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3ºAula
A CAMADA FÍSICA DO MODELO OSI
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• entender a função dentro do modelo OSI da camada física;
• conhecer as principais funções da camada física.
Conversa Inicial: 
“Caros(as) alunos(as)!
Na aula anterior foi apresentada a definição do que são redes de 
computadores, seus componentes, topologias, como uma arquitetura de rede 
é estruturada em camadas e uma breve visão da função de cada uma.
A partir desta aula será apresentada em detalhes a função de cada uma 
das camadas do modelo OSI a começar pela física, onde será apresentada 
como uma informação é codificada em sinais para que a mesma possa ser 
transmitida através de um meio físico.
Lembrem-se de que esta aula foi preparada para que você não encontre 
grandes dificuldades. Contudo, podem surgir dúvidas no decorrer dos estudos! 
Quando isso acontecer, anote, acesse a plataforma e utilize as ferramentas 
“Quadro de Avisos” ou “Fórum” para interagir com seus colegas de curso 
ou com seu tutor. Sua participação é muito importante.
Bons estudos!
25
Redes de Computadores I 24
1. 
Seções de estudo
Apresentação da camada física
2. Sinalização
3. Exemplo de um padrão da camada física
1 - Apresentação da camada física
A função da camada física é transmitir os bits recebidos 
da camada de enlace. Essa transmissão se dá através da 
codificação dos bits (1 e 0) em sinais (elétrico, luminoso, 
radiofrequência) que serão transmitidos através de um meio 
físico. Os protocolos dessa camada deverão especificar: 
quantos volts representará o bit 1, e quantos o bit 0; qual a 
duração de um bit; como será estabelecida e encerrada a 
conexão; quantos pinos terá o conector de rede e o que cada 
um fará; qual o comprimento máximo de um cabo; etc.
A camada física deve especificar:
• Características mecânicas: como por exemplo, 
definir os conectores (a forma, o tamanho, a 
quantidade de pinos, etc.), cabos (constituição, seu 
tamanho);
• Características elétricas: como deverá ser 
codificado o bit (qual o nível de tensão que 
será utilizado na representação do bit 0 e do bit 
1), o intervalo de sinalização, definir as taxas de 
transmissão e distâncias que podem ser atingidas; 
• Características funcionais: descreve o significado 
dos sinais transmitidos.
• Características procedurais: descreve a sequência 
de eventos trocados durante a transmissão de uma 
série de bits através do meio de transmissão.
MODOS DE TRANSMISSÃO
Quando a transmissão for unidirecional, nós chamamos 
o modo de transmissão de simplex, se ele ocorrer em ambas 
às direções, mas alternadamente o modo é chamado de 
half-duplex, se a transmissão se der em ambos os sentidos 
simultaneamente o modo de transmissão é chamado de full-
duplex. Em redes locais a comunicação half-duplex é a mais 
comum.
Os bits podem ser transmitidos através do meio físico de 
forma serial ou paralela. Na transmissão paralela os bits são 
transmitidos simultaneamente por várias linhas de transmissão 
paralelas. É usada em curtas distâncias, geralmente ligando 
periféricos ao computador. Sua utilização não é adequada em 
redes de computadores, pois além da limitação da distância, 
o preço do cabo é caro e muito suscetível a interferências 
eletromagnéticas. Na transmissão serial é utilizado somente 
um canal de transmissão, os bits são enviados serialmente 
separados por um intervalo de tempo.
Todo meio físico permite a passagem de uma faixa de 
frequências. À diferença entre a maior e a menor frequência 
dessa faixa damos o nome de banda passante do meio. A 
banda passante é uma determinada faixa de frequência que 
o meio físico consegue transmitir. Como exemplo podemos 
citar o ouvido humano, nós conseguimos detectar sons 
com frequência que vão de 20 Hz até 20000Hz. Ou seja, o 
nosso ouvido tem uma banda passante de 19980Hz, que é 
a diferença entre a maior e a menos frequência. Já o ouvido 
canino consegue captar sinais sonoros que vão de 10Hz a 
40000Hz, ou seja tem uma banda passante de 39990Hz, quase 
o dobro da nossa. 
