Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P2 – SAU 608 Williane T Santos Telencéfalo - compreende os dois hemisféricos cerebrais separados parcialmente pela fissura longitudinal (inter-hemisférica); - o corpo caloso é uma larga faixa de comissuras (fibras axônicas de associação paralelas inter-hemisféricas) que conecta os dois hemisférios; *toda fibra de associação inter-hemisférica (liga pontos de hemisférios opostos) é uma comissura; *fibras de associação intra-hemisférica: ligam pontos do mesmo hemisfério, ex: fascículos arqueado, longitudinal superior, inferior, uncinado – são muito importante em funções assimétricas; OBS: a decussação é o oposto da comissura, pois as fibras axônicas elas irão se cruzar e controlar as funções do lado oposto – decussação das pirâmides que ocorre no bulbo, em caso de pessoas canhotas acontece de algumas fibras passarem sem se cruzar no bulbo, fazendo com que a pessoa tenha o controle do mesmo lado; - a lâmina terminal situada na porção anterior do terceiro ventrículo; - possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o terceiro ventrículo pelos forames interventriculares; - é subdividido em três polos: anterior (frontal), posterior (occipital) e polos laterais (temporais) e três faces: dorsolateral (convexa), face medial (plana) e face inferior (base do cérebro); Além da divisão dos hemisférios pela sutura central, também existe uma invaginação da dura-máter chamada de foice do cérebro – possui formato de foice na região da fronte, estando presa na crista gale do osso etmoide; - outra dobra da dura-mater é chamada de tentório cerebelar (tenda do cerebelo) – vai separar o cérebro do cerebelo; Face dorsolateral Sulcos: depressões que delimitam os giros cerebrais; - permite considerável aumento de superfície sem grande aumento de volume cerebral; - muitos são inconstantes e não recebem denominação; - ajudam a delimitar os lobos do cérebro (frontal, pariental, temporal, occipital e insula) que recebem denominação de acordo com os ossos correspondentes, porém não necessariamente possuem o mesmo tamanho; Anatomia do Cérebro Anatomia do Cérebro Corpo caloso Aderência intertalâmica P2 – SAU 608 Williane T Santos ▶ Sulco central - também chamado de sulco de Rolando; - sempre é vertical e não se comunica com nenhum horizontal; - é fechado inferiormente e nunca toca o sulco lateral; - separa o lobo frontal do parietal; - o giro situado anteriormente a esse sulco é o pré-central (responsável por funções motoras – aréa 4 de brodmann) e posterior é o giro pós- central (área somestésica primária); OBS: as áreas mais superiores do giro são responsáveis pelo controle das estruturas mais internas do corpo e as áreas mais inferiores do giro são responsáveis pelo controle das estruturas mais superiores do corpo; Clínica: um AVC na região mais inferior (ACM) desses giros causa hemiparesia de predomínio braqueocrural (braço e perna) e na região mais superior (ACA) causa hemiparesia de predomínio pleural; - O giro sub-central impede o sulco central de tocar no sulco lateral; 1. Giro frontal superior - superior ao sulco frontal superior; - função de movimentos oculares conjugados – lesões de isquemia pode causar desvio ocular contralateral (lado oposto da lesão); - em caso de destruição desse giro, o paciente desvia o olhar para o mesmo lado da lesão; 2. Giro frontal médio - acima do sulco frontal inferior; - área de Exiner – escrita, em caso de lesão nessa região a escrita do paciente estará comprometida; 3. Giro frontal inferior - possui três porções: opercular, triangular (os dois relacionados com a expressão da linguagem) e orbital; - o giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é denominado de giro de broca – uma das áreas de linguagem expressiva do cérebro; - o giro frontal inferior do hemisfério direito é responsável pela entonação da voz, caráter emocional – lesões causam aprosodia (distúrbio de fala: cansada, arrastada, etc...); artéria cerebral anterior artéria cerebral média 1 2 3 P2 – SAU 608 Williane T Santos ▶ Sulco lateral - fissura Sylviana; - separa superiormente o lobo frontal e parietal do lobo temporal inferiormente; - tem início na base do cérebro; - dirige-se para face dorsolateral do cérebro onde termina dividindo-se em três ramos: ascendente, anterior (curtas e penetram no lobo frontal) e posterior (ramo mais longe que vai para trás e para cima); - a área de córtex chamada ínsula localiza-se no fundo do sulco lateral profundo, não sendo vista na superfície; 1. Giro temporal superior - na sua porção mais posterior está relacionado aos movimentos oculares; 2. Giro temporal médio 3. Giro temporal inferior OBS: o giro médio e inferior tem relação com a via visual ventral do lobo occipital, por isso lesões nessa região podem causam prosopagnosia que é a incapacidade e caracterizar faces que anteriormente ele reconheceria; ▶ Sulco parieto-occipital - separa o lobo parietal do occipital; - perpendicular ao sulco pós-central está o sulco intraparietal dividindo essa região em dois giros, angular (próximo ao sulco temporal superior) e supramarginal (próximo ao sulco lateral); Nas lesões no giro angular o paciente tem dificuldade em reconhecer direcionamentos de direita e esquerda; OBS: lesões de isquemia em regiões específicas da insula pode acarretar afasias, visto que ela é responsável por linguagem e gustação; ▶ Lobo Occipital: P2 – SAU 608 Williane T Santos O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do cérebro. 