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Artocinemática - Cinesiologia

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ARTROCINEMÁTICA 
Os movimentos artrocinemáticos referem-se aos movimentos das superfícies articulares, que ocorrem de 
forma acessória ao movimento osteocinemático. 
Os movimentos osteocinemáticos principais em articulação são os rotatórios por natureza, mas é 
importante observar que quando as superfícies se movem ou fazem uma rotação uma em torno da outra, 
as superfícies articulares também se submetem a movimentos artrocinemáticos simultâneos, sendo eles 
três movimentos fundamentais: rolamento, deslizamento e giro e a maioria dos movimentos articulares 
envolve uma combinação desses. Estes movimentos ocorrem conforme a superfície convexa se move 
sobre a superfície côncava e vice-versa. 
Portanto, para que as superfícies articulares possuam controle 
voluntário e ativo completo do movimento articular, esses movimentos 
artrocinemáticos devem estar presentes. 
 
Vale ressaltar que a maioria dos 
movimentos articulares envolve 
rolamento, deslizamento e giro. 
 
 
1. TIPOS 
• ROLAMENTO: é um movimento rotatório, ou angular, no qual cada ponto subsequente em uma 
superfície entra em contato com um novo ponto em outra superfície. 
• DESLIZAMENTO: é um movimento translacional, ou linear, no qual o movimento de uma superfície 
articular é paralelo ao plano da superfície articular adjacente. Diferentemente do rolamento, no 
deslizamento a superfície articular que se move influencia na direção do deslizamento, o que é 
chamado como regra do côncavo-convexo. 
• GIRO: é um movimento rotatório, ou angular, no qual um ponto de contato em cada superfície 
permanece em contato constante com um local fixo da outra superfície. Ex: rádioulnar proximal 
• COMPRESSÃO: nesse tipo de movimento, ocorre diminuição do espaço articular entre as partes 
ósseas. Como os membros inferiores e na coluna lombar (em ortostase). A vantagem é que o 
líquido sinovial se move para as estruturas articulares, nutrindo e lubrificando as superfícies 
articulares. No entanto, há uma desvantagem em relação as lesões articulares, principalmente na 
cartilagem articular. 
• TRAÇÃO: as superfícies articulares afastam-se uma da outra e pode ocorrer tração no eixo ao 
longo do osso, resultando em um deslizamento caudal. Pode ocorrer tração em ângulo reto, onde 
resulta na separação articular propriamente dita (decoaptação). 
 
2. REGRA DO CÔNCAVO - CONVEXO 
CONVEXO MÓVEL E CÔNCAVO FIXO: a 
artrocinemática é oposta a osteocinemática, ou seja, a 
primeira desliza na direção oposta ao movimento do 
rolamento do segmento ósseo. Ex.: Ombro 
CÔNCAVO MÓVEL E CONVEXO FIXO: a 
artrocinemática é na mesma direção que a 
osteocinemática, ou seja, a superfície articular côncava 
desliza na mesma direção que o rolamento do 
segmento ósseo. Ex.: Joelho 
**Normalmente, toma-se como referência o deslizamento. 
3. POSIÇÃO ARTICULAR 
POSIÇÃO FECHADA (BLOQUEIO) POSIÇÃO ABERTA 
Máxima congruência: máxima área de contato entre 
as superfícies 
Inserções dos ligamentos mais afastados → mais 
tensos 
Estruturas capsulares mais apertadas → 
superfícies comprimidas 
Maior estabilidade articular e resistência as forças 
de tração 
Demais posições 
Ligamentos e cápsulas relativamente frouxos 
Superfícies articulares livres para se movimentarem 
uma em relação à outra 
Permite movimentação ativa ou passiva dos seus 
componentes → maior “jogo” articular 
 
** POSIÇÃO DE REPOUSO: é a posição em que existe a menor congruência 
e na qual a cápsula e os ligamentos estão mais soltos ou mais frouxos, sendo 
uma posição única para cada articulação, mas que normalmente está 
posicionada no ponto médio da ADM. Geralmente, essa posição costuma ser 
utilizada como a posição articular preferida quando as mobilizações 
articulares são aplicadas para que a articulação ganhe mobilidade, 
especialmente durante as primeiras sessões de tratamento. 
 
