Buscar

Atlas- urinalise 4(1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CURSO DE FARMÁCIA
ATLAS DE URINÁLISE
Professor: Lucas Eduardo
Aluno: Rossi Cardoso Fernandes
Parnaiba, 06 de setembro de 2021
Sumário
Cilindros	1
Cilindros céreos	1
Cilindros epiteliais	5
Cilindros granulosos	7
Cilindros graxos	12
Cilindros hemáticos	14
Cilindros hialinos	17
Cilindros leucocitários	21
Cristais anormais de origem metabólica	25
Cristais de bilirrubina	25
Cristais de cistina	27
Cristais de colesterol	30
Cristais de leucina	31
Cristais de tirosina	32
Cristais de origem iatrogênica	33
Cristais de ampicilina	33
Cristais de sulfonamida	34
Cristais normais de urina ácida	36
Cristais de ácido hipúrico	36
Cristais de ácido úrico	37
Cristais de oxalato de cálcio	45
Cristais de oxalato de cálcio mono-hidratado	51
Cristais de urato amorfo	52
Cristais de urato de sódio	56
Cristais normais de urina alcalina	57
Cristais de biurato de amônio	57
Cristais de carbonato de cálcio	60
Cristais de fosfato amorfo	62
Cristais de fosfato de cálcio	66
Cristais de fostato triplo	71
Estruturas diversas	75
Bactérias	75
Células epiteliais escamosas	79
Células epiteliais de transição	83
Células epiteliais do túbulo renal	86
Corpo graxo oval	88
Espermatozoides	91
Hemácias	94
Leucócitos ou piócitos	100
Leveduras	106
Muco	110
Referências bibliográficas	114
1. Cilindros
1.1. Cilindros céreos
Descrição: Os cilindros céreos são curtos, largos e possuem um índice de refração elevado¹. Tem estrutura rígida², com aparência lisa homogênea, apresentando bordas serrilhadas. Sua coloração pode ser amarela, acinzentada ou incolor¹. São formados a partir da desidratação dos cilindros hialinos ou a partir da fragmentação dos elementos granulares dos cilindros granulosos².
Patologias: Os cilindros céreos são representativos de estase urinária extrema, que aponta insuficiência renal crônica grave2. Estão presentes também em casos de hipertensão maligna, doença renal do diabetes e amiloidose renal¹.
Figura 1: Cilindro céreo.
Figura 2: Cilindro céreo.
 (
1
)
Figura 3: Cilindro céreo.
Figura 4: Cilindro céreo.
Figura 5: Cilindro céreo.
 (
2
)
Figura 6: Cilindro céreo.
Figura 7: Cilindro céreo.
 (
17
)
Figura 8: Cilindro céreo.
1.2. Cilindros epiteliais
Descrição: Os cilindros epiteliais são gerados a partir de estase e da descamação de células epiteliais tubulares renais. As células epiteliais podem ordenar-se como linhas paralelas no cilindro, ou podem organizar-se ao acaso, diversificando quanto ao tamanho, morfologia e estágio de degeneração. Assume-se que as células do primeiro tipo sejam originárias do mesmo segmento do túbulo, ao passo que o arranjo irregular parece indicar que as células são oriundas de porções distintas do túbulo1.
Patologia: Os cilindros epiteliais são raramente vistos na urina, devido aos raros episódios de doenças renais que causam danos aos túbulos (necrose). Eles são encontrados na urina após exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus (ex: vírus da hepatite), que acarretam danos tubulares que acompanham a lesão glomerular, na rejeição de aloenxerto renal1 e os mesmos também acompanham cilindros leucocitários nos casos de pielonefrite².
Foto 9: Cilindro epitelial.
Foto 10: Cilindro epitelial.
1.3. Cilindros granulosos
Descrição: Apresentam a superfície recoberta por grânulos e a origem dos grânulos pode ser patológica ou não. Os de origem não patológica são provenientes de lisossomos eliminados pelas células epiteliais tubulares renais durante o metabolismo normal. Durante exercícios intensos, ocorre um aumento do metabolismo celular e, consequentemente, um aumento breve de cilindros granulosos que é acompanhado do aumento de cilindros hialinos. Já os cilindros grânulos de origem patológica são resultados da desintegração de cilindros celulares e de células tubulares ou a associação de proteínas filtradas pelo glomérulo². A princípio, os grânulos são grandes e grosseiros, entretanto, quando a estase urinária é estendida, os grânulos tornam-se finos devido sua quebra¹.