Sempre que a banda passante do meio for maior que a 
banda passante necessária para um sinal, podemos transmiti-
lo através desse meio.
2 - Sinalização
SINAIS ANALÓGICOS E DIGITAIS
Para entendermos o que são sinais analógicos e digitais 
é necessário que a compreensão do que são informações 
digitais e analógicas, tomemos a explicação dada por Soares 
et al (1995):
Computadores são equipamentos que 
informações em bits que correspondem a 
dois níveis discretos de tensão ou corrente, 
representando os valores lógicos ‘0’ ou‘1’. 
Chama-se esse tipo de informação de digital. 
Já, informações geradas por fontes sonoras 
apresentam variações contínuas de amplitude, 
constituindo-se no tipo de informação que 
comumente denominamos de analógica.
De forma análoga a que se procedeu a 
respeito da natureza da informação, podemos 
para transmissão: sinais analógicos e 
sinais digitais. Sinais analógicos variam 
continuamente com o tempo. Já um sinal digital 
caracteriza-se pela presença de pulsos nos 
através de uma seqüência de intervalos de 
de intervalos de sinalização, durante os 
caracterizando um dos símbolos digitais 
transmitidos. (SOARES, et al., 1995, s/p) 
A explicação dada pelo autor acima pode ser 
exemplificada pela figura 1, onde são ilustrados exemplos de 
um sinal analógico e um digital. No sinal analógico a amplitude 
(voltagem) varia suavemente e continuamente no tempo ela 
assume todos os valores possíveis entre dois pontos. No sinal 
digital o valor da amplitude muda abruptamente, assumindo 
apenas dois valores possíveis.
Figura 1-Sinais analógico e digital
Fonte: acervo pessoal
26
25
Informações analógicas podem ser transmitidas 
utilizando-se tanto sinais analógicos como digitais. O mesmo 
acontece com as informações digitais. Técnicas de modulação 
modificam as características de um sinal senoidal (analógico) 
para representar um sinal digital.
No exemplo anterior utilizamos dois níveis de amplitudes 
(alto e baixo) para codificar o sinal digital, mas podemos 
utilizar mais de dois níveis, com isso conseguimos transmitir 
mais de um bit a cada pulso. Para transmitir 2 bits por pulso, 
necessitamos de 4 níveis de amplitude (figura 2). Para 
codificar n bits em um nível de amplitude, serão necessários 
2n diferentes níveis de amplitude.
Figura 2-Sinal digital “Dibit”
Fonte: acervo pessoal
MODULAÇÃO
A técnica de modulação consiste em variar a amplitude, 
a frequência ou a fase de uma onda portadora (sinal senoidal) 
para representar um sinal digital. Essa técnica permite a 
transmissão de dados digitais por meio de sinais analógicos.
A modulação pode ser por chaveamento de amplitude, 
frequência ou fase.
Na modulação por amplitude (ASK), mantemos a 
amplitude da onda portadora para identificar o bit 1, e 
alteramos a amplitude para sinalizar o bit 0.
Na modulação por frequência (FSK), mantemos 
a frequência da onda portadora para sinalizar o bit 1 e 
aumentamos a sua frequência para sinaliza o bit 0.
Na modulação por fase (PSK), a representação dos níveis 
binários por um avanço ou atraso de fase no sinal senoidal. Por 
exemplo, uma transição negativa (de 1 para 0) é representada 
por um avanço de 90º na fase do sinal senoidal, enquanto uma 
transição positiva (de 0 para 1) é representada por um atraso 
equivalente. Na figura 3 temos os exemplos das modulações.
Figura 3 - Exemplo de modulações.
