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SEGURANÇA_DO_TRABALHO_III[1]

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1 
 
SUMÁRIO 
1. PALAVRA DO PROFESSOR-AUTOR........................................................... 02 
2. TRABALHO A CÉU ABERTO....................................................................... 03 
 
2.1 Prevenção em prática com uso de EPIs................................................... 06 
2.2 Insalubridade no Trabalho ao Ar Livre...................................................... 07 
2.3 IBUTG – Índice Bulbo úmido Termômetro de Globo................................ 08 
2.4 Outras determinações da NR 21.............................................................. 10 
2.5 NR 21 – Trabalho a Céu Aberto................................................................ 11 
3. NR 22 - SEGURANÇA ESAÚDE OCUPACIONAL EM MINERAÇÃO.......... 18 
 3.1 Importância Econômica da Mineração no Brasil...................................... 20 
 3.2 Fases da Vida de uma Exploração Mineira.............................................. 21 
 3.3 Métodos de Lavra..................................................................................... 25 
 3.4 Operações de Lavra.................................................................................. 26 
 3.5 Processamento Mineral............................................................................ 32 
 3.6 Problemas Ambientais.............................................................................. 33 
 3.7 Programa de Gerenciamento de Risco – PGR......................................... 36 
 3.8 Programa de Proteção Respiratória – PPR.............................................. 44 
4. FISCALIZAÇÕES E PENALIDADES............................................................. 57 
 4.1 Cálculo de Multas...................................................................................... 65 
 4.2 NR 28 – Fiscalizações e Penalidades....................................................... 69 
5. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO............................................ 77 
 5.1 Quem faz a Inspeção de Segurança?....................................................... 78 
 5.2 Tipos de Inspeção de Segurança quanto a Abrangência......................... 79 
 5.3 Tipos de Inspeção de Segurança quanto a Frequência........................... 80 
 5.4 Fases da Inspeção de Segurança do Trabalho........................................ 81 
 5.5 Ferramentas de Inspeção de Segurança do Trabalho.............................. 82 
6. AUDITORIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO........................................... 86 
 6.1 Objetivo da Auditoria................................................................................. 87 
 6.2 Tipos de Auditoria..................................................................................... 89 
 6.3 Planejamento e Implantação de Auditoria................................................ 91 
 6.4 Benefícios da Auditoria............................................................................. 93 
 Atividades de Aprendizagem.......................................................................... 98 
7. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS...................................... 99 
 7.1 Tabela de Classificação dos Riscos......................................................... 101 
8. DIALOGO DIARIO DE SEGURANÇA – DDS................................................ 103 
 8.1 Benefícios do Dialogo Diário de Segurança – DDS.................................. 104 
 8.2 Dicas para um Dialogo Diário de Segurança – DDS................................ 105 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.............................................................. 110 
 CURRÍCULO DO PROFESSOR-AUTOR....................................................... 111 
 
 
2 
 
PALAVRA DO PROFESSOR- AUTOR 
 
No mundo moderno e competitivo, as relações entre empresas e 
colaboradores deixaram de serem consideradas simples relações de trabalho e 
passaram a ter um enfoque mais amplo. Isto não só envolve compromissos 
financeiros, mas qualidade de vida e de trabalho, passando, também, pela promoção 
que abrange ações sistemáticas na preservação do homem, do ambiente, da 
comunidade e da empresa. 
O Brasil, nos últimos anos, vem crescendo e ampliando o cenário de 
mineração, quanto aos acidentes do trabalho e suas consequências, ainda existe 
muito a ser melhorado e fiscalizado. Essas ações envolveram aspectos não só de 
legislação e fiscalização, mas também da implantação de valores prevencionistas, 
com a colaboração de profissionais capacitados e habilitados da área de Saúde, 
Segurança do Trabalho e Meio Ambiente. O desafio é superar preceitos e 
paradigmas antigos, estimulando as empresas e trabalhadores a perceberem a 
importância de ações preventivas, não só por obrigatoriedade legal, mas como um 
compromisso com a qualidade de vida, produtividade, lucro e sobrevivência. 
 O objetivo geral da disciplina de Segurança do Trabalho III é oportunizar 
conhecimentos necessários ao aluno nas diversas áreas da Segurança do Trabalho, 
permitindo-lhe atuar, com eficiência e eficácia, no desenvolvimento de suas 
potencialidades no decorrer de suas atividades profissionais. 
Explorem as páginas a seguir e façam parte desse seleto grupo que executa 
suas ações de maneira responsável, sem colocar em risco sua integridade física e a 
dos demais colegas, zelando pelo sucesso de seu grupo de trabalho e da empresa 
onde exerce suas atividades. Lembre-se que para um bom aproveitamento será 
necessário estudar regularmente, disciplina, comprometimento, organização e 
responsabilidade. Assim será possível obtermos o sucesso necessário na 
aprendizagem. Começamos agora uma nova etapa, o segundo passo para o 
sucesso que os levarão a um futuro profissional de excelência! 
Bons estudos! 
 
3 
 
2.0 TRABALHO A CEU ABERTO. 
 
Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de 
acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar 
livre e em pedreiras. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá 
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da 
Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. 
A norma regulamentadora 21, que trata do trabalho a céu aberto, aborda a 
obrigatoriedade de haver abrigos, ainda que rústicos capazes de proteger os 
trabalhadores contra as intempéries da natureza. 
Outro item da NR 21 estabelece a exigência de medidas especiais contra 
insolação excessiva, por causa do sol. Há calor, frio, umidade e ventos 
inconvenientes que os tornam expostos às doenças e aos acidentes. Contra as 
radiações UV, as empresas precisam dispor de protetor solar. O problema é que a 
proteção esbarra na inconveniência de precisar aplicar sobre a pele várias vezes 
durante o dia, na rua, quando termina seu efeito de proteção solar. “Mas, sabemos 
que também não é adequado passar o produto na pele com a mão suada e sem 
lavar”, afirma. 
Os efeitos do trabalho ao ar livre podem ir além de queimaduras, rugas e 
manchas na pele. Se não utilizarem protetor solar, os profissionais de trabalho ao ar 
livre podem desenvolver câncer de pele – causa primária de exposição ao sol – 
catarata e até tumores, segundo os dermatologistas. 
O calor, segundo o físico José Carlos Fernandes dos Santos pode ser 
definido como o fluxo de energia que acontece quando dois ou mais corpos 
possuem diferentes temperaturas, e espontaneamente, os corpos mais quentes 
4 
 
transferem a energia para os mais frios, até que se atinja o equilíbrio térmico. Em 
muitas atividades, os trabalhadores ficam expostos a altas temperaturas. 
O calor pode ser gerado por fontes artificiais (caldeiras, fornos) ou fontes 
naturais, como é o caso dos trabalhos a céu aberto. As conseqüências ao homem 
exposto ao calor são diversas e vão desde a fadiga, tonturas, desmaios, insolação, 
com possibilidades de um AVC – Acidente Vascular Cerebral, conforme exposto 
pela Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicinado 
Trabalho. 
No organismo humano constantemente ocorre a troca térmica – ganhando ou 
perdendo calor – até que o mesmo se equilibre. Esta troca térmica acontece para 
que nosso corpo encontre um conforto térmico. 
Com a chuva, a situação é ainda mais complexa, pois a capa de chuva de 
cor amarela, que é o equipamento de proteção individual, com certificado de 
aprovação pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não é bem aceita pelos coletores 
que preferem utilizar um saco de lixo, “transformado” em capa, que não dificulta 
seus movimentos. “Eles têm a lógica de economia de tempo, principalmente para 
dar conta do setor ao qual foram designados para recolher os sacos de lixo”, explica. 
A gestão desse trabalho na rua é feita pelo próprio trabalhador, o que 
dificulta resolver a questão da capa de chuva. “Cada tarefa desenvolvida na rua tem 
um componente afetivo, psíquico e subjetivo”. Quando esses trabalhadores burlam 
as prescrições de segurança, por exemplo, estão buscando um jeito de minimizar o 
desgaste do trabalho. Além da exposição às condições climáticas, os trabalhadores 
sofrem com a ausência de um local para satisfazer suas necessidades fisiológicas. 
Até hoje não há uma resolução para essa questão tão óbvia que é haver sanitários 
onde o trabalhador possa fazer as necessidades fisiológicas. 
Considerando as temperaturas do planeta que estão ficando cada vez mais 
elevadas, segundo relatórios de meteorologistas, esses trabalhadores sofrerão 
bastante. Em geral, nos escritórios, os trabalhadores encontram no ar condicionado, 
o refresco para o calor. Sabe-se que o trabalho no calor excessivo provoca mais 
cansaço e desgasta mais. O efeito natural da alta temperatura é a desidratação, que 
5 
 
leva ao aumento da fadiga, e a consequência é o risco de acidente do trabalho pela 
perda de concentração, ainda que os coletores e os carteiros movimentem-se 
bastante. 
O aumento do calor, somado à elevação da umidade do ar, torna mais difícil 
amenizar a temperatura corporal, o que pode levar a uma queda de produtividade 
nos meses mais quentes do ano em todo mundo. 
Trabalhar ao sol não é fácil mesmo. Além dos coletores de lixo e carteiros, os 
agentes de trânsito, operários da construção civil, funcionários de companhias de 
telefonia e eletricidade, trabalhadores da mineração, funcionários da rede portuária, 
etc, sofrem, pois o desgaste com altas temperaturas, no caso do calor chega a 
reduzir o ânimo. 
 
