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Sociedade Anônima: Conceito e História

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FAP/ESTÁCIO 
Disciplina: Fundamentos de Direito Empresarial 
Professor: Mauro Marques Guilhon 
 
 1 
UNIDADE 6: SOCIEDADE ANÔNIMA: NOÇÕES HISTÓRICAS; CONCEITO E 
NATUREZA JURÍDICA; S/A ABERTA E FECHADA. CAPITAL: CONCEITO, 
FORMAÇÃO E FIXAÇÃO. 
 
1. SOCIEDADE ANÔNIMA: NOÇÕES HISTÓRICAS 
 
 A semântica da palavra "Companhia" vem da junção de "cum" (com) 
mais "panis" (pão), ou seja, unir o pão. Isso nos remete à idéia de família que é 
a forma como surgiram as primeiras sociedades. 
 
 Sabe-se, assim, que as sociedades anônimas nem sempre existiram, 
considerando que o processo produtivo e comercial se concentrava nas mãos de 
pequenas empresas, conhecidas como sociedades familiares, onde os membros 
eram pessoas da família como pais, irmãos, sobrinhos, tios, etc. 
 
 Isso acontecia, por que para constituir seu próprio negócio era essencial 
a obtenção de capital, ou seja, investimento, cujo capital provinha da união do 
capital dos próprios familiares, que acumulavam riquezas. 
 
 Tratava-se de empresas particulares administradas e comandadas pelos 
donos ou gerentes e por estes, os produtos eram distribuídos até o consumidor 
final. Era a forma antiga no processo de produção. 
 
 
 Com o decorrer do tempo, no século XVII, os proprietários que detinham 
esse poder e no sentido de proporcionar um maior crescimento das próprias 
empresas, já que as mesmas cresciam de forma lenta, acharam por bem 
permitir que outras pessoas que não somente familiares se associassem a elas, 
com investimentos próprios, assim seria uma forma de se obter um montante 
maior de recursos e por consequência uma aceleração na produção, com maior 
circulação dos produtos no mercado. 
 
 Na realidade há divergências da origem das sociedades anônimas pelos 
estudiosos, contudo mencionam dois empreendimentos, cujas características se 
aproximam deste tipo de sociedade: 
 
 O primeiro deles foi o chamado Banco São Jorge, surgido em Gênova 
no ano de 1407. O segundo empreendimento citado pela doutrina como sendo 
precursor das sociedades anônimas é a Companhia Holandesa das Índias 
Orientais, criada em 1604, seguida pela Companhia das Índias Ocidentais, 
constituída em 1621. 
 
 
 A casa de São Jorge (San Giorgio) transformou-se no Banco de São 
Jorge, uma poderosa instituição que somente veio desaparecer em 1816, 
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Professor: Mauro Marques Guilhon 
 
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quando seus credores deixaram de receber somente as remunerações pelo 
empréstimo e passaram receber dividendos das transações realizadas pelo 
banco, exatamente como ocorre hoje com as sociedades anônimas. 
 
 Em relação ao segundo empreendimento, as primeiras de muitas 
Companhias Coloniais objetivavam explorar o Novo Mundo, o que se podia fazer 
mediante altos investimentos, foi quando encontram a fórmula da união de 
capital social com o capital privado, fracionando-se em partes de pequeno valor 
e para que um grande número de pessoas pudesse investir no negócio, por ser 
altamente lucrativo. 
 
 Assim sendo, ao contribuinte era garantido comprovante de sua 
participação o que gerava direito de ação contra a companhia em relação aos 
lucros e ao capital investido, de onde se originou o termo "ação" definindo a 
parcela do capital social. 
 
 A fórmula apresentada foi tão eficiente que se espalhou para outros 
países, como Portugal, Inglaterra e França, tendo como característica comum à 
outorga do soberano e diante disso a exclusividade na exploração da colônia, 
surgindo em 1807, o Código Comercial Francês, no qual as sociedades 
anônimas foram mencionadas como instituições jurídicas, não mais dependendo 
de outorgas privilegiadas pelo Estado, mas por edição de leis especiais, sob o 
regime de autorização. 
 
 O jurista Rubens Requião acrescenta que as sociedades anônimas 
tiveram três fases: uma de privilégio, outra de outorga e posteriormente de 
liberdade, contudo, menciona ainda que as situações de privilégios e 
autorizações prevalecem ainda hoje quando menciona: 
 
 “Em nosso país, as sociedades anônimas bancárias, de capitalização, 
de investimentos, as estrangeiras, por exemplo, antes de se constituírem umas 
ou de funcionarem outras, necessitam de carta de autorização concedida pelo 
poder público. A par dessas, algumas são constituídas especificamente por lei, 
que lhes traça a estrutura jurídica, com determinados privilégios como as 
sociedades anônimas estatais, citando-se entre elas, a Petrobrás S. A, a 
Eletrobrás S. A, a Rede Ferroviária Federal S. A.” 
 
