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Forragicultura e Conservação de Forragens Prof. Ives Bueno 1 RecapitulandoRecapitulando F o rra g ic u ltu ra e F o rra g ic u ltu ra e C o n s e rv a ç ã o d e F o rra g e n s C o n s e rv a ç ã o d e F o rra g e n s Z A Z Z A Z --1 3 7 6 1 3 7 6 Em resumoEm resumo � As plantas forrageiras já possuem uma rica população epífita � Ensilagem é um processo fermentativo � O homem tem pouco controle sobre este processo fermentativo � As maiores contribuições: � ensilar alimento de qualidade e � compactar (retirada de O2 do sistema) � Respiração: processo de “queima” de nutrientes com geração de calor � Para obter silagem de qualidade: diminuir período de respiração � As plantas forrageiras já possuem uma rica população epífita � Ensilagem é um processo fermentativo � O homem tem pouco controle sobre este processo fermentativo � As maiores contribuições: � ensilar alimento de qualidade e � compactar (retirada de O2 do sistema) � Respiração: processo de “queima” de nutrientes com geração de calor � Para obter silagem de qualidade: diminuir período de respiração Em resumoEm resumo Fase 1 (Aeróbica) � Ocorre aumento da temperatura (de 25°C para 45°C) � Enquanto houver O2 residual, haverá aumento da temperatura � Boa compactação é fundamental = eliminar o O2 residual � Nenhum investimento é mais rentável durante o processo de ensilagem do que reduzir esta fase (aeróbica) � Com boa compactação conseguimos reduzir perdas (em MS) da ordem de 30 a 40% para aproximadamente 10% � Para isso devemos dimensionar corretamente o peso do trator utilizado durante a compactação Fase 1 (Aeróbica) � Ocorre aumento da temperatura (de 25°C para 45°C) � Enquanto houver O2 residual, haverá aumento da temperatura � Boa compactação é fundamental = eliminar o O2 residual � Nenhum investimento é mais rentável durante o processo de ensilagem do que reduzir esta fase (aeróbica) � Com boa compactação conseguimos reduzir perdas (em MS) da ordem de 30 a 40% para aproximadamente 10% � Para isso devemos dimensionar corretamente o peso do trator utilizado durante a compactação Em resumoEm resumo Fase 1 (Aeróbica) Dimensionamento do trator: � Exemplo: volume de silagem que chega ao silo (cortada) por hora = 10 t � O peso do trator deve perfazer 40% deste volume, logo: � Peso do Trator = 10 t x (40/100) = 4 t Fase 1 (Aeróbica) Dimensionamento do trator: � Exemplo: volume de silagem que chega ao silo (cortada) por hora = 10 t � O peso do trator deve perfazer 40% deste volume, logo: � Peso do Trator = 10 t x (40/100) = 4 t Em resumoEm resumo Forragicultura e Conservação de Forragens Prof. Ives Bueno 2 Em resumoEm resumo Fase 1 (Aeróbica) � Durante a Fase 1 predomina a ação de bactérias estritamente aeróbicas � Bactérias Aeróbicas = Enterobactérias (coliformes) � Solo: muito rico em coliformes (desta forma, devemos evitar a contaminação excessiva de silagem com solo) Fase 1 (Aeróbica) � Durante a Fase 1 predomina a ação de bactérias estritamente aeróbicas � Bactérias Aeróbicas = Enterobactérias (coliformes) � Solo: muito rico em coliformes (desta forma, devemos evitar a contaminação excessiva de silagem com solo) Em resumoEm resumo Fase 2 (Anaeróbica): � Quando todo o O2 disponível na massa é eliminado (compactação) e/ou consumido (respiração e bactérias aeróbicas = enterobactérias), a temperatura da massa ensilada começa a cair � Início: por volta de 35°C � Paralelamente à queda de temperatura, o pH da massa ensilada vai sendo reduzido � Com a queda da temperatura,entram em ação bactérias anaeróbicas: Clostridium � Clostridium: não suportam temperaturas elevadas nem baixo pH Fase 2 (Anaeróbica): � Quando todo o O2 disponível na massa é eliminado (compactação) e/ou consumido (respiração e bactérias aeróbicas = enterobactérias), a temperatura da massa ensilada começa a cair � Início: por volta de 35°C � Paralelamente à queda de temperatura, o pH da massa ensilada vai sendo reduzido � Com a queda da temperatura,entram em ação bactérias anaeróbicas: Clostridium � Clostridium: não suportam temperaturas elevadas nem baixo pH Em resumoEm resumo Fase 2 (Anaeróbica): � Caso haja presença de umidade na massa ensilada, ao invés da predominância da ação de bactérias homolácticas, capazes de reduzir significativamente o pH (massa estabilizada) temos a ação (seleção) de bactérias heterolácticas � Bactérias heterolácticas: transformam glicose em diferentes compostos: etanol + ácido acético + ácido lático � Por este motivo, em silagens com alta umidade encontramos cheiro de “vinagre” e “álcool” muito acentuados Fase 2 (Anaeróbica): � Caso haja presença de umidade na massa ensilada, ao invés da predominância da