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1 
 
Artigo de Revisão 
 
Atuação da fisioterapia e seus benefícios no pós operatórios de 
mastectomia 
 
Performance of physiotherapy and its benefits in the postoperative period of 
mastectomy 
 
Ana Paula Nascimento Venâncio¹, Giulliano Gardenghi2 
 
 
 
 
 
 
 
1. Fisioterapeuta, pós-graduada em Pilates Clássico Científico, Especialista em 
Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva, Goiânia/Go-Brasil. 
apaulinha11@gmail.com 
2. Fisioterapeuta, Doutor em Ciência pela FMUSP, Coordenador científico do 
serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador cientifico do 
CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do curso de Pós-graduação em 
Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Cristovão, São Paulo/SP-
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:apaulinha11@gmail.com
 
2 
 
Resumo 
Introdução: O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no 
Brasil. No geral, ele apresenta um bom índice de cura. Tendo como um dos tratamentos 
a mastectomia, a cirurgia que retira total ou parcial a mama. Suas consequências 
interferem desde Força Muscular (FM), Amplitude de Movimento (ADM), dores, 
qualidade de vida e psicológica, linfedema e parestesias. Objetivo: Avaliar por meio de 
revisão literária a atuação da fisioterapia em pacientes mastectomizadas, mostrando 
seus benefícios. Metodologia: Foi utilizado referencias em livros; artigos científicos nos 
dados Google, Lilacs (literatura latino-Americana e do Caribe em Ciências da saúde) e 
Scielo (Scientific Eletronic Library Online) na língua Portuguesa e Inglesa, no período 
de 1994 a 2016. Resultados/Considerações Finais: A atuação da fisioterapia em 
pacientes mastectomizadas, tem efeito benéfico na recuperação do membro afetado, 
pois elimina as principais alterações que o ombro sofre, conforme a complexidade 
cirúrgica. 
Descritores: Fisioterapia, Cinesioterapia, Mastectomia, câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Abstract 
Introduction: Breast cancer is a type of cancer most commom among women in Brazil. 
In general, this type of cancer has a good cure rate. Having as one of the treatments, 
the mastectomy, surgery that removes all or part of the breast. The consequences of the 
postoperative period, muscle strength (FM), range of motion (ADM), pain, quality of life 
and psychological, lymphedema and paresthesias. Objective: To evaluate through a 
literary review, the performance of physical therapy in mastectomized patients, showing 
their benefits. Methodology: References where used in books; Scientific articles on the 
data Google, Lilacs (Latin American and Caribbean literature on health sciences) and 
Scielo (Scientific Electronic Library Online) in Portuguese and English, from 1994 to 
2016. Results / Final Considerations: Phisiotherapy in the prostoperative period of 
mastectomy, has a beneficial effect on recovery of the effected limb, since it eliminates 
the main alterations that the shoulder undergoes, according to the complexity of the 
surgery. 
 
Key words: Physiotherapy, Kinesiotherapy, Mastectomy e Cancer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Introdução 
 
 O câncer de mama é definido como uma célula anormal, em crescimento 
descontrolado e progressivo. Com características de proliferação celular, vinda 
estas, de células normais ou mutagênicas.1 
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o que 
mais causa morte entre as mulheres, nas idades de 40 a 69 anos. O público 
feminino apesar de temer muito esse tipo de neoplasia, faz o controle do auto-
exame, evitando o risco de aumentar a mortalidade, sendo que no ano de 2014 
foi o câncer mais diagnosticado em mulheres, sendo 57.120 casos novos.² 
 A mastectomia é um dos recursos cirúrgicos para o tratamento de câncer 
de mama. Podendo ser retirada total ou parcial da mama, associada ou não à 
retirada dos gânglios linfáticos da axila (esvaziamento axilar).³ 
 As consequências que ocorrem no membro envolvido, após a 
mastectomia são diversas, dentre elas está a dor, restrição de força muscular, 
diminuição de amplitude de movimento, linfedema, parestesias, que interferem 
no psicológico e na qualidade de vida das pacientes.⁴ 
 O presente trabalho objetivou-se por meio de uma revisão literária, 
demonstrar os benefícios da fisioterapia, encontrados para minimizar as 
alterações do ombro, decorrente de um processo pós-operatório de 
mastectomia. 
 A realização deste, baseou-se em aprofundar conhecimentos sobre o 
tema, evidenciar as alterações que podem ocorrer no ombro de uma paciente 
mastectomizada e a formulação de condutas fisioterápicas para o tratamento da 
paciente, no pós-operatório de mastectomia, bem como, colaborar 
cientificamente com aqueles que apresentem o mesmo interesse. 
 
