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1 2 SUMÁRIO 1 PLANEJAMENTO EM ENFERMAGEM ...................................................... 3 1.1 O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem .......................... 4 1.2 Planejamento em Enfermagem ............................................................ 5 1.3 Princípios e características do Planejamento ....................................... 7 1.4 Fases do Planejamento ........................................................................ 8 1.5 Níveis do Planejamento...................................................................... 11 1.6 Instrumentos utilizados no Planejamento ........................................... 11 1.7 Planejamento Estratégico Situacional ................................................ 16 2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .......................................................... 18 2.1 Sistematização da assistência de enfermagem: ................................ 19 3 HUMANIZAÇÃO NO SERVIÇO DE ENFERMAGEM ............................... 20 4 TÉCNICAS GERAIS DE ENFERMAGEM: ................................................ 20 4.1 Anotação de Enfermagem: ................................................................. 21 4.2 Roteiro para anotação de enfermagem .............................................. 22 4.3 Evolução: ............................................................................................ 24 4.4 Diagnóstico de Enfermagem: ............................................................. 25 4.5 Assistência de enfermagem ............................................................... 25 5 PLANO DE CUIDADOS ............................................................................ 30 6 IMPLEMENTAÇÃO ................................................................................... 32 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 33 3 1 PLANEJAMENTO EM ENFERMAGEM Iniciamos nossa apostila identificando motivos essenciais para nos debruçar- mos sobre esse estudo, conforme apresentado por GAMA (2010) e reforçado por GRECO (2011) Em primeiro lugar destacamos a Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Em seu Art. 11, inciso I, destaca as atividades privativas do enfermeiro, dentre elas: a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da institui- ção de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos servi- ços de assistência de Enfermagem. Fonte: www.educare.bio.br Além disso, como integrante do serviço de saúde aponta que ao enfermeiro compete dentre outras funções: a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de sa- úde; 4 b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde (BRASIL, 1986). 1.1 O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Fonte: enfermagemcontinuada.blogspot.com.br (Resolução COFEN 311/07) aponta em seu preâmbulo: “O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de as- sistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua orga- nização”. Além disso, destacamos o Art. 66 quando afirma que é direito do enfermeiro “exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu exercício profissio- nal e do setor saúde” (COFEN, 2007). A Deliberação COREN-MG 176/07 que baixas normas para definição das atri- buições do Enfermeiro Responsável Técnico apresentam em seu Art. 1º, inciso I: “Ela- borar o Diagnóstico Situacional do Serviço de Enfermagem e a Proposta do Plano de Trabalho que deverão ser apresentados ao Representante Legal da Instituição e en- caminhados ao COREN-MG no prazo de 90 (noventa) dias” (COREN, 2010). E por fim as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) no que se refere aos cursos de graduação em Enfermagem, publicadas oficialmente na Resolução CNE/CES Nº 03 de 7/11/2001, onde em seu Art. 4, inciso V aponta como competência 5 ou habilidade exigida dos enfermeiros a “Administração e gerenciamento: os profissi- onais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, emprega- dores ou lideranças na equipe de saúde” (BRASIL, 2001). Diante dessas considerações, podemos ratificar a importância e necessidade de discutir os conteúdos de Administração em Enfermagem, incluindo as funções ad- ministrativas que se articulam e subsidiam a prática profissional do enfermeiro. Nesse momento, vamos nos dedicar a discutir o Planejamento e sua aplicação à Enferma- gem. 1.2 Planejamento em Enfermagem O planejamento pode ser considerado a primeira função administrativa, pois se constitui a base para as demais funções (organização, direção, coordenação e con- trole). A partir do planejamento, todas as demais ações administrativas se dão. Por- tanto, para administrar é fundamental planejar. “Na enfermagem, e mais especificadamente na ‘administração da assistência de enfermagem’, a experiência mostra que um planejamento bem feito resulta uma série de vantagens que recompensam o tempo e energia nele despendidos. Os resul- tados desse esforço talvez não sejam percebidos sempre de forma imediata, mas a prática tem comprovado que são de longo e largo alcance. Torna-se evidente que nenhuma atuação do enfermeiro pode ter condições de eficiência e eficácia, se diri- gida