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Estudo das Águas Conti
nentais e Oceânicas
Autoria: Anderson A
lves Pinto
Tema 01
A Hidrosfera
Tema 01
A Hidrosfera
Autoria: Anderson Alves Pinto
Como citar esse documento:
PINTO, Anderson Alves. Estudo das Águas Continentais e Oceânicas: A Hidrosfera. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2016.
Índice
© 2016 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua 
portuguesa ou qualquer outro idioma.
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Pág. 24 Pág. 26
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Pág. 19Pág. 16
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A Hidrosfera
O conhecimento sobre a hidrosfera é muito relevante para os estudos geográficos, tendo em vista que, além de 
ser importante para a existência e a manutenção da vida, os recursos hídricos estão ligados e servem de suporte a uma 
série de atividades humanas, como a geração de energia, a navegação e o abastecimento. Mas o que você entende por 
hidrosfera?
O planeta Terra, de acordo com os estudos científicos, é o único a apresentar a existência de vida, o que se dá pela 
combinação e a interação entre os elementos naturais, que podem ser divididos em sistemas ou ambientes básicos: 
Este é um tema introdutório em que você terá um panorama geral sobre a dinâmica da água no Planeta Terra: sua 
distribuição no globo terrestre, sua divisão em águas continentais e oceânicas, o ciclo hidrológico, a disponibilidade da 
água, sua abundância e sua escassez.
Para iniciar os estudos será abordada a distribuição da água na Terra. Nesse contexto, você vai ver que – apesar de 
recobrir uma fração considerável da superfície do planeta – a maior parte desse recurso se encontra como água oceânica 
e, portanto, salgada, sendo imprópria para o consumo humano. 
Em seguida, será trabalhado o ciclo hidrológico, entendido como um fenômeno natural e de fundamental importância 
para a existência da vida em nosso planeta. Nesse contexto será tratada a importante interação entre a hidrosfera, a 
litosfera, a atmosfera e a biosfera, em que o ciclo hidrológico aparece de forma marcante.
Por fim, será abordada a interação entre o ser humano e os recursos hídricos, com destaque para a forma com que o 
homem trata os mananciais, causando a sua poluição, e os conflitos existentes em função da escassez da água.
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a Atmosfera (camada gasosa que envolve e protege o planeta), a Litosfera ou Crosta Terrestre (terras emersas, 
compostas por rochas, solos e minerais) e a Hidrosfera (os corpos d’água da Terra, como rios, lagos, oceanos e 
geleiras). Esses três sistemas dão suporte a um quarto sistema: a Biosfera, que é composta por todos os seres vivos 
do planeta, como vegetais, animais e os seres humanos.
A Hidrosfera tem um papel crucial na Biosfera, tendo em vista a importância da água para a existência da vida, já que 
ela é necessária para a fotossíntese, a formação do solo e a absorção de nutrientes pelos animais e plantas (PETERSEN; 
SACK; GABLER, 2014, p. 100). A água é também considerada um solvente universal, um agente modelador do relevo 
ao mesmo tempo em que é um importante agente de transporte de sedimentos, permitindo, por exemplo, a formação de 
planícies aluviais. 
Cerca de 73% da superfície da Terra é coberta por água, cabendo destaque aos oceanos, que são as maiores massas 
de água existentes. Isso expõe a realidade de que a maior parte das águas é salgada, cerca de 97,5% da água na terra, 
conforme se vê no Gráfico 1.1 (distribuição da água no planeta), portanto, imprópria para o consumo humano, servindo 
como importante via de transporte de cargas (transporte marítimo).
Gráfico 1.1 – Distribuição da água no planeta 
Fonte: Elaborado pelo autor
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Gráfico 1.2 – Distribuição da água doce no planeta 
Fonte: Elaborado pelo autor
O que existe de água doce no planeta, cerca de 2,5% do total, tem nas geleiras seus maiores reservatórios. Assim, 
considerando-se a totalidade de água doce no mundo, conforme nos mostra o Gráfico 1.2 (distribuição de água doce 
no planeta), verifica-se que 68,9% encontra-se em geleiras, 29,9% em depósitos subterrâneos, 0,9% em diferentes 
destinos (como na atmosfera e na biomassa), restando 0,3% disponível em rios e lagos. 
Destarte, verifica-se que ao mesmo tempo em que a água é um recurso natural e abundante no planeta, a sua parcela 
própria para consumo e de fácil disponibilidade é um recurso limitado. Ao se acrescentar os problemas ambientais, como 
a poluição de mananciais e a irregular distribuição da água doce nos continentes, conclui-se que esse precioso recurso 
pode estar sujeito ao problema da escassez, como será visto adiante.
O Ciclo Hidrológico
A soma da quantidade de água existente na hidrosfera, na atmosfera, na litosfera (como em solos úmidos) e na 
biosfera (água presente na biomassa) permanece sempre constante. A movimentação de água entre os sistemas se 
dá por meio do ciclo hidrológico (Figura 1.1).
