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Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar, Reprodutor e Locomotor
Sistema Reprodutor
Canal vaginal
Colo do útero
Útero
Tubas uterinas
Fímbrias
Ovários
Sistema Reprodutor Feminino
Útero
Fímbrias
Tuba uterina
Ovário
Reto
Bexiga
Uretra
Vagina
Clitóris
Ânus
Lábio menor
Lábio maior
Colo do útero
 
Os órgãos do sistema genital feminino incluem os ovários (gônadas femininas); as tubas uterinas; o útero; a vagina; e órgãos externos, que são coletivamente chamados de pudendo feminino (também conhecido como vulva). As glândulas mamárias são consideradas parte do tegumento e do sistema genital feminino.
Utero
O útero serve como parte da via para o espermatozoide depositado na vagina alcançar as tubas uterinas. É também o local da implantação de um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gestação e trabalho de parto. Durante os ciclos reprodutivos, quando a implantação não ocorre, o útero é a fonte do fluxo menstrual.
Situado entre a bexiga urinária e o reto, o útero tem o tamanho e o formato de uma pera invertida. O útero é maior em mulheres que estiveram grávidas recentemente, e menor (atrofiado) quando os níveis de hormônios sexuais são baixos, como ocorre após a menopausa.
As subdivisões anatômicas do útero incluem (1) uma parte em forma de cúpula superior às tubas uterinas chamada de fundo do útero, (2) uma parte central afilada chamada de corpo do útero e (3) uma parte inferior estreita chamada de colo do útero, que se abre para o interior da vagina.
Histologicamente, o útero é composto por três camadas de tecido: perimétrio, miométrio e endométrio.  camada exterior – o perimétrio ou túnica serosa – é parte do peritônio visceral; é composta por epitélio escamoso simples e tecido conjuntivo areolar. A camada intermediária do útero, o miométrio, é constituída por três camadas de fibras musculares lisas que são mais espessas na região do fundo e mais finas no colo do útero. A camada intermediária mais espessa é circular; as camadas interna e externa são longitudinais ou oblíquas. Durante o trabalho de parto e parto, as contrações coordenadas do miométrio em resposta à ocitocina da neuro-hipófise ajudam a expelir o feto do útero. A camada interna do útero, o endométrio, é bem vascularizada. O endométrio é dividido em duas camadas. O estrato funcional (camada funcional) reveste a cavidade uterina e descama durante a menstruação. A camada mais profunda, o estrato basal (lâmina basal), é permanente e dá origem a um novo estrato funcional após cada menstruação.
A vagina é um canal tubular fibromuscular de 10 cm de comprimento, alinhado com a túnica mucosa que se estende do exterior do corpo até o colo do útero. Ela é o receptáculo para o pênis durante a relação sexual, a saída para o fluxo menstrual e a via de passagem para o parto. Situada entre a bexiga urinária e o reto, a vagina é dirigida superior e posteriormente, onde se insere no útero.
O termo pudendo feminino refere-se aos órgãos genitais externos da mulher. Os lábios maiores se estendem inferiormente e posteriormente. Os lábios maiores do pudendo são recobertos por pelos pubianos e contêm tecido adiposo, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas apócrinas. Eles são homólogos ao escroto. Medialmente aos lábios maiores do pudendo estão duas pregas de pele menores chamadas lábios menores do pudendo. Ao contrário dos lábios maiores do pudendo, os lábios menores do pudendo são desprovidos de pelos pubianos e gordura e têm poucas glândulas sudoríferas, mas contêm muitas glândulas sebáceas.
O clitóris é uma pequena massa cilíndrica composta por dois pequenos corpos eréteis, os corpos cavernosos, e diversos nervos e vasos sanguíneos. O clitóris está localizado na junção anterior dos lábios menores do pudendo. Uma camada de pele chamada prepúcio do clitóris é formada no ponto em que os lábios menores do pudendo se unem e recobrem o corpo do clitóris. A parte exposta do clitóris é a glande do clitóris. O clitóris é homólogo à glande nos homens. Como a estrutura do sexo masculino, o clitóris é capaz de aumentar de tamanho à estimulação tátil e tem um papel na excitação sexual da mulher.
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Estruturas reprodutivas internas	
Útero: rico em glândulas ENDOMÉTRIO: embrião se aloja na parede do útero.
Útero
Canal cervical
Fímbrias
Cavidade uterina
Tuba uterina
Ovário
Colo do útero
(cérvix)
Vagina
 
Ovários
Os ovários, que são as gônadas femininas, são um par de glândulas semelhantes a amêndoas sem casca em tamanho e forma;
Os ovários produzem (1) gametas, os oócitos secundários que se desenvolvem em óvulos maduros após a fertilização, e (2) hormônios, incluindo a progesterona e os estrogênios (hormônios sexuais femininos), a inibina e a relaxina.
Os ovários, um em cada lado do útero, descem até a margem da parte superior da cavidade pélvica durante o terceiro mês de desenvolvimento.
As mulheres têm duas tubas uterinas, que se estendem lateralmente a partir do útero. As tubas, que medem aproximadamente 10 cm de comprimento, encontram-se no interior das pregas do ligamento largo do útero. Elas fornecem uma via para os espermatozoides chegarem até o óvulo e transportam os oócitos secundários e óvulos fecundados dos ovários até o útero. A parte em forma de funil de cada tuba, chamada de infundíbulo da tuba uterina, está próxima do ovário, mas se abre para a cavidade pélvica. Ela termina em franjas de projeções digitiformes chamadas fímbrias da tuba uterina, que estão ligadas à extremidade lateral do ovário.
Após a ovulação, os movimentos das fímbrias da tuba uterina produzem correntes locais, que circundam a superfície do folículo maduro imediatamente antes de ocorrer a ovulação. Estas correntes movem o oócito secundário ovulado da cavidade peritoneal para a tuba uterina. Um espermatozoide geralmente encontra e fertiliza um oócito secundário na ampola da tuba uterina, embora a fertilização na cavidade peritoneal não seja incomum. A fertilização pode ocorrer até aproximadamente 24 h após a ovulação. Algumas horas após a fertilização, os materiais nucleares do óvulo haploide e o espermatozoide se unem. O óvulo fertilizado diploide é agora chamado de zigoto e começa a sofrer divisões celulares enquanto se move em direção ao útero. Ele chega ao útero 6 a 7 dias após a ovulação. Os oócitos secundários não fertilizados se desintegram.
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OVÁRIOS: 
par de glândulas 
localizados um em 
cada lado do útero:
Produzem: 
gametas e 
hormônios femininos (estrógeno e progesterona).
Sistema Reprodutor Feminino
Folículo ovarianos de Graff: agrupamentos de células germinativas que irão originar os gametas.
Fonte: https://bit.ly/2Rp7Phg. Acesso em: jan. 2019. 
 
