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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa Capítulo 2 – Equações Diferenciais de Transferência de Massa Capítulo 3 – Difusão Molecular no Estado Estacionário Capítulo 4 – Difusão Molecular no Estado Não‐Estacionário Capítulo 5 – Transferência de Massa Convectiva Capítulo 6 – Transferência de Massa Interfase Capítulo 7 – Correlações de Transf. de Massa Convectiva UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução 1.2 – Transferência de Massa Molecular 1.3 – Lei de Fick 1.4 – Coeficientes de Difusão 1.5 – Transferência de Massa Convectiva UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução Alguns dos problemas mais típicos da engenharia química pertencem ao campo do transporte de massa. É uma característica inerente ao Engº Químico a habilidade de projetar e operar equipamentos nos quais os reagentes são preparados, onde ocorrem as reações químicas e são feitas as separações dos produtos resultantes. Esta habilidade se baseia no conhecimento da ciência do transporte de massa. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução As aplicações dos princípios de transporte de calor e quantidade de movimento são comuns em muitos ramos da engenharia, mas aplicações do transporte de massa vêm sendo, tradicionalmente, largamente limitados à Engenharia Química. Outras aplicações importantes ocorrem em processos metalúrgicos, em processos de voo a alta velocidade e em processos de tratamento de resíduos e controle de poluição. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução Transporte de massa significa a tendência de um componente, numa mistura, de passar de uma região de alta concentração para outra de baixa concentração neste componente. Resumidamente, pode‐se dizer que transferência de massa é: “A massa em trânsito como resultado da diferença de concentrações de uma espécie em uma mistura”. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução Exemplos na indústria: 1) Remoção de substâncias voláteis poluentes por absorção; 2) Remoção de gases a partir de águas residuárias; 3) Difusão de partículas adsorvidas no interior dos poros de carvão ativado (remoção de odor em geladeira e impurezas na água); 4) Produção de Álcool; 5) Secagem de Madeira, cerâmica e outros materias UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução Tipos de Transferência de Massa: “O tipo de transferência de massa depende da dinâmica da mistura no qual ocorre.” ‐ Transferência de Massa Molecular ‐ Transferência de Massa Convectiva UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução Exemplo: a) Mar claro, um surfista e sua prancha: Para deslocar‐se de um certo lugar para outro, o surfista faz das mãos remos e, assim, ao locomover‐se, entra em contato molecular com o mar. Identificando: ‐ Soluto = Surfista ‐Meio = Mar ‐Movimento = Mãos Contribuição Difusiva UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.1 – Introdução b) Aparece uma onda de bom tamanho e carrega o surfista: Identificando: ‐ Soluto = Surfista ‐Meio = Mar ‐Movimento = Onda Contribuição Convectiva UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.2 – Difusão Mássica / Molecular A transferência de massa por difusão molecular, em consequência de uma diferença de concentrações espacial, é análoga à transferência de calor por condução, embora seja um fenômeno mais complexo, pois ocorre numa mistura com pelo menos duas espécies químicas. Trata‐se do movimento molecular aleatório que leva à mistura completa. Este transporte microscópico independe de qualquer convecção dentro do sistema. Para gases, o fenômeno é explicado pela teoria cinética do gases a baixas pressões. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.2 – Difusão Mássica / Molecular Causas do fenômeno: ‐ Para temperaturas acima do zero absoluto, moléculas individuais estão no estado ou movimento contínuo ainda aleatório; ‐ Dentro de misturas gasosas diluídas, cada molécula comporta‐se independentemente das outras moléculas do soluto; ‐ Colisões entre moléculas de soluto e solvente estão continuamente ocorrendo; ‐ como resultado das colisões, as moléculas de soluto movem‐ se ao longo de um caminho em zig‐zag, ora através de uma região de alta concentração, ora numa de baixa concentração. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.2 – Difusão Mássica / Molecular Exemplo: Difusão do componente B num recipiente após a remoção de uma placa que o divide em duas seções UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.2 – Difusão Mássica / Molecular O estabelecimento da igualdade de concentrações ao fim de um determinado tempo resulta do movimento molecular aleatório em todas as direções do espaço. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.2 – Difusão Mássica / Molecular A difusão mássica/molecular ocorre em gases, líquidos e sólidos. Porém como é fortemente influenciada pelo espaçamento molecular, a difusão ocorre mais facilmente em gases do que em líquidos, e mais facilmente em líquidos do que em sólidos. í ó Difusividade em gases: faixa de 5 x 10‐6 a 1 x 10‐5 m2/s Difusividade em líquidos: faixa de 1 x 10‐10 a 1 x 10‐9 m2/s Difusividade em sólidos: faixa de 1 x 10‐14 a 1 x 10‐10 m2/s Exemplos: a) Gases: vapor d’água no ar seco; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.2 – Difusão Mássica / Molecular b) Líquidos: oxigênio dissolvido na água; c) Sólidos: Têmpera de metais (difusão de Carbono para dentro da massa metálica) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3 – Lei da Difusividade de Fick As Leis de Transferência de Massa mostram uma relação entre: a) Fluxo de uma substância difusiva; b) Gradiente de Concentração. “Desde que a Transferência de Massa ou Difusão ocorre somente para misturas, deve‐se avaliar os efeitos de cada componente.” Exemplo Típico: Conhecer a taxa de difusãode um componente específico relativo à velocidade da mistura (média das velocidades) na qual está se movendo. “Isto é possível graças a um conjunto de definições e relações que explicam o jogo dos componentes dentro de uma mistura.” UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3 – Lei da Difusividade de Fick 1.3.1 – Composição de Misturas Uma mistura é constituída por 2 ou mais componentes (espécies) químicos. Para quantificar a espécie i envolvida na mistura, encontra‐se a fração mássica i (kg/m³) ou sua fração molar Ci (kmol/m³). Ambas estão relacionadas pela massa molecular da espécie Mi (kg/kmol). Logo, (1). UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.1 – Composição de Misturas Por consequência, tem‐se que a concentração mássica ou molar da mistura é a soma das frações mássicas ou molares das espécies constituintes. Isto é, e Já a quantidade de uma espécie pode ser determinada pela sua fração mássica (mi) ou molar (xi = líquidos e sólidos; yi = gases): e (2) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.1 – Composição de Misturas Em uma mistura de gases ideais, as concentrações mássicas e/ou molares estão relacionadas à pressão parcial do componente através da lei dos gases ideais: (3) onde, Ci = fração molar da espécie i (mol/m³) ni = número de moles da espécie i (mol) V = Volume total da mistura (m³) pi = pressão parcial da espécie i (Pa) = constante universal dos gases Ideais (8,314 J/mol.K) T = Temperatura absoluta (K) . UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.1 – Composição de Misturas Unindo‐se as equações ; onde, com a Lei de Dalton das Pressões parciais chega‐se à seguinte equação: (4) . . . UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3 – Lei da Difusividade de Fick 1.3.2 – Velocidades a) Velocidade Mássica Média: para mistura gasosa multicomponente, é definida em termos de densidade mássica para todos os componentes. (5) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.2 – Velocidades b) Velocidade Molar Média: definida em termos das concentrações molares de todos os componentes. (6) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.2 – Velocidades A velocidade de espécies particulares relativa a velocidade mássica ou molar média é definida como velocidade de difusão, a qual pode ser de 2 tipos: 1. velocidade de difusão das espécies i relativa a velocidade mássica média; (7) 2. velocidade de difusão das espécies i relativa a velocidade molar média. (8) → → → → UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.2 – Velocidades Atenção! De Acordo com a Lei de Fick, uma espécie pode ter velocidade relativa à velocidade Mássica ou Molar Média apenas se existirem gradientes de Concentração. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.3.3 – Fluxos O coeficiente de difusão binária ou de difusividade mássica (DAB) é definido pela Lei de Fick, a qual quantifica o fluxo mássico de A em direção a B. Esta lei descreve que haverá fluxo de matéria de uma região de maior a uma região de menor concentração de uma determinada espécie química. O conjunto soluto/solvente é conhecido como mistura (para gases) ou solução (para líquidos). Tanto uma quanto a outra constituem o meio onde ocorrerá o fenômeno da transferência de massa. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos A Lei de Fick é expressa pela seguinte equação, levando‐se em conta a transferência de massa unidimensional: Base Mássica: (9) onde jA (kg/s.m²) é o fluxo mássico da espécie A, representando a quantidade de A que é transferida por unidade de tempo e por unidade de área perpendicular à direção da transferência. É proporcional à massa específica da mistura, = A+ B (kg/m³) e ao gradiente da fração mássica da espécie, wA= A/ . , . . UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos A Lei de Fick também pode ser expressa em base molar através da seguinte equação, levando‐se em conta a transferência de massa unidimensional : ou (10) onde JA (kmol/s.m²) é o fluxo mássico da espécie A, representando a quantidade de mols de A que é transferida por unidade de tempo e por unidade de área perpendicular à direção da transferência. É proporcional à concentração molar total da mistura, C = CA+ CB (kmol/m³) e ao gradiente da fração molar da espécie, xA = yA= CA/ C. , . . , . . UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Stefan (1872) e Maxwell (1877), com a teoria cinética dos gases, provaram que o fluxo de massa era resultado de duas contribuições: ou (11) ã , , UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Substituindo a equação (8) na equação (10), tem‐se: onde, CA,z = concentração de A; vA,z = velocidade mássica média de A Vz = velocidade molar média Rearranjando a equação, tem‐se: (12) , . . , . . . , . . . UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Para uma mistura binária, pode‐se avaliar Vz pela equação (6): (13) Sabendo‐se que, A Equação (12) fica: (14) 1 . , . , . . , . , UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Substituindo a equação (14) na (12), tem‐se: (15) Tem‐se a forma final da equação para o cálculo do fluxo molar do componente A em relação ao eixo z com a substituição da equação (16) na equação (15). (16) . , . . . , . , . , UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Logo, (17) é o Fluxo difusivo molar, JA, resultante do gradiente de concentração. Esse termo é referido como a “contribuição do gradiente de concentração” é o Fluxo molar resultante do componente A que é transportado no fluxo do fluido. Esse termo de fluxo é designado como a “contribuição do movimento volumétrico” , . . , , . . , , . , UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Analogamente à equação (15), para o Fluxo Mássico tem‐se a seguinte equação: (18) Sabendo‐se que (19) E substituindo‐se a equação (18) na equação (17): (20) . , . . . , . , . , , . . , , UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Aplicações para os Fluxos de Difusão Molecular UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.3.3 – Fluxos Resumo das formasEquivalentes da Equação do Fluxo de Massa para mistura Binária A e B UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão A 1ª Lei de Fick associa o Coeficiente de difusão ao inverso da resistência a ser vencida pelo soluto e que é governada pela interação soluto/meio. O Coeficiente de Difusão Molecular é a proporcionalidade obtida a partir da Lei de Fick e sua dimensão fundamental é: a) Sistema Internacional: m²/s; b) Sistema Inglês: ft²/s; Unidade mais Usual: cm²/s é ç ê UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Coeficiente de Difusão Mássica = f (T, P, C) Mobilidade do Soluto = f (T, P, C, Tamanho Partículas) í ó => Proporcional à mobilidade Molecular Difusividade em gases: faixa de 5 x 10‐6 a 1 x 10‐5 m2/s Difusividade em líquidos: faixa de 1 x 10‐10 a 1 x 10‐9 m2/s Difusividade em sólidos: faixa de 1 x 10‐14 a 1 x 10‐10 m2/s UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Na ausência de dados experimentais, algumas expressões semi‐ teóricas são utilizadas para determinação do Coeficiente de Difusão Molecular com resultados muito próximos dos experimentais. 1.4.1 – Correlações para Determinação do DAB em Gases Os principais métodos para determinação do coeficiente para Gases são: a) Chapman‐Enskog / Hirschfelder (Gases Apolares); b) Wilke e Lee (Gases Apolares; M > 45,0 g/gmol) c) Brokaw [Mistura de gás(es) Polar(es)] UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão a) Chapman‐Enskog / Hirschfelder onde: DA,i = Coeficiente de Difusão da espécie “A” na espécie “i”; MA eMi = Massas moleculares das substâncias “A” e “i”; P = Pressão total (atm); i = Diâmetro de Colisão ( = Angstron) e i = “A” ou “B”; A,i = Distância limite entre “A” e “B” ( ); T = Temperatura do sistema (K); D = Integral de Colisão (Adimensional) , 1,8583 10 · · , · · (21) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão a) Chapman‐Enskog / Hirschfelder AB é a Distância Limite de Colisão ou DIÂMETRO DE COLISÃO entre as moléculas “A” e “B” (22) 1,18 · ⁄ (23) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão a) Chapman‐Enskog O potencial de Lennard‐Jones (AB) descreve a energia potencial de atração / repulsão e é dado pela seguinte expressão: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão a) Chapman‐Enskog A Tabela 2 mostra valores para a Integral de Colisão (D) em função de kT/AB, onde: k = Constante de Boltzmann (1,38065x10‐16 ergs/K) AB = energia de interação molecular para um sistema binário “A” e “B”, em ergs; T = Temperatura do sistema em K A energia máxima de atração entre as moléculas pode ser determinada por: · 24 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Tabela 1: Correlações para estimativa de i e i/k * Para o ar utilizar: i = 3,617 ; i/k = 97,0 K Onde: Vb = Volume Molar (cm³/mol) à T normal de ebulição; Tb = Temperatura Normal de Ebulição (K); Tc = Temperatura Crítica (K); Pc = Pressão Crítica (atm); Vc = Volume Crítico (cm³/mol) Grupos i i/k Condições à Tb 1,18.Vb1/3 1,15.Tb Condições à Tc 0,841.Vc1/3 0,77.Tc Fator Acêntrico (2,3551‐0,87.).