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Aldillany Maria ROTEIRO – aula 2 1. Quais são os elementos indispensáveis, para uma adequada avaliação médica, que devem ser investigados em relação a pele? 2. Em relação a esses elementos citados no item 1, o que é importante observarmos? Cite um por um e explique. 3. Em relação às lesões elementares como avaliamos as alterações da cor? Caracterize os tipos. 4. Caracterize as elevações edematosas. 5. Quais os tipos de formações sólidas e coleções líquidas da pele? Caracterize-as. 6. Quais as alterações de espessura da pele? 7. O que são perdas e reparações teciduais e quais os tipos? 8. No exame das Mucosas, o que é importante avaliar? Cite as possíveis alterações. 9. O que são fâneros e o que precisamos saber sobre eles? 10. Em relação as doenças da Pele: o que são fotossensibilidade e fotodermatoses, inflamação da pele e do tecido celular subcutâneo e infecções cutâneas? Exemplifique-as. Introdução: aspectos gerais – pele A pele é o maior órgão do corpo humano em quantidade e o mais pesado, correspondendo a 15% do peso corpóreo. Ela está dividida em camadas: Epiderme: camada mais externa da pele; rica em melanócitos e em queratinócitos; é desprovida de vasos (recebendo nutrientes através da derme). Derme: camada intermediária, vascularizada, inervada e composta por glândulas sebáceas e sudoríparas. Hipoderme: camada mais interna da pele, formada por tecido adiposo e tecido conjuntivo, representando uma região de união/fixação entre a pele e outros tecidos. Classificação da pele Espessa: não possui pelos nem glândulas sebáceas, mas apresenta glândulas sudoríparas. Ex: palma da mão e planta dos pés (regiões de constante atrito). Delgada: possui folículos pilosos e glândulas sebáceas e sudoríparas. Ex: restante da pele. Funções da pele Proteção o Contra agentes infecciosos, raios UV, retenção de líquido corpóreo - queratina. Sensorial (tato). Regulação da temperatura o Vasoconstrição e vasodilatação dos vasos da pele; suor – glândulas sudoríparas. Importância da semiologia da pele Fornece diversas pistas relacionadas a: Estado geral do indivíduo: várias doenças sistêmicas refletem diretamente na pele. Hábitos de vida Órgão de expressão (palidez, vermelhidão em situações de constrangimento) Aspecto psicossocial EXAME FÍSICO DA PELE: condições básicas Inspeção geral. Boa iluminação. Visibilidade das regiões do exame (desnudamento ou exposição adequada das partes a serem examinadas). Preservar a privacidade do paciente ao máximo. Semiologia do sistema tegumentar Aldillany Maria Serão sistematicamente investigados os seguintes elementos: ◗ Coloração ◗ Continuidade ou integridade ◗ Umidade ◗ Textura ◗ Espessura ◗ Temperatura ◗ Elasticidade ◗ Mobilidade ◗ Turgor ◗ Sensibilidade ◗ Lesões elementares COLORAÇÃO As principais alterações da coloração da pele são: palidez, vermelhidão (ou eritrose), cianose, icterícia, albinismo. Palidez: Perda da coloração normal no tom de pele. Essa palidez pode ser: Generalizada: observada em toda a pele. Vasoconstrição generalizada: decorrente de grandes emoções, como sustos. Redução das hemácias: anemia. Localizada (segmentar): constatada em apenas algumas regiões. Isquemia (deficiência ou ausência de suprimento sanguíneo e, consequentemente, de oxigênio em determinado tecido ou órgão). Cianose: Caracteriza-se pela cor azulada da pele e das mucosas. Manifesta-se quando a hemoglobina reduzida alcança no sangue valores superiores a 5 mg/100 mL. Pode ser resultado de uma má oxigenação sanguínea, mas pode também ser um aspecto fisiológico provocado pelo frio. Ela deve ser pesquisada no rosto, especialmente ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos lobos