Os ovários, um em cada lado do útero, descem até a margem da parte superior da cavidade pélvica durante o terceiro mês de desenvolvimento. Vários ligamentos os prendem em sua posição.
 O ovário é uma estrutura elíptica, com cerca de 2 a 4 cm de comprimento. Ele possui uma camada externa de tecido conectivo e uma estrutura de tecido conectivo interior, chamada de estroma. Grande parte do ovário é constituído por um espesso córtex externo preenchido por folículos ovarianos em diversos estágios de desenvolvimento ou de degradação. A pequena medula central contém nervos e vasos sanguíneos.
Os folículos ovarianos estão no córtex e consistem em oócitos em várias fases de desenvolvimento, além das células que os circundam. Quando as células circundantes formam uma única camada, são chamadas células foliculares; mais tarde no desenvolvimento, quando se formam diversas camadas, elas são chamadas células granulosas. As células circundantes nutrem o oócito em desenvolvimento e começam a secretar estrogênios conforme o folículo cresce
•O folículo maduro é um folículo grande, cheio de líquido, que está pronto para romper e expulsar seu oócito secundário, em um processo conhecido como ovulação
•O corpo lúteo contém os restos de um folículo maduro após a ovulação. O corpo lúteo produz progesterona, estrogênios, relaxina e inibina, até que se degenera em um tecido cicatricial fibroso chamado corpo albicante.5
Sistema Reprodutor Feminino
OVOGÊNESE: formação de gametas nos ovários:
1ª fase: fase de multiplicação 
ou de proliferação.
Mitoses consecutivas
Surgimento de ovogônias
Fase termina por 
volta do 3º mês de gestação
Fonte: http://bit.ly/2RnZElF. Acesso em: jan. 2019. 
 
A formação de gametas nos ovários é denominada oogênese. Em contraste com a espermatogênese, que no sexo masculino começa na puberdade, a oogênese nas mulheres começa antes mesmo de elas nascerem. A oogênese ocorre essencialmente do mesmo modo que a espermatogênese; ocorre uma meiose e as células germinativas resultantes sofrem maturação.
Durante o início do desenvolvimento fetal, as células germinativas primordiais (primitivas) migram do saco vitelino para os ovários. Lá, as células germinativas se diferenciam no interior dos ovários em oogônias. As oogônias são células-tronco diploides (2n) que se dividem por mitose produzindo milhões de células germinativas. Mesmo antes do nascimento, a maior parte destas células germinativas se degenera em um processo conhecido como atresia. 
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Aumento do 
citoplasma e grande acúmulo de substâncias nutritivas
Sistema Reprodutor Feminino
OVOGÊNESE: 
2ª Fase: Crescimento
Inicia-se a primeira Meiose
Ovogônias Ovócitos I
Dura até a fase da 
puberdade
Fonte: http://bit.ly/2RnZElF. Acesso em: jan. 2019. 
 
Algumas, no entanto, se desenvolvem em células maiores chamadas oócitos primários, que entram na prófase da meiose I durante o desenvolvimento fetal, mas não concluem essa fase até depois da puberdade. Durante esta pausa na fase de desenvolvimento, cada oócito primário é circundado por uma camada única de células foliculares planas, e a estrutura como um todo é chamada folículo primordial. Ao nascer, aproximadamente 200 mil a 2 milhões de oócitos primários permanecem em cada ovário. Destes, aproximadamente 40 mil ainda estão presentes na puberdade, e aproximadamente 400 vão amadurecer e ovular durante a vida fértil da mulher. A parte restante dos oócitos primários sofre atresia. A cada mês, da puberdade até a menopausa, gonadotropinas (FSH e LH) secretadas pela adeno-hipófise estimulam adicionalmente o desenvolvimento de vários folículos primordiais, embora apenas um geralmente alcance a maturidade necessária para a ovulação. Alguns folículos primordiais começam a crescer, tornando-se folículos primários. Cada folículo primário consiste em um oócito primário. Com a continuidade da maturação, um folículo primário se desenvolve em folículo secundário. O folículo secundário aumenta de tamanho e se torna um folículo maduro
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OVOGÊNESE:
 3ª fase: Maturação
A cada ciclo menstrual, um Ovócito I entra no período de maturação
Completa a primeira parte da divisão 
da meiose, originando duas novas células
Uma delas não se desenvolve  
 Glóbulo Polar
Na outra, origina-se o Ovócito II que sofrerá a segunda parte da meiose quando for fecundado
Quando fecundado, uma se transforma em 
glóbulo polar e a outra, finalmente, em óvulo
Fonte: http://bit.ly/2RnZElF. Acesso em: jan. 2019. 
 
Enquanto neste folículo, e pouco antes da ovulação, o oócito primário diploide completa a meiose I, produzindo duas células haploides (n) de tamanho desigual – cada uma com 23 cromossomos. A célula menor produzida pela meiose I, chamada de primeiro corpo polar, é essencialmente material nuclear descartado. A célula maior, conhecida como oócito secundário, recebe a maior parte do citoplasma. Uma vez que um oócito secundário é formado, ele começa a meiose II, mas em seguida, para na metáfase. O folículo maduro rompe-se e libera rapidamente seu oócito secundário, Na ovulação, o oócito secundário é expelido para o interior da cavidade pélvicaem um processo conhecido como ovulação. O oócito secundário se divide em duas células haploides, novamente de tamanhos desiguais. A célula maior é o óvulo, ou ovo maduro; a menor é o segundo corpo polar. Os núcleos do espermatozoide e do óvulo então se unem, formando um zigoto diploide.
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Oogênese
 
Durante os anos férteis: mulheres não grávidas alterações cíclicas nos ovários e útero;
Cada ciclo dura aprox. 1 mês: oogênese e a preparação do útero para receber o óvulo fertilizado;
Hormônios secretados pelo hipotálamo e adeno-hipófise e ovários controlam os principais eventos;
Ciclo ovariano: série de eventos nos ovários que ocorrem durante e após a maturação do oócito;
Ciclo uterino: ciclo menstrual série de alterações no endométrio do útero para preparar para a chegada no óvulo fertilizado.
Ciclo reprodutivo feminino- Regulação hormonal
 