Metodologia 
 Para a elaboração do artigo cientifico referente aos recursos fisioterápicos 
utilizados para minimizar as alterações decorrentes do pós-operatório de 
mastectomia no ombro, foram utilizados como fontes de informações, livros, 
artigos científicos na língua portuguesa e inglesa, no período de 1994 a 2016, 
encontrados na base de dados Google acadêmico, LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientifc Eletronic 
 
5 
 
Library Online). 
Utilizou-se ainda referências em livros, onde os descritores utilizados 
foram: fisioterapia, cinesioterapia, mastectomia, câncer e combinados entre si. 
Para inclusão e exclusão, foram selecionados artigos relacionados ao tema para 
estarem ou não na pesquisa. Assim, foram excluídos aqueles que não relatavam 
sobre a atuação e os benefícios da fisioterapia no pós operatório de 
mastectomia. 
Após a leitura e seleção detalhada de textos, os artigos que se 
enquadravam na inclusão foram lidos na integra, ao qual foram realizadas em 
síntese, os seguintes passos de análise: (a) leitura de cada artigo, visando a uma 
compreensão global e à descoberta da abordagem utilizada pelos seus autores; 
(b) identificação das ideias centrais de cada artigo. 
 Para execução da pesquisa, 35 referências foram encontradas, no 
entanto utilizou-se 27 devido aos parâmetros de exclusão. 
 
Resultados 
Os diversos estudos encontrados durante o levantamento estão 
relacionados na tabela a seguir:
 
6 
 
Resultado da busca de artigos selecionados sobre a Atuação e os benefícios da fisioterapia 
no pós-operatório de mastectomia. 
 