pela improvisação e pela falta de sistematização” (GAMA, 2010; p. 2). Dessa forma, pode-se inferir que o planejamento é parte essencial do processo de trabalho do enfermeiro. A administração da assistência de enfermagem, portanto, inclui o planejamento da assistência (sistematização da assistência de enfermagem) e o planejamento das condições que permitam a execução dessa assistência (plane- jamento gerencial em enfermagem). Podemos compreender o planejamento nesta perspectiva como um instrumento do trabalho do enfermeiro, definido como “a arte de fazer escolhas e de elaborar planos para favorecer um processo de mudança” (CIAM- PONE; MELLEIRO, 2010; p. 36). Alguns autores definem o planejamento: “O planejamento é uma atividade sis- têmica que visa, de forma organizada, prever os recursos necessários para serem 6 utilizados no momento certo e da maneira correta, para atingir resultados desejados” (MORETTO NETO; SILVA; SCHMITT, 2007; p. 14). Fonte: www.iuna.es.gov.br “O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los”. Trata-se, pois, de um modelo teórico para a ação futura. Começa com a determinação dos objetivos e detalha os planos necessários para atingi-los da melhor maneira pos- sível. Planejar é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcançá-los. “Planejamento pode ser entendido como um método de se pensar ações, de organizar, de alcançar resultados e de efetivar metas estabelecidas. Não há garantia de sucesso, ou seja, os resultados não serão sempre positivos simplesmente por te- rem sido planejados, mostrando que planejamento é também um processo dinâmico, ativo e deliberativo, mas que sem ele as chances de fracasso são maiores” (LANZONI et al, 2009; p. 432). Na prática da enfermagem, os enfermeiros necessitam do planejamento para realizar a assistência, a gerência, a investigação e o ensino, pois o planejamento é o ponto de partida para todas as ações a serem desenvolvidas(GRECO, 2011). Isso inclui não somente as situações indesejáveis (problemas), mas principalmente aque- las desejáveis, com o objetivo de mantê-las ou melhorá-las (GAMA, 2010). 7 O planejamento também engloba a tomada de decisão entre diferentes alter- nativas. No ambiente corporativo, uma decisão errônea pode representar perdas sig- nificativas; portanto, um planejamento efetivo poderá melhor subsidiar a tomada de decisão do enfermeiro. Podemos inferir, então, que o processo de planejamento en- volve raciocínio, reflexão e análise sobre como realizar determinada atividade, sua abrangência e resultados possíveis. 1.3 Princípios e características do Planejamento Fonte: enfermagemsaudavel.com.br De acordo com Greco (2011), para que o planejamento seja eficiente (diz res- peito à utilização dos recursos), eficaz (diz respeito ao alcance dos resultados) e efe- tivo (diz respeito ao que é real e permanente) ele deve seguir os seguintes princípios básicos (GRECO, 2011; p. 4): Princípio da definição dos objetivos: o planejamento deve ser elaborado em função dos objetivos que se quer alcançar assim eles devem ser definidos de forma clara e concisa, pois a finalidade do planejamento é determinar como os objetivos podem ser alcançados; Princípio da flexibilidade: uma vez que o planejamento se refere ao futuro, ele deve ser flexível e elástico, para se adaptar as situações que podem sofrer alterações, nem sempre previstas; 8 Princípio da participação: o planejamento será tanto mais efetivo e eficaz na medida em que envolva e contemple no processo de elaboração, execução e avaliação todas as áreas, setores e pessoas envolvidas; Princípio da coordenação: deve haver sincronia, inter-relação e articulação entre os vários aspectos envolvidos no planejamento de modo a que eles atuem Inter dependentemente e de modo integrado; Princípio da permanência: o planejamento deve ser constantemente revisto para que possa permanecer atual e válido. Greco (2011) cita Arndt; Huckabay (1983); Ciampone (1991) destacando as características de um bom planejamento: ter objetivos claros; ser simples, sem ambi- guidade de interpretação; ter estabilidade e ao mesmo tempo ser flexível, com capa- cidade de se adaptar a situações prioritárias, de emergência ou mudanças; ser eco- nômico e realista, em relação aos recursos necessários, otimizando ao máximo os recursos existentes; possibilitar a análise das atividades em cada uma das fases, tanto durante sua execução como no final; estar voltado para o futuro; ser suficientemente importante, racional e justificável em relação aos objetivos organizacionais e individu- ais; reconhecer o ambiente organizacional, do ponto de vista socioeconômico e cultu- ral. 1.4 Fases do Planejamento Fonte: slideplayer.com.br O planejamento tradicional ou normativo pode ser dividido em sete fases (CIAMPONE; MELLEIROS, 2010; CIAMPONE, 1991): 9 * Fase 1 – Diagnóstico: Conhecimento do Sistema como um Todo: nesta fase deve-se elaborar um diagnóstico de situação. É importante considerar o conhecimento do sistema técnico (tarefas, área física, equipamentos e recursos existentes = eficiên- cia potencial) e do sistema social (relações entre os agentes responsáveis pela exe- cução das tarefas que transformam a eficiência