Ciclo reprodutivo feminino- Regulação hormonal
Grupamentos neuronais que se relacionam ao controle da função endócrina;
Hipotálamo e a glândula hipófise: controle sobre a função de várias glândulas endócrinas- tireoide, suprarrenais e gônadas;
Hormônio hipotalâmico: GnRH  estimula a síntese e liberação de FSH e LH 
HIPOTÁLOMO ENDÓCRINO
 
Hipotálamo é uma estrutura do sistema nervoso central (SCN) que está envolvido em uma série de processos fisiológicos (como controle de T e ingestão alimentar).
Apresenta grupamentos neuronais que se relacionam ao controle da função endócrina (Representa uma interface entre os sistemas nervoso e endócrino)
O hipotálamo e a glândula hipófise formam uma unidade que exerce controle sobre a função de várias glândulas endócrinas como: tireoide, suprarrenais e gônadas sexuais e assim uma série de funções orgânicas. Dentre os diversos hormônios hipotalâmicos existe o GnRh (hormônio liberador de gonadotrofinas) que estimula a síntese e a liberação dos hormônios gonadotróficos foliculoestimulante (FSH) e luteinizante (LH).
O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) secretado pelo hipotálamo controla os ciclos ovariano e uterino. O GnRH estimula a liberação do hormônio foliculoestimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) pela adeno-hipófise.
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Ciclo reprodutivo feminino- Regulação hormonal
GLÂNDULA HIPÓFISE
Hipófise anterior ou adeno-hipófise: hormônios ACTH, TSH, LH e FSH, GH e Prl
Gonadotrofinas (LH e FSH): produzidos nos gonadotrofos e atuam sobre as gônadas femininas e masculinas
Hipófise posterior ou neuro-hipófise: ADH e Ocitocina
 
Em humanos a hipófise apresenta dividida em duas porções: hipófise anterior ou adeno-hipófise e hipófise posterior ou neuro-hipófise. A adeno-hipófise é constituída de 5 tipos celulares fenotipicamente distintos que secretam os hormônios adrenocorticotrófico (ACTH)- atua sobre as células da camada cortical da glândula adrenal estimulando seus hormônios principalmente o cortisol.
Hormonio tireotrófico (TSH): estimula a tireoide a secretar o hormônio tiroxina T4 que é convertido em triiodotironina (T3).
Gonadotrofinas (horm^nio luteinizante LH e o hormônio folículo estimulante FSH) agem sobre as gônadas, estimulando o seu crescimento e diferenciação, tornando-as aptas para sua função reprodutiva e endócrina.
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Regulação Hormonal ciclo reprodutivo feminino
 
O hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) secretado pelo hipotálamo controla os ciclos ovariano e uterino (Figura 28.23). O GnRH estimula a liberação do hormônio foliculoestimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) pela adeno-hipófise. O FSH inicia o crescimento folicular, enquanto o LH estimula o desenvolvimento adicional dos folículos ovarianos. Além disso, o FSH e o LH estimulam os folículos ovarianos a secretar estrogênio. No meio do ciclo, o LH estimula a ovulação e, então, promove a formação do corpo lúteo, a razão para o nome hormônio luteinizante. Estimulado pela LH, o corpo lúteo produz e secreta estrogênios, progesterona, relaxina e inibina. A progesterona, secretada principalmente pelas células do corpo lúteo, coopera com os estrogênios para preparar e manter o endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado e preparar as glândulas mamárias para a secreção de leite. Altos níveis de progesterona também inibem a secreção de LH e GnRH.
A pequena quantidade de relaxina produzida pelo corpo lúteo durante cada ciclo mensal relaxa o útero inibindo as contrações do miométrio.Presumivelmente, a implantação de um óvulo fertilizado ocorre mais facilmente em um útero “tranquilo”. Durante a gestação, a placenta produz muito mais relaxina, e isso continua relaxando o músculo liso do útero. No final da gestação, a relaxina também aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e pode ajudar a dilatar o colo do útero, que facilitam a saída do bebê.
A inibina é secretada pelas células granulosas dos folículos em crescimento e pelo corpo lúteo após a ovulação. Ela inibe a secreção de FSH e, em menor grau, de LH.
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Fases do ciclo reprodutivo feminino
Fonte: http://bit.ly/2t2n725. Acesso em: jan. 2019. 
Estrógeno e Progesterona: preparam o endométrio para a gestação.
Se não ocorre a fecundação, a produção hormonal diminui e ocorre a menstruação. 
Sistema Reprodutor Feminino
 
Durante os anos férteis, as mulheres não grávidas normalmente apresentam alterações cíclicas nos ovários e útero. Cada ciclo dura aproximadamente 1 mês e envolve tanto a oogênese (ou ovogênese) quanto a preparação do útero para receber um óvulo fertilizado. Hormônios secretados pelo hipotálamo, adeno-hipófise e ovários controlam os principais eventos. O ciclo ovariano consiste em uma série de eventos nos ovários que ocorrem durante e após a maturação do oócito. O ciclo uterino (menstrual) é uma série concomitante de alterações no endométrio do útero para prepará-lo para a chegada de um óvulo fertilizado, que ali vai se desenvolver até o nascimento. Se a fertilização não ocorrer, os hormônios ovarianos diminuem, o que faz com que o estrato funcional do endométrio descame. O termo geral ciclo reprodutivo feminino abrange os ciclos ovariano e uterino, as alterações hormonais que os regulam e as mudanças cíclicas relacionadas nas mamas e no colo do útero.
A duração do ciclo reprodutivo feminino normalmente varia de 24 a 36 dias. Para essa discussão, assume-se uma duração de 28 dias e divide-se o ciclo em quatro fases: a fase menstrual, a fase pré-ovulatória, a ovulação e a fase pós-ovulatória
Fase menstrual
A fase menstrual, também chamada de menstruação, perdura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo. (Por convenção, o primeiro dia da menstruação é o dia 1 de um novo ciclo.)
Fase pré-ovulatória (ovário) e proliferativa (útero). A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a ovulação. A fase pré-ovulatória do ciclo tem comprimento mais variável do que as outras fases e representa a maior parte das diferenças na duração do ciclo. Tem a duração de 6 a 13 dias em um ciclo de 28 dias.
Evento no ovário: o folículo 2º passa a ser o folículo maduro que continua aumentando o tamanho até que esteja pronto para a ovulação.
Evento no útero: o estrogênio liberado para o sangue pelos folículos ovarianos estimulam o reparo do endométrio. O endométrio se espessa dobra o tamanho no útero essa fase pré-ovulatória no útero tb é denominada fase proliferativa pois o útero está proliferando.
Ovulação
A ovulação, a ruptura do folículo maduro e a liberação do oócito secundário para o interior da cavidade pélvica, geralmente ocorre no 14o dia em um ciclo de 28 dias. 
Os níveis elevados de estrogênios durante a última parte da fase pré-ovulatória exercem um efeito de feedback positivo sobre as células que secretam LH e hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) e induzem à ovulação. Uma alta concentração de estrogênios estimula a liberação mais frequente de GnRH pelo hipotálamo. Também estimula diretamente os gonadotropos na adeno-hipófise a secretar LH.
O GnRH promove a liberação adicional de FSH e LH pela adeno-hipófise.
O LH provoca a ruptura do folículo maduro e a expulsão de um oócito secundário aproximadamente 9 h após o pico de LH. O oócito ovulado e suas células da coroa radiada geralmente são deslocados para a tuba uterina.
A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o período entre a ovulação e o início da menstruação seguinte. Em duração, é a parte mais constante do ciclo reprodutivo feminino. Tem a duração de 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15o ao 28o dias 
No útero é a fase secretora do ciclo uterino: A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento e enrolamento das glândulas uterinas, a vascularização do endométrio superficial e o espessamento do endométrio até 12 a 18 mm. Em decorrência da atividade secretora das glândulas uterinas, que começam a secretar glicogênio, este período é denominado fase secretora do ciclo uterino. Estas alterações preparatórias alcançam seu pico aproximadamente 1 semana após a ovulação, no momento em que um óvulo fertilizado pode chegar ao útero. Se a fertilização não ocorrer, os níveis de progesterona e estrogênios declinam, em decorrência da degeneração do corpo lúteo. A interrupção na progesterona e nos estrogênios provoca a menstruação.
Ciclo ovariano: no ciclo ovariano é a fase lútea. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas também absorvem o coágulo de sangue. Em relação ao ciclo ovariano, esta fase é chamada de fase lútea. No útero a progesterona e o estrógeno produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento e a vascularização do endométrio. São alterações preparatórias para o óvulo fertilizado chegar ao útero. Se a fertilização não ocorre os níveis de progesterona e estrógeno caem, em decorrência da degeneração do corpo luteo e ocorre a menstruação.
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REGULAÇÃO HORMONAL CICLO MENSTRUAL
A- Fase folicular inicial
B- Fase folicular tardia e ovulação
C- Fase lútea inicial
D- Fase lútea tardia
A
B
C
D
 
