Buscar

SAUDE_MENTAL_E_SEUS_ESTIGMAS_COMO_OS_MEIOS_DE_COMU

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

195 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
Revista Campo da História 
DOI: 10.55906/rcdhv8n1-012 
195-208, 2023 
ISSN: 2526-3943 
 
SAÚDE MENTAL E SEUS ESTIGMAS: COMO OS MEIOS DE 
COMUNICAÇÃO PODEM AJUDAR NA QUEBRA DE 
PRECONCEITOS? 
 
MENTAL HEALTH AND ITS STIGMAS: HOW CAN THE MEDIA 
HELP TO BREAK THE PREJUDICE? 
 
Recebimento do original: 01/01/2023 
Aceitação para publicação: 01/02/2023 
 
 
Benedito Carlos Alves dos Santos 
Mestre em Ciências da Religião 
Instituição: Núcleo de Apoio à Inclusáo Social Para Pessoas com Deficiência 
 (NAISPD) - Criando Asas 
Endereço: Al. dos Tupinas, 611, Planalto Paulista, São Paulo - SP, CEP:04069-000 
E-mail: carlosalves_psic@yahoo.com.br 
 
RESUMO: O Estigma é um mal que assolada nossa sociedade de forma bastante sutil e 
concomitantemente impede que o estigmatizado posso seguir sua vida como ser “normal”. 
Falando do tema Saúde, encontramos o estigma quando fazemos uma sondagem sobre questões 
da “Saúde Mental”. Para a composição do artigo, foi usado como pano de fundo para ilustração 
do tema, a personagem bíblica Caim, que assassina seu irmão e em consequência recebe um 
sinal na testa. Transpondo essa ideia para o artigo, esse sinal é o estigma que acompanha a 
Pessoa com Transtorno Mental. Vê-se hoje a necessidade de um trabalho de conscientização, 
onde possamos quebrar os preconceitos, pois quanto menos preconceitos, maior a possibilidade 
de um trabalho profícuo de inclusão e superação. A mídia, com seus aparatos, pode ser um 
instrumento facilitador de quebra de preconceitos? 
 
PALAVRAS-CHAVE: Estigma, Pessoa com Transtorno Mental, Caim, Mídia. 
 
ABSTRACT: Stigma is an evil that plagues our society in a very subtle way and concomitantly 
prevents the stigmatized from being able to continue their lives as "normal" beings. Speaking 
of the topic of Health, we find stigma when we do a survey on "Mental Health" issues. For the 
composition of the article, it was used as a background to illustrate the theme, the biblical 
character Cain, who murders his brother and as a consequence receives a mark on his forehead. 
Transposing this idea to the article, this sign is the stigma that accompanies the person with 
mental disorder. Today we see the need for a work of awareness, where we can break the 
prejudice, because the less prejudice, the greater the possibility of a fruitful work of inclusion 
 
 
 196 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
and overcoming. The media, with its apparatuses, can be a facilitating instrument to break 
prejudice? 
 
KEYWORDS: Stigma, Mentally Disabled Person, Cain, Media. 
 
 
1. RÁPIDA OLHADA NO PROCESSO HISTÓRICO DA SAÚDE MENTAL 
 
Quando aqui é usado o termo “rápida olhada no processo histórico da Saúde Mental”, é 
no sentido de que não é possível aqui fazer uma análise aprofundado sobre a temática, pois o 
mesmo é bastante extenso e não é o caso aqui fazer um tratado sobre a História Saúde Mental. 
Falando sobre doença mental, Vietta, Tavares e Diniz (2009), afirmam que na que “na 
Antiguidade, atribuía-se às influências malignas, o que não se conseguia identificar ou 
interpretar”. Isso significa dizer, em outras palavras, que não havia a distinção entre doença 
física e mental. Os problemas mentais eram atribuídos as possessões demoníacas e aos espíritos 
malignos. 
 
Na Era Clássica, o doente mental começa ser visto de forma mais humanitária. 
Hipócrates foi o primeiro médico a explicar, coerentemente, as doenças com base em 
causas naturais. A causa da doença mental, também já tem explicações naturais e não 
mágicas. Pitágoras, por exemplo, havia dito que o “cérebro é o verdadeiro órgão do 
intelecto do homem e sede da enfermidade mental”. Os médicos hipocráticos 
descreviam pela primeira vez delírios orgânicos, sintomas de depressão (melancolia), 
insanidade puerperal (psicose pós-parto), fobias, etc. (VIETTA, TAVARES e DINIZ, 
2009). 
 
