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Fichamento_ A formação do Estado Nacional na América Latina_ as emancipações políticas e o intrincado ordenamento dos novos países de WASSERMAN, Cláudia

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Fichamento de conteúdo
WASSERMAN, Cláudia. A formação do Estado Nacional na América Latina: as emancipações políticas e o intrincado ordenamento dos novos países. In: História da América Latina: Cinco Séculos. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2000, pp. 177-214.
· A formação do Estado nacional na América Latina é caracterizada por dois processos:
· Internacionalização do modo de produção capitalista (caráter econômico-social);
· Emancipação das colônias Ibéricas (caráter político-militar; 
· Mudança no ordenamento mundial devido a expansão do modo de produção capitalista na Europa, Revolução Industrial e Revolução Francesa, predomínio da burguesia no controle estatal dos países europeus;
· A elite hispano americana inspirava-se no modelo liberal da Independência americana: escravidão e idéias do iluminismo;
· Desenvolvimento colonial subordinado ao monopólio e às restrições produtivas e administrativas da metrópole;
· O processo de formação de novos Estados conduz a dois planos ligados: violência militar e a transformação mundial das relações sociais de produção;
· Estados europeus como resultado da decadência do feudalismo, desenvolvimento do modo de produção capitalista e ascensão da burguesia; Seus interesses materiais ofereciam estrutura a uma identidade nacional;
· Ausência de um elemento aglutinador que permitisse a constituição do Estado nacional; Divisões administrativas metropolitanas; Fracasso das tentativas de unificação; Limites territoriais como barreira a emancipação;
· Idéias de Independência tinham caráter pré nacional e a idéia de nação não tinha significado; Poder político com tinha caráter local ou regional e não era relacionado com sentimento de nacionalidade;
· A ausência de identidade nacional dificultava a constituição de novos Estados; seguiu-se um período de lutas pela Independência conhecido como fase de anarquia;
· Caudilhismo como uma incapacidade política das elites latino-americanas durante o século XIX;
· Pouca coerência nas formas produtivas; predomínio de economia rural dispersa, relações de produção servis - como resultado o elemento aglutinador era o Estado político; 
· O Estado latino-americano era formado por instituições e tradições coloniais e por fórmulas políticas tomadas de empréstimo; Constituições liberais ineficazes - a única forma de manter a ordem era o exército; resultando na militarização do continente: árbitros da classe dominante e neutralizadores de conflitos economias deterioradas pós guerra;
· Total abertura de mercado, apesar da incapacidade de venda e compra de muitas mercadorias; saldo negativo na balança comercial; 
· Fuga de capitais no século XIX devido a instabilidade política e estagnação das exportações resultando em um desequilíbrio econômico dos novos países; Falta de investimento de comerciantes ingleses; 
· Problemas que seguiram o período de Independências:
· Escassez de capitais necessários à implementação do volume a ser exportado;
· Disponibilidade de mercados externos;
· Queda do preço no mercado mundial;
· As relações de poder instáveis e violentas eram resultado das dificuldades de encontrar um substrato econômico para os Estados; 
A constituição dos ordenamentos políticos e a alternância de ambientes liberais e conservadores no século XIX: Centralização versus descentralização
· Sistemas constitucionais criados para transferir poder através de eleições eram movidos pela necessidade de romper com o passado colonial; Governos pós revolucionários adotaram sistemas federalistas em oposição a políticas centralizadas metropolitanas - tentativa de imitar o modelo norte americano;
· A partir de 1820 iniciou-se a discussão da necessidade de centralização do poder para combater resistências provinciais e receber reconhecimento diplomático e confiança dos países europeus;
· Clima de pessimismo a partir da década de 1830; correntes conservadoras da classe dominante no poder com caráter despótico e centralizador;
· Otimismo na segunda metade do século XIX; desenvolvimento do setor primário exportador e das forças produtivas; 
· Alternância de ambientes liberais e conservadores na maior parte da América Latina ao longo da formação dos Estados nacionais; 
México: Independência pelo alto e predomínio conservador
· A Independência mexicana foi resultado de um tipo de restauração do poder dos defensores do antigo regime; 
· Marcado pelo conservadorismo; Classe dominante dividida entre liberais e conservadores; Liberais defendiam descentralização política e federalismo, conservadores inspiravam-se na Inglaterra e defendiam o centralismo político;
· Situação política marcada pelas relações da classe dominante com a plebe; 
· Chegada dos liberais ao poder em 1856; Reformas que consolidaram o Estado nacional mexicano; Processo de produção capitalista;
Argentina: guerras civis em torno da hegemonia portenha e aspirações de autonomia das províncias do interior
· Período de guerra civil e emergência dos caudilhos; Caudilhos como resultado do período colonial, do processo de apropriação de terras - luta pela garantia de privilégios;
· Vitória das forças federalistas; reforço do poder dos caudilhos; 
· Política rosista: novas técnicas de produção de charque e instalação de indústrias de lã; 
· Conflito unitário versus federalismo, na vitória do último; pacificação do país;
Chile: a precoce centralização política e os êxitos econômicos e militares das classes dominantes
· Desenvolvimento distinto aos demais; Governo autoritário de O’Higgins deposto em 1823; Experiência liberal e federalista sob Francisco Pinto em 1827-1829;