6 
 
2.1 Prevenções em Prática e uso de EPIs 
Em São Paulo, os garis passaram a utilizar mangas compridas e chapéus de 
legionário, que cobre a nuca e as laterais da face. A ECT (Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos) já tornou o protetor solar de utilização obrigatória para 
os carteiros e os fornece gratuitamente, assim como óculos de sol e grau, com 
marca escolhida pelo trabalhador, além de guarda-chuva e capa de 
chuva aprovados pelo INMETRO. 
Mas a falta de conscientização continua sendo problemática no trabalho ao ar 
livre, pois os efeitos do mal causado não são imediatos, como ocorre com os 
acidentes de trabalho. Se o profissional de trabalho ao ar livre for ter câncer de pele, 
isso provavelmente ocorrerá quando ele já estiver aposentado. Isso torna o risco 
abstrato demais para que as pessoas dêem a devida importância. 
Ocorre que os especialistas advertem que somente o uso do protetor solar 
com no mínimo 30 FPS não é suficiente. Seria preciso agregar à proteção algumas 
medidas, tais como: 
 Uso de blusa de manga comprida, em tecido leve para evitar o calor 
excessivo, boné e óculos de sol ou de proteção, de preferência, com lentes que 
protejam contra raios UV. 
 Agendar as atividades de exposição ao sol até as 10h00min, 
retomando após as 15h00min. 
 Preferir a bermuda, que cobre as pernas até os joelhos, aos shorts. 
 Reaplicar o filtro solar a cada duas horas, pelo menos. 
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), surgem no Brasil por volta 
de 130 mil novos casos de câncer de pele a cada ano. Mas enquanto o 
próprio Inca e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lutam por 
mais orientação para que esses itens sejam EPIs obrigatórios para profissionais 
de trabalho ao ar livre, há médicos que acham esse conceito relativo, pois teria de 
considerar antecedentes de câncer de pele, horário do trabalho, condições 
climáticas e se a pessoa tem maior tendência a desenvolver as doenças 
ocupacionais ocasionadas pelo trabalho ao ar livre. 
7 
 
2.2 Insalubridade no Trabalho ao Ar Livre. 
As atividades a céu aberto estão sujeitas as variações climáticas e 
intempéries, variação da radiação solar e outros fatores externos que influenciam na 
precisão da avaliação. Sendo assim, a caracterização da insalubridade por calor 
nessas atividades fica prejudicada. 
Com essa variação climática influenciando no ambiente, não é possível 
quantificar o número de horas e períodos do ano em que o trabalhador fica exposto 
ao calor acima dos limites de tolerância. 
A insalubridade por calor só pode ser caracterizada por fontes artificiais de 
calor. Portanto, para questões de Higiene Ocupacional, é dever da empresa adotar 
medidas de controle no ambiente de trabalho de forma que a Taxa Metabólica “M” 
fique compatível com o IBUTG (Índice Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e 
portanto dentro dos limites de exposição. 
A neutralização através de EPIs não ocorre, pois não é possível determinar se 
estes reduzem a intensidade do calor a níveis abaixo dos limites de tolerância, 
conforme prevê o artigo 191, item II, da CLT. Os EPIs (blusões e mangas), muitas 
vezes, podem até prejudicar as trocas térmicas entre o organismo e o ambiente. 
Entretanto, os EPIs devem ser sempre utilizados, uma vez que protegem os 
empregados dos riscos de acidentes e doenças ocupacionais. Reduzindo-se o 
tempo de permanência junto às atividades pesadas (reduzindo o tempo de 
exposição) e planejando as atividades, constante hidratação e reposição de sais 
minerais, consegue-se neutralizar o risco físico Calor proveniente das atividades a 
céu aberto, protegendo os trabalhadores de desmaios, tonturas, quedas, problemas 
nos órgãos vitais (rim e fígado), sistema circulatório e cerebral. 
A exposição ao calor ambiental afeta na saúde psíquica e física do 
trabalhador. Como mostra a Secretaria da Educação do Estado do Paraná, o 
indivíduo exposto ao calor em excesso pode desenvolver “irritabilidade, fraqueza, 
depressão, ansiedade e incapacidade para se concentrar. Nos casos mais graves 
podem ocorrer alterações físicas.” 
 
8 
 
2.3 IBUTG -Índice de Bulbo Úmido e Termômetro Globo 
De acordo com a Fundacentro, a temperatura elevada prejudica a regulação 
da temperatura do corpo e pode causar males que vão desde fadiga a danos no 
cérebro. Quando o IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro Globo - índice de 
calor) ultrapassa o limite de 27,0 ºC, é preciso ficar atento. Com um índice de 32ºC a 
54ºC, os danos são câimbras, insolação e possibilidade de AVC – Acidente Vascular 
Cerebral. Acima de 54ºC é risco extremo. 
Este índice é baseado na ponderação fracionada das temperaturas de globo, 
bulbo úmido e bulbo seco pela seguinte equação matemática: 
IBUTG = 0,7 x Tbn + 0,2 x Tg + 0,1 x Tbs (para ambientes com carga solar) 
ou 0,7 xTbn + 0,3 x Tg (para ambientes sem carga solar), onde Tbn é Temperatura 
de Bulbo Úmido Natural; Tg Temperatura de Globo e Tbs é Temperatura de Bulbo 
seco. 
O Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo – IBUTG utilizado para a 
avaliação da sobrecarga térmica é um método simples, baseado na combinação das 
leituras provenientes dos termômetros de globo, bulbo úmido e seco, 
correlacionando posteriormente a carga térmica ambiental com a carga metabólica 
do tipo de atividade exercida pelo trabalhador. Utiliza-se para essa medição o 
Medidor de Stress Térmico. 
 
 
9 
 
A Constituição Federal assume um compromisso de reduzir os riscos 
inerentesao trabalho com normas de saúde, segurança e higiene (art. 7º, inciso 
XXII), as NRs. A NR-6 e a CLT prevêem que o empregador tem obrigação legal de 
fornecer EPIs que protejam os trabalhadores dos riscos aos quais seu trabalho os 
expõem. 
A NR-21 é específica a respeito de trabalho ao ar livre, ou trabalho a céu 
aberto e abre possibilidades para o adicional de insalubridade, estabelecendo a 
prevenção com medidas especiais contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a 
umidade e os ventos inconvenientes. 
O anexo 7 da NR-15 considera agentes não-ionizantes como os ultravioletas 
insalubres, podendo ocasionar catarata, câncer e outras doenças de pele e 
oculares. Também se considera que o trabalho ao ar livre torna o organismo menos 
resistente a infecções. 
Mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) não vê o trabalho ao ar livre ou a 
céu aberto necessariamente como insalubre. Segundo eles, está previsto na NR-
15 que o trabalho ao ar livre não garante o adicional de insalubridade, pois a prova 
técnica variaria de acordo com o dia, a hora e as condições climáticas vividas pelo 
profissional. Dessa forma, segundo o TST, embora os raios solares possam 
contribuir com doenças pelo aumento do calor, o trabalho a eles exposto não gera 
adicional de periculosidade (Precedente nº 173 da SDI/TST). 
Portanto, o adicional de insalubridade não pode ser concedido ao 
profissional de trabalho ao ar livre por conta de raios solares. Por outro lado, não os 
raios solares, mas a submissão excessiva ao calor em ambientes externos e com 
carga solar pode ser considerado um agente nocivo ao profissional de trabalho ao ar 
livre, segundo o anexo 3 da NR-15. Ele prevê que o calor pode prejudicar a saúde 
do trabalhador ao ar livre, podendo até mesmo levar à morte e causando: 
 Dores de cabeça 
 Mal estar 
 Fraqueza 
 Inconsciência 
10 
 
 Câimbras 
 Catarata 
 Desidratações 
 Erupções cutâneas 
 Tonturas e Vertigens 
 Convulsões e Delírios 
Logo, podemos dizer que há condições do trabalho ao ar livre que podem 
conferir o adicional de insalubridade. 
Mais um motivo para que o fornecimento de EPIs para profissionais 
envolvidos em atividades de trabalho ao ar livre seja uma preocupação da empresa. 
2.4 Outras Determinações da NR-21 
 Trabalhadores que residam no trabalho devem dispor de condições 
sanitárias adequadas em alojamentos construídos em locais arejados, livres de 
vegetação e a pelo menos 50 metros de depósitos de feno, esterco, currais, 
estábulos, pocilgas ou viveiros de qualquer natureza. 
 A capacidade da moradia deve ser dimensionada de acordo com o número 
de moradores e deve possuir ventilação e luz direta suficientes. As paredes devem 
ser caiadas e os pisos devem ser impermeáveis. 
 É obrigatória a profilaxia de endemias nos trabalhos em regiões 
pantanosas ou alagadiças. 
 As condições sanitárias do trabalho ao ar livre devem ser compatíveis com 
o gênero da atividade. 
 O poço de água a ser utilizado pelo profissional de trabalho ao ar livre deve 
ser protegido contra a contaminação. 
 O local de trabalho ao ar livre deve possuir banheiros arejados e bem 
ventilados, que devem ser mantidos limpos, em boas condições sanitárias e 
protegidos contra a proliferação de insetos, ratos, animais e pragas. 
 
