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1 Profº Dr. Enfermeiro Rubens Narcizo 2 PRINCIPIOS ANATOMICOS E FISIOLOGICOS INTRODUÇÃO Fisiologia é um ramo da Biologia que estuda os processos, atividades e fenômenos característicos dos seres vivos. Observa o funcionamento e os mecanismos que os regulam e regem. A fisiologia humana baseia-se na anatomia para explicar a estrutura de nosso corpo. PLANOS ANATÔMICOS Planos seccionais: ⚫ Plano Sagital Mediano: É uma linha imaginária que passa longitudinalmente através do corpo e o divide em lado direito e lado esquerdo; ⚫ Plano Frontal ou Coronal: É todo Plano que intercepta o plano sagital mediano em ângulo reto e divide o corpo em metades anterior e posterior; ⚫ Plano Transversal ou Horizontal: Plano que divide o corpo em metade superior e metade inferior; Planos tangenciais. ⚫ Plano cranial (superior); ⚫ Plano caudal (inferior); ⚫ Plano ventral (anterior); ⚫ Plano dorsal (posterior); ⚫ Plano lateral (direito e esquerdo). 3 PLANOS ANATÔMICOS Principais Termos ⚫ Medial: Mais próximo a linha mediana; ⚫ Lateral: Mais afastado da linha mediana; ⚫ Homolateral ou contralateral: mesmo lado; ⚫ Superficial e profundo. Ex: Um ferimento do tórax medial ao mamilo está localizado entre o mamilo e a linha média anterior e um ferimento lateral ao mamilo está localizado entre o mamilo e a linha axilar. ⚫ O termo proximal significa mais próximo da raiz do membro ou origem do órgão e distal mais afastado. Ex: No membro superior, o cotovelo é proximal em relação ao punho e o punho é distal em relação ao cotovelo; ⚫ Superior significa mais próximo da extremidade superior e inferior mais próximo da extremidade inferior. Assim, temos o lábio superior e o inferior; a pálpebra superior e a inferior; DIVISÃO DO CORPO HUMANO http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjm96H9-c7ZAhXCslkKHcUvD3YQjRx6BAgAEAY&url=http%3A%2F%2Fwww.minutoms.com.br%2Ftres-lagoas%2Fjovem-sofre-traumatismo-craniano-apos-acidente-grave-entre-moto-e-caminhonete-em-tres-lagoas&psig=AOvVaw3q7uoEhq-nKPlGV9UbKmwd&ust=1520124856472922 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwje1qeu-s7ZAhUiwFkKHbl7AfgQjRx6BAgAEAY&url=http%3A%2F%2Fclubemontanhismodebraga.blogspot.com%2F2013%2F02%2Fsocorro-em-montanha-11-parte.html&psig=AOvVaw3q7uoEhq-nKPlGV9UbKmwd&ust=1520124856472922 4 DIVISÃO DO CORPO HUMANO ⚫ O tronco é dividido em: - pescoço, - tórax, - abdome - pelve. ⚫ O pescoço é suportado pela coluna cervical que abriga no seu interior a porção cervical da medula espinhal. ⚫ O tórax contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes vasos sangüíneos que chegam ou saem do coração. ⚫ O abdome contém basicamente órgãos do aparelho digestivo e urinário. Possui, no seu interior, grandes vasos que irrigam as vísceras abdominais e os membros inferiores. SISTEMA ÓSSEO O esqueleto humano é composto de 206 ossos. Os ossos estão unidos formando uma estrutura que além de manter a forma corporal permite a sua movimentação. ⚫ O esqueleto fornece proteção aos órgãos internos do organismo: ● O encéfalo situa-se dentro do crânio. ● Os pulmões, o coração e grandes vasos dentro do tórax. ● A medula espinhal aloja-se no interior da coluna vertebral. ⚫ Os ossos crescem durante a infância e a adolescência; ⚫ Na fase adulta adquirem sua rigidez final; ⚫ Com o envelhecimento tornam-se frágeis; Classificação dos Ossos ⚫ Ossos Longos: Comprimento maior que a largura e a espessura. Exemplos: fêmur, rádio, ulna e falanges. ⚫ Ossos Curtos: Comprimento, largura e espessura aproximadamente iguais: Exemplo: ossos do carpo. ⚫ Comprimento e largura se equivalem e predominam sobre a espessura. Exemplos: escápula. ⚫ Ossos Irregulares: Exemplos: ossos da base do crânio. 5 SISTEMA ÓSSEO Tronco A coluna Vertebral é o eixo principal de sustentação do corpo humano. É composto de 33 ossos chamados de vértebras. Está dividida em cinco regiões: Cervical, torácica, lombar sacral e coccígea. Dividida em 5 regiões: • Cervical (7) • Torácica (12) • Lombar (5) • Sacro (5) • Cóccix (4) • As vértebras mais freqüentemente afetadas: C5, C6, C7, T12 e L1. • 20% das quedas de uma altura > 4,5m envolvem fraturas associada a coluna lombar. 6 7 ⚫ A porção proximal dos membros inferiores é chamada de cintura pélvica (quadril ou pelve óssea). O quadril é formado pela junção dos ossos ilíacos, Ísquios e púbicos. ⚫ É uma estrutura rígida e estável protegida por ligamentos fortes; para ser fraturado requer traumatismo de grande energia. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwis79Hr_c7ZAhVmuVkKHWOvDDcQjRx6BAgAEAY&url=http%3A%2F%2Fwww.vertebralrs.com.br%2Fmonta.asp%3Flink%3Ddoencas%26qual%3D20&psig=AOvVaw0E_VqS0A6IVyiHEq8Cjw5V&ust=1520126277824225 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi739GY_s7ZAhUSwlkKHamWDVwQjRx6BAgAEAY&url=https%3A%2F%2Fwww.pinterest.com%2Fchristianeleite%2Fimagens-de-traumas%2F&psig=AOvVaw0E_VqS0A6IVyiHEq8Cjw5V&ust=1520126277824225 8 9 Articulação ⚫ É o conjunto de partes moles e duras que servem como meio de união entre dois ou mais ossos próximos. ⚫ As articulações podem ser classificadas quando a dinâmica, em três classes: móveis, semimóveis e imóveis. Principais Articulações ⚫ Coluna Vertebral; ⚫ Ombro; ⚫ Cotovelo; ⚫ Punho; ⚫ Quadril; ⚫ Joelho; Tornozelo; Principais Movimentos Articulares ⚫ Flexão e Extensão; ⚫ Adução e Abdução; ⚫ Rotação; ⚫ Eversão (movimento giratório dos pés para fora); 10 ⚫ Inversão (movimento para dentro); ⚫ Retração e Protração (movimento para trás e para frente da mandíbula). ⚫ Circundação: movimento giratório do ombro. 11 MEMBROS SS e II ⚫ MMSS: úmero, ulna, radio, metacarpos e falange. ⚫ MMII: fêmur, tíbia, fíbula, metatarso e falange ⚫ Os membros (superiores e inferiores), estão entre as mais freqüentes fraturas e possuem risco de vida se envolverem vasos sangüíneos calibrosos. 12 13 SISTEMA RESPIRATÓRIO É composto por: ⚫ Vias Respiratórias Superiores (Cavidade Oral e Nasal, Laringe, Faringe, Conchas nasais...); ⚫ Principal Finalidade: Aquecer, Filtrar e Umidificar o ar inalado; Além de enviar o ar para a via respiratória inferior. ⚫ Vias Respiratórias Inferiores ( Iniciam na Traquéia e se dividem em brônquios principais esquerdo e direito. https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjUhfH-hs_ZAhWxuVkKHX6WDH0QjRx6BAgAEAY&url=https%3A%2F%2Fgriddownmed.com%2F2015%2F02%2F05%2Fthe-rapid-trauma-assessment-part-ii%2Famp%2F&psig=AOvVaw11Yjx35O0qQZrQhJKRYqtk&ust=1520128408535080 14 O Pulmão esquerdo possui três lobos (superior, médio e inferior) e o direito apenas dois (superior e inferior). ⚫ A epiglote é uma dobra de tecido que fecha a entrada da laringe quando ocorre a deglutição. ⚫ A caixa torácica posterior é formada pela coluna vertebral e por 12 pares de costelas; são responsáveis pela sustentação e proteção permitindo a expansão e contração dos pulmões. 