Patologias: Os cilindros granulosos estão presentes na glomerulonefrite e na pielonefrite².
Figura 11: Cilindro granuloso.
Figura 12: Cilindro granuloso.
Figura 13: Cilindro granuloso.
Figura 14: Cilindro granuloso.
Figura 15: Cilindro granuloso grosso.
Figura 16: Cilindro granuloso grosso.
Figura 17: Cilindro granuloso grosso.
Figura 18: Cilindro granuloso fino.
Figura 19: Cilindro granuloso fino.
1.4. Cilindros graxos
Descrição: Os cilindros graxos são cilindros que integraram gotículas de gordura livre ou corpos gordurosos ovais. Esses cilindros podem conter apenas poucas gotículas de gordura ou podem ser compostos quase que totalmente por gotículas de gordura de tamanhos diversos. Se a gordura consistir em colesterol, sob luz polarizada, exibirão uma característica formação em “cruz de malta”. Já os triglicérides, não polarizam, porém são corados com Sudan III ou Óleo Vermelho O1.
Patologia: Cilindros graxos são vistos quando ocorre degeneração adiposa do epitélio tubular, como na doença tubular degenerativa. Eles também são geralmente observados na síndrome nefrótica, glomeruloesclerose diabética, lúpus, nefrose lipoídica, envenenamento renal tóxico, glomerulonefrite crônica e síndrome de Kimmelstiel-Wilson1.
Foto 20: Cilindro graxo.
Foto 21: Cilindro graxo.
Foto 22: Cilindro graxo.
1.5. Cilindros hemáticos
Descrição: Os cilindros hemáticos podem exibir coloração castanha, podem ser praticamente incolores1 ou laranja-avermelhados2. Estes cilindros são mais frágeis que os outros cilindros e podem existir como fragmentos ou ter forma mais irregular2 visto que podem conter em seu interior várias células agrupadas sem uma matriz visível ou podem possuir poucas hemácias em uma matriz proteica. No caso em que as hemácias ainda se apresentam intactas, com os contornos detectáveis, o cilindro é designado cilindro hemático. Já nos casos em que o cilindro degenera-se em um cilindro granuloso castanho- avermelhado, compõe um cilindro de hemoglobina1.
Patologias: Os cilindros hemáticos são sempre patológicos e acusam hematúria renal. Frequentemente são diagnósticos de doença glomerular, sendo encontrados na glomerulonefrite aguda, trauma renal, nefrite lúpica, endocardite bacteriana subaguda e síndrome de Goodpasture. Podem estar presentes também na trombose de veia renal, infarto renal, na insuficiência cardíaca congestiva direita, periarterite nodosa e pielonefrite grave1.
Figura 23: Cilindro hemático.
Figura 24: Cilindro hemático.
Figura 25: Cilindro hemático.
Figura 26: Cilindro hemático.
Figura 27: Cilindro hemático.
Figura 28: Cilindro hemático.
1.6. Cilindros hialinos
Descrição: Os cilindros hialinos são os mais comumente encontrados na urina. São compostos por proteínas de Tamm-Horsfall e podem conter algumas inclusões, incorporadas enquanto encontravam-se no rim. Visto que são compostos somente por proteínas, apresentam índice de refração muito baixo e devem ser observados sob baixa intensidade luminosa. São transparentes, incolores, homogêneos e frequentemente exibem extremidades arredondadas1.
Patologias: Cilindros hialinos podem ser encontrados até mesmo no tipo mais brando de doença renal, não sendo correlacionados a qualquer doença em específico. Alguns cilindros podem ser observados na urina normal, e quantidades aumentadas com frequência estão presentes depois de desidratação fisiológica, exercícios físicos1, exposição ao calor e estresse emocional. Patologicamente, esses cilindros estão aumentados em glomerulonefrite aguda, pielonefrite, doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva2.
Figura 29: Cilindro hialino.
Figura 30: Cilindro hialino.
Figura 31: Cilindro hialino.
Figura 32: Cilindro hialino.
Figura 33: Cilindro hialino.
Figura 34: Cilindro hialino e células epiteliais escamosas.
Figura 35: Cilindro hialino.
