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Saúde do Homem

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Danielli de Sousa Guedes T2 8°semestre 
1 Universidade Nove de Julho 
 
PREPS 
EVOLUÇÃO DO HOMEM 
➔ Origem do homem: evolução x bíblico 
A seleção natural é o processo proposto por Charles Darwin e Alfred Wallace para explicar a adaptação e especialização 
dos seres vivos, ou seja, sua evolução, em concordância com as evidências disponíveis nos registros fósseis. 
Outros mecanismos básicos de evolução incluem ainda a deriva genética, o fluxo gênico, as mutações e o isolamento 
geográfico. Basicamente o conceito da seleção natural é que, características favoráveis que são hereditárias tornam-se 
mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características 
desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns. 
A seleção natural age no fenótipo, que são as características observáveis de um organismo, de tal forma que indivíduos 
com fenótipos favoráveis têm mais chances de sobreviver e se reproduzir do que aqueles com fenótipos menos 
favoráveis. Como esses fenótipos apresentam uma base genética, então o genótipo associado com o fenótipo favorável 
terá sua frequência aumentada na geração seguinte. Com o passar do tempo, esse processo pode resultar em adaptações 
que especializarão organismos em nichos ecológicos particulares e pode resultar na emergência de novas espécies. 
Em tempos de uma organização social primitiva, as pessoas se arranjavam em torno da figura da mãe, a partir da 
descendência feminina, uma vez que desconheciam a participação masculina na reprodução. 
Os papéis sexuais e sociais de homens e de mulheres não eram definidos de forma rígida e as relações sexuais não eram 
monogâmicas, tendo sido encontradas tribos nas quais as relações entre homens e mulheres eram bastante igualitárias. 
Todos os membros envolviam-se com a coleta de frutas e de raízes, alimentos dos quais sobreviviam, bem como a todos 
cabia o cuidado com as crianças do grupo. 
Muito tempo depois, com a descoberta da agricultura, da caça e do fogo, as comunidades passaram a se fixar em um 
território. Aos homens, predominantemente cabia a caça, e às mulheres, também de forma geral, embora não exclusiva, 
cabia o cultivo da terra e o cuidado das crianças. 
A partir daí, as desigualdades sociais de gênero ancoram-se na divisão do trabalho entre homens e mulheres, assim como 
as formas de hierarquização derivadas dessa concepção familiar. 
Tudo se intensificou com a política do patriarcado. 
PATRIARCADO 
É um sistema sociopolítico que coloca os homens em situação de poder, ou seja, o poder pertence aos homens. As 
sociedades patriarcais têm gênero masculino e a heterossexualidade como superiores em relação a outros gêneros e 
orientações sexuais. Por isso, é possível verificar uma base de privilégios para os homens. 
CARACTERÍSTICAS DO PATRIARCADO 
➔ Os homens são considerados os únicos capazes de conduzir a vida política, econômica, moral e social. 
➔ As mulheres são consideradas seres mais fracos física e mentalmente. 
➔ Somente os homens possuem capacidade de tomar decisões importantes. 
➔ A superioridade da masculinidade é presente nas famílias, que dá tratamento diferenciado aos filhos. 
 
