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Prévia do material em texto

História: Espaços e 
Experiências Urbanas
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Marcia Barros Valdivia
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, 
modos de sentir e dizer 
5
• Introdução
• A Multiplicidade Citadina
• Uma breve história sobre Paris
 · Apresentar a multiplicidade da formação das cidades por meio da cultura material 
e imaterial, produzida pela diversidade dos sujeitos históricos, inseridos em suas 
respectivas temporalidades.
 · Refletir sobre a história das cidades por meio das representações, que 
ganham cada vez mais espaço nos estudos históricos ligados à cultura. 
Investigar de forma crítica a complexidade do espaço urbano, que abrange 
inúmeras possibilidades de análises, temáticas e diversidades de fontes, 
que podem ser utilizadas nos trabalhos e aulas de História, bem como em 
outras ciências e disciplinas. Conhecer e compreender a historicidade e 
historiografia sobre o espaço urbano.
Caro(a) aluno(a) 
Nesta Unidade vamos aprender como se formam e se desenvolvem as cidades além do 
urbanismo da urbanização e da arquitetura. 
Os estudos aqui propostos focam os sujeitos históricos inseridos em suas respectivas 
temporalidades. Procure fazer as leituras, desenvolver todas as atividades propostas e assim, 
certamente, você terá um excelente aproveitamento. 
É importante lembrar que vários recursos como as atividades de sistematização e 
aprofundamento como também o fórum de discussão e a videoaula são contribuintes no 
processo de aprendizagem. 
Após usufruir desses recursos, registre as dúvidas e as discuta com o professor tutor.
Tenha bons estudos!
As imagens da cidade: normas de fazer, 
formas de viver, modos de sentir e dizer 
6
Unidade: As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, modos de sentir e dizer 
Contextualização
A importância dos estudos históricos está, entre outros motivos, em perceber a relação 
que existe entre o tempo passado e o tempo presente e como diante das transformações que 
ocorrem na vida humana alguns aspectos residuais ainda permanecem, enquanto outros são 
emergentes, derivados de um determinado contexto.
As cidades, com suas paisagens naturais, arquitetônicas e humanas, podem ser 
testemunhas de análise para percebermos o diálogo entre os tempos históricos. Basta 
observar os nomes de pessoas, ou eventos que nomeiam as ruas ou as edificações como 
casas, igrejas, templos, teatros, casas de comércio inseridos em bairros, por muitas vezes 
temáticos, em homenagem aos primeiros fundadores, assim como os monumentos e os 
museus também são ótimos exemplos. 
É importante ressaltar para as pessoas que, por meio de suas etnias, corpos, rostos e 
feições, aparece em uma imensa diversidade, indicando que emigrantes, imigrantes e migrantes 
ajudaram a compor a multiplicidade cultural do espaço urbano.
Para iniciarmos a Unidade, vamos refletir sobre algo que permanece muito importante 
desde a Antiguidade, que se refere ao uso e aos problemas ocasionados pela falta e pelo 
excesso de águas, já que algumas cidades como São Paulo, Recife e Veneza, entre outras, 
foram edificadas entre rios, que necessitaram de canalizações, escoamentos, entre outras 
questões que envolvem o saneamento básico e o direcionamento das águas fluviais (rios) e das 
águas pluviais (chuvas). Para esclarecer a questão, elegemos artigos extraídos de revistas nos 
links apontados ao final de cada matéria.
• Problemas Hidrológicos da Grande São Paulo
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=s0009-67252004000300002&script=sci_arttext
• História: como Veneza foi construída?
• Até o Século 7: Desvirginando as Ilhas
• A partir do Século 9: Pedra sobre pedra
• Hoje: Patrimônio em risco
Http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-veneza-foi-construida
• Recife, a Veneza brasileira
http://estradasecaminhos.blogspot.com.br/2011/06/recife-veneza-brasileira.htm
7
Introdução
Quando nos deparamos com a palavra cidade, é muito comum vir à tona imagens sobre 
a vida citadina atual, cenas povoadas de prédios, de carros, de ruas com seus comércios, em 
meio às multidões, como também cenas da cidade a qual pertencemos, seja no interior, no 
litoral, nas montanhas, ou nos vales, das mais pacatas às mais agitadas. 
