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Anestésicos locais - Estudo dirigido

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ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PÚBLICA 
 CURSO DE ODONTOLOGIA 
Grupo: 
- Agatha Jordana Carvalho Lima (T02) 
- Ana Caroline Barbosa Salgado (T02) 
- Amanda Beatriz de Azevedo Almeida (T01) 
- Bruna Carvalho Lopez Moreno (T01) 
- Mariana Claudino dos Santos (T01) 
- Maria Vitória Galvão Sales (T02) 
- Yasmin Chaves Dias (T02) 
- Anne Nicole Vasconcelos Bezerra (T02) 
 
ESTUDO DIRIGIDO – GRUPO DE DISCUSSÃO ANESTÉSICOS LOCAIS E 
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
 
1- ) Quando utilizamos um anestésico local na clínica, são 3 as características que 
nos interessam diretamente: 
 
a) potência 
b) duração 
c) velocidade de ação 
 
Analise a tabela abaixo e discuta os itens 
 
EFEITO DO ANESTÉSICO PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS 
 
_____________________________________________________________________ 
ANESTÉSICO potência inicio (min) duração pKa solub lig a 
proteína (%) 
LOCAL em lípides 
Procaína 1 1,0 1,0 8,9 0,6 
5,8 
Lidocaína 4 0,5 1,5 7,7 2,9 
64,0 
Etidocaína 16 0,4 8,0 7,7 2,9 
94,0 
 
a) Identifique o mais potente, o início mais rápido e o de maior duração 
O fármaco anestésico que é considerado o mais potente, que possui o início 
mais rápido e o de maior duração é a Etidocaína. 
 
b) Qual dos anestésicos locais é o mais tóxico 
O fármaco local mais tóxico no organismo humano para o uso em ambientes de 
trabalho do cirurgião-dentista, é a Procaína, haja vista que a Etidocaína não é utilizada 
nas clínicas odontológicas, contudo, é considerada a mais tóxica entre a Procaína e a 
Lidocaína. Esse fato ocorre, porque a Procaína possui uma menor porcentagem da 
ligação de proteína, sendo assim, será mais acessível a passagem pela barreira 
hematocefálica, visto que só passará a fração livre consequentemente é bastante tóxico. 
 ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PÚBLICA 
 CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
c) Discuta qual o anestésico local é o mais utilizado em anestesia tópica 
O anestésico local mais utilizado em anestesia tópica é a Lidocaína, pois possui 
uma potência razoável, que associado ao vasoconstrictor produz resultados 
satisfatórios, a lidocaína possui um pka de 7,7 isso significa há 90% de bases 
conjugadas que realiza o efeito e apenas 10% de base livre, que é aquela que adentra 
ao neurônio. Além disso, lidocaína possui uma taxa intermediária de ligação de proteína, 
sendo considerado um sal bastante seguro, ademais, é uma recomendação ideal e 
mais indicada na relação materno fetal. 
 
 
2) Considerando a que todos os anestésicos locais têm algum grau de toxicidade, 
apresente alternativas viáveis para a redução da mesma? 
 
O uso de vasoconstritores apresenta diversas alternativas viáveis para a redução 
da toxicidade, como a absorção lenta do sal anestésico, que diminui a toxicidade do 
anestésico, o aumento da duração da anestesia, que possibilita a utilização de 
quantidades menores de solução, a fim de promover um melhor efeito anestésico. Os 
fármacos dessa classificação mais comuns são a adrenalina / epinefrina, a 
noradrenalina / nora epinefrina, a fenilefrina e o octapressin / felipressina. Importante 
salientar que, caso a adrenalina seja contraindicada para o paciente, o uso da lidocaína 
sem vasoconstritor será insuficiente na maioria dos casos, portanto, a solução é optar 
pelo uso de outros anestésicos, como a prilocaína ou a mepivacaína. Através de 
práticas que visam a prevenção, por exemplo, a aspiração antes de colocar o fármaco 
no organismo humano, além de colocar o anestésico de forma lenta, e ter a atenção 
significativa com o paciente, para que não ocorra sinais de intoxicação no enfermo. 
 
