielinizar a região da bainha de mielina, atacando as células 
branca. 
o Os impulsos ficam reduzidos, pois o caminho não permite que faça o impulso saltatório (mais 
rápido). Com isso, tem uma redução das informações que irá chegar para uma neurotransmissão. 
 
 
 
o Fazem parte da células da glia. 
o Ramificam-se em vários processos, que vão para o axônios circundantes (conectam-se com os 
axônios). 
o O envoltório auxilia na produção de substância branca na região dos axônios. 
o Esses processos envolvem os axônios em organelas membranosas especializadas. 
 
oligodendrócitos 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
o Estruturas que ficam entre as bainhas de mielina. Ele permite que o potencial de ação ocorra de 
maneira efetiva. 
o Condução saltatória: condução do impulso, condução rápida e eficiente. 
o Mielina: rica em lípides inibi a transferência iônica. 
o Perda da mielina: o potencial de ação não é conduzido normalmente e a função do nervo cessa 
rapidamente. 
 
 
 
 
o A substância branca que forma as bainhas de mielina, possibilita os impulsos saltatórios e os nódulos 
de ranvier possibilitam o potencial de ação efetivo. 
o Disseminadas de forma aleatória e total: 
 Hemisférios cerebrais. 
 Tronco encefálico. 
 Cerebelo. 
 Medula espinhal. 
 Interior do nervo óptico e quiasma óptico (uma das primeiras alterações que ocorrem na 
esclerose múltipla. Pode ter alteração da visão, diplopia). 
 
 
Nódulos de ranvier 
Substância branca 
 
FEITO POR VICTORIA MESSAGE 
FISIOTERAPIA APLICADA À NEUROLOGIA 
 
 
 
 
 
o HLA – marcador de gene para um possível diagnóstico. Pode encontrar indivíduos com HLA 
positivo e esclerose múltipla, porém, pode encontrar também indivíduos com HLA negativo e 
que tem presença de esclerose múltipla. O HLA pode estar positivo também é a pessoa não ter 
esclerose múltipla. A maioria da população com esclerose múltipla tem o fator HLA positivo. 
o Não é um fator determinante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade da 
prevalência da esclerose 
múltipla, de acordo com 
a latitude
Ex: regiões equatoriais 
(< 1 em 100.000)
Climas temperados do 
norte europeu e da 
América do Norte (> 
100 em 100.000)
Fator Genético
HLA-DR, B e A 
(marcadores para o 
gene de suscetibilidade)
Tendência Familiar
15% dos pacientes com 
esclerose múltipla tem 
um parente afetado
Gêmeos idênticos tem 
30% de chance
Gêmos não idênticos 
tem 5% de chance
Ambiental
Exposição a agentes 
externos: cvírus -
resposta autoimune. 
Substância branca 
Temperaturas frias 
Estudos apontam que sobrecarga, má alimentação, 
estresse também podem estar associado ao 
desenvolvimento da esclerose múltipla 
 
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o A recidivante com remissão acomete mais o adulto jovem. O paciente apresenta alguns surtos, 
são momentos que ele perde as funções que apresentam maiores manifestações clínicas. 
o A progressiva primária acomete mais idosos. Déficit neurológico cumulativo. 
o Depois de um período de remissão, a doença entra numa fase que ocorre a progressão com 
ou sem recidiva. Tem uma tendência que a recidivante com remissão se torne uma progressiva 
secundária. 
 
 
 
o Acontecimentos inesperados – queixam-se de vagas sensações de mal-estar (fadiga) nos meses 
ou anos precedentes. 
o Sensações – distúrbios sensoriais esporádicos (parestesia), incômodos e dores ou letargias. 
Começa a fazer tarefas mais devagar, com mais dificuldade. 
o HMA – visão dupla (aparece na fase aguda da doença), cegueira, vertigem ou fraqueza nos 
membros (episódio anterior de desmielinização). 
o O início dos sintomas: aguda (minutos) ou crônicos (meses). 
RECIDIVANTE COM REMISSÃO 
Caracterizada por recidivas recorrentes e discretas entremeadas, 
por período de remissão quando a recuperação é completa. 
Progressão da doença a incapacidade aumenta. 
PROGRESSÃO SECUNDÁRIA
Depos de um período de remissão, a doença entre em 
uma fase em que há deterioração progressiva com ou 
sem recidivas sobrepostas indentificáveis (efeitos 
cumulativos das recidivas). 
PROGRESSIVA PRIMÁRIA 
Déficit neurológico progressivo e cumulativo

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