Os modos de trabalhar, de morar, de se divertir, enfim, de viver, permitem percebê-la e explorá-
la atentamente, diante de tantos elementos. Entre eles, estão as diversas paisagens, como a 
natural, a humana e a arquitetônica, entre outras, nos espaços metropolitanos ou interioranos.
O aspecto destacado da presente Disciplina é o espaço urbano. Assim, cada Unidade irá 
desvelar aos poucos a complexidade das cidades por meio da história que, por sua vez, dialoga 
com a cultura, com o imaginário e com outras áreas do conhecimento, como, por exemplo, 
a arquitetura e o urbanismo, a Sociologia, a Antropologia e a Geografia, entre outras ciências 
sociais e humanas.
 Atenção
A partir dos anos 1960, surgiu, na França, um aprendizado historiográfico que 
se preocupou em investigar os sistemas de crenças, valores e representações 
produzidas por homens, mulheres, jovens e crianças, entre outras categorias 
inseridas em seu cotidiano. 
Essa nova abordagem sobre a produção do conhecimento histórico veio a ser 
denominada História das Mentalidades. Um dos elementos que ajudou os 
historiadores nesse trabalho foi a utilização do campo do imaginário, como 
esclarece muito bem o historiador José d’Assunção Barros, quando argumenta 
que o imaginário é algo que faz parte do cotidiano dos indivíduos e se faz tão 
presente quanto aquilo a que atribuímos o valor do real ou considerado como algo 
concreto (BARROS, 2009, p.91).
A pesquisadora Maria de Fátima de Souza Santos aponta para a perspectiva de 
uma relação entre o imaginário e o simbólico. Na visão dela, o Imaginário Social 
possui, como base, os sistemas de símbolos, e essa categoria seria formulada por 
meio das vivências, objetivos e metas dos indivíduos 
SANTOS, 2005, p.48. In: COSTA, Carlos Eduardo. 
Os estudos urbanos sobre as cidades já fabricaram diversos modelos representativos, que 
compõem as imagens urbanas, seja para entendê-las como produtos do homem, ou da terra, 
inspirados em moldes de força humana ou da natureza. Há também os moldes abstratos, que 
demonstram as cidades como um sistema ou como um texto a ser lido. 
Dessa forma, a cidade será aqui apresentada como propõe Roland Barthes: “A cidade é um 
discurso, e esse discurso é verdadeiramente uma linguagem: a cidade fala a seus habitantes, 
falamos nossa cidade, a cidade em que nos encontramos, habitando-a, simplesmente 
percorrendo-a, olhando-a”1.
1 BARTHES, Roland. Semiologia e Urbanismo. In: A Aventura Semiológica. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.219-31.
8
Unidade: As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, modos de sentir e dizer 
As cidades são povoadas de sujeitos históricos diversificados, que dão suas contribuições 
e deixam suas marcas na cultura material. Esta se refere a tudo aquilo que podemos visualizar 
concretamente, como a forma de organizá-las pelo urbanismo e pela urbanização, feitas 
pelos engenheiros e arquitetos, pela ordem do trânsito em suas rodovias, avenidas e ruas 
e também na cultura imaterial representada e apresentada pela vida dos seus habitantes 
que vivem no centro ou na periferia, em bairros nobres ou suburbanos e até mesmo nas 
ruas, mendigando. 
Outro aspecto importante são as cores, os sons, os sabores, expressos nos trajes das 
multidões, na sonoridade urbana múltipla e na culinária, entre comidas e bebidas.
 Importante!
É importante saber que a cultura material é formada por um conjunto de bens 
culturais materiais como os arqueológicos, paisagísticos etnográficos e históricos. 
Eles estão divididos em bens imóveis, como os núcleos urbanos, os sítios 
arqueológicos e os bens individuais como imóveis e móveis, além das coleções 
arquivadas em acervos museológicos, documentais,bibliográficos, fotográficos, 
videográficos e cinematográficos. Já os bens culturais imateriais são formados 
pelos saberes, pelas crenças, pelas religiosidades de uma etnia, de uma tribo, de 
uma comunidade ou nação, que estão enraizados no cotidiano e são expressos 
nas manifestações artísticas, bem como na literatura, na música, na dança, nas 
artes plásticas, cênicas e lúdicas. São manifestadas por meio dos ritos e rituais. 
Para citar apenas como um exemplo, temos as festas populares dos santos 
padroeiros das cidades, que marcam a vivência coletiva da fé, do entretenimento 
e de outras práticas da vida social.