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Figura 1.1 – O Ciclo Hidrológico 
Fonte: Wikimedia Commons 
No ciclo hidrológico a água vive a constante passagem de um estado físico para outro na natureza. Essas mudanças 
estão relacionadas principalmente com a radiação solar – que, com o calor, possibilita a evaporação – e com os seres 
vivos que retiram água da natureza e depois realizam a reposição com seus excrementos, seus corpos (após a morte), 
com a respiração e com a transpiração. Outros elementos são importantes, como a temperatura que congela a água 
nos polos do planeta e leva à precipitação do vapor das nuvens, além do vento, que auxilia a evaporação e transporta a 
umidade na atmosfera, permitindo que a água evaporada nos oceanos precipite nos continentes.
Pelo fato de a hidrosfera da Terra ser um sistema fechado, nenhuma água é recebida de fora do sistema terrestre nem 
perdida a partir dele (PETERSEN; SACK; GABLER, 2014, p. 103). Destarte, o recebimento de água em um sistema 
como a litosfera deve ser compensado com a perda de outro sistema, como a atmosfera.
 
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Figura 1.2 – Trovoada em Toronto 
Fonte: Wikimedia Commons 
A energia solar possibilita a evaporação das águas dos oceanos, rios e lagos e é armazenada na forma de vapor, sendo 
liberada durante a condensação e servindo como fonte de energia para as tempestades, como no caso das trovoadas 
(Figura 1.2).
Além da evaporação dos corpos d’água, causada pela radiação solar, também ocorre a transpiração nos vegetais; 
juntas, vão receber a denominação de evapotranspiração. Não obstante, é preciso considerar também a transpiração 
que ocorre nos animais. Toda essa quantidade de vapor vai ser levada pelo ar mais quente e, portanto, mais leve, em 
movimento ascendente, chamado convecção, para as camadas da atmosfera entre 2 a 12 km de altitude, onde irá 
formar diferentes tipos de nuvens (Figura 1.3).
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Figura 1.3 – Os diferentes tipos de nuvens 
Fonte: Wikimedia Commons
Os seres humanos participam do ciclo hidrológico, não somente na condição de animais, mas principalmente 
pelas alterações que realizam na natureza, como barragens, desvios de curso de rios, impermeabilização dos solos, 
desmatamento e poluição ambiental.
Ao promover essas ações, o homem atua de forma negativa sobre o ciclo hidrológico, já que ao impermeabilizar o solo 
na construção de estradas, edificações e equipamentos públicos, retira a possibilidade da infiltração da água após 
as precipitações e, para piorar a situação, isso leva ao aumento do escoamento superficial, o que, associado a uma 
deficiente rede de drenagem, ocasiona enchentes na área urbana.
A produção industrial, calcada na busca incessante pelo lucro, proliferou uma série de fábricas que se utilizam de 
processos produtivos gerando rejeitos, que eram lançados em rios sem nenhum tipo de tratamento, poluindo a água. 
Entende-se por poluição da água a alteração de suas características por quaisquer açõesou interferências, sejam elas 
naturais ou provocadas pelo homem (BRAGA et al., 2002, p. 81).
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Quando o ser humano utiliza produtos químicos no campo, como adubos e pesticidas, o excesso dessas substâncias 
tóxicas vai poluir mananciais de água e gerar sérios problemas ambientais, o que se reforça com o despejo de esgoto 
sem tratamento nos rios e mares e a falta de tratamento adequado para os resíduos sólidos urbanos. Com isso, a 
qualidade da água dos mananciais afetados fica comprometida, reduzindo a possibilidade de seu uso, não só pelo 
homem, mas também pela fauna.
Voltando às etapas do ciclo hidrológico, de acordo com Petersen, Sack e Gabler (2014), existem quatro tipos de 
precipitação, cada qual oriunda de um dos mecanismos que forçam a subida das massas de ar e a sua consequente 
condensação. Esses mecanismos são: convectivo, frontal, ciclônico (associado à convergência) e orográfico ou de 
relevo, conforme se vê na Figura 1.4. 
A precipitação convectiva ocorre quando o ar próximo à superfície é aquecido, se expande e se torna mais leve, o que 
possibilita a sua subida. Ocorre com mais frequência em áreas tropicais e equatoriais quentes e úmidas, além das áreas 
de latitude média durante o verão. Pode provocar precipitação pesada com relâmpagos e trovões, como tempestades 
de verão e tornados de primavera.
Figura 1.4 – Os mecanismos de elevação do ar 
Fonte: PETERSEN; SACK; GABLER, 2014, p. 114
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A precipitação frontal ocorre quando se forma uma zona de contato entre uma massa de ar quente com uma massa de ar 
fria; a essa zona dá-se o nome de frente. Na colisão entre as frentes, aquela de ar mais quente e menos densa (portanto 
mais leve) é levantada acima da massa com ar mais frio. Dependendo das condições de umidade e temperatura, podem 
ser produzidas tempestades e trovadas de curta duração nas frentes frias e pode ocorrer chuvas fracas e persistentes 
ou, ainda, nevoeiros no caso das frentes quentes.
A precipitação ciclônica se dá por meio da interação do ar com uma célula de baixa pressão (ciclone). O ar é empurrado 
para dentro do ar ascendente do ciclone provocando nebulosidade e precipitação, podendo levar a furacões.