Durante a fase folicular do ciclo o estrogênio é o hormônio esteroide dominante. A ovulação é desencadeada pelo pico de LH e FSH. Na fase lutea, a progesterona é dominante, embora o estrogênio ainda esteja presente.
A- Fase folicular inicial: baixos níveis de estrogênio exercem retroalimentação negativa sobre o GnRH, o FSH e o LH.
B- Fase folicular tardia e ovulação: níveis elevados de estrogênio somados ao nível crescente de progesterona causam o pico de LH. O FSH é suprimido pela inibina.
C- Fase lútea inicial: a combinação de estrogênio e progesterona inibe o FSH e o LH.
D- Fase lutea tardia: o estrogênio e a progesterona decaem quando o corpo luteo degenera. As gonadotrofinas iniciam o desenvolvimento de um novo ciclo. Ocorre a menstruação.
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Fase folicular variável
Fase lútea constante
Ovulação
Menstruação
Ciclo de 28 dias
Ciclo de 24 dias
Ciclo de 32 dias
 
Hormônios sexuais femininos
 MENOPAUSA OSTEOPOROSE 
Estrogênios
Progesterona
Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários:
crescimento e desenvolvimento da mama; 
crescimento de pelos pubianos; 
padrão feminino de deposição de gorduras
Crescimento da genitália interna e externa
Manutenção do libido
Regulação do ciclo menstrual
Completa a maturação óssea e manutenção da densidade óssea
Regulação do ciclo menstrual
Desenvolvimento da mama
Prepara o útero para gestação
Baixa nível sanguíneo de colesterol
 
Estrogênios em uma mulher não grávida é o estradiol mais abundante, que é sintetizado a partir do colesterol nos ovários. Tem várias funções importantes: promove o Desenvolvimento e manutenção das estruturas reprodutivas femininas, características sexuais secundárias e mamas. As características sexuais secundárias incluem a distribuição do tecido adiposo nas mamas, abdome, quadris. Aumenta o anabolismo proteico incluindo a formação de ossos fortes. Baixa o nível sanguíneo de colesterol que provavelmente é o motivo de as mulheres com menos de 50 anos correrem risco muito menor de doença da artéria coronária do que os homens de idade semelhante;
Progesterona: secretada principalmente pelas células do corpo lúteo, cooperacom os estrogênios para preparar e manter o endométrio para a implantação de um óvulo fertilizado e preparar as glândulas mamárias para a secreção de leite. Altos níveis de progesterona inibem a secreção de LH.
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Sistema reprodutor masculino
Gônadas (testículos) 
Órgãos acessórios
Epidídimo, ducto deferente, próstata, vesícula seminal, glândula bulbouretral, ducto ejaculatório, uretra e pênis.
Glândula bulbouretral
Testículo
Epidídimo
Escroto
Pênis
Uretra
Ducto deferente
Bexiga
Vesícula seminal
Próstata
Ducto ejaculatório
 