(Tc/Pc)1/3 (0,7915+0,1693.)Tc UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão D está associado à energia máxima de atração entre as moléculas “A” e “B” e é função da Temperatura. Este parâmetro expressa a dependência do diâmetro de colisão com a temperatura, da qual é inversamente proporcional. Para utilização da Tabela 2 a seguir, é necessário o cálculo da Temperatura Reduzida: Ω 1,06036 ∗ , 0,1930 , · ∗ 1,03587 , · ∗ 1,76474 , · ∗ 25 ∗ · 26 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Exemplo 1.1: Avalie o DAB do Dióxido de Carbono no ar a 20 °C e Pressão atmosférica. , 1,8583 10 · · , · · (26) Ω ,∗ , , , · ∗ , , · ∗ , , · ∗ (29) ∗ · (30) (27) · (28) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão b) Wilke e Lee A substituição do valor “b” de Wilke e Lee fornece uma correlação para a estimativa do DAB em gases para situação em que pelo menos uma das espécies da mistura apresente massa molecular superior a 45,0 g/gmol. , 10 · · , · Ω · 1 1 31 2,17 1 2 · 1 1 / 32 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão c) Brokaw A correlação de Brokaw proporciona o cálculo quando pelo menos uma das substâncias tem momento dipolar (pi) 0. A,i = polaridade da molécula / substância Ω Ω∗ 0,196 · ,∗ ; , · ; · · ; , · Ω∗ ,∗ , , , · ∗ , , · ∗ , , · ∗ ; ∗ · , 1,18 · 1 1,3 · · ; , · ; , · , · / UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão * Estimativa do DAB a partir de um DAB conhecido em outra Temperatura e/ou Pressão Pode‐se predizer o DAB em gases para uma condição desconhecida (T2, P2) a partir de um DAB conhecido na condição T1, P1). , , · · · Ω Ω 33 , , · , · 34 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Exemplo 1.2: Corrigindo o DAB do exemplo 1.1: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão * Coeficiente de Difusão de um soluto em uma mistura estagnada de multicomponentes Quando uma espécie difunde em um meio composto de “n” espécies químicas, caracterizando a difusão de “A” em uma Mistura Gasosa, deve‐se dar o seguinte tratamento: , 1 ∑ ∗ , 35 ∗ 36 , = Difusividade mássica do componente “i” na mistura; , = Difusividade do par “i – j”; ∗ = fração molar do componente “j”avaliado na mistura gasosa em base livre do componente “i” UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão 1.4.2 – Correlações para Determinação do DAB em Líquidos Diferentemente dos gases, para os quais a teoria cinética dos gases consegue descrever de forma precisa o comportamento das moléculas no meio difusivo, a difusão nos líquidos é mais complexa, pois dependem da concentração do meio devido às mudanças de viscosidade e grau de idealidade da solução. Os métodos para determinação do Coeficiente de Difusão em meio líquido se dividem em: a) Solutos NÃO IÔNICOS; b) Solutos IÔNICOS em fase líquida UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão ‐ Equação de Stokes‐Einstein A Teoria hidrodinâmica afirma que o coeficiente de difusão do líquido está relacionado com a mobilidade da molécula de soluto. (37) Onde: = Constante de Boltzmann (1,38x10‐16 g.cm²/s².K) T = Temperatura (K); rA = Raio molecular do soluto A (cm); B = Viscosidade do solvente B (g/cm.s) 6 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão a) Correlações para Coeficientes de Difusão Binários de Líquidos com Solutos Não Iônicos ‐ Correlação de Wilke e Chang: , / , (38) DAB = Difusividade do soluto A no solvente B (cm²/s) T = Temperatura do sistema (K) MB = Massa Molar de B (g/gmol) B = Viscosidade Dinâmica (cP) B = Parâmetro de associação para o solvente B VA = Volume molar do gás (cm³/gmol) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Se dados para os volumes atômicos molares não estiverem disponíveis, pode‐se calcular pela correlação de Tyn e Calus: Onde: Vc = Volume crítico do soluto A (cm³/gmol) 0,285 · , 39 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão ‐ Correlação de Scheibel: Scheibel propôs a eliminação do fator de associação (B) de Wilke e Chang. Onde K é determinado por: Exceções para o uso da equação (37): 1) Solvente = Benzeno e VA < 2VB ; K = 18,9x10‐8 2) Solvente = Orgânicos e VA < 2,5VB ; K = 17,5x10‐8 3) Solvente = Água e VA < VB ; K = 25,2x10‐8 / (40) 8,2 10 1 / (41) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão ‐ Correlação de Hayduk e Laudie: Utilizada para cálculo apenas em água como solvente. Onde: DAB = Coeficiente de difusão do soluto (A) no solvente (B=água); B = Viscosidade da água em cP; VA = Volume molar do soluto no ponto normal de ebulição (cm³/gmol) 13,26 10 · , · , 42 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão b) Correlações para Coeficientes de Difusão para Solutos Iônicos em fase líquida ‐ Correlação de Nernst‐Haskell: Válida para soluções diluídas de sais em água. (43) DAB = Difusividade do par iônico no solvente (cm²/s) T = Temperatura do sistema (K) R = Constante dos Gases Ideais (8,314 J/gmol.K) e = Condutâncias Iônicas Limite do cátion e do ânion (A.cm²/V.gmol) = Constante de Faraday (96.500 C/gmol) 2 1 1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão 1.4.3 – Correlações para Determinação da Difusividade em Poros ‐ Difusão de Knudsen (Escoamento de Knudsen): Esta análise considera o fato de moléculas de gás escoando no interior de poros capilares muito pequenos, nos quais as moléculas de gás colidem com maior frequência nas paredes do poro do que entre elas. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão O número de Knudsen (Kn) gradua a importância relativa da difusão de Knudsen: 0,1 < Kn < 1,0 = importância moderada na difusão no poro; Kn > 1,0 = importante no processo de difusão no poro; Kn > 10,0 = Difusão de Knudsen se torna dominante no processo de difusão no poro O número de Knudsen (Kn) é inversamente proporcional à Pressão e diretamente proporcional à Temperatura do sistema. Na prática, este tipo de difusão só se aplica a gases. é é â (44) UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão O coeficiente de difusão de Knudsen em poros cilíndricos retos pode ser expresso por: (45) Onde: DKA = Coeficiente de difusão de Knudsen (cm²/s); dporo = diâmetro do poro (cm); MA = Massa Molar do soluto (g/gmol); T = Temperatura do sistema (K) 4850 · · UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Nos casos em que a difusão de Knudsen concorre com a difusão molecular pelo domínio do processo, ocorre a análise do processo pelo modelo das “resistências em série”. Então, o coeficiente de difusão efetivo da espécie A na mistura gasosa de A e B, no interior do poro, é determinada por: (46) Onde: DAe = Coeficiente de difusão efetivo (cm²/s); = proporção dos fluxos globais de A e B; yA = fração molar da espécie A no poro 1 1 1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão A proporção entre os fluxos é calculada como: (47) Para casos onde = 0 (NA = ‐NB) ou em que yA 0, a equação (41) fica reduzida a: (48) 1 1 1 1 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão A maioria dos materiais porosos apresenta diâmetros diferentes e caminhos tortuosos e interconectados. Para estes materiais porosos, admitindo um diâmetro médio de poro, tem‐se: (49)² · UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão Onde é a fração de vazios em relação ao volume do meio poroso: (50) Em condições em que os diâmetros dos poros sejam grandes ou em que a pressão seja elevada, ou seja, situações em que a difusão de Knudsen não seja relevante, a equação (45) pode ser reescrita como: (51) ó ó ó ² · UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão 1.4.4 – Correlações para Difusividade Mássica em Sólidos A difusão de vacâncias e intersticial são os mecanismos mais frequentemente aplicados para avaliar a difusão em materiais sólidos. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS:ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão De acordo com a formulação de Arrhenius, o coeficiente de difusão em sólidos aumenta com o acréscimo de Temperatura, conforme segue: (52) Ou ainda na forma linearizada: (53) Onde: Q = Energia de Ativação (J/gmol); D0 = constante de proporcionalidade (cm²/s) · / ln ln UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA 1.4 – Coeficientes de Difusão UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSOS: ENGª QUÍMICA / ENGª PETRÓLEO DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Capítulo 1 – Fundamentos da Transferência de Massa 1.5 – Transferência de Massa Convectiva A Transferência de Massa convectiva envolve o transporte de matéria entre o limite de uma superfície e um fluido em movimento (sólido‐fluido) ou entre 2 fluidos relativamente imiscíveis em movimento (fluido‐fluido). Exemplos: a) Extração de uma substância de um líquido em movimento sobre uma placa; b) Extração de uma substância entre líquidos em contra corrente.
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