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PROPRIOCEPÇÃO: Informações aferentes, incluindo noção de posição articular, cinestesia e sensação de resistência. POSIÇÃO ARTICULAR: reconhece a posição articular do espaço. CINESTESIA: percebe e reconhece os movimentos e a mobilização articular, RESISTÊNCIA: percebe as forças geradas no interior da articulação. CONTROLE NEUROMUSCULAR: os sinais proprioceptivos são transmitidos para a medula espinhal por meio de vias aferentes (sensoriais), e a resposta eferente (motora) é denominada como o controle neuromuscular. São responsáveis pela proteção das estruturas articulares em tensões excessivas. FISIOLOGIA DOS MECANORRECEPTORES o RECEPTORES ARTICULARES Terminações nervosas especializadas Os mecanorreceptores traduzem a informação da deformação mecânica e manda um sinal neural, para dar um impulso elétrico. Portanto os mecanorreceptores funcionam como TRANSDUTORES da deformação mecânica para sinais neurais. ESTÍMULO MECÂNICO IMPULSO ELÉTRICO Adaptação rápida (AR): Cessam as informações pouco depois do início do estímulo. As informações cinestésicas conscientes e inconscientes em resposta ao movimento articular ou aceleração. Adaptação lenta (AL): Mantém as informações enquanto o estímulo estiver presente. Fornecem resposta e continua gerando informações proprioceptivas quanto ao posicionamento articular TIPOS MORFOLÓGICOS RECEPTORES LOCALIZAÇÃO CARACTERÍSTICAS Corpúsculo de Ruffini Cápsula articular Camada fibrosa Monitoriza a posição articular (AL) Corpúsculo de Pacini Cápsula articular Camada fibrosa Detecta o movimento articular (AR) Corpúsculo de Golgi-Mazzoni Cápsula articular Face interna Responde a compressão perpendicular da cápsula (AL) Terminação ligamentar de Golgi Ligamentos intrínsecos e extrínsecos Sensível a tensão e ao alongamento imposto aos ligamentos (AL) Terminação nervosa livre Cápsula articular Receptor da dor DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA Controle do equilíbrio: Visuais; Labirinto; Informação do córtex; Mecanorreceptores (lesões desportivas) o RECEPTORES TENOMUSCULARES Alteração no posicionamento articular Alteração simultânea no comprimento e na tensão do músculo. o FUSO MUSCULAR Detectam o comprimento e velocidade das alterações do comprimento, e transmitem esses sinais através dos nervos aferentes. Terminações anuloespirais e em buquê As fibras nervosas aferentes dos fusos musculares projetam-se diretamente sobre os motoneurônios esqueléticos por meio de reflexos monossinápticos muito rápidos. Quando os fusos são estimulados, eles produzem uma contração reflexa no músculo agonista. Os mecanorreceptores são eliminados apenas quando estão sob grandes cargas. Músculos que realizam a mesma função muscular. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA o ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI (OTG) Regulam a atividade muscular e são responsáveis pela monitorização da tensão muscular. Se localizam na junção musculotendinosa, assim protegem essa unidade musculotendinosa ao inibir reflexamente a ativação muscular, quando o excesso de tensão pode provocar danos. MOVIMENTOS LENTOS PARA ATIVAR O OTG. Inibi a atividade do controle motor causando o relaxamento. Lesão articular e déficit de controle neuromuscular A lesão articular leva ao déficit do controle neuromuscular O restabelecimento do controle neuromuscular é um componente primordial para a reabilitação de articulações patológicas. o TREINAMENTO NEUROMUSCULAR – visa complementar os programas de reabilitação. Modulação dos sinais inflamatórios Recuperação da ADM Melhora da flexibilidade, força e resistência Conseguir controle de movimento (OBJETIVO PRINCIPAL) o LESÃO A lesão ligamentar que se repete por várias vezes (luxação, entorse), cria um déficit, no qual o ligamento vai criando uma frouxidão (instabilidade e déficits proprioceptivos). Uma lesão nas estruturas articulares resulta não só em uma alteração mecânica, mas também em perda do senso posicional, em virtude da disfunção dos mecanorreceptores periféricos. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA AVALIAÇÃO 1. TESTE PARA PERCEPÇÃO DO MOVIMENTO ARTICULAR o Avalia CINESTESIA o O avaliador liga o equipamento, o paciente não consegue ver nada e hora que o paciente percebe o movimento, ele deve reagir. o DOIS PARÂMETROS: quanto tempo ele leva para perceber o movimento e quantos graus é esse movimento. o Faz o teste nos dois membros, e o membro acometido terá uma discrepância grande (ele demora mais tempo em uma amplitude maior). LESÃO LIGAMENTAR LESÃO REPETITIVA INSTABILIDADE DÉFICITS PROPRIOCEPTIVOS CONTROLE NEUROMUSCULAR ALTERADO INSTABILIDADE FUNCIONAL 1º - ESTÍMULO PROPRIOCEPTIVO 2º - RESPOSTA DO CONTROLE NEUROMUSCULAR (MOVIMENTO) OBSERVAÇÕES - Por conta da lassidão ligamentar, causada por micro traumas (subluxações), as vezes a pessoa já “se acostumou” e não sente dor. - SINAL DA DRAGONA (baseado na farda militar): deslocamento do úmero - Os MECANORRECEPTORES alterados, leva a instabilidade. E os que ficaram intactos também tem que ser trabalhados, para melhorar o controle. - O médico corrigi a instabilidade mecânica, e os fisioterapeutas tratam a instabilidade melhorando a PROPRIOCEPÇÃO. . - Faz uma modificação no dinamômetro para avaliar a propriocepção. - Não pode deixar o paciente ver/olhar. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA 2. TESTE PARA PERCEPÇÃO DA POSIÇÃO ARTICULAR o O avaliador coloca uma determinada posição alvo, e o paciente deve registrar a posição. Depois ele volta a posição para o 0, e o paciente deve reproduzir o movimento. Assim testa a percepção do movimento para o paciente. o Pode ser usado como exercício também, para trabalhar a percepção articular. 