1. Gira occipital superior 2. Gira occipital médio 3. Gira occipital inferior – termina na incisura que começa o lobo temporal; Face medial 1. Corpo caloso - dividido em rostro, joelho, tronco e esplênio; - lesões no rostro e joelho causam apraxia simpática 2. Giro do cíngulo - porção anterior – parte emocional, dor, área da inveja; 3. Giro lingual 4. Sulco do corpo caloso – acima do corpo caloso; 5. Sulco do cíngulo – separa o giro do cíngulo do giro frontal; 6. Pré-cuneo: área do córtex delimitada anteriormente pela extremidade posterior ascendente do sulco do cíngulo e posteriormente pelo sulco parieto-occipital; 7. Cúneo: é uma área triangular do córtex delimitada acima do sulco parieto-occipital; Face inferior 1. Giro occipitotemporal lateral 2. Giro para-hipocampal – relacionada a olfação 3. Unco 4. Giro reto 5. Giros retos 6. Sulco colateral P2 – SAU 608 Williane T Santos Estruturas internas dos hemisférios cerebrais ↪ Ventrículos - Os ventrículos são cavidades do sistema nervoso central, formadas pela dilatação do tubo neural durante a embriogênese, responsáveispela produção e circulação do líquido cerebrospinal (ou líquor); - No sistema ventricular há quatro cavidades: dois ventrículos laterais, o III ventrículo e o IV ventrículo. - O líquido cerebrospinal é produzido por células da superfície ventricular, as células ependimárias, e por plexos corióideos, formações presentes no interior dos ventrículos, constituídas por células ependimárias enoveladas em torno de vasos sanguíneos, que produzem a maior quantidade de líquido cerebrospinal; - O líquor circula no sistema ventricular e alcança o espaço subaracnóideo, entre as meninges pia-máter e aracnoide-máter → proteção e manutenção da homeostase no ambiente neural; Laterais - São duas cavidades pares e simétricas localizadas no interior do telencéfalo; - Cada cavidade possui formato de C, divida em: corno frontal (anterior), corno temporal (inferior), parte central e um pequeno corno occipital (posterior); - Cada cavidade do ventrículo lateral comunica com o III ventrículo por meio do forame interventricular (de Monro), localizado no corno frontal; - O teto do ventrículo lateral é formado pelo corpo caloso, formação de fibras transversais que conecta os hemisférios cerebrais. O corpo caloso acompanha o formato curvo dos ventrículos laterais; - O assoalho do ventrículo lateral é formado pelo tálamo, na parte central, e pelo lobo temporal, no assoalho do corno temporal. O hipocampo, estrutura essencial para a formação de memórias, está localizado no assoalho do corno temporal. O hipocampo é uma das estruturas do circuito de Papez, circuito responsável pelo processamento das memórias. - No limite lateral da região superior do ventrículo lateral está o núcleo caudado. Esse núcleo é dividido, de anterior para posterior, em cabeça, corpo e cauda. Possui formado curvo, que acompanha o formato do ventrículo lateral, e apresenta maior espessura na porção anterior, região correspondente à cabeça do núcleo caudado; - O plexo corióideo do ventrículo lateral fica localizado no corno temporal e na parte central – responsável pela produção do liquor; ↪ Núcleos da base - é uma coleção de massas (corpos de neurônios) de substâncias cinzenta situada dentro de cada hemisférico cerebral; - São divididos em: corpo estriado, núcleo amigdaloide e claustro; Corpo estriado P2 – SAU 608 Williane T Santos - é quase totalmente dividido por um faixa de fibras nervosas, a cápsula interna, no núcleo caudado e núcleo lentiforme; Núcleo caudado: Massa alongada e volumosa de substância cinzenta relacionada com os ventrículos laterais. - em forma de C; - possui cabeça (se funde com a parte anterior do núcleo lentiforme), corpo e cauda; - localiza-se lateralmente ao tálamo; - função relacionada com a motricidade; OBS: por ter uma cauda longa ele pode ser seccionado duas vezes em determinados cortes coronais ou horizontais do cérebro em exames. Núcleo lentiforme: massa cuneiforme de substancia cinzenta cuja base convexa larga é dirigida lateralmente e sua lâmina medialmente; - Não aparece na superfície ventricular. - Situado profundamente no interior do hemisfério. - é dividido em putâmen (maior) e