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Contabilidade Social Aula 2: De�nições Conceituais Apresentação Nesta aula, entenderemos o que é a produção e como se forma o processo de produção das atuais economias, bem como a sua relação com a divisão do trabalho e a formação da renda. Analisaremos os tipos de remunerações condizentes aos proprietários dos fatores de produção e destacaremos os conceitos de geração de renda, consumo e acumulação nacional, vendo neste último as suas respectivas divisões a partir da formação do capital. Objetivos De�nir produção; Relacionar a produção com a divisão social do trabalho; Explicar valor adicionado e o processo de formação do produto �nal; De�nir renda e relacioná-la com a produção; Explicar os tipos de remunerações; Relacionar renda, consumo e acumulação; Discutir o papel da contabilidade social na mensuração da produção, da renda e da acumulação. Importância do PIB Entenda o que é PIB e porque ele é importante | Fonte: Emídia Felipe - Youtube Entenda o que é PIB e porque ele é importanteEntenda o que é PIB e porque ele é importante Atividades Econômicas As atividades econômicas, nas quais os agentes econômicos estão envolvidos e que são objeto e natureza do estudo da contabilidade social, destacam-se principalmente pelas suas categorias (ou contas) mais signi�cativas que são: Fonte: Unsplash PRODUÇÃO Fonte: Freepik CONSUMO Fonte: Freepik ACUMULAÇÃO (RENDA) O conceito de produção (econômica) relaciona-se à criação de todas as “coisas” econômicas (bens e serviços) com utilidades necessárias à sociedade, independentemente dos seus modos de produção javascript:void(0); https://www.youtube.com/watch?v=AJpN_LtA6ew javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); A ideia de produção atualmente está também identi�cada à complexa organização existente das etapas interpostas decorrentes da maior especialização e divisão social do trabalho. Novas dimensões da atividade produtiva são formadas diversi�cando e processando-se em um número cada vez mais amplo de bens e serviços, fazendo com que a contabilidade social tenha uma metodologia que compreenda e mensure adequadamente o esforço social de produção. Produção Metalúrgica (Fonte: Unsplash). A produção, na verdade, é um processo transformativo no mundo de hoje, estando incluídas neste processo as atividades realizadas por empresas de distribuição e de comercialização, pois estas atividades são também produtivas, porquanto criam mais valor monetário de produtos, assim como mais utilidades para a sociedade de um determinado país. Nesse sentido, o sistema econômico é alimentado e realimentado por uma série de produtos que são transformados pelas unidades produtoras, ou seja, pelas diversas empresas existentes. Há, no âmbito da produção das empresas, produtos para alimentar o seu processo produtivo, ditos insumos, e que sofrem sucessivas transformações, pelas quais chegam a converter-se em produtos �nais. A produção constitui, então, uma longa cadeia de redes e de fases, nas quais há transformações de produtos em outros produtos, incorporando progressivamente características com que se deverão apresentar no mercado quando os produtos estiverem para serem utilizados. javascript:void(0); Fonte: Freepik Insumos javascript:void(0); Fonte: Freepik Indústria (Processos de produção) javascript:void(0); Fonte: Unsplash Produto �nal javascript:void(0); Fonte: Freepik Distribuição e Comercialização Pela contabilidade nacional, costuma-se medir, na prática, o que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto �nal no país, em cada etapa do processo produtivo. O adicionamento no valor do produto �nal (conceituado como valor adicional) é a forma mais operacional para medir o produto, assim como para se mensurar a geração de renda da economia do país. O valor adicionado em cada setor é igual à soma das remunerações do capital (lucros) e do trabalho (salários). Exemplo javascript:void(0); Veja um exemplo de valor adicionado, por setor, para o produto �nal: SETOR TRIGO CUSTO DA PRODUÇÃO DO TRIGO Valor da Semente produzida e estocada no período anterior 50 Salários pagos na plantação e colheita do trigo 200 LUCRO 100 Valor total do trigo 350 SETOR MOAGEM CUSTO DA PRODUÇÃO DA FARINHA Custo da Matéria Prima (trigo) 350 Salários Pagos aos trabalhadores 200 LUCRO 200 Valor total da farinha 750 SETOR PRODUTOR DE PÃO CUSTO DA PRODUÇÃO DE PÃO Custo da Matéria Prima (farinha) 750 Salários Pagos aos trabalhadores 350 LUCRO 350 Valor total do pão 1.450 Fonte: Milênio. Paralelamente à produção (de um país), a geração de renda é uma atividade decorrente da especialização e da