ação de bactérias homolácticas, capazes de reduzir significativamente o pH (massa estabilizada) temos a ação (seleção) de bactérias heterolácticas � Bactérias heterolácticas: transformam glicose em diferentes compostos: etanol + ácido acético + ácido lático � Por este motivo, em silagens com alta umidade encontramos cheiro de “vinagre” e “álcool” muito acentuados Em resumoEm resumo � Logo, para termos uma silagem de qualidade, devemos: � ensilar rapidamente o material (exposto ao O2 e sem compactação = perdas → ação de enterobactérias) � compactar adequadamente para reduzir a presença de O2 � Ao realizarmos a compactação estamos trabalhando na seleção das bactérias � Logo, para termos uma silagem de qualidade, devemos: � ensilar rapidamente o material (exposto ao O2 e sem compactação = perdas → ação de enterobactérias) � compactar adequadamente para reduzir a presença de O2 � Ao realizarmos a compactação estamos trabalhando na seleção das bactérias Em resumoEm resumo � Eliminando O2: � Ocorre redução mais rápida da temperatura � Reduzimos Fase 1 (Aeróbica) � A temperatura e o pH caem mais rapidamente e diminui a ação de bactérias indesejáveis: Clostridium � Com a redução da temperatura e pH, entram em ação bactérias homolácticas e heterolácticas � Adequado teor de umidade � a atuação de heterolácticas é menos acentuada que a de homolácticas (rápida queda de pH) � pH reduzido = implica em material estável e conservado � Material permanece estável “eternamente” (desde que não sofra contaminações/infiltrações) � Eliminando O2: � Ocorre redução mais rápida da temperatura � Reduzimos Fase 1 (Aeróbica) � A temperatura e o pH caem mais rapidamente e diminui a ação de bactérias indesejáveis: Clostridium � Com a redução da temperatura e pH, entram em ação bactérias homolácticas e heterolácticas � Adequado teor de umidade � a atuação de heterolácticas é menos acentuada que a de homolácticas (rápida queda de pH) � pH reduzido = implica em material estável e conservado � Material permanece estável “eternamente” (desde que não sofra contaminações/infiltrações) Perdas na ensilagemPerdas na ensilagem F o rra g ic u ltu ra e F o rra g ic u ltu ra e C o n s e rv a ç ã o d e F o rra g e n s C o n s e rv a ç ã o d e F o rra g e n s Z A Z Z A Z --1 3 7 6 1 3 7 6 Forragicultura e Conservação de Forragens Prof. Ives Bueno 3 Perdas na ensilagemPerdas na ensilagem � As perdas que ocorrem durante o processo de ensilagem podem ser divididas em � Perdas no campo � Perdas no silo � As perdas que ocorrem durante o processo de ensilagem podem ser divididas em � Perdas no campo � Perdas no silo Perdas no campoPerdas no campo � Duas categorias de perdas no campo � Perda de material � Plantas inteiras ou partes da planta não são aproveitadas por deficiência do processo de colheita ou transporte � As perdas a campo podem chegar a 13% da MS � Perda nutricional � Entre o momento da colheita até a ensilagem em si, a planta perde nutrientes pela respiração (principalmente glicídios) � Neste momento também ocorre uma intensa proteólise � Duas categorias de perdas no campo � Perdade material � Plantas inteiras ou partes da planta não são aproveitadas por deficiência do processo de colheita ou transporte � As perdas a campo podem chegar a 13% da MS � Perda nutricional � Entre o momento da colheita até a ensilagem em si, a planta perde nutrientes pela respiração (principalmente glicídios) � Neste momento também ocorre uma intensa proteólise Perdas no siloPerdas no silo � Após a forragem ter sido colocada no silo, ocorrem perdas que podem ser: � naturais – inerentes ao processo e não evitáveis � em decorrência de um processo não adequado (intensidade variável) � Após a forragem ter sido colocada no silo, ocorrem perdas que podem ser: � naturais – inerentes ao processo e não evitáveis � em decorrência de um processo não adequado (intensidade variável) Perdas no siloPerdas no silo � Perdas pela fermentação � Resultantes das atividades fisiológicas e microbiológicas que transformam a massa verde em silagem � Perdas principalmente de açúcares solúveis (mas também de outros nutrientes) � A atuação de bactérias heteroláticas resulta em maiores perdas que a de homoláticas � A respiração aeróbica afeta principalmente as hexoses � Perdas por respiração podem ser amenizadas pela boa compactação � Perdas pela fermentação � Resultantes das atividades fisiológicas e microbiológicas que transformam a massa verde em silagem � Perdas principalmente de açúcares solúveis (mas também de outros nutrientes) � A atuação de bactérias heteroláticas resulta em maiores perdas que a de homoláticas � A respiração aeróbica afeta principalmente as hexoses � Perdas por respiração