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Introdução à Psicopatologia e Transtornos Mentais

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA 
 
O campo da saúde mental é amplo e bastante heterogêneo, tanto no que 
diz respeito às referências teórico-práticas, quanto ao conjunto de instituições 
envolvidas na atenção e cuidados da rede pública. Não podemos aspirar a uma 
homogeneização do campo sob pena de reduzir a sua complexidade a uma visão 
simplista de saúde pública (Garcia, 2002, 2002). Essa variedade abrange desde 
os programas comunitários, com uma atuação ainda muito restrita nos PSF 
(Programa de Saúde da Família), passando pelos ambulatórios e pelos CAPS 
(Centro de Atenção Psicossocial), onde se define uma proposta de reabilitação 
e ressocialização, culminando nos hospitais psiquiátricos, onde se encontra a 
psiquiatria em seu território por excelência. 
 
 
https://i.ytimg.com/vi/x7TyokSJqW0/hqdefault.jpg 
 
Ao incluirmos a psiquiatria no conjunto dos dispositivos da saúde mental, 
estamos indicando a qualidade multiprofissional e interdisciplinar desse campo, 
e recusando uma certa oposição entre psiquiatria e saúde mental que em nada 
seria benéfica para nosso trabalho, seja na clínica ou na política institucional. 
 
Além disso, a psiquiatria é o campo no qual historicamente se desenvolveram os 
conceitos psicopatológicos, e hoje temos aí diferentes disciplinas convergindo 
na direção do diagnóstico, da localização do pathos do sujeito, como balizador 
do tratamento, formando um novo campo para a psicopatologia. 
A psicanálise, herdeira da psiquiatria, tem como sua herança a própria 
psicopatologia. Basta ver os grandes nomes alemães – principalmente Kraepelin 
e Bleuler – até os franceses como Charcot, seu mestre, Liébault, Bernheim, e 
mesmo Janet, cuja concepção de inconsciente Freud refuta claramente, 
propondo o contrário: em vez de astenia psíquica, excitação de traços de 
memória. Freud, ao tomar seu rumo na direção do inconsciente, lança a 
psicanálise numa nova referência que redimensiona o alcance do diagnóstico, 
indo da descrição à dinâmica; do fenômeno à estrutura (Figueiredo & Machado 
2000). Um novo campo aí se delineia por oposição ao campo fenomênico-
descritivo da psiquiatria e da psicopatologia geral, a saber: o campo do 
inconsciente e suas formações (Freud) ou o campo do Outro (Lacan). Essa 
concepção rompe com as concepções anteriores de diagnóstico e tratamento da 
psiquiatria criando novas exigências para ambos e abrindo uma nova porta para 
a psicopatologia. 
 
 
TRANSTORNOS 
 
Transtorno tem por característica um comportamento que exprime 
contrariedade, decepção, marcadas por atitudes que revelam desarranjo ou 
desordem neurológica. 
Em alguns casos, o termo pode referir-se também a qualquer 
perturbação da saúde. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decep%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurologia
 
TRANSTORNOS MENTAIS 
 
https://encrypted-
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Transtornos mentais (ou doenças mentais, transtornos psiquiátricos ou 
psíquicos, entre outras nomenclaturas) são condições de anormalidade, 
sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. Em 
geral, um transtorno representa um significativo impacto na vida do paciente, 
provocando sintomas como desconforto emocional, distúrbio de conduta e 
enfraquecimento da memória. 
Dentre os fatores causadores, a genética, a química cerebral (problemas 
hormonais ou uso de substâncias tóxicas que afetam o cérebro) e o estilo de 
vida são tidos como os principais desencadeadores dos diversos transtornos 
existentes. Doenças em outras partes do corpo podem afetar a mente, e 
inversamente, transtornos ou doenças mentais podem também desencadear 
outras doenças pelo corpo, produzindo sintomas somáticos. 
Uma doença ou transtorno mental pode ser tratado através de 
medicamentos, ou várias formas de psicoterapia. O diagnóstico envolve o exame 
do estado mental confrontando seu histórico clínico, utilizando-se também 
de testes psicológicos, exames neurológicos, de imagem e exames físicos. 
Abaixo você encontra uma lista com os principais transtornos mentais. 
 
http://www.galenoalvarenga.com.br/testes-psicologicos
 
ABUSO DE DROGAS (DEPENDÊNCIA QUÍMICA E 
PSICOLÓGICA) 
 Alcoolismo 
 Alucinógenos 
 Cocaína (dependência) 
 Maconha (dependência) 
 Tranquilizantes 
 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
 Anorexia Nervosa 
 Bulimia Nervosa 
 
http://2.bp.blogspot.com/-
84nrD5NVlKI/VMqk60DkTnI/AAAAAAAAgNc/mXu2dQj0Eg8/s1600/transtornos%2Bmentais%2Bfilmes%2Bdisturbios%2
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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
 Agorafobia 
 Fobia Específica 
 
 Fobia Social 
 Síndrome do Pânico 
 Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) 
 Transtorno de Estresse Agudo 
 Transtorno de Estresse Pós-traumático 
 Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) 
 
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE 
 Transtorno de Personalidade Antissocial 
 Transtorno de Personalidade Borderline 
 Transtorno de Personalidade Esquizoide 
 Transtorno de Personalidade Narcisista 
 Transtorno de Personalidade Paranoide 
 
TRANSTORNOS DELIRANTES 
 Esquizofrenia 
 Transtorno Esquizotípico 
 
 
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS 
 Amnésia Dissociativa 
 Síndrome de Despersonalização-Desrealização 
 Transtorno da Fuga 
 Transtorno de Personalidade Múltipla 
 
TRANSTORNOS DO SONO 
 Hipersonia 
 Insônia 
 Pesadelos 
 Sonambulismo 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-do-sono
 
 Terror noturno 
 
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TRANSTORNOS DOS HÁBITOS E DOS 
IMPULSOS 
 Cleptomania 
 Jogo Patológico 
 Piromania 
 Transtorno Explosivo Intermitente 
 Tricotilomania 
 
TRANSTORNOS EMOCIONAIS (DE HUMOR) 
 Depressão 
 Distimia 
 Manias 
 Transtorno Bipolar 
 Transtorno Depressivo Recorrente 
 
TRANSTORNOS SEXUAIS 
 Aversão Sexual 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-dos-habitos-e-dos-impulsos
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-dos-habitos-e-dos-impulsos
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-sexuais
 
 Compulsão Sexual 
 Dispareunia 
 Ejaculação Precoce 
 Exibicionismo 
 Fetichismo 
 Fetichismo Transvéstico 
 Frotteurismo 
 Masoquismo 
 Orientação Sexual Egodistônica 
 Pedofilia 
 Sadismo 
 Transexualismo 
 Transtorno da Maturação Sexual 
 Transtorno de Identidade Sexual na Infância 
 Travestismo Bivalente 
 Vaginismo 
 Voyeurismo 
 
TRANSTORNOS SOMATOFORMES 
 Hipocondria 
 Neurastenia 
 Transtorno de Somatização 
 
ABUSO DE DROGAS (DEPENDÊNCIA QUÍMICA E 
PSICOLÓGICA) 
 
As drogas podem causar dependência psicológica ou dependência 
química e física. A dependência psicológica baseia-se no desejo de continuar 
tomando uma droga para induzir o prazer ou aliviar a tensão e evitar o 
desconforto. As drogas que produzem dependência psicológica é 
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/drogas-e-medicamentos/drogadicao-a-dependencia-quimica-e-psicologica-e-o-combate-e-uso-de-drogas-ilicitas-e-legais
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/drogas-e-medicamentos/drogadicao-a-dependencia-quimica-e-psicologica-e-o-combate-e-uso-de-drogas-ilicitas-e-legais
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particularmente comum com drogas que alteram o humor e as sensações e que 
afetam o sistema nervoso central, e produzem um ou mais dos efeitos a seguir: 
 Reduzem a ansiedade e a tensão. 
 Causam alegria, euforia ou outras mudançasagradáveis do humor. 
 Produzem a impressão de aumento da capacidade mental e física. 
 Alteram a percepção sensorial. 
Algumas drogas causam química, que nem sempre é acompanhada de 
dependência psicológica. No caso de drogas que causam dependência 
física/química, o corpo adapta-se à droga quando ela é usada continuamente, 
acarretando tolerância e sintomas de abstinência quando o seu uso é 
interrompido. Geralmente ocorre a necessidade de aumentar progressivamente 
a dose de uma droga para reproduzir o efeito originalmente obtido com doses 
menores. 
A atividade relacionada à droga passa a ocupar uma grande parte do 
dia, de modo que a adição geralmente interfere na sua capacidade laborativa, 
nos estudos ou na interação normal com a família e os amigos. Nos casos de 
dependência grave, os pensamentos e as atividades são direcionados 
predominantemente à obtenção e ao uso da droga. Um droga-adido pode 
manipular, mentir ou roubar para satisfazer a sua adição. 
 
 
http://4.bp.blogspot.com/-
sJwS1jJeBDc/U1GHDsNSE0I/AAAAAAAABMs/cElcHYCu_dM/s1600/priscila+psicologa+%E2%80%93+ESQUIZOFRE
NIA+E+OUTROS+TRANSTORNOS+PSIC%C3%93TICOS+78.jpg 
 
 
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/transtorno-de-ansiedade-generalizada-do-medo-normal-a-ansiedade-patologica
 
Um indivíduo que apresenta síndrome de abstinência sente-se doente e 
pode apresentar muitos sintomas, como cefaleia, diarreia ou tremores. A 
abstinência pode desencadear uma doença grave, potencialmente letal. 
 
