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Compa�timent�� Líquid�� DISTRIBUIÇÃO DE LÍQUIDOS NOS COMPARTIMENTOS CORPORAIS: O líquido corporal é dividido em dois grandes compartimentos: o líquido extracelular e o líquido intracelular. O líquido extracelular por sua vez é dividido em líquido intersticial e plasma. Ambos são responsáveis pela normalidade no metabolismo e fisiologia corporal. Esses líquidos são separados por uma membrana celular seletiva que é altamente permeável à água, mas não à maioria dos eletrólitos existentes no organismo. MICROCIRCULAÇÃO Mecanismo de nutrição, transporte de nutrientes do sangue para os tecidos e remoção de resíduos. – Ocorre nos capilares por meio da difusão. – O sangue entra nos capilares através de uma arteríola e sai por uma vênula. O sangue vindo das arteríolas percorre uma série de metarteríolas, cuja estrutura é intermediária entre a encontrada nas arteríolas e nos capilares. – Capilar sanguíneo > espaço intersticial > espaço intracelular (2 difusão: simples (pela membrana) ou facilitada (pela proteína). Ida e volta! Proteínas não fluem do capilar para o espaço intersticial. – Consequência do fluxo: constante difusão de CO2 e O2. Caminho do O2: Difundir do capilar para o espaço intersticial. Difundir do espaço intersticial para o interior da célula. Caminho do CO2: Difundir do interior da célula para o espaço intersticial. Difundir do espaço intersticial para o capilar. DIFUSÃO É o meio mais importante de transferência de substâncias entre o plasma e o líquido intersticial. Para que ela ocorra é necessário a existência de um gradiente de concentração e a presença de uma membrana semipermeável dividindo os meios. Um gradiente de concentração ocorre quando a concentração de partículas é maior em uma área que na outra. À medida que o sangue atravessa o capilar, grandes quantidades de moléculas de água e substâncias dissolvidas se difundem para trás e para frente através da parede do capilar, promovendo uma mistura contínua do líquido intersticial e do plasma. Os principais fatores a seguir afetam a taxa de difusão através das paredes dos capilares: ● O tamanho dos poros no capilar. ● O tamanho das moléculas da substância que se difunde. ● A diferença de concentração da substância entre os dois lados da membrana. CAPILARES -Capilar contínuo: Nesses capilares o endotélio é contínuo, não apresenta nenhuma interrupção. -Capilares fenestrados: Nesses capilares observa-se que as células endoteliais apresentam uma camada contínua, porém ocorre a presença de poros ao longo da camada. Esses poros aumentam a superfície de contato com o meio externo. -Capilares sinusóides: Nesses capilares observa-se a presença de intervalos entre as células, ou seja, verifica-se uma camada descontínua. PERMEABILIDADE Quanto maior o peso molecular, menor sua permeabilidade, pois o seu tamanho atrapalha sua transição. A água, que tem o peso molecular de cerca de 18U, possui a maior permeabilidade, considerada permeabilidade de 1. As outras substâncias possuem menores permeabilidades, conforme aumenta o peso molecular. As proteínas possuem um tamanho grande, por isso não conseguem fluir entre capilar e líquido intersticial. Forç� d� Starlin� Forças que ocasionam a passagem de moléculas, líquidos e substâncias entre os capilares e o espaço intersticial. Embora a troca capilar de nutrientes, oxigênio e os produtos residuais de metabolismo ocorram quase totalmente por meio da difusão, a distribuição dos líquidos através dos capilares é determinada por outro processo: A filtração de plasma livre de proteínas. Quatro forças determinam a filtração de líquido através da membrana capilar: ● Pressão hidrostática capilar – PC. ● Pressão do líquido intersticial – PLI. ● Pressão coloidosmótica do capilar – πP. ● Pressão coloidosmótica do espaço intersticial PRESSÃO HIDROSTÁTICA: Pressão que o sangue faz no capilar vindo do coração ou que o líquido extracelular (LEC) exerce no espaço intersticial. É a força exercida pela presença física do líquido e seu fluxo. Onde há líquido há pressão hidrostática. Para que o funcionamento adequado ocorra, a pressão dentro do capilar tem que ser maior que fora. Nos capilares, tende a forçar o líquido e as substâncias nele dissolvidas a passarem através dos poros dos capilares para o espaço intersticial. ● Filtração: Saída do fluido do capilar para o espaço intersticial na região arterial do vaso por conta da maior pressão hidrostática. ● Absorção: Entrada do fluido no capilar na fase venosa do capilar porque a pressão hidrostática fica menor que a oncótica no capilar. PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA: Pressão determinada pelas proteínas plasmáticas (no capilar ou interstício). É a força exercida por um soluto de atração da água. No vaso sanguíneo é exercida principalmente pelas proteínas plasmáticas, também pode ser exercida por íons, atraindo água. Principal proteína relacionada: Albumina. Proteína produzida pelo fígado que é responsável pela pressão coloidosmótica. Em quadro não fisiológicos em que o fígado não produz quantidades adequadas de albumina, a concentração de albumina no interior do capilar torna-se menor, dificultando a absorção, gerando edema. A pressão hidrostática do capilar vai diminuído a medida em que o fluxo vai da extremidade arterial do capilar em direção a extremidade venosa do capilar, pois o fluido vai passando do capilar para o líquido intersticial, diminuindo progressivamente e pressão hidrostática do capilar. A pressão no sistema vascular é decrescente, no sentido das artérias para as veias. A nível dos capilares e vênulas já é bastante baixa, já a pressão coloidosmótica tende a ser constante, pois se espera que não haja perda de proteínas do meio intravascular. Assim, a nível de capilares, conseguimos observar uma prevalência de forças que empurram líquido para fora do sistema vascular e, a nível de vênulas, o processo de reabsorção prevalece. Importante ressaltar que os vasos linfáticos também são responsáveis pela recaptação de líquidos do meio intersticial que não foram captados pelas vênulas. EDEMA -Acúmulo de líquido no espaço intersticial (desequilíbrio das forças de starling). -Causa inflamatória (rica em proteínas) ou não inflamatória (pobre em proteína). -Aumento da pressão hidrostática. Diminuição da pressão osmótica. VASOS LINFÁTICOS ● Função de drenagem dos líquidos em excesso. ● Drena 1/10 dos líquidos do espaço intersticial. ● Os outros 9/10 são absorvidos do líquido intersticial para os capilares na região venosa do capilar. CASOS CLÍNICOS - FORMS -URINA ESPUMOSA É SINAL DE PERDA DE PROTEÍNAS. -PACIENTES COM ICC POSSUEM UMA DISFUNÇÃO NA VALVA MITRAL, FAZENDO COM QUE O SANGUE BOMBEADO PELO VENTRÍCULO ESQUERDO VOLTE PARA O ÁTRIO ESQUERDO NOVAMENTE, GERANDO AUMENTO DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA NO INTERIOR DAS VEIAS PULMONARES.
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