A precipitação orográfica ocorre quando a massa de ar encontra uma barreira natural, como uma cordilheira ou a borda 
íngreme de um planalto, de forma que o ar é forçado a elevar-se acima dessas barreiras. Com isso a massa de ar é 
resfriada, provocando a precipitação.
Quando o ar de uma dada temperatura armazena todo o vapor de água que pode, afirma-se que ele está em estado de 
saturação e atingiu a sua capacidade (PETERSEN; SACK; GABLER, 2014, p. 103). Portanto, após a nuvem atingir o 
estado de saturação, ao receber mais moléculas de vapor ou passar por um resfriamento, ocorre a condensação ou a 
sublimação, propiciando a precipitação na forma de chuva, neve ou granizo, respectivamente.
As gotas de chuva constituem a forma mais comum de precipitação; elas têm tamanho variado, geralmente entre 2 e 5 
milímetros de diâmetro. A segunda forma mais comum de precipitação é a neve, que se caracteriza por ter uma formação 
em cristais de gelo, em formato hexagonal. Já o granizo tem mais chances de ocorrer nos períodos da primavera e do 
verão como resultado de tempestades: precipitam-se bolotas de gelo a partir de cinco milímetros, podendo chegar a 
tamanhos muito maiores, conforme a força da tempestade – há casos de granizos superiores a 17 cm de diâmetro.
Cabe ressaltar que as precipitações não se distribuem uniformemente no planeta. Para Conti e Furlan (2011), a distribuição 
das precipitações na Terra depende, basicamente, de quatro fatores: a latitude, a distância do oceano, a ação do relevo 
e o efeito das correntes marítimas.
Após a precipitação, a água vai encontrar distintos caminhos. Ela pode cair sobre os oceanos, rios e lagos ou pode 
encontrar áreas de terras emersas, onde pode cair sobre vegetação nativa, sobre área rural de agricultura ou pecuária 
e ainda sobre áreas urbanas.
Quando a água se precipita sobre o solo em suas condições naturais, sendo este coberto por vegetação, ocorre uma 
série de destinos para a água em apreço. Em área urbana haverá situações distintas em função das edificações, pouca 
arborização e solo impermeável. 
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Ao cair, parte da água pode ficar retida na vegetação, em construções ou em depressões impermeáveis. Parte dessa 
água vai evaporar pela ação do sol e parte vai escoar pela vegetação devido à força da gravidade, muitas vezes em 
gotejamento, podendo se infiltrar no solo. 
De acordo com Machado e Torres (2012), uma porção significativa da precipitação se evapora durante a queda, o que, 
somado à evaporação da água retida na vegetação, faz parte de um processo denominado de interceptação. 
Boa parte da água que se precipita e alcança o solo pode escoar superficialmente das partes mais elevadas para as 
mais baixas do relevo. Nesse caminho, haverá porções de água que vão se infiltrar no solo, outras vão prosseguir no 
trajeto, modelando o terreno e carregando sedimentos das partes mais elevadas para as mais baixas. No caso de áreas 
urbanas, essa água que escoa superficialmente vai encontrar tubulações para águas pluviais, que a conduzirão para 
corpos d’água.
Segundo Lepsch (2002, p. 44), a água pode ficar retida no solo, armazenada por determinado tempo, tanto em poros 
como em finas películas. A partir disso, o autor destaca que, considerando-se o conteúdo e a natureza da retenção de 
água, o solo pode apresentar três estados de umidade: molhado, úmido e seco.
Uma parte considerável da água que precipita vai se infiltrar no solo, depois disso, ela pode evaporar, pode ser utilizada 
pelos vegetais ou alcançar depósitos subterrâneos de água, como os lençóis freáticos e os aquíferos. 
Suguio e Bigarella (1990) apontam que a vegetação retarda o escoamento superficial da água das precipitações e que 
as minhocas e outros animais perfuradores favorecem a infiltração pela abertura de túneis no solo. Além disso, aponta 
que áreas sem cobertura vegetal facilitam o escoamento superficial, levando à erosão do solo. 
No caso das áreas urbanas, o fenômeno da infiltração se mostra reduzido, em função da impermeabilização do solo, o 
que leva ao considerável aumento do escoamento superficial. Essa quantidade de água que deveria se infiltrar e acaba 
escoando é uma das razões das enchentes que ocorrem nas áreas urbanas em função das chuvas de verão, como pode 
ser visto na Figura 1.5.
Após se infiltrar, parte da água pode escoar ao longo da camada superior do solo. Esse escoamento é lento e é 
responsável pela recarga de lagos e pela reposição de água nos rios, principalmente em época de estiagem.
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Figura 1.5 – Enchente em área urbana 
Fonte: Wikimedia Commons 
Concluindo o ciclo hidrológico, novamente vai ocorrer a evapotranspiração, seguida pelas precipitações em suas 
diferentes formas, a detenção de água nas árvores, a infiltração e o escoamento.
No ciclo hidrológico, a quantidade de água que se precipita nos continentes é maior que a quantidade que evapora. 