9
A Multiplicidade Citadina
As cidades e a forma de organizá-las já existiam por volta dos anos de 4.000 a 3.000 a.C. 
Esse período é denominado pelos arqueólogos de Neolítico. Uma das principais preocupações 
dos líderes nas cidades da Antiguidade era a questão econômica referente ao trabalho, que 
dependia totalmente da natureza e das trocas comerciais. 
Outra questão de suma importância era a defesa do território que, por muitas vezes, foi feita 
por meio das construções em formas de fortificações e muros, para protegerem o território 
de outras civilizações inimigas que, por sua vez, tinham uma vida semelhante ao território que 
desejavam invadir. 
Um dos recursos preciosos para os habitantes desse período histórico foi a água. As aldeias 
onde moravam os clãs e as tribos (famílias) que posteriormente deram origem a pequenas 
cidades, surgiram exatamente às margens de rios e ou mares.
As águas eram sinônimo de vida, foram usadas para o banho, para a pesca, para as 
navegações, para os rituais religiosos ou de passagem. Foram até mesmo usadas para preparar 
alimentos e argamassas para erguer as edificações. Foram também símbolos de benção e 
maldição, em meio à religiosidade monoteísta (crença em um único deus) ou politeísta (crença 
em vários deuses). 
O que se pode observar racionalmente é que as águas precisavam ser disciplinadas para 
que as cheias dos rios não inundassem as cidades, para que a umidade de rios, mares e 
lagos não afetassem as construções, para que os homens pudessem irrigar plantações e 
jardins para que não servissem apenas para o escoamento dos dejetos humanos como 
fezes, urina, sangue, entre outros. Assim, foram feitos canais, aquedutos, pontes, entre 
outras construções, de forma que os habitantes das cidades pudessem usufruir do espaço 
e das águas.
As primeiras cidades do Oriente Médio surgiram ao longo dos vales dos rios Tigres e 
Eufrates, ocupados pelos povos da civilização mesopotâmica. Aquele lugar, modificado pelas 
intempéries naturais e pelo tempo histórico, corresponde, atualmente, à grande parte do 
território do Iraque. 
Já a literatura judaico-cristã, no livro de Gênesis, no capítulo dois, aponta que o jardim do 
Éden localizava-se nessa mesma região iraquiana. Outro exemplo a citar refere-se às cidades 
erguidas no vale do rio Nilo, no Egito, ao norte da África. Esses espaços e lugares são apenas 
alguns exemplos, entre tantos outros.
Já no Ocidente, foi a civilização grega que marcou o início das cidades, entre os séculos VIII 
a VI a.C. As cidades gregas foram ao mesmo tempo centros comerciais, religiosos, políticos 
e artísticos, com autonomia organizacional em relação às demais. Assim, foram denominadas 
Cidades-estados. Entre elas, destacaram-se Atenas e Esparta, devido aos aspectos filosóficos, 
políticos, jurídicos, militares e artísticos, além da questão econômica, pois dominaram 
o comércio no Mar Egeu e em parte no Mediterrâneo, que eram os principais portos de 
intercâmbio comercial naqueles tempos. 
10
Unidade: As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, modos de sentir e dizer 
Outra cidade que teve importante visibilidade na Antiguidade ocidental foi Roma, capital 
do império romano. Este, perdurou em extensão geográfica, poder político e econômico 
entre os anos de 27 a.C. e 395 d.C., diante de diversas fases administrativas representadas 
por seus imperadores. 
A partir da República, os romanos expandiram-se por toda a Europa, por grande parte da 
Ásia e do Oriente Médio, dominando esses espaços de forma econômica política e militar, 
deixando marcas culturais como potência mundial.
Você sabia?
Além da divisão do Império Romano em duas partes 
– Império Romano do Oriente, com capital em 
Constantinopla, antiga Bizâncio, e Império Romano do 
Ocidente – que teve as cidades de Milão e Ravena como 
capitais do Império ocidental, além da cidade de Roma.
Com a migração de diversas civilizações, compostas de várias etnias, chamadas de povos 
bárbaros pelos romanos, o Império foi se desestruturando. 
As invasões daqueles povos provocaram a destruição de diversas cidades e fizeram com que 
muitos habitantes fugissem para o campo atrás de refúgio e segurança, em terras latifundiárias. 