Fonte: acervo pessoal
CODIFICAÇÃO E TRANSMISSÃO DE SINAIS 
DIGITAIS
Para melhor compreensão da codificação e transmissão 
de sinais digitais devemos olhar para um conceito chamado 
ponto de amostragem. Antes, vamos ver o conceito de relógio 
(clock): clock é uma onda quadrada utilizada para sincronizar 
dispositivos eletrônicos. O ponto de amostragem é o 
momento em que o receptor irá amostrar (analisar) o sinal 
recebido para retirar do mesmo o valor do bit transmitido. A 
melhor localização para o ponto de amostragem é no meio do 
tempo de sinalização (T), vistoanteriormente, como ilustrado 
na figura 4. Para uma correta amostragem do sinal, o receptor 
deve conhecer a frequência do relógio do transmissor e a 
duração do tempo de amostragem. Para uma amostragem 
correta do sinal, o receptor e o transmissor devem ter seus 
relógios sincronizados em frequência e fase. Para resolver 
esse problema duas abordagens são utilizadas: transmissão 
assíncrona e transmissão síncrona. 
Figura 4 – Pontos de Amostragem
Fonte: acervo pessoal
TRANSMISSÃO ASSÍNCRONA
Na transmissão assíncrona é utilizada a codificação 
NRZ que emprega níveis de tensões negativas e positivas para 
representar os bits 1 e 0. O clock do receptor é ajustado em 
uma frequência n vezes maior que a do transmissor. Depois 
de detectado o início da recepção, ele espera por n/2 pulsos de 
seu relógio para começar a fazer a amostragem. 
Para que o receptor possa disparar a contagem de seu 
oscilador é necessário um mecanismo que marque o início 
da transmissão. Para tal os caracteres transmitidos são 
delimitados por um bit start e um bit stop. O bit start é uma 
transição de 1 para 0 que marca o início da transmissão de um 
caracter (8 bits), ao detectar esse bit, o receptor dispara o seu 
oscilador. Após a transmissão do caracter é inserido um bit de 
paridade (veremos sua definição mais a frente), e depois um bit 
stop, indicando o final do caracter, como ilustrado na figura 
5. Detalhes sobre a transmissão assíncrona: quando não há 
dados sendo transmitidos, o transmissor envia continuamente 
um sinal que representa o bit de valor 1, por isso a necessidade 
do bit start. Ao perceber que houve uma mudança no sinal, o 
receptor dispara o seu clock. Note também que a ausência de 
sinal (bit 0) pode indicar uma falha no meio de transmissão. 
A utilização do bit-stop evita que o receptor pense que há uma 
27
Redes de Computadores I 26
falha no meio de transmissão quando o dado a ser transmitido 
contenha vários caracteres com o valor 0, pois o bit-start tem 
valor 0 e não havendo o bit-stop, a transmissão se resumiria a 
uma sequência de bits 0, que levaria o receptor a detectar uma 
falha no meio de transmissão. Além disso, a utilização do bit-
stop permite que o receptor processe o caracter que recebeu.
Figura 5 – Bit Start /Stop
Fonte: acervo pessoal
TRANSMISSÃO SÍNCRONA
A transmissão síncrona procura estabelecer uma 
referência única de tempo para o transmissor e receptor.
Uma solução é manter em canais separados os dados e 
relógio do transmissor. Apesar de ser uma solução simples, 
apresenta alguns problemas. O primeiro é a necessidade 
de um outro canal de transmissão, aumentando o custo da 
implementação. O outro problema é a exigência dos dois canais 
apresentarem o mesmo retardo de transmissão. Os meios 
de transmissão devem ser idênticos, pois uma diferença no 
retardo implicaria numa amostragem errada. Esse problema 
se torna crítico com o aumento de velocidade e distância.
Uma segunda solução é utilizar alguma técnica de 
codificação que permita transmitir no mesmo canal os dados 
e informação de sincronismo. 