das orelhas e nas extremidades das mãos e dos pés (leito ungueal e polpas digitais). Vermelhidão (eritrose): Exagero da coloração rósea da pele. Indica o aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea. Pode ser: Generalizada: observada geralmente em pacientes febris, em indivíduos que ficam expostos ao sol. Localizada (segmentar): Icterícia: Coloração amarelada da pele, das mucosas visíveis e esclerótica. Excesso de bilirrubina no sangue (relacionada a doenças hepáticas). Icterícia (predomina na esclera e na conjuntiva) x beta-carotenemia (predomina na pele espessa). Localização: generalizada ou localizada. Intensidade: leve, moderada ou intensa. Tipos: central, periférica ou mista. *pele em tonalidade mais escura: mais difícil avaliar as alterações da cor da pele. No entanto, algumas estratégias podem ser utilizadas: avaliar a esclera, a conjuntiva, a palma das mãos, os lábios e a mucosa oral. Continuidade ou integridade A perda de continuidade ou integridade da pele ocorre na erosão ou exulceração, na ulceração, na fissura (lesões elementares). Umidade O método adequado é a palpação com as polpas digitais e com a palma da mão. Por meio da sensação tátil, pode-se avaliar a umidade da pele com razoável precisão. Normal (certo grau de umidade). Seca (idosos, dermatopatias crônicas). Com umidade aumentada (pele sudorenta): pode ser associada a febre, ansiedade, hipertireoidismo etc. Mulheres em menopausa - sudorese. 1- Elementos indispensáveis para a avaliação médica na investigação da pele 2- O que é importante observar em relação aos elementos citados anteriormente? Aldillany Maria Textura A textura da pele é avaliada deslizando-se as polpas digitais sobre a superfície cutânea. Normal Lisa (idosos). Áspera (trabalho mais pesado/rude). Enrugada (idosos, pós emagrecimento rápido). Espessura Para se avaliar a espessura da pele faz-se o pinçamento de uma dobra cutânea usando-se o polegar e o indicador. Há de se ter o cuidado de não englobar o tecido celular subcutâneo (pinçam- se apenas a epiderme e a derme). Normal Atrófica: aspecto percebido através da visualização da rede venosa superficial (idosos, prematuros, dermatose). Hipertrófica ou espessa: aspecto mais espesso, característico principalmente de pessoas que trabalham há muito tempo expostos ao sol. Temperatura da pele Para avaliação da temperatura da pele usa-se a palpação com a face dorsal das mãos ou dos dedos, comparando-se com o lado homólogo cada segmento examinado. Normal Aumentada Diminuída OBS: diferentemente da temperatura corpórea (analisada nos sinais vitais), essa verificação visa procurar deficiências na irrigação, pois áreas isquêmicas são mais frias. -Processos inflamatórios. Elasticidade Para avaliar, faça movimento de pinça, puxe uma prega da pele, tente movimentá-la para os lados e solte. Consiste no grau de extensão. Normal Hiperelástica (aumentada) Hipoelástica (diminuída): idoso, desidrata Mobilidade Refere-se à capacidade de movimentação. Para avaliar, faça movimento de pinça, puxe uma prega da pele, tente movimentá-la para os lados e solte. O quanto a prega se moveu sobre o plano inferior durante o exame físico determina a mobilidade. Normal Aumentada (idosos) Diminuída (neoplasia, cicatrização) Ausente Turgor Para avaliar, faça movimento de pinça, puxe uma prega da pele, tente movimentá-la para os lados e solte. Consiste na velocidade com que a prega se desfaz (volta ao normal). Normal Diminuído: demora demais para a prega se desfazer. OBS: Indica desidratação. Sensibilidade Geralmente é melhor analisada no exame neurológico. No entanto, a palpação pode identificar regiões dolorosas. Lesões elementares Classificação quanto à coloração Generalizada