Na era das luzes, iluminismo, o doente mental, ou o assim considerado louco, passou a 
ser objeto de estudo da ciência. Já no século XVIII, os primeiros espaços para tratamento de 
loucos, começaram a surgir. Eram assim os chamados Hospitais Gerais ou as Santas Casas de 
Misericórdia. 
 
... é apenas a partir da Idade Média que surgem as instituições com objetivos 
específicos de receberem toda espécie de pessoas que não se incluíam no 
modelo social dito estruturado. Muitas lutas e discussões foram necessárias para se 
pudesse chegar ao início da quebra de preconceitos (FOUCAULT, 1972). 
 
Com o tempo, os locais onde se internavam as pessoas que tinham transtornos mentais, 
passaram a ser chamados de “manicômios”, lugar de segregação, de exclusão, onde se 
 
 
 197 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
colocavam os incômodos da sociedade. Segundo Foucault (1978), “pobres, vagabundos, 
presidiários e cabeças alienadas assumirão o papel abandonado pelo lazarento”, ou aqueles que 
tinham lepra. Esses também foram excluídos do convívio social por sua marca, a lepra. 
 
Além da Santa Casa da Corte, desde o início do século XIX, outros hospitais de 
caridade das principais cidades brasileiras mantiveram, de forma inconstante e sob as 
mesmas condições miseráveis, divisões destinadas aos insanos, que precederam a 
criação de hospícios exclusivos para alienados. Vale ressaltar que, nos documentos 
daquele século, os termos “asilo”, “hospício” ou “hospital” eram usados 
indistintamente como sinônimos, no sentido de hospedagem destinada àqueles que 
dependessem da caridade pública, como os órfãos, os expostos (recém-nascidos 
abandonados), os mendigos, os lázaros, etc. (ODA e DALGALARRONDA, 2004). 
 
Fazendo uma leitura sobre escritos de Pacheco (2003), Pinel, em seguida, Esquirol, 
mesmo sendo expoentes pioneiros nos estudos da psiquiatria, não tinham uma preocupação em 
construir uma teoria biológica da loucura, mas sim de conhecer e bem delimitar suas 
apresentações clínicas”. 
 
No que se refere à terapêutica, Esquirol deu continuidade à prática de um tipo de 
tratamento diferenciado: o tratamento moral iniciado por Pinel. Esta abordagem 
estruturou-se em decorrência dos pressupostos teóricos a respeito da loucura que, 
deixando de ser exclusivamente organicista, passou a considerar o aspecto psicológico 
como fundamental na determinação da doença. As experiências vividas pelo paciente 
adquirem assim um novo valor como dados a serem observados e considerados no 
conhecimento de suas funções mentais (PACHECO, 2003). 
 
Segundo Jabert (2001), um dos marcos dessa história da psiquiatria no Brasil foi o 
decreto que criou o primeiro hospício em território nacional em 1841 - o Hospício de Pedro II. 
Sua inauguração se deu 1852. No livro “Ouvindo Vozes”, Oliveira (2009), retrata histórias do 
hospício e lendas do Encantado, que aconteceram no hospício de Engenho de Dentro, no Rio 
de Janeiro. Relata o referido autor, que tal “hospício carrega a marca de sua história singular, 
secular e idiossincrática que, como ferro em brasa, atravessou a alma das criaturas que 
habitaram seus subterrâneos”. 
 Tratando-se da temática loucura, Naus dos Loucos é um termo que nuca pode ser 
esquecido. A Naus dos loucos, termo encontrado na literatura italiana, retratar as embarcações 
que levavam mar adentro os ditos loucos (Jabert, 2001). 
 
 
 
 198 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
Mas de todas essas naves romanescas ou satíricas, a Narrenschiff é a única que teve 
existência real, pois eles existiram, esses barcos que levavam sua carga insana de uma 
cidade para outra. Os loucostinham então uma existência facilmente errante. As 
cidades escorraçam-nos de seus muros; deixava-se que corressem pelos campos 
distantes, quando não eram confiados a grupos de mercadores e peregrinos. (...) Eram 
frequentemente confiados a barqueiros: em Frankfurt, em 1399, encarregam-se 
marinheiros de livrar a cidade de um louco que por ela passeava nu; nos primeiros 
anos do século XV, um criminoso louco é enviado do mesmo modo a Mayence. Às 
vezes, os marinheiros deixavam em terra, mais cedo do que haviam prometido, esses 
passageiros incômodos; prova disso é o ferreiro de Frankfurt que partiu duas vezes e 
duas vezes voltou, antes de ser reconduzido definitivamente para Kreuznach. 
Frequentemente as cidades da Europa viam essas naus de loucos atracar em seus 
portos. (Foucault, 1972). 
 