ALCOOLISMO 
O alcoolismo é uma doença crônica caracterizada pela tendência de 
beber mais do que o pretendido, tentativas fracassadas de interromper o 
consumo de bebidas alcoólicas e o consumo contínuo apesar das más 
consequências sociais e laborativas. O alcoolismo é comum. Aproximadamente 
8% dos adultos americanos apresentam algum problema com o uso de bebidas 
alcoólicas. 
 
ALUCINÓGENOS 
Os alucinógenos incluem o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), a 
psilocibina (cogumelo mágico), a mescalina (peiote) e o 2,5-dimetoxi-4-
metilanfetamina (DOM, STP), um derivado da anfetamina. Geralmente, essas 
drogas não causam alucinações verdadeiras. As alucinações verdadeiras 
ocorrem quando um indivíduo crê que as coisas anormais que vê ou ouve estão 
realmente acontecendo. 
 
http://gerovida.blog.br/wp-content/uploads/2009/01/transtornosmentaisidosos.jpg 
 
 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alucinogenos
http://gerovida.blog.br/wp-content/uploads/2009/01/transtornosmentaisidosos.jpg
 
COCAÍNA (DEPENDÊNCIA) 
A cocaína produz efeitos similares aos das anfetaminas, mas é um 
estimulante muito mais poderoso. Pode ser tomada pela via oral, inalada sob a 
forma de pó (cheirada) ou pode ser injetada, em geral diretamente em uma veia. 
Quando fervida com bicarbonato de sódio, a cocaína é convertida em uma base 
denominada crack, podendo então. 
 
MACONHA (DEPENDÊNCIA) 
O consumo de maconha (cannabis) está amplamente disseminado. 
Pesquisas entre estudantes universitários revelaram que periodicamente 
ocorrem aumentos, reduções e novos aumentos do seu consumo. Nos Estados 
Unidos, a maconha é geralmente consumida sob a forma de cigarro (baseado) 
feitos com raízes, folhas e as flores distais da planta seca, sendo quase sempre 
a Cannabis sativa. 
 
TRANQUILIZANTES 
 
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RDnF7bWOUXZu8EIgBwWS81TQL467hX5tWXywkGqQ 
 
Diga adeus à ansiedade. Os grandes laboratórios farmacêuticos 
interessados no faturamento construíram a crença de que podemos e devemos 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/cocaina-dependencia
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/maconha-dependencia
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/tranquilizantes
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viver sem ansiedade. Esta falsa ideia foi assimilada por alguns médicos e pelo 
público em geral, promovendo a ida dos ansiosos aos consultórios em busca do 
remédio milagroso. Entretanto a ansiedade pode ser uma emoção saudável. 
 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
 
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/02/bulimia-450x356.jpg 
 
ANOREXIA NERVOSA 
Anorexia Nervosa é um transtorno de grande incidência nas mulheres 
(cerca de 90% dos casos), sendo caracterizado pela imposição do indivíduo em 
se manter com um limite de peso muito baixo (geralmente abaixo de 85% do seu 
índice corporal). A prática anoréxica inclui métodos pouco usuais para 
emagrecer. 
 
BULIMIA NERVOSA 
As características principais deste transtorno incluem bingeing (ingestão 
de grandes quantidades de alimentos) e purificação (eliminação dos alimentos 
por meios artificiais, como vômitos forçados, uso excessivo de laxantes, períodos 
de jejum, ou exercícios excessivos). Os indivíduos com Bulimia Nervosa 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-alimentares/anorexia-nervosa
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-alimentares/bulimia-nervosa
 
tipicamente estão dentro da faixa de peso normal, embora alguns possam estar 
com um peso levemente alterado. 
 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
 
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/files/2013/04/02.jpg 
 
AGORAFOBIA 
Agorafobia é o transtorno de ansiedade em que um indivíduo, quando 
exposto a lugares ou situações em que ele julgue como embaraçosas, acaba 
sentindo uma ansiedade desproporcional ao fator que está sendo presenciado, 
podendo apresentar até sintomas do Transtorno do Pânico. A Agorafobia pode 
tanto se manifestar de forma específica como generalizada. 
 
FOBIA ESPECÍFICA 
Conhecida também como fobia simples, a Fobia Específica é o medo a 
determinado objeto, animal ou circunstâncias, desencadeando no indivíduo uma 
intensa crise de ansiedade com sintomas semelhantes aos relatados no 
Transtorno do Pânico. Atinge duas vezes mais mulheres do que homens, sendo 
que o medo de altura é a única fobia – dentre as mais comuns. 
 
FOBIA SOCIAL 
Fobia Social implica ao indivíduo uma intensa sensação de medo, 
ansiedade ou desconforto quando ele é exposto a determinadas circunstâncias 
 
como: frequentar locais escuros, encontrar com pessoas do sexo oposto, falar 
em público, etc. Podem ocorrer sintomas físicos como rubor, tremores, náuseas, 
desejo intenso de urinar. 
 
https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQpf7INZd3gTgqht-
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SÍNDROME DO PÂNICO 
O transtorno – ou síndrome – do Pânico é caracterizado por crises 
intensas, repentinas e graves de ansiedade e medo. Geralmente são 
acompanhadas de vários sintomas físicos como palpitações, respiração rápida 
ou sensação de asfixia, visão turva, tonturas e sentimentos de irrealidade 
(despersonalização ou desrealização). Existe além desses, um constante 
sentimento de medo de morrer. 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) 
É caracterizado por um sentimento de ansiedade muito forte, que pode 
ser desencadeado por qualquer situação do dia a dia, tornando esse transtorno 
muito frequente no dia a dia do indivíduo. Os sintomas essenciais são variáveis, 
mas compreende nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, 
transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas, desconforto 
epigástrico, aflição por coisas comuns. 
 
 
TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO 
O Transtorno de Estresse Agudo é causado pela exposição a uma 
situação traumáticaavassaladora, similar ao Estresse Pós-traumático, exceto 
por ocorrer durante o primeiro mês após o evento traumático. O indivíduo com 
um estresse agudo foi exposto a um acontecimento terrível. Ele revive 
mentalmente o evento traumático, evita coisas que possam lembrá-lo e 
apresenta um fato em questão. 
 
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO 
 
http://www.minutopsicologia.com.br/uploads/posts/208/transtornos-bipolares.jpg 
 
O Transtorno de Estresse Pós-traumático é um distúrbio da ansiedade 
causado pela exposição a uma situação traumática avassaladora. As situações 
que ameaçam a vida ou que lesam gravemente um indivíduo podem afetá-lo 
durante muito tempo após a sua ocorrência. O medo intenso, o desamparo e o 
terror são frequentes. A situação traumática é repetidamente revivida a todo 
instante. 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) 
É caracterizado essencialmente por ideias obsessivas e 
comportamentos compulsivos recorrentes. As ideias obsessivas são 
pensamentos, representações ou impulsos que se intrometem na consciência do 
sujeito de modo repetitivo e estereotipado. Ele tem consciência desses 
 
pensamentos, e tenta de todas as maneiras evitá-los, mas sem qualquer 
sucesso. Os comportamentos e os rituais compulsivos são atividades 
estereotipadas que a pessoa não consegue controlar. 
 
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE 
 
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Estes distúrbios compreendem habitualmente vários elementos da 
personalidade. Acompanham-se em geral de angústia pessoal e desorganização 
social, e aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência, 
persistindo de modo duradouro na idade adulta. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL 
Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das 
obrigações sociais e a falta de empatia para com os outros. Há um desvio 
considerável entre o comportamento desses indivíduos e as normas sociais 
estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências 
adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE 
Transtorno de personalidade caracterizado pela tendência nítida em agir 
de modo imprevisível, sem consideração pelas consequências, com humor 
imprevisível e caprichoso, tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de 
controlar os comportamentos impulsivos, tendência a adotar um comportamento 
briguento e a entrar em conflito com os outros principalmente quando os atos 
impulsivos são contrariados. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOIDE 
Transtorno da personalidade caracterizado por um retraimento dos 
contatos sociais, afetivos ou outros, preferindo a fantasia, atividades solitárias e 
a reserva introspectiva; apresentando uma incapacidade de expressar seus 
sentimentos e a experimentar prazer. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA 
A característica essencial do Transtorno da Personalidade Narcisista é 
um padrão invasivo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de 
empatia. Os indivíduos com este transtorno têm um sentimento grandioso de sua 
própria importância. Eles rotineiramente superestimam suas capacidades e 
exageram suas realizações, frequentemente parecendo presunçosos ou 
arrogantes. Eles podem presumir que os outros atribuem essa arrogância. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANOIDE 
Transtorno da personalidade caracterizado por uma sensibilidade 
excessiva face às contrariedades, como a recusa de perdoar os insultos, o 
caráter desconfiado, tendência a distorcer os fatos interpretando as ações 
imparciais ou amigáveis dos outros como hostis ou de desprezo, suspeitas 
injustificadas a respeito da fidelidade do parceiro sexual e um sentimento 
combativo e obstinado a eles. 
 