globo pálido por uma fina camada de substância branca. - Medialmente relacionado com a cápsula interna. *cápsula interna: Separa o núcleo lentiforme do núcleo caudado e do tálamo. Lateralmente relacionado com o córtex da ínsula. - tem função, sobretudo motora. Clínica: Lesão do corpo estriado Diante de uma condição clínica que comprometa o corpo estriado, o equilíbrio que sustenta o controle motor normal estará prejudicado. A lesão pode ocasionar síndromes hipercinéticas, que cursam com movimentos involuntários anormais, como coreia, balismo, tremor, tique, distonia e mioclonia, ou síndromes hipocinéticas, com redução global e involuntária dos movimentos, podendo se apresentar com bradicinesia, acinesia e diminuição de movimentos espontâneos e automáticos. Núcleo amigdaloide - massa esferoide de substância cinzenta; - situa-se no lobo temporal, próximo ao unco; - é considerado parte do sistema límbico; - tem importante função relacionada com as emoções, em especial o medo; Claustrum - é uma delgada calota de substancia cinzenta situada entre o córtex da insula e o núcleo lentiforme. Diencéfalo - é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro; - compreende as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo; - possui metade direita e esquerda simétrica; P2 – SAU 608 Williane T Santos ↪ Características macroscópicas - a face inferior do diencéfalo é a única área exposta a superfície no encéfalo intacto → é formado pelo hipotálamo e outras estruturas, que incluem em direção anteroposterior: o quiasma óptico, com o trato óptico de cada lado, o infundíbulo, com o túber cinéreo e os corpos mamilares; - a face superior é oculta pelo fórnice (um feixe grosso de fibras que se origina no hipocampo do lobo temporal) – sua parede superior é formada pelo teto do terceiro ventrículo, coberto superiormente por uma prega vascular da pia- mater, tela coroidea do terceiro ventrículo; - a face lateral é delimitada pela capsula interna da substancia branca e compõe-se de fibras nervosas que conectam o córtex cerebral com outras partes do tronco encefálico e a medula espinal; - a face medial é formada na sua parte superior pela face medial do tálamo e na sua parte inferior pelo hipotálamo – separadas pelo sulco hipotalâmico (um feixe de fibras nervosas que são fibras aferentes para o núcleo habenular e forma uma crista ao longo da margem superior da face medial do diencéfalo – estria medular do tálamo); Terceiro ventrículo É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares. Limites do III Ventrículo: 1) Paredes acima do sulco: tálamo 2) Paredes abaixo do sulco: hipotálamo 3) Parede posterior: epitálamo 4) Parede anterior: lâmina terminal 5) Assoalho: hipotálamo 6) Teto: tela corióide O assoalho do III ventrículo é formado, de anterior para posterior, pelo quiasma óptico e por três estruturas do hipotálamo: infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares. Clínica Hidrocefalia é uma condição que cursa com dilatação do sistema ventricular, devido a aumento da quantidade de líquor no sistema. A dilatação pode acometer os ventrículos de modo global ou ser seletiva a algum ventrículo, a depender do mecanismo de hidrocefalia. Pode ser causada por: 1) Aumento a produção de líquor – ex. tumores de plexo corióideo. 2) Barreira física para o fluxo de líquor (hidrocefalia não comunicante) -ex. tumor na altura do aqueduto do mesencéfalo. 3) Diminuição da drenagem liquórica pelas granulações aracnóideas (hidrocefalia comunicante). P2 – SAU 608 Williane T Santos A hidrocefalia pode ser grave, em condições que cursam com aumento da pressão intracraniana. A terceiro-ventriculostomia endoscópica é o tratamento cirúrgico para hidrocefalias não comunicantes, ou seja, quando há uma obstrução à passagem do líquor no sistema ventricular. Para realizá-la, o neurocirurgião acessa o III ventrículo e realiza uma abertura naregião do túber cinéreo, no assoalho do ventrículo, criando uma passagem do líquor para o espaço subaranóideo, o que diminui a pressão nos ventrículos. Tálamo - comprimento de cerca de 3 cm; - compõe 80% do diencéfalo; - consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior; - uma conexão de substância cinzenta une as partes direita e esquerda do tálamo - chamada massa intermédia (aderência intertalâmica); - atua como estação celular para todos os principais sistemas sensitivos – exceto a via olfatória; - sua atividade está estreitamente relacionada com as atividades do córtex cerebral – uma lesão aqui produz grande perda da função cerebral; - Aderência intertalâmica: une as duas massas ovóides do tálamo; - sulco hipotalâmico delimita a divisão entre tálamo e hipotálamo; - Tubérculo anterior do tálamo: Presente na extremidade anterior de cada eminência. Ajuda a delimitar o forame interventricular. - Pulvinar: Presente na extremidade posterior (maior que a anterior) e se projeta sobre os corpos geniculados anterior e medial. - O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica, e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo denominada de metatálamo. - A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo revestido por epitélio ependimário (epitélio que reveste esta parte do tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção P2 – SAU 608 Williane T Santos medial do tálamo forma a parede lateral do III ventrículo, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações telencefálicas. Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos: Grupo Anterior Grupo Posterior Grupo Lateral Grupo Mediano Grupo Medial - O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma ideia da sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma interpretação mais precisa. Funções importantes - Estação de relê: todas as informações sensitivas chegam no tálamo (exceto as olfativas que vão direto para a área olfatória cortical); - Recebe informações motoras voluntárias dos núcleos da base; - Informações viscerais também chegam no tálamo – seus núcleos são interligafos; - Estado de alerta – quando seus núcleos específicos são ativados, o córtex cerebral fica em estado de alerta – em situação de lesão o paciente ficará em coma; - Participa do processo de memória; - Influencia o córtex motor; - Percepção das informações; P2 – SAU 608 Williane T Santos Clínica: - Devido às diferentes funções exercidas pelos núcleos talâmicos, as doenças que afetam o tálamo podem provocar efeitos clínicos diversos; - As lesões da região anterior do tálamo podem provocar alterações emocionais devido à conexão com o giro do cíngulo, parte integrante do sistema límbico; - Os núcleos ventrais anterior e lateral relacionam-se com o controle da motricidade; O estudo de certas doenças relacionadas com os núcleos da base e que provocam movimentos anormais, como, por exemplo, a doença de Parkinson, permitiu melhor compreensão da anatomofisiologia dessas conexões. O tratamento cirúrgico dessas doenças, por uma técnica chamada estereotaxia, demonstrou que lesões terapêuticas realizadas em certas estruturas cerebrais proporcionavam o desaparecimento dos movimentos anormais. - A cirurgia estereotáxica é extremamente precisa, sendo possível a destruição do núcleo lateral do tálamo por uma pequena lesão de aproximadamente 3 mm, interrompendo avia eferente ao córtex cerebral. Através desse método, chamado talamotomia estereotáxica, obtém-se a abolição dos tremores em pacientes com doença de Parkinson em mais de 80% dos casos; Hipotálamo É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. - se estende do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares; - localiza-se abaixo do sulco hipotalâmico; - está estrategicamente localizada perto do sistema límbico, tálamo, tratos ascendentes e descentes e hipófise; - não existe uma atividade corporal que não seja influenciada pelo hipotálamo; - controla e integra as funções do sistema nervoso autônomo e endócrino, além de desempenhar um papel vital na manutenção da homeostase corporal; - regula a temperatura corporal, líquidos corporais, impulsos para comer e beber, comportamento sexual e emoção; ↪ Relações do hipotálamo Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular. - está posterior ao túber cinéreo; - na região posterior dos corpos encontra-se uma região perfurada por uma séria de pequenas aberturas – substância perfurada posterior; Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tratos óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais. Túber Cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do trato óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo. Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do P2 – SAU 608 Williane T Santos infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso esfenoide. Epitálamo - Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. - Seu elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico. - A base do corpo pineal se prende anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetra na glândula pineal um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. - A comissura das habênulas interpõe-se entre duas pequenas eminências triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a glândula pineal e o tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tálamo. - A tela corioide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura das habênulas, fechando assim o III ventrículo. - Esse órgão relaciona-se com controle de volume plasmático mediante receptores para angiotensina II; - Das estruturas neurais, a mais importante é a célula secretora, o pinealócito; - A principal inervação do corpo pineal é constituída por fibras simpáticas pós-ganglionares; - Vários estudosmostram