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MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana Microcirculação A microcirculação se refere aos capilares sanguíneos. Em um extremo temos as artérias limitadas pelas arteríolas, que são as artérias menores. Tem uma capa muscular bem desenvolvida e é o sítio principal do controle do fluxo sanguíneo nos tecidos mediante uma vasoconstrição ou uma vasodilatação que permite deixar passar mais ou menos sangue a nível dos capilares. Os capilares são vasos com tamanho micro que só tem uma túnica íntima composta por endotélio e uma membrana basal e pode ou não conter uma célula muscular chamada pericito. Ela é composta só da túnica íntima para permitir mais facilmente a passagem de gases, nutrientes, solutos e líquidos que se transportam desde o interior da circulação sanguínea até o espaço intersticial, que é o espaço entre as células e os tecidos. Dentro das forças de filtração, quando falamos em filtrado capilar vemos que a membrana dessas células são semi permeáveis deixando passar água e alguns solutos dependendo do tamanho e da carga, para que haja esse intercambio precisa-se de umas forças físicas que são as de Starling que vão regulando como as pressões hidrostáticas, colodoismóticas que estarão dentro do capilar. Pressão hidrostática é a pressão em uma coluna de líquidos sobre uma superfície, nesse caso o sangue sobre os vasos, ou capilares nesse caso e essa coluna de líquidos faz uma pressão que induz a saída de liquido desde o espaço capilar até o espaço intersticial. 1. A microcirculação e o sistema linfático Intercâmbio de líquido capilar, líquido intersticial e fluxo linfático A O sistema linfático é como um sistema aspirador de todo líquido acumulado no espaço intersticial, é reabsorvido mediante os vasos linfáticos e voltam a circulação. O excesso de líquido no espaço intersticial se chama edema, que é algo patológico, se não tem uma boa fisiologia da microcirculação do sistema linfático. Uma alteração nessa fisiologia ocorre a fisiopatologia do edema que é uma acumulação de líquido anormal no espaço intersticial. A microcirculação a nível dos capilares tem como função mais importante o transporte de nutrientes aos tecidos e eliminação dos resíduos celulares como o CO2 dos tecidos até os capilares para introduzir novamente a circulação. O extremo do capilar esta limitado pelas arteríolas que é o sítio principal do fluxo sanguíneo. Quando necessitamos regular a quantidade de sangue que vai chegar a um tecido dependendo se o tecido esta ativo as arteríolas farão uma vasodilatação para aumentar o fluxo sanguíneo a nível do capilar. O intercambio dos nutrientes e líquidos ao espaço instersticial se dá por forças netas que para a filtração. Como a pressão hidrostatica do capilar, a porção hidrostatica do instersticio, pressão coloidosmotica do capilar e a pressão coloidosmótica do instersticio, tudo vai se relacionando, se somam e produzem uma filtração neta. Logo no extremo venoso, no capilar se ve reabsorver os desechos metabólicos, o excesso de líquido da circulação capilar para confluir para o extremo venoso MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana formado pelas vênulas e isso regressa outra vez ao sistema circulatório. É fundamental entender que no espaço intersticial tem os vasos linfáticos que vão reabsorver se em alguma das circunstancias ocorrer um excesso de líquido chamado edema. Os capilares são os vasos mais finos da circulação, tem só uma capa endotelial muito permeável dependendo do tipo dos capilares. A diferença entre um capilar e outro é a permeabilidade, a união intercelular entre as células endoteliais, umas tem uniões maiores, outras menores no endotélio capilar tendo assim uma menor permeabilidade. O continuo é quando umas células estão mais perto umas das outras como nos músculos esqueléticos, o fenestrado seria como os capilares glomerulares do rim que tem poros de maior tamanho para permitir a passagem dos líquidos e solutos e os descontínos ou sinusoidais que formam parte do tecido hepático Dez milhões de capilares com uma superfície total de 500 a 700m2. 