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CÓDIGO DE ÉTICA DOS JORNALISTAS - ANÁLISE

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UNIVERSIDADE VILA VELHA
AMANDA MOREIRA
BYANCA GUIMARÃES SALOMÃO
LUCAS STEPHANELLI
TRABALHO DE LEGISLAÇÃO EM JORNALISMO
CÓDIGO DE ÉTICA DOS JORNALISTAS
OUTUBRO
2020
INTRODUÇÃO
	O Código de Ética é um instrumento que fixa normas que regulamentam um ambiente, uma empresa ou o exercício de uma determinada profissão. O principal objetivo deste instrumento é manter uma linha de comportamento uniforme entre todos os membros e deve ser utilizado para suprimir as dúvidas relacionadas ao que é ético ou não é.
	O Código de Ética dos Jornalistas brasileiros está em vigor desde 1987, quando foi aprovado no Congresso Nacional dos Jornalistas, o FENAJ. A partir desse código, é possível avaliar e punir eventuais desvios de ética e comportamentos inadequados. 
	Neste trabalho, trago uma análise do Código de Ética e os instrumentos que podem auxiliar na propagação e implantação dele. Atualmente, com a quantidade e velocidade de propagação das Fake News, existe a necessidade de um jornalismo mais correto e ético. 
CÓDIGO DE ÉTICA DO JORNALISTA
	O Código de Ética do Jornalista é divido em cinco capítulos, sendo estes:
· Capítulo I – Direito à informação; 
· Capítulo II – Conduta profissional do jornalista; 
· Capítulo III – Responsabilidade profissional do jornalista; 
· Capítulo IV – Relações profissionais e 
· Capítulo V – Aplicação do Código de Ética e disposições finais. 
Cada um destes capítulos aborda importantes aspectos do exercício da profissão jornalísticas e da conduta dos profissionais e pretendemos analisar os benefícios e instrumentos que podem auxiliar a implementação e propagação dessas regras. 
CAPÍTULO I - DO DIREITO À INFORMAÇÃO 
Para que o cidadão possa exercer o direito à cidadania em seus plenos poderes, a informação é imprescindível. Partindo do pressuposto que para votar, cobrar os políticos para que cumpram as suas promessas e todos os outros direitos e deveres aos quais o são inerentes, o cidadão precisa do conhecimento. 
Cada acontecimento de interesse público deve ser divulgado, visto que o acesso à informação relevante é um direito fundamental. Para trabalhar de forma correta, o jornalista precisa se preocupar se o conteúdo que ele produz é entendível de maneira objetiva e clara, além de conter veracidade.
Independentemente da natureza da informação — pública, estatal ou privada —, o jornalista tem o dever de cumprir com a divulgação, sem ser obstruído pelos personagens presentes na mesma ou qualquer outro motivo com interesse que seja adverso à publicação dos fatos.
As organizações públicas e privadas, incluídas as não governamentais, precisam divulgar suas informações, pois é uma obrigação social. Dessa forma se faz conhecer, na teoria, o cunho de trabalho dessas organizações, sua forma de exercer o que propõe e transparência dos investimentos em suas atividades.
A liberdade de imprensa também é garantida pelo Código de Ética e faz parte do processo de fazer cumprir o direito à informação. Esta é inseparável do exercício da profissão jornalística. A obstrução dessa liberdade é reconhecida como censura — seja ela por terceiros ou até mesmo a autocensura — o que é penoso para a sociedade. 
Segundo Sérgio Mattos, “no Brasil, a censura foi um legado da colonização”. Quando foi criada, em 1808, a Imprensa era Régia. Seu maior dever era elevar a aprovação do governo, impedida de publicar qualquer informação que não fosse benéfica aos governantes. O controle sobre os jornalistas nunca deixou de estar presente, de uma forma ou de outra, em nosso país.
Acreditar que a censura acabou com a queda do Regime Ditatorial em 15 de março de 1985 é ser ingênuo. Grande parte dos arquivos que referenciam esse tempo obscuro da política brasileira são inacessíveis até os dias atuais, perdurando aquele “cálice”. 
Outro episódio foi a proibição do documentário Beyond Citzen Kane, que criticava e trazia luz para as ações sombrias da Rede Globo de Televisão até os anos 90. Em 2002, o Correio Brasiliense é proibido de publicar uma matéria que revelaria trechos de conversas do “alto escalão” da política brasiliense, envolvidos em um esquema ilegal de loteamento de territórios. No dia seguinte os redatores pediram demissão. 