4. AMPLITUDE DE MOVIMENTO 
 É o movimento completo possível. Amplitude articular angular 
Amplitude muscular: insuficiência ativa e insuficiência passiva. 
A amplitude de movimento pode ser de três tipos: ativa (própria pessoa), passiva (o músculo recebe uma 
ajuda) ou ativo-passiva (a própria pessoa mais uma ajuda). 
5. ALAVANCAS 
Para a física, a alavanca é um objeto rígido que é usado como um ponto fixo apropriado para multiplicar a 
força mecânica que pode ser aplicada a um outro objeto (resistência) e serve para oferecer uma vantagem 
mecânica. 
✓ COMPONENTES DE UMA ALAVANCA 
 
 
 
 
 
• EIXO/FULCRO: articulação. 
• FORÇA DE ESFORÇO OU FORÇA POTÊNCIA: promove o movimento (músculos). 
• FORÇA DE RESISTÊNCIA: gravidade, peso, normal. Sem uma resistência externa, essa força 
resistência estará no centro de massa do segmento. 
• BRAÇO DE MOMENTO: é a distância perpendicular entre um eixo de rotação e uma linha de força, 
também denominado braço de alavanca. 
 - BRAÇO DE POTÊNCIA OU MOMENTO INTERNO: distância perpendicular da FP (músculo) até 
o eixo (articulação). 
 - BRAÇO DE RESISTÊNCIA OU MOMENTO EXTERNO: é a distância perpendicular da FR (força 
externa ou CM do segmento) até o eixo. 
** Se um indivíduo estiver segurando um halter, o braço de resistência 
é a distância entre o eixo da articulação e o local onde está o haltere. 
No entanto, se não houver nenhum peso desse tipo, o braço de 
resistência será do centro de massa do segmento até o eixo da 
articulação. 
 
 
• BRAÇO DO MOMENTO DE RESISTÊNCIA: Qualquer força aplicada a uma alavanca pode mudar seu 
ângulo de aplicação à medida que a alavanca se move no espaço. A mudança no ângulo de aplicação 
resultará num aumento ou diminuição no braço de momento da resistência. 
O braço de momento (BM) da força da resistência será o maior quando a 
força for aplicada a 90° em relação à alavanca. 
Como a gravidade sempre age verticalmente para baixo, a força da gravidade 
é aplicada perpendicularmente à alavanca, sempre que a alavanca está 
paralela ao chão. 
Enquanto o peso do objeto (P) permanece constante, a distância horizontal 
(BMR) entre o peso e o eixo do movimento (articulação do cotovelo) muda 
por todo o movimento, afetando diretamente o torque da resistência. 
 
6. TORQUE OU MOMENTO 
É uma força aplicada ao redor de um eixo, ou seja, é a capacidade de qualquer força para causar 
movimento da alavanca. → T = F x d (perpendicular entre a linha de ação da força e o eixo da alavanca). 
O torque pode ainda se dividir em: 
✓ Torque interno (TI) = Força interna x D perpendicular (braço de momento interno) 
✓ Torque externo (TE) = Força externa x D perpendicular (braço de momento 
externo) 
Se o torque interno e o externo forem iguais, há um equilíbrio rotatório 
estático. No entanto, no cotidiano, TI e TE estão competindo constantemente 
pela dinâmica e o torque mais dominante é refletido pelo sentido do 
movimento ou pela posição das articulações 
** A alavanca muda constantemente ao longo de um intervalo de movimento, logo o BM de uma força vai 
variar de acordo com o ângulo, pois a distância muda. 
** Quanto maior a distância, maior o torque, logo maior a capacidade de realizar o movimento. 
7. VANTAGEM MECÂNICA 
É uma medida de eficiência da alavanca: 
𝐵𝑟𝑎ç𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝐵𝑟𝑎ç𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
 = 1 
Quanto mais alto for o quociente de proporção, maior é a vantagem mecânica. Então, quanto maior o 
comprimento do braço de potência ou quanto menor é o comprimento do braço de resistência, mais fácil 
será a tarefa, ou seja, maior a vantagem mecânica. 
• VM = 1: o comprimento do braço de potência e braço de resistência são equivalentes. 
• VM > 1: a força terá vantagem mecânica, ou seja, um menor trabalho muscular. 
• VM < 1: a resistência tem vantagem mecânica e, com isso, haverá um maior trabalho para o 
indivíduo. Sendo a maior parte dos casos. 
✓ TIPOS DE ALAVANCA 
 
• 1ª CLASSE OU INTERFIXA: fulcro entre as forças de resistência e potência. 
Possuímos poucas no corpo, em que se encontra no esqueletoaxial, sendo uma alavanca de equilíbrio. 
 A força com o braço mais longo vai produzir vantagem. 
No corpo humano: articulação atlantoccipital (eixo) – peso da cabeça (FR) e músculos extensores do 
pescoço (FP). A cabeça é mantida em equilíbrio, quando o produto da força muscular (FM) multiplicado 
pelo braço de momento interno (BMI) se iguala ao produto do peso da cabeça multiplicado por seu braço 
de momento externo (BME). Nestas alavancas a força interna e externa atuam tipicamente em direções 
lineares semelhantes, embora os torques estejam em direção oposta. VM menor que 1, maior que 1 ou 
igual a 1. 
 