15 ⚫ O Manúbrio, o corpo do esterno, o apêndice xifóide e as costelas formam a caixa torácica anterior. ⚫ As costelas e as vértebras são numeradas de cima para baixo, sendo que os dois últimos pares de costelas são chamados de flutuantes por não se ligarem à caixa torácica anterior. ⚫ Considerações Especiais ⚫ Adultos em geralmente 12 a 20 RPM em repouso e crianças cerca de 40 RPM; ⚫ Homens , crianças e bebês costumam usar a respiração abdominal ou diafragmática;por outro lado a maioria das mulheres usa a respiração torácica ou intercostal. SISTEMA CIRCULATÓRIO O Coração é a bomba que promove a circulação do sangue através dos vasos sangüíneos. É um órgão oco, composto de um tipo especial de músculo involuntário, o músculo estriado cardíaco, é do tamanho aproximado de um punho fechado. Localiza-se no tórax logo atrás do esterno e acima do diafragma. O aparelho cardiovascular é o responsável pela circulação do sangue através de todo o organismo. Seus componentes são o sangue, o coração e os vasos sangüíneos. O sangue circula através de dois circuitos paralelos: a circulação pulmonar e a circulação sistêmica. 16 O coração bombeia em média 5 litros de sangue por minuto quando em repouso. O volume de sangue bombeado por cada lado do coração em um minuto é chamado de débito cardíaco. Cada lado apresenta uma câmara superior chamada de átrio e uma câmara inferior chamada de ventrículo. Os átrios possuem a função de coletar o sangue e passar aos ventrículos que são bem mais musculosos e tem a função de bombear o sangue para as circulações sistêmica e pulmonar. 17 O volume de sangue circulante corresponde de 7 a 8% do peso corporal. Assim um indivíduo de 70 kg apresenta em média de 4,9 a 5,6 litros de sangue. A contração dos ventrículos é chamada de sístole (contração) e o seu relaxamento de diástole (relaxamento). A freqüência com que o coração contrai é denominada de freqüência cardíaca. No adulto em repouso varia de 60 a 100 batimentos por minuto. Vasos Sanguíneos são as artérias, arteríolas, capilares, veias e vênulas. 18 Principais Artérias SISTEMA CIRCULATÓRIO A pressão no interior das veias é bastante inferior à pressão arterial, por isso enquanto o sangramento arterial se faz em jatos o venoso se faz por derramamento. Principais Veias 19 Os valores normais se situam entre é 60 e 90 mm/Hg para a pressão diastólica 100 e 140 mm/Hg para a pressão sistólica. A variação da pressão dentro das artérias durante o ciclo cardíaco produz uma onda de pressão que pode ser sentida como um impulso à palpação a que chamamos de pulso. Os melhores locais do corpo para se palpar os pulsos são: Pulso carotídeo no pescoço, femoral na raiz da coxa, radial no punho, braquial no braço, axilar na axila e pedioso no dorso do pé. SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso se distribui por todos tecidos do organismo humano. É responsável pela regulação e integração da função dos órgãos, pela captação de estímulos do meio-ambiente e é sede de todas atividades mentais e comportamentais humanas. Anatomicamente: é dividido em duas partes: o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. Funcionalmente: é dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo O sistema nervoso somático regula as atividades sobre as quais há controle voluntário comer, beber, correr... O sistema nervoso autônomo regula as atividades involuntárias essenciais ao funcionamento do organismo como a respiração, digestão, vasodilatação e vasoconstrição, entre muitas outras. Os neurônios são células especializadas que apresentam uma baixa ou nula capacidade de regeneração e reprodução no indivíduo adulto. O sistema nervoso central é o centro da consciência, responsável por todas nossas atividades corporais voluntárias, pela percepção e pela inteligência. 20 É composto de três partes principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. O tronco encefálico é a porção inferior do encéfalo que se comunica com a medula espinhal; A Medula Espinhal é um cilindro achatado que desce pelo interior da coluna vertebral. O sistema nervoso periférico é composto de 31 pares de nervos que saem da medula espinhal (nervos raquidianos) e 12 pares de nervos que saem do crânio (nervos cranianos). 21 Dividi-se em simpático e o parassimpático. - O simpático é responsável pela constrição vascular, aumento da freqüência cardíaca e dilatação pupilar, entre muitas outras funções. - O parassimpático, por sua vez, é responsável pela vasodilatação, diminuição da freqüência cardíaca e contração pupilar. SISTEMA DIGESTIVO 22 ABDOME A fim de facilitar a descrição da localização das lesões e sintomas abdominais o abdome é dividido em algumas regiões usando para isto referências anatômicas. 23 Região Lesada Órgãos Possivelmente Atingidos Quadrante superior direito Fígado, vesícula biliar, pâncreas, estômago, duodeno, cólon direito, diafragma, rim direito e veia cava inferior. Quadrante superior esquerdo Baço, estômago, cauda do pâncreas, cólon esquerdo, rim esquerdo e diafragma. Quadrante inferior direito Intestino delgado, cólon direito, vasos ilíacos. Quadrante inferior esquerdo Intestino delgado, cólon esquerdo, reto, vasos ilíacos. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjS4o_yis_ZAhXNjVkKHYcwBrQQjRx6BAgAEAY&url=http%3A%2F%2Fmedicinafontes.blogspot.com%2F2014%2F03%2Ftrauma-abdominal-fechado.html&psig=AOvVaw1Awuvl_VnmyOaRRcY8gbvO&ust=1520129677054426 24 SISTEMA TEGUMENTAR A pele é constituída de duas camadas principais – a epiderme e a derme. Cada uma delas é composta de tipos de tecidos diferente e tem funções distintas A EPIDERME Camada mais externa da pele, e fina e avascular; costuma regenerar-se em 4 a 6 semanas. Suas funções básicas são manter a integridade da pele e atuar como barreira física. A função da derme: É oferecer resistência, suporte, sangue e oxigênio à pele. TECIDO SUBCUTÂNEO É composto pelos tecidos adiposo e conjuntivo, além de grandes vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. A espessura da epiderme, da derme e subcutâneo variam entre diferentes pessoas e partes do corpo. 25 As seis funções da pele são: 1. Proteção: a pele atua como barreira física contra microrganismos e outras substâncias estranhas, protegendo contra infecções e perda excessiva de líquidos. 2. Sensibilidade: as terminações nervosas da pele permitem que a pessoa sinta dor, pressão, calor e frio. 3 . Termorregulação: a pele ajuda a regular a temperatura corporal mediante vasoconstrição, vasodilatação e sudorese. 4. Excreção: a pele ajuda na termorregulação, mediante a excreção de resíduos, como eletrólitos e água. 5 . Metabolismo :a síntese de vitamina D na pele exposta à luz solar, por exemplo, ativa o metabolismo de cálcio e fosfato, minerais que desempenham um papel importante na formação óssea. 6. Imagem Corporal: a pele detalha a nossa aparência, identificando de modo único cada indivíduo. 26 27 SISTEMA CIRCULATÓRIO 28 29 O sangue circula por todo o corpo em tubos chamados vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares ). órgão principal do sistema circulatório que funciona como uma bomba, impulsiona e empurra o sangue mantendo-o sempre em movimento. No adulto o coração “bate” cerca de 70 vezes por minuto. São as passagens sucessiva do sangue para as artérias que nos dão a sensação de que o coração está a “bater”. O sistema circulatório é formado pelo coração(que é o órgão principal) e pelos vasos sanguíneos. É o 30 A CIRCULAÇÃO Ao trajecto ou seja à viagem do sangue por todas as partes do corpo dá-se o nome de O sangue carregado de oxigénio sai do coração por uma artéria e percorre todas as partes do corpo, deixando o oxigénio e recebendo dióxido de carbono. Depois desta troca gasosa, o sangue regressa ao coração pelas carregado de dióxido de carbono. Este sangue que entrou impuro no coração, tem de ir aos pulmões purificar-se. Assim sai do coraçãopela artéria pulmonar e chega aos pulmões. Aqui liberta o dióxido de carbono, que será expulso do organismo, e recebe oxigénio. 