 De certa forma justifica-se o tratamento diferenciado para as sociedades 
anônimas por lidarem com a res pública e envolver a poupança do povo. Prova 
disso é a lei 11.101/05, a atual lei de falências que, em seu artigo 2º: 
 
 “Art. 2º Esta Lei não se aplica a: 
 
 I - empresa pública e sociedade de economia mista; 
 
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II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, 
consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora 
de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de 
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
 Denota-se que mesmo diante de uma situação livre para agir, o governo 
criou leis específicas delineando a estrutura das sociedades anônimas para sua 
constituição e funcionamento, preservando o investimento do público no capital 
social das empresas, através de formalidades e publicação dos seus atos. 
 
 
 As companhias ou sociedades anônimas brasileiras ou instaladas no 
Brasil, são regidas pela Lei especial, 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e suas 
alterações, conforme acima exposto e também pela Lei 10.406, de 10 de janeiro 
de 2002 (Código Civil brasileiro), em seus artigos 982, 1.088, 1.089 e 1.160. 
 
 Pelo exposto, denota-se que considerando a demanda comercial 
brasileira, as sociedades familiares sentindo a necessidade de desenvolvimento 
passaram a possibilitar o investimento de terceiros não familiares nas empresas, 
podendo ser pessoas físicas ou jurídicas, cujo capital foi dividido em ações, 
oportunizando investimento do capital social em maior número de pessoas, 
Objetivando maiores empreendimentos, as quais recebem dividendos dos lucros 
de acordo com a participação de cada um, e que os acionistas respondem 
civilmente até o montante do capital investido na companhia ou sociedade 
anônima, sendo referida sociedade regida pela Lei especial 6.404/76 e nos 
casos omissos pela Lei 10.406/02. 
 
 Segundo o autor Rubens Requião, as sociedades anônimas no Brasil, 
como instituto jurídico-mercantil, na era colonial, era outorgada em carta real em 
cada caso. Citou como exemplos a constituição da Companhia Geral de Grão-
Pará e a Sociedade do Banco do Brasil S.A, este em 1.808. Menciona o período 
de autorização definido em 1850 com a criação do Código Comercial brasileiro e 
como período de plena liberdade das sociedades anônimas a partir de 1882, 
com a criação do Decreto nº 8.821 de 30 de dezembro de 1882. 
 
 
2. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA 
 
2.1 CONCEITO 
 
 A sociedade anônima, também referida pela expressão "companhia", é a 
sociedade empresária com capital social dividido em ações, espécies de valor 
mobiliário, na qual os sócios, chamados acionistas respondem pelas obrigações 
sociais até o limite do preço de emissão das ações que possuem. 
 
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 O artigo 2º da lei 6.404/76, assim dispõe sobre as sociedades por ações: 
 
"Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido 
em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será 
limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas." 
 
 Características de uma sociedade anônima S/A: 
 
A) Capital dividido em Ações: Cada ação representa uma fração do capital social 
de uma S/A, sendo este capital limitada no preço da emissão.OBS: A empresa emite a ação com autorização da CVM. 
 
B) Responsabilidade dos sócios limitada ao preço de emissão das Ações: A 
responsabilidade é integralizar as ações pagando o preço de emissão das 
ações. 
 
C) Como toda Sociedade Comercial, formada no mínimo com 2 sócios, que são 
ACIONISTAS; 
 
D) A comercialidade lhe é inerente, qualquer que seja o seu objeto, mesmo civil, 
será ela sempre comercial; 
 
E) Não possui nome e sim denominação, podendo a título de homenagem 
figurar o nome do fundador da companhia: nunca possui nome e sim 
denominação podendo Ter fantasia; 
 
F) As expressões S/A e Companhia são equivalentes, sinônimas, muito embora 
esta seja utilizada no início da denominação. 
 
 
2.2 NATUREZA JURÍDICA 
 
 Em relação a sua natureza jurídica, podemos afirmar que a Sociedade 
Anônima constitui pessoa jurídica de direito privado, mesmo que constituída com 
capitais públicos, em todo ou em parte (Sociedades de Economia Mista), e 
qualquer que seja o seu objeto, ela será sempre empresarial. 
 
 
3. S/A ABERTA E FECHADA 
 
 As sociedades anônimas são dos tipos capital aberto e capital fechado, 
a teor do que dispõe o art. 4º da Lei 6.404/74, conforme segue: "Para os efeitos 
desta lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de 
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sua emissão estejam ou não admitidos à negociação em bolsa ou no mercado 
de balcão". 
 
 
3.1 Capital Aberto: Para ser assim considerada a lei exige que esteja 
admitida à negociação em Bolsa ou Mercado de Balcão, devidamente 
registrados na CVM (Comissão de Valores de Mercados), ou seja, emite 
títulos e os vende ou na Bolsa ou no Mercado de Balcão. 
 