Entre os latifundiários que possuíam maior extensão de terras, estava a Igreja Católica, que 
representava o poder religioso e político diante daquela sociedade que a temia e que deveria 
obedecer a suas normas e leis. Caso contrário, haveria castigos e punições sobre as pessoas. 
Da criação de comunidades naquelas terras, verificou-se a formação dos feudos (grandes 
propriedades), que deram o caráter rural ao período medieval.
A ruralização das regiões feudais teve como consequência a descentralização política e a 
diminuição das formas comerciais existentes até então. Porém, em outras regiões e em algumas 
cidades, houve a manutenção ativa do comércio. Entre essas, estava a cidade denominada 
Constantinopla, entre os anos de 330 e 1453. 
Esta cidade foi chamada de Bizâncio até 330, e tornou-se a atual Istambul, na Turquia, 
a partir de 1930. Na época da divisão do Império Romano, essa área foi a capital da parte 
Oriental do sistema imperial, e teve grande importância e desenvolvimento, tornando-se centro 
comercial e urbano. Para ela convergiam caravanas de diversas regiões.
No final da Idade Média, datada do ano de 1453, quando Constantinopla foi invadida 
pelos turcos otomanos, renasceu uma nova mentalidade, de acordo com a qual surgiu o 
Antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro do pensamento racional, como 
também contribuinte à emergente forma de pensar, que se sobrepôs em alguns lugares ao 
Teocentrismo, a doutrina que considera Deus o fundamento de toda a ordem no mundo. 
A forma racional de perceber o mundo também influenciou o urbanismo, que é a forma de 
organizar as cidades, a partir dos burgos (esses se formaram ao redor dos feudos e aos poucos 
se transformaram em cidades, em novos modelos, que passaram a ser centros comerciais). As 
manufaturas foram aprimorando-se tecnologicamente. Assim, temos o caso mais clássico das 
áreas que, posteriormente, formariam a Inglaterra, cujas cidades cresceram principalmente após 
os cercamentos das regiões rurais, iniciados no século XVIII, que expulsaram os camponeses 
de suas terras, obrigando-os a se tornarem proletários, ou seja, operários de máquinas nas 
fábricas nascentes.
11
Essa mudança tecnológica, no modo de produção e nas relações de trabalho, foi denominada 
Revolução Industrial, iniciada nos finais do século XVIII e desenvolvida durante todo o século XIX. 
A esse fator foi somada a centralização da administração do território delimitado por 
fronteiras nas mãos de governantes que deveriam administrar a Política, a Economia e a 
sociedade com mãos fortes, por meio de leis próprias. Cada área possuía uma identidade 
manifesta pelo Estado-nação. Assim, deu-se o impulso à urbanização, ou seja, um fenômeno 
típico do século XIX e aprimorado cada vez mais no século XX.
É de suma importância refletir a respeito dos conceitos de urbanismo e urbanização. Em primeiro 
lugar, é preciso entender que o termo urbanismo surgiu no final do século XIX para denominar o 
conhecimento científico referente à forma de organizar por meio dos saberes dos engenheiros e 
arquitetos os vastos espaços territoriais que os levaram a criar políticas deplanejamento urbano, 
visando a sanar problemas habitacionais, sanitários e de deslocamento populacional. 
Assim, o urbanismo dialogou com a urbanização, que pode ser entendida como um fenômeno 
emergente dos tempos modernos, situado entre os finais dos séculos XVIII e início do XIX 
em algumas cidades dos países europeus, como, por exemplo, a França e a Inglaterra, entre 
outros. A ação da vida moderna, ou seja, a modernização corroborou-se com a urbanização. 
O autor Marshall Berman esclarece a questão quando explica que a modernidade produziu 
suas consequências, entre elas, a modernização. 
A modernidade pode ser dividida em três fases: a primeira, percorreu do século XVI ao 
XVIII; a segunda, do século XVIII ao XIX e a terceira, do século XX ao XXI. Portanto, a 
modernização iniciou-se a partir do final do século XVIII e início do século XIX, e continua até 
os dias atuais, embora a Idade Moderna tenha se encerrado no século XVIII, com a Revolução 
Francesa, em 1789, iniciando a partir desse marco a Idade Contemporânea, mediante a 
divisão ocidental do tempo histórico2.
Com base no autor citado, entende-se que, apesar de o termo urbanismo ter surgido no 
século XIX como uma forma de organizar as cidades emergentes, a prática da organização já 
existia desde as cidades antigas que já foram citadas no início do texto, datadas do período a.C. 