31 O sangue purificado regressa ao pela veia pulmonar, para ser novamente impulsionado, pela artéria aorta, para todas as partes do corpo. Choque • Definição: • ¨circulação inadequada do sangue, resultando em hipoxia¨ Hipoxia Disfunção Falência + celular orgânica Má perfusão • A hemorragia é a causa mais comum de choque no politraumatizado. • FUNDAMENTAL • Identificar o estado de choque • Determinar sua origem • Avaliação cirúrgica precoce • CHOQUE HEMORRAGICO esta entre as maiores causas de morte após trauma. • Agudamente: perda sanguínea maciça • Tardiamente: sepse e/ou falência orgânica múltipla • Portanto quanto maior a duração, maiores serão os danos decorrentes da isquemia tecidual. • TIPOS DE CHOQUE: • Choque neurogênico • Choque séptico • Choque cardiogênico 32 • Choque hipovolêmico Sinais associados aos diversos tipos de choque Sinais Psicogê nico Neurogê nico Séptic o Hipovolê mico Temper atura da pele fria, úmida quente, seca fria, pegajo sa fria, pegajosa Coloraç ão da pele pálida rosada pálida, rendilh ado pálida,cia nótica Pressão arterial diminuí da diminuí da diminu ída diminuída Nível de consciê ncia alterado mantido alterad o alterado Enchim ento capilar retardad o normal retarda do retardado 33 Tolerância dos órgãos à isquemia Órgão Tempo de Isquemia Quente Coração, cérebro, pulmões 4-6 min Rins, fígado, trato gastrointestinal 45-90 min Músculo, osso, pele 4-6 horas Choque 34 • hemorragias são classificadas em 4 classes Hemorragia Classe I • Volume (em porcentagem) = até 15%. Volume (pessoa com 70 kg, em ml)= até 4 mililitros. Sinais e sintomas: mínimos. Ocorre apenas um leve aumento da freqüência cardíaca. Exemplos: uma mulher pode apresentar uma hemorragia uterina, pouco freqüente e muito perigosa, que é semelhante a uma menstruação comum e dura pouco tempo. Hemorragia Classe II • Volume (em porcentagem) = 15 a 30%. • Volume (pessoa com 70 kg, em ml) = de 750 a 1.500 ml. • Sinais e sintomas: Taquicardia (freqüência cardíaca acima de 100), taquipneia (respiração rápida) e diminuição da pressão do pulso (pulso fino) e leve diminuição da diurese. • Reposição: Em geral a reposição com cristalóides resolve, mas alguns poucos casos podem necessitar de sangue Hemorragia Classe III • Volume (em porcentagem) = 30 a 40%. • Volume (pessoa com 70 kg, em ml)= de 1500 a 2000 ml. • Sinais e sintomas: Além dos sintomas da hemorragia classe II, apresenta sinais clássicos de hipoperfusão. Existe diminuição do nível de consciência, palidez e sudorese fria. • Reposição: É provável necessário transfusões. Hemorragia Classe IV • Volume ( em porcentagem) = mais de 40%. • Volume (pessoa com 70 kg, em ml)= mais de 2000 ml. • Sinais e sintomas : o paciente fica sem sangue. Apresenta taquicardia extrema, marcada queda da pressão sistólica e dificuldade para perceber a pulsação. Há perda total da consciência. • Reposição: estes pacientes sempre requerem, além dos cristalóides, transfusões sanguíneas e cirurgia urgente para sobreviver. 35 HEMOSTASIA – Controle de Hemorragia 36 HEMORRAGIA NASAL 37 TIPOS SANGUÍNEOS • O tipo sanguíneo de um indivíduo é determinado por uma proteína presente nos glóbulos vermelhos chamada de aglutinogênio. TIPOS SANGUÍNEOS • Um indivíduo do grupo: AB O A B = possui o aglutinogênio “B” nos glóbulos vermelhos. A B O A B = não possui aglutinogênio nos glóbulos vermelhos. = possui o aglutinogênio “A” nos glóbulos vermelhos. = possui os aglutinogênios “A” e “B” nos glóbulos vermelhos. 38 • No plasma existe uma proteína chamada de anticorpo. Um indivíduo do grupo “A” tem o anticorpo “anti-B”; o indivíduo “B” tem o anticorpo “anti-A”; o “AB” não possui anticorpos e o indivíduo “O” possui os anticorpos “anti-A” e “anti-B”. Grupo Sangüíneo Aglutinogênio (glóbulos vermelhos) Anticorpo (no plasma) A A anti-B B B anti-A AB A e B ------ O ------ anti-A e anti-B TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS 39 - Um indivíduo do grupo: Atendimento de segurança no atendimento de primeiro socorros. Atendimento a Vítima • Atendimento de 3 S • Cena – Tem inicio com o deslocamento da ambulância com as informações repassadas a equipe. Como o tipo de ocorrência, condições gerais da cena, situação das vítimas. • Ao chegar ao local da ocorrência, o socorrista inicia o processo de observação e a coleta de dados com pessoas que presenciaram o acidente, interpretar a cinemática do acidente. • Segurança – antes de iniciar o atendimento, a equipe de socorrista deve garantir sua própria segurança durante o atendimento. • Uso de Epis, realizar a sinalização do local. • Os riscos do local podem ser explosão, eletricidade, afogamento, desmoronamento, atropelamentos, entres outros acidente no local. 40 Pode ser necessário chamar outras equipes como: • 192 – SAMU • 193 – BOMBEIRO • 190 – POLÍCIA MILITAR • 195 – SABESP • 196 – ELETROPAULO • 199 – DEFESA CIVIL • 0800 11 8270 – ABIQUIM / PRÓ QUÍMICA • 56117254 – CETESB Situação • Após ter sido realizado as 2 etapas anterior, CENA , SEGURANÇA, realizar a triagem da vítima, para avaliar se faz necessário outras equipes no local. • Temos também realizar: • Uso do 3 C ➢ Comando ➢ Controle Comunicação Uso do 3 T Triagem Tratamento transporte 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 Avaliação inicial da vítima prioridades no atendimento Atendimento Pré-Hospitalar • Observação da ( s ) vitimai (s) • O momento mais importante e delicado num resgate é a observação geral das condições físicas em que se encontra (m) o(s) acidentados. • Em caso mais de uma vítima, procura-se socorrer inicialmente aquela que se encontrar em piores condições. • É uma decisão difícil, mas que precisa ser tomada; já que, pelo menos em tese, a pessoa em pior condição é a que corre maior risco de vida. • Em determinados casos, esta diferenciação é simples e óbvias. • Em outras situações, é grande a dificuldade . • Esta decisão deverá ser fria e calculista e, por esta razão, deverá estar desprovida de sentimento de ordem pessoal, preconceitos. • O bom senso é uma arma poderosa nestes momentos, em que se age sob forte pressão emocional, podendo-se até chegar ao estresse físico e mental. • A criança possui, por amparo legal, prioridade de atendimento em situações de emergência. A Constituição Federal de 1988 assim determinou, de forma clara em seu artigo 227, do capítulo V I I , da família, da criança, do adolescente e do idoso. 51 Exames iniciais • O exames iniciais consiste numa análise das condições clínicas gerais do acidentado. • Este exame possui seis passos fundamentais: • Uso de barreiras de proteção, anamnese, o momento de crise, a situação das vias aéreas, as condições da coluna cervical e as condições circulatórias. 