Os órgãos do sistema genital masculino incluem os testículos, um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias estruturas de apoio, incluindo o escroto e o pênis.
Os testículos (gônadas masculinas) produzem espermatozoides e secretam hormônios. O sistema de ductos transporta e armazena os espermatozoides, auxilia em sua maturação, e libera-os para o meio externo. O sêmen contém espermatozoides mais as secreções produzidas pelas glândulas sexuais acessórias. As estruturas de apoio têm várias funções. O pênis entrega os espermatozoides no aparelho reprodutivo feminino e o escroto contém os testículos.
O escroto, a estrutura que contém os testículos, consiste em pele solta e tela subcutânea subjacente. Ele está pendurado na raiz (parte anexa) do pênis (Figura 28.1A). Externamente, o escroto parece uma bolsa de pele ímpar separada em porções laterais por uma crista mediana chamada de rafe do escroto. Internamente, o septo do escroto divide o escroto em dois sacos, cada um contendo um testículo.
O septo do escroto é constituído por uma tela subcutânea e tecido muscular chamado músculo dartos, que é composto de feixes de fibras de músculo liso. A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a temperatura dos testículos. A produção normal de espermatozoides demanda uma temperatura de aproximadamente 2 a 3 °C abaixo da temperatura corporal central. Esta temperatura reduzida é mantida no escroto porque ele está fora da cavidade pélvica. Em resposta a temperaturas frias, os músculos cremaster e dartos se contraem. A contração dos músculos cremaster move os testículos para mais perto do corpo, onde eles podem absorver o calor do corpo. A contração do músculo dartos reduz o volume do escroto (de aspecto enrugado), o que reduz a perda de calor. A exposição ao calor inverte essas ações.
Epidídimo
O epidídimo é um órgão em forma de vírgula de aproximadamente 4 cm de comprimento que fica ao longo da margem posterior de cada testículo (ver Figura 28.3A). Cada epidídimo consiste principalmente em ductos do epidídimo bem enrolados. Os ductos eferentes do testículo se unem aos ductos do epidídimo na parte maior e superior do epidídimo, chamada de cabeça do epidídimo. O corpo do epidídimo é a parte média estreita, e a cauda do epidídimo é a parte inferior menor. Na sua extremidade distal, a cauda do epidídimo continua como o ducto deferente. As superfícies livres das células cilíndricas contêm estereocílios, que apesar de seu nome são microvilosidades longas e ramificadas (não cílios) que aumentam a área de superfície para a reabsorção de espermatozoides degenerados. 
Funcionalmente, o epidídimo é o local de maturação dos espermatozoides, processo pelo qual o espermatozoide adquire motilidade e a capacidade de fertilizar um óvulo. Isto ocorre ao longo de um período de aproximadamente 14 dias. O epidídimo também ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos deferentes durante a excitação sexual, pela contração peristáltica do seu músculo liso. Além disso, o epidídimo armazena espermatozoides, que permanecem viáveis aqui por até vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não seja ejaculado durante esse período de tempo é, por fim, reabsorvido.
Ducto deferente
No interior da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo torna-se menos enrolado e o seu diâmetro aumenta. Além deste ponto, o ducto é conhecido como ducto deferente. O ducto deferente, que mede aproximadamente 45 cm de comprimento, ascende ao longo da margem posterior do epidídimo através do funículo espermático e, em seguida, entra na cavidade pélvica. Ele contorna o ureter e passa lateralmente e desce pela face posterior da bexiga urinária. Função: o ducto deferente transporta os espermatozoides, durante a excitação sexual, do epidídimo em direção à uretra por contrações peristálticas de seu revestimento muscular. Como o epidídimo, o ducto deferente também pode armazenar espermatozoides durante vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não seja ejaculado durante esse período é, por fim, reabsorvido.
Ductos ejaculatórios
Cada ducto ejaculatório mede aproximadamente 2 cm de comprimento e é formado pela união do ducto da glândula seminal e a ampola do ducto deferente. Os curtos ductos ejaculatórios formam-se imediatamente superiores à base (parte superior) da próstata e passam inferior e anteriormente através da próstata. Eles terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e secreções das glândulas seminais pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior.
Uretra
Nos homens, a uretra é o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma passagem tanto para o sêmen quanto para a urina.
Pênis: contém a uretra e é uma passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina. É o órgão erétil e copulador masculino.
Caminho que os espermatozoides percorrem: túbulos seminíferos (onde são produzidos), epidídimo (local de maturação), ducto deferente (transporta os espermatozoides) ducto ejaculatório que desemboca na uretra.
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Sistema reprodutor masculino- Glândulas sexuais acessórias
Vesícula seminal
Próstata
Ureter esquerdo
Osso do quadril
Ampola do ducto deferente
Ducto deferente
Ducto ejaculatório
Ducto da vesícula seminal
Glândula bulbouretral
Músculos profundos do períneo
Glândula bulbouretral
Parte prostática da uretra
Secretam o sêmen
Próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais
 
Glândulas sexuais acessórias
Os ductos do sistema genital masculino armazenam e transportam os espermatozoides, mas as glândulas sexuais acessórias secretam a maior parte da porção líquida do sêmen. As glândulas sexuais acessórias incluem as glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais.
Glândulas seminais
O par de glândulas seminais são estruturas enroladas em forma de bolsa que medem aproximadamente 5 cm de comprimento e se encontram posteriormente à base da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Por meio dos ductos das glândulas seminais, elas secretam um líquido viscoso alcalino que contém frutose (um açúcar monossacarídio), prostaglandinas e proteínas de coagulação, que são diferentes das do sangue. A natureza alcalina do líquido seminal ajuda a neutralizar o meio ácido da uretra masculina e do sistema genital feminino, que de outro modo inativariam e matariam os espermatozoides. A frutose é utilizada para a produção de ATP pelos espermatozoides. As prostaglandinas contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides e podem estimular as contrações do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas de coagulação ajudam o sêmen a coagular após a ejaculação. O líquido secretado pelas glândulas seminais normalmente constitui aproximadamente 60% do volume do sêmen.
Próstata
A próstata é uma glândula única em forma de rosca, aproximadamente do tamanho de uma bola de golfe. Encontra-se inferiormente à bexiga urinária e circunda a parte prostática da uretra. A próstata aumenta de tamanho lentamente desde o nascimento até a puberdade. Em seguida, se expande rapidamente até aproximadamente os 30 anos de idade; após esse período, seu tamanho normalmente permanece estável até os 45 anos, quando podem ocorrer novos aumentos.
A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido (pH de aproximadamente 6,5) que contém diversas substâncias. (1) O ácido cítrico do líquidoprostático é usado pelos espermatozoides para a produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. (2) Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e hialuronidase, que por fim quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. (3) A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. As secreções prostáticas constituem aproximadamente 25% do volume do sêmen e contribuem para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides.
Glândulas bulbouretrais
O par de glândulas bulbouretrais mede aproximadamente o tamanho de ervilhas. Elas se encontram inferiormente à próstata em ambos os lados da parte membranácea da uretra.  Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam um líquido alcalino na uretra que protege os espermatozoides que passam ao neutralizar os ácidos da urina na uretra. Também secretam um muco que lubrifica a ponta do pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Alguns homens liberam uma ou duas gotas de muco durante a estimulação sexual e a ereção. Esse líquido não contém espermatozoides.
Sêmen
O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido seminal, um líquido que consiste nas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. O volume de sêmen em uma ejaculação típica é de 2,5 a 5 mililitros (mℓ), com 50 a 150 milhões de espermatozoides por mℓ. Quando a contagem cai abaixo de 20 milhões/mℓ, há probabilidade de o homem ser infértil. É necessária uma quantidade muito grande de espermatozoides para a fertilização bem-sucedida, porque apenas uma pequena fração por fim alcança o oócito secundário.
Apesar da leve acidez do líquido prostático, o sêmen tem um pH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em decorrência do pH mais elevado e maior volume do líquido proveniente das glândulas seminais. A secreção prostática confere ao sêmen um aspecto leitoso, e os líquidos das glândulas seminais e glândulas bulbouretrais lhe dão uma consistência pegajosa. O líquido seminal fornece aos espermatozoides um meio de transporte, nutrientes e proteção do ambiente ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina.
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Testículo
Túbulos seminíferos (células de Sertoli e células germinativas)
Tecido intersticial
(vasos sanguíneos e células de Leydig) 
Ducto deferente
Epidídimo
Túbulos seminíferos
Testículo
Escroto
Par de glândulas ovais no escroto
 
