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Grécia Antiga: Eram o povo mais evoluído da época, com uma economia extremamente forte; Tinham grande preocupação com a alma e a razão humanas, se ocupavam das coisas do espírito, como a Filosofia e a arte. Especulava em torno do homem e da sua interioridade. É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar um pensamento sobre o espírito humano, ou seja, a interioridade humana. O surgimento do mundo Psicológico: Filósofos pré-socráticos: Preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo por meio da percepção. Sócrates: Preocupava-se com o limite que separa o ser humano dos animais. Definiu a razão como a essência humana, abrindo o caminho para a teorização sobre a consciência. Império Romano e Idade Média: Renascimento: Surge um novo império que iria dominar a Grécia: o Império Romano. Uma das principais características desse período é o surgimento do cristianismo, que acabou tornando-se a religião principal da Idade Média, período que iniciava. As ideias sobre o mundo psicológico estão relacionas ao conhecimento religioso. Na transição para o capitalismo, começa a emergir uma nova forma de organização econômica social. As transformações ocorrem em todos os setores da produção humana. As ciências também conhecem um grande avanço. Início da sistematização do conhecimento científico. Vegetais: alma vegetativa - função de alimentação e reprodução Animais: alma vegetativa e alma sensitiva - função de percepção e movimento Ser Humano: alma vegetativa, alma sensitiva e alma racional - função pensante. Filósofo que mais contribuiu para o avanço da ciência: A crença na ciência: Com o crescimento do capitalismo no século XIX, há um impulso muito grande para o desenvolvimento da ciência. A ciência avança tanto que se torna um referencial para a visão de mundo. A noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência. A evolução da Psicologia Designava o estudo da alma, hoje o mundo psíquico é visto como os registros simbólicos e emocionados que vamos construindo a partir de nossas vivências no mundo material e social. Palavra grega: psyché = alma | logos = razão Platão: Definiu a cabeça como o "lugar" para a razão, onde se encontra a alma humana. E a medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo. Quando alguém morria o corpo desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. Aristóteles: Concluiu que a alma e o corpo não podem ser dissociados. Para ele os vegetais, os animais e o ser humano teriam alma. A origem da Psicologia Científica: Santo Agostinho - Divisão entre alma e corpo. A alma era a sede da razão e a prova de uma manifestação divina no homem. A alma era imortal, elemento que liga o homem a Deus. São Tomás de Aquino - O ser humano, busca a perfeição por meio da sua existência. Somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, ou seja, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. Dois filósofos representam esse período: O capitalismo trouxe consigo a máquina, que passou a determinar a forma de ver o mundo - podemos conhecer o seu funcionamento, a sua regularidade, o que nos possibilita o conhecimento de suas leis. Para conhecer o psiquismo humano é necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do ser humano – seu cérebro. A Psicologia começa a trilhar os caminhos da Fisiologia, da Neuroanatomia e da Neurofisiologia. Descobertas extremamente relevantes para a Psicologia: A Neuroanatomia descobre que a atividade motora nem sempre está ligada à consciência, por não estar necessariamente na dependência dos centros cerebrais superiores. No campo da Psicofísica temos a formulação da Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e sensação, permitindo a sua mensuração. Instaurando a possibilidade de medida de fenômeno psicológico. Wilhelm Wundt (considerado o pai da Psicologia científica), cria na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área da Psicofisiologia. Wundt desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico, demonstrando que as reações do corpo correspondem fenômenos mentais. Para explorar a mente ou a consciência do indivíduo, Wundt cria um método que denomina instrospeccionismo. Os problemas e temas psicológicos, passam a ser estudados também pela Fisiologia e pela Neurofisiologia. Os avanços levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema. A experiência da subjetividade: No período feudal e no início do Renascimento as construções não visavam a vida privada, para chegar em outros cômodos atravessava-se aposentos de dormir. Hoje, nossas construções separam a área social da área privada. Com o desenvolvimento das formas de produções capitalistas os humanos passam a ser tomados cada vez mais como indivíduos isolados e livres. Hoje, isso tudo pode nos parecer óbvio, pois nos sentimos e nos pensamos assim: somos um só, sujeitos únicos e não nos confundimos com ninguém. Mas nem sempre foi assim, a presença, o sentimento e a ideia de eu é algo da modernidade. René Descartes: Afirma que o ser humano possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina. Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o que impensável nos séculos anteriores. O capitalismo colocou o mundo medieval em movimento. Questionou a hierarquia social fixa, incentivando as pessoas a trabalharem e se esforçarem para mudar de lugar social. Surgem novos pensamentos religiosos e logo a burguesia inventaria a ciência para dizer verdades que fragilizam a verdade católica. O corpo e a natureza podiam ser explorados, pois estavam dessacralizados. Os órgãos dos sentidos ganharam destaque como forma de captar o mundo. Tudo se multiplicou e o homem passou a ter de escolher. Nesse processo, a ideia e a vivencia da subjetividade foram se fortalecendo. Essa experiência subjetiva entra em crise. O sujeito que conhece pode não conhecer tudo. O destino humano estava agora nas mãos dos próprios humanos. Assim, os humanos passavam a ter a necessidade de construir uma ciência que estudasse e produzisse visibilidade para a experiência subjetiva. A Psicologia é produto das dúvidas do homem moderno, esse humano que se valorizou enquanto indivíduo e que se constituiu como sujeito capaz de se responsabilizar e escolher seu destino. O surgimento da Psicologia: As primeiras escolas de Psicologia: Embora a Psicologia Científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento. Nos Estados Unidos surgem as primeiras abordagens ou escolas de Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente. Essas abordagens são: o Funcionalismo, de William James (1842 – 1910); o Estruturalismo, de Edward Titchener (1867 – 1927); e o Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874 – 1949). O Associacionismo: Thorndike formulou a Lei do Efeito, de acordo com ela, todo o comportamento de um organismo vivo tende a se repetir, se nós recompensarmos o organismo assim que ele emitir o comportamento. O Funcionalismo: Para a escola funcionalista de W. James, importa responder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. Para responder isso, James elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio. O Estruturalismo: Está preocupado com a compreensão da consciência. Titchener irá estudá-la em seus aspectos estruturai, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central.Objetividade (conhecimento a partir de método científico) e subjetividade (objeto da Psicologia) passaram a estar em campos separados, produzindo uma cisão no mundo, e essa dicotomia permaneceu na ciência e na Psicologia por todo o século XX. Mas é no próprio século XX que surgiram também as tentativas de superar a dicotomia que caracterizou a ciência e o pensamento moderno, com o uso de um novo método científico: o materialismo histórico e dialético. Esse método uniu subjetividade e objetividade em um mesmo processo, entendo a realidade como em permanente movimento, na qual sujeito e mundo estão em relação. Caracterizado pelos pressupostos materialistas, pela concepção dialética e pela concepção histórica, o método se contrapunha ao positivismo e ao empiricismo e inaugurava novas possibilidades de compreensão da subjetividade. Fundamentos Históricos e Epistemológicos da Psicologia - Maria Clara Salengue