 
11 
 
2.5 NR 21 – Trabalho a Céu Aberto 
21.1. Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de 
abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra 
intempéries. 
21.2. Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra 
a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. 
21.3. Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser 
oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. 
21.4. Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, 
serão imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas 
de saúde pública. 
 21.5. Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias 
compatíveis com o gênero de atividade. 
21.6. Quando o empregador fornecer ao empregado moradia para si e sua 
família, esta deverá possuir condições sanitárias adequadas. 
21.6.1. É vedada, em qualquer hipótese, a moradia coletiva da família. 
21.7. A moradia deverá ter: 
a) capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores; 
b) ventilação e luz direta suficiente; 
c) as paredes caiadas e os pisos construídos de material impermeável. 
21.8. As casas de moradia serão construídas em locais arejados, livres de 
vegetação e afastadas no mínimo 50,00m (cinqüenta metros) dos depósitos de feno 
ou estercos, currais, estábulos, pocilgas e quaisquer viveiros de criação. 
21.9. As portas, janelas e frestas deverão ter dispositivos capazes de mantê-
las fechadas, quando necessário. 
12 
 
21.10. O poço de água será protegido contra a contaminação. 
21.11. A cobertura será sempre feita de material impermeável, imputrecível, 
não combustível. 
21.12. Toda moradia disporá de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e 
um compartimento sanitário. 
21.13. As fossas negras deverão estar, no mínimo, 15,00m (quinze metros) 
do poço; 10,00m (dez metros) da casa, em lugar livre de enchentes e à jusante do 
poço. 
21.14. Os locais destinados às privadas serão arejados, com ventilação 
abundante, mantidos limpos, em boas condições sanitárias e devidamente 
protegidos contra a proliferação de insetos, ratos, animais e pragas. 
13 
 
 Resumo: 
Com as aulas aprendemos sobre o trabalho a céu aberto, observando 
medidas preventivas práticas e uso de EPI - Equipamento de Proteção Individual 
necessárias para a segurança do trabalho, bem como as consequências desse tipo 
de exposição. 
Conhecemos aspectos importantes do trabalho a céu aberto, suas 
particularidades, legislação, determinações e possíveis adicionais, referente a 
exposição através de avaliação quantitativa e cálculo de IBUTG. 
 
 
 
STRESS TÉRMICO É caracterizado pela união da produção interna do corpo 
a partir da atividade física desempenhada aos aspectos ambientais do local de 
trabalho que permitem a troca de calor entre o corpo e a atmosfera. Quando o 
sistema humano que regula a nossa temperatura interna, que deve ser por volta 
de 37 °C sofre uma sobrecarga e passa a não ter condições de manter essa 
temperatura, ocorre então o stress térmico. 
Pioneira na fabricação de tecidos profissionais no Brasil e líder da América 
Latina, a Santista Work Solution desenvolveu a tecnologia em tecido contra os 
raios UV, com sua linha Coldblack, que reduz a absorção dos raios solares em 
cores escuras e promove melhor gerenciamento térmico. O produto reduz a 
temperatura em até 5 ºC e minimiza o desconforto causado pelo calor. O tecido é 
ideal para uniformes utilizados por trabalhadores que ficam expostos ao sol 
durante longos períodos do dia. Sem dúvida, a proteção contra os raios UV é 
muito importante. 
14 
 
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 
 
1. O que é calor? 
 
2. Quais os efeitos do trabalho ao ar livre no corpo? 
 
3. Cite algumas atividades que envolvem trabalho a céu aberto. 
 
4. Acerca da Norma Regulamentadora 21 − Trabalhos a céu aberto, 
considere: 
I. O uso de abrigos capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries 
é facultativo quando tais abrigos forem rústicos. 
II. Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão 
imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de 
saúde pública. 
III. Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a 
insolação excessiva: o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. 
IV. O poço de água potável, escavado para o consumo familiar, deverá 
possuir cobertura de material inerte, rígido e não combustível. 
Está correto o que consta em 
a) I, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) IIIe IV, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
5. Sobre os trabalhos a céu aberto considere: 
I. É obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de 
proteger os trabalhadores contra intempéries. 
II. São facultativas as medidas especiais que protejam os trabalhadores 
contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes, 
desde que acompanhadas pela CIPA. 
15 
 
III. Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, 
deverão ser adotadas medidas idênticas aos trabalhos realizados em áreas secas. 
IV. Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias 
compatíveis com o gênero de atividade. Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III 
e) IV. 
6. Os trabalhos realizados a céu aberto devem atender às recomendações da 
Norma Regulamentadora nº 21. No que se refere a essa norma, assinale a 
alternativa correta. 
a) Nos trabalhos realizados a céu aberto, não é obrigatória a existência de 
abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra 
intempéries. 
b) Medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação 
excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes serão exigidas. 
c) Aos trabalhadores que residirem longe do local do trabalho deverão ser 
oferecidos alojamentos coletivos, assim como para a sua família deles. 
d) Toda moradia disporá de, pelo menos, dois dormitórios e uma cozinha. 
e) As fossas negras deverão estar, no máximo, a cinco metros da casa. 
7. A NR-21 trata das condições de “Trabalho a Céu Aberto”; e seu item 21.2. 
estabelece que: “serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores 
contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes”. 
Qual é o inciso (item) do art. 200, da Seção XV - Das outras medidas especiais de 
proteção, da CLT que assegura a existência jurídica desta NR? 
IV - Proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, 
com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de 
paredes contra fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil 
circulação, corredores de acesso e saído amplas e protegido, com suficiente 
sinalização. 
16 
 
V - Proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no 
trabalho a céu aberto com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento e 
profilaxia de endemias. 
VI - Proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, 
radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões 
anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para 
eliminação ou atenuação desses efeitos, limites máximos quanto ao tempo de 
exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do 
trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade, controle permanente dos 
locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessária. 
VII - Higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, 
instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e 
armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, 
fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo 
de sua execução, tratamento de resíduos industriais. 
VIII - Emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de 
perigo. 
8. Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser 
oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. As fossas 
negras devem estar, no mínimo, a: 
a) Quinze metros do poço e quinze metros da casa 
b) Quinze metros do poço e vinte metros da casa 
c) Quinze metros do poço e dez metros da casa. 
d) Vinte metros do poço e dez metros da casa 
e) Vinte metros do poço e quinze metros da casa 
9. A legislação do Ministério do Trabalho e Emprego sobre trabalho a céu 
aberto descrita na NR 21 é extremamente limitada no que diz respeito às 
regulamentações necessárias ao exercício das atividades profissionais nestas 
condições. Após uma série de alterações, é correto afirmar que a NR 21 define que 
a moradia deste trabalhador de ter: 
17 
 
a) No mínimo, um espaço de dormitório de 3m x 3m; piso e cobertura de 
alvenaria e iluminação satisfatória. 
b) Capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores; 
paredes caiadas e piso de material impermeável e ventilação e luz direta suficiente. 
c) Espaço total de moradia de, no mínimo 3m x 3m, piso e cobertura de 
alvenaria e ventilação satisfatória. 
d) Paredes e pisos de material impermeável e dimensão mínima da moradia 
4m x 4m. 
e) Pé direito mínimo de 2,5m; camas individuais no alojamento e um sanitário 
a cada cinco ocupantes. 
10. Em relação aos trabalhos realizados a céu aberto, estes devem atender 
as recomendações da Norma Regulamentadora 21, descritas a seguir, EXCETO: 
a) Nos trabalhos realizados a céu aberto, não é obrigatória a existência de 
abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra 
intempéries. 
b) Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a 
insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. 
c) Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser 
oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. 
d) Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias 
compatíveis com o gênero de atividade. 
e) Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão 
imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de 
saúde pública. 
 
18 
 
3.0 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
 
A Norma Regulamentadora NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na 
Mineração tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o 
planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da 
segurança e saúde dos trabalhadores. 
Os campos de Aplicação desta norma são: 
a) minerações subterrâneas; 
b) minerações a céu aberto; 
c) garimpos, no que couber; 
d) beneficiamentos minerais e 
e) pesquisa mineral 
Mineração é um termo que abrange os processos, atividades e indústrias cujo 
objetivo é a extração de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas 
minerais. Podem incluir-se aqui a exploração de petróleo e gás natural e até 
de água, como atividade industrial, a mineração é indispensável para a manutenção 
do nível de vida e avanço das sociedades modernas em que vivemos. Desde 
os metais às cerâmicas e ao betão, dos combustíveis aos plásticos, equipamentos 
elétricos e eletrônicos, computadores, cosméticos, passando pelas estradas e outras 
vias de comunicação e muitos outros produtos e materiais que utilizamos ou de que 
desfrutamos todos os dias, todos eles têm origem na atividade da mineração. 
Pode-se sem qualquer tipo de dúvida dizer que sem a mineração a civilização 
atual, tal como a conhecemos, pura e simplesmente não existiria, fato do qual a 
maioria de nós nem sequer percebe. 
O Piauí é apontado pelos sites nacionais especializados em mineração como 
a nova fronteira do minério. Essa afirmação é confirmada com os números do 
19 
 