potencial em eficiência real). * Fase 2 – Determinação dos Objetivos: de acordo com Chiavenato (2004; p. 168) “objetivos são resultados futuros que se pretende atingir. São alvos escolhidos que se pretende alcançar dentro de um certo espaço de tempo, aplicando determina- dos recursos disponíveis ou possíveis. Assim, os objetivos são pretensões futuras que, uma vez alcançadas, deixam de ser objetivos para se tornarem realidade”. Eles ocupam uma escala graduada, onde os objetivos da instituição se sobrepõem aos demais, seguidos dos objetivos de cada departamento, divisão, do serviço, da seção até o nível operacional. Fonte: tecnicosabdon.blogspot.com.br Os objetivos devem ser descritos sempre iniciando com verbo no infinitivo. De acordo com Greco (2011) podemos classificar os objetivos em gerais e específicos. Os objetivos gerais são amplos, e expressam valores principais e a política da orga- nização. Já os objetivos específicos são uma decomposição dos objetivos gerais, de- terminando as ações pelas quais os objetivos gerais serão alcançados. Também po- demos classificar os objetivos quanto ao tempo em longo, médio e curto prazo. Os 10 objetivos de longo prazo demandam acima de cinco anos para serem atingidos. São em geral alvos finais. Os objetivos de médio prazo necessitam de um a cinco anos para seu alcance. Já os objetivos de curto prazo podem ser conseguidos em até um ano. Em geral contribuem para atingir os objetivos de médio e longo prazo. * Fase 3 – Estabelecimento de Prioridades: decidir que ações devem ser reali- zadas em primeiro lugar, definindo uma sequência de prioridades. Nesta etapa é im- portante determinar o que se pretende alcançar, e a partir disso selecionar quais ações são mais propícias. Usa-se a capacidade de escolher os meios para alcançar os fins. * Fase 4 – Seleção dos Recursos Disponíveis: deve englobar recursos físicos, materiais, humanos e financeiros. A partir da seleção dos recursos são estabelecidas estratégias para otimização dos recursos ao máximo, incluindo agrupá-los ou redistri- buí-los. * Fase 5 – Estabelecimento do Plano Operacional: Consiste em definir como, de que forma, com que ações e estratégias os objetivos serão alcançados. Deve ser explicitado o conteúdo (genérico/detalhado), a extensão de tempo (longo, médio ou curto prazo) e sua amplitude (macro ou micro orientado). * Fase 6 – Desenvolvimento: inclui nesta etapa a aprovação pelas instâncias superiores e execução propriamente dita das ações planejadas. Nesta etapa também aparece a coordenação, a fim de minimizar atritos. Devem ser definidas as responsa- bilidades de todas as partes envolvidas. * Fase 7 – Aperfeiçoamento: são realizadas avaliação e replanejamento das ações desenvolvidas. Destaca-se que a avaliação deve ser realizada em todas as etapas e não somente ao término de implantação de todas as fases anteriores. Assim, a avaliação realizada continuamente permite identificar e corrigir falhas no decorrer do processo e favorecer o sucesso do planejamento. 11 Fonte: enfermagemurgenciaemergencia.blogspot.com.br 1.5 Níveis do Planejamento Chiavenato (2004) aponta três níveis distintos de planejamento: estratégico, operacional e tático. O planejamento estratégico abrange toda a organização, sendo assim o mais amplo. É projetado para longo prazo, com efeitos também amplos e de longa duração. Envolve recursos e atividades de todas as áreas. É definido pela cú- pula organizacional, estando todos os demais planos a ele subordinados. O planeja- mento tático abrange cada departamento ou unidade. É projetado para médio prazo, frequentemente para exercício anual. Envolve os recursos departamentais e procura atingir seus objetivos. É definido no nível intermediário. O planejamento operacional abrange cada atividade ou tarefa específica. É projetado para curto prazo ou imediato. Preocupa-se com o alcance de metas específicas e é definido no nível operacional. 1.6 Instrumentos utilizados no Planejamento Existem vários instrumentos que podem auxiliar na realização do planejamento. Dentre eles citamos: Cronograma: Disposição gráfica do tempo necessário para realizar um projeto, conforme as atividades a serem cumpridas. Horizontalmente são distribuídas as atividades e verticalmente o tempo despendido para cada uma delas. Auxilia no gerenciamento e controle dos trabalhos, permitindo uma visualização rápida 12 de seu andamento. No cronograma são detalhadas e definidas as atividades a serem executadas durante um período de tempo (ALVES, 2009). Gráficode Gantt: Trata-se de uma variação do cronograma. Nas colunas re- lativas ao tempo, cada mês é subdividido em semanas. Facilita a visualização do tempo disponível para cada atividade (CIAMPONE, 1991). Fonte: www.arrudaconsult.com.br Técnica de Revisão e Avaliação de Projetos ou Programas (Program Eva- luation Review Technique – PERT): São instrumentos mais complexos indi- cados para situações onde múltiplas atividades inter-relacionadas e interdepen- dentes são desenvolvidas numa rede de passos sequenciais. Assim, cada cír- culo representa um evento e cada seta uma atividade. O PERT tem sido asso- ciado ao CPM (Critical Path Method) ou método do caminho crítico. Neste caso considera-se caminho crítico aquele mais demorado para realizar determinada atividade. 