 Diz-se companhia ou sociedade de capital aberto quando os valores 
mobiliários de sua emissão são admitidos à negociação no mercado de valores 
mobiliários (art. 4º da Lei 6.404/76), ou seja, negociações em bolsa ou no 
mercado de balcão. Ressalte-se que para a emissão de ações, é necessário, 
autorização e controle da Comissão de Valores mobiliários - CVM. 
 
 O investimento em companhias ou sociedades de capital aberto dá-se 
quando se objetiva um grande empreendimento, para o que é necessária a 
captação de recursos viáveis junto aos investidores em geral. Assim sendo, é 
necessário um grande aporte de capital para atingir os objetivos especificados. 
 
 Uma das principais vantagens nesta espécie de sociedade é a liquidez 
do capital. Um empreendedor que investe seu dinheiro neste tipo de companhia 
terá mais vantagens quando da venda de suas ações, pois é negociada na bolsa 
de valores e balcão, cuja venda pode se realizar rapidamente, considerando a 
segurança da sua aplicabilidade, especialmente se o empreendimento é uma 
sociedade próspera e age com seriedade. 
 
 Trata-se de companhias fiscalizadas rigorosamente pelo governo, que 
objetiva resguardar o investimento dos acionistas minoritários. 
 
 Conferindo o que acima foi exposto, essas são as palavras do jurista, 
Fábio Ulhoa Coelho: 
 
“As sociedades anônimas abertas contam com recursos captados no 
mercado de capitais, e, por isso, sujeitam-se a sua administração à 
fiscalização governamental. O objetivo desse controle é conferir ao 
investimento em ações e outros valores mobiliários dessas companhias 
a maior segurança e liquidez possível.” 
 
 No sentido de dispensar ao investidor maior segurança é que neste tipo 
de sociedade o Estado se sente na obrigação de manter severa fiscalização e 
controle, dando publicidade de todos os atos nela praticados, especialmente no 
sentido de resguardar os interesses dos acionistas em particular e também dos 
interesses sociais, este último de visível cunho nesse tipo de sociedade de 
capital, posto que com o investimento de diversas pessoas do público da 
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sociedade em geral, podendo advir consequências benéficas ou maléficas de 
acordo com a administração proferida nas mesmas, o que pode gerar 
insegurança, cujo objetivo está fora das expectativas do poder estatal. 
 
 
3.2 Capital Fechado: São as que não se enquadram nos requisitos das 
sociedades Abertas, São, normalmente sociedades pequenas, com um 
número de acionistas inferiores a 20, com patrimônio inferior ao 
estabelecido pela CVM para as S/A de capital aberto, enquadradas no 
art. 294 da Lei das S/A. 
 
 Diz-se companhia ou sociedade de capital fechado aquelas que não 
emitem valores mobiliários negociáveis no mercado (art. 4º da Lei 6.404/76). 
Entende-se que deve haver o registro das ações junto a Comissão de Valores 
Mobiliários, porém, pode limitar-se a venda das ações dessas companhias ou 
sociedades para o público em geral, cuja restrição pode ser feita através dos 
seus estatutos. Segundo Natália Previero Menha 
 
 “A sociedade anônima fechada não tem suas ações disponíveis no 
mercado para negociação. Essa restrição advém dos sócios escolherem seus 
companheiros, não impedindo o ingresso no grupo formado, haja vista a 
presença laços familiares ou de confiança mútua. Disso decorre o inferior grau 
de liquidez do investimento nesse tipo de sociedade, que é constituída por 
subscrição particular.” 
 
 Nesta espécie de companhia o empreendimento é para empresas de 
médio e pequeno porte e os recursos são obtidos pela conjugação de esforços 
de pessoas que nutrem a sociedade. 
 
 Apesar de ser uma sociedade de capital, segundo uma das suas 
características básicas, pode também ser entendida como a sociedade de 
pessoas, cuja situação é severamente criticada por Rubens Requião que assim 
preleciona: 
 
 “Como se vê, essa faculdade de restringir a negociabilidade das ações 
da companhia fechada dá-lhe o nítido sabor de sociedade constituída intuito 
personae, na qual os sócios escolhem seus companheiros, impedindo o 
ingresso ao grupo formado, tendo em vista a confiança mútua ou os laços 
familiares que os prendem. A afectio societatis surge nessas sociedades com 
toda a nitidez, como em qualquer outra das sociedades de tipo personalista. 
Seus interesses estão, pois, regulados pelo contrato, o que explica a pouca 
ingerência da fiscalização de órgãos públicos em seus negócios.” 
 