52 Barreira de proteção • É importante que se usem barreirade proteção, tais como luvas descartáveis de procedimento, óculos apropriados e máscara facial descartáveis, assim dessa forma o socorrista estará zelando por sua segurança Anamnese • Inicia-se com um breve questionamento, a fim de se levantar a origem do problemas: a forma como ocorreu o acidente, se está sentindo dores ou outros sintomas, se é alérgico a algum tipo de medicamento, se está tomando medicamento com frequência e se possui algum problema clínico anterior ao acidente. • Por meio de tentativa de proceder à anamnese, o socorrista estará automaticamente verificando o nível de consciência da vítima. Momento de crise • 1- pedir ajuda e acionar as equipes de resgate e salvamento e apoio pelo telefone: • 190 Policia Militar • 192 SAMU • 193 Bombeiro • 2 – proceder de forma racional, pondo sempre a razão a frente da emoção • 3 – agir na forma da lei, irredutivelmente • 4 – fazer prevalecer o bom senso • 5 – não se esquecer de que os riscos devem ser calculados • 6 – agir dentro dos seus limites físicos e mentais • 7 – relacionar testemunhas que presenciaram o fatos ou estejam presente no momento do atendimento • 8 – lembrar que você, como todo ser humano, é sujeito a falhas, mas também é capaz de ajudar um semelhante 53 PCR no atendimento pré-hospitalar DINÂMICA DE EQUIPE PARA UMA RESSUSCITAÇÃO EFICAZ Funções do líder da equipe Coordenar as funções Designar as funções a cada colaborador Atuar diretamente no atendimento Checar se cada função designada esta sendo cumprida de forma eficaz Manter a equipe unida e preparada 54 REGRAS DE COMANDO Para que o atendimento funcione de forma adequada deve ser implantado 3 regras básicas Controle: Manter-se calmo para entender e estudar o que fazer. Comando: Comandar e designar funções para pessoas que ali estão. Comunicação: Proporcionar a comunicação de forma direta e gentil entre a equipe Funções do enfermeiro do plantão. Cadeia de sobrevivência Ajuda adulto e adolescentes Pede ajuda e depois inicia compressões Fazer uso do DEA assim que disponível Ajuda a crianças Colapso presenciado ( segue etapa de adultos ) Colapso não presenciado ( 2 minutos de RCP) Após 2 minutos deixe a vitima e peça ajuda 55 Funções especificas Compressão Até ventilação compressão continua Após, ventilação básica 30 x 2 Adulto Via aérea avançada, compressão permanente Ventilação a cada 6 segundos. Deve ser usado AMBU a 4 mãos Para compressão. 56 MASCARA LARÍNGEA Funções especificas Ventilação Introduzir Guedel Vedar a mascara AMBU Auxiliar nas vias aéreas avançadas CANULA DE GUEDEL 57 Funções especificas Médico Vias aéreas avançadas Coordenar as drogas usadas Tratar os 5 hs e 5 ts ( para crianças 6 Hs) Desfibrilar quando necessário Identificar com precisão os traçados do monitor PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA A parada cardiorrespiratória ou PCR é a interrupção da circulação sanguinea que ocorre em consequência da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes. Após uma PCR o indivíduo perde a consciencia em cerca de 10 a 15 segundos devido à parada de circulação sanguínea cerebral. 58 Tempo da PCR Sem RCP inicial 10 % por minuto Com RCP inicial 03 % por minuto Após 3 minutos inicio de morte cerebral, após 5 minutos parada da fibrilação. ATENDIMENTO INICIAL A VITIMA EM PCR C Verificação de pulso Não ultrapassar 10 segundos Iniciar com compressões C – A - B 59 ATENDIMENTO INICIAL A VITIMA EM PCR A Liberação de vias aéreas Aspirar se necessário Retirar próteses e restos de alimentos B Ventilação Expandir o tórax 30 x 2 para BLS 15 X 2 Pediátrico De 6 a 8 segundos para avançada Não ultrapassar de 1 segundo a ventilação Monitor cardíaco Ritmos AESP Presença de um ritmo no monitor cardíaco, mas não é capaz de gerar um batimento cardíaco eficaz (pulso). Quando o DEA não indica choque, o cliente encontra-se em AESP ou ASSISTOLIA. Tratamento: RCP http://4.bp.blogspot.com/-1LkFXEUaUnw/TdJ0kiwobgI/AAAAAAAAAD8/-QCoqSsvWdU/s1600/imagesf.jpg 60 Ritmos TV taquicardia ventricular São batimentos cardíacos tão rápidos que o coração não tem tempo para preencher as camarás cardíacas, pode chegar a bater 230 vezes por minuto, o sangue não é ejetado, sendo assim o cliente não apresenta pulso por não estar circulando o sangue , esta arritmia cardíaca pode ser revertida com choque nos primeiros 3 a 5 minutos. 61 Ritmos FV fibrilação ventricular Fibrilação ventricular é um distúrbio causado na distribuição dos estímulos elétricos imitidos pelo coração, ao invés do estímulo iniciar no nó sinusal os mesmos iniciam por todo o coração Tratamento : choque Localização das pás ATENÇÃO: o paciente deve ser colocado em superfícies não condutoras. Não utilize superfícies molhadas ou metálicas e, se necessário, seque seu peito antes da aplicação do choque. ATENÇÃO: não toque no paciente, no equipamento, nos acessórios ou em qualquer superfície metálica ou condutiva que esteja em contato com o paciente durante a desfibrilação. 62 Joule é a unidade d energia e trabalho, e definimos como 1 kg.m²/s² = 1 N.m = 1 W.s Um joule é o trabalho necessário p/ exercer a força d 1 Newton na distância d 1 metro. Essa mesma qte poderia ser dita como 1 Newton metro, mas p/ evitar confusão, o newton metro é normalmente usado como unidade d medida d torque, não energia. Um joule é tb o trabalho feito p/ produzir energia d 1 watt/segundo Choque em pediatria Inicio de 2J/Kg aumentando gradativamente Máximo permitido 10J/Kg OBS: de preferencia com pá atenuada Protocolo de choque Ritmos chocáveis FV - Fibrilação Ventricular TV - Taquicardia Ventricular Após o choque o coração fica sem ritmo, leva alguns minutos para se organizar, devido a isso é necessário imediatamente a compressão torácica Compressão torácica 63 Compressão torácica De 5 a 6 centímetros de profundidade A partir de 100 sendo no máximo 120 compressões Retorno total do tórax Troca a cada 5 ciclos ou 2 minutos Débito cardíaco Protocolo de atendimento INICIE RCP FORNEÇA O2 APLIQUE O MONITOR/ DESFIBRILADOR 64 5 motivos de PCR Hs TRÍADE DE BECK Hipofonese (Redução da sonoridade vocal ou dos ruídos cardíacos, revelada à ausculta.) Hipotensão arterial Estase de jugular 65 Drogas de PCR ADRENALINA Estimula o coração (aumenta os batimentos cardíacos), estimula a vasoconstrição, eleva a pressão arterial, libera a glicose armazenada no fígado, relaxa alguns músculos involuntários ao mesmo momento que contrai alguns outros. Dose adulto 1 mg/ml Dose pediátrica 0,01mg/Kg ( 0,1 ml )IO/IV A cada 3 ou 5 minutos AMIODARONA Prolonga o intervalo do QRS no eletrocardiograma , prolongando o potencial de ação . Diminui a frequência cardíaca . Aumenta a irrigação pelos vasos sanguíneos coronários . Dose adulto ataque 300 mg segunda dose 150 mg Dose pediátrica 5mg/Kg IV/IO dose máxima 300 mg Naloxona A Naloxona é uma droga antagonista de opioides, criada pela farmacêutica Sankyo nos anos 60. É comercializado sob várias marcas como Narcan, Nalone e Narcanti. Dose adulto 2 mg via nasal ou 0,4 mg IM Lidocaina É útil na fibrilação ventricular e na taquicardia ventricular sem pulso, uma vez que aumenta o limiar de estimulação ventricular. Pode alterar o sistema nervoso, pode substituiro amiodarona na falta do mesmo. Dose adulto (Dose de ataque: 1 mg por kg de peso (numa velocidade de 25 a 50 mg por minuto); se necessário, repetir a dose após 5 minutos. Geralmente, instala-se uma infusão intravenosa para manter os efeitos.) Dose pediatrica 1mg/Kg IO/IV