1.7. Cilindros leucocitários
Descrição: Os cilindros leucocitários podem possuir bordas irregulares e são compostos geralmente por neutrófilos e, a menos que tenha ocorrido
desintegração, podem apresentar núcleos multilobulados². Os leucócitos podem apresentar-se em quantidade pequena no cilindro ou em várias células agregadas1.
Patologia: Os cilindros leucocitários são encontrados em situações de infecção e inflamação não bacteriana renais. Desse modo, eles podem ser vistos na pielonefrite aguda, nefrite intersticial e nefrite lúpica. Também podem ser encontrados na doença glomerular1.
Figura 36: Cilindro leucocitário.
Figura 37: Cilindro leucocitário.
Figura 38: Cilindro leucocitário.
Figura 39: Cilindro leucocitário.
Figura 40: Cilindro leucocitário.
Figura 41: Cilindro leucocitário.
Figura 42: Cilindro leucocitário.
Figura 43: Cilindro leucocitário.
2. Cristais anormais de origem metabólica
2.1. Cristais de bilirrubina
Descrição: Os cristais de bilirrubina aparecem como agulhas agregadas ou granulares, exibidos na cor amarela característica da bilirrubina2 ou castanho- avermelhado1.
Patologias: Os cristais de bilirrubina estão presentes nas doenças hepáticas que formam muita quantidade de bilirrubina na urina. Nos transtornos que produzem dado tubular renal, como hepatite viral, esses cristais podem ser agregados à matriz dos cilindros2.
Figura 44: Cristal de bilirrubina.
Bilirrubina
Figura 45: Cristais de bilirrubina.
Bilirrubina
Carbonato de cálcio
Figura 46: Cristais de carbonato de cálcio e bilirrubina.
2.2. Cristais de cistina
Descrição: Os cristais de cistina são refringentes, incolores, hexagonais, com bordas iguais ou desiguais. Podem ser exibidos isoladamente, sobrepostos ou em agrupamentos. Geralmente apresentam aspecto em camadas ou laminado1.
Patologias: Os cristais de cistina são encontrados na urina de pessoas que herdam um distúrbio metabólico que impede a reabsorção de cistina pelos túbulos renais (cistinúria). Além disso, as pessoas que possuem cistinúria possuem tendência a formar cálculos renais, principalmente em idade precoce2.
Figura 47: Cristais de cistina.
Figura 48: Cristais de cistina.
Figura 49: Cristais de cistina.
Figura 50: Cristais de cistina.
2.3. Cristais de colesterol
Descrição: Os cristais de colesterol são de difícil visualização, exceto quando as amostras são refrigeradas, visto que os lipídeos continuam em forma de gotas. Quando analisados, são vistos como placas retangulares com um entalhe em um ou mais cantos2, grandes, achatadas e transparentes1, são altamente birrefringentes com luz polarizada2 e exibem uma variedade de cores. Ocasionalmente, esses cristais são encontrados sob a forma de um filme sobre a superfície da urina, e não no sedimento1 e frequentemente são vistos em conjunto com cilindros graxos e corpúsculos ovais gordurosos².
Patologia: Os cristais de colesterol indicam intensa ruptura tissular, nefrite, condições nefríticas, quilúria1 e síndrome nefrótica2.
Foto 51: Cristais de colesterol.
Foto 52: Cristais de colesterol.
2.4. Cristais de leucina
Descrição: Os cristais de leucina possuem forma esférica, apresentam estrias radiais ou círculos concêntricos e exibem coloração amarela ou castanha². A cristalização de leucina pura ocorre em forma de placas, então sua conformação esferoidal não consiste apenas em leucina¹.
Patologias: Os cristais de leucina são encontrados na urina de pacientes com a doença urinária em xarope de bordo (defeito no metabolismo dos aminoácidos leucina, isoleucina e valina), na síndrome da má absorção de metionina e em doenças hepáticas graves¹.
Fotos não encontradas até o momento, serão adicionadas assim que possível.
2.5. Cristais de tirosina
Descrição: Os cristais de tirosina são observados como finas agulhas refringentes, delgadas, que se organizam em agrupamentos ou feixes. Frequentemente os agrupamentos são vistos na coloração negra, principalmente no centro, todavia podem exibir coloração amarela quando há presença de bilirrubina1. Geralmente são observados em conjunto com cristais de leucina, em amostras com resultado positivo em testes químicos para a bilirrubina².