Os testículos são um par de glândulas ovais no escroto com aproximadamente 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Internamente o testículo é dividido em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos dos testículos. Cada um dos lóbulos dos testículos contêm túbulos bem enrolados, os túbulos seminíferos contorcidos, onde os espermatozoides são produzidos. O processo pelo qual os túbulos seminíferos contorcidos dos testículos produzem esperma é chamado de espermatogênese.
Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células: as células espermatogênicas, as células formadoras de esperma, e as células sustentaculares ou células de Sertoli, que têm várias funções no apoio à espermatogênese. Células-tronco chamadas espermatogônias se desenvolvem a partir das células germinativas primordiais que surgem a partir do saco vitelino e entram nos testículos durante a quinta semana de desenvolvimento. Nos testículos embrionários, as células germinativas primordiais se diferenciam em espermatogônias, que permanecem dormentes durante a infância e começam a produzir espermatozoides ativamente na puberdade.
Células sustentaculares ou células de Sertoli: As células de Sertoli apoiam e protegem as células espermatogênicas em desenvolvimento de várias maneiras. Elas nutrem os espermatócitos, espermátides e espermatozoides; fagocitam o excesso de citoplasma das espermátides conforme o desenvolvimento avança e controlam os movimentos das células espermatogênicas e a liberação do espermatozoide no lúmen dos túbulos seminíferos.
Nos espaços entre túbulos seminíferos adjacentes existem aglomerados de células chamadas células intersticiais ou células de Leydig. Estas células secretam testosterona, o androgênio mais prevalente. Um androgênio é um hormônio que promove o desenvolvimento de características masculinas. A testosterona também promove a libido no homem (impulso sexual).
Ductos do testículo
A pressão produzida pelo líquido que é secretado pelas células sustentaculares empurra os espermatozoides e o líquido ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, em seguida, por uma série de ductos muito curtos chamados de túbulos seminíferos retos (ver Figura 28.3A). Os túbulos seminíferos retos levam a uma rede de ductos no testículo chamados de rede do testículo. Da rede do testículo, os espermatozoides se movem por uma série de ductos eferentes enrolados no epidídimo, que se esvaziam em um tubo único chamado de ducto do epidídimo.
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Sistema Reprodutor Masculino
ESPERMATOGÊNESE: processo de formação e desenvolvimento dos espermatozoides, ocorre 
nos túbulos seminíferos (testículos).
Inicia na puberdade
Processo de divisão celular: Meiose Processo reducional para formação de gametas.
Fonte: https:// bit.ly/2G6UNTV.
 Acesso em: jan. 2019. 
 
O processo pelo qual os túbulos seminíferos dos testículos produzem esperma é chamado de espermatogênese.
Inicia com as espermatogônias que contêm número diplóide (2n) de cromossomos. São tipo de células tronco que sofreram mitose. Diferenciam-se em espermatócitos 1º que também são diploides 2n. O espermatócito primário sofre meiose I e formam os espermatócitos 2º, cada um contêm 23 cromossomos (número haplóide). Na meiose II os cromossomos se alinham em fila indiana e as duas cromátides de cada cromossomo se separam. As 4 células haplóides resultantes da meiose II são chamadas de espermátides. Portanto um único espermatócito I produz 4 espermátides. 
A fase final da espermatogênese consiste no desenvolvimento de espermátides haploides em espermatozoides. Não ocorre divisão celular na espermiogênese, cada espermátide se torna um espermatozoide único.
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ESPERMATOGÊNESE
Processo de formação e desenvolvimento dos espermatozoides, ocorre nos túbulos seminíferos (testículos);
Requer gonadotrofinas e testosterona.
 
ESPERMATOZOIDE: 300 milhões/dia	
Problematizando a Situação-Problema 2
Sistema Reprodutor Masculino
CABEÇA: Núcleo (23 cromossomos) + acrossomo (enzimas que auxiliam na penetração na parede do óvulo).
COLO: junção entre a cabeça e cauda (peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP).
CAUDA: peça principal (parte mais longa da cauda) + peça termial. 
Fonte: http://bit.ly/2HAIt0m. Acesso em: jan. 2019. 
 
A cada dia aproximadamente 300 milhões de espermatozoides concluem o processo de espermatogênese. As partes principais do espermatozoide são a cabeça e a cauda. A cabeça é pontiaguda e achatada. Ela contém um núcleo com 23 cromossomos. O acrossomo é uma vesícula semelhante a capa preenchida com enzimas que ajudam o espermatozoide a penetrar no oocito 2ª para promover a fertilização. A cauda é subdividida em 4 partes: colo, peça intermediária; peça principal e peça terminal. O colo é a região encontrada imediatamente atrás da cabeça que contém os centríolos que formam os microtúbulos que formam o restante da cauda responsáveis pela motilidade da cauda. A peça intermediária contém mitocôndrias que fornecem energia (ATP) para a locomoção dos espermatozoides até o local da fecundação. A peça principal é a parte mais longa da cauda e a peça terminal é a parte distal e afilada da cauda.
Uma x ejaculados a maior parte dos espermatozoides não sobrevive por mais de 48h no sistema genital feminino.
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CONTROLE HORMONAL DA FUNÇÃO TESTICULAR
HIPOTÁLAMO
HIPÓFISE
TESTÍCULOS
TESTOSTERONA
GnRH
FSH
LH
Testosterona
ABP
Células de Sertoli
FSH
LH
Células de Leydig
Testosterona
Inibina
Gonadotrofos
Adeno-hipófise
 