 
 
 
TRANSTORNOS DELIRANTES 
 
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ESQUIZOFRENIA 
A esquizofrenia é um distúrbio mental grave, caracterizado pela perda 
do contato com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), 
pensamentos anormais e alteração do funcionamento laborativo e social. A 
esquizofrenia é um importante problema de saúde pública em todo o mundo. A 
sua prevalência mundial parece ser discretamente inferior a 1%. 
 
TRANSTORNO ESQUIZOTÍPICO 
Transtorno caracterizado por um comportamento excêntrico e por 
anomalias do pensamento e do afeto que se assemelham àquelas da 
esquizofrenia, mas não há em nenhum momento da evolução qualquer anomalia 
esquizofrênica manifesta ou característica. A sintomatologia pode comportar um 
afeto frio ou inapropriado (anedonia); um comportamento estranho ou excêntrico; 
uma tendência ao retraimento social. 
 
 
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS 
Os transtornos dissociativos (ou de conversão) se caracterizam por uma 
perda parcial ou completa das funções normais de integração das lembranças, 
da consciência, da identidade, das sensações imediatas e do controle dos 
movimentos corporais. 
Os diferentes tipos de transtornos dissociativos tendem a desaparecer 
após algumas semanas ou meses, quando sua ocorrência está associada a um 
acontecimento traumático. 
Podem evoluir para transtornos mais crônicos (como paralisias e 
anestesias) quando a ocorrência do transtorno está ligada a problemas ou 
dificuldades interpessoais insolúveis. 
 
AMNÉSIA DISSOCIATIVA 
A característica essencial é a perda da memória que diz respeito a 
acontecimentos importantes e recentes, causada por eventos traumáticos como 
acidentes ou perdas de parentes ou amigos próximos. A amnésia é bastante 
frequente na vida desses indivíduos quando parcial e seletiva. Uma amnésia 
completa e generalizada é rara. 
 
SÍNDROME DE DESPERSONALIZAÇÃO-DESREALIZAÇÃO 
Transtorno de Despersonalização consistem de episódios persistentes 
ou recorrentes em que o indivíduo sente uma sensação de irrealidade e 
distanciamento de si mesmo, como se estivesse em um sonho ou filme. O 
indivíduo tem uma sensação de ser um observador externo dos próprios 
processos mentais e do próprio corpo. Há também o sentimento de anestesia. 
 
TRANSTORNO DA FUGA 
Transtorno da Fuga é caracterizado pela incapacidade do indivíduo em 
recordar aspectos importantes de sua vida – como seu passado e sua identidade 
(Amnésia Dissociativa) -, seguida de um deslocamento geográfico intencional, 
que excede os trajetos cotidianos. O indivíduo muda de cidade ou estado, e, em 
muitos dos casos, adota uma nova identidade e personalidade. 
 
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE MÚLTIPLA 
É caracterizado por duas ou mais personalidades distintas num mesmo 
indivíduo, se alternando uma de cada vez. Cada personalidade é completa, com 
suas próprias memórias, comportamento e gostos, de forma bastante elaborada 
e complexa. Podem ter sexos, idades, raças ou comportamentos diferentes (uma 
sendo sexualmente promíscua e outra recatada). 
 
TRANSTORNOS DO SONO 
 
HIPERSONIA 
A Hipersonia é definida como uma afecção com estado de sonolência 
diurna excessiva e ataques de sono (não explicados por uma quantidade 
inadequada de sono); e, por outro lado, por períodos de transição prolongados, 
até o estado de vigília completo após o despertar. Na ausência de um fator 
orgânico que explica a ocorrência de uma falta de sono. 
 
INSÔNIA 
Na insônia, o sono é de quantidade e qualidade não satisfatórias. O 
transtorno de sono persiste durante um período prolongado, podendo se tratar 
de uma dificuldade de adormecer, de uma dificuldade de permanecer 
adormecido ou de um despertar matinal precoce. Leia também… Sono, Insônia 
e Pílulas Das 8.760 horas de um ano. 
 
PESADELOS 
O pesadelo é uma experiência de sonho carregada de ansiedade ou de 
medo, que se acompanha de uma lembrança muito detalhada do conteúdo do 
sonho. Esta experiência de sonho é muito intensa e comportam em geral temas 
como ameaçasà existência, segurança ou à autoestima. É frequente que os 
pesadelos tenham tendência a se repetir. 
 
SONAMBULISMO 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-dissociativos/transtorno-de-personalidade-multipla
 
O sonambulismo é uma alteração do estado de consciência associando 
fenômenos de sono e de vigília. Durante um episódio de sonambulismo o 
indivíduo se levanta do leito, em geral no primeiro terço do sono noturno, e 
deambula. Estas manifestações correspondem a um nível reduzido de 
percepção do ambiente, reatividade e habilidade motora. 
 
TERROR NOTURNO 
Episódios noturnos de terror e pânico extremos, associados a uma 
vocalização intensa, agitação motora e hiperfuncionamento neurovegetativo. O 
indivíduo se senta ou se levanta geralmente no primeiro terço do sono noturno 
com um grito de pânico. Frequentemente corre até à porta como se quisesse 
fugir, mas raramente deixa seu quarto. 
 
TRANSTORNOS DOS HÁBITOS E DOS IMPULSOS 
 
CLEPTOMANIA 
A característica essencial da Cleptomania é o fracasso recorrente em 
resistir a impulsos de furtar objetos. A motivação principal está nos sintomas que 
o indivíduo experimenta durante e após o ato cleptomaníaco, como sentimento 
crescente de ansiedade (ou tensão) antes do furto, seguido de prazer, satisfação 
ou alívio após cometê-lo. 
 
 
JOGO PATOLÓGICO 
Consiste em episódios repetidos e frequentes de jogo, que passam a 
dominar a vida do sujeito em detrimento dos valores e dos compromissos sociais, 
profissionais, materiais e familiares. O indivíduo vive em constante estado de 
preocupação com o jogo (revivendo experiências, planejando a próxima parada 
ou pensando em modos de obter dinheiro para jogar). 
 
PIROMANIA 
 
Piromania é um transtorno caracterizado pela sensação de prazer, 
satisfação ou liberação de tensão ao provocarem incêndios, testemunharem 
seus efeitos ou participarem de seu combate. O comportamento incendiário não 
ocorre visando obter ganhos monetários, expressar uma ideologia sociopolítica, 
encobrir uma atividade criminosa, expressar raiva ou vingança, melhorar as 
próprias condições de vida ou em resposta. 
 
TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE 
Esta doença é caracterizada pelo constante fracasso em resistir a 
impulsos agressivos, acarretando em ataques físicos ou destruição de 
propriedades, sendo que o grau de agressividade expressada durante um 
episódio é amplamente desproporcional a qualquer provocação ou estressor 
psicossocial desencadeante. O indivíduo pode descrever os episódios 
agressivos como “surtos” ou “ataques” nos quais o comportamento. 
 
TRICOTILOMANIA 
Tricotilomania consiste em arrancar os próprios cabelos de maneira 
recorrente e compulsiva, resultando em perda capilar perceptível. Os locais de 
onde os cabelos são arrancados podem compreender qualquer região do corpo 
(inclusive as regiões axilar, púbica e peri-retal), sendo os pontos mais comuns o 
couro cabeludo, sobrancelhas e cílios. Circunstâncias estressantes podem 
agravar o comportamento. 
 
TRANSTORNOS EMOCIONAIS (DE HUMOR) 
 
DEPRESSÃO 
Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão (leve, 
moderado ou grave), o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução 
da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de 
experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de 
concentração associadas em geral à fadiga, mesmo após um esforço mínimo. 
 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-emocionais-de-humor/depressao
 
DISTIMIA 
A característica essencial está no humor cronicamente deprimido, que 
ocorre na maior parte do dia por pelo menos dois anos. Os indivíduos descrevem 
seu humor como triste ou “na fossa”. Em crianças, o humor pode ser irritável ao 
invés de deprimido, e a duração mínima exigida é de apenas um ano. 
 
MANIAS 
Mania – do grego mania (loucura) – é, para a Psiquiatria, o distúrbio 
mental caracterizado pela alteração de pensamento, com alteração 
comportamental dirigido, em geral, para uma determinada ideia fixa e com 
síndrome de quadro psicótico grave e agudo, característico, embora não 
exclusivo (mania secundária), do Transtorno ou Distúrbio Bipolar e se caracteriza 
por grande repetição de atos. 
 
TRANSTORNO BIPOLAR 
A alternância de longos períodos depressivos com manias é a tônica 
dessa patologia. Os indivíduos com esse transtorno apresentam durante 
algumas ocasiões uma elevação do humor e aumento da energia e da atividade 
(hipomania ou mania), e em outras, um rebaixamento do humor e de redução da 
energia e da atividade (depressão). 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE 
Transtorno caracterizado pela ocorrência repetida de episódios 
depressivos (Depressão), com episódios independentes de exaltação de humor 
e de aumento de energia (mania). O transtorno pode contudo, comportar breves 
episódios caracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade 
(hipomania), sucedendo imediatamente a um episódio depressivo. 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNOS SEXUAIS 
 
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AVERSÃO SEXUAL 
A perspectiva de relação sexual produz medo ou ansiedade suficiente 
para que a atividade sexual seja evitada. Problemas de relacionamento e/ou 
trauma sexual na infância podem estar relacionados no desenvolvimento desta 
doença. Veja também… Sexo e Encéfalo (artigo) Há vários aspectos que 
influenciam o sexo. 
 