Patologia: Os cristais de tirosina estão presentes em disfunção hepática grave e são encontrados também em doenças hereditárias do metabolismo de aminoácidos, principalmente a tirosinemia².
Foto 53: Cristal de tirosina.
3. Cristais de origem iatrogênica
3.1. Cristais de ampicilina
Descrição: A administração parenteral de altas doses de ampicilina pode gerar a precipitação do fármaco que aparece na urina ácida na forma de agulhas delgadas, longas, incolores1 e que tendem a formar feixes após refrigeração².
Patologia: A precipitação de antibióticos não é muito comum, acontece quando o uso de antimicrobiano é realizado em doses altas sem a hidratação adequada².
Foto 54: Cristais de ampicilina.
3.2. Cristais de sulfonamida
Descrição: Os cristais de sulfonamida apresentam conformações variadas, podendo ser feixes de agulhas, rombótica, pedra de amolar, feixes de trigo ou rosetas. Esses cristais possuem coloração amarelo-castanho ou são incolores². São necessárias duas etapas para que se possa confirmar a presença desses cristais: saber se o paciente está fazendo uso de medicamento à base de sulfa e realizar o teste de lignina para sulfonamidas¹.
Patologias: A cristalização da sulfonamida está relacionada com a hidratação inadequada do paciente. Além disso, os cristais de sulfonamida presentes na urina recente podem indicar a probabilidade de dano tubular caso os cristais estejam se formando nos néfrons².
Figura 55: Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida.
Figura 56: Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida.
Figura 57: Cristais de origem iatrogênica devido ao uso de sulfonamida.
4. Cristais normais de urina ácida
4.1. Cristais de ácido hipúrico
Descrição: Os cristais de ácido hipúrico aparecem como placas ou prismas alongados, incolores ou castanhos-amarelados. Eles podem ser exibidos tão finos que se assemelham a agulhas e comumente agrupam-se. Estes cristais são mais solúveis em água e éter do que os cristais de ácido úrico1.
Patologias: Os cristais de ácido hipúrico praticamente não tem relevância clínica e são raramente encontrados na urina1.
Foto 58: Cristais de ácido hipúrico.
4.2. Cristais de ácido úrico
Descrição: Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem diversas formas, mas as mais proeminentes são de prisma romboide, losango (plana com quatro lados), oval com extremidade pontiaguda (forma de limão), e em roseta, que compõe os cristais agrupados. Eventualmente, podem apresentar seis faces, sendo esta forma confundida com cistina (os cristais de cistina são incolores). Geralmente, os cristais de ácido úrico apresentam coloração amarela ou castanho-avermelhada e essa variação de cor depende da espessura que o cristal possui, de maneira que cristais extremamente finos podem ser incolores1.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. Porém, dentre as condições patológicas nas quais esses cristais são encontrados na urina incluem o elevado metabolismo de purina, síndrome de Lesch-Nyhan, nefrite crônica, condições febris agudas, gota1, em pacientes com leucemia que recebem quimioterapia2.
Figura 59: Cristais de ácido úrico em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide.
Figura 60: Cristais de ácido úrico em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide.
Figura 61: Cristais de ácido úrico predominantemente em forma de roseta.
Figura 62: Cristais de ácido úrico em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide.
Figura 63: Cristais de ácido úrico em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide.
Figura 64: Cristais de ácido úrico em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide.
Figura 65: Cristais de ácido úrico em forma de roseta e oval com extremidade pontiaguda e seis faces.
Figura 66: Cristais de ácido úrico em forma
oval com extremidade pontiaguda, losango e prisma romboide.
Figura 67: Cristais de ácido úrico em forma de roseta, oval com extremidade
pontiaguda e prisma romboide, além de células epiteliais escamosas.
Figura 68: Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide.
Figura 69: Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide.
Figura 70: Cristais de ácido úrico em forma de losango e prisma romboide.
Figura 71: Cristais de ácido úrico em forma de roseta.
Figura 72: Cristais de ácido úrico em forma de roseta e oval com extremidade pontiaguda.
Figura 73: Cristal de ácido úrico em forma de losango.
