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Degermação, Diagnósticos, Transoperatorio

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Degermação das Mãos
Objetivos:
· Remoção da sujeira, da oleosidade, dos micróbios das mãos e dos antebraços
· Reduzir quase a zero os microrganismos
· Deixar um resíduo antimicrobiano na pele para evitar crescimento de micróbios por várias horas
· Pele: nunca é estéril, mas pode ser cirurgicamente limpa pela redução dos microrganismos presentes
· A fricção e o enxague reduzem significantemente o número de microrganismos na epiderme
Materiais:
· Escova descartável ou reutilizável
· Fricção: remove detritos, dilata vasos melhorando a circulação auxiliando no recondicionamento da pele
· Tempo: 5 minutos
· Sabão antimicrobiano: deve agir rapidamente, ter amplo espectro de ação, aspereza mínima na pele e inibir o rápido crescimento da pele. Ex: PVPI e clorexidina
Procedimento:
· Colocar o gorro, máscara, óculos
· Abrir a torneira
· Umedecer as mãos e antebraços
· Sabão através do acionamento no pedal
· Escova
· Unhas (ponta dos dedos)
· Espaços interdigitais
· Palma
· Dorso da mão
· Antebraço anterior e posterior: circular
· Manter mãos acima do nível do cotovelo para a água não voltar para as unhas
· Enxaguar
· Manter braços levantados na frente do corpo
· Fechar a torneira com pedal ou cotovelo
· Secar a mão: dentro da SO com compressa estéril antes de vestir o capote e as luvas
Agentes de limpeza e desinfecção da pele
Sabões detergentes
· Deve hidrolisar-se na presença da água
· PH igual da pele normal
· Preferível inodoro que favoreça bastante espuma
· Não deve irritar a pele
PVPI
· Agente antimicrobiano usado comumente na desinfecção da pele
· Coloração marrom
· Pode ser usado com segurança em membranas mucosas
· Eficaz na presença de pus
· Bactericida, na presença do álcool é tuberculicida
· Pode causar irritação na pele
Clorexidina
· Halogenado aromático
· Degermação da pele em concentração de 4% ou 2%
· Eficaz contra bactérias vegetativas, mas não é esporicida
· Não usar perto do pescoço: danos corneais e toxicidade do canal auditivo
Preparação da pele no Pré-operatório
Degermação da Pele Operatória:
· Campos para proteção.
· Degermação inicia na linha da incisão proposta e prossegue para a periferia da área
· Agente antimicrobiano: aplicado através de compressas com mão enluvada
· Trocar compressas sujas
· Compressa suja nunca retorna na área limpa e já degermada
· Espuma: removida com compressa estéril limpa e seca
· Tintura: médico utiliza após a degermação
· Remover campos
· Estoma: cobrir com compressa estéril com sabão antimicrobiano de escolha do médico
Locais de Degermação:
Preparação da cabeça
· Craniotomia posterior
· Craniotomia frontal
· Otológica
· Lesão de pescoço
Preparação do Tórax
· Torácica unilateral e mastectomia radical (Tórax, ombro e parte superiores do braço são preparados)
Preparação Tóraco abdominal
· Tórax e ombro bilateral (Anterior e posteriormente)
· Cardíaca: até as pernas
Preparação abdominal
Cirurgia gastrintestinal, biliar, hepática, esplenectomia, herniorrafia, apendicectomia e cirurgia de grandes
vasos do tronco (Linha do mamilo a 3 polegadas abaixo da sínfise púbica
e órgãos genitais externos)
Preparação de Laminectomia
· Laminectomia cervical: Nuca, ombros até meio do tórax posterior
· Laminectomia lombar: Nuca, tórax posterior e nádegas, sem ombro
Preparação Renal
· Cirurgia renal e de ureter: Mamilo até 3 polegadas abaixo da sínfise púbica, tórax anterior e posterior e abdômen unilateral
Preparação Perineal e Pélvica
· Cirurgia ginecológica e próstata: Períneo
· Vaginal e abdominal: Mamilo até 3 polegadas da sínfise púbica
Extremidades inferiores
· Tornozelo: Joelho até o pé
· Pernas: Prepara toda a perna desde o umbigo
· Pé e parte superior da perna :Toda perna é preparada anterior e posteriormente
Extremidades Superiores
· Ombro
· Braço 
