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As escolas são ambientes dedicados à formação de cidadãos ativos no desenvolvimento e administração de suas nações, assim como de indivíduos sociáveis e respeitosos com a sociedade. Porém, ironicamente, têm-se presenciado nessas instituições cada vez mais violência por parte dos alunos para com o corpo discente e docente. Assim, em meio à inconsciência de hierarquia - e desvalorização do professor como profissional - e bullying, os ambientes dedicados à geração de jovens educados e comedidos têm enfrentado problemas com estudantes agressivos e desequilibrados. Desse modo, o corpo docente se destaca como uma das principais esferas de vítimas da agressão escolar. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o país com maior percentual de agressão contra professores, sendo este de 12,5%. À vista disso, pode-se considerar a causa do aumento de, de acordo com a GloboNews, 73% das brutalidades contra educadores entre os anos de 2018 e 2019, a perda do reconhecimento dos docentes pelos alunos como autoridades hierarquicamente superiores no centro educacional, tornando-os menos respeitados e mais propícios a desavenças. Desse jeito, a falta da imposição da superioridade do professor na sala de aula deixa-o mais exposto a violências por parte de estudantes que não reconhecem os limites do ambiente escolar. Ademais, o corpo discente também é violento entre si. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), no mundo, 50% dos estudantes entre 13 e 15 anos já foram vítimas de violência de outros alunos. À vista disso, reconhece-se o bullying como principal causa da violência entre estudantes, podendo a mesma partir do agressor ou da vítima, que deseja dar fim à agressão física ou psicológica sofrida intencional e repetidamente. Dessarte, têm se presenciado nas escolas, ambientes destinados à socialização e pregação da cultura da paz, o aumento da violência entre jovens. Nesse viés, observa-se, ao longo dos anos, o crescimento da violência em ambientes escolares tanto na esfera discente quanto na docente, vítimas de alunos abalados por agressões anteriores ou pela desvalorização do professor. Sob essa óptica, cabe ao governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), arrecadar fundos para a contratação de uma quantidade suficiente de psicólogos e psicanalistas em escolas, visando o minucioso acompanhamento da saúde mental de cada aluno periodicamente, para que alunos agressivos sejam ajudados e suas brutalidades contidas. Feito isso, o Estado cumprirá seu dever constitucional de proteção a seus cidadãos e os dados apresentados pela UNICEF e OCDE não se repetirão.
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