4.3. Cristais de oxalato de cálcio
Descrição: Os cristais de oxalato de cálcio são normais de urina ácida. A forma mais comum de cristais de oxalato de cálcio di-hidratados é aquela reconhecida como “envelope” octaédrico, incolor, ou como duas pirâmides aderidas por meio de suas bases. Já a forma menos observada é a mono- hidratada que exibe morfologia ovalada ou em halteres. Ambas as formas são birrefringentes sob luz polarizada e frequentemente são vistos em aglomerados aderidos ao muco e podem ser semelhantes a um cilindro2.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo, principalmente depois da ingestão de alimentos ricos em oxalato, como tomate, laranja e alho. Além disso, grande número desses cristais, especificamente quando existentes em urina recente, indica a probabilidade de cálculos renais, porque a maioria destes são constituídos por oxalato. Dentre algumas situações patológicas em que esses cristais podem se apresentar em grandes quantidades incluem diabetes mellitus, doença renal crônica grave, doença hepática e intoxicação por etilenoglicol (anticongelante)1.
Figura 74: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 75: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 76: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 77: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 78: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado e hemácias.
Figura 79: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 80: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 81: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 82: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado e flora bacteriana abundante.
Figura 83: Cristais de oxalato de cálcio di-hidratado e presença de muco.
Figura 84: Grãos de Amido e Cristais de Oxalato de Cálcio di-hidratado.
4.4. Cristais de oxalato de cálcio mono-hidratado
Foto 85: Cristais de oxalato de cálcio mono-hidratado.
Foto 86: Cristais de oxalato de cálcio mono-hidratado.
4.5. Cristais de urato amorfo
Descrição: Os cristais de urato amorfo são normais de urina ácida e se apresentam como grânulos castanho-amarelados. Eles podem ser exibidos em grumos e podem parecer com cilindros granulosos. São visualizados geralmente em amostras que tenham sido refrigeradas e formam um sedimento rosa característico2.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo1.
Figura 87: Cristais de urato amorfo.
Figura 88: Cristais de urato amorfo.
Figura 89: Cristais de urato amorfo.
Figura 90: Cristais de urato amorfo.
Figura 91: Cristais de urato amorfo.
Figura 92: Cristais de urato amorfo.
Figura 93: Cristais de urato amorfo.
4.6. Cristais de urato de sódio
Descrição: Os cristais de urato de sódio são normais de urina ácida e se apresentam como formas cristalinas ou amorfas. São vistos como agulhas amareladas ou incolores, ou prismas delgados ou organizados em feixes ou agrupamentos (forma de roseta)1.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo2.
Figura 94: Cristais de urato de sódio.
5. Cristais normais de urina alcalina
5.1. Cristais de biurato de amônio
Descrição: Os cristais de biurato de amônio são normais de urina alcalina e apresentam formas esféricas com a presença de espículas irregulares (representado como “maçã espinhosa”) e possuem coloração castanho- amarelado. Esses cristais também podem ser achados sem a presença de espículas, porém essa forma é incomum de ser encontrada¹.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, mas quase sempre são encontrados em amostras não recentes e podem ser relacionados com a existência de amônia gerada por bactérias que metabolizam a ureia2.
Cristal de Biurato de amônio
Figura 95: Cristal de biurato de amônio.
Figura 96: Cristais de biurato de amônio.
Figura 97: Cristais de biurato de amônio.
Figura 98: Cristais de biurato de amônio.
Figura 99: Cristais de biurato de amônio.
5.2. Cristais de carbonato de cálcio
Descrição: Os cristais de carbonato de cálcio são normais de urina alcalina. São pequenos, incolores e apresentam forma esférica ou em haltere¹. Esses cristais podem se acumular, o que os torna parecido com material amorfo, porém são diferenciados pela formação de dióxido de carbono gasoso quando é adicionado ácido acético². Na forma de grandes massas granulosas os cristais de carbonato de cálcio podem apresentar coloração escura¹.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica².
Figura 100: Cristais de carbonato de cálcio.
Figura 101: Cristais de carbonato de cálcio.
Cristal de carbonato de cálcio
Figura 102: Cristal de carbonato de cálcio.
Cristais de carbonato de cálcio
Figura 103: Cristais de carbonato de cálcio.