Assistência de Enfermagem no Período Transoperatório
Refere-se aos cuidados indiretos da equipe no preparo do CC e da SO, com previsão e provisão de todos os recursos necessários para realização do ato anestésico-cirúrgico, bem como os cuidados diretos prestados pela equipe de enfermagem desde a entrada do paciente no CC, no auxílio as equipes anestésicas e cirúrgica, até sua saída da SO e o encaminhamento para a Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA)
Assistência de Enfermagem antes do procedimento anestésico-cirúrgico
· Agendamento cirúrgico (via telefone, email ou fax, solicitação e conferência de pedido de materiais especiais, materiais consignados, exames intraoperatórios, reserva de sangue e leito em UTI, etc)
· Dimensionamento da sala e de funcionários (levar em conta especialidade da cirurgia, tamanho da sala, número de profissionais, equipamentos utilizados, espaço disponível, materiais necessários, habilidades do circulante da sala, número de circulantes da sala por plantão)
· A montagem da SO é de responsabilidade do circulante (auxiliar ou técnico de enfermagem) que deve: providenciar etiquetas de identificação do paciente, lavar/higienizar as mãos, verificar as condições de limpeza da SO antes de equipa-la, equipar lavabos( com soluções antissépticas e escovas), testar o funcionamento dos equipamentos, verificar a existência (de bancos, suportes de soro, braçadeiras, mesas para instrumental,etc), colocar mesa cirúrgica na posição ideal, conferir carro de anestesia (se há circuitos/ traqueias adaptados a idade do paciente e disponibilidade de materiais e equipamentos), montar mesa auxiliar de anestesia, solicitar a CME carro montado para cirurgia, solicitar da farmácia kit de materiais descartáveis e consignados, organizar materiais e equipamentos, aguardar chegada do paciente e equipe cirúrgica
· O enfermeiro assistencial deve checar após montagem da SO a limpeza e temperatura da sala, conferir posicionamento correto da mesa cirúrgica, funcionamento de equipamentos e materiais, disponibilidade de material para anestesia completo e organizado segundo a idade, tamanho e peso do paciente, mesa de Mayo deve estar montada para anestesia geral, conferir a solicitação de material consignado, hemocomponentes e vaga na UTI
· A recepção do paciente no CC deve ser feita pelo enfermeiro de forma humanizada (deve se conferir a identificação no prontuário), a recepção deve ser registrada
· Deve ocorrer outra recepção na SO, realizando conferência do prontuário
Assistência de enfermagem durante o procedimento anestésico-cirúrgico
· Com o paciente na SO deve-se realizar a primeira etapa do check list de cirurgias seguras, proposto pela OMS
· Antes da indução anestésica checar: identificação, local da cirurgia, procedimento, termo de consentimento, verificação de alergias, verificação da marcação do local de intervenção cirúrgica, realização do procedimento de segurança, monitoramento de oximetria, verificação de dificuldade de ventilação, risco de aspiração e avaliação de possíveis perdas sanguíneas)
· O enfermeiro ou o circulante auxilia o anestesiologista na realização de anestesia propriamente dita (posicionando o paciente, auxiliando na pré-oxigenação, indução anestésica, intubação e fixação do tubo orotraqueal, proteção ocular e labial, instalação de SNG, etc)
· Após procedimento anestésico dá-se auxílio a equipe cirúrgica
· O instrumentador deve conferir equipamentos e matérias, proceder à paramentação cirúrgica, degermação das mãos e antebraços, vestir avental estéril e calçar luvas cirúrgicas, depois a montagem da mesa de instrumentais
· Circulante deve auxiliar na abertura de materiais
· Preparo do paciente (tricotomia S/N, passagem de SVD S/N, posicionamento, degermação e antissepsia da pele, conferência do conforto e medidas de segurança)
· Auxiliar na colocação de campo cirúrgico com técnica asséptica