Localizada São modificações da pele que podem ter diversas etiologias, dentre elas: Processos inflamatórios Processos degenerativos Processos circulatórios Processos neoplásicos Transtornos do metabolismo Defeito de formação Lesões elementares Aldillany Maria Avaliação das lesões elementares Localização anatômica e distribuição pelo corpo Focal, distribuída, geográfica. Padrão e forma da lesão Anelar, linear. Tipo da lesão Eritema, petéquia, equimose, pápula, bolha etc. As lesões elementares estão classificadas em Alterações de cor Elevações edematosas Formações sólidas Coleções líquidas Alterações de espessura Perda e reparos teciduais. A inspeção, juntamente com a palpação permite a diferenciação de cada uma delas. Lesões elementares quanto à alteração da cor (sem alteração no relevo): mancha ou mácula Mancha e mácula: correspondem a uma área circunscrita com coloração diferente da cor da pele que a circunda. Além disso, elas não possuem alterações no relevo, ou seja, elas se encontram no mesmo plano do tegumento. Mácula A lesão possui dimensão menor que 1 cm e não possui relevo. OBS: O reconhecimento da mácula é feito pela palpação, deslizando-se as polpas digitais dos dedos indicador, médio e anular sobre a área alterada e sua vizinhança. Mancha A lesão possui dimensão maior que 1 cm e não possui relevo. Elas podem ser subdivididas em: MANCHAS PIGMENTARES Alterações na quantidade de melanina Acrômica (sem melanina): a região da pele encontra-se totalmente branca, se diferenciando do restante do corpo. o Ex: albinismo, vitiligo. Hipocrômica (diminuição da melanina): a quantidade de melanina está diminuída, ou seja, a cor está apenas diminuída em uma região da pele. o Ex: pitiríase alba, hanseníase. Hipercrômica (aumento da melanina): a quantidade de melanina está aumentada (mais escura) em relação ao restante do corpo. o Ex: pelagra, melasma ou cloasma. MANCHAS VASCULARES Ocorrem devido a distúrbios na microcirculação da pele. Telangiectasias: são dilatações das arteríolas, vênulas e dos capilares. Ex: aranhas vasculares. Mancha eritematosa (hiperêmica): decorre de vasodilatação, tem cor rósea ou vermelho- viva e desaparece à digitopressão ou à vitropressão. É uma das lesões elementares mais encontradas na prática. MANCHAS HEMORRÁGICAS São decorrentes do extravasamento de sangue. Essas manchas não desaparecem durante sua análise no exame físico, por se tratar de sangue extravasado. Petéquias: são puntiformes, e com até 1 cm de diâmetro. Víbices: tem a forma linear. Equimoses: quando são em placas e maiores que 1 cm de diâmetro. 3- Lesões elementares: como avaliar as alterações da cor? Caracterize dos tipos Aldillany Maria *mudanças de cor em equimose: Assim que acontece o trauma, a lesão é avermelhada. Ao longo do tempo, ela se torna arroxeada, passando para um tom azulado. Aproximadamente no sexto dia após o trauma, ela fica amarelada e tende a voltar ao normal. *informação útil para a medicina legal, para determinar o tempo em que a lesão ocorreu. Tanto as alterações vasculares quanto as hemorrágicas, resultam de uma maior quantidade de sangue presente no local da lesão. O que as diferencia é a presença do sangue no interior dos vasos ou o extravasamento deles para o interstício. Para diferenciá-las durante o exame, aplica-se uma leve pressão no local, seja com os dedos (digitopressão), com um vidro (vitropressão) ou com um objeto pontiagudo (puntipressão). Ao aplicar uma dessas técnicas, analisa-se se a coloração desapareceu. Se for pressionada e o sangue ainda estiver dentro dos vasos (quando a alteração se deu por uma vasodilatação no local), o sangue será empurrado pela pressão exercida sobre os vasos e a cor voltará ao normal. Sendo, portanto, uma