Dessa forma, entende-se urbanismo como a organização das cidades desde os tempos da 
Antiguidade até o presente momento, e urbanização como uma prática inserida no contexto 
da modernização, no início do século XIX, até os nossos dias. 
Com esse esclarecimento sobre urbanismo, termo que surgiu no século XIX, que se refere à 
organização das cidades, e a urbanização como uma ação da modernidade nas cidades a partir 
do século citado, é que a presente Disciplina irá ser conduzida.
As características da urbanização podem ser expressas por meio do êxodo rural europeu, 
mediante a fase do capitalismo industrial, quando a população urbana passou a ser maior em 
números do que a do campo. Essa migração pode ter como causa, entre outras, a busca por 
trabalhos nas fábricas. 
Diante dessa fase, o homem urbano tornou-se cada vez mais refém das máquinas. Entre 
elas está o relógio, que passou a controlar o tempo, dedicado e ocupado pelo trabalho.
2 MARSHALL, Berman. Tudo o que É Sólido se Desmancha no Ar. A aventura da Modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 1986, p.16.
12
Unidade: As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, modos de sentir e dizer 
Para compreender melhor a relação homem e as máquinas, fica a 
sugestão do filme “A Invenção de Hugo Cabret”, disponível em:
www.youtube.com/watch?v=XITOoXrFzjA. 
Após assistir o filme, faça um texto sobre a relação do homem com 
as máquinas e da arquitetura e do urbanismo com as tecnologias. 
Dê ênfase ao quanto os seres humanos são ao mesmo tempo 
fascinados e reféns das máquinas, comparando a atualidade com o 
início do século XX, momento histórico do filme.
Para elucidar o que foi exposto até aqui, a respeito do surgimento da urbanização como 
forma de pensar a cidade, como um complexo a ser organizado e reorganizado constantemente, 
pode-se afirmar que, desde a estética do Renascimento europeu, entre os séculos XIV e XVI, 
as cidades europeias foram constantemente se modificando, até o processo da Revolução 
Industrial, que foi alastrado por todas as cidades, levando consigo seus problemas, tais como 
a exploração da mão de obra operária, das matérias primas em solos que poderiam oferecer 
lenha, carvão, ferro, cobre, entre outros materiais utilizados nas indústrias. Esse processo 
exploratório territorial foi chamado de Imperialismo.
As cidades de modo geral (não só na Inglaterra, onde os estudos focam apenas Londres), no 
século XIX, foram recebendo um fluxo migratório imenso de pessoas que saíam dos campos 
em busca de trabalho (êxodo rural) e passaram a habitar o solo urbano, gerando um excedente 
de mão de obra, o que fez com que os salários fossem baixos e, ao mesmo tempo, as condições 
de moradia péssimas. 
Até mesmo porque houve o aumento do valor do solo urbano, o que dificultava a muitos a 
compra de um lugar para bem morar. Paralelo a isso, estavam começando a se desenvolver 
novos materiais, novas tecnologias. 
A arquitetura passou a utilizar o ferro e o vidro, celebrando nas edificações a burguesia 
industrial. Vale apontar que, a partir desse momento, os arquitetos/engenheiros tiveram a 
ousadia de começarem a construir os arranha-céus.
Para organizar esse novo espaço urbano, foram necessárias intervenções por parte do 
Estado (governo), que passou a convocar uma Comissão Real para criar leis específicas para a 
intervenção urbana, para que fossem feitos os planejamentos de remodelações nas cidades. A 
partir desse período, o urbanismo dialogou intensamente com o discurso jurídico.
A Revolução Industrial se espalhou em todo território inglês e, posteriormente, foi se 
espalhando por todo o território europeu, atravessou o Atlântico e foi para os EUA.
Na Europa, chegou com êxito à França, que havia passado pela Revolução Francesa, uma 
ação liderada pelos burgueses, que se aliaram aos camponeses e à massa popular, e saíram 
às ruas reivindicando seus direitos. Porém, a liderança revolucionária estava nas mãos da 
burguesia, que passou a controlar as classes menos favorecidas. 
A partir dessa Revolução, houve a decadência dos absolutismos monárquicos, dando lugar 
a outras formas de governos, como a República presidencialista, ou parlamentarista. 