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério 
das Minas e Energia que mostram o Estado como o segundo do Nordeste e entre os 
dez maiores do país com incidência de minérios. 
Um dos pontos que chama a atenção é a diversidade da riqueza mineral 
piauiense, uma vez que não há apenas um minério específico em destaque, mas 
vários tipos como ferro, diamantes, fósforo, níquel, mármore, calcário, argila, opala e 
outros. Atualmente existem no Estado em torno de 3,5 mil títulos concedidos para 
pesquisas dos mais diversosminerais e muitas reservas já foram confirmadas e 
dimensionadas. 
A cidade de Pedro II, a 195 km de Teresina, é um 
dos dois locais no mundo onde é encontrada a opala, 
uma pedra semipreciosa muito utilizada na confecção de 
jóias. O garimpo, beneficiamento, lapidação e venda da 
Opala emprega diretamente cerca de 1.500 pessoas na 
cidade, que tem uma população de pouco mais de 37.500 habitantes. A opala de 
Pedro II (Piauí) é a única de qualidade nobre no Brasil e suas reservas, juntamente 
com as reservas australianas, formam as únicas jazidas de opala de importância no 
planeta. As reservas de Pedro II são: 12.469,354 kg de reservas medidas; 
50.269,416 kg de reservas indicadas e 38.529,230 kg de reservas inferidas. 
O Piauí entrou na rota da extração de 
diamantes e pode se tornar referência mundial e se 
aproximar de números da Rússia e Botswana que 
hoje são os países líderes no setor na extração da 
pedra preciosa. Conforme pesquisa realizada pelo 
Departamento Nacional de Produção Mineral 
(DNPM), em 2011 que aponta o município de Gilbués-PI, localizado a 742 
quilômetros de Teresina-PI, possui uma grande reserva de diamantes. Estimado em 
dois milhões de quilates - o equivalente a 400 toneladas de pedra preciosa - o 
diamante do Piauí é puro e possui certificação de Kimberley, órgão criado pela 
Organização das Nações Unidas (ONU), para atestar diamantes quanto à sua 
origem e legalidade. 
20 
 
A Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás planeja investir 236,7 bilhões de dólares 
no seu Plano de Negocio e Gestão período entre 2013 e 2017. São 47,2 bilhões de 
dólares por ano e 900 projetos estão previstos para execução pela estatal em 
parcerias focadas na eficiência e na gestão. Os estudos realizados em 34 
municípios do Estado, encravadas no semi-árido e nos Cerrados, localizados na 
bacia sedimentar do Rio Parnaíba, constataram a existência de gás e petróleo em 
quantidade comercial e de fácil prospecção e extração, como já acontecera no lado 
maranhense da Bacia do Parnaíba onde a OGX já explora o gás. 
 
3.1 Importância Econômica da Mineração no Brasil 
A imagem um tanto negativa desta atividade junto da sociedade em geral, 
sobretudo nas últimas décadas, deve-se, sobretudo aos profundos impactos que ela 
pode ter no ambiente (sobretudo os negativos) e que têm sido a causa de 
numerosos acidentes ao longo dos tempos. 
Por último, não nos podemos esquecer que a capacidade desta atividade em 
fornecer à sociedade os materiais que esta necessita não é infinita, pois muitos dos 
recursos minerais explorados são, pelo contrário, bastante finitos. 
A economia brasileira sempre teve uma relação estreita com a extração 
mineral. Desde os tempos de colônia, o Brasil transformou a mineração - também 
responsável por parte da ocupação territorial - em um dos setores básicos da 
economia nacional. Atualmente, é responsável por 3 a 5% do Produto Interno Bruto. 
Importante na obtenção de matérias-primas, é utilizada por indústrias metalúrgicas, 
siderúrgicas, fertilizantes, petroquímica e responsável pela interiorização da indústria 
inclusive em regiões de fronteiras. Em 2000, o setor mineral representou 8,5 % do 
PIB - US$ 50,5 bilhões de dólares. É um setor, portanto de profunda importância, 
pois, além do que já representa para a economia nacional, o subsolo brasileiro 
representa um importante depósito mineral. Entre as substâncias encontradas, 
destacam-se o nióbio, minério de ferro (segundo maior produtor 
mundial), tantalita, manganês, entre outros. Deixando de lado aspectos já 
mencionados, não se pode esquecer que a atividade mineradora é responsável pela 
21 
 
criação de inúmeros empregos diretos, representando no ano 2000, 500.000 
empregos e um saldo na balança comercial de US$ 7,7 bilhões de dólares. 
3.2 Fases da Vida de uma Exploração Mineira 
Algumas minas trabalham com a extração mecânica e através de perfurações 
e detonações de minério de ferro, sendo utilizados neste processo trator de esteira, 
escavadeira, trator de pneu, patrol, carregadeira, caminhão fora de estrada que 
transporta o minério para ser beneficiado nas instalações de britagem e de 
concentração de minérios.Geralmente nas minas existem horários e avisos de 
detonações em diversas áreas. Isso ocorre para que essas áreas sejam evacuadas 
antes da detonação para que não haja nenhum tipo de acidente com os 
trabalhadores. 
É imprescindível nas minas ter uma equipe especializada de manutenção 
elétrica e principalmente uma Brigada de Emergência para que, em caso de 
acidentes, os trabalhadores tenham onde recorrer para a solução do mesmo. 
Alguns funcionários trabalham em equipamentos, mas para isso é necessário 
que neste equipamento tenha sido feito o bloqueio elétrico corretamente. E se 
necessário esses funcionários devem passar por um treinamento de bloqueio 
específico de cada unidade. 
Um dos maiores riscos de acidentes em uma mina ocorre por problemas com 
a eletricidade e para prestar socorro todos devem estar ciente de que o circuito 
esteja desligado antes de tocar na vítima para não ocorrer novos acidentes. Portanto 
o cuidado no manuseio da parte elétrica é essencial e deverá sempre ser feito por 
profissionais. 
O SESMT tem por objetivo a promoção da saúde e a proteção da integridade 
física do servidor no seu local de trabalho, e a norma que rege esses serviços é a 
NR4.Nela são dispostas as seguintes obrigações: 
 Propor melhorias das condições de trabalho; 
 Trabalhar em conjunto com a CIPAMIN*; 
 Inspecionar equipamentos, veículos e áreas de trabalho; 
 Especificar EPI; 
22 
 
 Prestar acessória técnica às diversas áreas de trabalho; 
 Assessorar na elaboração da análise preliminar de tarefa; 
 Acompanhar a execução de obras e reformas; 
 Treinar empregados/ contratados; 
 Elaborar procedimento de segurança; 
 Acompanhar visitas; 
 Realizar auditorias nas áreas de trabalho; 
 Elaborar relatórios gerenciais e estatísticos. 
*CIPAMIN = Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração- NR 22 
As Principais Causas de Acidentes de Trabalho em uma Mina são: 
 Falta/falha de procedimento; 
 Falta de treinamento; 
 Treinamento ineficaz; 
 Falha/falta de equipamento; 
 Negligência do empregado; 
 Negligência de terceiros; 
 Falta de atenção ao executar a tarefa; 
 Brincadeiras; 
 Agente nocivo; 
 Falha na comunicação; 
 Falta de sinalização; 
 Condição do ambiente; 
 Não utilização de EPI; 
 Falha de projeto; 
 Não seguir procedimentos de segurança; 
 Stress/Fadiga; 
Os riscos das atividades do setor mineral dependem de algumas condições, 
entre as quais podemos destacar: 
 Tipo de mineral ou lavrado: Ferro, ouro, bauxita, manganês, mármore, 
granito, asbestos, talco etc.; 
23 
 
 Formação geológica do mineral e da rocha encaixante (hospedeira). Tal 
conhecimento é importante, pois, dependendo da formação geológica, o mineral 
lavrado poderá conter outros minerais “contaminantes”, como, por exemplo, a 
conhecida possibilidade de contaminação do talco com amianto; 
 Presença de gases. A ocorrência de gases, principalmente metano, é mais 
comum em rochas sedimentares do tipo carvão mineral e potássio, sendo importante 
atentar para sua presença especialmente em minas subterrâneas. É importante 
destacar também que gases podem se acumular em áreas abandonadas de minas 
subterrâneas, que apresentam riscos quando da sua retomada; 
 Presença de água. Importante em minas subterrâneas, mas também em 
minas a céu aberto pelo risco de inundações; 
 Métodos de lavra. Implicam em diversos riscos, pois alteram o maciço 
rochoso, possibilitando desabamento, se não forem executados adequadamente. 
A vida de uma exploração mineira (mina ou pedreira) é composta por um 
conjunto de etapas que se podem resumir a: 
 Pesquisa para localização do minério. 
 Prospecção para determinação da extensão e valor do minério localizado. 
 Estimativa dos recursos em termos de extensão eteor do depósito. 
 Planejamento, para avaliação da parte do depósito economicamente 
extraível. 
 Estudo de viabilidade para avaliação global do projeto e tomada de decisão 
entre iniciar ou abandonar a exploração do depósito. 
 Desenvolvimento de acessos ao depósito que se vai explorar. 
 Exploração, com vista à extração de minério em grande escala. 
 Recuperação da zona afetada pela exploração de forma a que tenha um 
possível uso futuro. 
De notar que entre a fase de pesquisa e o início da exploração podem 
decorrer vários anos ou mesmo décadas, sendo os investimentos necessários nesta 
fase muito elevados. 
 