COMPULSÃO SEXUAL 
É caracterizado pelo fracasso em resistir a um impulso ou tentação de 
realizar atos ou fantasias sexuais. O ato precede de uma sensação crescente de 
tensão ou excitação seguido de prazer, gratificação ou alívio depois de realizado. 
Por ser de caráter altamente impulsivo, causa problemas significativos tanto na 
vida amorosa quanto pessoal e profissional. 
 
DISPAREUNIA 
A Dispareunia é caracterizada por fortes dores durante as relações 
sexuais, ocorrendo tanto na mulher quanto no homem. A intensidade do sintoma 
pode variar desde um leve desconforto até uma dor aguda. O exame físico dos 
indivíduos com este transtorno tipicamente não demonstra qualquer 
anormalidade genital. A experiência repetida de dor genital durante o coito. 
 
 
EJACULAÇÃO PRECOCE 
Incapacidade de controlar a ejaculação, que pode ocorrer com 
estimulação sexual mínima antes ou logo após a penetração. Relações de 
estresse, a novidade de um relacionamento, ansiedade e problemas 
relacionados à intimidade podem desempenhar um papel no desenvolvimento 
desta doença. Veja também… Sexo e Encéfalo (artigo) Há vários aspectos que 
influenciam o sexo. 
 
EXIBICIONISMO 
É o hábito de mostrar genitais a um estranho, geralmente em locais 
públicos. A própria reação de surpresa da vítima proporciona ao exibicionista 
excitação e prazer sexual. Às vezes, o indivíduo se masturba durante o ato, 
porém, sem qualquer tentativa de atividade sexual com a vítima. Esse 
comportamento tende a se manifestar em menores de 13 anos. 
 
FETICHISMO 
Fetichismo é caracterizado pelo uso frequente de determinado objeto 
durante o ato sexual, e pela dependência do indivíduo a esse objeto para 
obtenção de prazer. O comportamento inclui o pedido ou a exigência do uso do 
objeto de fetiche à sua parceira. Caso haja recusa ou ausência do objeto, o 
homem pode apresentar perda do prazer. 
 
FETICHISMO TRANSVÉSTICO 
É caracterizado pela utilização de roupas femininas por homens 
heterossexuais, para se excitarem, se masturbarem ou praticar o ato sexual; 
sendo que em situações não sexuais, esses indivíduos se vestem de maneira 
normal. Para ser diagnosticado como Fetichismo transvéstico, esse 
comportamento deve ser frequente e tido como única maneira para o indivíduo 
obter prazer sexual. 
 
FROTTEURISMO 
 
Frotteurismo é caracterizado por um comportamento em que o indivíduo 
toca ou se esfrega demaneira sexual em uma pessoa sem seu consentimento. 
O ato ocorre geralmente em locais com grande concentração de pessoas – como 
metro, ônibus e calçadas – por possibilitar um contato mais próximo com a 
vítima, facilitar a fuga do indivíduo. 
 
MASOQUISMO 
Comportamentos masoquistas são tipicamente evidentes na idade 
adulta, podendo ter início ainda durante a infância. O distúrbio é caracterizado 
pelo ato real (não simulado) em que o indivíduo sente excitação sexual ao ser 
humilhado, espancado, amarrado ou submetido a qualquer outra forma de 
sofrimento, inclusive psicológico. Os atos masoquistas são praticados 
geralmente com um parceiro que aceita o ato sexual. 
 
ORIENTAÇÃO SEXUAL EGODISTÔNICA 
O indivíduo reconhece sua identidade ou preferência sexual 
(heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade ou pré-púbere), mas 
apresenta transtornos psicológicos ou comportamentais associados a essa 
identidade ou preferência, podendo buscar tratamento para alterá-la. Veja 
também… Sexo e Encéfalo (artigo) Há vários aspectos que influenciam o sexo. 
 
PEDOFILIA 
Envolve fantasias e atração sexual por crianças pré-púberes (entre 13 
anos ou menos) do sexo oposto ou mesmo sexo. Está muito associado a casos 
de incesto, ou seja, a maioria dos casos de pedofilia envolve pessoas da mesma 
família – pais / padrastos com os filhos e filhas. O ato pedófilo consiste em 
toques, carícias. 
 
SADISMO 
Sadismo Sexual envolve atos reais (não simulados) em que o indivíduo 
sente excitação sexual infringindo sofrimento psicológico ou físico (incluindo 
humilhação) ao seu parceiro(a). O foco do sadismo está no controle e na 
 
observação do sofrimento do seu parceiro. O indivíduo pode atar, vendar, dar 
palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater, queimar, administrar choques 
elétricos, e etc. 
 
TRANSEXUALISMO 
Trata-se de um desejo de viver e ser aceito enquanto pessoa do sexo 
oposto. Este desejo se acompanha em geral de um sentimento de mal estar ou 
inadaptação ao seu próprio sexo e do desejo de submeter-se a uma intervenção 
cirúrgica ou a um tratamento hormonal a fim de tornar-se o mais semelhante 
possível ao parceiro. 
 
TRANSTORNO DA MATURAÇÃO SEXUAL 
Ocorre em adolescentes que não estão certos quanto a sua orientação 
(homo, hetero ou bissexual), ou em indivíduos que após um período de 
orientação sexual aparentemente estável (frequentemente ligada a uma relação 
duradoura), descobre que sua orientação sexual está mudando, causando-lhe 
fortes crises de ansiedade e/ou depressão. 
 
TRANSTORNO DE IDENTIDADE SEXUAL NA INFÂNCIA 
Transtorno que se manifesta no início da infância (sempre bem antes da 
puberdade). É caracterizado por um persistente e intenso sofrimento quanto à 
sua identidade sexual, junto com o desejo de ser (ou a insistência de que se é) 
do sexo oposto. Há uma preferência por roupas e as atividades do sexo oposto 
e repúdio com seu próprio corpo. 
 
TRAVESTISMO BIVALENTE 
Este termo caracteriza o indivíduo que usa vestimentas do sexo oposto 
durante uma parte de sua existência, como forma de satisfazer um desejo 
temporário de pertencer ao sexo oposto; porém, sem o desejo de alteração 
sexual permanente ou de uma transformação cirúrgica. 
 
 
 
VAGINISMO 
Espasmo da musculatura da vagina, impossibilitando a penetração do 
pênis ou causando muita dor à pessoa com o transtorno. Estudos sugerem que 
problemas de relacionamento, trauma sexual na infância (abuso sexual ou 
estupro) e até educações religiosas rigorosas podem desempenhar um papel 
fundamental no desenvolvimento desta doença. 
 
VOYEURISMO 
Voyeurismo é caracterizado pelo desejo de um indivíduo em observar 
sem qualquer consentimento uma pessoa em ato íntimo (trocando de roupa, 
tomando banho ou em ato sexual). O ato tem como finalidade a excitação sexual, 
e não é tentada qualquer atividade sexual com a vítima. Pode ocorrer a 
masturbação e o orgasmo, tanto durante o ato sexual. 
 
TRANSTORNOS SOMATOFORMES 
 
A característica essencial diz respeito à presença repetida de sintomas 
físicos associados à busca persistente de assistência médica, apesar de que os 
médicos nada encontram de anormal e afirmam que os sintomas não têm 
nenhuma base orgânica. Se quaisquer transtornos físicos estão presentes, eles 
não explicam nem a natureza e a extensão dos sintomas, nem o sofrimento e as 
preocupações do sujeito. 
 
HIPOCONDRIA 
A característica essencial deste transtorno é uma preocupação 
persistente com a presença eventual de um ou de vários transtornos somáticos 
graves e progressivos. Os pacientes manifestam queixas somáticas persistentes 
ou uma preocupação duradoura com a sua aparência física. Sensações e sinais 
físicos normais ou triviais são frequentemente interpretados pelo sujeito como 
anormais ou perturbadores. 
 
NEURASTENIA 
 
Existem variações culturais consideráveis para a apresentação deste 
transtorno sendo que dois tipos principais ocorrem com considerável 
superposição. No primeiro tipo a característica essencial é a uma queixa 
relacionada com a existência de uma maior fatigabilidade, que ocorre após 
esforços mentais frequentemente, associada à certa diminuição do desempenho 
profissional e da capacidade de fazer esforço. 
 
TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO 
Transtorno caracterizado essencialmente pela presença de sintomas 
físicos múltiplos, recorrentes e variáveis com o tempo, persistindo ao menos por 
dois anos. A maioria dos pacientes teve uma longa e complicada história de 
contato, tanto com a assistência médica primária quanto especializada, durante 
as quais muitas investigações negativas ou cirurgias exploratórias sem resultado 
podem ter sido negativo. 
 