Embora alguns governos fossem ainda representados por reis, rainhas e imperadores, o 
poder emergente se tornou cada vez mais representativo dos interesses dos burgueses. 
13
Na França, o governo e seus assessores passaram a temer novas revoluções populares, 
ainda mais porque ideologias marxistas estavam sendo divulgadas e, a partir delas, ações 
socialistas podiam ser executadas como forma econômica alternativa ao modo de produção 
capitalista. Esses ideais espalharam-se de forma muito forte. 
Paris e Londres foram os centros de todo esse processo de industrialização e modernização. 
Porém, ocorreram manifestações contra a ordem burguesa por parte dos trabalhadores, que 
reclamavam como direito melhores condições de vida e de trabalho.
É muito interessante perceber que as questões políticas e econômicas refletem na forma 
de organizar as cidades inseridas no espaço urbano, como no caso de Paris, onde, de forma 
breve, será exposto a sua trajetória desde a cidade medieval até o século XIX.
Uma breve história sobre Paris
Paris surgiu na Île de la Cité, um antigo aldeamento Ceuta, povo este que foi considerado 
bárbaro pelos romanos. Apesar do domínio de Roma nessa região, os Ceutas se expandiram 
e atravessaram os dois lados do rio Sena. 
Desde a queda do Império Romano, no início da Idade Média, Paris se desenvolveu dentro 
dos muros, como cidade medieval, que se expandiu conforme o crescimento da população. Paris 
possuía um traçado orgânico, característico do período, com ruas estreitas e muitas curvas. 
Ainda com características medievais, em plenos séculos XVIII e XIX, na cidade ainda haviam 
bairros onde no mesmo edifício moravam pessoas da aristocracia, pessoas pobres e miseráveis. 
O sobrinho de Napoleão Bonaparte, Napoleão III, governou a França com punhos de ferro 
e propôs acabar com rebeliões populares por meio de Georges-Eugène Haussmann, prefeito 
do antigo Departamento do Sena, no qual eram tomadas decisões a respeito da cidade. 
Assim, Haussmann, com o apoio de Napoleão III, empreendeu na Paris que ainda tinha 
alguns aspectos medievais a maior intervenção urbanística daquele período. As reformas 
destruíram grande parte da Paris antiga, acabando com todos os guetos e cortiços, abrindo uma 
série de novas vias alargadas, e embelezando outras já existentes, como a Avenida Champs 
Elyseés, inaugurada em 1670. 
Nesta avenida, o planejamento urbano haussmanniano teve também que lidar com o 
monumentoArco do Triunfo, construção iniciada em 1806, no governo de Napoleão 
Bonaparte, e somente inaugurada em 1836.
É importante ressaltar que as execuções das modificações urbanísticas são complexas e 
devem levar em conta o patrimônio já existente. A equipe de arquitetos e engenheiros deve 
pensar como as obras anteriores vão dialogar com as emergentes.
Mas o grupo de profissionais envolvido nas reformas do período administrativo de 
Haussmann entre os anos de 1851 e 1870 conseguiu com muito esforço transformar Paris 
naquilo que Napoleão III queria, na capital da modernidade, que significava ser uma cidade 
bela e higienizada, por meio da arquitetura Neoclássica, na qual a burguesia podia exibir seus 
corpos em trajes elegantes nos cafés parisienses.
14
Unidade: As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, modos de sentir e dizer 
Figura 1 – Jean Béraud (1849–1935)
Fonte: Wikimedia Commons
Para facilitar a compreensão dessas reformas, é pertinente observar cinco principais 
categorias da intervenção Haussmanniana na cidade de Paris.
A primeira característica foi a abertura das novas vias e o alargamento de tantas outras, 
formando os boulevares parisienses. 
O principal objetivo dessas aberturas era facilitar o escoamento da produção, principalmente 
todo o sistema ferroviário, que ficava na periferia da cidade. 
As indústrias se instalavam nos centros urbanos e era necessário escoar essa produção com 
maior velocidade, e nas antigas vielas existentes isso era muito difícil. Além disso, a abertura 
dessas vias criava efeitos de ordem e de grandiosidade. A perspectiva infinita, o efeito de 
amplitude e de grandiosidade das construções eram agora aplicadas aos boulevares.
De maneira autoritária, sua administração lidou com os problemas urbanos e procurou 
deixar sua marca com efeitos artísticos e teatrais, como no Arco do Triunfo que, com a 
reforma, foi posto em destaque, circundado por doze vias. 