REFERENCIAS OBJETIVOS METODOS CONCLUSAO 
Baraúna et al, 
20035 
Avaliar quantitativamente a 
amplitude de movimento 
(ADM) do ombro (flexão, 
extensão, abdução) em 
mulheres mastectomizadas, 
comparando-o com o lado 
contralateral à cirurgia, a fim de 
verificar se há limitação 
significativa dos movimentos 
da articulação do ombro. 
Vinte e nove (29) mulheres 
mastectomizadas. Utilizou-se 
como instrumento de quantificação da 
amplitude de movimento do ombro a 
Biofotogrametria Computadorizada. 
Verificou-se diminuição significativa no 
movimento de flexão do ombro 
homolateral à mastectomia 
Batiston e 
Santiago, 20056 
Verificar a relação entre a 
frequência das complicações 
físico funcionais no membro 
operado e o momento do 
encaminhamento para 
programa de recuperação 
fisioterápica. 
Foram estudadas as fichas de 
avaliação fisioterapêutica de 160 
pacientes, encaminhadas ao Setor de 
Fisioterapia pelo Serviço de 
Oncologia do 
Hospital Universitário da UFMS entre 
janeiro de 1998 e dezembro de 2001 
A associação entre complicação e 
encaminhamento tardio foi significativa 
para limitação do movimento, dor e 
linfedema. As mulheres encaminhadas 
precocemente, em sua maioria não 
apresentava complicação, muitas 
mulheres só são encaminhadas à 
fisioterapia quando já apresentam 
complicações instaladas, diminuindo 
as possibilidades de uma completa 
recuperaçãofisico-funcional. 
Gouveia et al, 
20087 
Avaliar a amplitude de 
movimento e força muscular 
da cintura escapular em 
mulheres submetidas à 
mastectomia radical 
modificada em pós-operatório 
tardio. 
Avaliação quanto à amplitude de 
movimento 
(ADM) e força muscular (FM) dos 
músculos da cintura escapular 
bilateralmente, através da 
Goniometria e sistema de graduação. 
No estudo, as mulheres apresentaram 
reduzida amplitude articular nos 
movimentos ativo e passivo de flexão e 
abdução do ombro em relação ao 
contralateral à cirurgia, assim como 
menor força dos músculos trapézio 
médio e supra espinhal, o que enfatiza 
a necessidade de intervenção 
fisioterapêutica desde o primeiro dia 
pós-operatório, para minimizar essas 
possíveis sequelas e melhorar a 
qualidade de vida das pacientes. 
REFERÊNCIAS OBJETIVOS MÉTODOS CONCLUSÃO 
Lahoz et al, 
20108 
Avaliar a funcionalidade do 
membro superior, a qualidade 
de Vida e as atividades de 
vida 
diária de mulheres submetidas 
a mastectomia 
Vinte (20) mulheres avaliadas. 
Avaliação funcional, que englobou a 
amplitude de movimento 
(goniometria), força muscular 
(avaliação manual) e aplicação dos 
questionários Study's Short Form-36 
e Frenchay Activities Index. 
Houve diminuição da amplitude de 
movimento e da forca muscular nos 
movimentos de rotação lateral, flexão e 
abdução do ombro, associada a queixa 
de dor no ombro promovendo um 
impacto negativo na qualidade de Vida, 
mas que não está relacionada a 
diminuição de atividades pesadas, 
avaliadas pelo Frenchay Activities 
Index. 
Pereira, Vieira e 
Alcântara, 20049 
Avaliar os resultados de um 
protocolo de fisioterapia 
aplicado em pacientes 
mastectomizadas (tipo 
Madden). 
Dois (2) grupos: um grupo com trinta 
e três (33) pacientes que foram 
submetidas a um protocolo 
fisioterapêutico até a alta e outro 
grupo com onze (11) pacientes que 
desistiram do tratamento. A amplitude 
de movimento (ADM) e uma possível 
evolução para linfedema foram 
avaliados em ambos os grupos. 
O protocolo apresentado neste estudo 
mostrou-se eficaz para as pacientes 
pós-mastectomizadas. Conclui-se 
também que a intervenção precoce da 
fisioterapia, aplicada ainda no 
ambiente hospitalar, não só ajuda a 
prevenir as complicações pós-
cirúrgicas, como também reabilita as 
pacientes mais cedo para as atividades 
da vida diária (AVDs), e ainda, permite 
a elas que possam se valer da 
colaboração e do incentivo da equipe 
multidisciplinar para o tratamento. 
Picaró e 
Perloiro, 200510 
Verificar os benefícios da 
intervenção da fisioterapia em 
mulheres mastectomizadas, 
através da análise de 
diferenças significativas no 
grau de 
linfedema, na intensidade da 
dor e nas amplitudes 
articulares, em três grupos 
que iniciaram fisioterapia em 
Em relação às amplitudes 
articulares(1) foram eliminados os 
dados referentes à flexão e abdução 
do ombro, que de acordo com a 
literatura e a experiência clínica do 
fisioterapeuta, são os movimentos 
que apresentam maior limitação em 
consequência da referida cirurgia. 
Quanto ao linfedema G(2), foram 
eliminadas as medidas dos 
O G(1) foram mais prejudicados com 
perda de movimento, o G(2) maior 
índice de edema, sendo este com 
maior índice de dores também. A 
fisioterapia tem um papel fundamental 
na recuperação funcional do membro 
superior de mulheres que foram 
mastectomizadas, 
atuando sobretudo, na prevenção do 
linfedema, na diminuição da dor e 
 
7 
 
diferentes momentos após a 
cirurgia. 
perímetros das circunferências de 
ambos os membros superiores 
(pontos de referência: raiz do 
membro, meio do braço, 2cm acima 
da prega do cotovelo, 2m abaixo da 
mesma, meio do antebraço, acima da 
apófise estilóide e transversal à mão). 
Para avaliar a dor, foram recolhidos 
os dados através da EVA. 
manutenção das amplitudes 
articulares. 
REFERÊNCIAS OBJETIVOS MÉTODOS CONCLUSÃO 
Silva et al, 
2002.11 
Comparar a recuperação do 
movimento na flexão e 
abdução de ombro, e a 
presença de seroma e 
deiscência aos 42 dias, 
segundo aplicação da 
fisioterapia precoce, com 
movimentos livres ou limitados 
à 90º, em mulheres 
submetidas a mastectomia. 
Foram cinquenta e nove (59) 
mulheres; G1) com movimentos livres 
de ombro desde 1°dias após cirurgia 
(n=30). G2) com movimento limitado 
à 90º nos primeiros 15 dias após a 
cirurgia e livre após este período 
(n=29). Realizou-se avaliação 
fisioterapêutica, avaliando 
complicações pós cirúrgicas (seroma 
e deiscidência), idades e índice de 
massa corpórea entre as mulheres. 
A fisioterapia precoce com 
movimentação livre do ombro da 
mulher, não esteve associada com o 
aumento ou diminuição da capacidade 
funcional e nem com maiores 
complicações pós cirúrgicas. 
Filha et al, 
2016.12 
Investigar a relação existente 
entre exercício físico e seus 
efeitos na qualidade de vida 
de pacientes com câncer de 
mama, pós cirurgia (6meses), 
submetidas a exercício físico e 
as não submetidas. 
Participaram vinte e quatro (24) 
mulheres (sedentárias). G1) 
experimental (n=12) submetidas a 
exercícios. G2) controle (n=12) não 
submetidas. Utilizando programas, 
testes e amostras, analisando cada 
uma isoladamente. 
Os resultados do presente estudo, 
mostraram que para o G1 se 
comparando ao G2, houve melhorias 
nos domínios de vitalidade, aspectos 
sociais e limitações por aspectos 
emocionais. Concluindo que a pratica 
de exercícios físicos no pós-cirúrgico 
de câncer de mama, contribui para 
melhorias dos aspectos psicológicos, 
sociais e físicos; considerando quais 
praticas podem ser desenvolvidas, e 
em qual momento do tratamento 
podem ser inseridas. 
 