que, no escuro, o pinealócito sintetiza e secreta melatonina apartir de serotonina; OBS: Mais recentemente, tem sido proposta a existência de conexão funcional entre o corpo pineal e o sistema imunológico. A melatonina influenciaria o sistema imune pela participação de mediadores. O sistema imune, por sua vez, é capaz de modular o funcionamento do corpo pineal. A melatonina agiria como removedora de radicais livres e agente antineoplásico. Como a secreção de melatonina gradualmente reduz-se com a idade, especula-se que esse fenômeno seria o responsável pelo aparecimento de muitas doenças relacionadas com o envelhecimento. Subtálamo - Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. - Sua visualização é melhor em cortes frontais do cérebro; - Verifica-se que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. - Apresenta formações de substância branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico. Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das extremidades. Centro Branco medular - É o tecido nervoso formado por neuróglia e fibras nervosas predominantemente mielinizadas - Conectam os centros nervosos entre si e se dispõem entre os seus núcleos, formando um emaranhado de circuitos neurais É composto por 3 tipos de fibras: FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTRA-HEMISFÉRICA: P2 – SAU 608 Williane T Santos - Compõem a maioria da substância branca - Ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes do mesmo hemisfério cerebral Curtas: → associam áreas vizinhas do córtex, como giros adjacentes → também são chamadas de fibras arqueadas do cérebro ou fibras em U Longas: → unem-se em fascículos FASCÍCULO DO CÍNGULO ↳ percorre o giro do cíngulo, profundamente conectando os lobos frontal, parietal e temporal ↳ relacionado ao sistema límbico FASCÍCULO LONGITUDINAL SUPERIOR ↳ conecta lobos frontal e parietal ↳ relacionado com diversas funções – incluindo a manutenção da atenção FASCÍCULO ARQUEADO ↳ conecta os lobos frontal, temporal e parietal, estabelecendo conexões entre as áreas de Broca e Wernicke ↳ relacionado com a linguagem O acometimento de fibras do fascículo arqueado provoca a chamada afasia de condução, caracterizada pela total incapacidade de repetição de palavras, embora a compreensão e a fluência estejam preservadas FASCÍCULO LONGITUDINAL INFERIOR ↳ conecta o lobo temporal ao lobo occipital ↳ relacionado com o reconhecimento visual dos objetos FASCÍCULO UNCIFORME ↳ une o lobo frontal ao temporal, passando profundamente ao sulco lateral ↳ relacionado ao sistema límbico FASCÍCULO FRONTO-OCCIPITAL ↳ conecta a região parieto-occipital ao lobo frontal ↳ relacionado com a visão periférica e com o processamento de informações visuo espaciais; FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO INTER-HEMISFÉRICA: - Também chamada de fibras comissurais Corpo caloso: - Penetra de cada lado no centro medular branco do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex cerebral – permitindo a transferência de conhecimento e informações de um hemisfério ao outro P2 – SAU 608 Williane T Santos Dividido em: rostro, joelho, tronco e esplênio - Dele partem feixes de fibras que o conectam a diferentes áreas de forma simétrica ↳ fórceps menor: parte do joelho, curvando-se para o pólo frontal ↳ fórceps maior: parte do esplênio curvando-se para o pólo occipital ↳ tapetum: parte da porção posterior do tronco e do esplênio, curvando-se para o polo temporal SEPTO PELÚCIDO: Constituído por 2 lâminas de substância branca, que formam as paredes mediais dos cones anteriores e corpos dos ventrículos laterais, e se estendem entre a parte anterior do corpo caloso e corpo do fórnix Comissura anterior: → constituída por um feixe de fibras transversais → conecta principalmente os pólos temporais → situa-se sob o rostro caloso e à frente das colunas do fórnix Comissura do fórnix: → fibras que se dispõem entre as duas pernas do fórnix, conectando ambas as formações hipocampais FIBRAS DE PROJEÇÃO: - Todas as fibras aferentes e eferentes ao córtex cerebral e que o conectam aos núcleos da base, ao tálamo e a outros núcleos centrais e da medula espinal (ligam o córtex a centros subcorticais) - Agrupam-se para formar o fórnix e a cápsula interna Fórnix: → liga o hipocampo aos corpos mamilares do hipotálamo e está relacionado com a memória → dividido em: ↳ colunas (anteriores) ↳ corpo ↳ fímbria do fórnix ↳ pernas/pilares (posteriores) Cápsula interna: → união de fibras aferentes e eferentes ao córtex cerebral → acima do núcleo lentiforme a cápsula interna continua com a coroa radiada; abaixo, com a base do pedúnculo cerebral → divide o corpo estriado dorsal em núcleo caudado (medialmente) e lentiforme (lateralmente) P2 – SAU 608 Williane T Santos → dividida em: ↳ perna anterior ↳ joelho ↳ perna posterior ▶❖⇨▹ ⇨✽☆◆▲٭¤●→→↪↑↓↳ →
Compartilhar