https://pt.wikipedia.org/wiki/Opioide https://pt.wikipedia.org/wiki/Daiichi_Sankyo 66 BICARBONATO DE SÓDIO Se a parada não passou de 3 minutos, o bicarbonato deve ser evitado, a menos que exista acidose prévia, pois sua administração excessiva é danosa para o paciente do que o seu não uso, devido ao risco de ocorrência de alcalose. Adulto - 1 mEq/kg inicialmente, repetindo a intervalos de 10 minutos. Criança - A dose preconizada é de 1 mg/kg/dose ou 1 ml/kg do bicarbonato de sódio a 8,4% ou 3 ml/kg da solução a 3%. Para os recém-nascidos, recomenda-se a dose de 0,5 mg/kg/dose. Não usar esta droga na presença da Epinefrina ou outra droga por motivo que ela é antagonista, REMOÇÃO DA VÍTIMA EM PCR Após a organização dos procedimentos os socorrista tem 10 segundos para verificação de pulso, durante este tempo deve ser realizado a imobilização e pranchamento da vítima, aproveitando os dez segundos para não reduzir o aporte sanguíneo e oxigenação cerebral, por exemplo no primeiro tempo realiza a colocação de colar cervical, no segundo o rolamento e o posicionamento na prancha e retorna ao RCP, no terceiro tempo passagem de tirantes de corpo e fixação de cabeça, quarto tempo transporte da vítima para a viatura de resgate. FERIMENTOS Atendimento de primeiros socorros. • Conceitos • É a perda da integridade tecidual, produzindo lesão externa e /ou interna. O ferimento pode ocorrer em qualquer situação onde a vítima sofra agressões ou acidentes, de diversas formas e em diferentes locais • Tipos de ferimentos • Fechado: causado por impacto ou compressão, mas não provoca lesão da pele; • Aberto: ocorre rompimento da integridade da pele, como em ferimento corto contuso, 67 Classificação • Fechados : Edema; • Hematoma; • Equimose. • Abertos : Feridas incisivas / cortantes; • Feridas contusas; Feridas perfurantes Classificação(2) • Abertos : Feridas penetrantes; • Feridas transfixantes; • Escoriações ou abrasões; • Avulsão ou amputação; • Lacerações. Ferimentos Fechados(1) • Contusões : pode haver ou não lesão grave • de órgão internos 68 Hematoma • É o extravasamento interno de sangue • entre os tecidos ( subcutâneo, músculos e • órgãos). Equimose • É o extravasamento interno de sangue e • o local pode ficar com coloração azulada. 69 Edema • É o inchaço ocasionado pelo • extravasamento de líquido entre as células. • No trauma, surge de 1 a 3 minutos após o • impacto 70 Ferimentos Abertos • Lacerações • É decorrente de pressão ou tração • exercida sobre o tecido, causando lesões • irregulares; • Ex: mordidas de animais; • Apresentam dor e • hemorragia Escoriações e Abrasões • É o ferimento produzido pelo atrito de • uma superfície áspera e dura contra a • pele; • Pequena quantidade de sangramento; • Pode conter partículas de • corpo estranho, graxa,terra. 71 Feridas Incisivas / Cortantes • É o ferimento produzido pela ação de • deslizamento de agentes cortantes, afiados, • capazes de penetrar na pele • (bisturi,facas,estiletes); • Produz ferida linear com • bordas regulares e pouco • traumatizadas, • O sangramento depende da estrutura do vaso lesado. • Procedimentos em Suporte Básico • Pesquisar o mecanismo da lesão; • Expor o ferimento; • Na presença de sangramento, proceder • às manobras de controle de sangramento; • Retirar corpos estranhos grosseiros e que • estejam soltos • Procedimentos em Suporte Básico • Fazer curativo nos ferimentos; • Comunicar a Central de Regulação • Médica e solicitar apoio / orientação. Ferimentos em Cabeça-Face-Nariz-Boca Procedimentos • Controlar sangramento no couro cabeludo, • aplicando curativo compressivo: compressão 72 • direta nas bordas da ferida; • Realizar tamponamento nasal no caso de rinorragia; • Não fazer curativo oclusivo no canal auditivo. EVISCERAÇÃO • Lesão em que ocorre a saída de vísceras; • O segmento do intestino ou outro órgão • sai através de um ferimento e fica fora da • cavidade abdominal; Procedimentos em Suporte Básico • Cobrir as vísceras expostas com: • -compressas umedecidas em SF 0,9% ou • -protetor para evisceração; • Manter na posição encontrada; • Proteger o local com curativo • oclusivo, se possível; 73 Procedimentos em Suporte Básico(2) • Manter MMII fletidos (exceto suspeita de lesão • na coluna e de MMII ); • Manter a vítima aquecida; • Ministrar oxigênio , conforme protocolo. Ferimentos Perfurantes • É um ferimento oriundo de trauma de um objeto fino e pontiagudo, capaz de • perfurar a pele e tecidos subjacentes; • Resulta em lesão puntiforme ou linear, de bordas regulares ou linear; 74 Ferimentos Penetrantes • É um ferimento cujo agente agressor perfura a pele; • Geralmente é muito grave; • O objeto atravessa os tecidos e órgãos Ferimentos Perfurantes – Penetrantes • Orifício de Entrada • Orifício de Saída 75 Ferimento penetrante por projétil • Orifício de entrada: não sangra, tem borda regular • proporcional ao projétil; Ferimento penetrante por projétil • Orifício de saída: bordas irregulares, sangra mais. 76 Ferimento Aberto no Tórax • Aplicar curativo oclusivo, fixado em três pontas sobre o ferimento Ferimentos Encravados • Manter a permeabilidade das vias aéreas; • Em sangramento, realizar pressão manual sobre o local, do mesmo lado da lesão; • Não irrigar; • Não remover o corpo estranho, EXCETO se comprometer as vias • aéreas e a passagem de ar; 77 Procedimentos em Suporte Básico • Estabilizar no mínimo 1/3 do objeto; • Na presença de sangramento, realizar pressão • manual, se possível; Objeto Encravado nos Olhos • Não remover o objeto encravado; • Estabilizar o objeto no mínimo 1/3 do objeto; • Não fazer curativo compressivo; • Não irrigar; • Cobrir os dois olhos, se possível. 78 Enucleação • É a remoção do globo ocular causada por traumatismo. • Procedimentos em Suporte Básico: • Não recolocar o globo ocular na órbita; • Cobrir o globo ocular com gaze umedecida com SF 0,9% ; • Proteger com curativo oclusivo nos dois olhos; Esmagamento • É o ferimento produzido por compressão, em • todos os planos anatômicos do órgão lesado. Procedimentos em Suporte Básico • Controlar hemorragias; • Envolver o segmento esmagado em gaze ou compressa estéril; • Ministrar oxigênio conforme protocolo; • Transportar com urgência para o hospital. 