5.3. Cristais de fosfato amorfo
Descrição: Os cristais de fosfato amorfo são normais de urina alcalina e possuem aparência granulosa, semelhante aos uratos amorfos2. São incolores ou escuros e constantemente encontrados na urina em uma configuração amorfa e não cristalina¹. A refrigeração da amostra de fosfato amorfo, quando presente em quantidades elevadas, causa a formação de um precipitado branco que não se dissolve quando é aquecido. Eles podem ser diferenciados de urato amorfo pela cor do sedimento e pH urinário².
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica.
Figura 104: Cristais de fosfato amorfo.
Figura 105: Cristais de fosfato amorfo.
Figura 106: Cristais de fosfato amorfo.
Figura 107: Cristais de fosfato amorfo.
Figura 108: Cristais de fosfato amorfo.
Figura 109: Cristais de fosfato amorfo.
Figura 110: Cristais de fosfato amorfo.
5.4. Cristais de fosfato de cálcio
Descrição: Os cristais de fosfato de cálcio são normais de urina alcalina e possuem conformação de prismas longos, incolores e que podem apresentar uma extremidade delgada. Esses cristais podem se reorganizar em forma de rosetas, estrelas, agulhas ou placas grandes e irregulares que podem flutuar na urina¹.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, apesar de o fosfato de cálcio ser um constituinte comum de cálculos renais2.
Figura 111: Cristais de fosfato de cálcio.
Figura 112: Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta.
Figura 113: Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta.
Figura 114: Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta.
Figura 115: Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta.
Figura 116: Cristais de fosfato de cálcio.
Figura 117: Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta.
Figura 118: Cristais de fosfato de cálcio em forma de roseta, além de células epiteliais escamosas.
5.5. Cristais de fostato triplo
Descrição: Os cristais de fosfato triplo são normais de urina alcalina e se apresentam na forma de prisma, que recorda uma “tampa de caixão”2, possuem de três a seis lados, que geralmente contém extremidades oblíquas1. São também incolores e birrefringentes sob luz polarizada2 e podem se precipitar em forma de samambaia ou pena1.
Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, porém são observados em urinas que possuem bactérias que metabolizam
a ureia2. Além disso, dentre as condições patológicas nas quais podem ser encontrados incluem pielonefrite crônica, cistite crônica, hiperplasia da próstata, além de casos quando a urina é retida na bexiga1.
Figura 119: Cristais de fosfato triplo.
Figura 120: Cristais de fosfato triplo.
Figura 121: Cristais de fosfato triplo.
Figura 122: Cristais de fosfato triplo.
Figura 123: Cristais de fosfato triplo.
Figura 124: Cristais de fosfato triplo.
Figura 125: Cristais de fosfato triplo.
6. Estruturas diversas
6.1. Bactérias
Descrição: Enquanto está no rim e na bexiga a urina normalmente não apresenta bactérias. A contaminação pode acontecer devido à presença de bactérias na uretra, na vagina, na genitália externa ou no frasco utilizado na coleta¹. Essas bactérias estão presentes na forma de bacilos (barras) ou cocos (esféricas)².
Patologias: Em uma amostra coletada adequadamente, a presença de bactérias acompanhada por piócitos é indicativa de infecção do trato urinário. Enterobacteriaceae (bacilos gram-negativos), Staphylococcus e Enterococcus, são as bactérias associadas às infecções do trato urinário².
Figura 126: Flora bacteriana abundante.
Figura 127: Flora bacteriana abundante.
Figura 128: Flora bacteriana abundante em forma de bacilos.
Figura 129: Flora bacteriana abundante.
Figura 130: Flora bacteriana abundante.
Figura 131: Flora bacteriana abundante.
6.2. Células epiteliais escamosas
Descrição: São células provenientes da descamação normal da uretra e da vagina. Essas células possuem forma irregular, são grandes, achatadas, com citoplasma abundante e núcleos proeminentes. Não possuem significado patológico¹.
Figura 132: Células epiteliais escamosas.
Figura 133: Células epiteliais escamosas.
Figura 134: Células epiteliais escamosas.
Figura 135: Células epiteliais escamosas.
Figura 136: Células epiteliais escamosas.
Figura 137: Células epiteliais escamosas.
Figura 138: Células leveduriformes e células epiteliais escamosas.
