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17 - Baço e pâncreas

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Baço e pâncreas 
Baço 
• O baço é uma massa oval, geralmente arroxeada, carnosa, que tem aproximadamente o mesmo 
tamanho e o mesmo formato de uma mão fechada. 
• É relativamente delicado e considerado o órgão abdominal mais vulnerável. 
• O baço está localizado na parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo 
ou hipocôndrio, onde goza da proteção da parte inferior da caixa torácica. 
• Como o maior dos órgãos linfáticos, participa do sistema de defesa do corpo como local de 
proliferação de linfócitos (leucócitos) e de vigilância e resposta imune. 
• No período pré-natal, é um órgão hematopoético (formador de sangue), mas após o 
nascimento participa basicamente da identificação, remoção e destruição de hemácias antigas e de 
plaquetas fragmentadas, e da reciclagem de ferro e globina. 
• O baço atua como reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas, e, em grau 
limitado, pode garantir um tipo de “autotransfusão” em resposta ao estresse da hemorragia. 
• Apesar de seu tamanho e das muitas funções úteis e importantes que tem, não é um órgão 
vital. 
• Para conciliar essas funções, o baço é uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, 
com uma cápsula fibroelástica relativamente delicada. 
- A fina cápsula é recoberta por uma camada de peritônio visceral, que circunda todo o baço, 
exceto o hilo esplênico, por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas 
• O baço é um órgão móvel, embora normalmente não desça abaixo da região costal; está 
apoiado sobre a flexura esquerda do colo. 
• Está associado posteriormente às costelas IX a XI (seu eixo longitudinal é quase paralelo à 
costela X) e separado delas pelo diafragma e pelo recesso costodiafragmático — a extensão da 
cavidade pleural, semelhante a uma fenda, entre o diafragma e a parte inferior da caixa torácica. 
• As relações do baço são: 
- Anteriormente: estômago; 
- Posteriormente: parte esquerda do diafragma, que o separa da pleura, do pulmão e das 
costelas IX a XI; 
- Inferiormente: flexura esquerda do colo; 
- Medialmente: rim esquerdo. 
• A face diafragmática do baço tem a superfície convexa para se encaixar na concavidade do 
diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes. 
• A proximidade entre o baço e as costelas que normalmente o protegem pode ser prejudicial em 
caso de fraturas costais. 
• As margens anterior e superior do baço são agudas e frequentemente entalhadas, ao passo 
que sua extremidade posterior (medial) e a margem inferior são arredondadas. 
• Normalmente, o baço não se estende inferiormente à margem costal esquerda; assim, 
raramente é palpável através da parede anterolateral do abdome, exceto se estiver aumentado. 
• A margem superior (entalhada) é útil ao palpar um baço aumentado, pois quando a pessoa 
inspira profundamente, muitas vezes é possível palpar os entalhes. 
• O baço normalmente contém muito sangue, que é expelido periodicamente para a circulação 
pela ação do músculo liso presente em sua cápsula e nas trabéculas. 
• O grande tamanho da artéria (ou veia) esplênica indica o volume de sangue que atravessa os 
capilares e seios esplênicos. 
• A fina cápsula fibrosa esplênica é formada por tecido conjuntivo fibroelástico, não modelado 
e denso, que é mais espesso no hilo esplênico. 
• Internamente, as trabéculas (pequenas faixas fibrosas), originadas na face profunda da 
cápsula, conduzem vasos sanguíneos que entram e saem do parênquima ou polpa esplênica, a 
substância do baço. 
• O baço toca a parede posterior do estômago e está unido à curvatura maior pelo ligamento 
gastroesplênico, ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal e ao colo pelo ligamento 
esplenocólico. 
- Esses ligamentos, que contêm vasos esplênicos, estão fixados ao hilo esplênico em sua face 
medial. 
• Não raro o hilo esplênico está em contato com a cauda do pâncreas e constitui o limite 
esquerdo da bolsa omental. 
• Irrigação 
- A irrigação arterial do baço provém da artéria esplênica, o maior ramo do tronco 
celíaco. 
→ Entre as camadas do ligamento esplenorrenal, a artéria esplênica divide-se em cinco ou 
mais ramos que entram no hilo esplênico. 
• Drenagem venosa 
- A drenagem venosa do baço segue pela veia esplênica, formada por várias tributárias que 
emergem do hilo esplênico. 
→ A veia esplênica une-se à veia mensentérica superior posteriormente ao colo do 
pâncreas para formar a veia porta. 
- Recebe a veia mensentérica inferior e segue posteriormente ao corpo e à cauda do 
pâncreas na maior parte de seu trajeto. 
• Drenagem linfática 
- Os vasos linfáticos esplênicos deixam os linfonodos no hilo esplênico e seguem ao longo 
dos vasos esplênicos até os linfonodos pancreaticoesplênicos no trajeto para os linfonodos 
celíacos. 
- Os linfonodos pancreaticoesplênicos estão relacionados com a face posterior e a margem 
superior do pâncreas. 
• Inervação 
- Os nervos esplênicos, derivados do plexo celíaco, são distribuídos principalmente ao longo 
de ramos da artéria esplênica e têm função vasomotora. 
Pâncreas 
• O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada 
sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) 
na parede posterior do abdome. 
• Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. 
• O mesocolo transverso está fixado à sua margem anterior. 
• O pâncreas produz: 
- Secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no 
duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório; 
- Secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pancreáticas – de 
Langerhans) que passam para o sangue. 
• Para fins descritivos, o pâncreas é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. 
- Cabeça 
→ A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura 
em forma de C do duodeno. 
→ Muito vascularizada. 
→ Está firmemente fixada à face medial das partes descendente e horizontal do duodeno. 
→ O processo uncinado, uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estende-
se medialmente para a esquerda, posteriormente à artéria mesentérica superior. 
→ A cabeça do pâncreas está apoiada posteriormente na VCI, artéria e veia renais direitas, 
e veia renal esquerda. 
→ Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se 
em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido em sua substância. 
- Colo 
→ O colo do pâncreas é curto (1,5 a 2 cm) e está situado sobre os vasos mesentéricos 
superiores, que deixam um sulco em sua face posterior. 
→ A face anterior do colo, coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do 
estômago. 
→ A veia mesentérica superior une-se à veia esplênica posterior ao colo para formar a veia 
porta. 
- Corpo 
→ O corpo do pâncreas é o prosseguimento do colo e situa-se à esquerda dos vasos 
mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a vértebra L II. 
→ A face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, está situada no assoalho 
da bolsa omental e forma parte do leito do estômago 
→ A face posterior do corpo do pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta, 
artéria mesentérica superior, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais 
esquerdos. 
- Cauda 
→ A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim esquerdo, onde está intimamente 
relacionada ao hilo esplênico e à flexura esquerda do colo. 
→ A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal 
junto com os vasos esplênicos. 
• O ducto pancreático principal (de Wirsung) começa na cauda do pâncreas e atravessa o 
parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima 
relação com o ducto colédoco. 
- O ducto pancreático principal e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a 
ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendentedo 
duodeno, no cume da papila maior do duodeno. 
• O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao redor da parte terminal do ducto pancreático), 
o músculo esfíncter do ducto colédoco (ao redor da extremidade do ducto colédoco) e o 
músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi), ao redor da ampola 
hepatopancreática, são esfíncteres de músculo liso que controlam o fluxo de bile e de suco 
pancreático para a ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola 
hepatopancreática. 
• O ducto pancreático acessório (de Santorini) abre-se no duodeno no cume da papila menor 
do duodeno. 
- Em geral, o ducto acessório comunica-se com o ducto pancreático principal. 
• Irrigação 
- A irrigação arterial do pâncreas provém principalmente dos ramos da artéria esplênica, 
que é muito tortuosa → irriga corpo e cauda. 
- As artérias pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior, ramos da artéria 
gastroduodenal → irrigam a cabeça do pâncreas. 
- As artérias pancreaticoduodenais inferiores anterior e posterior, ramos da artéria 
mesentérica superior → irrigam a cauda, corpo e cabeça. 
• Drenagem venosa 
- A drenagem venosa do pâncreas é feita por meio das veias pancreáticas, tributárias das 
partes esplênica e mesentérica superior da veia porta; a maioria delas drena para a veia esplênica. 
- Cabeça → veia mesentérica superior. 
- Corpo e cauda → veia esplênica. 
• Drenagem linfática 
- Corpo e cauda → linfonodos pancreaticoesplênicos. 
- Cabeça → linfonodos pilóricos e celíacos. 
- A maioria dos vasos termina nos linfonodos pancreaticoesplênicos, situados ao longo da 
artéria esplênica. 
- Alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos. 
- Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores 
ou para os linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos. 
• Inervação 
- Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnico abdominopélvico que 
atravessam o diafragma. 
- As fibras parassimpáticas e simpáticas chegam ao pâncreas ao longo das artérias do plexo 
celíaco e do plexo mesentérico superior. 
- As fibras parassimpáticas são secretomotoras, mas a secreção pancreática é mediada 
principalmente por secretina e colecistocinina, hormônios secretados pelas células epiteliais do 
duodeno e parte proximal da mucosa intestinal sob o estímulo do conteúdo ácido do estômago.

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