79 Atendimento de primeiro socorros em Fraturas, luxação E entorse Técnicas de Imobilização • IMOBILIZAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES • Fraturas da Cintura Escapular Estas resultam geralmente de um traumatismo direto, estando presentes os sinais habituais das fraturas. São fraturas que não carecem no pré-hospitalar de grandes cuidados, bastando imobilizá-las colocando o braço ao peito passando depois uma ligadura sobre o tórax para que não exista rotações do membro durante o transporte . Um socorrista ajustará comodamente o membro superior lateralmente, com o antebraço fletido para a frente do corpo. Outro socorrista aplica as ligaduras, imobilizando o braço contra o tórax e apoiando o antebraço Fraturas do Úmero • Um socorrista ajusta sob tração mas comodamenteo braço a uma tala de madeira almofadada, lateralmente, com o antebraço fletido para a frente do corpo. • O outro socorrista aplicará as ligaduras, imobilizando o braço contra a tala e depois contra o tórax, apoiando o antebraço. São fraturas que carecem de atenção e muito cuidado na manipulação pré-hospitalar, uma vez que frequentemente há lesões vasculares e nervosas, pela proximidade de vasos e nervos junto ao osso 80 • Perante uma fratura do úmero o socorrista deve pesquisar o estado circulatório do membro, palpando o pulso radial e a sensibilidade e mobilidade do membro. A pesquisa de mobilidade é passiva, ou seja, a vítima é que mexe ou não. O socorrista não deve mobilizar o membro ativamente sob risco de agravar as lesões existentes. Na ausência de pulso radial, deve-se fazer imediatamente tração e alinhamento, seguida de imobilização. O nervo que mais frequentemente encontramos lesionados é o nervo radial. Esta situação, apresenta caracteristicamente uma “mão pendente”, sendo a vítima incapaz de fazer a extensão da mão. As fraturas do úmero muito altas, devem ser imobilizadas com o braço ao longo do tronco Lesões a Nível do Cotovelo • Resultam habitualmente de traumatismo direto sobre o cotovelo. Para além dos sinais e sintomas habituais das fraturas, devemos pesquisar igualmente o estado circulatório do mesmo, pois as lesões a este nível podem também dar compromissos vasculares (palpar pulso radial). • A imobilização deve ser feita com o mínimo de tração sem forçar, (se a mesma não provocar dor local muito intensa e não houver resistência) já que a flexão associada ao edema que habitualmente se instala podem comprimir os vasos que passam a nível do cotovelo impedindo o fluxo normal de sangue. 81 Fraturas do Antebraço • Ter em atenção que os sinais e sintomas normais das fraturas, podem estar mais ou menos mascarados quando apenas um dos ossos (rádio ou cúbito) é fraturado. As regras gerais de tratamento das fraturas, aplicam-se aqui sem exceções Fraturas do Punho e Mão • Enquanto a nível do punho o mecanismo mais frequente de fratura é o traumatismo indireto – fase pós-impacto, a nível dos dedos é o traumatismo direto sobre estes (Fig. 8.8). A fratura do punho mais frequente, é a fratura de Coles no indivíduo idoso, em que habitualmente verificamos a existência de uma deformidade do punho “em garfo”. 82 IMOBILIZAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES • Fraturas do Fémur • As fraturas mais frequentes a este nível, são as fraturas do colo do fémur do idoso, • resultantes de pequenas quedas e as fraturas provocadas por acidentes. • O sinal típico deste tipo de fraturas é a rotação externa do pé • A atitude a ter perante a suspeita de fratura do colo do fémur, segue as regras básicas de imobilização das fraturas: tração, alinhamento, e imobilização que deve ser feita com talas longas até à cintura e ultrapassando o pé, de forma a manter a tração e alinhamento do membro 83 • As fraturas do fémur propriamente dito, são habitualmente resultantes de acidente de viação e portanto de traumatismos violentos. A sua suspeita é fácil dado que habitualmente os sinais e sintomas são exuberantes e o tratamento segue as regras básicas das fraturas, devendo as talas de madeira ser colocadas até à cintura. Nunca esquecer que fratura do fémur pode implicar a perda de 1 a 2 litros de sangue sendo importante a vigilância dos sinais vitais 84 Lesões a Nível do Joelho • Resultam habitualmente de quedas sobre o joelho, acidentes desportivos e acidentes de viação. Neste último caso, NUNCA nos devemos esquecer de pesquisar outras fraturas associadas: fémur, colo de fémur e bacia. • A imobilização deve ser feita na posição em que o membro é encontrado se não for possível fazer a sua extensão. As infeções em fraturas articulares são graves e altamente incapacitantes para o doente, pelo que, em caso de fratura exposta a nível do joelho, devemos ser ainda mais minuciosos do que o habitual, na lavagem e desinfeção da ferida. Fraturas dos Ossos da Perna • Resultam habitualmente de traumatismos diretos (acidentes de viação) podendo estar fraturados os dois ou só um dos ossos (tíbia ou perónio). São as fraturas que com maior frequência encontramos expostas, dado que a tíbia (canela) se encontra imediatamente por debaixo da pele. • Quando ocorre fratura de um só dos ossos, os sinais e sintomas habituais das fraturas podem estar mascarados, já que o outro osso serve de tala. A imobilização segue as regras básicas já referidas anteriormente. • Fraturas do Tornozelo A maior dificuldade nas fraturas do tornozelo consiste em fazer a sua distinção de um vulgar entorse uma vez que em ambas temos edema, dor e incapacidade funcional. No entanto, enquanto que na fratura a dor é intensa à palpação, das saliências ósseas, na entorse (distensão dos ligamentos por torção da articulação) a dor é mais intensa à palpação dos tecidos moles adjacentes. • Por vezes, estas fraturas complicam-se devido a luxação da articulação com compromisso da circulação (o pé começa a ficar roxo), sendo neste caso permitido tentar alinhar o pé com o restante membro, de modo a facilitar a circulação do mesmo. Se tal não for possível, deve-se imobilizar como está e transportar rapidamente para o hospital. • Fraturas do Pé Resultam habitualmente da queda de um objeto sobre o pé, ou da queda da vítima de um local alto. Neste caso, a situação mais frequente é a fratura a nível do calcanhar. Perante a queda de altura sobre os pés presumir a existência de fratura da coluna vertebral até prova em contrário. • Assim, imobilizar em conformidade com a suspeita ainda que a vítima não apresente sinais sugestivos. Dado que habitualmente o edema neste tipo de fraturas é grande e de instalação rápida, deve-se retirar o sapato com manobras suaves de modo a não agravar as lesões existentes. O pé deve ser mantido elevado durante o transporte e imobilizado com talas (Fig. 8.13). 85 Primeiro Socorros – Queimados 86 87 88 89 90 91 92 93 CHOQUE ELETRICO Introdução • A energia elétrica é um item essencial para quase todas as atividades modernas. Qualquer pessoa que tenha contato desprotegido com a eletricidade está sujeito a acidentes, pois se trata de algo silencioso, invisível, cujos efeitos variam entre queimaduras, paradas respiratórias, fibrilação ventricular e até a morte. De modo geral é atribuída à corrente elétrica os efeitos: Joule, eletromagnético, eletroquímico, luminoso e o fisiológico. O efeito fisiológico é o de maior interesse para este capítulo, pois é o que está diretamente relacionado ao choque elétrica • O meio pelo qual o choque elétrico causa as lesões ainda não é bem compreendido, entretanto já se sabe que quando uma corrente elétrica passa pelo corpo há uma conversão de energia elétrica em energia térmica e contrações musculares intensas. Os fatores que determinam a gravidade da lesão são a intensidade e o tipo de corrente elétrica, o tempo de exposição à corrente, a resistência do organismo à superfície de contato e a extensão percorrida pela corrente elétrica Objetivos ● Definir choque elétrico; ● Classificar os tipos de choque elétrico; ● Reconhecer os sinais da exposição a esse tipo de energia, bem como seus efeitos fisiológicos; e ● Apresentar as condutas a serem tomadas em caso de eletrocussão 94 Reconhecimento • O reconhecimento do choque elétrico advém da análise da cena, da cinemática do trauma e do histórico relatado pela vítima e/ou por terceiros. Devido à gravidade, deve-se levar em