A primeira técnica de codificação é conhecida como 
codificação Manchester. Cada bit é codificado utilizando 
2 pulsos. Uma transição positiva representa o bit 1 e uma 
negativa o bit 0. Com sempre existe uma transição para 
cada bit transmitido, o relógio pode ser recuperado junto 
com os dados, A figura 6 ilustra um exemplo da codificação 
Manchester.
Fonte: acervo pessoal
A segunda técnica de codificação é chamada de Manchester 
Diferencial, ela é derivada da primeira. O bit 0 é representado 
por uma alteração na polaridade no início da transmissão do 
bit e o bit 1 por nenhuma alteração na polaridade. A figura 7 
ilustra um exemplo da codificação Manchester Diferenciada.
Figura 7 – Codificação Manchester Diferencial
Fonte: acervo pessoal
MULTIPLEXAÇÃO
Multiplexação é a técnica utilizada para transmitir 
mais de um sinal em um meio físico. Existem duas 
formas de multiplexação: a multiplexação na frequência 
(FDM) e a multiplexação no tempo (TDM).
• MULTIPLEXAÇÃO NA FREQUÊNCIA
São criados subcanais de transmissão, cada um utilizando 
uma faixa de frequência. Tomemos como exemplo a figura 8. 
Sobre um meio de comunicação com uma largura de banda 
de 15 KHz, iremos transmitir 2 sinais de 4 Khz de largura de 
banda cada um. Note que o sinal 2 sofreu uma modulação 
(sofreu um deslocamento na sua faixa de frequência original). 
Depois temos a transmissão dos 2 sinais ao mesmo tempo, 
cada um em uma faixa de frequência distinta. Ao chegar ao 
receptor, o sinal 2 será demodulado (deslocamento para a sua 
faixa de frequência original).
Figura 8 - Multiplexação na Frequência de dois sinais
Fonte: acervo pessoal
28
27
A TV a cabo utiliza a multiplexação na frequência, cada 
canal ocupa uma faixa de frequência. E no televisor quando 
passamos os canais, estamos na verdade selecionando a faixa 
de frequência que o televisor deve decodificar.
• MULTIPLEXAÇÃO NO TEMPO
A multiplexação no tempo poder ser síncrona ou 
assíncrona.
Na TDM síncrona o tempo é dividido em intervalos de 
tamanho fixo T chamados de frames. Cada frame é dividido em 
N subintervalos denominados slots ou segmentos. Chamamos 
de canal, ao conjunto de um mesmo slot. Tomemos como 
exemplo a ilustração da figura 9, o canal 2 é formado pelo 
segundo slot de cada frame. Cada estação aloca um canal e 
transmite somente dentro desse intervalo de tempo. 
Figura 9 – TDM Síncrona
Fonte: acervo pessoal
Na TDM síncrona existe um desperdício de banda do 
meio, pois podem existir canais que não são utilizados. Uma 
alternativa que procura eliminar esse desperdício é a utilização 
do TDM assíncrono. Não existe alocação de canal. De acordo 
com a necessidade de transmissão das estações, são alocados 
dinamicamente espaço de tempo.
BANDA LARGA E BANDA BÁSICA
Duas técnicas de transmissão são as mais utilizadas: a 
sinalização em banda básica (também chamada de sinalização 
digital) e sinalização em banda larga.
Na sinalização em banda básica o sinal é colocado no 
meio sem usar qualquer tipo de modulação. É utilizada toda 
a banda passante do meio para produzir somente um sinal. 
Essa técnica não é adequada a meios sujeitos a ruídos e 
interferências.
A sinalização em banda larga (também chamada de 
sinalização analógica) utiliza a multiplexação FDM. É 
geralmente utilizada em redes locais em barra. Na banda 
larga pode ser sinalizado mais de um sinal no meio físico. Por 
esse motivo a ADSL chamou-se banda larga, pois no mesmo 
par metálico é transportado sinal telefônico (voz) e de dados 
ASDL.