ALCOOLISMO 
 
O alcoolismo é uma doença crônica caracterizada pela tendência de 
beber mais do que o pretendido, tentativas fracassadas de interromper o 
consumo de bebidas alcoólicas e o consumo contínuo apesar das más 
consequências sociais e laborativas. O alcoolismo é comum. Aproximadamente 
8% dos adultos americanos apresentam algum problema com o uso de bebidas 
alcoólicas. Os homens apresentam uma probabilidade quatro vezes maior que 
as mulheres de tornarem-se alcoolistas, Indivíduos de todas as faixas etárias são 
suscetíveis. 
Cada vez mais, crianças e adolescentes vêm apresentando problemas 
com o álcool, com consequências particularmente desastrosas. O álcool causa 
tanto a dependência psicológica quanto a física. Normalmente, o alcoolismo 
interfere na capacidade de socialização e laborativa, acarretando muitos 
outros comportamentos destrutivos. Os alcoolistas podem estar intoxicados 
diariamente. A embriaguez tende a desagregar a família e as relações sociais e, 
geralmente, leva ao divórcio. O grande número de dias de ausência no trabalho 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/drogas-e-medicamentos/drogadicao-a-dependencia-quimica-e-psicologica-e-o-combate-e-uso-de-drogas-ilicitas-e-legais
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/drogas-e-medicamentos/drogadicao-a-dependencia-quimica-e-psicologica-e-o-combate-e-uso-de-drogas-ilicitas-e-legais
http://www.galenoalvarenga.com.br/publicacoes-livros-online/cronicas-ensaios-uma-critica-aos-costumes/agressividade-e-violencia-informacoes-resumidas
http://www.galenoalvarenga.com.br/?s=Casamento+e+Divorcio&submit=Pesquisar
 
acaba levando ao desemprego. Os alcoolistas nem sempre conseguem controlar 
o seu comportamento; tendem a dirigir quando bêbados e sofrem lesões físicas 
em decorrência de quedas, brigas ou acidentes automobilísticos. Alguns podem 
tornar-se violentos. 
 
 
http://www.adesg.net.br/imagens/jornal/1400119172.jpg 
 
CAUSAS 
A causa do alcoolismo é desconhecida, mas o consumo do álcool não é 
o único fator. Dentre os indivíduos que consomem bebidas alcoólicas, 
aproximadamente 10% tornam-se alcoolistas.Os parentes próximos de 
alcoolistas apresentam uma maior incidência de alcoolismo que outras pessoas. 
Do mesmo modo, é mais provável que ocorra alcoolismo nos filhos biológicos de 
alcoolistas que nos filhos adotados, o que sugere o envolvimento de um defeito 
genético ou bioquímico no alcoolismo. Algumas pesquisas mostram que os 
indivíduos com risco de alcoolismo embriagam-se menos facilmente que os não 
alcoolistas, isto é, o cérebro deles é menos sensível aos efeitos do álcool. 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#efeitos do álcool
 
Além de um possível defeito genético, determinados traços estruturais e 
da personalidade podem predispor determinados indivíduos ao alcoolismo. Os 
alcoolistas frequentemente são oriundos de lares desfeitos e, frequentemente, a 
sua relação com os pais é conturbada. Os alcoolistas tendem a sentir-
se isolados, solitários, tímidos, deprimidos ou hostis. Alguns apresentam 
comportamentos autodestrutivos e outros são sexualmente imaturos. Apesar 
disso, o abuso e a dependência do álcool são tão comuns que os alcoolistas 
podem ser identificados entre pessoas com qualquer tipo de personalidade. 
 
EFEITOS BIOLÓGICOS 
O álcool é rapidamente absorvido do intestino delgado para o interior da 
corrente sanguínea. Como a sua absorção é mais rápida do que a sua 
metabolização e eliminação do organismo, os níveis de álcool no sangue 
aumentam rapidamente. Uma pequena quantidade de álcool presente no sangue 
é excretada inalterada na urina, no suor e no ar expirado. O restante, que 
representa a maioria da quantidade ingerida, é metabolizado pelo fígado, 
produzindo cerca de 210 calorias para cada 30 ml (7 cal/ml) de álcool puro 
consumido. O álcool deprime imediatamente as funções cerebrais e o grau 
de depressão depende de seu nível no sangue (quanto mais elevado o nível, 
maior o comprometimento). O nível de álcool no sangue pode ser mensurado ou 
estimado por meio da quantidade presente em uma amostra de ar expirado na 
respiração. Nos EUA, leis estaduais limitam o nível de álcool no sangue permitido 
ao motorista que está dirigindo um automóvel. A maioria dos estados americanos 
estabeleceu o limite de 0,1 (100 miligramas de álcool por decilitro de sangue), 
mas outros estados (p.ex., Califórnia) estabeleceram o limite em 0,08. Mesmo 
um nível de álcool no sangue igual a 0,08 pode reduzir a capacidade de uma 
pessoa de dirigir um automóvel com segurança. 
O consumo prolongado de quantidades excessivas de álcool lesa muitos 
órgãos do corpo, particularmente o fígado, o cérebro e o coração. Como muitas 
outras drogas, o álcool tende a induzir à tolerância, de modo que os indivíduos 
que tomam regularmente mais de duas doses por dia podem beber mais álcool 
que os outros, sem ficar embriagados. Os alcoolistas também podem tornar-se 
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/solitarios-mas-nao-isolados
http://www.galenoalvarenga.com.br/artigos/a-triste-historia-dos-deprimidos
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-sexuais
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#abuso e a dependência do álcool
http://www.galenoalvarenga.com.br/publicacoes-livros-online/o-poder-das-emocoes/estresse-e-depressao
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#Nível de álcool no sangue permitido ao motorista
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#Nível de álcool no sangue permitido ao motorista
 
tolerantes a outros depressivos. Por exemplo, aqueles que fazem uso de 
barbitúricos ou benzodiazepínicos muitas vezes necessitam de doses mais 
elevadas para obter um efeito terapêutico. Aparentemente, a tolerância não 
altera o metabolismo ou a excreção do álcool. Em vez disso, o álcool induz o 
cérebro e outros tecidos a adaptarem-se à sua presença. Se um alcoolista para 
de beber abruptamente, ele pode apresentar sintomas da abstinência. 
A síndrome da abstinência alcoólica geralmente começa 12 a 48 horas após a 
última ingestão de bebidas alcoólicas. Os sintomas discretos incluem o tremor, 
a fraqueza, a sudorese e a náusea. Alguns indivíduos apresentam convulsões 
(denominadas epilepsia alcoólica ou convulsões alcoólicas). 
Os alcoolistas inveterados que param de beber podem apresentar a 
alucinose alcoólica. Eles podem ter alucinações e ouvir vozes que parecem 
acusadoras e ameaçadoras, causando apreensão e terror. A alucinose 
alcoólica pode durar dias e pode ser controlada com medicamentos 
antipsicóticos (p.ex., clorpromazina ou tioridazina). Se não for tratada, a 
síndrome da abstinência alcoólica pode acarretar um conjunto de sintomas mais 
graves denominado delirium tremens (DT). Normalmente, o delirium tremens não 
começa imediatamente. Ao contrário, ele ocorre aproximadamente 2 a 10 dias 
após a interrupção do consumo de álcool. No delirium tremens, o indivíduo 
inicialmente demonstra ansiedade e, posteriormente, apresenta confusão mental 
progressiva, sonolência, pesadelos, sudorese excessiva e depressão profunda. 
A frequência do pulso tende a aumentar. O indivíduo pode apresentar febre. O 
episódio pode se agravar com alucinações fugazes, delírios que produzem 
medo, inquietação e desorientação, com alucinações visuais que podem causar 
terror. Os objetos vistos com pouca luz podem ser particularmente apavorantes. 
Finalmente, o indivíduo apresenta confusão mental e desorientação extrema. 
Algumas vezes, um indivíduo com delirium tremens sente que o chão 
está se movendo, que as paredes estão caindo ou que o quarto está rodando. 
Com a evolução do delirium tremens, o indivíduo passa a apresentar tremor de 
mãos persistente, que, algumas vezes, estende-se à cabeça e ao resto do corpo, 
e a maioria dos indivíduos apresenta uma incoordenação grave. O delirium 
tremens pode ser fatal, sobretudo quando ele não é tratado. Outros problemas 
http://www.galenoalvarenga.com.br/medicamentos/benzodiazepinicos-o-perigo-por-tras-dos-tranquilizantes
http://www.galenoalvarenga.com.br/tag/sindrome-de-abstinencia
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#Epilepsia alcoólica
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#alucinose alcoólica
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#alucinose alcoólica
http://www.galenoalvarenga.com.br/tag/sindrome-de-abstinencia
http://www.galenoalvarenga.com.br/?s=Depress%C3%A3o+Deprimidos&submit=Pesquisar
 
estão diretamente relacionados aos efeitos tóxicos do álcool sobre o cérebro e o 
fígado. Um fígado lesado pelo álcool é menos capaz de livrar o corpo das 
substâncias tóxicas que podem causar o coma hepático. Um indivíduo que 
desenvolve um coma hepático torna-se embotado, sonolento, estuporoso e 
confuso e, muitas vezes, apresenta um tremor estranho das mãos. O coma 
hepático é potencialmente letal e deve ser tratado imediatamente. A síndrome 
de Korsakoff (psicose amnésica de Korsakoff) é comum em indivíduos que 
ingerem regularmente grandes volumes de álcool, sobretudo quando são 
desnutridos ou apresentam deficiência de vitaminas do complexo B 
(particularmente de tiamina). O indivíduo com síndrome de Korsakoff perde a 
memória recente. 
A sua memória é tão ruim que frequentemente inventa histórias para 
tentar cobrir a sua incapacidade de recordação. Algumas vezes, após um 
episódio de delirium tremens, o indivíduo apresenta a síndrome de Korsakoff. 
Alguns indivíduos com síndrome de Korsakoff também apresentam a 
encefalopatia de Wernicke, cujos sintomas incluem movimentos anormais dos 
olhos, confusão mental, movimentos descoordenadose disfunção nervosa. A 
síndrome de Korsakoff pode ser fatal, exceto se a deficiência de tiamina for 
imediatamente tratada. Em uma gestante, a história de consumo crônico e 
intenso de bebidas alcoólicas pode estar associada a defeitos congênitos graves 
do feto em desenvolvimento como, por exemplo, o baixo peso ao nascimento, a 
baixa estatura, a cabeça pequena, lesões cardíacas, lesões musculares e nível 
de inteligência baixo ou retardo mental. O uso social e moderado de bebidas 
alcoólicas (p.ex., duas taças de vinho de aproximadamente 120 ml) não está 
associado a esses problemas. 
 