Discussão 
 Dentro dos achados bibliográficos, a amplitude de movimento articular do ombro é 
umas das alterações que mais ocorrem no pós operatório de mastectomia.13 Além da 
amplitude de movimento do ombro envolvido, também ocorrem as alterações posturais 
decorrentes da cirurgia. Sendo a fisioterapia um tratamento eficaz, com uma diversidade de 
exercícios e alongamentos.14 Um dos recursos utilizados dentro da fisioterapia, é a 
cinesioterapia, com uma diversidade de exercícios, sendo eles ativos livres, ativo assistidos e 
alongamentos nas amplitudes de flexão, extensão, abdução, rotação lateral e medial, sendo 
que esses exercícios podem ser realizados combinados ou isolados.15 Nos exercícios 
dinâmicos (flexão, abdução e rotação), aumentam se os números de repetições de cada um, 
conforme a evolução da amplitude.16 
 Alguns autores, contam com a ajuda de protocolos de exercícios na fase mais precoce 
após a cirurgia, sendo estes nos primeiros 15 dias, exigindo ao máximo de cuidados, com a 
intensão de não comprometer o processo de cicatrização e retrações teciduais, e o não 
surgimento de aderências.17 Nesta mesma fase inicial, deve ser evitado, a drenagem linfática, 
para o não surgimento de seromas, uma vez que sua formação tem como consequência, a 
 
8 
 
desordem dos vasos linfáticos após a abordagem axilar.18 Após duas semanas de pós-
operatório, essas pacientes já poderão retornar as atividades de rotina, para que tais 
limitações possam diminuir.19 
Para o melhor desempenho e evolução de tratamento, acredita-se que alongamentos, 
facilitação neuro-muscular proprioceptiva (PNF), exercícios ativo- assistidos e atividades 
funcionais, sejam mais indicados para recuperação desse membro.20 
 Outros achados literários, em mulheres mastectomizadas, encontraram diferença na 
amplitude de movimento de flexão do membro operado, comparado ao contralateral da 
cirurgia.21 Já em outros artigos, foram comparadas pacientes pós cirúrgicas que iniciaram o 
tratamento de fisioterapia precoce com as que iniciaram o mesmo tardiamente. Observou-se 
que obtiveram resultados mais satisfatórios as que lançaram mão do tratamento 
precocemente. Nesse caso, conclui-se que a sensibilidade local da cirurgia dessas mulheres 
teve mais estímulos ao realizar exercícios.22 
 Dentro da fisioterapia, a cinesioterapia precoceauxilia significativamente na melhoria 
física da paciente, bem como o retorno ao trabalho.23 
 Conforme estudos, a realização de exercícios ativos e alongamentos livres, com início 
desde o 1° dia de pós-operatório, contribuíram também para que o seroma e deiscência não 
aumentassem, contribuindo assim, para melhores resultados do tratamento.24 
 Os efeitos da cinesioterapia tem benefícios tanto na fase inicial do pós operatório, 
como também ao longo do tratamento.25 
Pacientes mastectomizadas, são orientadas a continuarem o tratamento de 
reabilitação, pelo menos ao longo de um ano. Sendo aquelas em especial, que já tiveram 
problemas nos membros superiores bem antes do processo cirúrgico de mastectomia, 
evitando que percam a amplitude de movimento, força muscular, função e para que tais 
edemas não tornarem crônicos.26 
Para dar sequência ao tratamento, segundo autores, pode se utilizar as técnicas de 
RPG e Pilates, para melhorar postura, aumento da flexibilidade, diminuir a dor, auxiliando na 
consciência corporal e alongamento. O pilates enfatiza também na estimulação da circulação, 
melhora o condicionamento físico, fortalece a musculatura. Devido a cirurgia, essas pacientes 
tendem a ficar com a postura alterada ou mesmo, com fraqueza muscular, e sendo assim, 
essas técnicas são de grande importância na sua evolução, podendo trabalhar também a 
respiração junto com cada exercício realizado, melhorando seu condicionamento 
respiratório.27 
De acordo com os artigos encontrados que evidenciam a utilização e os benefícios da 
fisioterapia, recursos estes, eficaz no tratamento de pós-operatório de mastectomia para 
minimização das complicações físico-funcional do membro afetado, há uma variedade de 
 