Segundo Amarante et al (1995), foi com a realização do V Congresso Brasileiro de 
Psiquiatria, em outubro de 1978, que se deu início a uma importante discussão política sobre o 
tema da Saúde Mental. Neste mesmo ano aconteceu, no Rio de Janeiro, o I Congresso Brasileiro 
de Psicanálise de Grupos e Instituições. Como participação nesse evento tivemos o destaque de 
autores de renome da Reforma Psiquiátrica, a saber: Franco Basaglia, Felix Guattari, Robert 
Castel e Erving Goffman. 
Em 1979 ocorreu em São Paulo o I Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores 
em Saúde Mental (MTSM). O foco desse evento foram as discussões centradas na necessidade 
de um estreitamento mais articulado da Saúde Mental com outros movimentos sociais para as 
conquistas “Antimanicomiais” (AMARANTE et al, 1995). 
O ano de 1987, destacou-se pela realização de dois eventos importantes: a I Conferência 
Nacional de Saúde Mental e o II Congresso Nacional do MTSM. Este segundo evento registrou 
a importante presença de associações de usuários de serviços de Saúde Mental e seus familiares, 
como a "Loucos pela Vida" de São Paulo, e a Sociedade de Serviços Gerais para a Integração 
Social pelo Trabalho (SOSINTRA) do Rio de Janeiro, entre outras (AMARANTE et al, 1995). 
É sabido que as décadas de 1980 e 1990 foram marcadas então pelas lutas 
antimanicomial. 
 
 
 
 199 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
Como relata Ribeiro (2015), dentre os programas da reforma − alguns aprovados após 
2010, mas em continuação à proposta da Lei n. 10.216 − que formam uma rede de 
atenção para o tratamento do indivíduo junto à família e a comunidade, estão: Centro 
de Atenção psicossocial (CAPS) I, II, II e CAPSi e CAPSad2, Programa de Economia 
Solidária, Programa de Volta pra Casa, auxílio reabilitação, residências terapêuticas e 
outros serviços que são de implantação regional, como os Centros de Convivência e 
Cultura (Ribeiro – 2015, p.35). 
 
Segundo Macedo (2006), um outro marco fundamental na a luta histórica pelos direitos 
da pessoa portadora de transtornos mentais, foi a elaboração da Lei 10.216/2001, que dispõe 
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais. Com base na citada 
lei, conseguiu-se redirecionar o modelo assistencial em Saúde Mental, contando com a força de 
outras frentes do conhecimento, a saber: Sociologia, Antropologia, Psicologia e Direito. 
Importante que nesse processo não deixemos de pensar em Franco Basaglia e Nilce Nise 
da Silveira, a Lei 180 (Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana), entre outras ações que vieram a 
influenciaram no processo de uma reforma psiquiátrica, conhecida atualmente como a Luta 
antimanicomial. 
 
2.O CÁRCERE DE CAIM: O MANICÔMIO DOS LOUCOS 
 
Qual, Andarás errante e perdido pelo mundo, Sendo assim, qualquer pessoa me poderá 
matar, Não, porque porei um sinal na tua testa, ninguém te fará mal, mas, em pago da 
minha benevolência, procura tu não fazer mal a ninguém, disse o senhor, tocando com 
o dedo indicador a testa de caim, onde apareceu uma pequena mancha negra, Este é o 
sinal da tua condenação, acrescentou o senhor, mas é também sinal de que estarás toda 
a vida sob minha protecção e sob minha censura, vigiar-te-ei onde quer que estejas,” 
(SARAMAGO, 2009). 
 
Falando sobre sistemas prisionais, Foucault (2006), diz que “o primeiro princípio da 
prisão é o isolamento do condenado em relação ao mundo exterior”. Goffman (1961/2008ª), 
entende esses sistemas como uma “instituição total que é um local de residência e trabalho, com 
grande número de indivíduos com situações semelhantes, separados da sociedade por 
considerável período de tempo. Os indivíduos levam uma vida fechada e formalmente 
administrada”. Aqui é tomada a classificação de Goffman (1961/2008ª), para entendimento 
dessas instituições: 
1 - Instituições para cuidar de pessoas consideradas incapazes e inofensivas: casas 
para cegos, velhos, órfãos e indigentes; 
 