Esta realidade permite a existência dos mananciais de água doce e ocorre em virtude da dinâmica dos ventos que leva 
a umidade dos oceanos para os continentes. Já nos oceanos, a evaporação terá uma quantidade de água superior à 
precipitação. Esta diferença é reposta pelas águas que chegam aos mares, conduzidas pelos rios.
A Escassez de Água e os Problemas Ambientais
Apesar de ser um recurso natural abundante na Terra, a água está irregularmente distribuída nos continentes, já 
que ela se concentra em áreas tropicais, tendo em vista o elevado regime de chuvas nessas regiões. 
Entretanto, mesmo nas áreas tropicais encontra-se uma distribuição irregular da água, como no caso do Brasil, em que 
a maior parte dos recursos hídricos está na região Norte e Centro-Oeste que somadas representam pouco mais de 
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16% da população nacional, enquantoque as regiões de maior contingente populacional, como a Sudeste, vivem sérios 
problemas de abastecimento, com destaque para a região Nordeste e seu histórico problema da seca.
Em todo o mundo essa situação não é diferente, as regiões de maior concentração populacional têm encontrado sérias 
dificuldades para o abastecimento de água visando o consumo humano. Com isso, amplia-se a percepção de que a água 
é um recurso finito, de que há limites em seu uso e os custos de tratamento estão cada vez mais elevados (TUNDISI, 
2003, p. 2).
E se não bastasse o problema da escassez, muitos mananciais de água acabam sendo poluídos ou contaminados 
devido a uma série de fatores que passa pelo uso excessivo de adubos químicos e defensivos agrícolas (seria mais 
coerente chamá-los de ofensivos agrícolas) e a falta de tratamento adequado dos resíduos sólidos urbanos, fazendo 
com que substâncias tóxicas e chorume se infiltrem na terra até os lençóis freáticos; além disso, não se pode olvidar do 
despejo de esgoto doméstico e de efluentes industriais sem tratamento em rios.
Destarte, tal realidade está ligada a questões da matriz econômica, em que se busca o lucro a qualquer preço, sem a 
devida preocupação com o meio ambiente. Isso leva a uma reflexão sobre a problemática ambiental hídrica, conforme 
aponta Tundisi (2003): o desenvolvimento econômico e a diversificação da sociedade levaram a usos múltiplos da água 
que resultaram em impactos de diversas magnitudes sobre o ciclo hidrológico e sobre os mananciais de água.
Essa absurda realidade indica a necessidade de mudanças no rumo das práticas produtivas que devem ser realizadas 
de forma a não agredir o meio ambiente, por meio de procedimentos e manejos sustentáveis, especialmente com os 
mananciais hídricos.
Nesse sentido, vale considerar o que é indicado por Lorenzett et al. (2011), a água é um bem natural e comum a todos, 
sendo necessário cuidado e zelo com a preservação dos seus mananciais a fim de garantir às pessoas da atual e das 
futuras gerações o acesso à água de qualidade.
A percepção da importância de práticas sustentáveis propiciou a criação de leis que disciplinam o tratamento dos 
efluentes industriais e dos esgotos domésticos, os procedimentos relativos aos resíduos sólidos urbanos e aos cuidados 
que devem ser observados em postos de combustíveis, entre outras iniciativas.
Mesmo com o advento de uma legislação ambiental, ainda são verificadas práticas que contrariam essas leis e muitas 
vezes isso se dá dentro do próprio poder público. No caso do Brasil, é possível citar a falta de aterros sanitários e de 
estações de tratamento de esgoto para cumprir o que a legislação obriga.
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Outras questões importantes que devem entrar nesse debate são o desperdício de água e a falta de educação ambiental. 
Atualmente, é possível observar pessoas utilizando mangueiras e pressurizadores de água para lavar automóveis em 
sua residência, além de quintais e calçadas, o que leva a um desperdício hídrico muito grande. Esse é um forte sintoma 
de falta de educação ambiental, ou seja, a pessoa não está consciente do desperdício que está cometendo.
A irrigação na agricultura, muitas vezes, é realizada com excesso hídrico e à luz do sol, o que leva à evaporação de parte 
da água e infiltração no solo além do necessário, também podendo propiciar escoamento superficial, provocando erosão 
e desperdiçando água. É preciso realizar uma irrigação de precisão, que leve à planta a quantidade que ela necessita, 
a fim de se diminuir o desperdício hídrico.
Dessa forma, verifica-se que o problema da escassez existe por questões geográficas e é agravado pela maneira como 
o homem trata os reservatórios e os mananciais de água, que acabam sendo poluídos, reduzindo a disponibilidade de 
água para o consumo.
As Disputas em Torno da Água
A questão da escassez atual e futura de água está entre os problemas que mais preocupam os Estados nacionais, 
tendo em vista que o acesso à água é importante não só para o abastecimento humano, mas também para a economia 
como um todo, portanto, além de ser a base da vida, a água é considerada fonte de riqueza.
Conforme aponta Olic (2008), e pode ser visto no Gráfico 1.3, a maior parte da água utilizada pelo homem (cerca de 
70%) tem como destino atividades agropecuárias, ficando a indústria com cerca de 20% do total e o restante segue para 
o consumo doméstico.