9 
 
protocolos, ensinando os exercícios a serem executadas da maneira correta, ressaltando a 
utilização das amplitude de flexão, extensão, abdução, adução, rotação lateral e medial do 
ombro. Alguns autores trazem também como recurso, a facilitação neuromuscular 
proprioceptiva, pompagens e mobilização articular. Quanto ao grau de amplitude de 
movimento, devem ser utilizados os valores de referências que variam entre 45 a 90 graus, 
sendo realizados gradativamente até atingir amplitude total. O início dessas condutas 
fisioterápicas, segundo os estudos, devem ser mais precoce para melhor serem os resultados. 
 Verificou-se uma escassez na literária no que se refere a trabalhos de campo 
realizados sobre a atuação da fisioterapia e seus benefícios, como recurso para minimização 
dos efeitos produzidos no ombro após a realização de um processo cirúrgico de mastectomia. 
 
Conclusão 
 
 Diante dos estudos apresentados, a eficácia da fisioterapia em pacientes 
mastectomizadas, tem interferido positivamente na capacidade funcional do membro operado, 
desde do aumento da amplitude de movimento, como a diminuição de grandes retrações, 
força muscular, disfunções do ombro, como a diminuição de aderências, seromas e o 
surgimento de linfedema. Também por sua vez, tem eliminado tais sequelas psicológicas, 
resultados estes que, estimula o interesse da recuperação da própria paciente. 
 Conforme a maioria dos pesquisadores, dentro da fisioterapia, pode-se concluir que, a 
cinesioterapia precoce é decisiva com exercícios ativos executados pelas pacientes, causa o 
diferencial na vida destas, o que possibilita a evolução mais rápida e um retorno mais sadio 
para as atividades de vida diárias e profissionais, melhora significativa em sua auto - imagem. 
 Perante tais conclusões, a fisioterapia consegue dar respostas e estímulos benéficos 
na saúde dessas pacientes mastectomizadas. 
 Porém, devido à complexidade do assunto, ainda são necessários mais artigos de 
estudos para contribuir na utilização da atuação e dos benefícios da fisioterapia, 
conscientizando cada fase do tratamento. 
 
 
Referências 
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SP: 2004. 
2. INCA – Instituto Nacional de Câncer. Estimativa: 2014. Incidência de câncer do Brasil/ 
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Disponível em: 
 
10 
 
[http://www.inca.gov.br/wcm/outubro-rosa/2015/cancerdemama.asp] acesso em: 
24/06/ 2018. 
3. INCA – Instituto Nacional de Câncer. Estimativa: 2015. Incidência de câncer do Brasil/ 
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Disponível em: [http;// 
www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_
controle_cancer_mama/tratamento ] acesso em: 24/06/2018. 
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Silva VCC, Baraúna KMP, Baraúna PMP. Avaliação da Amplitude de movimento do 
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tratamento cirúrgico do câncer de mama. [Artigo extraído da dissertação de mestrado 
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mastectomizadas: Estudo Comparativo. Artigo Cientifico vol.1, nº2, março/2005. 
11. Silva MPPE. Efeitos de fisioterapia na recuperação e complicações no pós-operatório 
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Garcia JBS. Influencias do exercício físico na qualidade de vida em dois grupos de 
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http://www.inca.gov.br/wcm/outubro-rosa/2015/cancerdemama.asp
 
11 
 
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19. Camargo MC, Marx AG. Reabilitação física no câncer de mama. São Paulo, SP.: 
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20. Luz ND, Lima ACG. Recursos fisioterapêuticos em linfedema pós-mastectomia: uma 
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mastectomia radical modificada; 2008;15(2):172-6. 
22. Baraúna MA, Canto RST, Schulz E, Silva RAU, Silva CDC, Veras MTS, Freitas VR, 
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