Figura 2
Fonte: recreoviral.com
15
Os boulevares têm efeitos cenográficos. São belíssimos, mas tinham funções dentro do 
planejamento urbano, além de escoar a produção industrial.
Outra função refere-se à infraestrutura sanitária, com a canalização de águas pluviais e 
fluviais, dirigida pelo saneamento básico. Outro detalhe importante foi a função militar. A 
grandeza da largura e da extensão das avenidas serviu para evitar motins, aglomeração de 
pessoas em becos e barricadas, entre outros eventos populares de difícil controle.
Tudo deveria circular, fluir e facilitar o deslocamento da vigilância policial e militar. A ação 
policial estava em impedir rebeliões ou reprimi-las com maior facilidade. Visava ao fim dos 
guetos e das ruelas. Assim, o posicionamento do pelotão de fuzilamento numa grande avenida 
tornaria mais fácil o domínio dos revoltosos.
A segunda característica a destacar foi o abastecimento de água e escoamento de esgoto. 
Foram fundamentais nas reformas de Paris e de outras cidades dentro ou fora da França. 
As ruas até então eram imundas e repletas de problemas sanitários. O discurso médico 
dialogava intensivamente com a Arquitetura e o Urbanismo, “cidade bela é a cidade higienizada”, 
e vice versa. 
A estética do Neoclássico expressa muito bem essa relação de higiene com a beleza. Um 
dos primeiros atos de Haussmann foi elencar em Paris as edificações que não poderiam ser 
derrubadas. Ao contrário, deveriam ser destacadas, e transformar o restante em um imenso 
canteiro de obras.
Figura 3 – Charles Marville (1813–1879)
Fonte: Wikimedia Commons
A terceira característica dessa reforma foi a criação de grandes prédios públicos e 
administrativos, como A Ópera de Paris, um teatro erguido a partir de 1861 e finalizado em 1875.
Essa obra é uma das construções significativas daquela época, recebendo uma enorme 
avenida para valorizar a perspectiva dessa edificação. 
Haussmann foi autorizado por Napleão III a promover a limpeza de 12.000 m² de terreno. 
O projeto para a construção passou por concurso público de arquitetura, e o vencedor foi o 
arquiteto Charles Garnier.
16
Unidade: As imagens da cidade: normas de fazer, formas de viver, modos de sentir e dizer 
Figura 4
Fonte: Wikimedia Commons
Escolas, hospitais, prefeituras e centros administrativos foram construídos naquele período. 
Sempre havia a intenção de destacar os prédios públicos e, em contrapartida, homogeneizar 
o restante das construções. Essas edificações celebravam, com sua estética, a administração 
política e urbanística burguesa. 
A Paris de Haussmann foi colocada como um exemplo a ser seguido para superar todas as 
crises urbanas criadas pela revolução industrial. Era isso que todas as outras cidades do mundo 
deveriam fazer. 
Uma série de outros espaços citadinos seguiu o exemplo de Paris, inclusive no Brasil. 
Na gestão do prefeito Pereira Passos, em 1903, foi lançado um concurso de projetos 
arquitetônicos, quando o Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi construído inspirado no teatro 
Ópera de Paris.
A quarta característica compreende a conservação da arborização urbana das ruas, onde a 
presença das árvores enfeitava as vias públicas denominadas alamedas. 
A justificativa para a criação dos parques ingleses é que eles foram criados com o objetivo 
de aclimatar o camponês, que vinha para cidade trabalhar nas fábricas, com o intuito de 
adaptar melhor as pessoas vindas do interior, acostumadas à natureza. 
Mas, na realidade, a construção dos jardins tinha como objetivo a higienização e o 
embelezamento, pois o discurso médico da época afirmava que esses grandes parques na 
cidade funcionam como pulmões verdes, o que melhorava o sistema respiratório das pessoas 
mediante a poluição exalada das fábricas.
A quinta característica demonstra a nova divisão regional de Paris em distritos urbanos. 
Entre 1851 e 1870, ocorreu uma série de circunstâncias favoráveis e, entre elas, a existência 
da lei sobre a expropriação de 1840 e da Lei Sanitária de 1850, que permitem a Georges 
Eugène Haussmann, prefeito de Paris e circunvizinhanças, realizar um grande programa de 
transformações no espaço urbano da cidade. 