24 
 
Além disso, devemos observar os seguintes documentos complementares: 
 ABNT NBR 5413 - Iluminância de interiores. 
 ABNT NBR 6327 - Cabo de aço para uso geral - Requisitos mínimos. 
 ABNT NBR 6493 - Emprego das cores para identificação de tubulações. 
 ABNT NBR 11725 - Conexões e roscas para válvulas de cilindros para 
gases comprimidos. 
 ABNT NBR 11900 - Extremidades de laços de cabos de aço. 
 ABNT NBR 12246 - Espaço confinado - Prevenção de acidentes, 
procedimentos e medidas de proteção. 
 ABNT NBR 12790 - Cilindro de aço especificado, sem costura, para 
armazenagem e transporte de gases a alta pressão. 
 ABNT NBR 12791 - Cilindro de aço, sem costura, para armazenamento e 
transporte de gases a alta pressão. 
 ABNT NBR 13541 - Movimentação de carga - Laço de cabo de aço - 
Especificação. 
 ABNT NBR 13542 - Movimentação de carga - Anel de carga. 
 ABNT NBR 13543 - Movimentação de carga - Laços de cabo de aço - 
utilização e inspeção. 
· ABNT NBR 13544 - Movimentação de carga - Sapatilho para cabo de aço. 
 ABNT NBR 13545 - Movimentação de carga - Manilhas. 
 ABNT NBR 14725 - Ficha de Informações de Segurança de Produtos 
Químicos (FISPQ). 
 Capítulo V do Título II da CLT - Refere-se à Segurança e Medicina do 
Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
3.3 Métodos de Lavra 
Relativamente ao modo de escavação as minas podem dividir-se em dois 
tipos principais: minas subterrâneas e minas a céu aberto. 
As minas a céu aberto apresentam menores riscos do que as minas de 
subsolo, não só no que se refere aos riscos de desabamento, mas quanto à 
exposição a poeiras minerais.O transporte em minas a céu aberto deve obedecer 
aos seguintes requisitos mínimos: 
 Os limites externos das bancadas utilizadas como estradas devem estar 
demarcados e sinalizados, de forma visível, durante o dia e a noite; 
 A largura mínima das vias de trânsito deve ser duas vezes maior que a 
largura do maior veículo utilizado, no caso de pista simples, e três vezes, para 
pistas; 
 Nas laterais das bancadas ou estradas onde houver riscos de quedas de 
veículos, devem ser construídas leiras com altura mínima correspondente à 
metade do diâmetro do maior pneu 
de veículo que por elas trafegue. 
A escolha do método de lavra 
depende em grande parte da localização e 
forma do depósito mineral, devendo ser 
escolhido o método mais seguro e ao 
mesmo tempo mais econômico. 
O desmonte do minério pode ser efetuado 
por meios mecânicos (por exemplo, com 
escavadoras hidráulicas) ou com recurso 
a explosivos (na grande parte dos casos). 
 Uma perfuratriz sendo utilizada na perfuração 
da rocha. 
 
 
26 
 
3.4 Operações de Lavra 
As operações executadas com vista à extração de um minério e até ao seu 
processamento são sequenciais e podem ser resumidas da seguinte forma (no caso 
de desmonte com explosivos): 
 Perfuração – o minério é furado utilizando máquinas hidráulicas de 
perfuração; a perfuração é executada com diâmetro, comprimento e distâncias 
entre furos previamente calculadas; 
 Desmonte – os furos previamente executados são preenchidos (ou 
carregados) com explosivo, procedendo-se então à detonação deste e 
consequente fragmentação do minério. 
 Remoção – o minério assim fragmentado é carregado em caminhões, 
vagonetas ou outro meio de transporte, até a instalação de processamento, 
geralmente situada próximo da mina. 
 
Trabalhadores em uma mina subterrânea se preparando para realizar a remoção do minério 
através de vagões 
Segundo a Portaria no 237/01 do Departamento Nacional de Pesquisa 
Mineral (DNPM), para efeito de atendimento da NR 22, entende-se por 
empreendedor todo detentor de registro de licença; detentor de permissão de lavra 
garimpeira; detentor de alvará de pesquisa; detentor de concessão de lavra; detentor 
de manifesto de mina; detentor de registro de extração; aquele que distribui bens 
minerais; aquele que comercializa bens minerais e aquele que beneficia bens 
minerais. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fotothek_df_n-11_0000072.jpg
27 
 
Entende-se por lavra: o conjunto de operações coordenadas que objetivam o 
aproveitamento industrial das jazidas, desde a extração das substâncias minerais 
até o beneficiamento destas. Sendo observadas as condições econômicas, sociais, 
geológicas, geográficas e ambientais para o planejamento do método de lavra. 
As responsabilidades básicas do empregador, também denominado nesta NR 
de permissionário de lavra garimpeira, são as mesmas previstas no Art. 158 da CLT 
como qualquer outro empregador. Para o setor da mineração, a NR 22 estabelece 
as seguintes responsabilidades: 
 Estabelecer, em contrato, nome do responsável pelo cumprimento da 
presente Norma Regulamentadora; 
 Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os 
trabalhadores a condições de risco grave e iminente para sua saúde e segurança; 
 Garantir a interrupção das tarefas, quando proposta pelos trabalhadores, 
em função da existência de risco grave e iminente, desde que confirmado o fato pelo 
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; 
 Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos 
potenciais nas áreas em que desenvolverão suas atividades; 
 Coordenar a implementação das medidas relativas à segurança e saúde 
dos trabalhadores das empresas contratadas e prover os meios e condições para 
que estas atuem em conformidade com esta norma; 
 Elaborar e implementar o PCMSO (NR 7); 
 Elaborar e implementar o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), 
contemplando os aspectos da NR 22. 
A empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira deve proporcionar aos 
trabalhadores treinamento, qualificação, informações, instruções e reciclagem 
necessárias para preservação da sua segurança e saúde, levando-se em 
consideração o grau de risco e natureza das operações. 
28 
 
O treinamento admissional para os trabalhadores, que desenvolverão 
atividades no setor de mineração ou daqueles transferidos da superfície para o 
subsolo ou vice-versa, abordará, no mínimo, os seguintes tópicos: 
 Treinamento introdutório geral com reconhecimento do ambiente de trabalho; 
 Treinamento específico na função e orientação em serviço. 
 Ambiente do trabalho. 
O treinamento introdutório geral deve ter duração mínima de seis horas 
diárias, durante cinco dias, para as atividades de subsolo, e de oito horas diárias, 
durante três dias, para atividades em superfície, durante o horário de trabalho, e terá 
o seguinte currículo mínimo: 
a) ciclo de operações da mina; 
b) principais equipamentos e suas funções; 
c) infraestrutura da mina; 
d) distribuição de energia; 
e) suprimento de materiais; 
f) transporte na mina; 
g) regras de circulação de equipamentos e pessoas; 
h) procedimentos de emergência; 
i) primeiros socorros; 
j) divulgação dos riscos existentes nos ambientes de trabalho constantes no 
Programa de Gerenciamento de Riscos e dos acidentes e doenças profissionais 
e 
l) reconhecimento do ambiente do trabalho. 
A empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira deve proporcionar 
treinamento específico, com reciclagem periódica, aos trabalhadores que executem 
as seguintes operações e atividades: 
29 
 
a) abatimento de chocos e blocosinstáveis; 
b) tratamento de maciços; 
c) manuseio de explosivos e acessórios; 
d) perfuração manual; 
e) carregamento e transporte de material; 
f) transporte por arraste; 
g) operações com guinchos e içamentos; 
h) inspeções gerais da frente de trabalho; 
i) manipulação e manuseio de produtos tóxicos ou perigosos e 
j) outras atividades ou operações de risco especificadas no PGR. 
Durante o planejamento, a viabilidade econômica é o fator mais importante 
para a seleção do método de lavra. Porém, aspectos de higiene, segurança, 
estabilidade da mina, a recuperação do minério e a produtividade máxima também 
são considerados. A escolha do método de lavra é o fator que possibilita o 
desenvolvimento da operação de extração do material. A escolha errada poderá 
trazer consequências negativas para a viabilidade da mina. Os métodos de lavra são 
limitados pelas condições de disponibilidade e o desenvolvimento de equipamentos, 
assim como, os aspectos tecnológicos, sociais, econômicos e políticos. Os métodos 
de lavra devem ser bastante flexíveis já que podem ocorrer mudanças devidas a 
alguns fatores inesperados que podem causar custos adicionais. Por isso, a maioria 
das minas utiliza mais de um método de extração. 
Depois de selecionado o método de lavra, deve se produzir condições 
adequadas para os funcionários, reduzir os impactos causados ao meio ambiente e 
ao mesmo tempo conseguir estabilidade na mina, durante sua vida útil. 
As características físicas do depósito, como a profundidade e sua extensão, 
limitam as possibilidades de aplicação de alguns métodos de lavra. 
30 
 
Além desses fatores, há outras considerações que devem ser analisadas: 
sobre as águas superficiais e subterrâneas, quanto às formas de drenagem e 
bombeamento; a permeabilidade do rochoso maciço, deformabilidade, resistência, 
etc. Todas devem ser aliadas as características da geologia estrutural - falhas, 
dobras, diques – avaliadas no início do projeto. 
A estabilidade política de um país, questões sociais e geográficas influenciam 
diretamente na escolha do método de lavra, pois, como por exemplo, a mineração 
em regiões remotas não desperta o interesse de operários qualificados e de sua 
permanência no local, isso influencia também os custos e a produtividade, o que 
afeta a escala de produção, pois esta depende do desenvolvimento tecnológico, que 
para uma operação grande exige uma infra-estrutura adicional. 
O critério de avaliação econômica é muito importante e deve ser levado em 
conta, assim como a situação financeira da empresa, pois se trata 
reconhecidamente de uma atividade que está sujeita a riscos elevados. 
Tipos de método de lavra: A metodologia adotada em determinado jazimento 
é aquela que apresenta menor custo. Existem mais de trezentas variações de 
métodos tradicionais, embora possa destacar o método de lavra a céu aberto e 
subterrânea como principais. Os tipos de método de lavra mais comuns, praticados 
no Brasil, podem ser: 
A céu aberto: método de bancos em cava ou encostas dependente das 
condições topográficas do terreno, a profundidade máxima da cava dependerá do 
teor e da relação entre estéril e minério, e as dimensões das plataformas de trabalho 
dependerão da produção e conveniência dos equipamentos. 
Subterrânea: lavra desenvolvida no subsolo em função de dois 
condicionantes, um é a geometria do corpo (inclinação e espessura) e o outro são as 
características de resistência e estabilidade dos maciços que constituem o minério e 
suas encaixantes. 
Realce auto-portantes: método que costuma exigir elevada continuidade e 
homogeneidade da qualidade do minério possuindo alta produtividade face á 
simplicidade das operações empregadas; 
31 
 