3 - Exemplo de um padrão da camada 
física
Não existe um único padrão para a camada física. Alguns 
exemplos de padrões para redes locais com topologia em 
barra são: ISO 8802.3, 8802.4 e 8802.6. Para transmissão em 
anel; ISO 8802.5, 8802.7 e 9314. 
A seguir daremos o exemplo do padrão RS-232. 
O PADRÃO RS-232
Esse padrão define uma interface que é utilizada para 
transmitir dados binários seriais entre um computador e 
um modem, ou outro computador e a periféricos como 
impressoras, mouse, etc.
A primeira versão desse padrão foi publicada no 
início dos anos 60 e, atualmente está em sua quinta revisão, 
denominada EIA/TIA-232-F.
As características mecânicas especificam o conector que 
deverá ser utilizado, nesse caso, um conector de 25 pinos 
(DB25). 
As características elétricas definem que uma voltagem 
entre +5 e +15V correspondem a 1 lógico, e o 0 lógico é 
representado por uma voltagem entre -5 e -15V. Compartilham 
um terra comum (transmissão não-balanceada). A taxa 
máxima de transmissão é de 20 Kbps em distâncias de até 10 
metros.
As características funcionais definem as funções 
executadas pela interface, define o que cada pino transmite ou 
recebe, confira a tabela:
Pino Função Pino Função
1 GND -Protective Ground 13 SCS- Second Clear to Send 
TX – Transmit Data 14 STS- Second Transmit Data 
RX - Receive Data 15 DCTS- DCE Tx clock 
4 RTS – Request to Send 16 SRD - Second Receive Data5 CTS - Clear to Send 17 RST- Receiver Rx clock 
6 DSR - Data set Ready 19 SRTS - Second Request to Send 
7 GND - Signal Ground 20 DTR - Data Terminal Ready 
8 DSL- Receive Line Signal 21 SQD - Signal Quality Detect 
9 + - Voltage + 22
10 - Voltage - 23 DSRS- Data Signal Rate Detect 
12 SLS - Second Receive Line 24 DTSE- DTE Tx Signal clock 
As características procedurais descrevem a sequência 
de eventos que devem ocorrer para que os dados sejam 
transmitidos. Por exemplo, o computador quando quer enviar 
algum dado, faz uma requisição para o dispositivo que está 
conectado através do pino RTS (pino 4). Caso o dispositivo 
esteja pronto para receber, envia um sinal pelo pino CTS (pino 
5). Após receber a confirmação o computador transmite os 
dados pelo pino TX (pino 2). 
29
Redes de Computadores I 28
Retomando a aula
Vamos rever o que aprendemos até agora?
1 – APRESENTAÇÃO DA CAMADA FÍSICA
A função da camada física é realizar a transmissão dos 
dados recebidos da camada de enlace. Do mesmo modo 
como em uma transmissão de rádio ou televisão, a voz ou a 
imagem não é transmitida da maneira como é captada pelas 
câmeras ou microfones, os dados passados pela camada 
de enlace não pode ser transmitidos da maneira como foi 
recebido. É necessário representar esses dados em sinais para 
poder transmitir por um meio físico, e no lado do receptor 
esses sinais são transformados novamente em dados. Essa é a 
função da camada física. A esse processo damos o nome de 
sinalização.
Os protocolos que forem desenvolvidos para a camada 
física deverão descrever:
• Os conectores (suas formas, tamanho e descrição 
da pinagem) e os cabos (que material é constituído, 
tamanhos mínimos e máximos). A isso damos o 
nome de características mecânicas. 
• Como deverão ser sinalizados os bits, quais os níveis 
de tensão que representam o bit zero e o bit um. 
Qual o intervalo e duração da sinalização. A isso 
chamamos de características elétricas.
• Também deverá descrever o significado de cada 
sinal gerado. A isso chamamos de características 
funcionais.