O controle hormonal da espermatogênese é regulado pela liberação do hormônio hipotalâmico GnRH que promovea liberação de LH e FSH pela adeno-hipófise. O FSH e o LH estimulam os testículos.
O LH estimula as células intersticiais (céls. de Leydig) que estão localizadas entre os túbulos seminíferos a secretar o hormônio testosterona. É um hormônio esteroide que é sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o principal androgênio. A testosterona via feedback negativo suprime a secreção de LH da adeno-hipófise e suprime a secreção de GnRh pelo hipotálamo.
O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese. O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares (céls. de Sertoli) estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido intersticial em torno das céls. espermatogênicas. A ABP se liga a testosterona, mantendo a sua concentração elevada. A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. Uma x alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções reprodutivas masculinas, as céls. sustentaculares liberam inibina que é assim chamado pq inibe a secreção de FSH pela adeno-hipófise.
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CONTROLE POR RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVO DOS NÍVEIS SANGUÍNEOS DE TESTOSTERONA
Aumento do teor de testosterona
Complexo hipotálamo-hipófise
Produção de LH
Produção de testosterona
Valor normal de testosterona 
Diminuição do teor de testosterona
Complexo hipotálamo-hipófise
Produção de LH
Produção de testosterona
 
LH estimula a secreção de testosterona.
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Síntese de proteínas
Sistema Reprodutor Masculino
TESTOSTERONA:
Principal hormônio masculino;
Produzida no testículo pelas células de Leydig;
Na fase embrionária, determinará o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos no embrião;
Androgênios influenciam:
Características sexuais primárias: órgãos sexuais internos e a genitália externa
Características sexuais secundárias: barba, pelos, engrossamento da voz, libido, desenvolvimento da musculatura.
Problematizando a Situação-Problema 2
Androgênios  Hormônios anabólicos
 
Os androgênios têm diversos efeitos no corpo além da gametogênese. Esses efeitos são divididos em características sexuais primárias e secundárias. As características sexuais 1ªs são os órgãos sexuais internos e a genitália externa, que distinguem os homens das mulheres. Os androgênios são responsáveis pela diferenciação da genitália masculina durante o desenvolvimento embrionário e pelo seu crescimento durante a puberdade.
As características sexuais 2ªs são outras características que distinguem os homens das mulheres responsáveis pelos traços masculinos típicos: crescimento de barba, pelos, engrossamento da voz, desenvolvimento muscular.
Os androgênios são hormônios anabólicos que promovem a síntese proteica, o que dá a eles o nome comum de esteroides anabolizantes. Isso é evidente no maior peso dos músculos e massa óssea que é observado na maior parte dos homens em comparação as mulheres.
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Sistema Reprodutor: conjunto de órgãos do corpo  REPRODUÇÃO (Perpetuação da espécie)
GÔNODAS: produção de células sexuais (gametas)
Testículos espermatozoides
Ovário óvulo
Sexo genético: momento 
da fecundação dos gametas.
Fonte: http://bit.ly/2MIAGwk. Acesso em: jan. 2019. 
 
Desde crianças, aprendemos que todo ser vivo nasce, cresce, envelhece e morre,
certo? Graças à capacidade de reprodução, diferentes espécies, dentre elas a dos
seres humanos, continuam povoando a Terra e dando sequência ao ciclo de vida em
que um ser se reproduz gerando um descendente fértil, que, por sua vez, também se
reproduz, perpetuando-se a sua espécie. O sistema reprodutor humano, também conhecido anatomicamente como sistema genital, um
conjunto de órgãos do corpo que trabalha juntos com o objetivo de obter reprodução.
Gônodas: chamamos de gônadas aqueles órgãos em que os seres vivos
produzem suas células sexuais (gametas) necessárias à reprodução. No
ser humano, as gônadas são o testículo, no homem, e o ovário na mulher.
Além da sua função reprodutiva, esses órgãos funcionam também como
glândulas do nosso sistema endócrino, produzindo os hormônios sexuais.
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7-8ª semana de gestação: 
características sexuais 
das gônadas.
Sexo bebê: fator determinante do testículo (FDT) cromossomo 
Y 2º mês de gestação.
Fonte: http://bit.ly/2MIAGwk. Acesso em: jan. 2019. 
 
Entretanto as gônadas só começam a se desenvolver suas características sexuais por volta da 7ª ou 8ª semanas de gestação. Os órgãos reprodutores começam a se desenvolver desde o início da gravidez, permanecendo idênticos em ambos os sexos até o momento da sua diferenciação. O sexo do bebe será determinado pelo fator determinante do testículo (FDT) do cromossomo Y, é ele que direciona a diferenciação testicular no 2º mês da gestação.
28
Sistema Genital Masculino
Fonte: https://bit.ly/2DDAqfs. Acesso em: jan. 2019. 
Revestidos por camada de tecido conjuntivo. 2 tipos celulares:
- Células de Sertoli nutrição e sustentação
- Células germinativas produtoras de espermatozoides.
 
A bolsa escrotal é a cavidade que tem por função alojar e proteger os testículos,
mantendo a temperatura adequada à sua fisiologia. Os testículos, por sua vez, são
glândulas que, além de serem responsáveis por produzir os gametas masculinos,
também possuem células intersticiais, chamadas células de Leydig, que têm por função
produzir o hormônio sexual masculino. Na Figura 4.1, você visualiza um corte de
testículo, em que é possível visualizar os túbulos seminíferos. É dentro desses tubos que
os espermatozoides são produzidos. Dentro deles, encontra-se o epitélio germinativo,
que é constituído pelas células que irão se diferenciar para formar os espermatozoides.
Os túbulos seminíferos (Figura 4.1) são revestidos por uma camada de tecido
conjuntivo. Seu interior é formado por um epitélio, que contém basicamente dois
tipos celulares: as células de Sertoli, que possuem função de nutrição e sustentação
dos espermatozoides, e as células da linhagem germinativa, que são especificamente
aquelas produtoras dos espermatozoides.
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Sistema Genital Masculino
EPIDÍDIMO
Coletar e armazenar os espermatozoides
Maturação e mobilidade  FECUNDAÇÃO.
Fonte: https://bit.ly/2B42kPW. Acesso em: jan. 2019. 
 
Já o epidídimo (Figura 4.2), por sua vez, é o ducto responsável por coletar e
armazenar os espermatozoides. É nesse ducto também que os gametas atingem a
maturidade e mobilidade ficando aptos para a fecundação.
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Ovários: Ovulação processo do ciclo menstrual em que o folículo ovariano é rompido, liberando o ovócito para 
que encontre o espermatozoide durante a fecundação;
Produção de hormônios sexuais: estrógeno e progesterona.
Sistema Genital Feminino
Fonte: https://bit.ly/2yNPT8g. Acesso em: jan. 2019. 
 
os ovários, são as glândulas
responsáveis pela ovulação periódica da mulher, no processo de liberação dos
ovócitos. Também é responsabilidade dos ovários a produção dos hormônios sexuais
estrógeno e progesterona. O ovário é revestido pelo epitélio germinativo, que se apoia
na túnica albugínea, por folículos primordiais. Esses folículos primordiais são formados
por ovócitos envolvidos por uma camada de células foliculares achatadas.
Epitélio germinativo é uma camada de epitélio simples que recobre a superfície do ovário.
Tunica albugínea: é uma capsula esbranquiçada localizada imediatamente profunda ao epitélio germinativo.
Cortex do ovário: região profunda a túnica albugínea. Ele consiste em folículos ovarianos circundados por tecido conjuntivo e células estromais.
Folículos ovarianos: estão no cortéx e consistem em ovócitos em várias fases de desenvolvimento além das células que os circundam.
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Sistema Genital Feminino
Tubas uterinas: via para os espermatozoides chegarem até o óvulo; transporte de óvulos fecundados até o útero. 
2 tipos de células: Ciliadas e Secretoras:
- ciliadas: transporte do ovócito ou zigoto ao útero.
Fonte: https://bit.ly/2HBSgDy. Acesso em: jan. 2019. 
 