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Gráfico 1.3 – Utilização dos recursos hídricos 
Fonte: Elaborado pelo autor
Portanto, a água é um importante insumo para a agricultura e para a indústria, o que a levou ao patamar de mercadoria. 
Com isso, em algumas áreas do planeta, ela é priorizada para as atividades produtivas ou para venda, sendo o 
abastecimento da população colocado em segundo plano.
A importância econômica da água conduz a estratégias que buscam alcançar alternativas de abastecimento dentro do 
território ou fora dele. Neste contexto, cabe constatar que a Europa, os Estados Unidos e o Canadá enfrentam o risco 
de esgotamento de seus mananciais nos próximos anos, tornando-se necessário buscar novas áreas de exploração 
(DETONI; DONDONI; PADILHA, 2007, p. 9).
O problema da falta de água está materializado de forma mais evidente no hemisfério Norte do planeta, onde se vê 
grande escassez, como ocorre no Oriente Médio, no Norte da África e na Ásia Central, em que boa parte da pouca água 
existente é utilizada na agricultura, o que dificulta o acesso das pessoas a esse recurso.
É no hemisfério Norte que se encontram os maiores aglomerados populacionais. Vale lembrar que Índia e China, juntas, 
correspondem a cerca de um terço da população humana do planeta e ambos os países possuem clima predominante-
mente árido e semiárido, o que leva à escassez natural da água.
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Na segunda metade do século XXI, Israel tomou da Síria as colinas de Golan visando controlar as nascentes do Rio 
Jordão, principal fonte de água doce para o país judeu. Outros conflitos latentes ocorrem no mundo como no caso da 
Caxemira, em que Índia e Paquistão disputam a região, entre outras razões, pelo controle da nascente de importantes 
rios que cortam os dois países.
A escassez de água pode se tornar um problema para países que têm abundância desse recurso – como é o caso 
do Brasil –, já que seus mananciais despertam a cobiça internacional, o que pode levar a conflitos com potências que 
desejem acesso a esses mananciais. Dessa forma, por sua importância econômica, a água pode ter no futuro o mesmo 
peso que o petróleo tem no presente e a disputa pelo acesso aos seus mananciais pode se tornar o grande motivo para 
a realização de guerras.
Água: a escassez na abundância
• Este artigo mostra que – apesar da água se constituir em um abundante recurso natural, 
sendo essencial à vida – cerca de 40% da população mundial vive uma situação de estresse 
hídrico. Além disso, aponta que as perspectivas para o futuro não são nada boas, já que a 
escassez de água tende a se agravar. Outro problema abordado se refere à exploração das dez 
maiores bacias hidrográficas mais densamente povoadas que já exploram o precioso líquido em 
patamares muito superiores ao que pode ser considerado como sustentável.
SEGALA, Mariana. Água: a escassez na abundância. Guia Exame Sustentabilidade. 2012. Disponível em: 
<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-prob-
lemas-economicos-politicos-723513.shtml>. Acesso em: 10 set. 2015. 
ACOMPANHENAWEB
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml
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Os conflitos pela água 
• Corroborando com a ideia de escassez de água, face à sua irregular distribuição no planeta, 
este interessante artigo aponta a intensa disputa já existente pela possede recursos hídricos, 
o que ocorre de maneira mais evidente no hemisfério Norte do planeta em função das grandes 
concentrações populacionais existentes naquela porção do globo terrestre. O autor indica que 
existem mais de duas centenas de sistemas fluviais que atravessam fronteiras entre Estados e 
mais de uma dezena de grandes rios que atravessam vários países, o que coloca a água como 
fonte de disputa e possível razão de futuras guerras. TEIXEIRA, Francisco. Por uma geopolítica 
da água: conheça o mapa dos conflitos. Carta Maior. Seção meio Ambiente. 18 mar. 2005.
Disponível em: <http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Por-uma-geopolitica-da-agua-conhe-
ca-o-mapa-dos-conflitos/3/2839>. Acesso em: 10 set. 2015. 
A água também se esgota 
• Documentário que aborda a importância da água para a vida na Terra foca os problemas 
relativos ao abastecimento de água na União Europeia, mas também mostra que esse é um 
problema mundial que deve ser encarado a partir de iniciativas sustentáveis. PORTUGAL. A água 
também se esgota. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento 
Regional com apoio da empresa Águas de Portugal. 29 jul. 2011.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jn97a0YxMkA>. Acesso em: 10 set. 2015.
Duração: 6 min 12 s.