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS 
Não existe algo que beneficie tanto os alcoólatras e de modo tão eficaz 
quanto a ajuda que eles próprios podem se dar participando dos Alcoólicos 
Anônimos (AA). Os Alcoólicos Anônimos atuam dentro de um contexto religioso. 
Existem instituições alternativas para aqueles que preferem uma abordagem 
mais secular. O alcoolista deve sentir-se à vontade em um grupo específico (de 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#efeitos tóxicos do álcool
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#fígado lesado pelo álcool
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#coma hepático
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#coma hepático
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais#psicose-amnesica-de-korsakoff
http://www.galenoalvarenga.com.br/?s=Mem%C3%B3ria&submit=Pesquisar
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais#sindrome-de-korsakoff
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#Alcoólicos Anônimos (AA)
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas-dependencia-quimica-e-psicologica/alcoolismo#Alcoólicos Anônimos (AA)
 
preferência, participando de um grupo cujos membros compartilham interesses 
outros que não o alcoolismo). Por exemplo, algumas áreas metropolitanas têm 
grupos de Alcoólicos Anônimos para médicos, dentistas ou outros profissionais 
e para aqueles que se dedicam a certos hobbies, assim como para indivíduos 
solteiros ou homossexuais de ambos os sexos. Os Alcoólicos Anônimos 
proveem um local onde o alcoolista em recuperação pode socializar-se longe de 
um bar com amigos não alcoolistas que sempre estão à disposição para apoiá-
lo quando a vontade de beber torna-se novamente imperiosa. O alcoolista ouve 
as confissões de todos os membros do grupo a respeito de como estão lutando 
diariamente para evitar a ingestão de uma dose de bebida. Finalmente, propondo 
meios para que o alcoolista ajude os demais, o Alcoólicos Anônimos permite que 
o indivíduo recupere a confiança e a autoestima que, anteriormente, somente 
eram encontradas após a ingestão de álcool. 
 
ANOREXIA NERVOSA 
 
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Anorexia Nervosa é um transtorno de grande incidência nas mulheres 
(cerca de 90% dos casos), sendo caracterizado pela imposição do indivíduo em 
se manter com um limite de peso muito baixo (geralmente abaixo de 85% do seu 
índice corporal). 
http://www.galenoalvarenga.com.br/tag/confianca-e-autoestima
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-alimentares/anorexia-nervosa
 
A prática anoréxica inclui métodos pouco usuais para emagrecer. Além 
da dieta, submetem-se a exercícios físicos intensos, induzem o vômito, jejuam, 
tomam diuréticos e usam laxantes. 
A perda de peso é vista como uma conquista notável, um sinal de 
extraordinária autodisciplina; ao passo que o ganho, é tido como um inaceitável 
fracasso. Esses indivíduos apresentam um medo constante de perder o controle 
sobre o seu peso (tornar-se "gorda"), sendo comum apresentarem também uma 
distorção sobre sua avaliação corporal, em que mesmo estando magra ela se vê 
com excesso de peso. 
Outras características ocasionalmente associadas com a Anorexia 
Nervosa incluem preocupação acerca de comer em público, sentimento de 
inutilidade, forte necessidade de controlar o próprio ambiente, pensamento 
inflexível, espontaneidade social limitada, iniciativa e expressão emocional 
demasiadamente refreada. Nas mulheres, a anorexia pode causar ainda 
disfunções hormonais graves, causando até a ausência de períodos menstruais. 
Sua causa é desconhecida, mas os fatores sociais parecem ser 
importantes. O desejo de ser magro é algo muito frequente na sociedade 
ocidental, e a obesidade, é considerada pouco atrativa, não saudável e 
indesejável. 
Seu início se dá geralmente na adolescência, sendo menos 
frequentemente na idade adulta (mesmo antes da adolescência, algumas 
crianças já têm conhecimentos sobre essas atitudes). Cerca de dois terços das 
adolescentes fazem dieta ou já adotam outras medidas para controlar o peso. 
No entanto, somente uma pequena porcentagem delas desenvolve Anorexia 
Nervosa. 
É um transtorno que afeta principalmente indivíduos das classes 
socioeconômicas média e alta. 
Cerca de 10% dos casos que requerem internação para tratamento (em 
hospital geral) morre por inanição, suicídio ou desequilíbrio dos componentes 
sanguíneos. 
 
 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA 
(TAG) 
 
http://4.bp.blogspot.com/-
xqgZBIV1oAY/UT_Lf1VvlNI/AAAAAAAAA6o/KDvn9i9dvCc/s400/45402_505488599497677_1668115590_n.jpg 
 
É caracterizado por um sentimento de ansiedade muito forte, que pode 
ser desencadeado por qualquer situação do dia a dia, tornando esse transtorno 
muito frequente no dia a dia do indivíduo. 
Os sintomas essenciais são variáveis, mas compreende nervosismo 
persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na 
cabeça, palpitações, tonturas, desconforto epigástrico, aflição por doenças 
graves ocorrendo com eles ou amigos e familiares. 
É desencadeado por vários fatores presentes no dia a dia do indivíduo, 
sendo dificilmente notado - e diagnosticado - enquanto os sintomas básicos não 
causarem transtornos significativos para a pessoa. 
O medo normal e a apreensão ansiosa são respostas emocionais do 
organismo diante do perigo. Portanto, ansiedade é um alerta do sistema 
biológico ao preparar o corpo para reagir, mental e fisicamente, às situações 
potencialmente ameaçadoras (perigosas). Os sinais corporais (tremores, boca 
seca, etc.) surgem provocados pela percepção de objetos ou de sinais externos 
 
percebidos como perigosos (um carro em disparada vindo em sua direção), ou 
internos (dores intensas no tórax). 
Na ansiedade normal (não patológica), após a percepção do possível 
risco, o animal (homem e outros animais) dirige sua atenção para o perigo 
focalizado. Neste instante é produzida (germina sem esforço) a resposta 
defensiva: lutar, fugir ou ficar quieto. A musculatura fica tensa, aumenta a 
atividade do sistema simpático, em menor grau é ativado o parassimpático. 
Quase ao mesmo tempo categorizamos o fato: “O carro vai me pegar;” “Será que 
estou tendo um enfarte?” Também, em seguida, buscamos soluções para 
combater o perigo observado: fugir do carro, procurar o hospital. O organismo, 
como um todo, diante da ameaça põe para funcionar suas defesas, onde cada 
órgão faz sua parte automaticamente, isto é, quase sem pensar. Ao dar de cara 
com o perigo há um aumento dos batimentos cardíacos, da pressão, da atividade 
das glândulas sudoríparas, da respiração, contrações musculares, mudanças 
gastrintestinais e da micção. Daí a frase popular: “Mijou de medo.” 
 
 
http://www.galenoalvarenga.com.br/wp-content/uploads/2010/11/ansiedade.jpg 
 
Medos dali, medos daqui nos perseguem desde cedo,durante anos e 
mais anos. Pouco a pouco vão se formando modelos dos eventos perigosos e 
 
não perigosos. Também lentamente vamos avaliando e formando mapas da 
nossa capacidade e incapacidade de enfrentar problemas X ou Y. Uma vez 
vivenciadas vitórias e derrotas, vamos armazenamos os sinais indicadores de 
um enfrentamento perigoso versus um fácil e tranquilo. As crianças, ainda cedo, 
desenvolvem uma ideia (avaliação) semelhante ao modelo adulto. Elas usam 
para isso as ideias “bom x ruim” antes de elas usarem a linguagem semântica. 
Portanto, podemos descrever a ansiedade produtiva (sadia) como sendo 
um estado de alerta e prontidão para agir adequada e produtivamente. Uma vez 
disparado o medo, o organismo, antes calmo, transforma-se num organismo 
animado e/ou agitado. O medo (ansiedade) leva o indivíduo a agir: atacar, fugir 
ou ficar “fingindo de morto”. Estas ações buscam aliviar o estado emocional 
desagradável provocado pelo medo. A resposta automática do organismo ao 
medo (palpitação, boca seca, etc.) diminui ou desaparece quando a emoção 
termina: antes e depois de falar em público, aproximar-se da primeira namorada 
ou transa, esperar e/ou iniciar uma prova, concurso, disputa, etc. Geralmente, 
terminada a ação, terminam os sinais e sintomas da ansiedade. 
O medo – ou ansiedade - se compõe de manifestações subjetivas e 
objetivas. As manifestações subjetivas vão desde um sentido aumentado de 
alerta ou consciência, até medos profundos de um desastre iminente. Já as 
manifestações objetivas consistem de respostas corporais aumentadas, 
inquietação e mudanças autônomas (falta de ar, tremores, etc.). O medo é, na 
maioria das vezes, adaptativo (produtivo), pois desperta e prepara o indivíduo 
para possíveis perigos (riscos, acidentes). O medo, portanto, contribui para 
administrar as condutas necessárias para enfrentar as circunstâncias difíceis e 
negativas. A ansiedade severa desorganiza, ela tende a ser improdutiva. 
Os estímulos ameaçadores são extremamente comuns na vida diária: 
batidas nas estradas, roubos, doenças, etc. Os indivíduos não-ansiosos captam 
menos indicadores perigosos que os ansiosos. É possível que a propensão 
(inclinação, tendenciosidade) perceptual proteja os “normais” das ameaças que 
estão em todos os lugares e momentos. Este grupo adora gritar: “Eu sou 
otimista!”; “Está tudo melhor do que os pessimistas pensam.” Assim os “normais” 
tendem a perceber menos os perigos do meio ambiente, diminuindo, desse 
 