O epitélio que reveste as tubas uterinas é formada por células ciliadas e secretoras. As células ciliadasirão contribuir para o transporte do ovócito 2º ou do zigoto até o útero.
O gameta feminino após ser liberado pelos ovários será recolhido pelas delicadas terminações das tubas uterinas chamadas fímbrias.
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Gestação: sequência de eventos que inicia com a fecundação, prossegue durante a implantação, desenvolvimento embrionário e fetal e término com o nascimento da criança 38 ou 40 semanas após a última menstruação.
FECUNDAÇÃO: material genético de um espermatozoide (n) e um oócito 2º (n) se fundem em um núcleo (2n) único.
Ocorre na tuba uterina 12 a 24h 
após a ovulação.
Espermatozoide permanece 
viável até 48h.
Oócito 2º permanece viável 24h. 
 
Para que o ato sexual seja efetivo em sua função reprodutiva, o ovócito secundário
precisa estar disponível no sistema reprodutor feminino para que seja fecundado pelo
espermatozoide. Nesse processo, após a ovulação, o ovócito secundário é captado
pela ampola da trompa uterina, ficando viável por até 24 horas, prazo no qual deverá
ocorrer a relação sexual. Os espermatozoides, em contrapartida, podem sobreviver
até 48 horas no corpo da mulher.
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Fonte: http:// bit.ly/2HzyN6i. 
Acesso em: jan. 2019. 
Após as 5ª semanas de gravidez, a placenta torna-se o principal órgão de produção de estrógeno e progesterona (condições de estabilidade do feto durante a gestação).
 
Quando o ovócito é liberado do ovário, encontra-se envolto por uma rede de
filamentos glicoproteicos chamada zona pelúcida. Externamente a esses filamentos,
ainda existe um envoltório de células foliculares, derivadas do ovário, chamado corona
Radiata. Para que ocorra a fecundação, esquematizada na Figura 4.12, o espermatozoide
deverá inicialmente passar pela corona radiata e atingir a zona pelúcida. Nesse
momento, ele sofrerá alterações, levando à formação da membrana de fecundação,
que impede a penetração de outros espermatozoides no ovócito. Ao mesmo tempo,
a meiose do ovócito que havia sido paralisada no processo de ovogênese é finalizada,
dando origem ao óvulo e formando-se o segundo corpúsculo polar. Cerca de 30 a 36 horas após a fecundação, o zigoto inicia sua divisão no processo
de clivagem, que dará origem ao feto. Após as primeiras 5 semanas de gravidez, a
placenta torna-se o principal órgão de produção de estrogênio, que se eleva cerca de
100 vezes em relação ao início da gravidez. A placenta também segrega grandes quantidades de progesterona, que é o hormônio ligado diretamente às condições
de estabilidade do feto durante a gestação.
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GESTAÇÃO:
3 trimestres;
1º: Aumenta o metabolismo, a frequência cardíaca 
e respiratória feto necessita de oxigênio. Útero aumenta de tamanho e pressiona a bexiga.
2º: Útero em expansão perda da delimitação da cintura; relaxamento da musculatura intestinal alimento por maior tempo no estômago.
3º: feto em crescimento pressiona 
o diafragma  ofegante; costelas 
inferiores são empurradas para 
fora dores nas costas.
 
No primeiro trimestre de gestação, o corpo da mulher deverá realizar um
grande esforço para se adaptar ao embrião e à placenta em desenvolvimento.
Assim, aumenta-se o metabolismo, acelerando todas suas funções. Inicialmente,
aumentam-se as frequências cardíaca e respiratória à medida que o feto necessitará
de mais oxigênio. As fibras musculares do útero aumentam de tamanho e este, em
expansão, tende a pressionar a bexiga, aumentando, por consequência, a vontade
de urinar. O tamanho e peso dos seios aumentam rapidamente, tornando-se mais
sensíveis e com suas veias visíveis, devido ao aumento de envio de sangue para o
local.
Já no segundo trimestre, o útero em expansão ultrapassa a borda da pelve,
resultando em perda da delimitação da cintura. Devido ao relaxamento da
musculatura intestinal, as secreções gástricas diminuem, deixando o alimento por
um maior tempo no estômago. Por esse motivo, também, a mulher poderá sentir
refluxo do esôfago e azia. A frequência de evacuação também diminui. O coração
continua trabalhando mais, uma vez que o útero e os rins precisam de mais sangue
que habitualmente.
Por fim, no último trimestre, o feto em crescimento pressiona e restringe o
diafragma, motivo pelo qual a mulher grávida fica mais ofegante. À medida que o feto
cresce, as costelas inferiores da mulher são empurradas para fora. Os ligamentos
da pelve e dos quadris também ficam distendidos, podendo causar desconforto
ao caminhar, assim como dores nas costas, causadas pela mudança do centro
de gravidade do corpo e por um ligeiro relaxamento das articulações pélvicas. Com
o pressionamento da bexiga, aumenta-se a vontade de urinar. Os mamilos podem
secretar colostro e a mulher sentirá maior necessidade de repousar e dormir.
O parto, no caso o normal, é um processo involuntário conduzido pelas partes
irracionais e mais primitivas do cérebro: o hipotálamo e a hipófise. Assim, quando
uma mulher está em trabalho de parto, a área menos ativa de seu cérebro será o
neocórtex, que é a parte racional do cérebro.
Para que a mulher consiga dar à luz o bebê, seu organismo irá liberar um
coquetel de hormônios, sendo: a ocitocina, responsável pela contração do útero
e ejeção de leite; as endorfinas, responsáveis pela diminuição da sensação de dor;
a prolactina, responsável pela produção de leite; e as prostaglandinas, que irão
preparar o útero para a dilatação.
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