 
 200 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
2 - Instituições para cuidar de pessoas consideradas incapazes de cuidar de si 
mesmas e que são também uma ameaça para a sociedade: sanatórios para tuberculosos, 
hospitais para doentes mentais e leprosários; 
3 - Instituições para proteger a comunidade contra perigos intencionais: cadeias, 
penitenciárias, campos de prisioneiros de guerra e campos de concentração; 
4 - Instituições estabelecidas com a intenção de realizar de modo mais adequado 
alguma tarefa de trabalho, e que se justificam apenas através de tais fundamentos 
instrumentais: quartéis, navios, escolas internas, campos de trabalho, colônias e grandes 
mansões; 
5 - Instituições destinas a servir de refúgio do mundo, embora sirvam muitas vezes 
como locais de instruções religiosas: abadias, mosteiros, conventos e outros claustros. 
Como sustento da composição desse artigo, interessa-nos a segunda definição apontada 
por Goffman, a de “instituições para cuidar de pessoas consideradas incapazes de cuidar de si 
mesmas e que são também uma ameaça para a sociedade: sanatórios para tuberculosos, 
hospitais para doentes mentais e leprosários”. 
 
Na linguagem exata de algumas de nossas mais antigas instituições totais, começa 
uma série de rebaixamento, degradações, humilhações e profanações do eu. O seu eu 
é simplesmente, embora muitas vezes não intencionalmente, mortificado. Começa a 
passar por algumas mudanças radicais em sua carreira moral, uma carreira composta 
pelas progressivas mudanças que ocorrem nas crenças que têm a seu respeito e a 
respeito dos outros que são significativos para ele (GOFFMAN, 1961/2008a). 
 
Foi isso que se tornou os manicômios, instituições totais como forma de exclusão dos 
indivíduos do meio social, sem os adequados cuidados. Para isso valeria uma visita nos 
documentários feitos sobre o Manicômio de Barbacena (MG). 
 
O complexo manicomial conhecido por Cidade dos Loucos foi fundado em 12 de 
outubro de 1903, em Barbacena, Minas Gerais. Antes de ser um local focado no 
"tratamento" psiquiátrico, o Hospital Colonial de Barbacena tratava pacientes vítimas 
da tuberculose, o que explica a localização afastada do hospital, em cima de uma 
montanha. Local perfeito também para excluir os grupos marginalizados da 
sociedade1. 
 
1 Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-manicomio-de-barbacena-o-
holocausto-brasileiro-que-matou-60-mil-pessoas.phtml. Acesso em 27/01/2023. 
 
 
 201 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
Dentro de uma instituição ou não, comumente, uma pessoa com transtorno mental, 
enfrenta toda sorte de preconceitos, rejeições, exclusões, pois, não lidar com o diferente ainda 
causa estranhamento, medo, estigmas e preconceitos. 
 
Se hoje me expulsas da superfície da terra e tenho de meocultar de tua presença, 
andarei errante e vagando pelo mundo, e quem me encontrar me matará. O Senhor lhe 
respondeu : - Não é assim. Quem matar Caim pagará multiplicado por sete. O Senhor 
marcou Caim, para que não fosse morto por quem o encontrasse (Gên. 4, 14-15). 
 
Segundo Krauss e Kuchller (2007), a queixa de Caim atinge seu clímax na constatação: 
“o primeiro que me encontrar me matará” (Gên. 4, 14), uma suposição que espelha uma forma 
de sociedade na qual o indivíduo isolado torna-se presa fácil. Por isso é colocado sob uma 
proteção especial. O louco é colocado no manicômio, é segredado. Interpretando Fernandes 
(2000), pode-se dizer que segregar Cain com um sinal é delimita-lo nas suas várias fases 
históricas como: a fase da vingança privada; a fase da vingança divina; a fase da vingança 
pública e a fase da reação humanitária. 
E o Senhor marcou Caim, para que não fosse morto por quem o encontrasse. Caim 
afastou-se da presença do Senhor e habitou Eres Nod, a leste de Éden. (Gên. 4, 15-16). Segundo 
Krauss e Kuchller (2007), a terra de Nod, em hebraico, assemelha-se à palavra “vaguear” e 
retoma, portanto, o tema da maldição divina. Pode-se então dizer que Caim, com seu sinal fica 
privado do Éden. 
 