2. Estrutura da microcirculação e do sistema capilar Quando falo de microcirculação estou me referindo ao extremo capilar por onde chega o sangue arterial delimitados pelas arteríolas e o extremo venoso que estaria sendo delimitado pela vênula. Entre uma arteríola e um capilar tem um vaso chamado metarteríolas que seriam como umas ramificações diretas das arteríolas mas a capa muscular é composta só por uma ou duas células chamadas periquitos, algumas literaturas trazem que os periquitos já estão ao redor do endotélio capilar outros dizem que capilar é somente endotélio e membrana basal. As arteríolas são as ramas pequenas das artérias onde tem uma capa muscular bem desenvolvida, porque são bem fortes essas células musculares lisas para a importante função de vasoconstrição e vasodilatação para a regulação de controle do fluxo sanguíneo sistêmico. MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana As arteríolas tem uma capa discontinua e formam como um esfíncter precapilar. As arteríolas são as principais reguladoras do fluxo sanguineo 3. Estrutura da parede do capilar Capa muito fina. monoestratificada de células endoteliais. Entre as uniões intercelulares podemos encontrar uns espaços que se chamam poros ou hendiduras capilares por onde passam os solutos. Devidos as hendiduras ou poros, os capilares tem uma grande permeabilidade aos solutos a medida que o sangue vai fluindo entre os capilares, além de fluir grande quantidade de liquido desde os capilares até o espaço intersticial também flui grandes quantidades de soluto, de eletrólitos, de outras substancias, nutrientes., geralmente todas as substâncias que constituem os plasmas menos as proteínas e células. As proteínas não se filtram o resto sim estão em contínua mescla do espaço capilar ao espaço intersticial As proteínas não passam por ser macromoléculas e por sua eletronegatividade onde as células endoteliais repelem as proteínas. As substâncias lipossolúveis como o oxigênio não passam pelos poros porque vão atravessar sem problema toda a espessura da célula porque podem penetrar nos componentes da membrana. As substâncias hidrossolúveis passam pelos espaços demonstrados ao lado chamados poros ou hendiduras A túnica íntima das artérias é composta por células endoteliais, membrana basal, capa média, capa muscular lisa e sua adventícia. O capilar é composto de células endoteliais e membrana basal. O sangue flui de maneira intermitente pelos capilares. Na presença dos esfíncteres pre - capilares o sangue fluirá de maneira intermitente nos capilares devido a uma vasomitilidade, que é a capacidade do vaso de fazer vasoconstrição ou vasodilatação onde vamos ter maior ou menor fluxo sanguíneo nos capilares. O sangue não flui de maneira contínua pelos capilares porque tem uma intermitência de apenas poucos segundos mediante a vasomotilidade. A causa dessa intermitência é a contração das metaarteríolas e dos esfíncteres precapilares, o que depende da concentração de oxigênio e da quantidade de produtos de desecho do metabolismo tissular. Ej. Quando a concentração de O2 é baixa, se produzem mais e maiores períodos de fluxo sanguíneo, o que permite que o sangue permitindo que o sangue ofereça mais oxigênio e nutrientes aos tecidos. MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana 4. Intercâmbio de nutrientes e de outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. A difusão é um tipo de transporte de substâncias que de maneira passiva. A difusão é o procedimento mais importante para a transferência de substâncias entre o plasma e o líquido intersticial. A medida que o sangue passa por um capilar, um número enorme de moléculas deágua e de substancias difundem em ambos sentidos através de sua parede, possibilitando uma mescla contínua entre o líquido intersticial e o plasma. A água e as substâncias vão difundindo em ambos os sentidos. As substâncias hidrossolúveis passam através dos poros e dos capilares. O líquido intersticial e o plasma fazem parte do líquido extracelular, só que o plasma tem maior quantidade de proteínas que o líquido intersticial. Aqui temos um exemplo da difusão de líquidos. As flechas menores