ACOMPANHENAWEB
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Por-uma-geopolitica-da-agua-conheca-o-mapa-dos-conflitos/3/2839
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Por-uma-geopolitica-da-agua-conheca-o-mapa-dos-conflitos/3/2839
https://www.youtube.com/watch?v=jn97a0YxMkA
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Água, escassez e soluções 
• Interessante matéria que trata sobre a escassez da água como um grande problema do século 
XXI. O programa mostra que a falta de acesso à água, por sua má distribuição geográfica ou 
pela ausência de infraestrutura que a leve até aos cidadãos é uma realidade que se reflete na 
qualidade de vida das pessoas. Soluções ao problema são apontadas, como a gestão consciente 
dos recursos hídricos, visando o seu uso racional, e a dessalinização da água do mar. Outro 
problema destacado é a questão dos conflitos entre países em torno do acesso à água doce, o 
que aponta para a pressão que a sua escassez exerce sobre as populações humanas. MATÉRIA 
DE CAPA. Água, escassez e soluções. 2013. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lYT2odOomAA>. Acesso em: 10 set. 2015.
Duração: 28 min 13 s.
O desperdício de água
• Este vídeo aborda o problema da escassez da água e seu desperdício. De acordo com a 
matéria, a escassez de água já atinge 29 países e este número pode se ampliar para mais 
de 40, sendo que mais de um bilhão e 700 mil pessoas vivem o problema da escassez de 
água. O problema não está na quantidade, mas na distribuição. Devido ao grande desperdício, 
somente no Brasil, cerca de 47% da água tratada acaba sendo descartada. Vários exemplos de 
desperdício de água são apresentados, indicando que a solução para o problema da escassez 
passa pela redução do desperdício. BRASIL. Desperdício de Água. TV Brasil. 2008.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CoF0eG01cbk>. Acesso em: 10 set. 2015.
Duração: 6min 25 s.
ACOMPANHENAWEB
https://www.youtube.com/watch?v=lYT2odOomAA
https://www.youtube.com/watch?v=CoF0eG01cbk
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O Ciclo Hidrológico
• Animação narrada em que o ciclo hidrológico é abordado de forma simples, didática e direta, 
permitindo fácil compreensão das etapas envolvidas em todo o processo. BRASIL. Ciclo 
Hidrológico. Agência Nacional das Águas. 2014.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vW5-xrV3Bq4>. Acesso em: 10 set. 2015.
Duração: 2 min 59 s.
ACOMPANHENAWEB
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AgOrAéAsuAvEz
Questão 1
“‘Sem água não existe vida’. Esta é uma frase elementar que permeia quase todos os manuais, documentos e trabalhos que se 
relacionam a este recurso.” (MACHADO; TORRES, 2012, p. 11) Apesar de sua importância para a vida na Terra e para as ativi-
dades econômicas, é sabido que o ser humano tem provocado a poluição de mananciais e a escassez de água está cada vez 
mais presente.
O que pode ser feito para combater essa escassez e garantir o abastecimento de água para as gerações futuras?
https://www.youtube.com/watch?v=vW5-xrV3Bq4
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AgOrAéAsuAvEz
Questão 2
O Ciclo Hidrológico possui grande importância na dinâmica do planeta, sendo essencial à vida, já que, ao possibilitar a circulação 
de água entre diferentes regiões, torna-se responsável pela disponibilidade hídrica que sustenta as grandes formações vegetais 
e sua fauna.
Sobre o ciclo hidrológico, analise as assertivas que seguem:
I. O escoamento superficial da água se dá por seu deslocamento, conforme o relevo, encaminhando-se para áreas de altitudes 
superiores, podendo atingir grandes reservatórios e mananciais de água.
II. A evapotranspiração é a eliminação de água, em forma de vapor, pelas plantas em seu processo de transpiração. Esse proces-
so é mais intenso em áreas de florestas equatoriais e tropicais. 
III. Nos continentes, o quantitativo de água da precipitação é maior que o quantitativo somado da evaporação e da evapotranspi-
ração. Nos oceanos, essa relação se dá de forma inversa.
IV. Após precipitar, parte da água que é infiltrada no solo pode evaporar, escoar subterraneamente na parte superior do solo, ser 
utilizada pelas plantas ou atingir mananciais subterrâneos.
V. A precipitação da água alimenta lagos, rios, mares e oceanos. Ela pode ocorrer de diferentes formas; os diferentes tipos de 
precipitação são: a neve, o granito, o orvalho e a chuva.
Marque a alternativa que apresenta todas as assertivas corretas:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
e) III e V.
21
Questão 3
A água está presente na hidrosfera, na litosfera, na atmosfera e na biosfera. Sua constante movimentação nesses quatro siste-
mas configura o ciclo hidrológico.
Sobre o ciclo da água, analise as assertivas que seguem:
I. A água pode ficar retida no solo, armazenada por determinado tempo, tanto em poros como em finas películas.
II. Boa parte da precipitação, ao alcançar o solo, escoa superficialmente, das partes mais baixas para as mais elevadas do relevo.
III. As gotas de chuva constituem a forma mais comum de precipitação; elas têm tamanho variado, geralmente entre 2 e 5 centí-
metros de diâmetro.
IV. As minhocas e outros animais perfuradores favorecem a infiltração pela abertura de túneis no solo. 
V. As áreas sem cobertura vegetal facilitam o escoamento superficial, levando à erosão do solo.
Marque a alternativa que apresenta todas as assertivas corretas:
a) I, III e V.
b) I, IV e V.
c) II, III e IV.
d) III, IV e V.
e) III e V.