3. TESTE PARA EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO – não é um teste para a PROPRIOCEPÇÃO, mas deve estar na avaliação pois é um teste clínico. TESTE DO Y: avalia o controle postural dinâmico (MMII). o Esse teste surgiu de um teste que antes era o da ESTRELA. Hoje usa o teste do Y como avaliação, e a ESTRELA como exercício. o Desenha um Y no chão com fita crepe ou coloca 3 fitas métricas. Comprimento de 1,20, e o ângulo entre cada fita tem que ser de 135º. o O paciente deve estar descalço, e fica na frente pra linha ANTERIOR, o hálux tem que ficar bem no centro das 3 linhas, mãos na cintura, e o paciente tem que tentar alcançar o mais distante possível, sem tocar no chão e sem tirar o calcanhar da perna base do chão. Ele deve fazer apenas um TOQUE no lugar mais alcançado sem deslocar o peso, e o terapeuta marca esse ponto. o Antes de iniciar o teste, deixa o paciente treinar, fazendo 6x o movimento. Depois dessa adaptação, pede para o paciente fazer mais 3x, que serão válidas. A tentativa de MAIOR ALCANCE é anotada. VC = 𝐴𝑁𝑇𝐸𝑅𝐼𝑂𝑅+𝑃𝑂𝑆𝑇𝐸𝑅𝑂 𝑀𝐸𝐷𝐼𝐴𝐿+𝑃𝑂𝑆𝑇𝐸𝑅𝑂 𝐿𝐴𝑇𝐸𝑅𝐴𝐿 3𝑋 𝑂 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑅𝐼𝑀𝐸𝑁𝑇𝑂 𝐷𝑂 𝑀𝐸𝑀𝐵𝑅𝑂 . o Sempre que há uma diferença de 4cm de uma perna para outra, significa que o paciente é mais suscetível a ter uma entorse de tornozelo. TRATAMENTO o OBJETIVO: Ganho/Melhora do controle de movimento Controle do EDEMA e da Dor Reestabelecer a ADM Ganho de força muscular Melhora do encurtamento muscular o Os exercícios proprioceptivos devem ser específicos para o tipo de atividade do paciente. – PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE O valor do índice deve ser em %, assim faz uma comparação de um membro para o outro. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA1. Paciente não deve apresentar DOR ou EDEMA. 2. Paciente deve apresentar RESTABELECIMENTO DA ADM – para possuir força adequada para realizar o exercício proposto. 3. Pacientes PÓS OPERATÓRIO não deve fazer exercícios UNIPODAIS e GIRATÓRIOS, apenas 3 meses depois da cirurgia. 4. Deve haver uma progressão de exercício para o paciente, todavia que não ultrapasse o limite do mesmo – paciente deve conseguir fazer os exercícios completos 5. DESAFIAR O PACIENTE: o atleta gosta de ser desafiado e que estimulem ele com relação ao esporte que ele pratica. A criatividade faz a diferença 6. Pode trabalhar com os olhos abertos, mas uma progressão é fazer o paciente realizar os exercícios de olhos fechados. 7. Começa com EXERCÍCIOS ESTÁTICOS e faz a PROGRESSÃO com EXERCÍCIOS DINÂMICOS EXERCÍCIOS ESTÁTICOS: o paciente não perde contato com a superfície. Funcionam como atividade de treinamento preliminar para pacientes que necessitam de equilíbrio e controle durante as atividades. Esses exercícios não podem ser confundidos com exercícios de agilidade e pliométricos. A progressão deles pode ser: bipodal para unipodal; olhos abertos para olhos fechados; superfície estável para superfície instável. EXERCÍCIOS DINÂMICOS: o paciente perde a superfície de contato constantemente. EQUIPAMENTOS E OBJETOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO BOLA SUÍCA BOZU DISCO DE EQUILÍBRIO TÁBUA RETANGULAR Vários tamanhos e pesos diferentes. Pode ser utilizado dos dois lados. Vários tamanhos e formas diferentes Vários tamanhos e formas diferentes OUTROS: o Balanço de equilíbrio o Aste flexível o Bolas o Escada de agilidade o Espuma de densidade o Trampolim o Skate de equilíbrio o Caixa de areia o Cones e argolas DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA A pliometria refere-se aos exercícios destinados a unir força e velocidade do movimento de forma a produzir um tipo de resposta muscular explosiva e reativa. POTÊNCIA + FORÇA = MOVIMENTOS RÁPIDOS o Os exercícios pliométricos envolvem o ciclo alongamento-encurtamento (CAE), que pode ser descrito como a realização de uma contração excêntrica (alongamento l desaceleração) seguida de uma ação concêntrica (encurtamento l aceleração). * EXEMPLO: agachamento + salto = ao realizar o agachamento realizará uma contração excêntrica pois alonga o quadríceps e precisa descer devagar. Ao pular (levantar + salto) realizará uma contração concêntrica, pois encurta a musculatura, tendo um movimento acelerado. o Pela combinação de movimentos CONCÊNTRICOS e EXCÊNTRICOS, a força muscular e a produção de potência durante a fase concêntrica são acentuadas. E isso permite que o atleta ganhe habilidades, como: correr mais rápido, pular mais alto, mudar de direção mais fácil etc. o OBJETIVO PRINCIPAL DO TRATAMENTO PLIOMÉTRICO: elevar a excitabilidade do sistema nervoso para melhorar a capacidade reativa do sistema neuromuscular. Assim, qualquer exercício que utilize o reflexo miotático ao alongar, para produzir uma resposta mais potente do músculo em contração, é de natureza PLIOMÉTRICA (CAE). MODELOS PLIOMÉTRICOS o Dois modelos podem contribuir para um mecanismo complexo, os quais resultam em uma acentuada produção de potência durante a porção concêntrica do CAE. Portanto, ambos os modelos contribuem para a acentuação da força e da potência mecânica durante o CAE (CICLO DE ALONGAMENTO E ENCURTAMENTO) o Tanto excitabilidade dos receptores neuromusculares como o armazenamento de energia elástica no CAE são conseguidas por uma contração excêntrica, onde é realizado o alongamento do músculo imediatamente antes da contração concêntrica. * Contração excêntrica produz l Contração concêntrica executa o Quanto maior for o alongamento