que se encontram no capilar sanguíneo mostram a difusão desses líquidos em ambas as direções, dos capilares sanguíneos ao espaço intersticial e vice versa. Os capilares linfáticos tratam de pegar todo excesso de líquido e voltar a circulação. Os três fatores que afetam a velocidade de difusão através das paredes dos capilares são: (tema de exame) • Tamanho dos poros dos capilares que medem em torno de 6 a 7 nanómetros, depende do tipo de capilar, se é contínuo, fenestrado. Quanto maior é o tamanho do poro como no sinusóide por exemplo maior será a velocidade da difusão no líquido e soluto. • Tamanho ou peso molecular das substâncias que difundem. A água e a maior parte dos eletrólitos como o sódio e o cloreto, tem um tamanho molecular menor que os poros, o que permite que difundem rapidamente.. As proteínas plasmáticas tem um tamanho molecular maior que os poros, o que dificulta a sua difusão. • A diferença de concentração da substância em ambos os lados da membrana: quanto maior seja o gradiente de concentração de uma substância em ambos os lados da membrana capilar, maior será sua velocidade de difusão em uma das direções. O quadro ao lado mostra a permeabilidade relativa dos poros dos capilares musculares dos músculos esqueléticos. Quanto maior o peso molecular menor é a permeabilidade. A albumina e a hemoglobina já são proteínas de maior peso molecular o que torna a permeabilidade quase nula MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana 5. O interstício e o líquido intersticial Em torno da sexta parte do corpo corresponde aos espaços que tem entre as células, que em conjunto formam o interstício. Esse líquido faz parte do líquido extracelular. O interstício tem duas estruturas sólidas: • Fibras de colágeno (suporte estrutural aos tecidos) • Filamentos de proteoglicanos (proteínas combinadas com carboidratos) que normalmente está na matriz extracelular. O colágeno da resistência a tensão nos tecidos. Os filamentos de proteoglicanos compostos principalmente por ácido hialurônico são muito finos e formam um emaranhado de filamentos reticulares muito finos, chamada masa en cepillo. Os proteoglicanos estarão em todas as partes existentes entre os feixes de colágeno. Também existem vesículas de líquido livre formando riachuelos. O gel do interstício está formado por filamentos de proteoglicanos e líquido retido na matriz extracelular. O líquido intersticial vem da filtração e difusão desde os capilares e contem quase que os mesmos componentes que o plasma, exceto por conter uma menor concentração de proteínas. A pressão coloidosmótica no líquido intersticial existe, mas é muito pequena. O líquido intersticial está retido principalmente nos pequeninos espaços que tem entre os filamentos de proteoglicano e tem característica de um gel. Devido a grande quantidade de filamentos de proteoglicanos que estão espalhados por toda a matriz extracelular, o líquido não pode fluir facilmente através do gel tissular ao invés se difundem através do gel. Esta difusão é 95 a 99% mais rápida do que é através do líquido livre porque os nutrientes como íons, eletrólitos, glicose tem que chegar do capilar ao espaço intersticial e do espaço intersticial as células. Então se temos um líquido intersticial gelatinoso a difusão é muito mais rápida. Quando tem um excesso da filtração, ou um excesso da acumulação de líquido (edema) no espaço intersticial, o líquido livre A quantidade de líquido livre no interstício é muito escasso, na maioria dos tecidos é de menos de 1%. Esse líquido livre está nessas pequenas vesículas, quando superam mais de 1% desses riachuelos (vesículas que contem o liquido livre). Todo líquido do interstício esta atrapado no gel tissular onde também tem uma pequena quantidade de líquido livre. Quando um tecido tem um edema estas pequenas bolsas de líquidos livres podem expandir extraordinariamente 6. As proteínas e as pressões hidrostáticas do plasma e do líquido intersticial Determinam a distribuição de líquido entre o plasma e o líquido intersticial. Aqui vamos falar das forças físicas que vão atuar para ter um efeito de filtração neta ou de absorção neta. Estamos