Questão 4
O ciclo hidrológico, ou ciclo da água, conta com a influência de fatores abióticos presentes na atmosfera, na litosfera e na 
hidrosfera, e com a influência de fatores bióticos, presentes na biosfera.
E o ser humano? Como ele influencia o ciclo hidrológico e qual a consequência direta disso nas áreas urbanas?
AgOrAéAsuAvEz
22
Questão 5
A água é um recurso abundante no planeta, recobrindo mais de 70% da superfície terrestre. Todavia, a pequena quantidade de 
água doce disponível e sua irregular distribuição nos continentes a tornam um recurso escasso.
Quanto a isso, elabore um panorama resumido sobre a escassez hídrica e a questão do conflito pelo acesso aos mananciais de 
água entre as nações.
AgOrAéAsuAvEz
Neste tema você estudou os principais aspectos conceituais da Hidrosfera, que junto à Litosfera, à Atmosfera e 
à Biosfera forma um conjunto maior, o nosso planeta. Nessa realidade, verificou que o Ciclo Hidrológico interage em 
todo esse conjunto, funcionando como um sistema fechado crucial para a existência e a manutenção da vida na Terra.
Outro ponto relevante foi a questão da distribuição da água no planeta,em que as águas oceânicas – e, portanto, 
salgadas – recobrem a maior parte da superfície terrestre, indicando que a água doce – aquela que é própria para o 
consumo – existe em menor proporção e que, do seu total, apenas uma pequena parcela possui fácil disponibilidade, 
podendo ser encontrada em rios e lagos. Além disso, a distribuição dos mananciais é irregular, de forma que em boa 
parte das regiões em que há grandes reservas hídricas a população é pequena, e nas áreas de grande contingente 
populacional normalmente existe dificuldade de acesso à água.
Na interação entre o ser humano e os recursos hídricos, verificou-se a forma inadequada com que o homem trata os 
mananciais, causando a sua poluição, agravando a dificuldade de acesso às reservas hídricas de qualidade e ampliando 
o problema da escassez desse precioso líquido.
A disputa pelos recursos hídricos cresce alimentando antagonismos entre nações, o que pode levar a guerras com o 
propósito de assegurar o acesso a mananciais.
A dependência do homem em relação aos recursos naturais – neste caso, abordamos um recurso importantíssimo, que 
é a água – deveria servir como razão para que o homem adotasse uma postura mais proativa com a natureza, visando 
fiNAlizANDO
23
a sua preservação por meio de práticas sustentáveis. Infelizmente, poucas são as iniciativas concretas nesse sentido; 
há uma mudança em curso, é verdade, todavia precisa avançar com maior velocidade.
Por isso, você, caro aluno, deve buscar fazer a sua parte no que se refere aos recursos hídricos: realize um consumo 
consciente da água, busque sua aplicação de forma sustentável e, como futuro educador, busque conscientizar as 
novas gerações da importância de uma relação menos predatória e mais inteligente com a natureza. 
fiNAlizANDO
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rEfErêNCiAs
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TUNDISI, J. G. Água no século XXI: enfrentando a escassez. 1. ed. São Carlos: Rima Artes e Textos, 2003. 248p. 
Atmosfera: Camada gasosa que envolve o planeta Terra. Composta por vários elementos, com destaque para o oxigê-
nio e o nitrogênio, além da presença do vapor d’água. Está diretamente ligada às transformações climáticas e à proteção 
natural da Terra em relação à radiação solar, por meio da camada de Ozônio. O suporte à vida também é garantido pela 
atmosfera graças ao efeito estufa, ao impedir que parte do calor oriundo da radiação solar saia do planeta.
Biomassa: Quantidade de matéria viva ou plantação em um ecossistema ou em um determinado nível trófico dentro de 
um ecossistema. Quando se fala em biomassa relacionando à área planetária, significa toda a quantidade de matéria 
viva na Terra.
glOssáriO
https://www.youtube.com/watch?v=jn97a0YxMkA
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http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml
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http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Meio-Ambiente/Por-uma-geopolitica-da-agua-conheca-o-mapa-dos-conflitos/3/2839
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http://www.escolakids.com/camadas-da-atmosfera.htm
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glOssáriO
Biosfera: Ocorre na interseção entre a Atmosfera, a Litosfera e a Hidrosfera. Considerada a soma dos ambientes em 
que existe vida no planeta.
Ciclo Hidrológico: Circulação de água de um sistema (atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera) para outro. Ocorre por 
meio dos processos de evaporação, condensação, precipitação, escoamento, armazenamento e reevaporação para a 
atmosfera.
Condensação: É o processo por meio do qual o vapor é convertido em líquido e ocorre a liberação de energia em forma 
de calor latente.
Convecção: É o processo por meio do qual a circulação é produzida dentro de uma massa de ar ou corpo fluido em que 
materiais aquecidos sobem e materiais resfriados descem. Em Geologia, é o método pelo qual o calor é transferido para 
a superfície da Terra das profundezas do manto.
Evapotranspiração: É a combinação da perda de água para a atmosfera, a partir do solo e de superfícies aquáticas por 
evaporação e a partir das plantas pela transpiração realizada pelos estômatos de suas folhas.