A barreira que as instituições totais colocam entre o internado e mundo externo 
assinala a primeira mutilação do eu. Ao ser admitido numa instituição total, é muito 
provável que o indivíduo seja despido de sua aparência usual, bem como dos 
equipamentos e serviços com os quais a mantém, o que provoca desfiguração pessoal. 
O homem diferente, passa a ser estigmatizado por essa mesma maioria, que passa a 
etiquetá-lo de marginal (GOFFMAN, (1961/2008a), 
Carregar um estigma implica portar um sinal negativo. O estigma adquiriu duas 
dimensões: uma objetiva (um sinal, um uso, a religião, o sexo, a opção sexual, a 
deficiência física ou mental etc.) e outra subjetiva ( a atribuição ruim ou negativa que 
se faz a estes estados, podendo-se citar o seguinte exemplo: se é deficiente físico é 
ruim ou inferior ou pior etc.). Donde a derivação de regras para os estigmatizados que 
funciona de forma a prejudicar-lhes a vida diária e também a tornar o convívio 
humano em geral enfraquecido, pois os supostos “normais” também saem lesionados 
da relação. As experiências ruins dos “normais” em relação aos estigmatizados fazem 
um profundo nexo com o estereótipo, podendo-se afirmar que são conceitos 
complementares. O estereótipo pode ser confirmado pelas instituições e transformar-
se em qualificação permanente da pessoa, criando um processo de estigmatização ( 
BACILA, 2008). 
 
 
 202 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
Se hoje me expulsas da superfície da terra e tenho de me ocultar de tua presença, andarei 
errante e vagando pelo mundo (Gên 4,14). Para Goffman (1963/2008b), passa-se a acreditamos 
que alguém com um estigma não seja completamente humano. Cria-se uma teoria do estigma, 
uma ideologia para explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa, 
racionalizando algumas vezes uma animosidade baseada em outras diferenças. Para Bacila 
(2008), tratam-se de regras falsas e que não têm nexo com a realidade. Com isso, usa-se de 
termos específicos de estigma como aleijado, bastardo, retardado, em nosso discurso diário 
como fonte de metáfora e representação, de maneira característica, sem pensar no seu 
significado original. 
 
(...) Como diz o refrão antigo, o diabo que te assinalou, algum defeito te encontrou, 
nem sou melhor nem pior que os demais, procuro trabalho, disse caim tratando de 
levar a conversa ao terreno que lhe convinha, Trabalho é o que por aqui não falta, que 
sabes tu fazer, perguntou o velho, Sou agricultor, já temos agricultores em quantidade 
suficiente, por esse lado não irás conseguir nada, além disso vens sozinho, sem 
família, Perdi a minha, Perdeste-a como, Perdi-a simplesmente, e não há mais que 
contar, Sendo assim, deixo-te, não gosto da tua cara nem desse sinal que tens na testa. 
Já se afastava, mas Caim ainda o reteve, Não vás, diz-me ao menos como chamam a 
estes sítios, Chamam-lhes terra de nod, E nod que quer dizer, Significa terra da fuga 
ou terra dos errantes, diz-me tu, já que aqui chegaste, de quê andas fugido e porquê és 
um errante. Não conto a minha vida ao primeiro que encontro no caminho com duas 
ovelhas atadas por um baraço, além disso não te conheço, não te devo respeito e não 
tenho por que responder às tuas perguntas... (SARAMAGO, 2009). 
 
Como então resolver o problema do estigma, do preconceito em relação à pessoa com 
transtorno mental? O problema pode ser resolvido? Para Bacila (2008), negar estigmas 
significa, em última análise, exaltar as virtudes e promover as qualidades positivas, ainda que 
estas mereçam atenção e tratamento das instituições públicas. É preciso uma mudança de 
mentalidade para vencer os preconceitos que, muitas vezes, podem estar fulcrados em nossos 
raciocínios falsos. 
 
3. MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E SUPERAÇÃO DE ESTIGMAS 
 
Observando o percurso da história da Saúde Mental, foram muitas as violências 
aplicadas a indivíduos consideradas pessoas loucas, ditas anormais, insanas. Segundo Cooper 
 
 
 203 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
(1967), uma vez rotulado, o indivíduo é obrigado a assumir o papel de doente, ele é coisificado 
até que se converta no objeto resultante do processo patológico. É um estigmatizado. 
 
Em pleno século XX, ainda é possível identificar no imaginário coletivo os sentidos 
que, outrora, foram atribuídos à loucura. O louco promovido à categoria de doente 
mental pela psiquiatria, ainda se sê às voltas com o enclausuramento. É fato que o 
doente mental não mais se encontra aprisionado entre os muros dos manicômios, 
todavia, existem muitas ideologias que, de uma forma ou de outra, ainda rondam a 
doença mental e enclausuram-na nas teias de um discurso formado tanto por 
elementos da racionalidade científica quanto por elementos do senso comum ( 
RIBEIRO E PINTO, 2011). 
 