· Abertura de novos mercados e o auge do ouro levaram ao aceleramento do desenvolvimento do setor de transportes e comunicação; O interesse por novas terras para cereais e carvão levaram a intervenção de terras indígenas; 
· Reivindicações liberalizantes na metade do século XIX; Idéias advindas da Revolução de 1848; Meses de guerra civil lideradas por liberais;
· Estabilidade econômica e política; Mineração como setor mais importante da economia; Prosperidade e integração política;
· Acordo Fierro-Sarratea: delimitação da propriedade argentina da Patagônia, Chile ficou com pequena faixa;
· Problema com a Bolívia em relação ao deserto de Atacama resultou na Guerra do Pacífico em 1879; economia chilena já estava abalada mas seu governo era mais estável, vencendo Bolívia e Peru e negociando em 1883 o Acordo de Ancón, onde Chile controlaria o território de Taracapá; Em 1929 um novo acordo concede poder de Arica aos Chilenos; Em 1884 assinam o Tratado de Santiago, onde o Chile recebe todo território boliviano do deserto de Atacama; Bolívia fica sem a sua saída para o mar; 
Peru e Bolívia: isolamento econômico e desarticulação político-social
· Peru e Bolívia como países típicos da instabilidade e fraca integração; estagnação pós emancipações; isolamento econômico; 
· Peru: atividades relacionadas ao açúcar e algodão; Bolívia: atividades relacionadas a mineração, que decaíram; 
· Semelhança entre os dois países: instabilidade e impotência dos grupos dominantes frente aos desastres econômicos; abolição dos impostos indígenas; abolição da prestação de serviços pessoais; 
· No século XIX os dois países recuperaram-se da ruína econômica: o guano no Peru e a prata na Bolívia foram os responsáveis do isolamento econômico;
América Central: fragmentação política e economias fracamente articuladas
· A Independência da Guatemala se deu pacificamente, pois não havia riquezas significativas; Conservadores dominaram politicamente apoiados pela igreja; O monopólio destes foi desfeito pelos governos liberais, 
As reformas liberais e a definição econômica dos novos países: o novo tipo de apropriação da propriedade e a formação de um mercado de trabalho
· As reformas liberais atingiram quase todos os países latino americanos; principalmente aqueles povoados por populações indígenas;
· Dois grupos presentes nesse cenário: conservadores e liberais; ambos elitistas; temiam participação das massas populares nas tomadas políticas;
· Origem regional comofator determinante da relação do indivíduo com a estrutura de poder; 
· Conservadores baseavam seu poder em relações sociais e formas de propriedade pré capitalista e liberais no desenvolvimento capitalista e destruição da antiga ordem; 
· Reformas liberais ligadas ao processo de constituição de um mercado de terras apropriado às culturas de exportação e à formação de um mercado de trabalho livre;
· Liberais como portadores de um projeto que previa a destruição da capacidade de sobrevivência das sociedades coloniais; Base das reformas liberais: constituição de mercado de terras apropriadas e a transformação das relações de produção em capitalistas; Modernização da antiga estrutura produtiva, sistema de transportes e financeiro eficiente;
· O desenvolvimento das lutas entre caudilhos e as guerras civis era resultado das dificuldades das classes dominantes em encontrar um substrato econômico necessário à implantação de um espaço nacional; 
· As forças atuantes na formação do Estado nacional eram resultados dos interesses pré capitalistas; a falta de um elemento aglutinador era a falta de uma base econômica capitalista; A luta entre liberais e conservadores eram expressões de interesses em modos de produção;
· O problema da constituição dos Estados nacionais era a convivência de várias relações sociais de produção, do escravismo ao capitalismo; 
· A vitória dos grupos ligados ao modo de produção capitalista se deu pelo desenvolvimento dos setores produtivos já existentes, além da recuperação dos negócios internacionais; No entanto, a evolução econômica das formações sociais latino americanas determinaram a dificuldade da constituição destes Estados; 
A consolidação dos Estados Latino-americanos e a implantação do modo de produção capitalista no subcontinente
· Oligarquias encontram condições de mercado onde seus interesses estivessem respaldados; 
· Consolidação do Estado no momento de afirmação de um produto primário para exportação e do desenvolvimento das forças produtivas e mecanismos onde a classe dominante impõe seu domínio;
· A implantação do modo de produção capitalista provocou mudanças radicais, caracterizada pelo domínio da oligarquia exportadora; A abolição da escravidão foi um passo importante para a implantação do capitalismo; 
· O aumento da demanda internacional por produtos primários resultou em avanços técnicos; O desenvolvimento das culturas de exportação engrenou o desenvolvimento capitalista dos países latino americanos; Isso gerou uma maior apropriação de terras através da dizimação dos índios;
· “Via oligárquica” de desenvolvimento capitalista, Agustin Cueva (1977, p.79); pois não foram destruídos todos elementos do antigo ordenamento; 
· 1880: estabilidade social, econômica e política devido ao ao domínio das oligarquias sobre grupos periféricos; 
· A consolidação do Estado nacional da América Latina se dá pela inserção do capitalismo; no entanto as relações sociais anteriores não foram totalmente destruídas e nem houve uma revolução democrático burguesa - resultando na função subordinada dos países latinos americanos no concerto internacional através da divisão internacional do trabalho; Esse processo provocou deformações na estrutura social desses países e seu desenvolvimento;
· Idade contemporânea inicia-se antes do término do século XIX com a última batalha pela independência colonial vencida e a primeira batalha perdida contra o imperialismo;

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