modo, seus medos. Por outro lado, os ansiosos não se utilizam de recursos para 
diminuir a quantidade e qualidade dos perigos que os rodeiam. Os ansiosos, 
sempre de prontidão para detectar desgraças, dirigem a atenção para as 
inúmeras e pequenas ameaças que estão para ocorrer. O afeto negativo, que 
ocorre nos ansiosos, pode ser o resultado ou causa do seu excessivo 
processamento de informações medianamente ameaçadoras do meio ambiente. 
O afeto positivo dos normais pode estar relacionado a uma inibição 
desse processamento. Tanto os aspectos ameaçadores físicos como os sociais 
são observados com mais atenção pelos indivíduos ansiosos. O material 
ameaçador é o processado seletivamente pelos ansiosos. Os esquemas ou 
“programas” dos ansiosos foram construídos ou assentados na experiência 
negativa e perigosa. Portanto, os assimiladores de informações positivas e 
negativas, que formam a mente (a maneira de ver o mundo) de cada um deles, 
uma vez construídos com “alimentos” negativos e perigosos, forçosamente 
descobrirá e processará informações perigosas em qualquer lugar. 
Em resumo: a ansiedade é caracterizada por uma tendência da atenção 
da pessoa para operar num nível perceptual que facilita a captação de 
informações emocionalmente ameaçadoras. O não-ansioso focaliza situações 
não perigosas. Um cientista caracterizou a percepção como um processo cíclico, 
que num primeiro estágio envolve um recebimento passivo da informação do 
meio ambiente. Esta, a percepção, é mapeada com representações ou 
esquemas internos. A capacidade perceptiva do processador de informações (de 
nossa mente) varia de indivíduo para indivíduo. O processador da “realidade” 
acomoda tanto a informação como os recursos (ferramentas) usados durante o 
processamento dos estímulos selecionados. O funcionamento desse esquema 
parece ser diferente entre os ansiosos e não-ansiosos, quando a ordenação 
inclui elementos que são emocionalmente ameaçadores. 
Tipicamente os indivíduos atribuem seus afetos negativos às fontes 
internas, ao passo que os ansiosos, na maioria das vezes atribuem-nos às fontes 
externas, levando-os a evitar certas espécies de situações. Beck, 1976, sugeriu 
que depressão está associada com pensamentos negativos referentes 
 
normalmente ao passado, enquanto a ansiedade está mais relacionada com 
pensamentos associados a ameaças futuras. 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) 
 
É caracterizado essencialmente por ideias obsessivas e 
comportamentos compulsivos recorrentes. 
As ideias obsessivas são pensamentos, representações ou impulsos 
que se intrometem na consciência do sujeito de modo repetitivo e estereotipado. 
Ele tem consciência desses pensamentos, e tenta de todas as maneiras evitá-
los, mas sem qualquer sucesso. 
Os comportamentos e os rituais compulsivos são atividades 
estereotipadas e repetitivas. O sujeito não tira qualquer proveito real realizando 
essas atividades. Elas não representam qualquer tarefa útil de seu dia a dia, 
servindo apenas para aliviar suas obsessões. Entretanto, até a mínima 
impossibilidade de realizá-las ou a tentativa de alterá-las agrava ainda mais o 
quadro do paciente, que pode experimentar crises mais graves de ansiedade, 
outro sintoma muito comum nesse transtorno. 
Sintomas obsessivos mais comuns 
 Medo de contaminação por germes, sujeiras etc. 
 Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas. 
 Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até 
assassinatos. 
 Pensamentos sexuais urgentes e intrusivos. 
 Dúvidas morais e religiosas. 
 Pensamentos proibidos. 
Sintomas compulsivos mais comuns 
 Lavar as mãos para eliminar germes, bactérias, etc. 
 Repetir determinados gestos 
 Verificar se as coisas estão como deveriam, porta trancada, gás 
desligado, etc. 
 Tocar objetos 
 
 Contar objetos 
 Ordenar ou arrumar os objetos de uma determinada maneira 
 Rezar 
 
 
 
Transtorno de Personalidade Narcisista 
 
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A característica essencial do Transtorno da Personalidade Narcisista é 
um padrão invasivo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de 
empatia. 
Os indivíduos com este transtorno têm um sentimento grandioso de sua 
própria importância. Eles rotineiramente superestimam suas capacidades e 
exageram suas realizações, frequentemente parecendo presunçosos ou 
arrogantes. Eles podem presumir que os outros atribuem o mesmo valor a seus 
esforços e surpreender-se quando não recebem o louvor que esperam e julgam 
merecer. Um menosprezo (desvalorização) da contribuição dos outros está 
frequentemente implícito na apreciação exagerada de suas próprias realizações. 
 
A vulnerabilidade da autoestima tornam os indivíduos com Transtorno 
da Personalidade Narcisista muito sensível a "mágoas", por críticas ou derrotas. 
Embora possa não demonstrar abertamente, as críticas podem assolar esses 
indivíduos e levá-los a se sentirem humilhados, degradados e vazios. 
Sua reação pode ser de desdém, raiva ou contra-ataque afrontoso. 
Essas experiências frequentemente o levam a um retraimento social ou a uma 
aparência de humildade que pode mascarar e proteger sua grandiosidade. As 
relações interpessoais tipicamente estão comprometidas pelos problemas 
resultantes do sentimento de intitulação, da necessidade de admiração e do 
relativodesrespeito à sensibilidade alheia. 
Embora a ambição e a confiança ufanista possam levar-lhes a grandes 
realizações, o desempenho pode ser perturbado em virtude da intolerância a 
críticas ou derrotas. Às vezes o desempenho profissional pode ser muito baixo, 
refletindo uma relutância para assumir riscos em situações competitivas ou de 
outra espécie, nas quais a derrota é bastante provável. Sentimentos persistentes 
de vergonha ou humilhação e a autocrítica pertinente podem estar associados 
com retraimento social, humor deprimido e Transtorno Depressivo Maior 
ou Distímico. 
Por outro lado, períodos persistentes de grandiosidade podem estar 
associados com um humor hipomaníaco. O Transtorno da Personalidade 
Narcisista também está associado com Anorexia Nervosa e Transtornos 
Relacionados a Substâncias (especialmente relacionados à cocaína). 
Os Transtornos da Personalidade 
Histriônica, Borderline, Antissocial e Paranoide podem estar associados com o 
Transtorno da Personalidade Narcisista. 
Prevalência 
As estimativas da prevalência do Transtorno da Personalidade 
Narcisista variam de 2 a 16% na população clínica e são de menos de 1% na 
população geral. 
 
 
 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-de-humor/depressao
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-de-humor/distimia
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-de-humor/manias
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/abuso-de-drogas/cocaina-dependencia
 
ESQUIZOFRENIA 
 
http://gilsantosnoticias.com/wp-content/uploads/2013/11/esquizofrenia.jpg 
 
A esquizofrenia é um distúrbio mental grave, caracterizado pela perda 
do contato com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), 
pensamentos anormais e alteração do funcionamento laborativo e social. 
A esquizofrenia é um importante problema de saúde pública em todo o 
mundo. A sua prevalência mundial parece ser discretamente inferior a 1%, 
embora tenham sido identificados bolsões de maior ou menor incidência. Nos 
Estados Unidos, os indivíduos com esquizofrenia ocupam cerca de um quarto 
(1/4) dos leitos hospitalares e correspondem aproximadamente a 20% de todos 
os dias de afastamento da Previdência Social. A esquizofrenia é mais prevalente 
que a doença de Alzheimer, o diabetes ou a esclerose múltipla. No Brasil, são 
registrados 56.000 casos por ano. 
Diversos distúrbios compartilham as características da esquizofrenia. Os 
distúrbios que se assemelham à esquizofrenia, mas cujos sintomas estão 
presentes há no mínimo 6 meses são denominados distúrbios 
esquizofreniformes. Quando os sintomas persistem por pelo menos um dia, mas 
se repetem pelo menos por um mês são denominados distúrbios psicóticos 
breves. 
Um distúrbio caracterizado pela presença de sintomas 
do humor (p.ex., depressão ou mania) juntamente com sintomas mais típicos de 
esquizofrenia é denominado distúrbio esquizoafetivo. 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes/esquizofrenia
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais#alzheimer
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-de-humor
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-de-humor/depressao
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-de-humor/manias
 
Um distúrbio da personalidade que pode compartilhar sintomas de 
esquizofrenia e no qual os sintomas em geral não são tão graves a ponto de 
satisfazer os critérios da psicose é denominado distúrbio da personalidade 
esquizotípica. 
 