· Com o paciente pronto para cirurgia é realizado a segunda etapa do check list de cirurgias seguras da OMS
· Checar antes da incisão da pele time out- confirmação do paciente, do procedimento e local de cirurgia, pontos críticos da cirurgia, duração da intervenção, probabilidade de perdas sanguíneas, pontos críticos da assistência, pontos críticos da anestesia, indicadores de esterilização, materiais e equipamentos,verificação de necessidade de equipamentos específicos, administração de antibioticoprofilaxia
· Dá-se inicio a cirurgia, o circulante deve aproximar equipamentos, conectar acessórios estéreis, calibrar equipamentos, ligar e aproximar o foco central, regulando a intensidade da luz
· Durante a cirurgia o circulante atende as solicitações da equipe cirúrgica e anestésica, realiza contagem de gazes e compressas, confere hemoinfusões, encaminha exames e providencia resultados, confere prontuário e exames relacionados, preenche os impressos específicos
· Ao término da cirurgia o circulante deve solicitar presença do enfermeiro assistencial na SO, para dividir as atividades (oferecer drenos e/ou curativos a equipe cirúrgica, desligar equipamentos e afastá-los, auxiliar na retirada de campos cirúrgicos, posicionar o paciente em DDH se possível, retirar a placa de bisturi, organizar drenos, sondas, cateteres, infusões e irrigações, remover excesso de antisséptico, sangue e secreções da pele do paciente, manter o paciente confortável e vestir a camisola, auxiliar equipe a retirar a paramentação, verificar temperatura da SO
· O enfermeiro e circulante da sala devem permanecer ao lado do paciente, auxiliar o anestesista na reversão da anestesia, providenciar saída do paciente da SO
Assistência de enfermagem após o procedimento anestésico-cirúrgico
· Deve ser realizada a terceira etapa do check list de cirurgia segura da OMS
· Checar depois sing out- depois do paciente sair da sala de cirurgia: conferência de compressas, agulhas e instrumentais, conferência, identificação e encaminhamento de material para biópsia e anatomia patológica, anotação e encaminhamento de equipamentos com problemas, planejamento da assistência na SRPA
· Paciente deve ser vestido e coberto, prontuário deve estar com todos os impressos devidamente preenchidos e conferir os exames
· Após alta do anestesista, o enfermeiro deverá avaliar: permeabilidade das vias aéreas ou ventilação assistida, nível de consciência, capacidade de comunicação, infusões e drenagens quanto o local, gotejamento e tipo, aquecimento do paciente, presença de lesões, estiramento ou utilização de bisturi elétrico, soluções medicamentosas e antissépticas, manifestações de dor, etc
· Ao chegar a unidade de destino o enfermeiro deve passar o plantão para o enfermeiro responsável, informando : nome do paciente, idade, tipo de anestesia, procedimento cirúrgico realizado, drogas utilizadas no intra-operatório, condições de drenagem de sondas, aspectos dos curativos, balanço hídrico, condições de saída da sala e intercorrências se ocorreram
· O circulante deve retornar a SO para dar início a desmontagem da sala
Diagnósticos de Enfermagem
Pré Operatório:
Risco de quedas
· Relacionado ao uso de ansiolíticos, anti-hipertensivos, hipnóticos, tranquilizantes, história de quedas, idoso, uso de cadeira de rodas, prótese em MMII, dificuldade na marcha, déficit proprioceptivos, equilíbrio prejudicado, falta de sono, mobilidade prejudicada, hipotensão
· Intervenções: Cadeira de rodas, cama com grades, acompanhar o paciente
Risco de integridade da pele prejudicada
· Relacionado a extremos de idade, hipotermia, imobilização física, estado nutricional desiquilibrado, pele ressecada
· Intervenções: Avaliar a pele do paciente, curativos s/n, nutrição, atentar para extremos de temperatura, uso de cremes hidratantes no pré operatório
Padrão do Sono Perturbado
· Relacionado ao ambiente e preocupação situacional (cirurgia) evidenciado por agitação, ansiedade, apatia, cansaço, incapacidade de concentrar-se, irritabilidade, nervosismo, relação lenta e sonolência durante o dia
· Intervenções: Adequar horários do paciente, explicar rotina, a cirurgia, medicação, luzes, acompanhante, travesseiro
Conhecimento deficiente
· Relacionado a falta de exposição, falta de capacidade de recordar, falta de interesse em aprender, interpretação errônea de informação e limitação cognitiva evidenciado por comportamentos exagerados e seguimento inadequado de instruções
· Intervenções: Explicar o procedimento para o paciente e verificar se entendeu, acolher o paciente
Medo
· Relacionado ao procedimento cirúrgico, ao desconhecido (cirurgia, ambiente hospitalar) evidenciado por relato de apreensão, de alarme, de auto-segurança diminuída, de nervosismo, de capacidade de aprendizagem e resolução diminuída e por comportamento de ataque e estado de alerta aumentado
· Intervenções: Esclarecer o procedimento cirúrgico, rotinas hospitalares, ambiente do CC, permitir acompanhante
Ansiedade
· Relacionado ao procedimento cirúrgico, ao medo da morte, ao estado de saúde, ao ambiente (hospital) evidenciado por agitação, insônia, nervosismo, observação atenta, preocupações expressas em razão de mudanças em eventos da vida, FR aumentada, tremores das mãos, anorexia, aumento da PA, boca seca, diarreia
· Intervenções: auxiliar o paciente na verbalização, esclarecer dúvidas, promover um ambiente acolhedor, atividade, acompanhante
Transoperatório
Risco para infecção
· Relacionado a procedimentos invasivos, doença crônica, desnutrição e exposição ambiental aumentada
· Intervenções: Paciente (realizar procedimentos invasivos com técnica asséptica e antibiótico prescrito, higiene e tricotomia pré-operatórias), Ambiente (montar a sala de forma asséptica, manusear adequadamente o material estéril, realizar limpeza operatória, manter o controle da contaminação ambiental)
· Outros diagnósticos possíveis são: Risco para lesão perioperatória por posicionamento, Hipotermia, Risco de temperatura corporal alterada, Risco para aspiração, Risco de desequilíbrio de volume de líquidos
Pós operatório
Risco para temperatura corporal desequilibrada
· Relacionada com procedimento cirúrgico, agentes anestésicos, duração da cirurgia, idade do paciente, ambiente, tipo da cirurgia
· Intervenções: medir a temperatura na admissão, avaliar a circulação periférica, monitorizar os SSVV e a saturação de oxigênio, observar presença de tremores e iniciar medidas de aquecer o soro, uso de cobertores, aquecer o ambiente
Débito cardíaco diminuído
· Relacionado ao agente anestésico, perdas líquidas ou sanguíneas, pouca reposição, alteração no pré e pós carga evidenciado por alterações na frequência e ritmo cardíaco
· Intervenções: Monitorizar SSVV, ECG e PVC, avaliar nível de consciência, monitorar perdas por drenos, monitorizar BH, reposição hídrica e/ou volêmica, administrar vasodilatadores, aquecer o paciente, administrar oxigênio, posicionar em trendelenburg se autorizado
Padrão Respiratório ineficaz
· Relacionado às medicações da anestesia, tipo de procedimento cirúrgico, dor, obstrução traqueobrônquica evidenciado por dispneia, respiração artificial, queda da saturação
· Intervenções: avaliar o estado respiratório na admissão da SRPA, avaliar o nível de consciência, administrar oxigênio umidificado, elevar a cabeceira, ensinar a respirar profundamente
Dor aguda
· Relacionado ao procedimento cirúrgico evidenciado pela verbalização da mesma, posição antálgica de proteção, agitação, alteração dos sinais vitais, irritabilidade e diaforese
· Intervenções: avaliar nível de dor, avaliar os sinais de dor, administrar analgésicos prescritos ou consultar o anestesista, métodos alternativos: mudar de posição, música, ambiente calmo e avaliar a resolutividade

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