alteração vascular, que pode ser chamada de eritema. Se o sangue tiver extravasado, ele não terá para onde ir. Logo, a coloração continuará na lesão, sendo uma lesão hemorrágica, que pode ser chamada de púrpura. Elevações edematosas são causadas por edema na região da derme ou da hipoderme. Lesão urticada (tipo urticária): corresponde a formações sólidas, uniformes, de forma variável (arredondadas, ovalares, irregulares), frequentemente eritematosas e quase sempre pruriginosas, resultando de um edema dérmico circunscrito. A afecção mais frequentemente responsável por este tipo de lesão é a própria urticária. FORMAÇÕES SÓLIDAS Abrangem pápulas, tubérculos, nódulos, nodosidade/goma e vegetações. Pápula Lesão sólida, superficial, bem delimitada, com bordas bem delimitadas. Lesão com até 1 cm de diâmetro e com relevo. Exs: dermatoses causadas por picada de inseto, verruga, acne, erupções medicamentosas. Tubérculos Elevações sólidas, circunscritas, situadas na derme. A consistência pode ser mole ou firme. Lesão com diâmetro maior que 1 cm e com relevo. Geralmente evoluem formando cicatriz. Exs: sífilis, gonorreia, tuberculose, hanseníase. Nódulos, nodosidade, goma São formações sólidas localizadas na hipoderme, mais perceptíveis pela palpação do que pela inspeção. *Nódulos: pequeno tamanho. *Nodosidades: são mais volumosas. *Gomas: são nodosidades que tendem ao amolecimento e ulceração com eliminação de substância semissólida. Exs: furúnculo, eritema nodoso, hanseníase, cistos, epiteliomas, sífilis, cisticercose. Vegetações São lesões sólidas, salientes, lobulares, filiformes ou em couveflor, de consistência mole e agrupadas em maior ou menor quantidade. Exs: verrugas, bouba, sífilis, leishmaniose. OBS: Quando a camada córnea é mais espessa, a lesão apresenta consistência endurecida e recebe o nome de verrucosidade. Exs: verrugas vulgares, cromomicose. 5- Quais os tipos de formações sólidas e coleções líquidas da pele? Caracterize-as 4- Caracterização das elevações edematosas Aldillany Maria Formações líquidas (possuem conteúdo em seu interior). Por isso, ocorre a elevação da pele. São classificadas quanto ao tamanho e quanto ao conteúdo que elas possuem. FORMAÇÕES LÍQUIDAS Vesícula: menor que 1 cm de diâmetro e consiste em uma elevação da pele com líquido claro. o Exs: varicela, herpes-zoster, queimaduras. Bolha: maior que 1 cm de diâmetro e consiste em uma elevação da pele com líquido claro. o Exs: queimaduras, alergias medicamentosas. Pústula: menor que 1 cm de diâmetro e consiste em uma vesícula com conteúdo purulento. o Exs: varicela, herpes-zoster, acne pustulosa. Abscesso: maior que 1 cm de diâmetro e possui conteúdo purulento. o Possuem proporções variáveis. o Exs: furunculose, blastomicose. Pode ser quente (quando acompanhados de processos inflamatórios) ou frio (quando não há sinais flogísticos). Hematoma: formações circunscritas, de tamanhos variados, decorrentes do extravasamento na pele ou em tecidos subjacentes. o Apresenta relevo. Púrpura x hematoma Púrpura não tem relevo, hematoma, tem. ALTERAÇÕES DA ESPESSURA Lesões elementares que ocorrem com alterações da espessura da pele, que pode ocorrer das seguintes maneiras: Queratose Aumento da espessura da pele, tornando-a dura, mais consistente, inelástica, de superfície áspera e cor amarelada. o Exs: queratose senil, queratodermia palmoplantar, ictiose. Esclerose Alteração de espessura da pele, que se torna mais firme, coriácea e impregueável quando é pinçada com os dedos. o Ex: esclerodermia. Edema Aumento de líquido no espaço intersticial. A pele fica lisa e brilhante. Liquenificação Espessamento da pele, com acentuaçãodas estrias e da cor normal da pele, tornando a pele circundante de coloração castanho-escura. o Exs: encontrada em eczemas liquenificados ou em qualquer área sujeita a coçaduras constantes. 