Visto assim, o estigmatizado como doente mental carrega um pesado fardo e, por mais 
que tenhamos mudado a maneira de pensar em relação e eles, está longe a superação do estigma 
ser superado. A pergunta é, será que os meios modernos de comunicação podem ser fatores 
facilitadores no processo de superação de preconceitos? Temos vivido, nos últimos anos 
experiências do tempo de Pandemia e sofremos os percalços dos Fake News2. Então, como 
acreditar nos meios de comunicação moderno? O que é verdade e o que é mentira? Temos aí 
mais um desafio. Não podemos negar que a mídia exerce forte poder sobre as massas, sobre a 
construção de novos paradigmas culturais. A cultura da mídia exerce uma influência cada vez 
mais direta sobre as pessoas e suas relações (CNBB, 2014). 
 
É da competência do Estado a elaboração e as estratégias de execução das políticas 
públicas de saúde, em geral, e das políticas de saúde mental. Estratégia preventiva 
implica providências que requerem medidas de financiamento, planejamento e 
execução. Essas medidas têm como finalidade reduzir: 1) A prevalência e a incidência 
dos transtornos mentais de todos os tipos numa comunidade, num determinado espaço 
de tempo; 2) A duração de um número estatisticamente significante dos transtornos 
prevalentes e incidentes; 3) As possibilidades clínicas de cronificação desses 
transtornos por meio dos mais eficazes métodos terapêuticos disponíveis, 
contemplando os biológicos, os psicofarmacológicos e os psicossociais (CREMESP, 
2007). 
 
 Faz-se necessário, então, políticas públicas, que deem respostas positivas aos desafios 
gerados a partir do preconceito que ainda existem em relação à pessoa com transtorno mental. 
Além depensar políticas públicas, deve-se haver uma preocupação com o comprometimento 
daqueles que exercem o poder com os meios de comunicação com os indivíduos acometidos 
 
2 Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762020000100001. 
Acesso em 27/01/2023. 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762020000100001
 
 
 204 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
pelos transtornos. É preciso haver empatia em função do altruísmo. Segundo Terra et al. (2006), 
é preciso criar novas possibilidades de um novo paradigma onde a pessoa com transtorno mental 
possa ser vista como um cidadão em sofrimento psíquico e não mais como uma doença. Por 
muito tempo o “sofredor psíquico” foi visto como louco e incapaz de conviver na sociedade. 
Eram abandonados ao acaso pelos familiares. 
Segundo Boschetti, (2009), “o domínio midiático está nas mãos e no poder de poucos, 
pois são cinco grupos empresariais que decidem o que 180 milhões de pessoas irão ver e ouvir”. 
É preciso ficar atento ao poder ideológico de quem mantem o poder midiático. Segundo Freita 
(2006), “ideologia pode ser entendida como representações transmitidas pelo grupo social 
dominante que é incorporada como se fosse de toda a sociedade e existe porque também existe 
exploração de um grupo sobre o outro”. Por muitas vezes o poder midiático tem serviço para 
reforçar estigmas e preconceitos, gerando assim uma naturalização do normal em detrimento 
do que possa ser diferente. Fator esse que pode ser avaliado historicamente, onde foi gerado 
uma sociedade de desigualdade e injustiças sociais. É tendência pensar a sociedade apenas a 
partir da ótica do que seja típico, reforçando o padrão de exclusão, desconsiderado o que 
nomeiam como anormal, ou atípico. 
Talvez seja uma proposta para os meios midiáticos a prática de denunciar ações que 
tenham cunho ideológico estigmatizastes. Seria um pouco o olhar proposto pela Psicologia 
Social, de uma luta contra a ideologia fatalista que corrobora reforçando para uma relação de 
dominação e dependência nos diversos complexos das relações sociais. Como afirma 
Canguilhem (1990), “a identidade do normal e do patológico é afirmada, em proveito do 
conhecimento normal”. Visto assim, a doença mental pode ser um forte mecanismo de poder 
nas mãos de pessoas de má fé. 
Por outro lado, não é possível que em pleno Séc. XXI sejam ignorados os meios que a 
tecnologia tem trazido com seus avanços. Estudos recentes têm mostrado que quando bem 
usados, podem corroborar em construções positivas. 
 