Essas transformações se encaixaram no conceito de Urbanismo Monumental, que 
evidenciava a grandiosidade das ruas largas e obras feitas para suportar décadas de crescimento 
populacional. Também é possível classificar o estilo adotado na reforma de Paris como 
Urbanístico Neoclássico.
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Mesmo com toda a modernidade que a Revolução Industrial proporcionou, Paris era uma 
cidade que ainda tinha vestígios medievais no século XIX. 
Nesse cenário urbano, composto por uma cidade ainda murada, de pequenas vielas e casas 
amontoadas nas periferias, os higienistas e técnicos sanitários encontraram ali os focos para 
a insalubridade da cidade. Assim, surgiram as Leis Sanitárias, criadas para evitar as epidemias 
por meio do saneamento básico, além do fornecimento de água potável e modernização da 
rede de esgoto.
Para transformar Paris em uma cidade moderna, Haussman elaborou uma nova cidade por 
cima da antiga malha viária medieval. Foi preciso botar abaixo centenas de edifícios e deslocar 
milhares de pessoas, que passaram por imensas dificuldades de adaptação em meio às reformas, 
porque muitos homens, mulheres, jovens, crianças e idosos que moravam naquelas áreas foram 
desalojados e, com pouco recurso financeiro, certamente não desfrutaram da bela cidade. 
Haussmann chegou a destruir bairros inteiros para criar artérias mais espaçosas e retilíneas, 
propícias ao movimento de tropas. 
No auge da gestão de Haussmann, entre os anos de 1851 e 1870, houve grandes obras 
viárias, com a apropriação de terrenos periféricos, criação de parques públicos, além da 
renovação das instalações hidráulicas. 
A partir deste momento, foram feitas as aberturas de ruas e avenidas que cortam em todos 
os sentidos do antigo organismo urbano. Assim, foram feitas instalações de novos serviços, 
além da rede de esgoto, redes de iluminação a gás e de transportes públicos, com os ônibuspuxados a cavalo, que circulavam pela cidade. 
No ano de 1881, em Paris, houve a feira internacional de eletricidade, que deu um novo 
impulso às modificações.
A uniformidade, racionalidade e beleza da arquitetura nas fachadas das edificações, do desenho 
das praças e das ruas mais importantes, deram ao plano urbanístico de Haussmann uma estruturação 
imponente, espectacular, atitude que enobrece as necessidades técnicas por meio das atividades 
artísticas, nas quais inclui-se a arquitetura que celebrava o Estado-nação francês.
O urbanismo e a urbanização dialogaram naquele tempo histórico com vários setores 
hegemônicos, ou seja, com vários discursos de poderes, como o das legislações, o da Medicina, 
e do próprio Estado, que desejava evitar e combater distúrbios sociais decorrentes da vida 
urbana contemporânea por meio do desenvolvimento capitalista, que possibilitou a edificação 
das metrópoles e das megalópoles do século XX, sendo que o primeiro termo refere-se às 
primeiras grandes cidades de importância nacional e regional, e o segundo, aos espaços de 
união de metrópoles.
No século XXI, a partir do ano 2000, metade da população mundial já vivia em cidades. 
Assim, é perceptível o quanto é importante refletir sobre o espaço urbano diante da 
multiplicidade de vivências e experiências humanas. 
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Material Complementar
Leituras:
Com base no artigo “O Século XIX e as Exposições Universais”, disponível no 
endereço eletrônico a seguir, reflita e explique como as remodelações das cidades por 
meio das edificações e tecnologias usadas para erguê-las celebram o modo de produção 
capitalista e o pensamento burguês. E como os espaços remodelados excluem as classes 
menos favorecidas no espaço urbano.
http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/shcu/article/viewFile/1409/1382
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Referências
BARROS, José D’Assunção. Cidade e História. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
BARTHES, Roland. Semiologia e Urbanismo, In: A aventura Semiológica. São Paulo: 
Martins Fontes, 2001.
BENEVOLO, L. História da Arquitetura Moderna. São Paulo: Perspectiva, 1998. 
______. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 2001.
GOITIA, F. C. Breve História do Urbanismo. Lisboa: Editorial Presença, 2003.
MARSHALL, Berman. Tudo o que é sólido se desmancha no ar. A aventura da 
Modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 1986.
MUMFORD, L. A Cidade na História: suas origens, transformações e perspectivas. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001.
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