divisão do trabalho. Estas se desenvolvem no processo produtivo de um sistema econômico e �cam associadas à utilização da moeda como instrumento que efetiva os diferentes tipos de transações econômicas. javascript:void(0); Geração de Renda (Fonte: Freepik). javascript:void(0); Como já foi visto na aula anterior, na diversi�cação da realização da produção de mercadorias (por meio da especialização e da divisão do trabalho), são empregados (e mobilizados) os chamados fatores (ou recursos) de produção. Os mesmos conduzem a economia de um país a pagar remunerações em função do custo que se tem pela utilização destes fatores. A produção dá, assim, nascimento à geração de renda. O somatório dessas remunerações classi�cadas em salários, juros, alugueis e lucros concorrem para a feitura da produção nacional. Nesse contexto, a contabilidade nacional mensura as várias etapas de que são constituídos os produtos do país e o resultado monetário de geração de renda devido às contribuições de todos os agentes que participaram do esforço social de produção. Salários São as remunerações pelo fator trabalho. Juros Incidem sobre o uso do capital e da capacidade administrativa e empreendedora do empresário, auferidos pelas empresas. Lucros Gerados pela utilização dos recursos �nanceiros de propriedade das famílias Aluguéis Aluguéis (ou mesmo os arrendamentos pelo emprego do fator terra) Gerados pelo uso de imóveis. Saiba mais Para mais informações, leia agora o texto Geração de Renda. No conjunto, em função das tomadas de decisões dos agentes econômicos, uma parte da geração de renda do país será destinada ao consumo e a outra parte será alocada para a acumulação. Mas a geração da renda, assim como o consumo e a acumulação, dependem do esforço social de produção, de onde advêm os bens e serviços que serão consumidos ou acumulados. A �gura 2 abaixo esquematiza os �uxos que interligam esses conceitos de atividades econômicas consolidadas nas contas de produção, (geração de) renda, consumo e acumulação. javascript:void(0); A conta produção consolida a atividade econômica de um país. A partir da atividade econômica, são realizadas as remunerações nas formas de salários, lucros, alugueis e juros a todos os proprietários dos recursos (ou fatores) de produção. Uma parte destas remunerações recebidas vai diretamente para as despesas em consumo de bens e serviços �nais que irá realimentar a atividade de produção do país. Uma outra parte da renda não será gasta, ou seja, formará a poupança da economia. Mas tal poupança irá se transformar em despesas (de formação) de capital e em formação de estoques, demonstrando que tal acumulação irá voltar-se para a produção novamente. Logo, todo o processo circulatório das principais categorias das atividades econômicas (realizadas pelos agentes econômicos), concretiza-se e dá continuidade às operações do sistema econômico de um país. Como veremos nas aulas futuras desta nossa disciplina, os agentes - famílias e empresas -, assim como o governo (e até o resto do mundo) exercem funções econômicas que são re�etidas nessas categorias e que são destacadas no sistema, criando um conjunto de �uxos que se interligam e que são mensurados pela contabilidade social. Notas Referências FEIJÓ, Carmem Aparecida & RAMOS, Roberto Luis O. (Orgs.). Contabilidade Social:a nova referência das contas nacionais do Brasil. FEIJÓ, Carmem Aparecida & RAMOS, Roberto Luis O. (Orgs.). Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2008. ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade Social. São Paulo: Atlas, 2008. ______________________. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2008. Bibliogra�a complementar BRUE, McConnell. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Cientí�cos Editora S.A, 2005. DORNBUSH, R e FISCHER, S. Macroeconomia. São Paulo: Mac Graw Hill, 2005. MANKYW, G. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Campus, 2002. VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2005. WONNACOTT e WONNACOT. Economia. São Paulo: MAKRON Books, 2002. Jornais e revistas: Jornal O Globo online, Valor Econômico online, Revista Exame online etc. Sites (instituições o�ciais): www.ibge.gov.br e www.ipea.gov.br Próximos passos Relação mais ampliada entre o produto, a renda e os dispêndios; Condição de equilíbrio econômico por meio da metodologia das contas nacionais. Explore mais Leia o artigo “Um Retrato mais Abrangente do País”, que complementa as colocações obtidas no site IBGE no link economia – sistema de contas nacionais, referência 2000. javascript:void(0); javascript:void(0);
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