O movimento da Luta Antimanicomial usa novas possibilidades de comunicação, 
dentre elas, a Internet. Esse uso do espaço virtual para fortalecimento de identidades 
aponta para a necessidade e a importância de analisar as práticas discursivas utilizadas 
pelos atores sociais da Luta Antimanicomial no ciberespaço. Este artigo, que integra 
um conjunto de reflexões de uma pesquisa de doutorado, relata uma análise sobre um 
 
 
 205 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
conjunto de postagens realizadas por atores sociais no YouTube, por ocasião da 
comemoração do Dia Nacional de Luta Antimanicomial3. 
 
Diante de toda essa panorâmica - transtornos mentais, estigma e mídia - fica lançado o 
desafio para os meios de comunicação social. São poucos ainda os estudos que abrangem essa 
temática e por isso a importância de se atentar para isso. Uma mudança de paradigma não nasce 
pronta e nem cai do céu. Ela requer enfrentamentos diversos e multidisciplinar. Para isso é 
preciso ver o outro em toda a sua totalidade, reconhecê-lo como portador de direitos e não um 
mero merecedor da caridade do outro. 
 
Esse reconhecimento do outro só é possível quando o olhar que lançamos a ele não é 
um olhar que enxerga somente nossas experiências, carregado de preconceitos e pré-
noções, mas um olhar relativizador, que o vê a partir de suas especificidades e que 
torna familiar (no sentido de que não causa estranhamento objetivado) qualquer 
manifestação da diferença (THOMAZ, 1995). 
 
À guisa de conclusão, levando em consideração que os preconceitos estigmatizantes são 
geradores de estereótipos advindos da falta de conhecimento e de uma consciência social 
moralmente negativa construída culturalmente. Deve-se ter a esperança que se possa romper 
com esse padrão. Existem vários meios pelos quais sejam possíveis fazer esse enfrentamento e 
construção de um novo paradigma, promovendo a compreensão e educação do grande público 
acerca destas doenças. 
Não basta criar modismos com conceitos errôneos estereotipados sobre questões da 
saúde mental, como fizeram alguns canais televisivos, mas trabalhar em rede de forma que os 
estigmas e preconceitos sejam, senão extirpados, pelo menos amenizados. É preciso acreditar 
que os Meios de Comunicação, levando em consideração valores éticos, possam ajudar no 
rompimento dos meta-regras impostos culturalmente sobre a pessoa com transtorno. Segundo 
Bacila (2008), “as meta-regras consistem em regras socais objetivas da sociedade que estão 
ligadas a estruturas objetivas e baseadas sobre relações de poder”. 
 
 
 
3 Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/download/133929. Acesso em 27/01/2023. 
https://brapci.inf.br/index.php/res/download/133929
 
 
 206 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
Balada do Louco4 
 
Dizem que sou louco por pensar assim 
Se eu sou muito louco por eu ser feliz 
Mas louco é quem me diz 
E não é feliz, não é feliz 
 
Se eles são bonitos, sou Alain Delon 
Se eles são famosos, sou Napoleão 
Mas louco é quem me diz 
E não é feliz, não é feliz 
 
Eu juro que é melhor 
Não ser o normal 
Se eu posso pensar que Deus sou eu 
 
Se eles têm três carros, eu posso voar 
Se eles rezam muito, eu já estou no céu 
Mas louco é quem me diz 
E não é feliz, não é feliz 
 
Eu juro que é melhor 
Não ser o normal 
Se eu posso pensar que Deus sou eu 
 
Sim, sou muito louco, não vou me curar 
Já não sou o único que encontrou a paz 
Mais louco é quem me diz 
E não é feliz 
Eu sou feliz 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Disponível em: https://www.letras.mus.br/ney-matogrosso/47717/. Acesso em 30/01/2023. 
https://www.letras.mus.br/ney-matogrosso/47717/
 
 
 207 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMARANTE, P. et al. Loucos pela vida. A trajetória da reforma Psiquiátrica no Brasil. Rio 
de Janeiro: Flocruz; 1995. 
 
BACILA, C. R. Estigmas – Um estudo sobre os preconceitos. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 
2008. 
 
BOSCHETTI, I. Mídia, Questão Social e Serviço Social. São Paulo: Ed. Cortez, p 22, 2009. 
 
CANGUILHEM, G. O normal e o Patológico. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 
1990. 
 
CNBB – Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil n. 99. São Paulo: Paulinas, 2014. 
 
