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Saúde mental

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Saúde mental / habilidades de comunicação
CASOS CLINICOS 
Dr. Nelson: Bom dia, Lúcia! Em que posso ajudá-la?
Lúcia: Bom dia, doutor! Hoje vim por dois motivos ... O primeiro é a injeção. Eu tinha que fazer dia 14 deste mês, mas como não tina aqui posto ... não fiz. Agora quero saber se posso faze-la
Dr.: O anticoncepcional, a medroxiprogesterona. Como você estava usando?
O medico dá continuidade à consulta clinica e, ao final, Lúcia continua:
Lúcia: Bem ... o segundo motivo é que ando muito irritada, nervosa!
Um caso de saúde mental esta presente na maioria das consultas em PSF
É muito importante aprender a avaliar a pessoa em sofrimento e dar a ela o atendimento solicitado, pois, frequentemente, poderá ser o único ao qual ela terá acesso.
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Maria, 50 anos, professora aposentada (clinicamente, a inteligência parece na média ou superior), perdeu dois filhos em um acidente há cerce de 6 meses. Agora, ela procura a unidade de saúde com queixas de muita tristeza (alteração do afeto), de pessimismo e desesperança (alterações do pensamento), as vezes com muita irritabilidade (alteração do afeto), passa dias na cama sem sequer levantar para fazer as refeições (alteração do comportamento) e tem tido ideias de tirar a própria vida por achar que atrapalha a vida dos filhos (alteração do pensamento), embora não tenha um plano definido para isso. 
Fala de forma lenta (alteração da linguagem), mas não se mostra obnubilada (exame do estado de consciência sem alterações aparentes), e mostra-se desatenta às intervenções verbais do medico de família. Diz que não tem prestado atenção em nada (alteração da atenção) e que anda muito esquecida. No entanto, lembra-se de todas as medicações que está tomando, e de vários detalhes de sua vida atual e pregressa (teste de memória integro). Em dado momento da consulta, pergunta onde está (alteração da orientação) e pergunta se o profissional também está vendo aquele anjo negro que está de pé próximo ao conto do consultório, e que agora ele está falando coisas em uma língua que ela não entende (alterações da sensopercepção). Sente-se perseguida por ele, que quer leva-la para o inferno (alteração do pensamento).
O profissional elabora uma lista de problemas, com o auxilia do exame do estado mental e faz o diagnostico de episodio depressivo grave com sintomas psicóticos. 
COMO FAZER?
Perceber as emoções que estão em jogo 
Reconhecer na emoção uma oportunidade de compreensão do que está ocorrendo no íntimo da pessoa, para estabelecimento de uma relação de confiança com o profissional
Ouvir com empatia, legitimando os sentimentos;
Ajudar a pessoa a encontrar as palavras e a identificar a emoção que está sentindo 
Explorar estratégias para solução do problema em questão.
COLETANDO A HISTÓRIA E EXAMINANDO O ESTADO MENTAL DA PESSOA 
O paciente percebe que tem o problema? Ele sabe as possíveis consequências?
O médico é empático e atencioso? Ele tenta investigar a situação?
Há alguma situação de conflito ou perda?
Deixar o paciente falar é importante
Como o paciente era antes desse problema? Isso já ocorreu outras vezes?
O EXAME DO ESTADO MENTAL 
Mnemônico ASMOCPLIAC (atenção, sensopercepção, memoria, orientação, consciência, pensamento, linguagem, inteligência, afetividade, conduta);
DICAS DE COMO AGIR 
Faça mais perguntas abertas do que fechadas e especificas;
Procure compreender e reconhecer as respostas da pessoa;
Seja sensível às emoções da pessoa 
Preste atenção à linguagem corporal e ao tom de voz;
Permita à pessoa expressar livremente suas emoções;
Evite ser preconceituoso;
Garanta a confidencialidade das informações (exceto em situações especificas);
Quando não souber o que dizer, aguarde em silencio, escutando ativamente;
Pergunte mais do que dê respostas ou explicações, pelo menos no início da entrevista;
Esmiúce cada informação que pareça relevante, e as irrelevantes também;
Coloque as informações coletadas dentro de um contexto mais amplo, que envolva os sintomas, o tempo, as relações entre as pessoas, etc;
Quando quiser dizer algo, como um entendimento ou uma interpretação, e não tiver certeza de sua correção ou momento (timing), faça-a na forma de pergunta;
Ao falar, faça-o como quem oferece algo, não como quem impõe.
E AGORA? O QUE FAZER? 
Resumir em uma lista de problemas;
Elaborar um diagnostico sindrômico: síndrome ansiosa, síndrome depressiva, síndrome psicótica, etc;
Definir hipóteses diagnosticas
COMO REALIZAR O TRATAMENTO?
Conhecer a história dos problemas e o tratamento prévio e corrente 
Conceitualizar o caso, buscar classificar as queixas e diagnosticar
Estabelecer objetivos de curto e longo prazo 
Selecionar a modalidade de tratamento, os objetivos e as intervenções 
Estimar o tempo e a frequência do tratamento 
Considerar necessidades de referenciamento e os recursos externos disponíveis 
RESUMO 
Perceber a comunicação verbal e não verbal da pessoa que busca ajuda;
Percebera própria reação emocional imediata às comunicações da pessoa; 
Aprofundar o motivo do atendimento e verificar a existência de conflitos/perdas;
Questionar/relacionar com problemas orgânicos;
Avaliar e descrever os achados do exame do estado mental
	ATENÇÃO
	Perda, distração, aumento, como nos quadros paranoicos
	SENSOPERCEPÇÃO
	Sensações relacionadas aos sentidos, ex. parestesia
	MEMORIA
	Amnesia pode ser anterógrada, para fatos recentes, ou retrógrada para fatos passados 
	ORIENTAÇÃO
	Noções de espaço e de tempo 
	CONSCIÊNCIA
	Nível de consciência; alterações na consciência do eu, como estados de êxtase, de transe ou de possessão 
	PENSAMENTOS
	Raciocínio; Pensamento vago; Tangencialidade; Neologismo.
Compulsões: comportamentos repetitivos e ritualizados para evitar algo ruim ou aumento de ansiedade;
Delírios: crenças irrefutáveis (grandiosos, erotomaníacos, ciúmes, somáticos, persecutórios); 
Associações por assonância: pensamentos associados pelo som das palavras, não por seu significado, por exemplo rima ou ressonância;
Pensamento obsessivo: invadem, o paciente tentar resistir a eles;
Perseveração: repetição de palavras, expressões e ideias fora do contexto;
Descarrilamento (sinônimo de associações frouxas): quebra na conexão lógica entre as ideias quanto no sentido de objetividade geral;
Fuga de ideia: uma sucessão de associações múltiplas, mudança de ideias de modo rápido
	LINGUAGEM
	Problemas orgânicos: disartria, dislalia e afasia 
Problemas funcionais: logorreia, bradilalia 
	INTELIGÊNCIA
	Nível de escolaridade alcançado; dificuldade ou facilidade para alcança-lo; habilidades laborais adquiridas apenas para tarefas mais simples ou atividades profissionais mais elaboradas e complexas
	HUMOR E AFETO
	O afeto é a expressão do humor 
	CONDUTA
	Suas alterações poderão variar de estados de excitação motora, de ausência ou diminuição da atividade motora (hipobulia ou abulia)

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