imposto ao músculo em relação ao seu comprimento de repouso, imediatamente antes da contração concêntrica, maior será a carga que o músculo consegue superar. o Quanto maior a potência da contração excêntrica, maior será a potência da contração concêntrica. TRABALHO E TEMPO CARGA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA MODELO MECÂNICO o Elementos Contráteis: Actina e Miosina o Elementos Não Contráteis: Componentes elásticos em série (músculo-tendão) Componentes elásticos em paralelo (endomísio, envolve uma fibra muscular; perimísio, envolve um feixe muscular; epimísio, envolve o músculo todo). o Este modelo estabelece que a força muscular é aumentada devido a reutilização da energia elástica pelo CAE. Isto, é, o tecido conjuntivo tem prioridades elásticas, e quando aplica uma força rápida no tecido, ele gera uma energia elástica. A energia elástica é gerada na contração excêntrica, e irá aproveitar dela na contração concêntrica. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA: você aplica a carga até certo ponto que irá resultar nessa energia elástica. A região elástica irá deformar o tecido, mas depois volta ao comprimento original. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: quando deforma o tecido permanente. A região plástica é quando o tecido não volta ao seu comprimento original dele, pois a aplicação de carga constantemente (microlesão no tecido). o O alongamento excessivo gera deformação no músculo (DEFORMAÇÃO PLÁSTICA), para ganhar um novo comprimento no tecido gerando movimento. Assim, gera essas microlesões no tecido, mantendo o alongamento para passar do ponto de cessão e ganhar ADM. * Faz uma modulação do tecido pela carga. o A energia elástica e a contração reflexa acontece na contração excêntrica, e a potência gerada é utilizada na contração concêntrica. MODELO NEUROMUSCULAR o Neste modelo é sugerido que a pré-ativação de um músculo (CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA) é parcialmente responsável pelo aumento da força e da potência durante a fase concêntrica do CAE. * Envolve o mecanismo do reflexo. o O exercício pliométrico envolve um pré-alongamento do musculo, ativando dessa forma o reflexo do estiramento. Isso é, quando faz o alongamento rápido do músculo, há uma ativação do fuso muscular e ele manda informações desse estiramento, que volta a resposta de contração reflexa para o músculo (envolve o neurônio motor). OBSERVAÇÕES - Alongamento de curta duração serve para aquecimento. - Paciente com frouxidão a região elástica é melhor. - Alongamentos geram desconforto (20-30 seg) - ALONGAMENTO LENTO E CONTROLADO: ativa o OTG (exercício proprioceptivo) - ALONGAMENTO RÁPIDO: ativa o CAE e a contração (exercício pliométrico) DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA FASES DOS EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS 1. FASE EXCÊNTRICA: este é o período da pré-carga no qual o fuso muscular e os elementos não contrateis são pré-alongados antes da ativação muscular. A pré ativação do musculo é feita pela contração reflexa Ocorre um armazenamento de energia elástica. Alongamento rápido do musculo. 2. FASE DE AMORTIZAÇÃO: esse é o período entre a contração excêntrica e o início de uma contração concêntrica. Por tanto quanto maior a rapidez com que o atleta consegue superar a força excêntrica complacente e produzir uma força concêntrica, mais poderosa será a resposta. Fase de transição, portanto deve ser o mais rápido possível. Não deve parar no meio do exercício, se não perde toda a energia ganha até aqui. 3. FASE CONCÊNTRICA: esta é a somação das fases excêntrica e de amortização, como o produto sendo uma contração concêntrica exacerbada. INFORMAÇÕES GERAIS ANTES DE INICIAR O TREINAMENTO o Se o paciente não for capaz de executar o exercício com qualidade, deve melhorá-lo, corrigindo o movimento com exercícios mais simples. o Interrompa o exercício se o paciente sentir dores com as posturas adotadas ou com os movimentos realizados. o Solicite ao paciente para não prender a respiração durante os exercícios. o Solicite ao pacientepara manutenção correta da postura para proteger a coluna vertebral. o Assegure completa recuperação do paciente entre as séries de exercícios (intervalos de 2-3 minutos para cada ex). o Confira todos os equipamentos, para caso haja defeitos, antes de cada sessão de exercícios. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA TREINAMENTO PLIOMÉTRICO o A pliometria deve ser implementada nos estágios finais da reabilitação e deve reproduzir uma habilidade específica para a atividade do paciente (esporte). – ESPECIFICIDADE o Os exercícios devem progredir de uma baixa intensidade para uma alta intensidade. o Os quadros de dor muscular de início tardio podem acontecer em decorrência a aplicação dos exercícios pliométricos. Se for uma dor no tendão ou não articulação, deve esperar uma recuperação. o As contra indicações absolutas para a pliometria são: 1. Cirurgia recente 2. Instabilidade articular considerável 3. Dor 4. Paciente não ter realizado previamente um programa de treinamento abordando exercícios resistidos. * Pois o paciente precisa ter força para realizar esse tipo de treinamento. o Variáveis agudas: 1. Volume Normalmente estabelecido pelo número de contatos dos pés com o solo para os MMII e de arremessos para os MMSS. 2. Frequência Estabelecida pelo número de sessões por semana Evidências sugerem que dois ou três dias por semana pode ser ótimo para o aumento do rendimento. 