5 w 3H: É uma ferramenta usada para planejar a implementação de uma solu- ção de forma organizada, identificando as ações, definindo responsabilidades, métodos, prazos e recursos associados. Representa as iniciais das palavras em inglês: • WHAT: o que será feito (etapas). O que será feito para resolver um determinado problema? 13 O que a empresa deseja alcançar? • WHY: por que deve ser feito (justificativa). Por que é importante que determinadas estratégias e ações sejam feitas? Quais os impactos que elas deverão alcançar? • WHO: quem realizará as tarefas (responsabilidade). Quais as pessoas e áreas que devem ser envolvidas nas estratégias e ações? • WHEN: quando cada uma das tarefas será executada (tempo). Qual o momento adequado para iniciar as estratégias e atividades? • WHERE: onde cada etapa será executada (local). Fonte: pdcagibaconsulting.blogspot.com.br • HOW: como deverá ser realizada cada etapa (método). Quais as estratégias que devem ser utilizadas para obtermos os resultados a serem alcançados? • HOW MUCH: quanto custa cada etapa (custo). Qual será o montante financeiro que deverá ser gasto em cada uma das estra- tégias? • HOW MEASURE: como medir (avaliação), Plano 5W3H para redução de extravios no enxoval, O QUE Reduzir o extravio do enxoval em 80%, POR QUE Melhorar o controle e diminuir os gastos com a reposição do enxoval, 14 QUEM Enfermagem + higiene hospitalar + lavanderia, COMO implantar controle de roupas desde a saída da lavanderia (roupa limpa) até o retorno ao setor (roupa suja). QUANDO ...... CUSTOS Valores gastos com este processo, ONDE Unidades de internação, COMO MEDIR Através de inventários mensais. Instrumento utilizado na prática das disciplinas Administração em Enfer- magem I e II: Para auxiliar no desenvolvimento das atividades de planejamento em enfermagem, sugere-se o uso do esquema abaixo nas práticas da disci- plina. Método de Análise e Solução de Problemas (MASP): Tem sido utilizado também o MASP como ferramenta para o planejamento. Fonte: www.ebah.com.br Na Enfermagem, o MASP apresenta-se como uma maneira de racionalizar o trabalho, bem como uma maneira de conhecer de maneira progressiva e fundamen- tada os fatos e ideias que possam dificultar a prática assistencial. No desenvolvimento do MASP seguimos as seguintes etapas: 15 Identificação do problema: descreve-se a situação problema da maneira que é percebida, definindo o problema a partir da listagem das supostas causas, as- sim como suas consequências. A partir desta descrição, pode-se melhor refletir sobre a situação. Coleta e análise de dados: colher e levantar informações a fim de avaliar a situação. Nesta etapa todos os envolvidos são ouvidos e faz-se um estudo das opiniões do grupo de trabalho. Assim, procura-se identificar os determinantes da situação problema a partir de diferentes perspectivas. Devem ser relaciona- das aqui as forças negativas (causam ou mantêm o problema, resistindo à so- lução) e as forças positivas (contribuem para a solução do problema). Fonte: saladeenfermagem.com * Soluções Alternativas: nesta etapa são listadas as várias propostas de so- luções alternativas, apontando viabilidade e efeitos prováveis de cada uma delas. É importante, neste caso, não atacar os sintomas ao invés dos problemas. Experiências anteriores, hábitos e rotinas existentes podem ser bastante relevantes. Dinâmicas de grupo são indicadas para explorar as opiniões dos envolvidos. Após o estudo da situ- ação e das opções de solução, procede-se à escolha de uma ou mais alternativas. * Implementação e Avaliação: é o desenvolvimento da solução escolhida. Esta fase está intimamente relacionada à anterior, pois quando a solução parte de decisão do grupo a implantação ocorrerá com maior adesão e vice-versa. Finalmente 16 procede-se à avaliação, onde é verificado o que se alcançou na resolução da situação problema e as consequências das ações implantadas. Essa avaliação deverá subsi- diar ações futuras (CIAMPONE 1991; KRON; GRAY, 1994 apud GRECO, 2011). 1.7 Planejamento Estratégico Situacional O Planejamento Estratégico Situacional (PES) tem como precursores Carlos Matus e Mário Testa voltado para a resolução de problemas atuais ou potenciais. Pro- blema é entendido como algo identificável no cenário social e que motiva diferentes atores na busca de soluções. Assim, o planejamento é compreendido como uma fer- ramenta que permite viabilizar mudanças, favorecendo o controle e empoderamento dos atores sociais (CIAMPONE e MELLEIRO, 2010). “O planejamento estratégico identifica os fatos atuais e projeta os passos a se- rem dados por uma organização, em acordo a esse diagnóstico, buscando antecipar- se aos possíveis problemas que possam surgir, aperfeiçoar seus aspectos positivos e adaptar-se às mudanças necessárias. O planejamento estratégico traduz a identidade de uma organização, podendo, a partir disso, traçar seus objetivos e metas com base em uma missão a ser constantemente perseguida. Deve apontar seus objetivos, listar as atividades a serem desenvolvidas e ter uma visão crítica do processo. Considera ações imediatas, mas agrega o pensamento e reflexão à ação, de forma mais abran- gente, o que o torna um planejamento de médio a longo prazo. O perfil do planejador é mais horizontal em relação aos outros trabalhadores da saúde, e justo por esse motivo, o planejamento estratégico geralmente é adotado junto ao planejamento par- ticipativo” (LANZONI et al, 2009; p. 431). O PES é composto por quatro momentos inter-relacionados: momento explica- tivo (como explicar a realidade?), momento normativo (como conceber o plano?), mo- mento estratégico (como tornar viável o plano?) e momento tático-operacional (como agir no cotidiano de forma planejada?). 