falando aqui da pressão coloidosmótica exercida pelas proteínas seja capilares ou intersticiais e das pressões hidrostáticas dos capilares ou do espaço intersticial. São 4 forças no total: • Hidrostática capilar • Coloidosmótica capilar • Hidrostática intersticial MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana • Coloidosmótica intersticial O edema pode ser resultado da má filtração do sistema linfático ou obstrução. O edema pode ser por excesso de pressão hidrostática que aumenta a filtração neta ou a diminuição da pressão coloidosmótica no capilar que facilita a passagem de líquido até o espaço intersticial. As proteínas exercem a pressão coloidosmótica. A coluna de líquido do nosso sangue que exerce pressão sobre a parede dos capilares vamos chamar de pressão hidrostática. Quanto maior é a profundidade de um corpo imerso sobre um fluído maior será a pressão exercida sobre ele. A pressão osmótica é gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo especialmente pelas albuminas e as globulinas. A pressão coloidosmótica depende da pressão das proteínas no plasma A pressão osmótica é uma força de atração da água que exerce as proteínas onde a principal é a albumina e essas forças permitem a passagem de líquidos da luz do vaso ao interstício e do interstício a luz do vaso. Força de atração que exerce as proteínas que são negativas até os cátions que são positivos e por isso como os cátions ficam ao redor das proteínas atraem água. Se em um compartimento tenho maior pressão coloidosmótica terei maior concentração de líquido por maior atração de líquido por exemplo, temos uma pressão coloidosmótica no capilar que é mais importante porque tem uma maior quantidade de proteínas plasmáticas que a pressão coloidosmótica que também pode influir no espaço intersticial com o escape de proteínas. O intercambio de nutrientes, oxigênio e produtos metabólicos de desecho através dos capilares se produz difusão. A distribuição de líquido através dos capilares está determinada pelo volume de fluxo ou ultrafiltrado de plasmas sem proteínas. No LEC vamos ter o líquido plasmático e o líquido intersticial, os dois são muito parecidos exceto que não tem proteínas no líquido intersticial. As paredes dos capilares são muito permeáveis para a água e para a maior parte dos solutos do plasma, exceto as proteínas plasmáticas pela diferença de pressão hidrostática através das paredes dos capilares provoca a saída de plasma sem proteínas (ultrafiltrado) até o interstício. A maior parte da água e dos solutos exceto as proteínas passam sem problemas do capilar até o espaço intersticial e geralmente a força física mais importante é a pressão hidrostática. A diferença de pressão hidrostática é através da parede dos capilares que permite essa passagem. Temos maior pressão hidrostática é muito maior por isso a água e substância se move do capilar ao interstício na parte arterial. O excesso de líquido tem que retornar a parte venosa do capilar e nesta fase já atua a pressão coloidosmótica, a que me permite atrair outra vez, como as proteínas não se filtram, permanecem dentro do vaso, o sangue que passa a parte venosa é mais abundante, maisrico em proteínas porque o líquido passou do interstício onde tem uma maior pressão coloidosmótica dentro do capilar, força que atrai novamente o movimento de água desde o interstício voltando a absorver pelo extremo venoso do capilar. Pelo contrário, a pressão produzida pelas proteínas plasmáticas: pressão coloidosmótica tende a produzir o movimento de líquido por osmose dos espaços intersticiais ao sangue. No extremo arterial a pressão mais importante para filtrar e passar o líquido ao espaço intersticial e do espaço intersticial para voltar ao extremo venoso capilar é a pressão coloidosmótica do plasma A velocidade que se produz o ultrafiltrado através dos capilares depende da diferença entre a pressão hidrostáticae a pressão coloidosmótica dos capilares e o líquido intersticial. Estas forças se denominam: forças de Starling. São 4 as forças que determinam a filtração de líquido através da membrana dos capilares: • Pressão hidrostática capilar (Pc): que