3. Intensidade Não existem evidências científicas que estabelecem a intensidade dos exercícios, porém o grau de dificuldade pode ser um parâmetro para se estabelecer a intensidade TREINAMENTO DO MEMBRO INFERIOR o Os exercícios utilizados para o treinamento dos membros inferiores incluem saltos, que são utilizados para aumentar a velocidade, a potência e a habilidade do movimento. o ORIENTAÇÕES: ✓ Assegurar o uso de uma superfície apropriada: limpa, seca e macia. ✓ Aterrissagem suavemente na região do antepé. ✓ Não permitir que os joelhos ultrapassem os artelhos. ✓ Não permitir que os joelhos se curvem para valgo. ✓ Minimizar o tempo de contato com o solo. ✓ Utilizar o máximo de esforço em cada repetição. ✓ Quando agachar, imaginar uma postura como fosse se sentar em uma cadeira. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS 1. Agachar e saltar 2. Saltar com o joelho no tronco 3. Saltar e se deslocar (objetivo de colocar uma bola na cesta, ou pegar algo no alto) 4. Saltar a frente - bipodal e unipodal 5. Saltar alternado 6. Salto sobre a linha - frente e trás; lateral; quadrado; diagonal 7. Salto sobre o cone - frente e trás; lateral; diagonal TREINAMENTO DO MEMBRO SUPERIOR o As manobras pliométricas para os membros superiores e tronco são instituídas geralmente com o uso de objetos como bola com peso (MEDICINE BALL). Deve-se considerar: ✓ O peso da bola depende do exercício. ✓ Movimentos rápidos utilizam bolas leves. ✓ Movimentos lentos utilizam bolas pesadas. ✓ Habitualmente utiliza-se nos treinamentos uma bola de 3Kg. EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS 1. Passe de peito – decúbito dorsal sozinho ou com arremesso para o terapeuta; em pé 2. Arremesso sobre a cabeça - em pé; decúbito dorsal realizando uma flexão do tronco 3. Empurrar a parede – dois membros; com perda de contato (batendo palma); com perda de contato e carga adicional imposta pelo terapeuta. 4. Flexão de braços – normal; com perda de contato (batendo palma) 5. Arremedo com rotação de 90º - bola com peso DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA Ocorrem principalmente em atletas. MECANISMOS DE LESÃO Podem acontecer de 3 formas: por contusão, distensão ou estiramento e laceração. A laceração é uma forma bem incomum no esporte, tem eu ter um ferimento com corte contuso, algo que penetre a pele e faça um corte na musculatura, Mais de 90% das lesões no esporte são por contusão ou por distensão. A contusão ocorre quando um músculo é sujeito a uma força súbita de compressão (pancada, impacto), como um trauma direto na musculatura (esmagamento da musculatura). Há presença de hematoma na região do trauma. A distensão muscular ou estiramento é uma forma bem comum no esporte, ocorre através de uma força de tensão/tração excessiva colocada sobre o músculo, causa um alongamento excessivo nas miofibrilas, levando a uma ruptura próxima a unidade musculotendínea (miofibrilas). Afeta principalmente os músculos superficiais que são biarticulares (atravessam duas articulações). Ex: reto femoral, isquiotibiais (músculo bastante suscetível em esportes de corrida e velocidade), gastrocnêmico. CLASSIFICAÇÃO (Grau de lesão) As distensões musculares são classificadas de acordo com o nível da gravidade: lesão de primeiro grau, lesão de segundo grau e lesão de terceiro grau. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA o LESÃO DE PRIMEIRO GRAU A distensão envolve algumas fibras musculares com edema e desconforto de menor importância. Não está associada a perda de função, restrição de movimento é mínima. Pode haver sensibilidade localizada, podendo aumentar a intensidade quando for aplicada alguma tensão (contração muscular ou alongamento) no músculo. Alguns atletas podem continuar realizando atividades normalmente, porém, precisa fazer um monitoramento da exacerbação da lesão. O ideal é interromper a atividade para realizar o tratamento e impedir o aumento da lesão. OBS: contração muscular e alongamento muscular na distensão, exacerba os sintomas. o LESÃO DE SEGUNDO GRAU A distensão envolve danos que vão de 5% a 50% do ventre muscular e tem perda de função. Os pacientes sentem dores com as atividades, impedindo de continuar com a atividade esportiva. Dor de intensidade moderada a grave e perda funcional significativa. Os atletas não conseguem se manter em atividade. A reabilitação das lesões de segundo grau ocorre num período de 4 semanas. Presença de equimose. Não rompe apenas o músculo, mas também vasos e nervos que estão presentes na região. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA o LESÃO DE TERCEIRO GRAU A distensão muscular envolve um rompimento maior de 50% do ventre muscular. Presença de equimose. Presença de deformidade muscular – perde a continuidade muscular. Dor aguda e perda funcional A intensidade da dor durante a tensão no músculo depende da integridade resultante do músculo. Um paciente com ruptura total não sente tanta dor, pois não existe ligação entre as partes – quando realiza contração ou alongamento. Reabilitação das lesões de terceiro grau podem durar até 3 meses – dependendo do grupo muscular pode precisar de cirurgia – miorrafia. ETIOLOGIA Fatores não modificáveis e fatores modificáveis. FATORES NÃO MODIFICÁVEIS o Idade – mais velhos – lesões musculares mais frequentes. FATORES MODIFICÁVEIS o Desequilíbrio muscular – as lesões de isquiotibiais se tornam mais frequentes se tiver um desequilíbrio muscular entre quadríceps e isquiotibiais (quadríceps com força muito maior que os isquiotibiais), isso favorece a distensão dos isquiotibiais. o Fadiga muscular – indivíduos que estão fadigados durante uma atividade, tem mais chance de ter uma lesão. o Déficit de flexibilidade – músculos mais rígidos tem mais chance de sofrer uma lesão. o Aquecimento inadequado – falta de atividades específicas, só alongamento não previne lesões. o Lesões prévia – se o indivíduo já teve uma lesão muscular no mesmo grupo, tem mais chance de ter outras lesões. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA FATORESDE RISCO PARA LESÃO DO GASTROCNÊMIO MEDIAL o Esportes que executam movimentos explosivos – corrida de aceleração, desaceleração, com mudança de direção. o Idade – mais velho – maior a chance de lesão o História prévia de perna de tenista – já teve lesão de gastrocnêmio medial. o Desidratação e fadiga – ex: individuo correndo maratona e não se hidratou adequadamente, isso leva a fadiga muscular, aumentando a possibilidade de lesão. o Superfícies duras e de alta reação – quadra de cimento é mais dura e adere mais, aumentando a chance de lesão. FATORES DE RISCO PARA LESÃO DOS ISQUIOTIBIAIS o Esporte de velocidade máxima e aqueles que realizam corrida com bola. o Idade – mais velho – mais chance de lesão. o História prévia de lesões do isquiotibiais – já teve lesão de isquiotibiais o Redução da força muscular – relação de força entre isquiotibiais e quadríceps – quadríceps é mais forte. o Falta de aquecimento o Superfícies que permitem um maior deslizamento. FATORES DE RISCO PARA LESÃO DE RETO FEMORAL (QUADRÍCEPS) o Esportes que realizam chutes e corridas de desaceleração – ex: futebol o Membro dominante para chute o História de lesões antigas o Superfícies muito aderentes – ex: quadra de futsal FISIOPATOLOGIA DA LESÃO Cura de uma lesão musculoesquelético – reparação tecido muscular e tecido conjuntivo (fibrose). Cura de uma lesão óssea – regeneração tecido ósseo Célula satélite – localiza na parede do endomísio, desencadeia o processo de reparação, formado o tecido muscular. A cura de uma lesão muscular segue um padrão razoavelmente constante, independente da causa da lesão (contusão, distensão ou laceração). Processo de cura: 3 fases. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA FASE 1 – destruição tecidual o Pode ocorrer por contusão, distensão ou laceração. Ocorre ruptura e necrose das miofibrilas e vasos sanguíneos, com o rompimento dos vasos ocorre a formação de hematoma, isso desencadeia uma resposta inflamatória. Essa fase ocorre nas primeiras horas da lesão. FASE 2 – reparo o 2º dia de lesão – fagocitose do tecido necrosado (as células de defesa (macrófagos) chegam na área da lesão para começar a limpar o tecido). 3º dia – começa o processo de regeneração das miofibrilas (ativação das células satélites (se tornam mioblastos, ocorre a proliferação e se formam miotubos e depois miofibrilas) para chegar no local da lesão e começar a se proliferar e formar novas miofibrilas). 5º dia – produção de tecido cicatricial conectivo. 7º dia – as miofibrilas invadem a área da lesão, perfurando a cicatriz para tentar fazer uma fusão e fechar a falha da lesão. FASE 3 – remodelação o Período de maturação das miofibrilas, elas começam a adquirir resistência mecânica, ocorre reorganização do tecido cicatricial. O exercício terapêutico é fundamental para maturação das miofibrilas e reorganização do tecido cicatricial, sem os exercícios terapêuticos (estímulo mecânico) esses dois processos não acontecem de forma adequada. Ocorre recuperação da capacidade funcional do tecido, esse tecido tem que contrair adequadamente, gerando força e ser flexível para suportar tensões de amplitude de movimento. OBS: A partir do 7º dia, o indivíduo pode não sentir mais dor, caso não seja orientado corretamente pode voltar a fazer atividades precocemente e pode provocar uma nova lesão. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Tratamento baseado em lesão muscular em isquiotibiais para corredor o PRICE – crioterapia, compressão e elevação – controle dos sinais e sintomas da resposta inflamatória. o Bandagem compressiva – ajuda a controlar o edema. o Corrente analgésica – ex: interferencial – utilizada se o paciente estiver com muita dor. o Exercícios ativo livre – irá tentar e ver se o paciente consegue realizar DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA CRITÉRIOS: regressão da dor durante o movimento ativo livre, diminuir aplicação do PRICE, não utilizar recursos analgésicos, paciente já consegue fazer o exercício ativo livre. PROGRESSÃO o Ultra som terapêutico – utilizar após o 3º/4º dia, estimula a atividade biológica do tecido. o Laser terapêutico o Exercício ativo livre – posição alongada – gera uma intensidade maior de estímulos sobre a musculatura o Treino de marcha o Exercícios isométricos – 90º/45º CRITÉRIOS: sem dor a contração isométrica submáxima e marcha normalizada. PROGRESSÃO o Bicicleta ergométrica – trabalhar endurance o Auto alongamento o Exercício ativo resistido – joelho em posição mais alongada: contração excêntrica – flexão – está trabalhando os isquiotibiais. o Exercício ativo resistido – quadril em extensão. o Controle excêntrico – na hora que estende o joelho, consegue trabalhar esse controle o Equilíbrio – corrida – princípio da especificidade. CRITÉRIOS: sem dor durante a contração excêntrica em posição não alongada, sem dor durante trole leve. PROGRESSÃO o Elíptico o Cadeira flexora – excêntrico o Stiff Bipodal segurando halter – contração concêntrica e excêntrica dos isquiotibiais. o Exercício ativo resistido em posição alongada. o Stiff Unipodal segurando halter. o Exercício ativo resistido com bola – contração concêntrica e excêntrica – trabalha estabilização do segmento lombopélvico. o Controle excêntrico – exercício de propriocepção o Equilíbrio – corrida