Hidrosfera: É toda a água existente no planeta. Apresenta-se nas formas sólida, líquida e gasosa. A forma sólida é 
encontrada nas geleiras; a forma gasosa está na atmosfera como umidade; a forma líquida é encontrada na superfície 
da Terra nos oceanos, rios e lagos, bem como em depósitos subterrâneos. A água existente na biomassa também é 
considerada como parte da Hidrosfera. A Hidrosferaestá em constante movimento e é marcada pelo ciclo hidrológico.
Litosfera: É a superfície sólida do planeta. Constituída de rochas, minerais e solos, marcada pela presença de diferen-
tes formas de relevo. É o ambiente em que o ser humano vive e realiza a maior parte de suas atividades.
Sistema Fechado: É o sistema no qual nenhuma quantidade substancial de matéria e/ou energia pode cruzar as suas 
fronteiras. Dessa forma, constitui um sistema que não perde energia e/ou matéria.
Sublimação: É a mudança direta do estado de um material, como a água, de sólido para gasoso e vice-versa.
http://www.escolakids.com/biosfera.htm
http://www.escolakids.com/biosfera.htm
http://www.escolakids.com/hidrosfera.htm
26
gABAritO
Questão 1
Resposta: Para reverter a atual tendência que leva à escassez de água, faz-se necessário tomar uma série de medidas 
em relação ao consumo de água, em relação ao manejo de produtos tóxicos e em relação ao tratamento de resíduos 
líquidos e esgotos, além da necessária educação ambiental das pessoas.
Dessa forma, é preciso racionar o consumo, deixando de gastar água com atividades que levam ao desperdício, como 
a lavagem de carros em casa ou a limpeza de calçadas com mangueiras. No campo é preciso que a irrigação seja 
realizada com a quantidade de água que a lavoura precisa, sem desperdiçar; também é preciso abdicar ou reduzir o uso 
de agrotóxicos e fertilizantes químicos, já que, por meio do escoamento ou da infiltração, conduz resíduos tóxicos aos 
mananciais, contaminando a água. Nas cidades é preciso que seja realizado o devido tratamento do esgoto doméstico 
e dos efluentes industriais, visando melhorar a qualidade da água dos mananciais. A educação ambiental também é 
importante, já que as pessoas devem ter a consciência, por exemplo, de fechar a torneira enquanto escovam os dentes, 
de que não devem jogar lixo nos rios, nos lagos e nos mares e de que a preservação e a qualidade dos recursos hídricos 
dependem do esforço de todos.
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Tendo em vista que a assertiva I está incorreta, já que o escoamento superficial da água se dá por seu deslocamento 
conforme o relevo, encaminhando-se para áreas de altitudes inferiores (e não superiores), podendo atingir grandes 
reservatórios e mananciais de água; a assertiva II está correta ao apontar que a evapotranspiração é mais intensa em 
áreas das florestas equatoriais e tropicais; a assertiva III está correta já que a precipitação excede a evapotranspiração 
nos continentes, ocorrendo o contrário nos oceanos, e a assertiva IV está correta já que aponta possibilidades plausíveis 
para o destino da água da precipitação que é infiltrada no solo; já a assertiva V está incorreta ao colocar o granito, que 
é uma variedade de rocha magmática intrusiva, como forma de precipitação, o correto seria granizo.
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Questão 3
Resposta: Alternativa B.
A assertiva I está correta ao afirmar que a água pode ficar retida no solo, armazenada em poros ou em finas películas. A 
assertiva II está incorreta, já que boa parte da precipitação, ao alcançar o solo, escoa superficialmente, das partes mais 
altas para as mais baixas do relevo, conforme a lei da gravidade. A assertiva III está incorreta, já que o tamanho das 
gotas de chuva varia entre 2 e 5 milímetros de diâmetro. A assertiva IV está correta ao afirmar que o trabalho dos vermes 
e animais perfuradores favorece a infiltração pela abertura de túneis no solo. A assertiva V está correta ao afirmar que 
as áreas sem cobertura vegetal facilitam o escoamento superficial, levando à erosão do solo.
Questão 4
Resposta: Os homens participam do referido ciclo na condição de animais e principalmente pela sua intervenção no 
espaço geográfico, ao construir barragens, desviar de curso de rios, impermeabilizar os solos com a urbanização, 
desmatar florestas e poluir o ambiente. Com isso, altera as condições naturais e influi no ciclo da água. Em áreas 
urbanas ocorre o aumento do escoamento superficial, o que, associado a uma deficiente rede de drenagem, ocasiona 
enchentes.
Questão 5
Resposta: Cerca de 40% da população mundial vive uma situação de estresse hídrico e as perspectivas para o futuro não 
são nada boas, já que a escassez de água tende a se agravar. Em boa parte do planeta, os mananciais são explorados 
em patamares muito superiores ao que pode ser considerado como sustentável. Também deve ser considerada a 
existência de rios (fonte de abastecimento de água) que atravessam dois ou mais países e com isso surge a possibilidade 
de conflitos em função da disputa pelo acesso aos mananciais d’água.

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