tende a forçar o líquido até o exterior através da membrana capilar. Como é abundante o fluxo sanguíneo que chega no capilar tem uma força física que força a saída de líquido capilar até o exterior, ao espaço intersticial. • Pressão hidrostática do líquido intersticial (PIi) que tende a forçar o liquido até o interior através da membrana capilar quando a Pli é positiva e até o exterior quando a Pli é negativa. A pressão hidrostática é do lado oposto a pressão capilar e é uma força de uma coluna de líquido intersticial sobre o capilar e força a entrada de líquido novamente ao interior quando a pressão do interstício é maior (quando tem um excesso de líquido no interstício). No estado basal o interstício tem uma pressão negativa devido aos proteoglucanos, os gacs, todos são proteínas MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana que exercem uma pressão negativa, agora quando tem uma pressão positiva no espaço intersticial a pressão hidrostática tende a devolver no espaço capilar. • Pressão coloidosmótica do plasma: que tende a produzir a osmose do líquido até o interior através da membrana capilar. Força da água exercida sobre as proteínas plasmáticas, desta formas as proteínas que ficaram acumuladas no sistema venoso do capilar atrae novamente e permite uma reabsorção de esse líquido ao interior. • Pressão coloidosmótica do líquido intersticial: que tende a causar osmose através da membrana capilar. Normalmente é zero mas em determinadas circunstancias pode haver um escape de proteínas ao espaço intersticial que pode exercer uma pressão coloidosmótica e se isso ocorre a osmose de líquido seria ao exterior. Essas são as forças de Starling, a qual o intercâmbio de líquidos e solutos dependem delas. Essas 4 forças atuam sobre a membrana do capilar fazendo com que o líquido vá para fora ou para dentro do capilar. Na figura temos a pressão hidrostática do capilar (Pc) que movimenta o líquido do extremo arterial até o espaço intersticial por isso a flecha para baixo. A pressão do líquido intersticial no estado basal que geralmente tem uma pressão negativa tende a atrair até ela, mas se tem uma acumulação excessiva de líquido intersticial poderia fazer ingressar o líquido outra vez de volta ao capilar e não permitir a saída desse líquido ao interstício. A pressão coloidosmótica do plasma tende a atrair novamente o excesso de líquido para o extremo venoso do capilar. Pressão coloidosmótica do líquido intersticial que normalmente é zero poderia favorecer também a retenção de líquidono espaço intersticial caso as proteínas escapem. até o interstício. Vamos relacionar essas 4forcas de starljng para ter uma taxa de filtração neta, que significa que é a flrca que poderá exercer uma filtração, um ultrafiltrado de plasma. A taxa neta do filtrado para fora do capilar depende do equilíbrio entre essas forças assim como do coeficiente de filtração capilar (kf): Para que o sangre regresse ao capilar vamos falar de uma força neta de absorção, força neta de filtração. O valor de Kf é constante e depende da capacidade de filtração do capilar que vai depender se é sinusoidal, contínuo. Todo capilar tem um valor numérico que é uma constante que se multiplica pelas forças como demonstrado na fórmula acima. Filtração é igual a uma constante por pressão capilar que favorece a saída de liquido para fora do capilar menos a pressão hidrostática do interstício (é negativo porque se opões a saída de líquido) menos a pressão coloidosmótica plasmática (é negativo porque esta pressão atrai água ao interior do capilar, se opõe também a saída de líquido do capilar) mais a pressão coloidosmótica intersticial (se soma porque normalmente é zero mas se aumenta tem um efeito de estimular a saída de líquido para fora do capilar). As patologias que retem água e sódio dão edema porque aumentam a pressão hidrostática capilar. A taxa neta de filtração capilar normal em todo o corpo é só de 2ml/min. Filtração neta = Kf x força neta = 6,67 x 0,3 = 2ml/min Um desequilíbrio anormal de forças na membrana capilar pode produzir edema. A taxa de filtração glomerular é muito maior que a taxa de filtração capilar