COOPER, D. Psiquiatria e antipsiquiatria. São Paulo: Perspectiva, 1967. 
 
CREMESP - Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Ética e pesquisa. 2007 
 
FERNADES, Newton. A falência do sistema prisional brasileiro. São Paulo: R. G. Editores 
Ltda. 2000. 
 
FOUCAULT, Michel. História da loucura. Tradução: José Teixeira Coelho Netto. São Paulo: 
Perspective, 1978. 
 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Trad. de Raquel Ramalhete. 31ª ed. Petrópolis: Vozes. 
2006. 
 
FREITAS, W. D. de. Ideologia, mídia e reprodução social. Unescom – Congresso 
Multidisciplinar de Comunicaçãopara o Desenvolvimento Regional. Universidade Metodista 
de São Paulo. P 1. 2006. 
 
GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. 8ª ed. Trad. Dante Moreira Leite. São Paulo: 
Perspectiva. 1961/2008ª. 
 
GOFFMAN, E. Estigma. 4ª ed. Trad. de Márcia Bandeira de Mello Leite Nunes. Rio de 
Janeiro: LTC. 1963/2008b. 
 
JABERT, A. Da Nau dos loucos ao trem de doido: As formas de administração da loucura na 
Primeira República – o caso do estado do Espírito Santo. Rio de Janeiro, 2001. 
KRAUSS, H. & KUCHLLER, M. As origens. Um estudo de Gênesis 1-11. Trad. de Paulo 
Ferreira Valério. São Paulo: Paulinas. 2007. 
 
 
 
 208 
Revista Campo da História, v. 8, n. 1, 2023. ISSN 2526-3943 
 
MACEDO, C. F. A evolução das políticas de saúde mental e da legislação psiquiátrica no 
Brasil. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/8246/a-evolucao-das-politicas-de-saude-
mental-e-da-legislacao-psiquiatrica-no-brasil#ixzz3qCdAln3u/2006. 
 
ODA, G. R. e DALGALARRONDO, P. O início da assistência aos alienados no Brasil ou 
importância e necessidade de estudar a história da psiquiatria. Rev. Latinoam. Psicopat. 
Fund., VII, 1, 128-141. 2004. 
 
OLIVEIRA, E. Ouvindo vozes. História do hospício e lendas do Encantado. Rio de Janeiro: 
Vieira & Lent, 2009. 
 
PACHECO, M. V. P. de C. Esquirol e o surgimento da psiquiatria contemporânea. Rev. 
Latinoam. Psicop. Fund. VI, 2, 152-157. 2003. 
RIBEIRO, B. A. & PINTO, V. A. Entrando na “Nau dos Loucos”: Breve revisão da 
história da loucura e seus desdobramentos. Revista Conexão (Online) v. 6, n. 1 (2011). 
RIBEIRO, Bruna V. D. SAÚDE MENTAL, CIDADANIA E TELEVISÃO: representações 
da loucura no programa “A Liga”. Disponível m: 
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/76/o/Bruna_Vanessa_Dantas_Ribeiro.pdf. Acesso em 
27/01/223. 
 
SARAMAGO, José. Caim. São Paulo: Companhia das Letras. 2009. 
 
TERRA, M. G. et al. Saúde mental: do velho ao novo paradigma – uma reflexão. Esc. Anna 
Nery R Enferm. 2006 dez; 10 (4): 711 - 7. 
 
THOMAZ, O.R. A antropologia e o mundo contemporâneo: cultura e diversidade. Em A. 
da Silva & L.D.B. Grupioni (Orgs), A temática indígena na escola (pp.425-441). Brasília: 
MEC/MARI/UNESCO. 1995. 
 
VIETTA, E. P.; TAVARES, R. R.; e DINIZ,S. Crenças e conceitos sobre doença e doente 
mental emitidos pelos próprios doentes: contribuição à percepção de sua “auto-estima”. 
Pesquisadores do NÚCLEO NUPÉTICA - ENSAME (Núcleo de Pesquisa em Ética e Saúde 
Mental). São Paulo, 2009. 
http://jus.com.br/artigos/8246/a-evolucao-das-politicas-de-saude-mental-e-da-legislacao-psiquiatrica-no-brasil#ixzz3qCdAln3u/2006
http://jus.com.br/artigos/8246/a-evolucao-das-politicas-de-saude-mental-e-da-legislacao-psiquiatrica-no-brasil#ixzz3qCdAln3u/2006
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/76/o/Bruna_Vanessa_Dantas_Ribeiro.pdf

Continue navegando