6-Quais as alterações de espessura da pele? Aldillany Maria Infiltração Aumento da espessura e consistência da pele, com limites imprecisos, tornando menos evidentes os sulcos normais. o Ex: hanseníase virchowiana. Atrofias Consiste em adelgaçamentos da pele, que se torna fina, lisa, translúcida e pregueada. Estrias – são linhas de atrofia que aparecem em qualquer parte do corpo desde que a pele tenha sido mecanicamente forçada. o Ex: mulheres grávidas. PERDAS E REPAROS TECIDUAIS São lesões decorrentes da eliminação ou da destruição patológicas e de reparações dos tecidos cutâneos. Escamas Consistem em lâminas epidérmicas que costumam propiciar a eliminação superficial da pele. Exs: a caspa, a pitiríase versicolor, a psoríase e a queimadura da pele por raios solares (despelação após exposição intensa ao sol). Erosão (exulceração) Desaparecimento da parte mais superficial da pele, atingindo exclusivamente a epiderme. Escoriação (quando traumática). Úlcera (ulceração) Perda das estruturas que constituem a derme e/ou da hipoderme. Deixa cicatriz. Exs: ulcera crônica, lesões malignas da pele, leishmaniose. Fissura (rágade) Perda de substância linear do epitélio, superficial ou profunda, não causada por instrumento cortante. Crosta Lesão formada por ressecamento de líquidos orgânicos, podendo ser serosa, sanguínea ou purulenta. Escara: Porção de tecido cutâneo atingido por necrose. A área mortificada torna-se insensível, de cor escura e está separada do tecido sadio por um sulco. Tamanho variável. Cicatriz: Lesão resultante da reparação de processos destrutivos sofridos pela pele. Deposição de tecido fibroso no local da lesão. Apresenta tamanhos e formas variáveis. Podem ser deprimidas ou exuberantes (queloide). *queloide: formação fibrosa rica em colágeno saliente, de consistência firme, róseo- avermelhada, bordas nítidas. Pode ser espontâneo ou, o que é mais frequente, secundário a qualquer agressão à pele (intervenção cirúrgica, queimadura e ferimentos). CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS LESÕES ELEMENTARES Lesões primárias: ocorrem sobre a pele sadia. Lesões secundárias: são produzidas por agressão externa sobre a pele ou po consequências das lesões primárias. 7- O que são perdas e reparações teciduais e quais os tipos? Aldillany Maria Os seguintes parâmetros devem ser analisados no exame das mucosas: Coloração Mucosas normocoradas: tom róseo- avermelhado. Mucosas descoradas/pálidas: usa-se de 1 a 4 cruzes (avaliação quantitativa ++++). Ex: anemia. Mucosas hipercoradas: tom vermelho- arroxeado. Caracterizam aumento das hemácias naquela região. Exs: conjuntivite, gengivites. Cianose: coloração azulada das mucosas. Icterícia: coloração amarelada das mucosas. Leucoplasia: áreas esbranquiçadas das mucosas. Umidade Normal: as mucosas apresentam um brilho discreto. Seca: as mucosas perdem o brilho. Desidratação. Existência de lesões Exame dos lábios, da cavidade bucal e da mucosa jugal. FÂNEROS: são as estruturas visíveis da pele: cabelo, pelos e unhas. Cabelo Inspecione e palpe os cabelos. Tipo de implantação (homem x mulher). Ex: hipogonadismo no homem – traços de implantação feminoide nele. Distribuição (se é uniforme ou não). Ex: alopecia, calvície. Quantidade (se há queda ou não). Coloração (desnutrição: alteração da cor). Textura Espessura, consistência Pelos Quantidade (ausência ou excesso). Hipertricose: aumento exagerado de pelos terminais, sexuais e bissexuais ou não sexuais, em relação ao indivíduo. Pode ser congênita ou adquirida, difusa ou localizada. Hirsutismo: aumento exagerado