 
3) Comente 
 
“O uso de anestésicos locais em ambientes com temperatura controlada é mais 
seguro do que em determinadas condições de temperatura sem controle” 
 
A manutenção da temperatura corporal durante o ato anestésico-cirúrgico é vital, 
pois a hipotermia está relacionada a inúmeras complicações. Contudo, quando utilizada, 
pode proteger órgãos fundamentais que estão sujeitos a isquemia, como os que são 
constituídos por células neuronais e miocárdicas. 
A priori, a temperatura do ambiente pode causar alterações na composição do fármaco, 
podendo provocar dor ou queimação à injeção, sendo que, a causa primária da 
queimação é o pH da solução (sem vasoconstritor: pH 6,5 – com vasoconstritor: pH 3,5). 
Nesse contexto, o seu armazenamento em temperatura ambiente sem contato com 
álcool ou com diversos agentes desinfetantes possui a função de evitar a queimação à 
injeção, assim, preservando o fármaco. Portanto, os anestésicos locais em ambientes 
com temperatura controlada são mais seguros, pois esses exibem diminuição da 
densidade quando sofrem um aumento da temperatura. A 37°C, todas as soluções que 
contêm glicose são hiperbáricas. 
 ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PÚBLICA 
 CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
4) Qual deve ser a influência de baixos teores de sódio no líquido extracelular 
sobre o efeito de anestésicos locais 
 
Os baixos teores de sódio no líquido extracelular influenciam no mecanismo de 
ação sobre o efeito do anestésico local, visto que a base livre próxima do neurônio ela 
atravessa a bainha de mielina adentrando ao neurônio para promover o efeito 
propriamente dito do anestésico, a sua base livre se associa com o H+ livre, formando 
um par conjugado que vai bloquear o canal de sódio, a fim de impedir que esse adentre 
o neurônio, não ocorrendo o potencial de ação, assim como a despolarização da 
membrana para conduzir o impulso nervoso. Nesse sentido, o Sistema Nervoso Central, 
na região do hipotálamo não recebe os estímulos álgicos, logo, aquela área está 
anestesiada pelo neurônio e o paciente não irá sentir dor, mas caso tenha baixos teores 
de sódio afeta o potencial de ação do anestésico. 
 
5) Um paciente foi submetido a uma cirurgia. Durante o procedimento fez-se 
necessário associar a anestesia por barbitúrico uma injeção de d-tubocurarina. 
Após a cirurgia, na sala de recuperação quando o paciente já se recuperava do 
efeito miorrelaxante muscular esquelético e da anestesia ele recebeu uma injeção 
intramuscular de estreptomicina. Qual o efeito observado após a injeção do 
medicamento em questão?. Justifique. Qual o tipo de tratamento você 
recomendaria para reverter esse quadro? 
 
O efeito após a injeção intramuscular de estreptomicina, os antibióticos atuam 
nos efeitos dos anestésicos, interferindo na condução neuromuscular, agindo na 
condução neuro-axonal, principalmente no nódulo de Ranvier a fim de inibir a liberação 
de acetilcolina do neurônio- motor, nesse sentido, causa uma intervenção na interação 
do transmissor com o receptor colinérgico pós-sináptico, alterando a excitabilidade do 
receptor colinérgico e estabilizando a membrana muscular, para que interfira no 
mecanismo contrátil dentro do músculo. Assim, quando não é possível utilizar um 
antagonismo efetivo a uma interação com antibiótico, o mais recomendável é manter a 
ventilação controlada até que o bloqueio neuromuscular seja finalizado. O tipo de 
tratamento que o grupo recomenda para reverter esse quadro é a aplicação da droga 
Aminopiridina, que essa atua na inibição da passagem de potássio nas membranas 
neuronais, propiciando um aumento significativo da concentração do cálcio na parte 
interior do nervo. Portanto,esse fato irá promover um maior número de acetilcolina no 
neurônio motor, a fim de desfazer a interrupção neuromuscular.

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