17 Fonte: slideplayer.com.br No momento explicativo, a realidade é explicada a partir da seleção dos pro- blemas mais relevantes e as principais causas do problema, buscando compreender porque ocorrem e identificando seus “nós críticos”. O momento normativo inclui a identificação de soluções para os problemas encontrados e dos recursos disponíveis. O momento estratégico trata da construção de viabilidade para desenvolvi- mento das ações, através do gerenciamento de conflitos e negociações. Esse mo- mento deve permear todas as etapas de elaboração do plano. Por fim, o momento tático-operacional consiste na implementação das ações propostas. O plano, nesse momento, deve adequar-se à realidade, considerando diferen- tes situações que podem ocorrer. A avaliação contínua permite redesenhar o plano sempre que necessário. “Ao se analisar o PES, pode-se descrevê-lo como um método de permanente exercício de diálogo e reflexão sobre os problemas que incidem em uma dada realidade, visando prever situações e alternativas, antecipar possibilidades de decisão e preparar estratégias para a obtenção de governabilidade sobre as mes- mas”. 18 2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Para entendermos assistência de enfermagem é importante observarmos a Te-oria das Necessidades Humanas Básicas, do idealizador Maslow. Bem, essa teoria se baseia numa pirâmide de necessidades que para galgá-las temos de ir suprindo as necessidades mais urgentes, ele, ainda afirma que estabelecer limites de regras e padrões, é fundamental para satisfazer as necessidades de segurança e proteção. Fonte: www.dicasdeescrita.com.br Maslow, psicólogo confeccionou essa pirâmide em 1942, A fundamentação da pirâmide nos direciona o código de sua teoria: O ser humano tende a satisfazer suas necessidades primárias, ou seja, as mais baixas na pirâmide de Maslow, antes pensar em buscar as do mais alto nível. Da base para o topo da pirâmide, os degraus dos grupos tornam-se com prioridade diminuída. Isto prova que as necessidades dos ní- veis mais baixos devem ser atendidas para que o ser humano alcance os níveis su- periores. A satisfação de um nível faz com que a pessoa busque o nível imediatamente acima. Maslow (p.343) “Ressalta que é impossível a uma pessoa faminta pensar em liberdade, amor, sentimentos humanitários e respeito, pois tais conceitos e sentimen- tos “não enchem o estômago”. O autor em questão, não acredita que o ser humano possa galgar de um degrau a outro sem que suas necessidades mais primárias este- jam assistidas. 19 Fisiológico: Relacionado às necessidades básicas, que são aqueles direcio- nados à fome, sede, sono, saúde, e todas as necessidades diretamente relacionadas à sobrevivência do indivíduo. Segurança: São necessidades que tem relações com o fator risco, podendo ser real ou imaginário, de morte; fazem a pessoa ir em busca por segurança, estabili- dade, proteção, previsibilidade. São do grupo das necessidades relacionadas com a sobrevivência. Social: Embasadas com a busca do indivíduo pelo inter-relacionamento a ou- tros indivíduos. Na medida em que a pessoa se torna satisfeita quanto aos aspectos fisiológicos e de segurança, passa a buscar nas relações sociais, seu fortalecimento como membro da espécie. Estima: Direcionadas ao ego. Logo que as necessidades sociais são assisti- das, o indivíduo passa a buscar mais: orgulho, autoestima, auto respeito, progresso, confiança, reconhecimento, apreciação, admiração e outras. Um fator que o diferencie e o destaque dos demais. Auto realização: Essas necessidades direcionam-se com a busca do indivíduo por realizar seu potencial, atingindo a auto realização, a autossatisfação e o autode- senvolvimento. Transcendência: Conforme a pessoa consegue seu auto realização, passa a buscar colaborar no auto realização de outras pessoas. Este nível não era o marco inicial da proposta de Maslow, sendo que na fase final de seus trabalhos, este foi incorporado. 2.1 Sistematização da assistência de enfermagem: A sistematização da assistência de enfermagem é uma das atribuições do en- fermeiro, e é importante para aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e huma- nos na assistência ao paciente e mostrar sua prática profissional, instruindo na defini- ção do seu papel. Essa ferramenta de trabalho bem utilizada vai colaborar para uma assistência de enfermagem de qualidade. É de vital importância que o Enfermeiro planeje sua assistência. 