de pelos sexuais masculinos, na mulher. Pode ser constitucional, idiopático e androgênico. Unhas Inspecionar e palpar as unhas dos dedos da mão e dos artelhos. Cor Formato Lesões Forma Espessura Tipo de implantação As unhas podem apresentar-se pálidas (anêmicas), ou adquirir uma tonalidade azulada (cianótica). Onicólise: as unhas podem apresentar-se parcialmente descoladas do leito (hipertireoidismo). Unhas distróficas: são espessadas, rugosas e de forma irregular. Frequentes em pessoas que trabalham descalças, sujeitas a repetidos traumatismos. Fotossensibilidade: consiste em uma reação incomum de sensibilidade extrema da pele quando exposta à luz do Sol ou a fontes luminosas artificiais, induzidas por substâncias químicas. Resultado da interação luz-pele. As primeiras alterações dessa interação são o eritema e a pigmentação imediata. 9- O que são fâneros e o que precisamos saber sobre eles? 8- No exame das Mucosas, o que é importante avaliar? Cite as possíveis alterações 10- Em relação as doenças da Pele: o que são fotossensibilidade e fotodermatoses, inflamação da pele e do tecido celular subcutâneo e infecções cutâneas? Exemplifique-as Aldillany Maria Eritema: vermelhidão na pele; ocorre 4 a 8 h após a exposição solar e tem seu pico em 12 a 14h, desaparecendo gradativamente. Tais fenômenos se devem à ação das prostaglandinas, liberação de histamina e de substâncias eritrogênicas. Pigmentação de melanina da pele: relaciona- se com a capacidade de desenvolver eritema. Pigmentação intrínseca: determinada geneticamente, sendo, portanto, imutável. Dá cor à pele. Pigmentação facultativa: decorrente da ação dos raios solares ou ultravioleta artificialmente produzidos e dos hormônios (bronzeamento). Esse bronzeamento pode ser: Bronzeamento imediato: provocado pela oxidação da melanina previamente existente. Bronzeamento tardio: inicia-se 2 a 3 dias após a irradiação e é proveniente da melanogênese, perdurando semanas a meses. A cada exposição, ocorre maior espessamento da pele e o retorno à normalidade pode demorar alguns meses. Classificação da fotossensibilidade e fotodermatoses: Formas agudas Queimadura solar: resposta inflamatória aguda e transitória da pele. Desenvolve-se após exposição à radiação ultravioleta, proveniente da luz solar ou de fontes artificiais. Pode ser de 1°, 2° (bolhas) ou 3° grau. Medicamentos fototóxicos podem induzir esse quadro (ex:sulfonamidas, tetraclinas). Fototoxicidade: consiste em uma hipersensibilidade cutânea à radiação não ionizante. Isso depende de alterações moleculares induzidas por substâncias químicas em conjunto com fótons. É provável que haja um fator genético que faça com que a substância química altere sua reatividade. Essas reações surgem ao primeiro contato do indivíduo com uma substância fotossensibilizante. Ex: medicamentos (farmacogênica), plantas (fitofotodermatite), inseticidas, cosméticos, roupas, conservantes de alimentos. O quadro clínico das reações fototóxicas caracteriza-se por prurido, sensação de queimadura e eritema imediato; Fotoalergia: ocorre após exposição à radiação luminosa. A reatividade da pele, de caráter imunoalérgico, é relacionada a antígenos formados pela interação da luz com substâncias químicas ou proteínas teciduais. Algumas substâncias podem agir como fototóxicas e/ou fotoalérgicas. Qualquer substância fototóxica pode tornar-se fotoalérgica, porém o inverso não é verdadeiro. Ocorre um quadro de eczema, com eritema, edema, vesiculação e mesmo exsudação, ou seja, um fotoeczema de contato. Manifesta-se 24 a 48 h após exposição solar. Os agentes químicos produtores de fotoalergiapodem atuar por via tópica – contatantes exógenos (sulfas, antihistamínicos, protetores solares tipo benzofenonas, substâncias antimicóticas, inseticidas) – ou por via sistêmica – contatantes endógenos (sulfas, clorpromazina, griseofulvina, anticonceptivos). A urticária solar é uma forma rara de urticária. Desenvolve-se 30 a 60 min após exposição solar. Entretanto, a urticária solar pode ser secundária, relacionada à porfiria e ao lúpus eritematoso. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de vesículas, às vezes pápulas (típica Aldillany Maria urticária), podendo acompanhar-se de prurido, mal-estar e cefaleia. Erupção polimorfa à luz: é uma afecção relacionada com exposição à luz solar e que acomete mais frequentemente mulheres jovens. Manifesta-se preferencialmente no verão ou durante as primeiras exposições ao sol. As manifestações clínicas surgem 1 a 4 dias após a exposição. O prurido, que é constante, pode ser o primeiro sintoma. Formas crônicas Dermatoheliose (“fotoenvelhecimento”): conjunto de alterações cutâneas resultante da ação crônica de radiações não ionizantes, com efeitos cumulativos em função de décadas de exposição. Seu aparecimento é tanto mais frequente quanto mais clara for a pele. O quadro mais comum é o da elastose solar, na qual a pele se apresenta espessada, atrófica, coriácea (aspecto de couro), amarelada, apergaminhada, com a superfície sulcada. Dermatite actínica crônica: condição clínica observada, também, em idosos. Caracteriza-se por lesões eritematosas e infiltradas, estritamente limitadas às superfícies expostas à luz. Lentigo solar: manifesta-se como mácula escura, irregularmente pigmentada, como gota de tinta. Pode ocorrer na região superior do dorso. É uma lesão benigna. Queratose solar: caracteriza-se por apresentar lesões queratósicas, rugosas, com escamas amarelas ou acastanhadas, finas, aderentes, secas, podendo apresentar discreto eritema. É considerada lesão pré-cancerígena. Câncer de pele Carcinoma basocelular: neoplasia maligna cutânea mais frequente. Em geral, é agressiva apenas localmente. Ocorre geralmente após os 40 anos de idade, em pessoas de pele clara, em áreas fotoexpostas cronicamente. Carcinoma espinocelular: ocupa o segundo lugar em frequência entre as neoplasias malignas da pele. É mais agressivo que o basocelular, tanto localmente, quanto na capacidade de metastatizar. Ocorre na pele de pessoas claras, cronicamente expostas à luz solar. Melanoma: a mais grave neoplasia maligna da pele. Embora vários fatores etiológicos sejam relacionados com o melanoma (genético, hormonal, ocupacional, trauma mecânico), a radiação ultravioleta, em longas exposições, seria o fator mais importante no seu desencadeamento. Formas agudas e/ou crônicas Porfiria cutânea tardia: caracteriza-se por lesões vesiculares, erosões e fragilidade cutânea, simetricamente distribuídas no dorso das mãos. Protoporfiria eritropoética: faz parte de um grupo de doenças com alterações do metabolismo das porfirinas e seus precursores, cujo quadro cutâneo é desencadeado e agravado pela luz solar. O quadro clínico é representado por eritema, vesículas e bolhas tensas com escoriações e cicatrizes varioliformes nas áreas expostas. Aldillany Maria Xeroderma pigmentoso: lesão em que a sensibilidade extrema aos raios ultravioleta é resultante de um defeito hereditário recessivo de enzimas envolvidas no reparo do DNA. Inicialmente, há formação de eritema e edema à mínima exposição à luz solar. Pelagra: relaciona-se com deficiência proteica, lipídica, de ácido nicotínico e de oligoelementos. A luz solar é o fator desencadeante das lesões cutâneas nas áreas expostas. Em geral, ocorre uma erupção eritematoescamosa, em cuja periferia surge tonalidade acastanhada.
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