sistêmica que é de 125ml/min. São maiores porque devem filtrar todo o sangue. Nefropatias também pode causar edema. A pressão hidrostática capilar funcional é em promédio 17 mmHg. Filtração = Kf x (Pc – Pli – LLp + LLLi) Kf = 6,67 constante Filtração (força neta) = Kf x (Pc – Pli – LLp + LLLi) MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana Quando se promedia durante um período de tempo que inclui tanto etapas de abertura como o fechamento dos capilares, a pressão capilar funcional média resulta mais perto das pressões nos extremos venosos dos capilares que a pressão nos extremos arteriolares e tem um valor promedio de 17 mmHg. A pressão do líquido intersticial é subatmosférica (pressão negativa) no tecido subcutâneo laxo. As medições desta pressão no tecido subcutâneo laxo têm um valor promedio de – 3 mmHg. Uma das razões para este valor negativo é o sistema de bombeamento linfático. Quando o líquido entra nos capilares linfáticos qualquer movimento dos tecidos propulsiona a linfa para frente pelo sistema linfático e finalmente o devolve para a circulação. Neste sentido o líquido livre que se acumula nos tecidos se bombeia fora deles como consequência do movimento dos próprios tecidos A ação de bombear dos capilares linfáticos parece ser a causa de uma pequena pressão negativa intermitente que tem o tecidos quando está em repouso. Pressão coloidosmótica do plasma tem um valor promedio de 28 mmHg. Aproximadamente 19 mmHg se devem as proteínas dissolvidas e os outros 9 mmHg se devem aos cátions, sobretudo aos íons sódio, que se unem as proteínas plasmáticas com carga negativa. Isto se conhece como efeito do equilíbrio de Donnan que faz que a pressão coloidosmótica do plasma seja ao redor de uns 50% maior que a das proteínas. As proteínas plasmáticas estão constituídas principalmente por uma mescla de albumina, globulinas e fibrinogênio. Aproximadamente 80% da pressão coloidosmótica total do plasma se deve a fração de albumina, 20% de globulina e quase nada de fibrinogênio. Portanto do ponto vista da dinâmica de fluidos capilar e tissular o componente mais importante é a albumina. Pressão coloidosmótica do líquido intersticial: Pode chegar a ter um valor promedio de 8 mmHg. O tamanho do poro habitual é menor que os tamanhos dos poros das moléculas das proteínas plasmáticas, alguns poros são maiores, portanto, se perde pequenas quantidades de proteínas plasmáticas nos espaços intersticiais através destes poros por transcitose nas vesículas pequenas. Em alguns tecidos como o fígado a pressão coloidosmótica intersticial é muito maior porque os capilares são mais permeáveis as proteínas plasmáticas. Para controlar os volumes o movimentodos líquidos precisa das 4 forças de Starling A força de filtração está em equilíbrio com a força de reabsorção, por isso temos uma diferença de 0,3 que permite uma taxa de filtração neta. MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana 7. Equilíbrio de Starling para o intercâmbio capilar O quadro ao lado indica os valores promedios das forças existentes através dos capilares e dos fundamentos do equilíbrio. Na circulação capilar total encontramos um equilíbrio quase completo entre as forças totais para fora, 28,3 mmHg e a força total para dentro 28 mmHg. Nesta tabela se tem o promedio das pressões arterial e venosa dos capilares para calcular a pressão funcional média de 17,3 mmHg. O pequeno desequilíbrio de forças de 0,3 mmHg provocará uma filtração de líquidos até os espaços intersticiais ligeiramente maior que a reabsorção. Esse excesso de filtração se chama filtração neta e é o líquido que deve voltar a circulação através dos linfáticos. Em condições normais normais existe um estado perto do equilíbrio na membrana capilar. O leve desequilíbrio da pequena quantidade de líquido que volta com o tempo através dos linfáticos. 