20 3 HUMANIZAÇÃO NO SERVIÇO DE ENFERMAGEM Segundo OLIVEIRA (2001, p.104), “Humanizar, caracteriza-se em colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvido, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios. O relacionamento e o contato direto fazem crescer, e é neste momento de troca, que humanizo, porque assim posso me reconhecer e me identificar como gente, como ser humano. ” Fonte: www.rduirapuru.com.br Para que o processo de humanização ocorra no serviço de Enfermagem é fun- damental o relacionamento terapêutico de qualidade. 4 TÉCNICAS GERAIS DE ENFERMAGEM: São baseadas em fundamentação científica, onde o profissional de enferma- gem tecerá várias técnicas, em vistas de proporcionar o bem estar geral do paci- ente/cliente. Conceitos Básicos relacionados a Biossegurança no serviço de Enfermagem: Lavagem das Mãos; 21 Disponibilizar e proceder a arrumação do material necessário a prática de En- fermagem; Relacionamento Terapêutico- explicar o procedimento ao paciente, ao estabe- lecer vínculo; Respeitar as necessidades humanas primárias, procedendo a confortabilidade do paciente; Organização, esta função administrativa deve estar em todas as atividades exercidas pelo profissional de Enfermagem; Proceder as fazer as anotações de enfermagem, as anotações são documen- tos que provam a assistência e acompanham a evolução do paciente. Fonte:pt.slideshare.net 4.1 Anotação de Enfermagem: São todos os registros das informações do paciente, das observações realiza- das sobre o seu estado de saúde, das prescrições de enfermagem e sua implantação, da evolução de enfermagem e de outros cuidados prestados, e também aqueles rela- cionados a prescrição médica. 22 Fonte:unidosaoquadrado.blogspot.com.br 4.2 Roteiro para anotação de enfermagem - De acordo com Lourenço. O profissional deve ter um roteiro norteador de anotação de enfermagem, tendo como peça estratégica categorias fundamentadas por Dugas, conforme vemos a seguir: -Comportamento e observações relativas ao paciente -Nível de consciência; -Estado emocional; -Integridade da pele e mucosa - Hidratação; -Aceitação de dieta - Manutenção venóclise; - Movimentação; - Eliminação; -Presença de cateteres e drenos -Cuidados prestados aos pacientes prescritos ou não pelo enfermeiro -Mudança de decúbito; -Posicionamento no leito ou na poltrona; - Banho; -Retirada de drenos, sondas, cateteres, etc. 23 -Medidas prescritas pelo médico e prestadas pela enfermagem - Repouso; -Uso de colete/faixas; -Recusa de medicação ou tratamento. -Respostas específicas do paciente a terapia e assistência -Alterações do quadro clínico; -Sinais e sintomas; -Alterações de sinais vitais; -Intercorrências com o paciente; - Providências tomadas; - Resultados -Medidas terapêuticas executadas pelos membros da equipe -Passagem de dispositivo intravenoso (intracath, duplo ou triplo lúmen, etc.); -Visita médica especializada (avaliações); -Atendimento do fisioterapeuta, da nutricionista ou psicólogo. - Orientações educativas - Nutrição; -Atividade física; Fonte: blogdohrba.blogspot.com.br -Uso de medicações. 24 -Outros fatos relevantes (de qualquer natureza) referidos pelo paciente ou per- cebidos pelo profissional. -Acidentes e intercorrências; -Recebimento de visitas. 4.3 Evolução: É o registro realizado pelo enfermeiro após uma avaliação detalhada do estado geral do cliente. Deve ser feita diariamente, e a cada mudança neste estado acompa- nhada. O Objetivo é conhecer os problemas, se aumentaram, agravaram, modifica- ram. Para Horta (1979), “a evolução de enfermagem é o relato diário ou periódico das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano enquanto estiver sob assis- tência profissional, ou seja, uma avaliação global do plano de cuidados”. A evolução de enfermagem deve conter em ordem, segundo Horta (1979); Campedelli et al., (1989): Data, hora; Tempo de internação; Motivo da internação; Diagnóstico; Discriminação sequencial do estado geral, considerando: neurológico, respira- tório, circulatório, digestivo, nutricional, locomotor e gentio-urinário; Procedimentos invasivos, considerando: entubações, orotraqueais, traqueosto- mias, sondagens nasogástricas e enterais, cateterizações venosas, vesicais e drenos; Cuidados prestados aos clientes, considerando: higienizações, aspirações, cu- rativos, troca de drenos, cateteres e sondas, mudança de decúbito, apoio psi- cológico e outros; Descrição das eliminações considerando: secreções traqueais, orais e de le- sões, débitosgástricos de drenos, de ostomias, fezes e diurese, quanto ao tipo, quantidade, consistência, odor e coloração e, · assinatura e Coren. 25 4.4 Diagnóstico de Enfermagem: Fonte:pt.slideshare.net O termo diagnóstico de enfermagem foi introduzido por Wanda de Aguiar Horta, na década de 60, e é parte das etapas do processo de enfermagem (Horta, 1979). De acordo com Horta (1979), “diagnóstico de enfermagem é a identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação, pelo en- fermeiro, do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão”. O enfermeiro após proceder a análise dos dados determinados no histórico e exame físico fará a identificação dos problemas de Enfermagem, quais as necessida- des básicas que estão afetadas, o grau de dependência do cliente, e então fará um julgamento clínico no paciente em sua visão holística. Fatores relacionados: Vide presença de fatores de risco. 