Câmaras e pilares: método que se presta bem à mecanização, desde que a 
espessura da camada permita a operação de equipamentos em seu interior; 
Subníveis: o método permite grande variação em sua aplicação, as 
perfurações podem ser descendentes, ascendentes ou radial, no Brasil é bastante 
empregado em vários locais; 
VCR – Vertical Crater Retreat (Recuo por Crateras Verticais): método de 
grande importância na mineração por ter permitido, pela primeira vez, a recuperação 
de pilares. A perfuração nesse método é sempre feita no sentido descendente. 
Suporte das encaixantes: os mais comuns são o recalque (shirinkage) e o 
corte e enchimento (corte e aterro). Método de menor produtividade, (devido aos 
desmonte menores, de um maior número de operações conjugadas e da dificuldade 
de manuseio do minério em recalque ou enchimento), quando comparado com 
aberturas auto-portantes em condições similares. 
Recalque: método que não se adéqua bem á mecanização, pois existe uma 
relação entre as dimensões dos equipamentos de perfuração e a espessura e 
inclinação da camada para que essa permita a operação dos equipamentos no seu 
interior. 
Corte e enchimento: método que permite lidar com variações quanto á 
continuidade e homogeneidade da qualidade do minério, provendo diluição e 
recuperação aceitáveis. 
Abatimento: os mais comuns são o abatimento em subníveis (praticado no 
Brasil), por blocos e longwall. 
Subníveis: método de perfuração ascendente no qual o teto vai sendo abatido 
de acordo com o encerramento das atividades de extração das galerias; 
Garimpagem Manual: lavagem do cascalho com equipamentos e ferramentas 
rudimentares e manuais. 
Garimpagem manual com auxilio da ação de águas pluviais: as águas abrem 
depressões na superfície do solo revelando a topografia e os níveis de cascalho. 
32 
 
Garimpagem manual com auxilio da ação de águas fluviais: pequenos 
córregos são desviados e direcionados para áreas definidas aleatoriamente que já 
tenham sido trabalhadas e possibilitem a concentração do material levado até lá 
pelas águas, que depois é peneirado. 
Garimpagem manual por catas: são abertos poços retangulares para chegar a 
níveis mineralizados, utilizando pás, picaretas, enxadeco, enxada e suruca 
(peneiras) para depois fazer a catação manual. 
Garimpagem mecânica por desmonte hidráulico: O material é extraído por um 
forte jato de água de alta pressão na direção da base do declive provocando um 
desmoronamento. 
Garimpagem mecânica por desmonte hidráulico em leitos submersos com 
auxilio de mascarita, escafandro e chupadora: Um sistema de bombeamento 
impulsiona a sucção da polpa formada muitas vezes com lâminas de água de 30 
metros o ponto de sucção no fundo da água é atingido por tubulações nas quais a 
polpa é transportada. Os equipamentos utilizados são a mascarita, que é uma 
mascara de mergulho com oxigênio bombeado ao mergulhador, que leva junto uma 
pá e um saco para coletar cascalho; o escafandro, que é uma roupa especial 
impermeável que possui um aparelho respiratório para maior autonomia do 
mergulhador; e a chupadoura, que é um sistema flutuante do motor, bomba de 
sucção, compressor e outros equipamentos. 
Dragagem: Utilização de dragas no leito dos rios, onde a lavra está contra a 
corrente necessita do represamento do rio. 
A vantagem da dragagem é combinar várias operações em um único método; 
a draga desmonta, carrega e transporta o material. 
3.5 Processamento Mineral 
O processamento mineral ou tratamento de minérios consiste de uma série de 
processos que têm em vista a separação física dos minerais úteis da ganga (a parte 
do minério que não tem interesse econômico e que é rejeitada) e a obtenção final de 
um concentrado, com um teor elevado de minerais úteis. Os métodos utilizados 
33 
 
podem ser físicos ou químicos e podem ser divididos de forma aproximadamente 
sequencial em: 
 Fragmentação primária 
 Granulação 
 Moagem 
 Classificação (pode estar incluída entre os vários tipos de 
fragmentação e concentração) 
 Concentração 
O produto obtido na fase final de concentração é o produto final da atividade 
de uma mina, sendo vendido por um preço estabelecido de acordo, sobretudo, masnão só, com o teor de metal que contem. 
3.6 Problemas Ambientais 
 
Precipitado de hidróxido de ferro num regato recebendo águas ácidas de uma mina de carvão 
(Missouri, Estados Unidos). 
Atualmente as companhias mineiras são obrigadas a cumprir normas 
ambientais, de encerramento e funcionamento bastante restritas, de forma a 
assegurar que a área afetada pela exploração mineira regressa à sua condição 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Iron_hydroxide_precipitate_in_stream.jpg
34 
 
inicial, ou próxima da inicial e em alguns casos até melhor que a inicial. Alguns 
métodos de exploração antiquados tiveram (e continuam a ter), em países com fraca 
regulamentação, efeitos devastadores no ambiente e na saúde pública. Pode ocorrer 
contaminação química grave do solo nas áreas afetadas, a qual pode ser ampliada e 
disseminada, por exemplo, pela água, criando situações de contaminação acriana 
maciça. 
Outros problemas ambientais possíveis são a erosão, subsidência, abandono 
de resíduos perigosos, perda de biodiversidade e contaminação de aquíferos e 
cursos de água. No entanto, as explorações mineiras modernas têm práticas que 
diminuíram significativamente a ocorrência destes problemas, sendo alvo de 
constantes apurações ambientais. 
O caso Samarco marcou o ano de 2015 como um desastre de grandes 
proporções ambientais (há quem afirme que se trata do maior desastre ambiental da 
história brasileira). O rompimento da barragem de Fundão, a qual retinha rejeitos de 
mineração, demonstra a importância de um sistema de gestão eficaz. 
A extração mineral, atividade desenvolvida pela Samarco, é enquadrada 
legalmente como atividade potencialmente poluidora, sendo passível 
de licenciamento ambiental. 
O controle de licenças é um importante instrumento que permite o 
atendimento de condicionantes do órgão ambiental. Licenças próprias devem ser 
controladas para evitar que sejam cometidos desvios, mas licenças de fornecedores 
e prestadores de serviços também devem ser controladas. Ora, se uma empresa 
realiza ações ambientalmente adequadas, não faz sentido que a mesma adquira 
produtos ou contrate serviços que não o façam. 
Normalmente o prazo que o órgão ambiental fornece para a solicitação de 
renovação da licença é de 4 meses antes do vencimento da mesma. Porém, é 
sabido que existe certa dificuldade quando tratamos de burocracia envolvendo 
órgãos públicos, e isto também deve ser considerado no controle das 
licenças.Manter as licenças dentro do prazo de vencimento evita sanções frente às 
entidades de controle. 
35 
 
A elaboração de um Plano de Atendimento a Emergências é um trabalho 
complexo e muito importante. Ele descreve formas de como agir em casos 
emergenciais, assim como os recursos que a empresa possui para o atendimento a 
estas situações. 
A realização de simulados de emergência é uma boa forma de avaliar o 
quanto o Plano está adequado à realidade da empresa. A análise do simulado é a 
oportunidade de verificar onde ocorreram erros e quais as oportunidades de 
melhoria no atendimento a uma emergência, uma vez ocorrida a emergência real, é 
essencial os funcionários saberem seu papel e que atitudes tomar para a melhor 
resolução do evento. 
 O Ministério do Trabalho encontra irregularidades na Samarco, a fiscalização 
começou após rompimento da barragem de Fundão a mineradora recebeu 23 autos 
de infração, começou em 2015, depois da tragédia provocada pelo rompimento da 
barragem de Fundão. 
Os fiscais analisaram a barragem de Fundão e a própria mineradora Samarco 
durante cinco meses e dos 23 autos de infração, 18 estão relacionados a 
irregularidades referentes à saúde e à segurança no trabalho; e um diz respeito à 
terceirização ilícita, relativa à contratação de empresa para atividade-fim da 
mineradora (alteamento da barragem), o que fere o artigo 41 da CLT e a Súmula 
330 do TST. Os demais autos referem-se à jornada de trabalho: foram constatadas 
horas-extras em excesso, falta de intervalo entre as jornadas e redução de intervalo 
de repouso e refeição. a grande maioria relacionada a irregularidades referentes à 
saúde e à segurança no trabalho. Uma das graves infrações foi a terceirização de 
um serviço que a mineradora não poderia ter terceirizado. 
A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro de 2015. Distritos e 
cidades foram destruídos pela lama, em Minas Gerais. A água dos rios Doce, do 
Carmo e Gualaxo ficou contaminada. Os rejeitos chegaram até o mar, no Espírito 
Santo. Na tragédia, 19 pessoas morreram: cinco eram de Mariana, uma trabalhava 
na Samarco e 13 em empresas contratadas por ela. 
Entre as irregularidades trabalhistas, os fiscais apontam excesso de hora 
extra e falta de intervalo entre as jornadas dos funcionários. Além disso, na 
36 
 