 
 
 
• 2ª CLASSE OU INTER-RESISTENTE: resistência entre a potência e o fulcro. 
Nesta situação, o músculo ou força interna possui vantagem mecânica maior do que a força externa VM 
>1, ou seja, BP>BR. 
Alavanca de força. 
Ex: carrinho de mão ou ficar na ponta dos pés, em que, 
o eixo são as articulações metatarsofalângicas, o braço 
de momento interno usado pelos músculos da 
panturrilha excede muito o braço de momento interno 
usado pelo peso do corpo. 
 
 
 
• 3ª CLASSE OU INTERPOTENTE: A força potência está entre a resistência e o fulcro. 
 Mais comum no corpo, sendo uma alavanca de velocidade. 
BR > BP, ou seja desvantagem mecânica, já que VM < 1. 
Objetivo das funções humanas = movimento, em que, ganhamos velocidade e distância e perdemos 
amplitude. Ex: os músculos flexores do antebraço usam esta alavanca para flexão de cotovelo, para 
suportar um haltere 
“(...) o músculo deve estar apto a gerar grandes forças requeridas, tanto para produzir grandes 
movimentos distais do corpo em sistema de alavancas mecanicamente ineficientes quanto para resistir a 
forças externas em sistema de alavancas mecanicamente eficientes.” (Norkin) 
 
 
 
8. POLIAS ANATÔMICAS 
As polias desviam a linha de tração de um músculo para longe do eixo da articulação com o intuito de 
melhorar a qualidade do movimento, a capacidade do músculo produzir o torque. 
A patela funciona como uma polia, no joelho, distanciando o braço de momento e aumentando a 
capacidade de produção do torque do quadríceps. O tendão do quadríceps que se insere na tuberosidade 
da tíbia (onde acontece o vetor de força). *Braço de momento é a distância da força até o eixo. A presença 
da patela permite que o braço de momento aumente, criando uma vantagem do segmento. 
9. FUNÇÃO MUSCULAR 
Consiste na capacidade de desenvolver uma tensão e de exercer uma força sobre uma alavanca óssea. O 
músculo movimenta ou estabiliza as alavancas através da geração de forças. 
• Tensão Ativa: é a tensão desenvolvida pelos elementos contráteis do músculo (actina e miosina). A 
tensão ativa é exercida pelo ventre muscular. 
• Tensão Passiva: é a tensão desenvolvida nos componentes não contráteis passivos dos músculos 
(tecido conjuntivo). A tensão passiva é exercida pelos tendões. 
No momento em que existe uma contração concêntrica, por exemplo, o tendão gera uma tensão passiva, 
uma resistência passiva à aproximação das unidades. 
 
10. INSUFICIÊNCIA ATIVA E PASSIVA 
É uma propriedade dos músculos biarticulares, ou seja, acontece APENAS nos músculos biarticulares. 
• Insuficiência Ativa: quando o músculo encurta em sua amplitude máxima, reduzindo sua capacidade de 
produzir tensão. As inserções musculares são aproximadas, causando a perda de capacidade de produzir 
tensão. Exemplo: quando fletimos o punho e então não conseguimos fechar a mão. 
Por exemplo, é muito difícil para o reto femoral realizar força e amplitude para a extensão do joelho e a 
flexão do quadril ao mesmo tempo. 
• Insuficiência Passiva: quando o músculo é alongado em sua amplitude máxima, tendo comprimento 
insuficiente para permitir a integralização da amplitude de movimento completa disponível na articulação. 
Exemplo: com a perna esticada, tentar fazer elevação completa da pelve. Exemplo: insuficiência passiva 
dos isquiotibiais. 
Por exemplo, é muito difícil para um músculo biarticular se alongar o bastante para permitir total amplitude 
articular em ambas as articulações ao mesmo tempo. Por exemplo, os isquiotibiais geralmente não 
conseguem deixar que a articulação do joelho estenda e a do quadril flexione completamente ao mesmo 
tempo. 
 
 
Tensão Total = TA + TP

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