4.5 Assistência de enfermagem Padrão de resposta humana: comunicar: Comunicação verbal prejudicada Definição: Estado no qual o indivíduo experimenta impedimento, diminuição ou ausência na habilidade de receber, processar, transmitir e usar um sistema de símbo- los. Características definidoras: 26 Dificuldade de acompanhar/manter um padrão usual de comunicação; Obstinação em não falar; Desorientação auto/alo psíquica; Dificuldade de verbalizar ou falar expressa por afonia, disfonia, distúrbio de ritmo, dislalia ou disartria; Dificuldades de expressar pensamento caracterizado por afasia, disfa- sia, apraxia ou dislalia; Déficit auditivo parcial ou total; Déficit visual parcial ou total; Fonte: integratedlearningacademy.com Expressão facial/corporal de tensão; Fácies inexpressivas; Ansiedade/depressão. Fatores relacionados: Diferenças culturais; Diferenças relacionadas ao desenvolvimento e idade; Barreira psicológica; Ação medicamentosa; Barreiras ambientais; 27 Ausência de pessoas significativas; Percepção alterada; Déficit de informação; Estresse; Alteração na autoestima e no autoconceito; Condições físicas: -barreiras físicas (traqueostomia); Alterações anatômicas (aparelho auditivo, visual, fonador); Alteração do sistema nervoso central Alterações neuromusculares; Enfraquecimento musculoesquelético Padrão de resposta humana: relacionar. Interação social prejudicada Definição: Estado no qual o indivíduo participa de relacionamento social em quantidade insuficiente ou excessiva, ou em qualidade ineficaz. Características definidoras (Maiores): Desconforto verbalizado ou observado em situações sociais; Inabilidade verbalizada ou observada para receber ou comunicar uma sensação gratificante de pertencer, cuidar, interessar-se, ou comparti- lhar com os outros; Uso observado de comportamentos de interação social fracassados; Disfunção interativa com seu grupo etário, família e/ou outros. (Menor): Relato familiar de mudanças no estilo ou padrão de interação. Fatores relacionados: Déficit de conhecimento ou habilidade para aumentar a interação; Bar- reiras de comunicação; Distúrbio de autoconceito; Ausência de pessoas significativas ou grupos significativos disponíveis; Limitação de mobili- dade motora; terapêutica de isolamento; Desigualdade sócio-econô- mico-cultural Barreiras ambientais; Alteração do processo do pensa- mento. Isolamento social. Definição: Estado no qual o indivíduo experimenta solidão, percebida como uma imposição dos outros e como um estado negativo e ameaçador. 28 Características definidoras (Objetivas): : Fonte:www.cbpr.org.br Ausência do suporte significativo de outros (familiares, amigos e cole- gas); Afeto triste e embotado; Interesses ou atividades inapropriadas ou imaturas para a idade ou estágio de desenvolvimento; Sem comunicação, isolado, sem contato olho-a-olho; Preocupação com os próprios pensamentos, atos repetitivos sem significado; Hostilidade projetada na voz e no comportamento; Procura viver sozinho ou em uma subcultura; Evidência de deficiência física ou mental, ou estado de bem- estar alterado; Comportamento não aceito pelo grupo cultural domi- nante. Subjetivas: Sentimentos expressos de solidão imposta por outros; Sentimentos expressos de rejeição; Experiência de sentimento de ser diferente dos outros; Experiência de inadequação, por ausência de propósitos significativos na vida; Sentimentos expressos de inabilidade para apresentar-se em público; Valores expressos aceitáveis para o grupo de subcultura, mas inaceitáveis para o grupo cultural dominante; 29 Interesses expressos inapropriados para a idade ou estágio de desenvolvi- mento. Fatores relacionados: Fatores contribuindo para a ausência de relaciona- mento pessoal satisfatório, tais como: Demora em atingir etapas do desenvolvimento; Interesses imaturos; Alterações na aparência física; Alteração no estado mental; Alteração no bem-estar; Recursos pessoais inadequados; Inabilidade para engajar-se em relacionamento pessoal satisfatório. Desempenho de papel alterado. Definição: Estado no qual o indivíduo evi- dência distúrbio na maneira de perceber o desempenho de seu papel. Características definidoras: Mudanças na percepção do próprio papel; Negação do papel; Mudanças na percepção do papel de outros; Conflito de papeis; Mudança na capacidade física para reassumir o papel; Falta de assimilação ou conhecimento do papel; Mudança no padrão usual de responsabilidade. Fatores relacionados: Dificuldades cognitivo-perceptivas; Retardo mental; Crises de desenvolvimento; Carência de modelo de papel; Ambiguidade do modelo de papel; Suporte inadequado. Paternidade ou maternidade alterada. Definição: Estado no qual o pai ou a mãe experimenta uma inabilidade para criar um am- biente que promova um ótimo crescimento e um ótimo desenvolvimento de outro ser humano. 