• E também deve ser descrito qual a sequência de 
eventos que deverá ocorrer durante uma transmissão, 
como por exemplo, como indicar o início e o final 
da transmissão. A isso chamamos de características 
procedurais.
Também aprendemos que existem dois tipos de 
transmissões:
• Simplex: quando a transmissão é unidirecional, ou 
seja, em uma única direção.
• Half-duplex: quando a transmissão é em ambas 
as direções, mas em momentos alternados. Em um 
momento uma estação A transmite para uma estação 
B e em outro momento a estação B transmite para 
a estação A.
• Full-Duplex: quando a transmissão é em ambas 
as direções e ao mesmo tempo. Ou seja, a estação 
A está transmitindo para a estação B e ao mesmo 
tempo a estação B está realizando uma transmissão 
para a estação A.
Aprendemos que a transmissão pode ser de forma paralela 
ou serial. Na paralela existem diversas linhas de transmissões e 
cada bit é sinalizado em uma linha. Já na serial existe somente 
uma linha de transmissão e os bits são sinalizados um a um 
por essa linha, como em uma fila indiana. 
Vimos também o conceito de banda passante ou banda 
base. A banda passante é uma determinada faixa de frequência 
que o meio físico consegue transmitir. Iremos estudar na 
próxima seção sobre o conceito de frequência. Como exemplo 
podemos citar o ouvido humano, nós conseguimos detectar 
sons com frequência que vão de 20 Hz até 20000Hz. Ou seja, 
o nosso ouvido tem uma banda passante de 19980Hz, que é 
a diferença entre a maior e a menos frequência. Já o ouvido 
canino consegue captar sinais sonoros que vão de 10Hz a 
40000Hz, ou seja tem uma banda passante de 39990Hz, quase 
o dobro da nossa.
 2 – SINALIZAÇÃO
As informações da maneira como estão armazenadas 
nos computadores não podem ser transmitidas através de 
um meio físico. Elas deverão ser transformadas em sinais e 
após isso ser transmitidas. Ao chegar no receptor o processo 
contrário é realizado transformando os sinais em informações 
novamente. A esse processo de transformar as informações 
em sinais nós chamamos de codificação e o processo inverso 
de decodificação.
Assim como existem informações digitais e analógicas 
também existem sinais analógicos e digitais. Os sinais digitais 
são caracterizados por possuírem uma amplitude fixa e uma 
mudança abruta nessa amplitude. Já nos sinais analógicos 
a amplitude varia continua e suavemente no tempo. As 
informações digitais podem ser sinalizadas tanto por sinais 
analógicos como digitais. O mesmo vale para informações 
analógicas.
A técnica que é utilizada para representar informações 
digitais utilizando a sinalização analógica é chamada de 
modulação. É utilizado um sinal analógico chamado de 
onda portadora. Essa onda sofrerá modificações para poder 
representar a informação digital. A modulação na frequência irá 
alterar a frequência (aumentará a frequência) para representar 
o bit de valor 0 e manterá o frequência do sinal original para 
representar o bit de valor 1. A modulação na amplitude irá 
alterar o valor da amplitude do sinal original para representar 
o bit de valor 0 e manterá a amplitude original para representar 
o bit de valor 1. A modulação na fase inverte a fase da onda 
portadora para representar o bit de valor 0 e mantém a fase do 
sinal original para representar o bit de valor 1.
Ponto de amostragem é o momento que o receptor 
analisa o sinal recebido para retirar do mesmo o valor do 
bit transmitido. O melhor momento para realizar essa 
amostragem é no meio do tempo de sinalização. Para isso 
utiliza-se um dispositivo chamado de clock cuja função é gerar 
pulsos elétricos. Em cada pulso é realizada a amostragem. Isso 
gera um problema. O clock do transmissor e receptor deve 
estar sincronizado. Para resolver o problema de sincronismo 
foram criadas duas técnicas: a transmissão assíncrona e a 
síncrona. 