 Observa-se plena razão nas palavras deste autor, por que a partir do 
momento que se restringe à participação de certos acionistas e os que são 
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possibilitados a fazer parte desta sociedade são participantes escolhidos, 
inclusive familiares, portanto, presente neste tipo de sociedade anônima os 
institutos, personae e afectio societatis, uma vez que a restrição quanto a 
participação realizada é estatutária, com a anuência dos sócios. 
 
 Valores Mobiliários: São todos os papéis emitidos pelas sociedades 
anônimas S/As para captação de recursos financeiros. 
 
 Mercado de Balcão: É a atividade exercida fora das Bolsas, relativas aos 
valores mobiliários, realizadas com a participação de empresas ou de 
profissionais distribuindo aqueles valores. Ex.: corretoras, instituições 
financeiras como Bradesco, Itaú, etc. 
 
 CVM: Chama-se Comissão de Valores Mobiliários, é ela quem vai ditar as 
regras para cada tipo de sociedade. 
 
 
 
4. CAPITAL: CONCEITO, FORMAÇÃO E FIXAÇÃO. 
 
 
4.1 CONCEITO DE CAPITAL: É o montante financeiro de propriedade da 
Companhia, relativo a soma das contribuições dos sócios. Não se confunde com 
patrimônio social. A sua principal função é constituir o fundo inicial, com o qual 
se tornará viável o início da vida econômica da sociedade. 
 
 
 
 
 Natureza jurídica do Capital: É um conjunto de bens e valores 
representativos dos direitos creditórios dos acionistas. É propriedade 
Incorpórea e de Direito Patrimonial. 
 
 
 
 
 O Capital Social deverá ser expresso em moeda nacional. O Estatuto da 
Companhia fixará o seu valor, que será corrigido anualmente. Mas sópoderá ser alterado conforme a Lei 6404/76 e o Estatuto Social. 
 
 
 
 
 
 
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4.2 FORMAÇÃO E FIXAÇÃO DO CAPITAL: 
 
 
Na sua formação o Capital Social pode compreender qualquer espécie de 
bens, móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, suscetíveis de avaliação em 
dinheiro. 
 
A Lei das S/A exige e traça normas específicas, com relação aos valores 
dos bens que irão integralizar o capital social, impondo um processo rigoroso de 
avaliação no âmbito da assembleia de constituição e nos casos de aumento, nas 
respectivas assembleias gerais. 
 
No momento da sua formação a Assembleia Geral de Constituição e o 
Conselho Administrativo estipula um limite, esse aumenta e diminui sem precisar 
mudar o Estatuto da sociedade anônima S/A. 
 
 Subscritor: É aquele que ingressa na sociedade adquirindo ações. 
 
 Subscrição de Capitais: É o ato pelo qual alguém se compromete a 
adquirir e a integralizar determinado número de ações da S/A ou da Ltda. 
 
 Sociedade Subscritora: É a empresa operadora no mercado de capitais, 
destinadas às atividades de subscrição para a revenda, distribuição ou 
intermediação na colocação de títulos ou valores imobiliários. 
 
 As atividades de subscrição são aquelas de operações primárias ou de 
over writting, onde realiza-se a subscrição das ações para a formação e 
integralização do capital. 
 
 Diferença entre Capital Social Realizável e Realizado: O Capital Social 
Realizável é aquele representado pelos Títulos de Crédito que ainda não 
foram integralizados. Já o Realizado são aqueles que já foram realmente 
integralizados. 
 
 Diferença entre Capital social e Capital Autorizado: O Capital Social é o 
montante financeiro de propriedade da Companhia. O Capital Autorizado 
é o limite estatutário para aumentar o capital social, sem reforma do 
estatuto. 
 
 Redução do Capital Social: Pode ser através da desvalorização do valor 
das ações, que ocorre enquanto ela tem vida; por Excesso de 
subscritoras, isso ocorre no momento da constituição do capital; ou por 
Falta de subscritores. 
 
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 Aumento do Capital Social: Pode ocorrer através da Valorização das 
ações; Transformação das debêntores conversíveis em ações ou partes 
beneficiárias; Quanto tem excesso de subscritores; Colocando novas 
ações; Valorizando o Patrimônio da empresa. 
 
 
 Valores Mobiliários: É o conjunto de títulos emitidos pelas sociedades 
anônimas, compreendendo as ações, partes beneficiárias, debêntures, bônus de 
subscrição, entre outros, criados e emitidos pelas S/A. Tanto as Sociedades 
Abertas como as Fechadas emitem valores mobiliários., conforme sejam eles 
colocados no mercado, determina se a sociedade será de capital aberto ou 
fechado. 
 
 Natureza jurídica dos Valores Mobiliários: Pode ser título de crédito e ao 
mesmo tempo um título corporativo ou de legitimação, que permite ao sócio 
participar da vida da sociedade, além de representar ou corporificar uma fração 
do capital social.

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