documentação da Samarco não foram encontrados registros de que a empresa 
tenha adotado medidas para o caso de rompimento da barragem, como simulações 
e alertas para os moradores dos vilarejos que ficavam logo abaixo da mineradora e 
que foram atingidos. 
O relatório concluiu que a tragédia foi provocada por uma mistura de 
problemas estruturais com falhas operacionais graves. Assim, o sistema de gestão 
integrado em saúde, segurança e meio ambiente da empresa deve ser sólido o 
bastante para conseguir manter seus pilares erguidos e fortemente apoiados. 
Qualquer fraqueza em um deles pode levar a estrutura a desmoronar. E as 
consequências sempre são catastróficas. 
3.7 Programa de Gerenciamento de Risco – PGR 
O PGR é como se fosse o PPRA da mineração. O PGR , conforme o item 
22.3.7.1.3 da NR 22 substitui o PPRA na indústria da mineração. E contém etapas 
de elaboração que foram criadas exclusivamente para buscar neutralizar as 
situações e agentes causadores de risco na mineração. Segmento esse que tem 
riscos muito particulares. 
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) tem como principal objetivo 
prevenir a ocorrência de acidentes ambientais que possam colocar em risco a 
integridade física dos trabalhadores, bem como a segurança da população e o meio 
ambiente. 
Assim, para a sua efetividade, o PGR deverá ser estruturado contemplando 
todas as ações necessárias para a prevenção de acidentes ambientais, bem como 
para a minimização de eventuais impactos caso ocorram situações anormais. 
A implantação do PGR, melhora a produtividade e as condições de trabalho 
do colaborador e também previne futuros processos judiciais cíveis trabalhistas e 
previdenciários, pois evita o surgimento de doenças ocupacionais e acidentes de 
trabalho. O PGR se aplica as empresas de Minerações subterrâneas, minerações a 
céu aberto, garimpos, no que couberem, beneficiamentos minerais e pesquisa 
mineral. 
37 
 
Cabe à empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira elaborar o Programa 
de Gerenciamento de Riscos – PGR, contemplando todos os aspectos da NR-22, 
independente do número de trabalhadores. O PGR substitui o PPRA – Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais. 
O PGR tem que ser renovado anualmente. Além das medidas para a redução 
dos riscos, o Gerenciamento de Riscos de uma instalação deve contemplar também 
ações que visem mantê-la operando, ao longo do tempo, dentro de padrões de 
segurança considerados aceitáveis ou toleráveis. 
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) previsto na NR 22 
contempla, no mínimo, os itens relacionados abaixo: 
 Riscos físicos, químicos e biológicos; 
 Atmosferas explosivas; 
 Deficiências de oxigênio; 
 Ventilação; 
 Proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa MTb/SSST no 
01, de 11/04/94; 
 Investigação e análise de acidentes do trabalho; 
 Ergonomia e organização do trabalho; 
 Riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços 
confinados; 
 Riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, 
equipamentos, veículos e trabalhos manuais; 
 Equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-seno 
mínimo o constante na NR 6; 
 Estabilidade do maciço; 
 Plano de emergência; 
38 
 
 Outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias. 
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) deve incluir as seguintes 
etapas: 
 Antecipação e identificação de fatores de risco, levando-se em conta, 
inclusive, as informações do Mapa de Risco elaborado pela Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes na Mineração (Cipamin), quando houver; 
 Avaliação dos fatores de risco e da exposição dos trabalhadores; 
 Estabelecimento de prioridades, metas e cronograma; 
 Estabelecimento de prioridades, metas e cronograma; 
 Acompanhamento das medidas de controle implementadas; 
 Monitoramento da exposição aos fatores de riscos; 
 Registro e manutenção dos dados por, no mínimo, 20 anos; 
 Avaliação periódica do programa. 
O PGR inclui todas as etapas do PPRA (NR 9), por isso a Instrução 
Normativa INSS/PRES nº 20 estabelece que o PGR pode substituir o Laudo Técnico 
de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) para fins de comprovação da 
atividade especial. 
O PGR deve ser apresentado e discutido na Cipamin, para acompanhamento 
das medidas de controle sob pena de multa. Da mesma forma que o PPRA, o PGR 
deve complementar a realização do levantamento ambiental quantitativo dos 
agentes ambientais (físicos ou químicos). 
A identificação dos níveis de exposição servirá de base para a elaboração do 
PCMSO. Caso isto não ocorra, haverá a possibilidade de serem efetuados exames 
médicos periódicos que nada tenham a ver com os riscos a que o funcionário se 
encontra exposto. A NR 22 não determina a qualificação do profissional que irá 
elaborar o PGR. Entretanto, para atender ao nível de complexidade exigido. 
39 
 
A existência do Art. 195 da CLT nos leva a acreditar que somente laudos 
ambientais assinados por engenheiros de segurança e/ou médicos do trabalho terão 
validade legal em caso de litígios trabalhistas no campo da insalubridade e da 
periculosidade, embora não esteja definido explicitamente, entendemos que o PGR 
deva ser atualizado anualmente ou quando ocorrerem modificações no processo de 
trabalho. Tal qual o PPRA, o PCMSO e os levantamentos ambientais, o PGR deverá 
ser guardado por 20 (vinte) anos. 
O trabalho nas atividades potencializa a ocorrência de acidentes do tipo: 
 Queda de “chocos” em minas subterrâneas: depende das condições de 
estabilidade do maciço rochoso, do sistema de contenção adotado e sua 
manutenção, pressão por produtividade e existência, ou não, de iluminação 
suficiente para identificação da sua existência; 
 Desmoronamentos e quedas de blocos: podem ocorrer não só em minas 
de subsolo, mas em minas a céu aberto; 
 Máquinas e equipamentos sem proteção, tais como correias 
transportadoras, polias, guinchos etc.; 
 Eletricidade: fiação elétrica desprotegida, disjuntores e transformadores 
sem proteção, supervisão e manutenção insuficiente e falta de sinalização são 
alguns dos fatores de risco elétrico; 
 Falta de proteção de aberturas dos locais de transferência e tombamento 
de minério, escadas com degraus inadequados, escorregadios e sem corrimãos, 
passarelas improvisadas sem guarda-corpo e corrimão; 
 Iluminação deficiente: propicia quedas e dificulta a identificação de chocos 
em minas subterrâneas; 
 Pisos irregulares; 
 Trânsito de equipamentos pesados. 
Os riscos ambientais mais comuns na mineração são: 
 
40 
 
 Físicos: 
1. Radiações ionizantes: presentes em minerações de urânio, podendo ainda 
ocorrer na presença de radônio, principalmente em minas subterrâneas. Em usinas 
de beneficiamento, também podem ser utilizados medidores radioativos em 
espessadores e silos de minério; 
2. Radiações não-ionizantes: ocorrem em atividades de solda e corte e são 
decorrentes da exposição à radiação solar, que é de grande importância em minas a 
céu aberto; 
3. Frio: ocorre em minas a céu aberto em regiões montanhosas e frias e em 
níveis superiores de minas de subsolo, cujo sistema de ventilação exige o 
resfriamento do ar utilizado; 
4. Calor: ocorre exposição em trabalhos a céu aberto e em níveis inferiores de 
minas subterrâneas, sendo neste caso dependente do grau geotérmico da região e 
do sistema de ventilação utilizado; 
5. Umidade: ocorre em trabalhos a céu aberto, em operações de perfuração a 
úmido, usinas de beneficiamento e em casos de percolação de água em trabalhos 
subterrâneos; 
6. Ruído: é um dos maiores fatores de risco presentes no setor mineral e 
decorre da utilização de grandes equipamentos, britagem ou moagem, atividades de 
perfuração (manual ou mecanizada), utilização de ar comprimido e atividades de 
manutenção em geral; 
7. Vibrações: também presentes na operação de grandes equipamentos 
como tratores, carregadeiras, caminhões e no uso de ferramentas manuais como 
marteletes pneumáticos e lixadeiras. 
 Químicos: 
1. Poeiras minerais: a de maior importância é a sílica livre, cuja ocorrência vai 
depender das condições geológicas locais. Outras poeiras também são importantes, 
como poeiras de asbestos, manganês, minério de chumbo e de cromo; 
2. Fumos metálicos: presentes nas atividades de beneficiamento (moagem, 
britagem e fundição) e nas atividades de solda e corte; 
41 
 
3. Névoas: geradas, por exemplo, nos processos de perfuração decorrentes 
do óleo de lubrificação do equipamento, sendo mais importantes na perfuração 
manual; 
4. Gases: o de maior importância é o metano, em virtude do risco de explosão 
e incêndio, principalmente em minas de carvão e potássio. Outros produtos químicos 
podem estar presentes, tais como cianetos (nos processos de beneficiamento de 
minério de ouro), uso de graxas, óleos e solventes nas operações de manutenção 
em geral. 
 Biológicos: 
1. Exposição a fungos, bactérias e outros parasitas: decorrentes de precárias 
condições de higiene, tais como falta de limpeza dos locais de trabalho e de 
sanitários e vestiários, sendo clássica a maior incidência de tuberculose em 
trabalhadores silicóticos (silicotuberculose). 
Os fatores potenciais de risco, decorrentes da organização e processos de 
trabalho, envolvem: 
 Esforço físico excessivo: decorrentes de grandes percursos a pé (minas a 
céu aberto ou em subsolo), uso de escadas de grande extensão, quebra manual de 
rochas e abatimento manual de “chocos”; 
 Levantamento e transporte de pesos. Uso e transporte de ferramentas 
pesadas (marteletes, brocas integrais, hastes de abatimento de “chocos”), manuseio 
de pás e movimentação manual de vagonetas; 
 Posturas inadequadas: percurso de galerias muito baixas e abatimento 
manual de chocos em minas subterrâneas, trabalhos sobre minério desmontado, 
trabalhos sobre máquinas e assentos inadequados de equipamentos; 
 Controle de produtividade, ritmos de trabalho excessivos, monotonia e 
repetitividade, trabalhos em turnos e prorrogação de jornada de trabalho. 
Nas atividades abaixo relacionadas serão designadas equipes com, no 
mínimo, dois trabalhadores: 
a) no subsolo, nas atividades de: 
42 
 