em cama elástica. o Corrida na esteira o Stiff Unipodal com carga o Nordic assistido – ativação importante dos isquiotibiais – paciente de costas para o espaldar, ajoelhada sobre o estabilite com um theraband na região do tronco – faz uma inclinação do tronco. o Ponte e vai dando pequenos passos. o Ponte slide – prancha que permite o deslizamento do membro inferior DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA o Ponte – unipodal o Avanço em superfície instável – utiliza o bosu CRITÉRIOS: força muscular normalizada e sem queixa de dor durante corrida rápida. PROGRESSÃO o Educativos de corrida – skipping utilizando escada horizontal; carioca – corrida lateral e cruzando os pés na passada; anfergen – toca o calcanhar no bumbum; skipping alto o Nordic – fisioterapeuta estabiliza o pé e o paciente faz a inclinação do tronco sem ajuda do theraband o Pliometria – avanço com saltos. o Corrida de aceleração e desaceleração. LIBERAÇÃO PARA TREINAMENTO o Avaliação funcional o Alongamento terminal sem dor – flete todo o quadril e faz o alongamento em cima da extensão do joelho. o Avaliação excêntrica sem dor – decúbito ventral – faz contração e aplica uma força no membro. o Hop Test – teste de salto – avalia a potência muscular. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA – BIOMECÂNICA o Articulação móvel – articulação mais móvel do corpo humano o Articulação mais instável do corpo ESTABILIDADE ARTICULAR o MECANISMOS PASSIVOS 1. Conformidade articular – cavidade glenóide é muito rasa – favorece mais a mobilidade do que a estabilidade. OBS: ARTICULAÇÃO DO QUADRIL – acetábulo mais profundo, concavidade maior – isso favorece o encaixe da cabeça do fêmur, melhorando a congruência entre as superfícies e favorecendo a estabilidade. Articulação que dificilmente se desloca. 2. Volume finito – pressão intra-articular (ocorre em todas as articulações sinoviais, pois estão envolvidas por uma cápsula e dentro ocorre uma pressão intra-articular negativa). A pressão intra-articular negativa faz com que as superfícies articulares se afastem e voltem (caso tracione). Se houver alguma perfuração na cápsula, a pressão intra-articular é alterada e se torna positiva e perde o mecanismo de estabilização – depois é retomado com o processo de recuperação. 3. Mecanismo de adesão e coesão – o líquido sinovial fica aderido entre as duas superfícies articulares e entãoexiste uma força de coesão entre as moléculas do líquido. Quando tenta separar esse mecanismo contribui para estabilidade articular 4. Lábio da glenóide – FUNÇÕES: a. ampliar a superfície de contato entre a cabeça do úmero a glenóide – melhora a estabilidade. b. Aprofundar a cavidade glenóide – ela estando mais funda ocorre maior e melhor encaixe da cabeça do úmero na glenóide. o Ligamentos glenoumerais superior, médio e inferior. O ligamento glenoumeral inferior possui duas bandas: anterior e posterior, reforçando a cápsula articular. ➢ Ligamento glenoumeral superior: impedir a translação inferior da cabeça do úmero em relação a glenóide. ➢ Ligamento glenoumeral médio: impedir o deslocamento anterior da cabeça do úmero em relação a glenóide no movimento de abdução do ombro (0º - 45º). ➢ Ligamento glenoumeral inferior: banda anterior – mesma função do LGUM, porém numa amplitude maior de abdução do ombro (acima de 45). Banda posterior – impede um deslocamento posterior da cabeça do úmero em relação a glenóide quando faz o movimento de rotação medial e abdução. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA o MECANISMO ATIVO 1. Manguito Rotador – promovem uma compressão umeral na glenóide, gerando estabilidade. O subescapular, infra-espinhal e redondo menor geram o mecanismo de depressão, quando eles contraem, deprimem a cabeça do úmero, indo contra a ação do deltoide que eleva anteriormente a cabeça do úmero quando faz a elevação do braço. a. Músculo Subescapular – limita a rotação lateral do ombro. Forma uma barreira na região anterior da cabeça do úmero, impedindo o deslocamento. Porém, quando faz uma abdução acima de 90º perde a capacidade estabilizadora, a barreira não funciona mais de forma efetiva. b. Músculo Infra-Espinhal e Redondo Menor – contraem e puxam a cabeça do úmero posteriormente, ajudando a banda anterior do LGUI, reduzem a tensão da banda anterior. o CLASSIFICAÇÃO Grupo I – Atraumática Grupo I I – Traumática Grupo I I I – Adquirida 1. INSTABILIDADE ATRAUMÁTICA o Individuo com lassidão/frouxidão congênita o Frouxidão generalizada – afeta outras articulações. o Não tem lesão do lábio da glenóide. o O primeiro episodio de instabilidade não fica definido, a instabilidade se instala de forma progressiva. o Reduç]ao espontânea – o ombro luxa e reduz espontaneamente por conta da frouxidão. o Multidirecional – desloca a articulação do ombro em todas as direções. 2. INSTABILIDADE TRAUMÁTICA o Mecanismo específico para desencadear a instabilidade – TRAUMA DIRETO – individuo recebe uma pancada/impacto na cabeça do úmero, empurrando-a para fora da glenóide. TRAUMA INDIRETO – mais comum – cai com a mão espalmada, tem um trauma direto na região da mão e de toda essa energia do trauma é transferida para articulação do ombro e pode gerar um deslocamento. o Ocorre a desincerção do lábio da glenóide o Defeito da cabeça umeral devido ao impacto com a glenóide – principalmente quando o individuo tem uma luxação recidivante. o Não tem sintomas prévios. o Tem um primeiro episodio bem definido. o Precisa de auxílio para fazer a redução do deslocamento do ombro. o Unidirecional – a mais comum é instabilidade anterior. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA 3. INSTABILIDADE ADQUIRIDA o Estresse repetitivo decorrentes a atividades como natação, vôlei, esportes de arremesso – o movimento de rotação lateral e abdução vai afrouxando a cápsula anterior do ombro, aumentando o volume articular, com isso a cabeça do úmero começa a sofrer translações maiores, principalmente no sentido anterior e então começa a gerar uma instabilidade se o individuo não tiver mecanismos ativos adequados para poder estabilizar a articulação. o O lábio da glenóide fica intacto, podendo sofrer uma desincerção tardia, principalmente se a instabilidade aumentar. o Trauma de menor intensidade para sofrer o deslocamento do ombro – devido a frouxidão – associada a frouxidão, ocorre a auto redução. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA Incidência global da instabilidade traumática anterior é de 2%, mas em indivíduos que praticam atividades físicas a incidência pode dobrar. A instabilidade anterior representa 95% das instabilidades no ombro (instabilidade posterior 4%, instabilidade inferior 1%). Instabilidade superior é difícil de acontecer, pois existe o arco coracoacromial que impede o deslocamento superior da cabeça do úmero. LESÕES ASSOCIADAS 1. LESÃO DE BANKART o Desincerção do lábio da glenóide o A cabeça do úmero é deslocada anteriormente e força todo o complexo capsulolabral da borda anterior da glenóide. A desincerção do complexo lábio e capsula acontece na região anteroinferior da glenóide. 2. LESÃO DE HILL-SACHS o Principalmente em indivíduos com luxação recidivante. Fratura por impressão/impactação na região póstero superior da cabeça do úmero, ocorre pelo impacto da cabeça do úmero contra a glenóide durante uma luxação anterior do ombro. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA AVALIAÇÃO – Luxação Traumática Aguda Médica o Avaliação no local do trauma – nunca tentar reduzir o deslocamento do ombro na hora, pois não sabe realmente o que aconteceu, o ideal é proteger a articulação e encaminhar para o hospital. o No hospital, o indivíduo costuma chegar com o membro afetado suportado pelo contralateral por conta do desconforto, vai ter bastante resistência em movimentar o membro, vai apresentar uma deformidade chamada de sinal de dragona (quando a cabeça do úmero desloca antero inferiormente, cria-se um vazio deixando a área do acrômio mais saliente). o Antes da redução é importante realizar avaliação neurovascular, principalmente para os nerbos axilar, supra-escapular e torácico longo. o Após a redução, o ombro será imonbilizado e o indivíduo terá que fazer repouso do membro. o Exame Físico: confirmar instabilidade. o Individuo com episódio de trauma no ombro há um tempo e chega referindo que o ombro se desloca em determinadas atividades e chega referindo que o ombro se desloca em determinadas atividades, sente desconforto e tem perda funcional. o TESTES ESPECIAIS 1. Teste De Apreensão: paciente deitado, o fisioterapeuta posiciona o membro superior do paciente em abdução de 90º e faz uma rotação lateral, pode ou não aplicar uma pressão posteroanterior. POSITIVO: o indivíduo relata sensação de deslocamento da articulação do combro e presença de dor, se durante o teste o indivíduo relatar somente dor não é considerado positivo. 2. Teste De Apreensão E Relocação: paciente deitado, o fisioterapeuta posiciona o membro superior do paciente de abdução de 90º e faz uma rotação lateral, pode ou não aplicar uma pressão posteroanterior, quando o paciente começar a relatar sensação de deslocamento da articulação e dor, o fisioterapeuta irá aplicar uma pressão anteroposterior, mobilizando a articulação do ombro e irá verificar se os sintomas do paciente desaparece. POSITIVO: se os sintomas do paciente desaparecerem na relocação. 3. Teste Surpresa (Liberação Anterior): paciente deitado, o fisioterapeuta posiciona o membro superior do paciente em abdução de 90º e faz uma pressão anteroposterior na região do úmero, realiza o movimento de rotação lateral e tira a mão da parte anterior do ombro. POSITIVO: se o paciente relatar sensação de deslocamento da articulação quando o fisioterapeuta retira a mão Se os 3 testes derem positivo a chance do individuo estar com uma instabilidade anterior no ombro é alta. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA TRATAMENTO o Dois fatores importantes: idade do paciente e nível de atividade. o Pacientes jovens – 15 a 25 anos – pacientes submetidos a cirurgia precocemente, pois a taxa derecorrência e perda da funcionalidade é muito alta, indivíduos mais jovens acabam desenvolvendo novos episódios de deslocamento principalmente se for um indivíduo com nível de atividade alto (esportista). o Pacientes com idade entre 25 a 40 anos – pode fazer tratamento conservador, pois com o avançar da idade a taxa de novos episódios de deslocamento é menor. TRATAMENTO CONSERVADOR o Membro imobilizado em rotação medial, utiliza de 3 a 4 semanas. o Após a imobilização, inicia-se a fisioterapia – reestabelece a amplitude de movimento, tomando cuidado para não expor o ombro a instabilidade (combinando movimento de rotação lateral e abdução), fortalecimento da musculatura do ombro, principalmente músculos de manguito rotador e cintura escapular, treinamento neuromuscular. o Entre 8-12 semanas, começa a retornar para a atividade. o Se o tratamento conservador for falho (o paciente começa a ter mais instabilidade) vai para tratamento cirúrgico. TRATAMENTO CIRÚRGICO o Cirurgia feito por vídeo. o Reparar a lesão de Bankart, reinserir o lábio da glenóide. o Imobilizado durante 4 semanas. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA o Frouxidão na capsula anterior e sintomas na parte posterior do ombro. o Estresse repetitivo decorrentes, envolvendo como por exemplo: atividades como arremesso acima da cabeça. o Aumento do volume articular – produz um afrouxamento, lassidão – principalmente na região anterior. o Lábio da glenóide intacto, mas pode ocorrer uma lesão tardia se continuar acontecendo subluxações. o Grau de instabilidade é menor. o A instabilidade adquirida também é conhecida como micro instabilidades. DEFINIÇÃO: microinstabilidade glenoumeral (instabilidade adquirida) é caracterizada pela alteração na artocinemática normal durante os movimentos osteocinemáticos específicos, em decorrência da lassidão adquirida e déficit na estabilização dinâmica. O atleta desenvolve uma frouxidão capsuloligamentar que irá alterar os movimentos entre as superfícies articulares (movimento artrocinemático), essa alteração acontece durante o movimento osteocinemático (movimentos fisiológicos), ocorre principalmente em atletas de arremesso. Essa associação da lassidão adquirida com o déficit de estabilização dinâmica faz com que o indivíduo se torne sintomático. MECANISMO DE LESÃO o Movimento excessivo de abdução e rotação lateral vão tensionar repetidamente a capsula anterior do ombro e isso cria uma lassidão, frouxidão na capsula anterior e essa lassidão vai permitir uma translação excessiva anterior do úmero em relação a glenóide. QUADRO CLÍNICO o A lassidão adquirida evolui para microinstabilidade e pode desencadear lesões, como por exemplo: tendinopatias do manguito rotador, lesões do lábio da glenóide e isso gera sintomas no ombro do indivíduo. LESÃO ASSOCIADA o IMPACTO INTERNO POSTERIOR: combinando o movimento de rotação lateral e abdução e a capsula estiver frouxa, vai permitir que a cabeça do úmero faça uma translação anterior, as estruturas posteriores do manguito rotador vao impactar contra a borda posterior da glenóide e então pode ocorrer um impacto nos tendões do manguito rotador, podendo ocasionar uma tendinopatia (principalmente no tendão do infra-espinhal e supra-espinhal). Individuo sente dor na parte posterior do ombro. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA EXAME FÍSICO o Amplitude de movimento – goniometria – fazer o monitoramento do movimento da escapula, pois pode compensar com a escapula e aumentar a ADM de rotação medial – principalmente rotação lateral e medial. OBS: Alguns pacientes por conta da lassidão tem um aumento da ADM de rotação lateral e uma diminuição da ADM de rotação medial. o GIRD (déficit de rotação medial) – diminui, pois os rotadores laterais do ombro sofrem uma carga muito grande na hora do arremesso, pois realizam uma contração excêntrica para desacelerar o movimento e essa carga excêntrica dos rotadores laterais acaba gerando microlesões na parte tendinosa e muscular dos rotadores laterais e isso causa uma fibrose e perda de flexibilidade dos rotadores mediais. o Força muscular – principalmente do manguito rotador e dos rotadores laterais e mediais. a. Comparar a força do membro dominante de arremesso e do membro não dominante, geralmente o membro dominante é mais forte. b. Avaliar a relação de força entre os rotadores laterais e mediais – rotadores laterais do ombro precisam ter perlo menos 66% da força dos rotadores mediais, se a força dos rotadores laterais for inferior a 66% isso mostra um desequilíbrio, mostra que os rotadores laterais apresentam uma fraqueza. OBS: Os rotadores laterais precisam ser fortes, pois quando tem o movimento de arremesso (abdução e rotação lateral excessiva) o rotador lateral puxa a cabeça do úmero para a glenóide, evitando que ocorra o deslocamento anterior excessivo. TESTES 1. SINAL DO IMPACTO POSTERIOR: paciente em decúbito dorsal, ombro em abdução de 90º - 110 º e extensão de 10º, força o máximo que conseguir a rotação lateral – se o individuo tiver microinstabilidade e impacto posterior, quando combinar os movimentos de abdução e rotação lateral, a cabeça do úmero vai deslocar anteriormente e ocorre o pinçamento das estruturas posteriores. POSITIVO: paciente relata dor em região posterior do ombro. o Pode fazer a relocação após o teste do Sinal do Impacto Posterior e isso faz os sintomas desaparecerem – mantem a mobilização e continua fazendo o movimento, tira a mão da parte anterior do ombro, se o individuo tiver a microinstabilidade, o individuo volta a sentir os sintomas. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA TRATAMENTO o Tratamento conservador SEMPRE. o Reestabelecer ADM – principalmente de rotador medial. o Melhorar força muscular – principalmente manguito rotador e rotadores laterais. o Melhorar a resistência local a fadiga – para manter estabilização do ombro o Aprimorar o controle muscular. o Alongamento de rotadores laterais – sleeper test e cross body – ambos em decúbito lateral. O sleeper test inclina o tronco um pouco para tras e o cross body em decúbito lateral para estabilizar a escapila durante o alongamento. o Exercícios ativos resistidos – melhorar a força dos rotadores laterais em relação aos rotadores mediais (em atletas tem que ser 76% da força dos rotadores mediais). o Avaliação funcional (ADM, função) – parte fundamental do processo de tratamento. o Tratamento com foco no fortalecimento do manguito rotador e treinamento sensóriomotor. OBSERVAÇÕES o Impacto posterior do ombro está relacionado, na maioria das vezes a microinstabilidade glenoumeral. o Afeta atletas de arremesso. DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA DESPORTIVA
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