podem ser amenizadas pela boa compactação Perdas no siloPerdas no silo � Perdas pelo apodrecimento � Devido ao aumento da temperatura e aos bolores, que ocorrem na presença de ar � Perdas localizadas (nas extremidades e bordas) � Forte influência de: � teor de MS � tipo de silo � compactação � penetração de ar ou água � Perdas pelo apodrecimento � Devido ao aumento da temperatura e aos bolores, que ocorrem na presença de ar � Perdas localizadas (nas extremidades e bordas) � Forte influência de: � teor de MS � tipo de silo � compactação � penetração de ar ou água Imagens em infravermelhoImagens em infravermelho Forragicultura e Conservação de Forragens Prof. Ives Bueno 4 Perdas no siloPerdas no silo � Perdas pela drenagem � A massa verde é comprimida no silo � O excesso de umidade é “drenado” – lixiviação � O líquido (chorume) carrega nutrientes solúveis � Estas perdas ocorrem principalmente quando: � a forrageira possui mais que 70% de umidade � há penetração de água de chuva � Quanto mais alto o silo, maiores são as perdas � Perdas pela drenagem � A massa verde é comprimida no silo � O excesso de umidade é “drenado” – lixiviação � O líquido (chorume) carrega nutrientes solúveis � Estas perdas ocorrem principalmente quando: � a forrageira possui mais que 70% de umidade � há penetração de água de chuva � Quanto mais alto o silo, maiores são as perdas Perdas no siloPerdas no silo Fatores a considerar: � Tipo de silo – perdas maiores quando não há proteção lateral e cobertura adequada � Estádio vegetativo – plantas mais maduras (teor de MS adequado) tendem a reduzir as perdas no silo � Fracionamento da forrageira – picagem – quanto mais fracionada (menor tamanho), melhor a compactação e melhor a fermentação – menores perdas � Velocidade de enchimento – quanto mais rápido, melhor a silagem � Cobertura do silo – silagem protegida por cobertura adequada e comprimida com pesos tem perdas reduzidas � Umidade – evitar a adição de líquidos que possam provocar lixiviação Fatores a considerar: � Tipo de silo – perdas maiores quando não há proteção lateral e cobertura adequada � Estádio vegetativo – plantas mais maduras (teor de MS adequado) tendem a reduzir as perdas no silo � Fracionamento da forrageira – picagem – quanto mais fracionada (menor tamanho), melhor a compactação e melhor a fermentação – menores perdas � Velocidade de enchimento – quanto mais rápido, melhor a silagem � Cobertura do silo – silagem protegida por cobertura adequada e comprimida com pesos tem perdas reduzidas � Umidade – evitar a adição de líquidos que possam provocar lixiviação Recomendações de usoRecomendações de uso F o rra g ic u ltu ra e F o rra g ic u ltu ra e C o n s e rv a ç ã o d e F o rra g e n s C o n s e rv a ç ã o d e F o rra g e n s Z A Z Z A Z --1 3 7 6 1 3 7 6 Recomendações de usoRecomendações de uso � A silagem exposta ao ar deteriora-se muito rapidamente � Toda silagem mofada (embolorada) deve ser descartada � Presença de fungos e leveduras pode acarretar em diarreias � Micotoxinas � A silagem exposta ao ar deteriora-se muito rapidamente � Toda silagem mofada (embolorada) deve ser descartada � Presença de fungos e leveduras pode acarretar em diarreias � Micotoxinas MicotoxinasMicotoxinas � Fungos � Pithomyces chartarum, Aspergillus spp., Penicillium spp., Fusarium spp., Mirothecium, Stachbotrys spp. e outros � Patologias � Fotossensibilização (silagem de braquiária) � Lesões hepáticas e renais � Gastroenterites hemorrágicas � Depressão da medula óssea � Anemia � Baixa produção � Morte � Fungos � Pithomyces chartarum, Aspergillus spp., Penicillium spp., Fusarium spp., Mirothecium, Stachbotrys spp. e outros � Patologias � Fotossensibilização (silagem de braquiária) � Lesões hepáticas e renais � Gastroenterites hemorrágicas � Depressão da medula óssea � Anemia � Baixa produção � Morte Recomendações de usoRecomendações de uso Bezerros: • Bezerros maiores que 60 – 90 dias de idade • Iniciar com pequenas quantidades Forragicultura e Conservação de Forragens Prof. Ives Bueno 5 Recomendações de usoRecomendações de uso Vacas leiteiras: • Até 20 kg por dia • No máximo 3% do PV Recomendações de usoRecomendações de uso Vacas secas: • 9 a 15 kg por dia Recomendações de usoRecomendações de uso Touros: • 1,5% PV Recomendações de usoRecomendações de uso Bezerros de sobreano e novilhas: • 5 a 6 kg por dia Recomendações de usoRecomendações de uso Gado em engorda: • Até 2% PV Recomendações de usoRecomendações de uso Ovinos e caprinos: • 1 a 3 kg ao dia Forragicultura e Conservação de Forragens Prof. Ives Bueno 6 Recomendações de usoRecomendações de uso Equinos e muares: • até 7 kg ao dia
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