8. O sistema linfático O sistema linfático transporta líquidos dos espaços tissulares, dos espaços intersticiais novamente ao sangue, se apresenta uma via alternativa, uma via acessória para o excesso de líquido no espaço intersticial flua novamente para o sangue. Através dos vasos linfáticos pode eliminar dos espaços as proteínas e outras substâncias de grande tamanho, que não podem ser eliminadas por absorção direta nos capilares sanguíneos. O conduto torácico e a grande veia linfática drenam nosso sistema venoso e devolve esse volume de líquido a circulação voltando a fazer parte do plasma. MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana É importante a contração muscular para poder mover os líquidos dos membros inferiores contra a pressão da gravidade com ajuda das válvulas linfáticas Nos trajetos dos vasos linfáticos temos os gânglios linfáticos compostos basicamente por um centro germinal, linfócitos B e T que vão eliminar as substâncias estranhas e os antígenos estranhos que entraram em contato com nosso tecido e com o sangue. Antes de devolver o líquido ao sistema venoso da circulação geral passa pelos sítios dos gânglios linfáticos. Relação entre os vasos sanguíneos e linfáticos: Os capilares linfáticos têm um inicio chamado extremo cego, se chama assim porque é imperceptível o sítio onde inicia, simplesmente são sacos que abrem entre as células que são muito permeáveis de modo que todo o excesso de líquidos e proteínas que estão acumulados no espaço intersticial se drenam no sistema linfático e logo voltam a circulação. Existem sítios que não tem capilares linfáticos como as porções mais superficiais da pele como a epiderme, o sistema nervoso central devido a sua a=barreira hematoencefálica não contém linfático, porções profundas dos nervos periféricos, endomísio muscular (capa de tecido conjuntivo mais interna que reveste a fibra muscular) e por último os ossos. Todo o resto do corpo tem linfático. A maior parte da linfa é proveniente dos MMII, sobe e vai ao conduto torácico que desemboca na ponta de união entre a jugular interna e a subclávia esquerda porque ele drena toda a parte inferior do corpo e o quadrante superior esquerdo A grande veia linfática direita todo o lado direito do pescoço, a cabeça, o braço direto e a parte direita do tórax e termina na veia subclávia direita, na ponta de união entre a subclávia direita e a jugular interna. O conduto torácico é o maior vaso linfático que nasce na cisterna de quillo ou cisterna de pequet na frente de L2 e L3 como confluência de todos os troncos linfáticos lombares e intestinal Pode dizer como regra geral que o conduto torácico pega a linfa dos ¾ do organismo, toda a parte inferior, a infradiagragmatica e o lado esquerdo suoradiafragmatica. Formação da linfa: Toda linfa deriva do excesso de líquido intersticial que vais aspirando e drenando. Quando a linfa começa a fluir dos tecidos tem praticamente a mesma composição que o líquido intersticial Muitos tecidos vão acumulando proteínas por isso no transcurso da linfa já tem um aspecto mais leitoso, mais branco. O sistema linfático é uma das principais vias para a absorção dos nutrientes a partir do aparato gastrointestinal MICROCIRCULAÇÃO – FISIOLOGIA II | @estudandocommariana A taxa do fluxo linfático depende da pressão hidrostática no líquido intersticial e da bomba linfática e é de 120 ml/h ou dois a três litros diários que é l que corresponde a drenagem linfática. Se aumenta a pressão hidrostática no líquido intersticial também vai aumentar a taxa de fluxo linfático e todos os vasos Lj fáticos terão que reabsorver isso. A bomba linfática: Se refere que cada vaso linfático vai atuando como uma bomba independente porque cada segmento do vaso tem uma válvula que permite enviar líquido até o seguinte seguimento que junto com as contrações musculares vão propulsando até chegar e sistema circulatório. Quando o sistema linfático falha como por exemplo um bloqueio do vaso linfático por uma inflamação, linfoadenite uma tumoração ou neoplasia linfáticas pode fazer com que se acumule líquido no espaço intersticial e proteínas produzindo um edema As bactérias, os desechos tissulares, os antígenos estranhos podem ser eliminados do sistema linfático através dos gânglios linfáticos Os linfócitos B e T que formam parte dos gânglios linfáticos se encarregam de filtrar essa linfa e fazer a fagocitose pelos macrófagos.
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