6.3. Células epiteliais de transição
Descrição: São células provenientes da descamação normal da bexiga, da pelve renal e dos ureteres. Possuem forma esférica, poliédrica ou com projeções caudais². Apresentam núcleo centralmente localizado e podem conter dois núcleos. Essas células não possuem significado patológico¹.
Figura 139: Células epiteliais de transição.
Figura 140: Células epiteliais de transição.
Figura 141: Células epiteliais de transição.
Figura 142: Células epiteliais de transição.
Figura 143: Células epiteliais de transição.
6.4. Células epiteliais do túbulo renal
Descrição: São células derivadas dos túbulos renais. Apresentam forma achatada, colunar ou cuboide. Seus núcleos são grandes, esféricos e são localizados excentricamente¹.
Patologias: A presença de células epiteliais tubulares renais em números elevados indica grave lesão tubular e podem ser decorrentes da pielonefrite, necrose tubular aguda, rejeição de transplante renal e intoxicação por salicilato¹.
Figura 144: Célula epitelial do túbulo renal.
Figura 145: Célula epitelial do túbulo renal.
Célula epitelial do túbulo renal
Figura 146: Célula epitelial do túbulo renal.
6.5. Corpo graxo oval
Descrição: Os corpos graxos ovais são células tubulares renais que contêm gotículas gordurosas que são bastante refringentes, com morfologia globular, e geralmente têm aspecto castanho-amarelado, embora em pequeno aumento e iluminação pouco intensa possam exibir-se negras, em razão de seu elevado índice de refração. Se a gordura consistir em colesterol, sob luz polarizada, exibirão uma característica formação em “cruz de malta”. Já os constituídos por triglicérides, não polarizam, porém são corados com Sudan III ou Óleo Vermelho O1.
Patologia: Os corpos graxos ovais estão presentes na síndrome nefrótica, diabetes mellitus, eclâmpsia, envenenamento renal tóxico, glomerulonefrite crônica, nefrose lipoídica, embolia gordurosa, após lesões superficiais extensas com esmagamento da gordura subcutânea e após fraturas dos principais ossos longos ou da pelve, assim como em fraturas múltiplas, nas quais a gordura pode ser liberada da medula óssea e atingir a circulação1.
Figura 147: Corpos graxos ovais.
Figura 148: Corpos graxos ovais.
Figura 149: Corpo graxo oval.
Figura 150: Corpo graxo oval.
Figura 151: Corpo graxo oval.
6.6. Espermatozoides
Descrição: Os espermatozoides são simplesmente identificados no sedimento urinário pelo seu formato oval, cabeça ligeiramente cônica e calda longa, semelhante a flagelo2.
Patologias: Os espermatozoides são, eventualmente, encontrados na urina de homens após masturbação ou ejaculação noturna e de mulheres após relação sexual. Esporadicamente são de relevância clínica, salvo nos casos de infertilidade masculina ou ejaculação retrógrada na qual o esperma é expulso para a bexiga em vez de ser para a uretra2.
Figura 152: Espermatozoides.
Figura 153: Espermatozoides.
Figura 154: Espermatozoides.
Figura 155: Espermatozoides, com a presença de cristais de oxalato de cálcio di-hidratado.
Figura 156: Espermatozoides, com a presença de cristais de oxalato di- hidratado.
Figura 157: Espermatozoide.
6.7. Hemácias
Descrição: As hemácias podem assumir morfologias diversas, dependendo do ambiente da urina. Quando a amostra de urina é fresca, as hemácias exibem um aspecto normal, amarelado ou pálido, lisos, na forma de discos bicôncavos, anucleares. Quando a urina é diluída e hipotônica as hemácias dilatam e podem ser lisadas liberando assim a hemoglobina na urina e deixando apenas a membrana celular1. Essas grandes células vazias são chamadas de “células fantasma”. Já quando a urina é hipertônica, as células encolhem devido à perda de água e podem aparecer crenadas ou de modo irregular. Além disso, na hematúria glomerular podem ser observadas as hemácias dismórficas, as quais variam em tamanho, possuem saliências celulares ou estão fragmentadas. Os principais tipos de hemácias dismórficas são os acantócitos, hemácias em formato de anel com protusões em forma de vesícula2 e os codócitos, hemácias que apresentam o centro mais corado que os arredores (células em alvo)1.