Em 2019, o SBT removeu o espaço de opiniões da jornalista Rachel Sheherazade, depois de um comentário sobre o Massacre em Altamira. Muitos portais questionaram se a decisão não havia sido tomada frente a opiniões políticas de Silvio Santos. 
A internet se torna uma ferramenta prestadia na luta contra a censura. Um bom exemplo é o caso do grupo de hackers Anonymous, que divulga informações de interesse público sobrestando a censura aplicada aos meios convencionais de informação. 
CAPÍTULO II - DA CONDUTA PROFISSIONAL DO JORNALISTA
O exercício da profissão de jornalista é uma atividade de natureza social, estando sempre subordinado ao presente código de ética. O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração de fatos e acontecimentos e presar por sua correta divulgação.
O autor Rogério Christofoletti, menciona em sua obra “A Ética no Jornalismo”, que: “No jornalismo, a ética é mais que rótulo, que acessório. No exercício cotidiano da cobertura dos fatos que interessam à sociedade, a conduta ética se mistura com a própria qualidade técnica de produção do trabalho. Repórteres, redatores e editores precisam dominar equipamentos e linguagens, mas não devem se descolar de seus comprometimentos e valores” (p.11).
O autor procura mostrar que a conduta profissional deve levar em conta que cada escolha carrega consigo suas consequências e, por isso, cada decisão implicará em responsabilidades. As escolhas aí também precisam ser norteadas por certos fatores, tais como: a linha editorial seguida pela empresa, a imagem do perfil moral do público alvo, o ambiente de concorrência mercadológica, o contexto social e histórico no qual o fato está inserido, entre outros.
A fala do autor nos fez refletir sobre alguns aspectos apresentados sobre a conduta jornalística:
•É dever do jornalista: IV - defender o livre exercício da profissão: é um tópico importante, mas que os próprios monopólios da mídia impedem que o jornalista, como profissional isolado, busque cumprir muitas vezes; os veículos de comunicação costumam buscar seu interesse, em muitos casos interesse capital, e impõe seus interesses macro e ganancioso para seus funcionários; Um exemplo foi a declaração da jornalista Mariana Godoy, ao sair da Rede Globo e entrar na Rede TV: "com meu novo emprego na Rede TV finalmente posso fazer perguntas, e não simplesmente ler as que os outros fazem por mim".
•O jornalista não pode: V - usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime: não é o caso de veículos sensacionalistas. Estudos e análises já comprovadas, como descritas no livro "espreme que sai sangue", de Danilo Angrimani, dizem que o nosso cérebro reage de maneira negativa a esse tipo de conteúdo: ele fomenta as atividades mais primitivas, sentimentos de punir e de não conter seus instintos.
No que tange ao aspecto à consequências, o capítulo cinco do Código de Ética do Jornalista Brasileiro prevê que aja punição ao indivíduo atuante na disseminação de notícias que divergem aos preceitos éticos presentes no documento. O órgão responsável por tal atuação é a Comissão Nacional de Ética que, independentemente de influências institucionais e corporativas, apura e julga contravenções que firam os jornalistas. 
O fazer jornalístico na contemporaneidade vêm atingindo diferentes patamares quando nos referimos à fluidez da informação e manipulação de fatos. A modernização tecnológica possibilitou que inúmeras interferências fossem feitas até mesmo em imagens e vídeos que, supostamente, tendem a ter mais credibilidade no ecoar da notícia publicada. O jornalista que descumprir o presente código está sujeito até mesmo à exclusão do quadro social do sindicato e à divulgação ampla em veículos de informação. 
A forma como é exercida a prática escritada notícia deve se desassociar de representações abusivas, inconsequentes e notoriamente prejudiciais ao representado. Tudo que habita uma perspectiva errônea em relação ao fato está diretamente sujeito à denúncia por jornalistas integrantes da diretoria e do Conselho Fiscal da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
CAPÍTULO III - DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL DO JORNALISTA
O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor.
Nós jornalistas, temos um papel formador e de conscientização da população. É responsabilidade nossa, ir a fundo na verdade e transmitir as informações de maneira clara, objetiva e imparcial para que todos tomem conhecimento dos fatos verídicos. Utilizando os veículos de comunicação, o jornalista manifesta seu pensamento e seu posicionamento em relação aos fatos, por isso, este profissional deve ser coerente com aquilo que acredita, e acima de tudo, deve ser atento a conduta ética que cercam os profissionais da comunicação, jamais visando o próprio interesse.
Dentro do ambiente empresarial também encontramos profissionais da comunicação. São os assessores de imprensa e os relações públicas os responsáveis por mostrar as ações da organização para o público interno e externo. Neste caso, o bom profissional de comunicação deve estudar os pontos negativos da entidade, por meio de pesquisa e análises das denúncias e reclamações. Uma boa análise e uma boa estratégia para levar os fatos a público e contorná-los evitará uma crise de imagem da empresa, além de trabalhar com transparência.
CAPÍTULO IV - DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS 
Este capítulo trata da consciência do profissional. Como todo e qualquer ser humano, o jornalista tem o direito de recusar-se a executar quaisquer tarefas que estejam em desacordo com o Código de Ética, ou que sejam contra suas convicções. 
Mas um ponto de atenção é que este direito não pode ser utilizado para que o jornalista se negue a ouvir a opinião de uma pessoa por divergência em sua opinião política ou religiosa. 
Na prática, um profissional judeu pode se negar a fazer uma reportagem em que ele seja orientado a experimentar um prato que contenha carne de porco, porém não pode negar ouvir os consumidores desse prato para escrever sua matéria. 
A imparcialidade não existe, portanto deve haver ponderação ao se utilizar do direito de consciência. Analisar se a negativa advém de um conflito com suas crenças pessoais é imprescindível. 
O capítulo também dispõe de informações acerca da remuneração do jornalista, que deve receber de acordo com a função que ele exerce. Incluído se exercer mais de uma por razões justificadas, recebendo remuneração proporcional. 
Sabemos que a diferença salarial motivada pelo gênero é um fato em nosso país. Por isso acho necessário que haja uma cláusula que trate da igualdade salarial. É uma luta do movimento feminista e a área da comunicação deveria priorizar essa igualdade, pois é uma questão ética. Exercendo a mesma função, homens e mulheres devem receber a mesma remuneração. 
 Ainda no mesmo capítulo, o código aborda o assédio moral e/ou sexual. Além de se enquadrar em atitude criminosa, é passível de julgamento pela comissão de ética competente. Mas na prática, sabemos que essa cláusula pe falha, como a justiça no caso de assédio e abuso. 
CAPÍTULO V - DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA E DISPOSIÇÕES FINAIS
 
Este capítulo trata da aplicação, julgamento de transgressões e constituição das comissões de ética dos sindicatos. Cada cáusula presente no Código de Ética deve ser respeitada pelos jornalistas, pois é o que regulamenta a profissão no Brasil. Quando algum indivíduo ou grupo de indivíduos rompe esse compromisso, a transgressão tem de ser apurada, apreciada e julgada por tais comissões de ética. 
As comissões são formadas por cinco membros, eleitas por voto direto e secreto dos jornalistas. Eles são os representantes da classe, e precisam ser escolhidos pelos demais para que sejam justos e imparciais ao julgarem uma transgressão. Atualmente, com as redes sociais, parece ser mais difícil que a comissão tenha total controle das transgressões, portanto acho necessário a criação de um portal de transparência e denúncias, para que o controle destes acontecimentos possa ser uma prática de todos. 
Essa comissão ainda é responsável pela elaboração de um regimento interno, que regulamentará os sindicatos locais e a própria comissão. A ela compete:
I - julgar, em segunda e última instância, os recursos contra decisões de competência das comissões de ética dos sindicatos; 
II - tomar iniciativa referente a questões de âmbito nacional que firam a ética jornalística; 
III - fazer denúncias públicas sobre casos de desrespeito aos princípios deste Código; 
IV - receber representação de competência da primeira instância quando ali houver incompatibilidade ou impedimento legal e em casos especiais definidos no Regimento Interno; 
V - processar e julgar, originariamente, denúncias de transgressão ao Código de Ética cometidas por jornalistas integrantes da diretoria e do Conselho Fiscal da FENAJ, da Comissão Nacional de Ética e das comissões de ética dos sindicatos; 
VI - recomendar à diretoria da FENAJ o encaminhamento ao Ministério Público dos casos em que a violação ao Código de Ética também possa configurar crime, contravenção ou dano à categoria ou à coletividade. Art. 17. Os jornalistas que descumprirem o presente Código de Ética estão sujeitos às penalidades de observação, advertência, suspensão e exclusão do quadro social do sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação. 
Vale também ressaltar que o abuso de poder também e vedado aos membros desta comissão.

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