I. abatimento manual de choco e blocos instáveis; 
II. contenção de maciço desarticulado; 
III. perfuração manual; 
IV. retomada de atividades em fundo-de-saco com extensão acima de dez 
metros e 
V. carregamento de explosivos, detonação e retirada de fogos falhados. 
b) a céu aberto, nas atividades de carregamento de explosivos, detonação e 
retirada de fogos falhados. 
Quanto ao direito dos trabalhadores, o princípio básico mais importante diz 
respeito ao fato que o trabalhador não é obrigado a executar uma tarefa que o 
coloque em uma situação de risco grave e iminente - é o chamado Direito de 
Recusa. 
Da mesma forma, o trabalhador tem o direito de ter acesso a todas as 
informações sobre os riscos dos processos e atividades executadas em suas áreas 
de responsabilidades - é o chamado Direito de Saber. Este item está alinhado com a 
NR 1 - Disposições Gerais. Em complemento,segundo a NR 22, são direitos dos 
trabalhadores de mineração: 
 Interromper suas tarefas sempre que constatar evidências que 
representem riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de terceiros, 
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico que diligenciará as 
medidas cabíveis; 
 Ser informados sobre os riscos existentes no local de trabalho que 
possam afetar sua segurança e saúde. 
No dimensionamento, projeto, instalação, montagem e operação de 
transportadores contínuos, devem ser observados, sem prejuízo das demais 
exigências desta Norma, os controles especificados nas análises de riscos 
constantes do Programa de Gerenciamento de Riscos previsto no subitem 22.3.7 e 
as especificações das normas técnicas da ABNT aplicáveis, especialmente as NBR 
6177, NBR 13.742 e NBR 13.862. 
43 
 
 Os transportadores contínuos de correia já em uso e que foram construídos 
antes da vigência do estabelecido no subitem 22.8.1 devem possuir medidas de 
controle para mitigar os riscos identificados na fase de avaliação do Programa de 
Gerenciamento de Riscos. 
Este programa (PGR) foi uma forma simples de agrupar e organizar em um 
único documento uma série de ações e ferramentas obrigatórias para o 
gerenciamento de segurança, saúde e meio ambiente no setor de mineração. Muitas 
destas ações encontram-se detalhadas em outras normas e para tanto se faz 
necessário o conhecimento mais aprofundado dos seguintes itens: 
 Programa de Proteção Respiratória (PPR) - (Instrução Normativa MTb/SSST 
no 01, de 11/04/94 - NR 6); 
 Programa de Conservação Auditiva (PCA) - (Ordem de Serviço INSS/DSS no 
608/98, NR 6 e NR 7); 
 PCMSO (NR 7) e PPRA (NR 9 e NR 15); 
 Estudos de Classificação de Áreas e Inspeção de Riscos com Eletricidade 
(NR 10); 
 Inspeção de riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em 
espaços confinados (deficiência de oxigênio) (NR 18); 
 Inspeção de riscos decorrentes do trabalho com explosivos (NR 19); 
 Inspeção de riscos decorrentes do trabalho com líquidos inflamáveis e 
combustíveis (NR 20); 
Alem dos conhecimentos acima devemos ficar atentos ainda a CIPAMIN- 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração, que tem por objetivo 
estabelecer diretrizes de ordem administrativas, de planejamento e de 
organização, que objetivam a implementação de medidas de controles e 
sistemas preventivos de segurança nos processos de mineração. 
A CIPAMIN será composta de representante do empregador e dos 
empregados, o mandato dos membros eleitos terá duração de um ano, permitida 
uma reeleição, onde irão observar e relatar as condições de risco no ambiente de 
44 
 
trabalho, visando a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho 
na mineração, identificando os setores de maior risco com base nos dados do 
PGR, no relatório anual do PCMSO, na estatística de acidentes do trabalho 
elaborada pelo SESMT e outros dados e informações relativas à segurança e 
saúde no trabalho disponíveis na empresa. 
3.8 Programa de Proteção Respiratória - PPR 
O Programa de Proteção Respiratória foi criado pela Instrução Normativa nº 1, 
de 11 de abril de 1994, do Ministério do Trabalho e Emprego. 
O Programa de Proteção Respiratória (PPR) é um processo para seleção, uso 
e manutenção dos respiradores com a finalidade de assegurar proteção adequada 
para o usuário. Este item apresenta os requisitos mínimos de um PPR, bem como os 
pormenores de como preparar os procedimentos escritos que fazem parte do 
programa. Antes de se utilizar um respirador, é essencial que seja estabelecido um 
PPR, por escrito, com os procedimentos específicos para o local de trabalho. O 
programa deve ser implantado, avaliado e atualizado sempre que necessário, de 
modo a refletir as mudanças de condições do ambiente de trabalho que possam 
afetar o uso de respirador. O PPR deve ser compreendido por todos os níveis 
hierárquicos da empresa. 
Conteúdo mínimo O texto do PPR deve conter, no mínimo, os seguintes 
elementos: 
a) Política da empresa na área de proteção respiratória; 
 b) Abrangência; 
c) Indicação do administrador do programa; 
d) Regras e responsabilidades dos principais atores envolvidos; 
e) Avaliação dos riscos respiratórios; 
f) Seleção do respirador; 
g) Avaliação das condições físicas, psicológicas e médicas dos usuários; 
h) Treinamento; 
45 
 
 i) Ensaio de vedação; 
j) Uso do respirador e política da barba; 
k) Manutenção, inspeção, limpeza e higienização dos respiradores; 
 l) Guarda e estocagem; 
m) Uso de respirador para fuga, emergências e resgates; 
n) Qualidade do ar/gás respirável; 
o) Revisão do programa; 
p) Arquivamento de registros. 
A maioria desses elementos deve ser detalhada na forma de procedimentos 
operacionais escritos. Os procedimentos operacionais descrevem as ações tomadas 
pela empresa para atender aos requisitos o uso rotineiro de respiradores 
Os procedimentos operacionais devem ser escritos e, incluir, no mínimo: 
a) Seleção dos respiradores para cada operação em que seu uso seja 
considerado necessário; 
b) Avaliação da condição médica dos usuários; 
c) Treinamento dos usuários; 
d) Ensaios de vedação adotados; 
e) Distribuição dos respiradores; 
f) Limpeza, higienização, inspeção, manutenção, descarte e guarda dos 
respiradores; 
g) Monitoramento do uso; 
h) Monitoramento do risco. 
Os procedimentos escritos para emergência ou salvamento devem: 
46 
 
a) Definir os prováveis respiradores a serem usados, considerando os 
materiais e as substâncias utilizados, os equipamentos, a área de trabalho, o 
processo e as pessoas envolvidas em cada operação; 
b) Com base nesta análise preliminar, verificar se os respiradores disponíveis 
podem proporcionar a proteção adequada quando os usuários tiverem de entrar na 
área potencialmente perigosa. Existem situações que podem impedir usuários de 
respiradores de entrar em uma atmosfera imediatamente perigosa à vida ou à saúde 
(IPVS), por exemplo, ambientes onde haja o risco potencial de atmosferas 
inflamáveis ou explosivas. 
 c) Indicar os respiradores apropriados e distribuí-los em quantidade 
adequada para uso nas situações de emergência ou salvamento; 
 d) Indicar como esses respiradores devem ser mantidos, inspecionados, 
higienizados e guardados, de modo que sejam acessíveis e estejam em condições 
de uso imediato, quando necessário. Os procedimentos devem ser revistos por 
pessoa que esteja familiarizada com o processo industrial em particular ou com a 
operação. 
As ocorrências passadas que exigiram o uso de respiradores para situações 
de emergência e salvamento e as consequências que resultaram do seu uso devem 
ser levadas em conta, além das possíveis consequências ocasionadas por falhas 
eventuais dos respiradores, falta de energia, ocorrência de reações químicas não 
controláveis, fogo, explosão, falhas humanas e riscos potenciais que podem resultar 
do uso desses respiradores. 
É importante que o PPR seja implementado, avaliado e atualizado, quando 
necessário, de modo a refletir mudanças nas condições de trabalho que possam 
afetar a seleção e o uso do respirador. Para isto, é necessário definir uma estratégia 
de ação, preparar materiais de divulgação, formar agentes multiplicadores, 
estabelecer um cronograma de ações e prioridades e prover recursos financeiros. 
O empregador deve atribuir a uma só pessoa a responsabilidade e a 
autoridade pelo programa. Ela deve ser qualificada por treinamento ou possuir 
experiência compatível com a complexidade do PPR para implementar e administrar 
47 
 
de modo apropriado o programa, bem como conhecer e estar atualizada no que se 
refere às publicações e aos regulamentos legais vigentes. 
 É recomendável que seja da área de Higiene Ocupacional, da Medicina do 
Trabalho ou da Engenharia de Segurança da própria empresa. O administrador do 
PPR poderá indicar pessoas competentes para

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