CAUSAS 
Embora a causa específica da esquizofrenia seja desconhecida, o 
distúrbio possui claramente uma base biológica. Muitos especialistas aceitam um 
modelo de “vulnerabilidade-estresse”, no qual a esquizofrenia só ocorre em 
indivíduos biologicamente vulneráveis. Até o momento, a causa da 
vulnerabilidade do indivíduo à doença é desconhecida, podendo ser uma 
predisposição genética, problemas que ocorreram antes, durante ou depois do 
nascimento, ou uma infecção viral do cérebro. A dificuldade de processamento 
das informações, a incapacidade de concentração, a dificuldade de comportar-
se de forma socialmente aceitável e a incapacidade de lidar com os problemas 
em geral podem indicar vulnerabilidade. Nesse modelo, o estresse ambiental 
como eventos estressantes da vida ou problemas de dependência de drogas 
desencadeiam o início e a recorrência da esquizofrenia em indivíduos 
vulneráveis. 
A esquizofrenia começa mais frequentemente entre os 18 e os 25 anos 
nos homens e entre os 26 e 45 nas mulheres. Contudo, não é incomum o seu 
início na infância ou começo da adolescência ou em uma idade mais avançada. 
O surgimento da esquizofrenia pode ser súbito, desenvolvendo-se ao longo de 
dias ou semanas, ou lento e insidioso, desenvolvendo-se ao longo de anos. 
 
SINTOMAS 
A gravidade e os tipos de sintomas podem variar significativamente de 
paciente para paciente. De modo geral, os sintomas podem ser classificados em 
três grupos: delírios e alucinações; distúrbios do pensamento e comportamentos 
estranhos; e sintomas negativos ou de déficit. Um indivíduo pode apresentar 
sintomas de um ou até três dos grupos. Os sintomas são suficientemente graves 
para interferir na capacidade laborativa, de se relacionar com as pessoas e de 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes/transtorno-esquizotipico
 
cuidar de si mesmo. Os delírios são falsas crenças, que muitas vezes envolvem 
uma interpretação errônea de percepções ou experiências. Por exemplo, os 
indivíduos com esquizofrenia podem apresentar delírios persecutórios, 
acreditando que estão sendo atormentados, seguidos, enganados ou 
espionados. Podem também apresentar delírios de referência, acreditando que 
trechos de livros, jornais ou letras de músicas são direcionados especificamente 
a eles. Eles podem apresentar delírios de roubo ou de imposição do 
pensamento, acreditando que outras pessoas podem ler sua mente, que seus 
pensamentos estão sendo transmitidos para outras pessoas ou que 
pensamentos e impulsos estão lhes sendo impostos por forças externas. 
Existem ainda as alucinações auditivas, visuais, olfativas, gustativas ou táteis; 
apesar das alucinações auditivas serem de longe as mais frequentes. O 
indivíduo pode “ouvir” vozes comentando seu comportamento, conversando 
umas com outras ou fazendo comentários críticos ou ofensivos. O distúrbio do 
pensamento refere-se a um pensamento desorganizado, que se torna evidente 
quando a fala é desconexa, muda de um tema a outro e não tem qualquer 
finalidade. 
A fala pode ser discretamente desorganizada ou completamente 
incoerente e incompreensível. O comportamento estranho pode tomar a forma 
de atos infantis, de agitação de apresentação, higiene ou conduta inadequada. 
O comportamento motor catatônico é uma forma extrema de comportamento 
estranho no qual o indivíduo pode manter-se em uma postura rígida e resistir aos 
esforços para ser mobilizado ou, ao contrário, ele apresenta uma atividade 
motora sem estímulo e sem objetivo. Os sintomas negativos ou de déficit da 
esquizofrenia incluem o embotamento da afetividade, a pobreza da fala, a 
anedonia e a misantropia. O embotamento da afetividade refere-se a uma 
diminuição das emoções. A face do indivíduo pode parecer imóvel. Ele mantém 
um contato visual mínimo e não apresenta expressividade emocional. Os 
eventos que normalmente fariam um indivíduo rir ou chorar não produzem 
respostas. A pobreza da fala refere-se a uma diminuição dos pensamentos que 
é refletida na diminuição da fala. As respostas a questões podem ser concisas, 
uma ou duas palavras, dando a impressão de um vazio interior. A anedonia 
 
refere-se à diminuiçãoda capacidade de sentir prazer. O indivíduo pode 
demonstrar pouco interesse por atividades anteriores e despende mais tempo 
em atividades inúteis. A misantropia refere-se à falta de interesse em relacionar-
se com outras pessoas. Esses sintomas negativos frequentemente estão 
associados a uma perda geral na motivação, no sentido de finalidade e objetivos. 
 
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA 
Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia seja um distúrbio 
isolado, enquanto outros acham que se trata de uma síndrome (conjunto de 
sintomas) baseando-se nas numerosas doenças subjacentes. Em um esforço 
para classificar os pacientes em grupos mais uniformes, foram propostos 
subtipos de esquizofrenia. No entanto, em um mesmo paciente, o subtipo pode 
mudar no decorrer do tempo. 
A esquizofrenia paranoide é caracterizada por uma preocupação com os 
delírios ou alucinações auditivas. A fala desorganizada e as emoções 
inadequadas são menos proeminentes. 
A esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada é caracterizada pela fala 
desorganizada, pelo comportamento desorganizado e pelo embotamento afetivo 
ou pelas emoções inadequadas. 
A esquizofrenia catatônica é dominada pelos sintomas físicos como a 
imobilidade, a atividade motora excessiva ou a adoção de posturas esquisitas. 
A esquizofrenia indiferenciada é frequentemente caracterizada por 
sintomas de todos os grupos: delírios e alucinações, distúrbio do pensamento e 
comportamento estranho e sintomas de déficit ou negativos. 
Mais recentemente, a esquizofrenia foi classificada de acordo com a 
presença e gravidade dos sintomas negativos ou de déficit. Nos indivíduos com 
o subtipo negativo ou de déficit da esquizofrenia os sintomas negativos são 
predominantes como, por exemplo, embotamento afetivo, falta de motivação e 
diminuição do sentido de finalidade. Nos indivíduos com esquizofrenia sem 
déficit ou paranoide, os delírios e as alucinações são evidentes, mas são 
observados relativamente poucos sintomas negativos. Em geral, os indivíduos 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes/esquizofrenia#esquizofrenia_paranoide
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes/esquizofrenia#esquizofrenia_hebefrenica
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes/esquizofrenia#esquizofrenia_catatonica
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-delirantes/esquizofrenia#esquizofrenia_indiferenciada
 
com esquizofrenia sem déficit tendem a apresentar uma incapacitação menos 
grave e são mais responsivos ao tratamento. 
 
DEPRESSÃO 
 
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3oQkslPot6mL_sqboiYHXZKJRebSTCE9Q 
 
Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão (leve, 
moderado ou grave), o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução 
da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de 
experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de 
concentração associadas em geral à fadiga, mesmo após um esforço mínimo. 
Observa-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe 
quase sempre uma diminuição da autoestima e da autoconfiança, e 
frequentemente ideias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas 
leves. 
O humor depressivo varia pouco diariamente ou segundo as 
circunstâncias, e pode se acompanhar de sintomas ditos “somáticos” (por 
exemplo: perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce várias horas 
antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão 
http://www.galenoalvarenga.com.br/transtornos-mentais/transtornos-emocionais-de-humor/depressao
 
psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da 
libido). 
O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus 
de um episódio depressivo: leve, moderado e grave. 
EPISÓDIO DEPRESSIVO LEVE 
Geralmente estão presentes ao menos dois ou três dos sintomas citados 
anteriormente. O paciente usualmente sofre com a presença destes sintomas, 
mas provavelmente, será capaz de desempenhar a maior parte das atividades. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO MODERADO 
Geralmente estão presentes quatro ou mais dos sintomas citados 
anteriormente, e o paciente, aparentemente, tem muita dificuldade para 
continuar a desempenhar as atividades de rotina. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO GRAVE SEM SINTOMAS PSICÓTICOS 
Episódio depressivo onde vários dos sintomas são marcantes e 
angustiantes. Tipicamente, há perda da autoestima e ideias de desvalia ou culpa. 
As ideias e os atos suicidas são comuns, e são acompanhados de uma 
série de sintomas “somáticos”. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO GRAVE COM SINTOMAS PSICÓTICOS 
Episódio depressivo correspondente à descrição de um episódio 
depressivo grave sem sintomas psicóticos, mas acompanhado de alucinações, 
ideias delirantes, de uma lentidão psicomotora ou de estupor de uma gravidade 
tal que todas as atividades sociais normais tornam-se impossíveis. 
Pode existir o risco de morrer por suicídio, de desidratação ou de 
desnutrição. As alucinações e os delírios podem não corresponder ao caráter 
dominante do distúrbio afetivo. 
 
 
 
 
 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 
 
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Aspectos dos transtornos mentais relacionados ao trabalho (2005). 
Psiquiatria Ocupacional: aspectos conceituais, diagnósticos e periciais dos 
Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados ao Trabalho 
(Dissertação de Mestrado, Camargo, DA 2004). 
 
Saúde Mental no Trabalho: da teoria a pratica / Organizadoras: Débora Miriam 
Raab Glina, Lys Esther Rocha - São Paulo. Roca, 2010.

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