Patologias: A hematúria macroscópica é comumente relacionada a lesões glomerulares avançadas, porém também é encontrada em danos à integridade vascular do trato urinário causados por trauma, inflamação aguda, infecção e coagulopatias. A análise da hematúria microscópica é essencial para o diagnóstico precoce de doenças glomerulares, carcinoma do trato urinário e também para confirmar a presença de cálculos renais. Contudo, a probabilidade de contaminação menstrual deve ser levada em consideração em amostras de pacientes do sexo feminino. A observação de grande quantidade de hemácias dismórficas está associada com hematúria glomerular2.
Figura 158: Hemácias.
Figura 159: Hemácias.
Figura 160: Hemácias.
Figura 161: Hemácias.
Figura 162: Hemácias.
Figura 163: Aglomerado de hemácias.
Figura 164: Aglomerado de hemácias.
Figura 165: Hemácias (hematúria maciça).
Figura 166: Hemácias dismórficas (codócitos e acantócitos).
6.8. Leucócitos ou piócitos
Descrição: Os leucócitos são maiores que as hemácias, mas menores que as células epiteliais renais. Frequentemente são esféricos e podem aparentar cor cinza pálida ou amarelo-esverdeada, organizando-se isoladamente ou em aglomerados. Os leucócitos observados na urina são denominados piócitos e consistem principalmente em neutrófilos, que podem ser identificados por seus grânulos e núcleos multilobulados1.
Patologias: Uma elevação de leucócitos na urina está relacionada a um processo inflamatório no trato urinário ou na região adjacente ao mesmo. Algumas vezes, a piúria (piócitos na urina) é observada em situações como pancreatite e apendicite, assim como também é observada em condições não infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, acidose tubular renal, desidratação, febre, estresse e na
irritação não infecciosa de ureter, uretra ou bexiga. A existência de vários leucócitos na urina, principalmente quando constituem aglomerados, é um poderoso indicativo de infecção aguda, como pielonefrite, uretrite ou cistite1.
Figura 167: Piócitos (leucócitos) e hemácias.
Figura 168: Aglomerado de piócitos (leucócitos).
Figura 169: Aglomerado de piócitos (leucócitos).
Figura 170: Aglomerado de piócitos (leucócitos) e hemácias.
Figura 171: Piócitos (piúria maciça).
Figura 172: Hemácias e piócitos (leucócitos).
Foto 173: Piócitos (leucócitos) e hemácias.
Figura 174: Piócitos (leucócitos)
Figura 175: Piócitos (leucócitos)
Figura 176: Piócitos (leucócitos)
6.9. Leveduras
Descrição: As células de levedura são incolores, lisas, e habitualmente ovoides, com paredes duplamente refringentes. Elas podem alterar em tamanho e geralmente possuem brotamentos1 e/ou micélios2.
Patologias: Leveduras podem ser detectadas nas infecções do trato urinário, frequentemente em pacientes com diabetes mellitus, assim como também podem estar presentes na urina resultantes de contaminação de origem cutânea ou vaginal. A Candida albicans é a levedura mais constantemente encontrada na urina1.
Figura 177: Células leveduriformes com hifas.
Figura 178: Células leveduriformes com hifas.
Figura 179: Piócitos (leucócitos), células leveduriformes e pseudo hifas.
Figura 180: Piócitos (leucócitos), células leveduriformes e pseudo hifas.
Figura 181: Presença de pseudo hifas.
Figura 182: Hifas leveduriformes.
6.10. Muco
Descrição: Os filamentos mucosos são filamentos delgados, longos e ondulantes de estruturas parecidas com fitas, que apresentam estrias longitudinais discretas1 e possuem baixo índice refratométrico2. Alguns dos filamentos mais largos podem ser confundidos com cilindros hialinos1.
Patologia: Esses filamentos estão presentes em baixas quantidades na urina normal, mas podem estar em altas quantidades quando há irritação do trato urinário ou inflamação1. Possui maior prevalência em amostras de urina do sexo feminino².
Figura 183: Muco.
Figura 184: Muco.
Figura 185: Muco.
Figura 186: Muco.
Figura 187: Muco.
Figura 188: Muco.
Figura 189: Muco.
7. Referências bibliográficas
1. MUNDT, L. A.; SHANAHAN, K. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
2. STRASINGER, S.K.; LORENPZO, M.S.D. Urinálise e Fluidos corporais. 5. ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora, 2009.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando