Buscar

Aula 2 - AS DIFERENTES ABORDAGENS EM PSICOLOGIA CLÍNICA - PERSPECTIVAS ATUAIS E CRÍTICAS À PSICOLOGIA CLÍNICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- AS DIFERENTES ABORDAGENS EM PSICOLOGIA CLÍNICA
- PERSPECTIVAS ATUAIS E CRÍTICAS À PSICOLOGIA CLÍNICA
PSICOLOGIA E PROCESSOS CLÍNICOS
O Surgimento das PSicoterapias
As psicoterapias têm suas raízes na história da filosofia, da medicina, da psiquiatria e da psicologia. 
Formas primitivas de psicoterapias sempre existiram, fazendo alusões a curandeiros ou xamãs como psicoterapeutas primordiais. 
O Surgimento das PSicoterapias
Tal tipo de analogia só é possível porque a empatia, o entendimento e a necessidade de darmos e recebermos auxílio são elementos fundamentais do gregarismo humano e do processo civilizatório. 
Efeitos benéficos sobre o sofrimento existencial de certos rituais religiosos ou manifestações culturais e aquilo a que atualmente chamaríamos de seus efeitos psicoterapêuticos.
O Surgimento das PSicoterapias
Teatro na Grécia.
Confissão na religião católica.
Por fim, há os que preferem vincular o surgimento das psicoterapias ao surgimento da medicina. 
O Surgimento das PSicoterapias
Para compreender como surgiram as psicoterapias, não basta fazermos conjecturas históricas simplistas, que apenas criam mitos sobre seu surgimento.
 Importância de entender o longo caminho epistemológico que nos permitiu abandonar explicações míticas para os fenômenos mentais e chegarmos a sistemas explicativos racionais e científicos.
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – Grécia antiga
A preocupação com a alma e a razão humanas já existia entre os gregos antes da era cristã.
Psyché – alma, logos – razão
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – Grécia antiga
A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
Sócrates: razão como diferenciador dos homens em relação aos animais.
Platão: 
cabeça como local da razão
Separação entre alma (imortal) e corpo (mortal)
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – Grécia antiga
Aristóteles:
Psyché como princípio ativo da vida 
Estóicos - Para eles, as emoções negativas resultavam de erros de julgamento, e uma pessoa sábia era aquela que não deixava que as emoções guiassem seu comportamento, tentando viver em sintonia com o que o destino oferecesse e, dessa forma, em harmonia com as leis da natureza (o cosmos). 
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – Grécia antiga
Para Epicteto (55-135 d.C.), “o que perturba as pessoas não são a s coisas em si, mas o que elas pensam sobre as coisas”
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – Grécia antiga
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade média
Cristianismo
Santo Agostinho (354-430)
Tal como Platão, fazia distinção entre alma e corpo
A alma como sede da razão e a prova de uma manifestação divina no homem
Mundo interior
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade média
São Tomás de Aquino (1225-1274)
Retoma em Aristóteles a distinção entre essência e existência
Somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência em termos de igualdade
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade moderna
Ruptura da Igreja Católica 
Protestantismo 
Surgimento do Capitalismo
Revolução Francesa 
Revolução Industrial
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade moderna
RENASCIMENTO
Processo de valorização do homem
Início da sistematização do conhecimento científico – estabelecimento de métodos e regras básicas para a construção do conhecimento científico.
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade moderna
René Descartes (1596-1659):
Separação entre mente (alma, espírito) e corpo
O ser humano possui uma substância material e uma substância pensante
O corpo desprovido do espírito é apenas uma máquina
Dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, possibilitando o avanço da Anatomia e Fisiologia, que iria contribuir e muito para o progresso da própria Psicologia.
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade moderna
A crença na ciência
Sociedades Feudais: 
a razão estava submetida à fé como garantia de centralização do poder.
A autoridade era o critério de verdade.
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – idade moderna
Transformações
O conhecimento tornou-se independente da fé, tornou-se fruto da razão
Os dogmas da igreja foram questionados
Racionalidade humana como grande possibilidade de construção do conhecimento
Condições materiais para o surgimento da ciência moderna
A possibilidade de desvendar a Natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva
O mundo como uma máquina
A experiência da subjetividade
Nem sempre e nem todos os grupos sociais sentem e pensam a sua existência da mesma maneira.
Vida privada.
Valorização da vida pessoal.
A experiência da subjetividade
O capitalismo impôs sua forma de pensar cada humano como consumidor e produtor individual, livre para vender a sua força de trabalho.
A ideia de “eu” como produto da modernidade.
“Penso, logo existo” - Descartes
A experiência da subjetividade
Perda de referências – desamparo.
A experiência subjetiva entra em crise.
O sujeito que conhece pode não conhecer tudo.
O destino humano agora estava nas mãos dos próprios humanos.
A experiência da subjetividade
Eclosão de conflitos.
Necessidade de uma ciência que estudasse e produzisse visibilidade para a experiência subjetiva.
A Psicologia é o produto das dúvidas do homem moderno, esse humano que se valorizou enquanto indivíduo e que se constituiu como sujeito capaz de se responsabilizar e escolher o seu destino.
O positivismo
Positivistas como Augusto Comte (1798-1857) passaram a defender que tudo deveria ser provado e verificado.
Se opunham ao idealismo e ao romantismo, que valorizava as emoções e a subjetividade
Propunham como único método geral de aquisição do conhecimento a observação dos fenômenos e a primazia da experiência, única capaz de produzir, a partir dos dados concretos (positivos)
RAÍZES FILOSÓFICAS DAS PSICOTERAPIAS – a psicologia científica
O caminho natural que os fisiologistas da época seguiam, quando passavam a se interessar pelo fenômeno psicológico enquanto estudo científico era a Psicofísica.
Os fenômenos psicológicos vão adquirindo status de científicos.
1879 Wilhem Wundt (1832-1920) instalou o Laboratório de Psicologia Experimental, em Leipzig, na Alemanha.
Primeiras escolas da psicologia
Funcionalismo – William James
O que fazem os homens?
Por que o fazem?
Pragmatismo 
Consciência como centro de preocupação
Estruturalismo – Titchener
Associacionismo - Thorndike
Os estados elementares da consciência como estruturas do SNC.
Introspeccionismo 
Conhecimentos produzidos em laboratórios - experimentais
Aprendizagem como processo de associação de ideias
Lei do Efeito
A explosão das psicoterapias no século XX
(1) o modelo psicanalítico, criado por Freud, que leva em conta o determinismo dos conflitos psíquicos inconscientes e dos mecanismos de defesa do ego sobre os sintomas mentais e a conduta humana; 
(2) o modelo comportamental, que foca as for mas de comportamento aprendido e condicionado de Pavlov, Watson, Skinner, Wolpe e Bandura; 
A explosão das psicoterapias no século XX
(3) o modelo cognitivo, desenvolvido por Ellis e Aaron Beck, que enfatiza o papel de cognições disfuncionais como fator responsável pelos sintomas, principalmente depressaivos e ansiosos; 
(4) o modelo existencial/humanista/centrado na pessoa, de Carl Rogers e Viktor Frankl, que, fundamentado na fenomenologia e no existencialismo, propõe que o sofrimento humano decorre da perda de significado existencial; 
A explosão das psicoterapias no século XX
 (5) o modelo dos fatores comuns ou não específicos, proposto por Jerome Frank, que preconiza que a boa relação, a empatia e o calor humano com o paciente são suficientes para melhorar os sintomas; e 
(6) o modelo dos fatores biopsicossociais, proposto originalmente por George Engel (191 3-1999), que preconiza que fatores biológicos, psicológicos e sociaisdeterminam todas as doenças mentais e que fundamentou intervenções específicas para os diferentes fatores, como a terapia interpessoal, a terapia familiar e a terapia de grupo.
Referências
Bock, A. M. B.; Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. Capítulo 2: A evolução da Psicologia (pp. 32-45). In: Bock, A. M. B.; Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. Psicologias: Uma introdução ao estudo da psicologia. 14ª edição: São Paulo: Saraiva, 2008.
CASTANHEIRA, N. P.; GREVET, E. H.; CORDIOLI, A. V. Capítulo 1 – Aspectos conceituais e raízes históricas das psicoterapias. In: ARISTIDES V. CORDIOLI; EUGENIO H. GREVET. Psicoterapias: Abordagens Atuais. Porto Alegre: Artmed. 4ª ed. (pp. 31 – 63).

Outros materiais