Na transmissão assíncrona o clock do receptor oscila 
mais do que o do transmissor, ou seja, a sua frequência é vezes 
maior que a do transmissor. E a cada n/2 pulsos ele realiza a 
amostragem. Com isso é garantido que a amostragem será 
30
29
sempre feita no meio do tempo de sinalização do transmissor. 
Na transmissão assíncrona o clock do receptor e do 
transmissor não possuem a mesma referência de tempo. 
Já a transmissão síncrona procura estabelecer a mesma 
referência de tempo entre os dois. Isso pode ser conseguido 
de duas formas: ter um canal separado para enviar o clock, 
aumentando o custo e exigindo que os dois canais tenham 
atraso de propagação idênticos, se o comprimento do 
cabo que transmite o clock for menor ou maior que o 
comprimento do cabo que transmite os dados irá acontecer 
atrasos na propagação que resultará em não sincronização. A 
outra forma é enviar pelo mesmo canal tanto o sinal de clock 
quanto o de dados. É utilizada uma codificação chamada 
de Manchester que consiste em utilizar duas transições para 
representar cada bit.
A multiplexação é uma técnica que permite que sejam 
transmitidos mais de um sinal em um meio físico. Existe a 
multiplexação na frequência e no tempo. 
A multiplexação na frequência procura utilizar toda a 
banda passante do meio para transmitir vários sinais. Banda 
passante é a faixa de frequência que o meio físico deixa 
passar. Cada sinal ocupa uma faixa de frequência. Através da 
modulação modifica-se a faixa de frequência de cada sinal 
para que não ocorra conflito entre os sinais e todos os sinais 
são colocados no meio físico. A TV a cabo e a ADSL utilizam 
essa multiplexação. Em uma faixa de frequência trafega os 
dados da Internet e por outra a voz. 
Na multiplexação no tempo o tempo é dividido em 
tamanhos chamados de frames e cada frame é novamente 
dividido e cada intervalo agora recebe o nome de slot. O 
mesmo slot em cada frame forma um canal de transmissão 
onde é utilizado por um sinal. Por exemplo, todo terceiro 
slot de cada frame será um canal alocado para transmitir umsinal. Esse tipo de multiplexação é chamado de síncrona (não 
tendo nenhuma relação com a sinalização síncrona) e possui 
um problema se em um frame temos 10 slots e estão sendo 
transmitidos apenas dois canais temos um desperdício de 
oito slots, pois o canal tem que esperar pelo seu slot, se ele 
transmitir em um frame só poderá transmitir no próximo. 
Para melhorar foi criada a TDM assíncrona onde o canal não 
precisa esperar pelo seu slot, havendo slots livres ele transmite.
É chamada de transmissão banda básica quando se utiliza 
toda banda passante do meio para sinalizar o sinal. E de banda 
larga utiliza a multiplexação na frequência.
3 - EXEMPLO DE UM PADRÃO DA CAMADA 
FÍSICA.
Foi apresentada a interface de comunicação RS-232. 
Vimos que foi definido a pinagem, a função de cada pino, o 
tamanho máximo do cabo, as voltagens utilizadas para realizar 
a sinalização e a sequência de eventos que ocorrem durante a 
transmissão.
Vale a pena
WIKIPÉDIA, Frequência. Disponível em: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAncia>. Acesso em 
16 abril 2019.
WIKIPÉDIA, Modulação. Disponível em: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/Modula%C3%A7%C3%A3o>. 
Acesso em 16 abril. 2019.
Projeto de Redes de Computadores, Redes Digitais 
Síncronas. Disponível em: <http://www.projetoderedes.
com.br/artigos/artigo_redes_digitais_plesiocronas.php>. 
Acesso em 16 abril 2019.
WIKIPÉDIA, Modulação. Disponível em: <http://
pt .wikipedia .org/wiki/Comunica%C3%A7%C3 
%A3o_s% C3%ADncrona>. Acesso em 16 abril. 2019. 
Vale a pena acessar
Minhas anotações
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