consideração que todo evento pode ser considerado comoparada cardiorrespiratória, até que a suspeita possa ser descartada. Em muitos casos, os acidentes elétricos estão relacionados a quedas e queimaduras, mas independentemente das suspeitas, todos são considerados como emergências. Outros sinais relacionados são: alterações de consciência como vertigens, lipotimia e síncope; quedas, dispneia; queimaduras; laceração; amputação traumática; hemorragia (decorrente de lesões associadas); lesões oftalmológicas; lesões musculoesqueléticas e parada cardiorrespiratória. • Outros sinais relacionados são: alterações de consciência como vertigens, lipotimia e síncope; quedas, dispneia; queimaduras; laceração; amputação traumática; hemorragia (decorrente de lesões associadas); lesões oftalmológicas; lesões musculoesqueléticas e parada cardiorrespiratória. • Efeitos fisiológicos: quando o corpo é submetido a uma diferença de potencial (ddp), o corpo é percorrido por corrente elétrica que pode provocar contrações musculares muito vigorosas; quando isso ocorre, dizemos que houve choque elétrico. Importam mais os casos em que a corrente elétrica entra por uma extremidade e sai por outra, atravessando o tórax de um lado a outro, pois tem grande chance de afetar tanto a respiração quanto os batimentos cardíacos. Além disso, outros efeitos fisiológicos são os seguintes: • Queimaduras: a circulação da corrente elétrica pelo organismo é acompanhada pelo desenvolvimento de calor produzido pelo efeito Joule, ocasionando queimaduras de todos os graus, principalmente nos pontos de contato, de entrada e saída da corrente elétrica; Tetanização: • o sistema nervoso controla a contração muscular por meio de impulsos elétricos, que por sua vez são superados pela corrente elétrica durante episódio de choque. Dessa forma, há contração muscular muito forte e permanente em todo o trajeto onde a corrente elétrica está passando, que muitas vezes pode impedir a pessoa de libertar- se da fonte que origina o choque; Parada respiratória: • quando a parte afetada pela tetanização são os músculos da respiração ou o centro nervoso que controla a respiração, a vítima pode apresentar desde sinais de asfixia à parada respiratória. Caso a exposição permaneça devido ao déficit de oxigenação, a vítima poderá evoluir para situação de perda de consciência; e 95 Fibrilação ventricular: • o músculo cardíaco também é estimulado por impulsos elétricos. Entretanto, diferentemente dos outros músculos, o coração tem o próprio centro de impulsos elétricos, que não está ligado ao sistema nervoso central. Quando a corrente elétrica causada pelo choque supera os estímulos cardíacos, o efeito de tetanização ocorre também nesse órgão. • O risco maior aqui é o tempo de exposição e o período posterior, pois quando cessa a origem do choque elétrico o sistema de geração de impulsos próprio do coração pode apresentar-se desregulado, levando a contrações sem coordenação entre as câmaras cardíacas. A fibrilação ventricular é o movimento irregular dos ventrículos, que são responsáveis por enviar sangue para o pulmão para a troca gasosa e circulação sistêmica a fim de obter a oxigenação dos tecidos. Essa situação pode levar a vítima à morte caso não seja rapidamente revertida • Classificação Chama-se de choque elétrico os efeitos provocados no organismo quando a energia elétrica o percorre na tentativa de encontrar o menor caminho para se atingir o solo. São dois os tipos de choque elétrico: • Contato direto: é ocasionado pelo contato com condutores energizados de instalação elétrica, em local que deveria estar isolado ou por acidente de manuseio em que a haja contato com a parte energizada, dependendo dos fatores de gravidade de lesão, o choque geralmente é fatal. • Contato indireto: ocorre quando alguma pessoa entra em contato com partes de superfícies metálicas condutoras que normalmente deveriam estar sem tensão, mas que, por falha de isolamento, acabam acumulando cargas e durante o contato tendem a percorrer o tecido do organismo na tentativa de escoar pelo solo, sendo também perigoso mesmo não tão grave quanto o tipo anterior. Condutas para socorristas sem experiência: ● Observar a segurança do local, levando em consideração a presença de fios, superfícies molhadas e eletrificadas; ● Se houver segurança, tentar desconectar a fonte elétrica; ● Manter vias aéreas desobstruídas, sobretudo se a vítima tiver rebaixamento do nível de consciência; 96 ● Se o evento for seguido de queda, não tentar movimentar a vítima; ● Não movimentar a cabeça da vítima, nem mesmo para apoiar com travesseiro; ● Não oferecer à vítima nada para comer ou beber; ● Permitir que a vítima assuma a posição mais confortável; ● Tentar tranquilizar e acalmar a vítima; ● Pedir ajuda para pessoa próxima, caso seja necessário contatar outros órgãos Condutas para socorrista especializado ● Priorizar a segurança de todos envolvidos na cena; ● Desligar ou afastar a fonte de energia da vítima, ou a vítima da fonte, antes de iniciar qualquer procedimento; ● Manter vias aéreas pérvias; ● Avaliar e tratar a queimadura, se houver. ● Localizar o ponto de entrada e saída da corrente elétrica (para posterior tratamento da lesão); ● Prevenir o choque e fornecer oxigênio a 15 L/minuto; ● Observar o padrão dos sinais vitais e iniciar a RCP, caso necessário; e ● Identificar e tratar lesões associadas como fraturas, hemorragias, TCE, TRM etc. 97 Estado de choque. Quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular de promover circulação sangüínea suficiente para os órgãos. Classificação do choque: Hipovolemico, Cardiogênico, Distributivo e Obstrutivo. Sintomas do estado de choque: * Ansiedade * Sede intensa * Pulso radial fraco * Palidez * FR > 20 mrpm * Taquicardia entre 100 e 120 bpm * Cianose de extremidades * Enchimento capilar lento > 2 seg. * Sudorese, pele fria e pegajosa Técnicas de atendimento: • O transporte rápido p/ hospital é fundamental; após o exame primário e preparação para remoção • Controle de hemorragias • Posicionar a vítima em decúbito dorsal com os membros inferiores elevados • Não administrar líquidos • Agasalhar a vítima com cobertores e/ou envolve-lá em sacos plásticos • Suporte básico de vida, se necessário. (A, B, C). CONVULSÕES Contração muscular anormal, associada a alterações de comportamento ou inconsciência causada por atividades anormais do cérebro. Causas de crises convulsivas: * Epilepsia * Hipoglicemia * Abstinência Alcóolica * Lesões Cerebrais * Meningite * Febre Alta 98 * Overdose de Cocaína * Eclâmpsia Como Proceder: • Verificar nível de consciência da vítima • Não tentar conter a pessoa • Coloca-lá em posição de segurança • Proteger a mesma, segurando sua cabeça para não bater e afastar os objetos de sua volta • Verificar sinais vitais após convulsão, caso a pessoa não retorne use o A, B, C. • Solicitar auxílio médico se á crise durar mais de três minutos • Nas convulsões febris, resfrie a pessoa colocando compressas de água na testa, axilas e virilhas, em crianças de banho de emersão e procure auxilio médico caso a febre não seda rapidamente. INCONSCIÊNCIA Ausência de qualquer resposta psicologicamente compreensível á qualquer estimulo externo ou necessidade interna. Causas de Inconsciência: Hipoglicemia Estado de Choque Hipoxemia Choque Elétrico Hipoxemia Mal Súbito Intoxicações Como Proceder: Posicionar a pessoa em decúbito dorsal Avaliar nível de consciência Desobstruir vias aéreas com manobras manuais Verificar Sinais Vitais Elevar membros inferiores Não administrar líquidos ou medicaçõesUsar posição lateral de segurança, nos casos de vômitos ou secreções e acionar socorro médico 99 DESMAIOS Sinais: Palidez Pele fria e pegajosa Pulso e Respiração fracos Como Proceder: Sentar a pessoa e baixar a cabeça entre as pernas e fazer leve pressão sobre a nuca Deitar a pessoa afrouxar as vestes e elevar membros inferiores Procure auxílio médico caso a vítima demore a retomar a consciência 100 Corpos estranhos no organismo 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 Afogamento 116 117 118 119 120 121 122 123 124 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS Definição • Convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela contratura muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele. • Provocada por uma descarga elétrica e anormal e excessiva de impulsos elétricos desorganizados em determinadas áreas cerebrais. Causas • Tumores cerebrais; • Má formação congênita; • Epilepsia (caracterizada por crises • convulsivas espontâneas e recorrentes); • Febre (até 5 anos); • Infecções; • Intoxicação exógena: álcool, cocaína, • anfetaminas; • Abstinência alcoólica e de drogas; • Trauma cranioencefálico; • Tumores do SNC e infecções do SNC; • AVE (isquêmico ou hemorrágico). 125 Tipos • Crise de ausência • É um dos tipos de crise convulsiva; • Caracteriza-se por um “lapso’’ de consciência, em geral sem quedas • e sem atividade motora; • A pessoa fica com oolhar fixo e distante por alguns momentos. • Crises convulsivas generalizadas tônico clônica • Presença de movimentos desordenados dos MMSS • e MMII; • Liberação de glândulas salivares e esfincteres; • Confusão ou agitação. 126 Sinais de gravidade da crise convulsiva • Crise prolongada (≥ 5 minutos); • Sem recuperação da consciência entre as crises; • Gravidez (especialmente na crise tônico clônica generalizada); • Ferimento secundário à crise convulsiva; • Primeira crise convulsiva (sem histórico de crises prévias). Procedimentos em Suporte Básico • Avaliar segurança de cena; • Apresentação pessoal e da equipe; • Perguntar o que ocorreu; • Realizar avaliação primária e secundária; • Aspirar vias aéreas se necessário; • Administrar 02; • Aguardar até que a crise passe completamente, algumas • pessoas ficam confusas e agitadas após a crise; • Preservar a privacidade da vitima. • Crise parcial e crise de ausência: • Anotar o tempo de duração da crise; • Falar calmamente; • Não restringir a vítima; • Conduzir a vítima para um local seguro. • Durante a crise tonico-clônica generalizada (1): • Anotar o tempo de duração da crise, • quando > 15 minutos pode causar danospermanentes ao cérebro; • Afastar objetos que possam ferir a vítima; 127 Durante a Crise tonico-clonica generalizada • Proteger a cabeça da vítima e prevenir • quedas e traumas; • Lateralizar, se possível, a cabeça e ou corpo da vítima (desde que não haja suspeita de lesão de coluna); 128 • Apoiar a cabeça durante a crise; • Não coloque a mão ou qualquer objeto na boca; Procedimentos em Suporte Básico • Após as crises convulsivas: • Realizar avaliação secundária dando ênfase ao exame físico, antecedentes e parâmetros vitais; • Transportar a vítima na maca até a viatura; • Realizar contato com a Regulação Médica. 129 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Conceito • Caracterizado pela ação de toxinas inoculada no corpo humano por animal de peçonha, produzindo ação nociva à saúde, podendo levar o indivíduo a perda de funções parcial ou total de sistemas e até a morte, quando não socorrido devidamente em tempo hábil. Definições Peçonha: órgão inoculador de veneno de um animal; Veneno: É qualquer tipo de substância tóxica, seja sólida, líquida ou gasosa, que possa produzir enfermidades, lesões ou alteração das funções orgânicas ao entrar em contato com um ser vivo, por reação química. • Antídoto: é uma substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno.Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar e reverter a ação biológica causada por ele; Acidentes notificados por tipo de animal 130 Ofidismo – Acidentes com Serpentes • Corresponde aos acidentes com serpentes, destacamos as ações do seu veneno para os nossos estudos. 131 • Acidente e Ação do Veneno Sintomatologia Crotálico/Cascavél Neurotóxica Miotóxica Coagulante 132 • Acidente e Ação do Veneno Sintomatologia Elapídico/Coral Neurotóxica Araneísmo – Acidentes com Aranhas • No Brasil 3 gêneros de importância médica ganham destaque nos acidentes com aranhas: • Aranha Marrom (loxosceles); • Aranha Armadeira (Phoneutria); • Viúva Negra e Flamenguinha ( lactrodectus). • Os acidentes causados por Lycosa (aranha-degrama), bastante freqüentes e pelas caranguejeiras, muito temidas, são destituídos de maior importância. Loxosceles – Aranha Marrom 133 Phoneutria – Aranha Armadeira • Os acidentes causam dor local intensa, geralmente irradiando para a raiz do membro acometido, seguidos de edema, eritema, parestesia e sudorese. • A ação do veneno é mais grave para acidentes em crianças, podendo ocorrer sudorese, sialorréia,vômitos, diarréia, priapismo, hipertonia muscular, choque, colapso cardiocirculatório e EAP. Escorpionismo • Os acidentes escorpiônicos são importantes em virtude da grande freqüência com que ocorrem e da sua potencial gravidade, principalmente em crianças picadas pelo Tityus serrulatus. 134 • Os principais agentes de importância médica são: • T. serrulatus, responsável por acidentes de maior gravidade eT. bahiensis . T. bahiensis Escorpionismo – Evolução Clínica • A dor local, pode ser acompanhada por parestesias. • Em crianças, podem surgir manifestações sistêmicas: • Hipo ou hipertermia; • Sudorese profusa; • Náuseas e vômitos, sialorréia; • Arritmias cardíacas; • Hiper ou hipotensão arterial; • ICC e choque; • Taquipnéia, dispnéia e EAP; • Agitação, sonolência, confusão mental; • Hipertonia e tremores. 135 Lepidópteros – Lagartas • Manifestações clínicas • Dermatite urticante: causada por contato com lagartas urticantes 136 Lepidópteros – Lagartas • Dermatite papulopruriginosa: provocada pelo contato com cerdas da mariposa. 137 Periartrite falangeana por contato com pararama Síndrome hemorrágica: por contato com Lonomia Síndrome Hemorrágica 138 Himenópteros Abelhas - Vespas – Formigas 139 Acidentes por Celenterados Acidentes por Celenterados Manifestações Locais: • Ardência e dor intensa no local com duração de 30 min. a 24 h. • Placas e pápulas urticariformes lineares, podendo dar lugar a bolhas e necrose. • As lesões urticariformes dos acidentes leves regridem, deixando lesões eritematosas lineares, que podem persistir no local por meses. Sistêmicas: • Cefaléia, mal-estar, náusea, vômito, espasmo • muscular, febre, arritmia cardíaca; • A gravidade depende da extensão daárea comprometida; • Ingestão de celenterados pode levar a um quadro gastrintestinal alérgico e quadro urticariforme; • O óbito ocorre por envenenamento ou por anafilaxia(insuficiência respiratória e choque) .