30 Características definidoras: Abandono; Fuga; Inabilidade para controlar crianças só com palavras; Incidência de trauma físico e psicológico; Ausência de vínculo afetivo; Estimulação visual, tátil e auditiva inapropriada; Identificação negativa de característica da criança; Constante verbalização de desapontamento com o sexo ou característi- cas físicas da criança; Verbalização de ressentimento com a criança; Verbalização de inadequação no papel; Falta de atenção às necessidades da criança; É importante dizer, como prefácio deste diagnóstico, que o ajustamento para paternidade ou maturidade, em geral é um processo de amadurecimento normal que evidencia comportamentos de enfermagem de prevenção de problemas potenciais e promoção da saúde. 5 PLANO DE CUIDADOS A etapa de planejamento refere-se ao estabelecimento das prioridades e obje- tivos de atenção frente às duas primeiras etapas do processo de enfermagem. Cabe ao enfermeiro assegurar o registro dos cuidados realizados ao cliente idoso. Acres- centa-se que o plano deve promover a comunicação entre os cuidadores, direcionar o cuidado e a documentação, de ser utilizado para avaliar, pesquisar e para questões legais, e registrar a necessidade de cuidados para reembolso dos convênios. (AL- FARO-LEFEVRE, 2005). Horta (1979, p. 65) complementa que o plano de cuidados “é a determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diag- nóstico estabelecido”. O plano de cuidados é a resultante da análise do diagnóstico de enfermagem, examinando-se os problemas de enfermagem, as necessidades hu- manas básicas afetadas e o grau de dependência do indivíduo, da família e da comu- nidade. Timby (2001, p. 40) acrescenta que no planejamento “a enfermeira prioriza os 31 problemasidentificados, identifica resultados ou metas mensuráveis, seleciona inter- venções adequadas e documenta no plano de cuidados”. Fonte: www.salute.gov.it Entretanto, existem diversas classificações de intervenções de enfermagem, destaca-se: a Classificação das Intervenções em Enfermagem (NIC), sendo esta ela- borada pela North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) que está em consonância com a taxonomia de diagnósticos de enfermagem. Portanto, o enfermeiro estabelece as intervenções de enfermagem que serão prescri- tas sob a forma de ações/cuidados de enfermagem, como estratégias de reunir as condições que venham satisfazer as necessidades do indivíduo, da família e da co- munidade. Conclui-se que nesta fase, após a coleta de informações e da elaboração dos diagnósticos de enfermagem é que serão identificadas as intervenções de enfer- magem que quando aplicadas buscarão resultados apropriados para a prevenção de complicações. A manutenção, a recuperação e/ou a reabilitação da saúde do cliente, da família e da comunidade. 32 6 IMPLEMENTAÇÃO Fonte: www.institutopedroarthur.org.br A etapa de implementação é de colocar o plano em ação e prática que permite: emitir e receber informações, estabelecer as prioridades diárias, investigar, executar as ações de enfermagem, e alterar as ações/cuidados de enfermagem em consonân- cia com o processo saúde-doença do sujeito. (ALFARO-LEFREVE, 2005). Horta (1979, p. 66) acrescenta que a implementação se dá por meio de um “roteiro diário ou aprazado que coordena a ação da equipe de enfermagem nos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano”. Enfim, a implementação estará relacionada à execução dos cuidados que fo- ram pensados criticamente pelo enfermeiro e colocados no plano de cuidados por meio de intervenções que na prescrição de enfermagem são consideradas como ações/cuidados de enfermagem. Assim, cada cliente recebe os cuidados individualizados e de acordo com as necessidades humanas básicas afetadas para auxiliar na prevenção de complicações, na manutenção ou no restabelecimento de sua saúde. 33 BIBLIOGRAFIA ATKISON, L.D., MURRAY, M.E. Fundamentos de enfermagem – introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1989. ALVES, V.L.S. Gestão da qualidade: ferramentas utilizadas no contexto contem- porâneo da saúde. São Paulo: Martinari, 2009. BRASIL. Lei 7498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Disponível em: http://www.coren- tocantins.org.br/eUpload/arquivos/8/Lei%20n%C2%BA%207.498.pdf. Acesso em 05 abr 2012. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Edu- cação Superior. Resolução CNE/CES Nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui Dire- trizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. 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Dispo- nível em: http://www.corenmg.gov.br/anexos/legislacao_normas_pb.pdf. Acesso em: 06 abr. 2012. GAMA, B.M.B.M. As funções administrativas e o Planejamento em Enfermagem. Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Enfermagem. Apostila de curso. 2010. DANIEL, L.F. A enfermagem planejada. São Paulo: EPU; 1981. GRECO, R.M. A função administrativa planejar como instrumento do processo de trabalho do enfermeiro. Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de En- fermagem. Apostila de curso. 2011. HORTA, W.A., Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. KURCGANT, P. et al, Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991. SANTOS, I. Prescrições de enfermagem: rotinas de serviços ou intuições diagnósticas. Rev Enfermagem UERJ 1994; 6(1): 32-43. SILVA, S.H., TAKITO, C., 35 LUNARDI FILHO, W.D., LUNARDI, G.L., PAULITSCH, D. da S. 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