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➔ As mulheres são incentivadas a estarem no domínio dos homens, sendo levadas a acreditar que não possuem 
capacidade de decisão. 
DESIGUALDADE DE GÊNERO 
 A desigualdade de gênero é um problema antigo, porém atual. Desde os primórdios da humanidade, a maioria dos povos 
caminhou para o desenvolvimento de sociedades patriarcais, em que o homem detinha o poder de mando e decisão 
sobre a família. 
Esse modelo foi transposto do âmbito familiar privado para o âmbito público, fazendo com que sistemas políticos 
desenvolvessem pelo comando masculino. 
MACHISMO 
É o comportamento, expresso por opiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e deveres 
entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o sexo masculino sobre o feminino. O machista é o indivíduo que 
exerce o machismo. 
Em um pensamento machista existe um "sistema hierárquico" de gêneros, onde o masculino está sempre em posição 
superior ao que é feminino. Ou seja, o machismo é a ideia errônea de que os homens são "superiores" às mulheres. 
QUAIS OS IMPACTOS DISSO NA VIDA DO HOMEM DE HOJE? 
➔ A concepção do masculino como sujeito da sexualidade e o feminino como seu objeto é um valor de longa 
duração da cultura ocidental. 
➔ Na visão arraigada no patriarcalismo, o masculino é ritualizado como o lugar da ação, da decisão, da chefia da rede 
de relações familiares e da paternidade como sinônimo de provimento material. 
➔ Homens cujo comportamento seja machista, possuem mais chances de desenvolverem problemas mentais do 
que homens com atitudes menos sexistas. 
➔ Da mesma forma e em consequência, o masculino é investido significativamente com a posição social (naturalizada) 
de agente do poder da violência, havendo, historicamente, uma relação direta entre as concepções vigentes de 
masculinidade e o exercício do domínio de pessoas, das guerras e das conquistas. 
➔ Levando em conta o caso brasileiro, típico da cultura ocidental e ao mesmo tempo específico em sua historicidade, 
existem três situações: a do estupro, a da violência contra a mulher na condição de cônjuge e a do homicídio 
cometido por homens contra homens. 
MASCULINIDADE TÓXICA 
O termo foi criado em 1986 pelo psicólogo americano Shepherd Bliss. Segundo o sociólogo Túlio Custódio, doutorando 
pela Universidade de São Paulo (USP) e um dos entrevistados do documentário O Silêncio dos Homens, masculinidade 
tóxica é o apelido dado ao que ficou conhecido entre os acadêmicos como masculinidade hegemônica patriarcal. É a mãe 
do machismo, digamos assim. 
 Por essa lógica, o homem é o provedor e a mulher, a cuidadora. E ela alimenta situações como a do homem que tende 
a não cuidar da saúde e reluta em ir ao médico porque acha que nunca vai ficar doente. 
 
 
 
 
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SAÚDE DO HOMEM 
Os homens estão mal. Apenas três em cada dez têm o hábito de conversar sobre seus maiores medos com os melhores 
amigos. Muitos, infelizmente, só se abrem para mudanças quando estão no fundo do poço. 
Para entender o que passa pela cabeça de quem carrega os cromossomos XY, o Instituto PdH realizou a pesquisa “O 
Silêncio dos Homens” com 27,7 mil brasileiros, entre maio e junho de 2019. Chama a atenção, entre os achados do estudo, 
o que os adultos aprenderam com seus pais quando garotos e levaram para a vida: ser bem-sucedido profissionalmente 
(85%), ser responsável pelo sustento financeiro da família (67%) e não expressar as emoções (60%) foram algumas das 
principais respostas. 
A relutância da ala masculina em agendar uma consulta pode ser traduzida em números. Segundo o Programa Nacional 
de Saúde, do governo federal, 76% da população brasileira, algo em torno de 160 milhões de pessoas, consultaram um 
médico em 2019. Desses, 82,3% eram mulheres e 69,4%, homens. 
 Na matemática da masculinidade tóxica, pouca atenção com a saúde costuma ser igual a menor expectativa de vida. Não 
por acaso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2016, os homens viveram cerca de sete 
anos a menos que as mulheres. Enquanto elas chegavam, em média, aos 79,3 anos, eles não passaram dos 72,2. 
Mas o fenômeno não é exclusivo do Brasil. Um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) calcula que a 
masculinidade tóxica reduz a expectativa de vida da população masculina em todo o continente, da Groenlândia ao Chile, 
em até 5,8 anos. Segundo o estudo Masculinidades e Saúde na Região das Américas, de 2019, um em cada cinco homens 
morre antes dos 50 nesse extenso território. 
 Dos números apresentados pela Opas, três sãoalarmantes: a proporção de mortes por homicídio é de sete homens 
por mulher; de acidentes de trânsito, três por um; e de cirrose hepática causada pelo pelo álcool, dois por um.

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